Na obra “Preconceito Linguístico: o que é, como se faz” (1999), dividida em quatro capítulos, o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno aborda sobre os diversos aspectos da língua bem como o preconceito linguístico e suas implicações sociais. Segundo ele não existe uma forma “certa” ou “errada” dos usos da língua e que o preconceito linguístico, gerado pela ideia de que existe uma única língua correta (baseada na gramática normativa), colabora com a prática da exclusão social.
De maneira elucidativa, no primeiro capítulo do livro, “A mitologia do preconceito linguístico” ele analisa oito mitos muito pertinentes sobre o preconceito linguístico, a saber:
Mito n° 4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado”: preconceito gerado por pessoas que têm um baixo nível de escolaridade. Bagno defende essas variantes da língua e analisa o preconceito linguístico e social gerado pela diferença da lingua falada e da norma padrão.
Mito n° 6 “O certo é falar assim porque se escreve assim”: aqui o autor apresenta diferenças entre as diversas variantes no Brasil e a utilização da linguagem formal (culta) e informal (coloquial).
Mito n° 7 “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”: aborda sobre o fenômeno da variação linguística e a subordinação da língua a norma culta. Para ele, a gramática normativa passou a ser um instrumento de poder e de controle.
https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/ Acesso em 28/12/2018 (Adaptado)
A variação linguística é um fenômeno que ocorre em todas as línguas naturais, não sendo dependente de conhecimento acerca da língua ou domínio correto de suas regras. Contudo, quando falamos sobre textualidade, há algumas questões acerca da variação linguística que podem comprometê-la. Assinale a alternativa que corretamente identifica a relação entre textualidade e variação linguística.