Segundo Leandro Ferreira (2000, p. 51), muitos linguistas acreditam que a ambiguidade, seja acidental ou intencional, é um fato negativo da língua que deve ser eliminado. No entanto, a autora aponta para as possibilidades semânticas proporcionadas pela ambiguidade, motivo pelo qual defende que o sistema da língua tem espaço tanto para essa necessidade de desambiguização quanto para a possibilidade do jogo, da brincadeira.
Você é revisor de textos em uma agência publicitária e, geralmente, seu trabalho consiste em verificar e apontar desvios ortográficos e gramaticais nas peças elaboradas pelos criativos da agência. Dentre os desvios que geralmente aparecem, estão questões de concordância, falta ou troca de letras e acentuação. No entanto, por vezes, você é consultado quanto às possibilidades de desambiguização de um texto.
A peça que chega a você está sendo alvo de um debate intenso entre o redator (que defende a manutenção da peça como está) e o responsável pela aprovação da peça junto ao anunciante (que acredita que o texto deve ser modificado). Nas instruções passadas pelo anunciante, foi ressaltado que a estratégia do anúncio era a de destacar a amplitude dos espaços de um apartamento para um público formado por famílias com crianças.
Veja, a seguir, o anúncio do anunciante – Imobiliária MorarBem.
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Sua função, neste caso, é tomar uma decisão entre manter ou não a ambiguidade presente no anúncio. Após tomar a sua decisão, justifique-a explicando por quais motivos ela deve se manter ou por quais motivos não deve.