A coesão está relacionada à estrutura superficial do texto e à sua organização linear sob o aspecto estritamente linguístico. Ao passo que a coerência é o produto de uma conexão conceitual-cognitiva e estruturação do sentido, a qual, em geral, manifesta-se macrotextualmente estando relacionado à potencialidade de transmissão de conhecimentos ou conteúdos de modo a viabilizar a existência de sentido. Há textos que não têm coesão, porém a textualidade ocorre no nível da coerência. O texto pode apresentar nuances acerca do sentido: indeterminado ou pouco claro; ambíguo, dando margem a várias possibilidades de sentido; e polivalente que é a situação em que o narrador produz intencionalmente vários sentidos possíveis.
GONÇALVES, Fabíola; DIAS, Maria da Graça Bompastor Borges. Coerência Textual: Um Estudo com Jovens e Adultos. Psicologia: Reflexão e Crítica, Pernambuco, 2003, 16(1), pp. 29-40 (adaptado).
Dado o exposto, considere o trecho a seguir.
Em 1995, o economista e consultor Jeremy Rifkin escreveu o best-seller O Futuro do emprego, que previa que a tecnologia destruiria milhões de postos de trabalho. Na época, suas previsões assustaram, mas hoje Rifkin acredita que foi conservador. “Tudo está acontecendo mais rapidamente do que projetei.” Agora, porém, Rifkin visualiza um futuro mais otimista. Em seu novo livro, The Zero Marginal Cost Society (A sociedade do custo marginal zero, em tradução livre), Rifkin diz que o modelo capitalista deve evoluir para uma economia social e colaborativa, na qual a relação com o trabalho será diferente. O economista acredita que esse novo modelo talvez gere menos riqueza para os países, mas deverá trazer mais qualidade de vida para as gerações futuras.
Considerando a coesão e coerência, pode-se afirmar que a leitura do texto permite que