Baixe o app do Guru IA
Android e iOS

Altemiro
A VELHINHA CONTRABANDISTA Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Pr...
A VELHINHA CONTRABANDISTA
Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
(1) Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e (2) então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. *Achou que não era areia nenhuma e *mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, *ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. (3) No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco (4) e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, (5) todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
-
Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
-
(6) Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
-
Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
-
O senhor promete que não "espia"? - quis saber a velhinha.
-
*Juro - respondeu o fiscal.
-
É lambreta.
Nos trechos grifados no texto temos vários tipos de coesão. Analisando apenas a coesão referencial, é possível afirmar que:
I. Há coesão por anáfora - retomada do nome velhinha pelo pronome ela (1º. Parágrafo);
II. Há coesão por elipse – nos verbos identificados com *;
III. Em velhinha, vovozinha e senhora há coesão por sinônimo, hiperônimo, hipônimo;
IV. Há coesão por catáfora – antecipação do nome pelo pronome ela e lhe (3º. Parágrafo);
Marque o que analisa corretamente as afirmações acima:
Apenas a IV é falsa;
Nenhuma delas é verdadeira;
Todas são verdadeiras;
Apenas a III e IV são falsas.
Apenas a I e II são verdadeiras;
A VELHINHA CONTRABANDISTA
Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
(1) Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e (2) então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. *Achou que não era areia nenhuma e *mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, *ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. (3) No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco (4) e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, (5) todas às vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
-
Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
-
(6) Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
-
Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
-
O senhor promete que não "espia"? - quis saber a velhinha.
-
*Juro - respondeu o fiscal.
-
É lambreta.
Nos trechos grifados no texto temos vários tipos de coesão. Analisando apenas a coesão referencial, é possível afirmar que:
I. Há coesão por anáfora - retomada do nome velhinha pelo pronome ela (1º. Parágrafo);
II. Há coesão por elipse – nos verbos identificados com *;
III. Em velhinha, vovozinha e senhora há coesão por sinônimo, hiperônimo, hipônimo;
IV. Há coesão por catáfora – antecipação do nome pelo pronome ela e lhe (3º. Parágrafo);
Marque o que analisa corretamente as afirmações acima:
Apenas a IV é falsa; Nenhuma delas é verdadeira; Todas são verdadeiras; Apenas a III e IV são falsas. Apenas a I e II são verdadeiras;