No artigo “Masculinidade hegemônica: repensando o conceito”, Robert W. Connell e James W. Messerschmidt desenvolvem a tese de que o conceito de masculinidade hegemônica tem influenciado os estudos de gênero em vários campos acadêmicos, mas ao mesmo tempo tem atraído um sério criticismo. Os autores traçam a origem do conceito a uma convergência de ideias no início dos anos 1980 e mapeiam as formas através das quais o conceito foi aplicado quando os estudos sobre homens e masculinidades se expandiram. Avaliando as principais críticas, os autores defendem o conceito de masculinidade como fundamental, uma vez que, na maioria das pesquisas que o opera, seu uso não é reificador nem essencialista. (CONNELL, Robert W; e MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. In. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(1): 424, janeiro-abril/2013. Pp. 241-282).
Das alternativas que seguem assinale a alternativa CORRETA, a que representa coerentemente a reflexão dos autores a cerca das limitações e da pertinência teórica do conceito masculinidade hegemônica.
O conceito de masculinidade hegemônica é comumente aceito devido ao fato de que este modelo de masculinidade representar corretamente o papel social masculino desejado.
O conceito de masculinidade hegemônica precisa ser repensado a luz das lutas sociais e das questões de gênero nas quais as masculinidades subordinadas ganham destaque e apresentam um novo cenário de múltiplas masculinidades.
O conceito de masculinidade hegemônica equivale a um modelo de reprodução social e como tal deve ser estudado pela psicologia social.
O termo “hegemonia”, de Gramsci, foi corrente no período de surgimento do conceito de masculinidade hegemônica, explicitando as relações de classe e a dominação masculina e foi corretamente transferido para o problema paralelo das relações de gênero.
A concordância dos autores com o termo masculinidade hegemônica se funda no fato de que pesquisas em bancos de dados mostram mais de 200 artigos que usam o termo exato “masculinidade hegemônica” em seus títulos ou resumos. Artigos que usam uma variante ou que se referem à “masculinidade hegemônica” no texto chegam a centenas.