A obra “Utopia” de Thomas Moore retrata uma sociedade perfeita, sem conflitos e desigualdades. No entanto, essa realidade não se reflete na do Brasil devido aos desafios para uma mobilidade urbana sustentável no país. Isso ocorre devido à dependência do transporte pessoal motorizado e à negligência governamental.
Em uma primeira análise, tem-se que a dependência do transporte individual tem crescido de forma alarmante nas cidades brasileiras. Conforme o Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, o Brasil possui 60 milhões de carros registrados, o que evidencia a escolha de transportes privados em relação aos públicos. Como consequência, essa situação causa um aumento na emissão de gases poluentes e, consequentemente, uma piora nas crises ambientais do país.
Em uma segunda análise, sabe-se que o descaso estatal está interligado aos problemas sociais e ambientais. Segundo Thomas Hobbes, filósofo inglês, em sua teoria do Contrato Social, é dever do Estado garantir o bem-estar social. No entanto, isso não se concretiza no Brasil, pois o Governo brasileiro prioriza as melhorias insustentáveis da locomobilidade, como o aumento de faixas nas ruas e rodovias para que elas possam comportar mais carros, o que causa cada vez mais gases do efeito estufa no ar e uma piora nos problemas ambientais.
Em suma, nota-se que a submissão ao transporte individual motorizado é o principal desafio para alcançar uma mobilidade urbana sustentável. Portanto, cabe ao Ministério da Educação, órgão responsável pelo ensino brasileiro, por meio de campanhas de conscientização, informar a importância de fazer uso dos transportes sustentável e público, como bicicletas e ônibus. Desse modo, a população cederá o uso unicamente de carros e a sociedade brasileira terá uma locomobilidade avançada.
