Você está na sua primeira semana como Médico de Família e Comunidade em uma unidade básica da sua cidade. É uma tarde de terça feira e entra em seu consultório João, de 28 anos. Seguindo os princípios do método clínico centrado na pessoa, você inicia a consulta com uma pergunta aberta, visando deixar o paciente confortável:
"Como posso lhe ajudar hoje?".
O paciente, fragilizado pelo seu sofrimento já começa a chorar nos minutos iniciais da consulta e depois de enxugar as lágrimas começa a falar:
"Doutor, te peço desculpas, mas digo que tudo começou há pouco menos de um ano, quando perdi minha esposa e minha filha em um acidente, então comecei a usar drogas e nada foi igual. De vez em quando sinto um aperto grande no peito, o coração acelera, parece que vai sair pela boca, fico com falta de ar. E isso acontece mesmo quando eu estou sóbrio. Eu queria ajuda para isso passar. Não aguento mais!".
Baseado na sua conversa com o paciente, a conduta mais adequada, nesse momento, é:
Escolha uma opção:
continuar a consulta, questionar sobre a rede social do paciente, possíveis sintomas que prejudiquem a qualidade de vida e suas atividades diárias, assim como questionar sobre ideações e pensamentos suicidas. Caso ele dê abertura, buscar entender um pouco mais sobre o uso das drogas e tentar fazer uma abordagem mais completa em relação a este assunto ao longo desta e das próximas consultas.
direcionar o paciente prontamente ao CAPS (Centro de atenção psicossocial), pois o mesmo é mais atualizado e indicado dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial para atender o paciente com qualquer tipo de transtorno ou sofrimento mental.
solicitar um ECG, um ECO, um MAPA e exames laboratoriais completos para investigar a taquicardia e a dispneia do paciente.
encaminhar com urgência o paciente para internação psiquiátrica, visto que ele ainda se encontra na fase pré-contemplativa e não parece estar disposto a realizar mudanças em seu estilo de vida.
