Durante o auge do pensamento neoliberal, antes da crise econômica global de 2008, surgiu a ideia de um “pensamento único”, que veio ao lado da profecia do “fim da História”. Fukuyama, mas não apenas ele, ajudou a promover a tese de que a derrocada dos países socialistas, com o modo de produção capitalista se impondo em todo o mundo, representaria o fim dos antagonismos de classe. Considerando o histórico do conceito de ideologia, responda ao que se pede.

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O “fim da História” seria um conceito grosseiramente formado, de acordo com a concepção de Durkheim? Explique sua resposta.

Question

Durante o auge do pensamento neoliberal, antes da crise econômica global de 2008, surgiu a ideia de um “pensamento único”, que veio ao lado da profecia do “fim da História”. Fukuyama, mas não apenas ele, ajudou a promover a tese de que a derrocada dos países socialistas, com o modo de produção capitalista se impondo em todo o mundo, representaria o fim dos antagonismos de classe. Considerando o histórico do conceito de ideologia, responda ao que se pede.

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O “fim da História” seria um conceito grosseiramente formado, de acordo com a concepção de Durkheim? Explique sua resposta.

Accepted Answer

**Resposta: Sim**

Durkheim, como um dos fundadores da sociologia, tinha uma visão distinta sobre a evolução das sociedades e o papel das ideologias. Para ele, as ideologias são sistemas de pensamento que refletem e sustentam as estruturas sociais existentes. O conceito de “fim da História” proposto por Fukuyama sugere que a evolução social chegou ao seu ápice com a vitória do capitalismo liberal, encerrando assim os grandes conflitos ideológicos e históricos.

De acordo com Durkheim, essa visão seria considerada grosseira porque simplifica excessivamente a complexidade das sociedades humanas e ignora a dinâmica contínua de mudança social. Durkheim acreditava que as sociedades estão em constante evolução, influenciadas por fatores econômicos, culturais, religiosos e políticos, e que novas formas de organização e conflito social surgem constantemente. Portanto, afirmar que a história chegou ao fim com a prevalência de um único sistema econômico e político desconsidera a natureza intrinsecamente dinâmica e mutável das sociedades humanas.

Além disso, Durkheim enfatizava a importância da solidariedade social e das instituições que mantêm a coesão social. Ele provavelmente argumentaria que o “fim da História” negligencia a diversidade de experiências humanas e as diferentes formas de solidariedade que podem emergir em contextos diversos. Em resumo, para Durkheim, a ideia de um “fim da História” seria uma simplificação excessiva e inadequada para compreender a complexidade e a dinâmica das sociedades humanas.