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Plantas Medicinais e FitoteráPicos 4ª edição 2 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS 3 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Departamento De apoio técnico e eDucação permanente comiSSão aSSeSSora De pLantaS meDicinaiS e FitoterÁpicoS São pauLo 2019 Plantas Medicinais e FitoteráPicos 4 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Expediente Brasil Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Departamento de Apoio Técnico e Educação Permanente Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Plantas Medicinais e Fitoterápicos Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo São Paulo Conse lho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo 2019 4ª edição 86 p 20 cm ISBN 9788595330238 IConselho Regional de Farmácia 1 Farmácia 2 Fitoterapia 3 Extratos vegetais 4 Etnobotânica 5 Farmacog nosia 6Educação Continuada em Farmácia II Fitoterapia III Série CDD615321 C776c Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRFSP nilsa Sumie Yamashita Wadt Coordenadora cristina Laurinda Simões Vicecoordenadora ORGANIZAÇÃO marcos machado Ferreira presidente antonio Geraldo ribeiro dos Santos Jr vicepresidente Danyelle cristine marini diretoratesoureira Luciana canetto Fernandes secretáriageral DIRETORIA Alexandra Christine H F Sawaya Anna Luiza Senna Taguchi Ana Paula Salum Pires Bárbara Cristina Ferreira Amâncio Carlos Carlos Alberto Kalil Neves Caroly Mendonça Zanella Cardoso Cristina Laurinda Simões Danielle Bachiega Lessa Eloísa Andrighetti Ieda Maria Garcia Luis Carlos Marques Marcela Cintia Barros Marcia Silva Gomes Márcia Rodriguez Vásquez Pauferro Maria Bernadete Barletta Maria Inez Grabert Neves Yebra Natália Ramos Luiz Nathália Christino Diniz Silva Nilsa Sumie Yamashita Wadt Paulo E Orlandi Mattos Rafaela Astaruth Teixeira Games COMISSÃO TéCNICA Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Abril2019 Nicole Medeiros Leal REvISÃO ORTOGRáFICA Nilsa Sumie Yamashita Wadt Sérgio Tinoco Panizza FOTOS Ricardo Kenji DIAGRAMAÇÃO Roberta Cristina Figueiredo Rogério da Silva Veiga Rosana Mayumi Abe Salette Maria Krowczuk de Faria Sérgio Tinoco Panizza Sonia Valeria Bonotto Sylvia Florinda Pereira Rodrigues Thiago Braz Thiago Cagliumi Alves Vanessa Boeira Farigo Mourad 5 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS PALAvRA DA DIRETORIA A elaboração deste material representa a concretização de um projeto idealizado pela Diretoria do CRFSP com o intuito de oferecer informações sobre as várias áreas de atuação do profissional farmacêutico em linguagem acessível e com diagra mação moderna As Cartilhas são desenvolvidas por profissionais que atuam nas respectivas áreas abrangidas pelas Comissões Assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Esta do de São Paulo CRFSP a saber Acupuntura Medicina Tradicional Chinesa Aná lises Clínicas e Toxicológicas Distribuição e Transporte Educação Farmacêutica Far mácia Farmácia Clínica Farmácia Estética Farmácia Hospitalar Farmácia Magistral Homeopatia Indústria Pesquisa Clínica Plantas Medicinais e Fitoterápicos Radio fármácia Resíduos e Gestão Ambiental Suplementos Alimentares e Saúde Pública Nessas Cartilhas são apresentadas as áreas de atuação o papel e as atribuições dos profissionais farmacêuticos que nelas atuam as atividades que podem ser desenvolvidas as Boas Práticas O histórico da respectiva Comissão Assessora Cada exemplar traz relações das principais normas que regulamentam o seg mento abordado e de sites úteis para o exercício profissional Se as Cartilhas forem colocadas juntas podemos dizer que temos um roteiro geral e detalhado de prati camente todo o âmbito farmacêutico Por conta disso tais publicações são ferramentas de orientação indispensável para toda a categoria farmacêutica tanto para aqueles que estão iniciando sua vida profis sional como para quem decide mudar de área Aqui lhes apresentamos a Cartilha da área de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Boa leitura 6 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS APRESENTAÇÃO A Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRFSP publi cou a primeira edição desta cartilha em 2009 com revisão em 2012 No entanto mudanças importantes ocorreram até o presente momento A Agência Nacional de Vigilância Sanitária Anvisa publicou a RDC nº 26 de 14 de maio de 2014 que dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais e fitoterápicos e a Instrução Normativa n 02 de 13 de maio de 2014 que publica a lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado e a lista de produtos tradicionais de produtos simplificados Além disso o Conselho Federal de Farmácia CFF promulgou as Resoluções n 585 de 29 de agosto de 2013 que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e nº 586 de 29 de agosto de 2013 que regulamenta a prescrição farmacêutica É nesse momento histórico que temos o prazer de apresentar a Cartilha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do CRFSP revisada e atualizada contendo além da lista de plantas informações sobre a prescrição farmacêutica de plantas medicinais e fitoterá picas O objetivo é tornála um material prático para referência e consulta no dia a dia Devido ao sucesso da Cartilha publicada pelo CRFSP em 2009 cujo alcance não se restringiu somente aos profissionais e estudantes do Estado de São Paulo o CRF SP tomou a iniciativa de inscrever este rico material técnico na Agência Brasileira do ISBN vinculada à Fundação Biblioteca Nacional O ISBN International Standard Book Number é um sistema internacional que identifica numericamente os livros segundo o título o autor o país e a editora tornandoo um material único no universo literário Esperamos que a Cartilha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos contribua para o fortalecimento da categoria nesse segmento Desejamos a todos uma boa leitura 7 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS SUMáRIO INTRODuçãO E BREVE HISTóRICO 09 VOCê SABIA quE 13 O PROFISSIONAL 15 CONCEITOS IMPORTANTES 21 PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES PIC 22 PRESCRIçãO FARMACêuTICA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS 23 TABELA DE PLANTAS MEDICINAIS 30 ATRIBuIçÕES DA COMISSãO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS 58 LEGISLAçãO 60 DECRETOS 61 INSTRuçÕES NORMATIVAS 61 RESOLuçÕES 62 PORTARIAS 65 SITES INTERESSANTES 66 BIBLIOGRAFIA 68 GLOSSÁRIO74 8 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS 9 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS INTRODUÇÃO E BREvE HISTÓRICO O uso de plantas para tratamento de enfermidades já se fazia presente nas primeiras civiliza ções Entretanto somente a partir de relatos por escrito é que se pode traçar a história do uso das ervas A seguir um breve histórico da utilização de plantas como medicamentos CHINA Os primeiros manuscritos foram baseados no conhecimento tradicional e somen te alguns originais resistiram ao passar dos anos A existência desses manuscritos pode ser inferida por referências feitas em trabalhos posteriores Acreditase que um dos mais antigos tenha cerca de 5000 anos EGITO O Papiro egípcio Papiro de Ebers de cerca de 1600 aC lista muitos medica mentos feitos a partir de plantas animais e minerais Vários ainda estão em uso como funcho Foeniculum vulgare Miller coentro Coriandrum sativum L genciana Genciana lutea L zimbro Juniperus communis L sene Cassia angustifolia Vahl tomilho Thymus vulgare L e losna Arte misia absinthium L ÍNDIA Ayurveda Os VEDAS poemas épicos de cerca de 1500 aC fazem menção a plantas medicinais até hoje utilizadas como alcaçuz Glycyrrhiza glabra gengibre Zingiber officinale Roscoe mirra Commiphora myrrha Nees Baillon manjericão Ocimum basilicum L alho Allium sativum L cúrcuma Curcuma domestica L acônito Aconitum napellus L e aloés Aloe sp GRÉCIA HIPóCRATES 460377 aC conhecido como o Pai da Medicina estudou as reações individuais de cada paciente a uma determinada doença e usou os próprios poderes curativos das pessoas Dessa forma o tratamento era ajustado ao indivíduo com dose unitária e personalizada e incluía dieta massagem hidroterapia repouso e preparações de plantas No séc IV aC ARISTóTELES 384 322 aC mantinha um jardim com mais de 300 espécies de ervas 10 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS TEOFRASTO conhecido como Pai da Botânica 372 287 aC no séc III aC listou cerca de 455 plantas medicinais que constituíram o Primeiro Herbário Ocidental utilizado até hoje com detalhes de como preparar e usar cada produto DIOSCóRIDES 40 90 dC outro grande especialista grego do séc I dC escreveu De Matéria Médica que listava descrevia e ilustrava com cores cerca de 600 plantas Foi relatado também o uso do salgueiro branco Salix alba L fonte mais antiga da salicina para dor ROMA GALENO 129 200 dC desenvolveu misturas complexas de plantas co nhecidas como fórmulas galênicas trazidas das antigas misturas egípcias e gregas Incentivou os Oficiais Romanos a verificarem a composição dos remédios preparados iniciando o conceito de controle de qualidade EUROPA PARACELSuS 1493 1541 estabeleceu a Doutrina da Signatura que corre lacionava características externas forma habitat interações das plantas a órgãos como indicativo para o tratamento Ex bambus para o desenvolvimento de crianças com nanismo HAHNEMANN 1755 1843 na Alemanha tentava trabalhar com a menor dose possível com a qual os remédios ainda tinham atividade e desenvolveu a HOMEOPATIA Na Alemanha SERTURNER 1783 1841 um aprendiz de farmacêutico com 20 anos de idade dá início à extração dos ingredientes ativos das plantas e em 1816 a partir da análise presente no ópio Papaver somniferum L isolou o 1º alcaloide Morfina Em 1819 a atropina é isolada da beladona Atropa belladonna L utilizada no tratamento de doenças do sistema nervoso Em 1820 é isolado o quinino antimalárico obtido da casca da planta peruana Cinchona sp Em 1827 um químico francês isolou a salicina da espireia Filipen dula ulmaria L Maxim sendo que a medicina tradicional vinha através dos séculos obtendo o mesmo efeito da casca do salgueiro Salix alba L Em 1829 é isolada a emetina da ipecacuanha Psychotria ipecacuanha Mull um emético valioso Em 1860 a cocaína é extraída das folhas de coca Erithroxylum coca Lam um anestésico local que tornou possível muitas cirurgias 11 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Atualmente na Europa médicos e farmacêuticos recebem treinamento significativo em Far macognosia e Fitoterapia estando capacitados para prescrever e dispensar rotineiramente fitote rápicos oficialmente aprovados pelas legislações locais BRASIL No séc XVI o Jesuíta José de Anchieta foi o primeiro boticário de Piratininga atual cidade de São Paulo O comércio das drogas e medicamentos era privativo dos boticários con forme constava nas Ordenações conjunto de leis portuguesas que regeram o Brasil durante todo o período colonial Em 1640 as Boticas foram autorizadas como comércio Em 1765 a cidade de São Paulo tinha três boticários A Real Botica de São Paulo foi a primeira farmácia oficial da cidade Os medicamentos eram na sua grande maioria plantas medicinais rosa Rosa sp sene Cassia angustifolia manacá Brunfelsia uniflora ipeca Psychotria ipecacuanha e copaíba Copaifera langsdorffii Em 1812 Dom João VI novamente promoveu ações de fomento das ciências naturais que na perspectiva do espírito das Luzes poderiam contribuir para o aperfeiçoamento da huma nidade Propunhase que sábios viajassem por diferentes partes do Brasil e escrevessem sobre as possibilidades da natureza brasileira Desse modo uma brigada de engenheiros naturalistas exploraria tais preciosidades Em 1838 o farmacêutico Ezequiel Correia dos Santos realizou o isolamento do princípio ati vo alcaloide pereirinha da casca do paupereira Geissospermum vellosii usado tradicionalmente para febres e malária Atualmente há estudos em curso sobre o uso das substâncias ativas do paupereira para tratamento da doença de Alzheimer Em 1926 foi publicada a 1ª Farmacopeia Brasileira de Rodolpho Albino Dias da Silva cha mada de Farmacopeia Verde com 183 espécies de plantas medicinais brasileiras contendo descrições macro e microscópicas das drogas No começo do séc XX o filósofo Rudolf Steiner 1861 1925 juntamente com a Dra Ita Wegman propiciou o surgimento da MEDICINA ANTROPOSóFICA que além da organização puramente física do homem considerada pela Medicina Acadêmica também contempla outras 12 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS três organizações a vital a anímica e a espiritual Os medicamentos próprios desta forma de Me dicina são tomados dos três reinos da natureza principalmente o vegetal No mesmo período a MEDICINA ALOPÁTICA do grego allos pathos método de combater doenças por meios contrários à natureza delas ainda tinha as plantas como principais matériasprimas Embora a partir do século XX se tenha observado grande avanço na medicina alopática o consumo de plantas medicinais com base na tradição familiar tornouse prática generalizada na medicina popular Atualmente muitos fatores têm contribuído para o aumento da utilização deste recurso entre eles os efeitos colaterais decorrentes do uso crônico dos medicamentos industria lizados o difícil acesso da população à assistência médica o maior consumo de produtos naturais bem como a tendência ao uso da medicina integrativa e abordagens holísticas dos conceitos de saúde e bemestar Por consequência surge a suposição de que as plantas medicinais bem como os produtos naturais não apresentam risco à saúde Esse con ceito sem embasamento científico apenas pas sado de geração em geração acaba por oferecer sérios riscos à saúde de pessoas menos esclare cidas Esse dado importante não é considerado pela população levando ao uso inadequado e despreocupado com possíveis riscos agravados pela falta de informações fidedignas sobre os po tenciais efeitos tóxicos até mesmo em associa ções com medicamentos de uso corrente A presente cartilha visa contribuir para a atualização do farmacêutico frente às recentes modificações na legislação e promover indica ção segura para o uso racional das plantas me dicinais e fitoterápicos Ginkgo biloba Cordia verbenacea 13 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS vOCÊ SABIA QUE uma lenda chinesa diz que no ano de 2737 aC o imperador Shen Nung teria descoberto o chá de modo acidental O imperador um filósofo que por razões de higiene só bebia água fervida estava descansando perto de uma árvore de chá quando algumas folhas caíram no recipiente em que ele havia posto água para ferver Em vez de tirar as folhas ele as observou viu que elas produziram uma infusão decidiu provar e achou a bebida saborosa e revitalizante Contase na China que assim foi descoberto o chá entre 1560 e 1570 o padre José de Anchieta detalhou as plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus Das plantas medicinais especificamente Anchieta falou muito em uma erva boa a hortelãpimenta que era utilizada pelos índios contra indigestões para aliviar ne vralgias para o reumatismo e doenças nervosas Exaltou também as qualidades do capimrei do ruibarbo do brejo da ipecacuanhapreta que servia como purgativo do bálsamo da copaíba usado para curar feridas e da cabriúvavermelha até mesmo uma planta conhecida pode criar fama de sobrenatural em função de suas características anatômicas ou propriedades farmacológicas É o caso da man drágora Mandragora officinarum L uma erva perene comum no Mediterrâneo Além de sua elevada toxicidade o formato da raiz grossa e tuberosa semelhante a um pequeno ser humano e o fato de ser uma planta fosforescente contribuíram para aumentar a mística em torno dela Conta a lenda que embora seu brilho a tornasse fácil de localizar a erva se encolhia sempre que alguém se aproximava dela Para colher a planta deviase cavar cuidadosamente em sua volta até que só uma parte da raiz permanecesse coberta O colhedor amarrava então um cachorro à raiz e se afastava O animal arranca va a planta num esforço suicida para alcançar o dono Mas em troca de sua morte 14 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS o dono ganhava um amuleto infalível contra os demônios proteção contra ferimen tos cura de doenças sorte no amor aumento da fertilidade e o descobrimento de tesouros enterrados o Papiro de Ebers um dos mais antigos textos médicos tem origem no antigo Egito e recebeu esse nome em homenagem ao egiptólogo alemão Georg Ebers Ele o comprou em 1827 de um árabe que dizia têlo achado na necrópole próxima à Tebas Acreditase que o Papiro foi escrito no séc XVI aC Ele contém cerca de 800 receitas referindose a mais de 700 drogas incluindo babosa absinto hortelã mirra e mandrágora entre outras plantas Com esses ingredientes os egípcios pre paravam várias decocções vinhos e infusões além de pílulas unguentos e emplas tros para o tratamento de diversas doenças da mesma maneira que aconteceu com outras plantas a representação cris tã do hipérico Hypericum perforatum se relacionava com suas origens pagãs Sua cor dourada e o hábito de florescer na época do solstício de verão na Europa ao redor do dia 21 de junho fizeram dela um totem dos adoradores do sol em todo o mundo antigo os romanos queimavamna em fogueiras que faziam parte das comemorações do Dia do Verão Sob o cristianismo os sacerdotes rebatizaramna como ErvadeSãoJoão celebrase a festa de São João na mesma data do solstício de verão contudo mesmo após a sua conversão para o cristianismo a planta continuou sendo pendurada nas portas das casas para repelir demônios e bruxas um antigo costume enraizado nas crenças pagãs Perfil Em 1997 a Organizagao Mundial da Saude OMS publicou um documento de nominado The role of the pharmacist in the health care system O papel do far macéutico no sistema de atengao a saude em que se destacaram sete qualidades que o farmacéutico deve apresentar e colocar em pratica no dia a dia de sua atuagao profissional Foi entao chamado de farmacéutico sete estrelas O profissional sete estrelas deve ser Prestador de servigos farmacéuticos em uma equipe de satide Capaz de tomar decisées Comunicador Lider Gerente Atualizado permanentemente Educador COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS m15 Atribuicgées As atribuigdes do farmacéutico no ambito das Plantas Medicinais e Fitotera picos abrangem farmacias drogarias saude publica industrias distribuidoras educagao qualificagdo profissional pesquisa e desenvolvimento Conforme a Resolugado do Conselho Federal de Farmacia n 477 de 28 de maio de 2008 cabe privativamente ao farmacéutico inscrito no CRF da sua jurisdigao a diregao eou responsabilidade técnica na farmacia magistral na farmacia comunitaria no servigo publico de Fitoterapia nas ervanarias nas industrias farmacéuticas nas distribuidoras e demais locais onde sao desen volvidas atividades de atengao farmacéutica relacionada a Plantas Medicinais e Fitoterapicos Convém destacar que a comercializagao de plantas medicinais é privativa de farmacias ervanarias Drogarias podem comercializar somente medicamen tos fitoterapicos industrializados Cabe ao farmacéutico Indicar eou prescrever plantas medicinais conforme previsto na Resolugao n 58613 para a prevencao de doengas e para o bemestar com base nas necessidades de salide do paciente veja tdpico prescrigado farmacéutica adiante Participar do processo de implantagao dos Servicos de Fitoterapia Promover o uso racional de plantas medicinais e fitoterapicos contribuindo para o fortalecimento dessa pratica Manipular dispensar e orientar sobre o uso seguro de plantas medicinais e seus derivados assim como sobre fitoterapicos manipulados e industria lizados em atendimento a uma prescricao de profissional habilitado ou na automedicagao responsavel A automedicagao responsavel devera ocorrer 16 COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS somente mediante orientagdo e acompanhamento de farmacéutico nos ca sos de medicamentos oficinais e isentos de prescrigao Desenvolver ages de assisténcia e atengao farmacéutica Para tanto de vera manter cadastro atualizado dos usuarios fichas de acompanhamento farmacoterapéutico e realizar agdes de farmacovigilancia estudos de utili zacgao de plantas medicinais e fitoterapicos e de reagdes adversas visando a detecgao prevengao e resolugdo dos problemas relacionados ao uso des ses agentes terapéuticos Atender as Boas Praticas de Manipulagdo em Farmacia com o objetivo de garantir a dispensagao do medicamento ao usuario com seguranga e qua lidade Manipular cosméticos que podem conter ativos oriundos de plantas medi cinais sem prescrigao médica segundo a lei n 599173 Orientar os demais profissionais de sade particularmente os prescritores sobre a correta utilizagao das plantas medicinais e fitoterapicos Orientar e participar do processo de selegao e cultivo das plantas medici nais da distribuigao e do uso de plantas medicinais drogas vegetais e seus derivados Acompanhar o processamento da planta medicinal e da droga vegetal vi sando garantir sua transformagao em preparados intermediarios fitotera picos manipulados ou industrializados com qualidade seguranga e eficacia Industria Farmacéutica Participar na selegao e elaboragao das especificagdes técnicas para processo de aquisigdo dos insumos Participar do processo de qualificagdo dos fornecedores de plantas medici nais drogas vegetais e seus derivados Participar da elaboragao das bulas rétulos e da publicidade dos medica mentos garantindo informagdes corretas e completas a populagao Gerenciar e auditar a qualidade de fabricagao das formulas e medicamentos COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS m17 Realizar estudos de estabilidade nos medicamentos fitoterapicos a serem disponibilizados no mercado Desenvolver e validar metodologias para qualificar e quantificar principios ativos E atribuicéo exclusiva do farmacéutico exercer a funcdo de responsavel técnico na industria farmacéutica elaborar o relatério a ser apresentado ao Ministério da Satide para fins de registro de medicamentos e prestar assis téncia técnica efetiva ao setor sob sua responsabilidade profissional Estabelecer gerenciar e responder pelo setor regulatério na area de plantas medicinais e fitoterapicos junto aos orgaos reguladores Educacao e Qualificacgao Profissional Participar da elaboragao de politicas de capacitagao qualificagdo e promo cao de educagao permanente envolvendo profissionais e trabalhadores de todas as etapas da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterapicos bem como os demais integrantes da equipe multiprofissional de sate e usuarios Contribuir com a ampliacgao da produgao cientifica em plantas medicinais e fitoterapicos Incentivar e desenvolver metodologias para agdes de farmacovigilancia em plantas medicinais e fitoterapicos Utilizar as informagdes técnicocientificas acessiveis nos centros de referén cia em informagdes sobre medicamentos melhorando sua qualificagao pro fissional e disponibilizando informagdes seguras aos usuarios dos servigos de plantas medicinais e fitoterapicos Estimular as universidades em seus cursos de graduagdo e pdsgraduacao além de centros de pesquisa a incluirem em seus programas e projetos conteudos relacionados a plantas medicinais e fitoterapicos 18 COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS Pesquisa e Desenvolvimento Participar de pesquisa e desenvolvimento tecnolégico associados as plan tas medicinais priorizando as necessidades epidemioldgicas da populagao com nfase nas espécies nativas e naquelas reconhecidas por programas de fitoterapia Elaborar projetos e participar de pesquisas visando a ampliagao do numero de espécies nativas da flora nacional incluidas na Farmacopeia Brasileira Participar de pesquisas etnofarmacoldgicas e etnobotanicas Colaborar como agente facilitador com a integragao dos conhecimentos popular e cientifico e com a pesquisa e o desenvolvimento tecnoldgico Contribuir com a regularizacao dos projetos de PD em termos de acesso a biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais Distribuigao Importagao e Exportagao das Plantas Medicinais Elaborar especificagdes técnicas sobre as drogas vegetais quanto a proce dimentos de aquisicado recebimento e estoque conforme as caracteristicas proprias de cada uma delas Promover agdes de controle de pragas animais com métodos adequados nos locais de estoque da droga vegetal e manter registro dessas acdes Assegurar que o transporte dos insumos vegetais ocorra de modo adequa do e seguro em atendimento as normas vigentes Fitoterapia no SUS Realizar todas as etapas do modelo Farmacias Vivas desde o cultivo pas sando pela coleta processamento armazenamento e manipulacao até a dispensagdo de preparagdées magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterapicas COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS m19 Assumir a responsabilidade técnica de farmacias vivas incluindo a avaliagao das prescrigdes quando legalmente habilitado e com registro no seu res pectivo Conselho Regional de Farmacia Contribuir com a implantagdo de programas municipais de fitoterapia no ambito do SUS atendendo aos requisitos legais do Ministério da Satide para formalizagao de convénio de financiamento e estruturar o programa em termos de espécies e produtos adequados a realidade local e realizando capacitagao dos profissionais envolvidos 20 COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS 21 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS CONCEITOS IMPORTANTES Com objetivo de diferenciação apresentamse abaixo os principais conceitos dos métodos terapêuticos Alopatia é o método terapêutico que consiste em utilizar medicamentos que vão produzir no organismo reação contrária aos sintomas que ele apresenta a fim de diminuílos ou neutralizálos Os principais problemas dos medicamentos alopáticos são os seus efeitos colaterais e a sua toxicidade Anvisa 2010 Homeopatia é um método terapêutico seguro e eficaz baseado na Lei dos Se melhantes segundo a qual para se curar uma doença o corpo doente deve receber uma substância que provoque os mesmos sintomas quando administrada em um corpo saudável CRF 2013 utiliza matériasprimas de origem animal vegetal e mineral Os medicamentos homeopáticos podem ser utilizados com segurança em qualquer idade até mesmo em recémnascidos ou pessoas com idade avançada desde que com acompanhamento do clínico homeopata Anvisa 2010 Fitoterapia é a terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas sem a utilização de substâncias ativas isoladas ain da que de origem vegetal conforme Portaria nº 971 03052006 Já fitoterápico é produto obtido de matériaprima ativa vegetal exceto substâncias isoladas com finalidade profilática curativa ou paliativa incluindo medicamento fitoterápico e pro duto tradicional fitoterápico podendo ser simples quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal ou composto quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal conforme RDC nº 26 13052014 Neste contexto a fitoterapia é considerada alopatia 22 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS PRáTICAS INTEGRATIvAS E COMPLEMENTARES PIC A Fitoterapia a Homeopatia a Antroposofia a Medicina Tradicional Chinesa a Acupuntura e o Termalismo SocialCrenoterapia estão inseridas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC no SuS conforme Portaria nº 971 03052006 Em 2017 o Ministério da Saúde incluiu na PNPIC as seguintes práticas arteterapia biodança dança circular meditação musicoterapia naturopatia osteopatia quiropraxia reflexoterapia reiki shantala terapia comunitária integrativa e yoga BRASIL 2017 Tratase de uma política de caráter nacional que recomenda a adoção da im plantação e desenvolvimento das ações e serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares pelas Secretarias de Saúde dos Estados do Distrito Federal e dos municípios Além disso define que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde cujas ações se relacionem com o tema devem promover a elaboração ou a reade quação de seus planos programas projetos e atividades em conformidade com as diretrizes e responsabilidades estabelecidas Em relação à fitoterapia o Decreto Federal nº 5813 22062006 aprovou a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos PNPMF e criou o Grupo de Trabalho Interministerial com participação da sociedade civil para elaboração do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Ressaltase que esse Decreto possui o objetivo de garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos promovendo o uso sustentável da biodiversidade o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional A Portaria Interministerial nº 2960 09122008 aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e criou o Comitê Nacional de Plantas Medici nais e Fitoterápicos com caráter consultivo e deliberativo composto por represen tantes do governo e da sociedade civil com a atribuição de monitorar e avaliar o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 23 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERáPICOS A presença do farmacêutico na fitoterapia sempre foi absoluta desde a origem da profissão Nos tempos modernos essa participação envolve várias áreas e no aspecto em questão a manipulação e a dispensação de fórmulas e produtos fitoterápicos industrializados Nessa condição o profissional sempre realizou as orientações pertinentes quanto a indicações efeitos adversos modo de usar e informações complementares embora de maneira informal e não documentada Com a evolução recente da fitoterapia nas últimas décadas aumentou expressivamente a oferta de produtos dessa classe e sua demanda com procura marcante pelos pacientes nas farmácias e drogarias O despreparo dos outros profissionais da saúde em relação à fitoterapia demandou também a necessidade de orientações nessa área inclusive de in dicações terapêuticas Assim o farmacêutico passou também a indicar produtos nesses estabelecimentos tendo em vista sua formação acadêmica e vivência em fitoterapia Neste contexto com objetivo de estruturar as atividades já realizadas de modo não padronizado o Conselho Federal de Farmácia CFF publicou a Resolução nº 58613 que regulamenta a prescrição farmacêutica A Resolução CFF nº 58613 define a prescrição farmacêutica como o ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente visando à promoção proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde Esse ato poderá ocorrer em diferentes estabe lecimentos farmacêuticos consultórios serviços e níveis de atenção à saúde não sendo portanto atividade exclusiva de farmácias e drogarias Esta resolução abrange a prescrição de medicamentos e outros produtos cuja dispensação não exija prescrição médica podendo incluir plantas medicinais drogas 24 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS vegetais preparações magistrais ou produtos fitoterápicos industrializados Neste sentido a prescrição deverá ser baseada nas determinações da RDC nº 98 de 01 de agosto de 2016 e norma complementar IN nº 11 de 29 de setembro de 2016 esta IN especifica 33 classes terapêuticas de venda livre direcionadas ao tratamento sintomático dos chamados transtornos menores Desse modo estão na abrangência da prescrição farmacêutica dezenas ou centenas de produtos fitoterápicos cabíveis nas indicações das classes previstas na referida IN 11 tais como espinheirasanta em hiperacidez estomacal gengibre como antiemético goiabeira como antibacteriano tópico e antidiarreico em uso oral beladona e hortelã como antiespasmódicos gar radodiabo e erva baleeira como antiinflamatórios funcho e anis como carminati vos calêndula e barbatimão como cicatrizantes alcachofra e boldodochile como coleréticocolagogos enfim abrese um leque enorme de possibilidades prescriti vas tanto como drogas vegetais ou produtos industrializados De modo complementar a Anvisa tem publicado também normas relacionadas ao regulamento de registro de fitoterápicos industrializados as quais incluem a clas sificação isento ou sob prescrição médica e as espécies vegetais inscritas nessas normas devem ser utilizadas na definição se o produto é ou não sujeito à prescrição farmacêutica A norma vigente neste caso é a Instrução Normativa nº 02 de 13 de maio de 2014 que apresenta 44 itens dos quais 32 são espécies classificadas como venda sem prescrição médica isto é podem estar sob a abrangência da prescrição farmacêutica tabela 1 25 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Tabela 1 Espécies da IN nº 2 de 2014 classificadas como venda sem prescrição médica 26 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Além das classes isentas de prescrição da IN nº 1116 e da IN nº 214 outra norma da Anvisa pode ser referenciada Tratase da RDC nº 10 de 2010 que dispôs sobre a notificação das drogas vegetais destinadas aos processos de infusão e decoc ção Embora esta norma tenha sido recentemente revogada para fins de registro isto é empresas farmacêuticas não podem mais utilizála para notificar seus produtos à Anvisa em termos de referência para a orientação da prescrição opinase ser ainda válida Seu conteúdo envolve listagem de 66 espécies vegetais com nome científico parte usada indicações doses aplicação a adultos ou crianças efeitos adversos e re ferência científica de apoio Todas essas espécies e suas indicações estão classificadas como de venda sem prescrição médica portanto aplicáveis ao processo da pres crição farmacêutica no caso na forma de drogas vegetais para infusãodecocção A norma atual de registro RDC nº 26 de 2014 revogou a RDC nº 10 de 2010 e colocou como referência para a notificação de produto tradicional fitoterápico em seu lugar as espécies vegetais constantes do Formulário de Fitoterápicos 2010 livro elaborado pela Comissão de Revisão da Farmacopeia Brasileira que contempla 74 produtos fitoterápicos sendo 47 preparações extemporâneas 17 tinturas 5 géis e 5 pomadas Em 2018 foi publicado o primeiro suplemento do formulário que acrescentou 27 cápsulas e retirou 2 tinturas acrescentando outras inclusive algumas de prescrição médica como hypericum e valeriana BRASIL 2018 Ressaltase que todo farmacêutico devidamente inscrito no conselho estadual está autorizado a realizar a prescrição de fitoterápicos No que se refere às terapias não farmacológicas imaginase possível acrescer às prescrições de fitoterápicos tam bém sugestões de melhorias na alimentação e procedimentos caseiros de cuidado tais como inalações massagens preparo de chás ampliandose a possibilidade de atingir o processo de curaprevenção desejado pelo paciente De modo complementar e bastante pertinente a Resolução nº 58613 define também a possibilidade de o farmacêutico atuar em prescrição de medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica Essas situações estarão condicionadas à 27 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas protocolos diretrizes ou normas técnicas aprovados para uso no âmbito de institui ções de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde conforme previsto na Resolução O farma cêutico neste último caso poderá prescrever medicamentos que sejam definidos em programas de saúde no âmbito dos sistemas públicos em rotinas de institui ções ou conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas préestabelecidos de modo similar ao que se estabeleceu na função do profissional enfermeiro no âmbito hospitalar e das unidades básicas de saúde E para essa atuação em produtos cuja dispensação exija prescrição médica será exigido título de especialista ou especialista profissional na área clínica comprovan dose conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição fisiopatologia semiologia comunicação interpessoal farmacologia clínica e terapêutica Este for mato de atuação deverá evoluir ainda nos próximos anos mas sua previsão legal estimula e orienta a busca de sua implementação no Brasil Além disso a Resolução nº 58613 detalhou o ato da prescrição ou seja a recei ta deverá ser redigida em vernáculo por extenso de modo legível sem emendas ou rasuras no sistema oficial de pesos e medidas e devendo conter um conjunto de informações desde a identificação do estabelecimento nome do paciente me dicamento prescrito e orientações cabíveis finalizando com dados do profissional local e data Vale relembrar que no caso do formato envolvendo planta medicinal droga vegetal ou fórmula magistral o nome científico da espécie parte usada e for ma extrativa com respectiva padronização são informações técnicas adequadas para a devida caracterização do que se pretendeu prescrever Como previsto em praticamente todas as normas de prescrição no país há ex pressa vedação de uso de dados secretos codificados abreviados ou ilegíveis bem como manter assinadas folhas de receituário em branco O farmacêutico deverá manter registro de todo o processo prescritivo pelo tempo determinado legalmen 28 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS te bem como deverá também manter o sigilo dos dados e informações do paciente obtidos do processo de entrevista ou consulta farmacêutica Por fim há que se reconhecer a relevância de todo esse processo como contri buição importante ao esforço de décadas visando estruturar o farmacêutico como profissional da saúde superandose gradativamente o posicionamento do medica mento e da função de dispensação apenas como processo de venda de produtos E a fitoterapia certamente será um fator importante em todo esse caminho 29 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS 30 31 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Achillea millefolium Milfolhas Partes aéreas Tintura 20 Tomar 5 ml da tintura diluídos em meio copo dágua 3 x ao dia entre as refeições Oral Adulto Falta de apetite dispepsia febre inflamações e cólicas Não usar em gestantes lactantes e crianças menores de 12 anos alcoolistas e diabéticos Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à milfolhas ou plantas da família Asteraceae Não usar em caso de tratamento com anticoagulantes e anti hipertensivos O uso pode causar cefaleia e inflamação O uso prolongado pode provocar reações alérgicas Em caso de alergia suspender o uso Infusão 12 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4 x ao dia Adulto Infantil Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de úlcera gástrica ou duodenal ou com oclusão das vias biliares Achyrocline satureioides Macela Marcela Marcelado campo Capítulos Infusão 15 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 4 x ao dia Oral Adulto Infantil Má digestão e cólicas intestinais como sedativo leve e como anti inflamatório Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae Em caso de alergia suspender o uso Aesculus hippocastanum Castanhada índia Sementes com casca Decocção 15 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 x dia logo após as refeições Oral Adulto Fragilidade capilar insuficiência venosa hemorroidas e varizes Não utilizar na gravidez lactação insuficiência hepática e renal como também em casos de lesões da mucosa digestiva em atividade Altas doses podem causar irritação do trato digestivo náusea e vômito Não utilizar em conjunto com anticoagulantes Ageratum conyzoides Mentrasto Catinga de bode Partes aéreas sem as flores Infusão 23 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Dores articulares Não deve ser utilizado por pessoas com problemas hepáticos Nunca usar por mais de três semanas consecutivas Allium sativum Alho Bulbo Maceração 05 g 1 col de café em 30 mL cálice Deixar a droga seca rasurada por cerca de uma hora em maceração utilizar 1 cálice 2 x ao dia antes das refeições Oral Adulto Infantil Hipercolesterolemia colesterol elevado e antihipertensivo leve Atua como expectorante e antisséptico Esse produto não deve ser utilizado por gestantes lactantes lactentes crianças menores de dois anos dependentes alcoólicos e diabéticos Não usar em casos de hemorragia e tratamento com anticoagulantes Não usar em pessoas com gastrite úlceras gastroduodenais hipotensão arterial e hipoglicemia Não usar em casos de tratamento com antihipertensivos e warfarina Doses acima da recomendada podem causar desconforto gastrointestinal Descontinuar o uso 10 dias antes de qualquer cirurgia Tintura 20 Tomar de 50 a 100 gotas 25 a 5 ml da tintura diluídas em 75 ml de água 2 a 3 x dia 1 Estas tabelas foram baseadas na Instrução Normativa n 02 de 14 de maio de 2014 publica a Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado e a Lista de produtos tradicionais fitoterápicos de registro simplificado no For mulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira 1ª edição e nos livros Fitomedicamentos na Prática Ginecológica e Obstétrica 2ª edição e Como prescrever ou recomendar plantas medicinais e fitoterápicos TABELA DE PLANTAS MEDICINAIS1 32 33 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Aloe vera Babosa Gel mucilaginoso das folhas Gel 10 e pomada 10 Aplicar nas áreas afetadas 1 a 3 x ao dia Tópico Adulto Cicatrizante e em queimaduras Não usar em gestantes e lactantes Alpinia zerumbet Colônia Folhas secas Tintura 20 Tomar 10 ml da tintura diluídos em 75 ml de água 3 x ao dia Oral Adulto Diurético e anti hipertensivo nos casos de hipertensão arterial leve ansiolítico leve Não usar em gestantes lactantes lactentes crianças menores de dois anos alcoolistas e diabéticos No tratamento com o extrato hidroalcoólico foi observado o aumento de transaminases e HDL Anacardium occidentale Cajueiro Entrecasca Decocção 45 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc 3 a 4 x ao dia Oral Adulto Diarreia não infecciosa utilizar em pequenas doses até cessar os sintomas Não utilizar em conjunto com anticoagulantes corticoides e anti inflamatórios Aplicar compressa na região afetada 3 a 4 x dia Tópico Lesões como antisséptico e cicatrizante Deverá ser utilizado com cautela na gravidez Arctium lappa Bardana Raízes Decocção 25 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Dispepsia como diurético e com o antiinflamatório nas dores articulares Deve ser evitado o uso durante a gravidez e lactação Doses excessivas podem interferir na terapia com hipoglicemiantes Aplicar compressas na pele lesada 3 x ao dia Tópico Adulto Dermatites com o antisséptico e anti inflamatório Arnica montana Arnica Capítulos Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá Aplicar compressa na área a ser tratada 2 a 3 x ao dia Tópico Adulto Infantil Como anti inflamatório em traumas contusões torções e edemas por fraturas e torções hematomas e equimose Não utilizar por via oral pois pode causar gastroenterites e distúrbios cardiovasculares falta de ar e morte Não aplicar em feridas abertas Não usar em gestantes e lactantes Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae Pode em casos isolados provocar reações alérgicas na pele como vesiculação e necrose Não utilizar por período superior a 7 dias Evitar o uso em concentrações superiores às recomendadas Baccharis trimera Carqueja Carqueja amarga Partes aéreas Infusão 25 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Dispepsia Não utilizar em grávidas pois pode promover contrações uterinas Evitar o uso concomitante com medicamentos para hipertensão e diabetes Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae O uso pode causar hipotensão 34 35 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Bidens pilosa Picão Partes aéreas Infusão 2 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 4 x ao dia Oral Infantil Icterícia do recém nascido Não utilizar na gravidez Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade a plantas da família Asteraceae Indicações tradicionais Calendula officinalis Calêndula Capítulos Infusão 12 g em 150 mL xíc de chá Após higienização aplicar compressa na região afetada 3 x ao dia Fazer bochechos ou gargarejos 3 x ao dia Tópico Adulto Infantil Inflamações e lesões contusões e queimaduras Não usar em gestantes lactantes crianças menores de dois anos alcoolistas e diabéticos Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à calêndula ou plantas da família Asteraceae Em casos raros pode provocar dermatite de contato Tintura 10 Fazer bochechos ou gargarejos três vezes ao dia com 25 mL da tintura diluídos em 100 mL de água Antiinflamatório em afecções da cavidade oral Caesalpinia ferrea Jucá Pauferro Frutos inteiros Decocção 75 g em 150 mL xíc de chá Aplicar compressa na região afetada 2 a 3 x ao dia Tópico Adulto Lesões como adstringente hemostático cicatrizante e antisséptico Casearia sylvestris Guaçatonga Ervadebugre Ervadelagarto Folha Infusão 2 a 4 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4 x ao dia Tópico Adulto Infantil Dor e lesões inclusive de herpes labial como antisséptico e cicatrizante tópico utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Interno Adulto Infantil Dispepsia gastrite e halitose Não usar em grávidas e lactantes Centella asiatica Centela Centelaasiática Partes aéreas Decocção 2 a 4g em 150mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Insuficiência venosa dos membros inferiores Não usar em grávidas lactantes crianças pacientes com gastrite ou úlcera estomacal Em caso de hipersensibilidade recomendase descontinuar o uso Pode causar depressão do SNC Cinnamomum verum Canela Canelado Ceilão Casca Decocção 052 g em 150 mL xíc de chá Como aperiente tomar 1 xíc de chá do infuso meia hora antes das refeições Como antidispéptico tomar 1xíc do infuso após as refeições Oral Adulto Falta de apetite perturbações digestivas com cólicas leves flatulência e sensação de plenitude gástrica Coadjuvante em tratamento hipoglicemiante Não utilizar na gravidez em lactantes e em pessoas com hipersensibilidade à canela e bálsamodoperu Podem ocorrer reações alérgicas de pele e mucosas 36 37 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Citrus aurantium Laranja amarga Flores Infusão Maceração 12 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 a 2 xíc de chá antes de dormir Oral Adulto Infantil quadros leves de ansiedade e insônia como calmante suave Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de distúrbios cardíacos Respeitar rigorosamente as doses recomendadas Deixar em maceração por 3 a 4 horas Copaifera langsdorffii Copaíba óleoresina óleoresina pura ou pomada 10 Após higienização aplicar na área afetada 3 x ao dia Tópica Adulto Antiinflamatório antisséptico e cicatrizante Cordia verbenacea Erva baleeira Folha Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc 3 x dia Oral Adulto Antiinflamatório e analgésico em quadros de contusões com dores Em caso de aparecimento de alergia suspender o uso Aplicar compressa na região afetada 3 x dia Tópico Curcuma longa Curcuma Açafroa Açafrão da terra Rizomas Tintura 10 053 mL da tintura diluídos em 50 mL de água 3 x ao dia Oral Adulto Infantil Dispepsia e como antiinflamatório Não deve ser utilizado por gestantes lactantes por pessoas portadoras de obstrução dos dutos biliares e em caso de úlcera gastroduodenal Não utilizar em conjunto com anticoagulantes Cymbopogon citratus Capimsanto Capimlimão Capimcidró Capimcidreira Cidreira Folhas Infusão 13 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá de 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Infantil Cólicas intestinais e uterinas quadros leves de ansiedade e insônia como calmante suave exclusivamente quando frescas Pode aumentar o efeito de medicamentos sedativos calmantes Cynara scolymus Alcachofra Folhas Infusão 12 g em 150mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 x ao dia antes das refeições Oral Adulto Coleréticocolagogo e hipolipêmico Não deve ser utilizado por pessoas com doenças da vesícula biliar usar cuidadosamente em pessoas com hepatite grave falência hepática e câncer hepático Não utilizar em caso de tratamento com anticoagulantes Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à alcachofra ou plantas da família Asteraceae Não usar em lactantes O uso pode provocar flatulência gases fraqueza e sensação de fome Echinodorus macrophyllus Chapéude couro Folhas Infusão 1 em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 x ao dia Oral Adulto Edemas inchaço por retenção de líquidos e processos inflamatórios Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de insuficiência renal e cardíaca Não utilizar doses acima da recomendada pois pode causar diarreia Pode interagir com medicamentos anti hipertensivos causando queda da pressão 38 39 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Equisetum arvense e outras espécies Cavalinha Partes aéreas Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 4 x ao dia Oral Adulto Edemas inchaços por retenção de líquidos Coadjuvante no tratamento da hipertensão leve Não deve ser utilizado por pessoas com insuficiência renal e cardíaca uma alergia rara pode ocorrer em pacientes sensíveis à nicotina O uso por período superior ao recomendando pode provocar dor de cabeça e anorexia Altas doses podem provocar irritação gástrica reduzir os níveis de vitamina B1 e provocar irritação no sistema urinário Erythrina verna e outras espécies Mulungu Casca Decocção 4 a 6 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto quadros leves de ansiedade e insônia como calmante suave Pode interagir com outros depressores do SNC Eucalyptus globulus Eucalipto Folhas Infusão 3 a 45 g em 150 ml xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4 x ao dia Oral Adulto Antisséptico e antibacteriano das vias aéreas superiores expectorante Não deve ser utilizado por pessoas com inflamação gastrointestinal e biliar doença hepática grave gravidez lactação e em menores de 12 anos Em casos raros pode provocar náusea vômito e diarreia Evitar o uso associado com sedativos anestésicos e analgésicos pois pode potencializar suas ações Pode interferir com tratamentos hipoglicemiantes Infusão 2 g em 150 mL xíc de chá Fazer inalação de 2 a 3 x ao dia Inalatório Eugenia uniflora Pitangueira Folhas Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 cálice 30 ml após a evacuação no máximo 10 x ao dia Oral Adulto Antidiarreico em diarreia não infecciosa cicatrizante Pode interagir com antihipertensivos Foeniculum vulgare Funcho Frutos Tintura 10 utilizar 50 g em 75 ml água 3 x ao dia Oral Adulto Antiflatulento antidispéptico e antiespasmódico Não usar em gestantes lactantes alcoolistas e diabéticos em função do teor alcoólico na formulação Não usar em pessoas com síndromes associadas ao hiperestrogenismo Pode reduzir o efeito de medicamentos anticoncepcionais É contraindicado para pessoas com refluxo o uso prolongado deve ter acompanhamento médico Pode promover efeitos estrogênicos inclusive aumento na lactação uso para estimular a lactação pode ser feito com preparo por infusão 40 41 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Glycyrrhiza glabra Alcaçuz Raiz Infusão 45 g em 150 ml xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 34 x ao dia Oral Adulto Tosses gripes e resfriados Coadjuvante no tratamento de úlceras gástricas e duodenais Não deve ser utilizado na gravidez e por pessoas com hipertensão arterial hiperestrogenismo e diabetes Possível quadro de pseudoaldosteronismo por ação mineralocorticoide Não utilizar continuamente por mais de seis semanas sem acompanhamento médico Deve haver cautela ao associar com anticoagulantes corticoides e anti inflamatórios Hamamelis virginiana Hamamélis Folhas Infusão 2 a 3 g em 250 mL de água utilizar 1 xíc 3x ao dia Oral Adulto Infantil Tratamento sintomático de problemas relacionados a veias varicosas como pernas pesadas e doloridas e para hemorroidas Em pacientes sensíveis é possível o surgimento de alterações gastrintestinais Se persistirem os sintomas suspender tratamento e buscar orientação médica Casca Decocção 36 g em 150 mL xíc de chá Aplicar em compressas na região afetada 2 a 3x ao dia Tópico Inflamações da pele e mucosas Hemorroidas Não ingerir pois pode eventualmente provocar irritação gástrica e vômitos Nunca usar continuamente por mais de 4 semanas Harpagophytum procumbens Garradodiabo Raízes tuberosas Decocção 1 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc 2 a 3x ao dia entre as refeições Oral Adulto Dores articulares e lombalgias Não utilizar em portadores de úlceras estomacais e duodenais e pacientes com cálculos biliares Diarreia alterações no paladar leve efeito hipoglicemiante Illicium verum Anisestrelado Fruto Infusão 153 g em 150 ml xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 34x ao dia Oral Adulto Bronquite como expectorante Como antiflatulento Não utilizar na gravidez e em casos de hiperestrogenismo O uso pode ocasionar reações de hipersensibilidade cutânea respiratória e gastrointestinal Justicia pectoralis Chambá Chachambá Trevocumaru Partes aéreas Infusão 5 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc chá de 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Infantil Como expectorante e broncodilatador Pacientes com problemas de coagulação e em uso de anticoagulantes e analgésicos O uso pode estimular a tosse produtiva não utilizar antes de dormir Lippia alba Ervacidreira Falsa erva cidreira Falsa melissa Folhas e flores Infusão 1 a 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc chá de 3 a 4x ao dia Oral Adulto Infantil quadros leves de ansiedade e insônia como calmante suave Cólicas abdominais distúrbios estomacais flatulência como digestivo e expectorante Auxiliar na prevenção da enxaqueca usar cuidadosamente em pessoas com hipotensão pressão baixa Doses acima da recomendada podem causar irritação gástrica bradicardia diminuição da frequência cardíaca e hipotensão queda da pressão 42 43 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Lippia sidoides Alecrim pimenta Folhas Infusão 23 g em 150 mL xíc de chá Fazer bochechos e ou gargarejos 2 a 3x ao dia Tópico gargarejos bochechos e lavagens Adulto Inflamações da boca e garganta como antisséptico e nas afecções da pele e couro cabeludo antimicrobiano e escabicida Não ingerir o produto após o bochecho e gargarejo A aplicação tópica pode provocar ardência e alterações no paladar Não deve ser usado em inalações devido à ação irritante dos vapores Não engolir o produto após o bochecho e gargarejo Malva sylvestris Malva Folhas e flores Infusão 2 em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 4x ao dia Oral Adulto Afecções respiratórias como expectorante Em caso de aparecimento de reações alérgicas suspender o uso imediatamente Infusão 6 em 150 mL xíc de chá Após higienização aplicar o infuso com auxílio de algodão sobre o local afetado 3x ao dia Fazer bochechos ou gargarejos 3x ao dia Tópico Contusões e processos inflamatórios da boca e garganta Matricaria recutita Camomila Capítulos florais Infusão 3 em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4x ao dia Oral Adulto Infantil Cólicas intestinais quadros leves de ansiedade como calmante suave Não usar durante a gestação Em caso de superdose pode ocorrer o aparecimento de náuseas excitação nervosa e insônia Evitar o uso em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade aplantas da família Asteraceae Infusão 69 g em 150 mL xíc de chá Aplicar de 3 a 4x ao dia em forma de compressas bochechos e gargarejos Tópico Contusões e processos inflamatórios da boca e gengiva Não aplicar a infusão na região próxima aos olhos Maytenus ilicifolia Espinheira santa Folhas Decocção 13 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4 x ao dia Oral Adulto Dispepsia azia e gastrite Coadjuvante no tratamento episódico de prevenção de úlcera em uso de anti inflamatórios não esteroidais Não deve ser utilizado por crianças menores de 6 anos Não utilizar em grávidas até o terceiro mês de gestação e lactantes pois promove a redução do leite O uso pode provocar secura gosto estranho na boca e náuseas 44 45 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Melissa officinalis Melissa Erva cidreira Folhas Infusão 24 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Cólicas abdominais quadros leves de ansiedade e insônia como calmante suave Auxiliar em quadros leves de demência como estimulante da memória Não deve ser utilizado por pessoas com hipotireoidismo utilizar cuidadosamente em pessoas com pressão baixa Mentha x piperita Hortelã pimenta Folhas Infusão 15 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 4 x ao dia Oral Adulto Infantil Cólicas flatulência problemas hepáticos Não deve ser utilizado em casos de obstruções biliares danos hepáticos severos e durante a lactação Na presença de cálculos biliares consultar profissional de saúde antes de usar Não usar em gestantes Mentha pulegium Poejo Partes aéreas Infusão 1 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia durante ou após as refeições Oral Adulto Afecções respiratórias como expectorante Estimulante do apetite perturbações digestivas espasmos gastrointestinais cálculos biliares e colecistite Não deve ser utilizada na gravidez lactação e em crianças menores de 6 anos Contraindica se o uso prolongado e a inalação A administração em doses e tempo de uso acima dos recomendados pode promover danos ao fígado e ocasionar problemas na gravidez Mikania glomerata Mikania laevigata Guaco Folhas Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3 x ao dia Oral Adulto Infantil Broncodilatador e expectorante Não usar em gestantes A utilização pode interferir na coagulação sanguínea Doses acima da recomendada podem provocar vômitos e diarreia O uso pode estimular a tosse produtiva não utilizar antes de dormir Pode interagir com antiinflamatórios não esteroidais Momordica charantia MelãodeSão Caetano Folhas frutos e sementes Decocção 5 g em 1 mL Aplicar nos locais afetados 2x dia ou banharse uma vez ao dia Tópico Adulto Dermatites irritação da pele e escabiose sarna Não usar em gestantes Pode interagir com hipoglicemiantes Não utilizar por via oral pois pode causar coma hipoglicêmico por diminuição de açúcar no sangue e convulsões em crianças problemas hepáticos e dor de cabeça 46 47 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Panax ginseng Ginseng Raiz utilizar uma xíc de 1 a 3 x ao dia Decocção 05g em 200 mL de água Oral Adulto Infantil Estado de fadiga física e mental adaptógeno Cautela ao usar em gestantes e lactantes Pode causar cefaleia diarreia e alergias utilizar por no máximo três meses Deverá haver cautela no uso concomitante com psicotrópicos antihipertensivos cardiotônicos anticoagulantes hipoglicemiantes contraceptivos e repositores hormonais Passiflora alata Maracujá doce Folhas secas Decocção 3 g em 150 mL xíc de chá Recipiente descoberto utilizar 1 xíc de chá 1 a 4x ao dia Oral Adulto Infantil quadros leves de ansiedade e insônia com agitação como calmante suave Seu uso pode causar sonolência Não deve ser usado em conjunto com medicamentos sedativos e depressores do sistema nervoso Nunca utilizar cronicamente Passiflora edulis Maracujá azedo Folhas Decocção 3 g em 150 mL xíc de chá Recipiente descoberto utilizar 1 xíc de chá 1 a 4x ao dia Oral Adulto Infantil quadros leves de ansiedade e insônia com agitação como calmante suave Seu uso pode causar sonolência Não deve ser usado em conjunto com medicamentos sedativos e depressores do sistema nervoso Nunca utilizar cronicamente Passiflora incarnata Maracujá Partes aéreas Decocção 3 g em 150 mL xíc de chá Recipiente descoberto utilizar 1 xíc de chá 3 a 4x ao dia Oral Adulto quadros leves de ansiedade e insônia com agitação como calmante suave Seu uso pode causar sonolência Não deve ser usado em conjunto com medicamentos sedativos e depressores do sistema nervoso Nunca utilizar cronicamente Paullinia cupana Guaraná Sementes 052 g do pó utilizar puro ou diluído em água 1x ao dia Oral Adulto Fadiga como estimulante e antidepressivo leve Não deve ser utilizado por pessoas com ansiedade hipertiroidismo hipertensão arritmias problemas cardíacos estomacais e intestinais taquicardia paroxística gastrite e cólon irritável Em altas doses pode causar insônia nervosismo e ansiedade Não associar com outras drogas com bases xânticas café nozdecola mate nem com anti hipertensivos 48 49 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Peumus boldus BoldodoChile Folhas Infusão 12 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2x ao dia Oral Adulto Dispepsia como colagogo e colerético Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução das vias biliares doenças severas no fígado e nos casos de gravidez usar cuidadosamente em pessoas com doença hepática aguda ou severa colecistite séptica espasmos do intestino e íleo e câncer hepático Não exceder a dosagem recomendada Phyllanthus niruri quebrapedra Partes aéreas Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3x ao dia Oral Adulto Litíase renal para auxiliar na eliminação de cálculos renais pequenos Contraindicado na eliminação de cálculos grandes Não utilizar na gravidez Em concentrações acima da recomendada pode ocasionar diarreia e hipotensão pressão baixa Pimpinela anisum Anis Ervadoce Frutos Infusão 15 g em 150 mL água xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3x ao dia Oral Adulto Infantil Dispepsia cólicas gastrointestinais e como expectorante Em caso de reações alérgicas suspender o uso imediatamente A droga vegetal deve ser amassada imediatamente antes de usar Plantago major Tanchagem Tansagem Tranchagem Folhas Infusão 69 g em 150 mL xíc de chá Aplicar no local afetado em bochechos e gargarejos 3x dia Tópico Adulto Inflamações e assepsia da boca e faringe Não engolir a preparação após o bochecho e gargarejo Nunca utilizar a casca da semente Plantago ovata Plantago Casca da semente Decocção 4 a 20g dividida em 2 a 3 doses adultos Crianças metade da dose Misturar rapidamente em pelo menos 150 mL de água fria para cada 5 g e engolir o mais rápido possível na hora das refeições Oral Adulto Infantil Tratamento de obstipação ocasional e como adjuvante de dieta de baixa gordura para hipercolesterolemia leve e moderada Crianças menores de 6 anos Não usar em pacientes com hipersensibilidade ao ingrediente Não administrar antes de deitar Não usar em indícios de obstrução intestinal Distanciar de outros medicamentos para não atrapalhar absorção Pode ocorrer flatulência distensão abdominal e risco de obstrução esofagiana ou intestinal Há riscos de reações alérgicas se o produto for inalado inclusive anafilaxia Plectranthus barbatus Boldo nacional Hortelã homem Falso boldo Boldo africano Folhas Infusão 13 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 3x ao dia Oral Adulto Dispepsia Não deve ser utilizado em gestantes lactantes crianças pessoas com hipertensão hepatites e obstrução das vias biliares O uso pode diminuir a pressão arterial Doses acima da recomendada e utilizadas por um período de tempo maior que o recomendado podem causar irritação gástrica Não usar junto com metronidazol ou dissulfiram Pessoas que fazem uso de medicamentos para o sistema nervoso central e para hipertensão devem evitar o uso 50 51 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Polygala senega Polígala Raiz Infusão 45 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 4x dia Oral Adulto Expectorante Pacientes com gastrite ou úlcera gastroduodenal Altas doses produzem efeito emetizante provoca vômito e diarreias além de problemas gastrintestinais Polygonum punctatum Ervadebicho Pimenteira dágua Partes aéreas Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá Aplicar na região afetada 3x ao dia Tópico Adulto Varizes e úlceras varicosas e como anti hemorroidal Grávidas e lactantes Psidium guajava Goiabeira Folhas jovens Infusão 2 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 cálice 30 ml após a evacuação algumas vezes ao dia até cessarem os sintomas máximo 10x ao dia Oral Adulto Diarreias não infecciosas Não utilizar continuamente Tópico Adulto Infantil Pele e mucosas lesadas como antisséptico Punica granatum Romã Pericarpo casca do fruto Decocção 6 g em 150 mL xíc de chá Aplicar no local afetado em bochechos e gargarejos 3x dia Tópico Adulto Inflamações e infecções da mucosa da boca e faringe como antiinflamatório e antisséptico Se ingerido pode provocar zumbido distúrbios visuais espasmos na panturrilha e tremores Não engolir a preparação após o bochecho e gargarejo Rhamnus purshiana Cáscara sagrada Casca Decocção 05 g em 150 mL xíc de chá utilizar 8 horas antes da possível evacuação Oral Adulto Constipação intestinal eventual Não deve ser utilizado por pessoas com obstrução intestinal refluxo inflamação intestinal aguda doença de Crohn colite apendicite ou dor abdominal de origem desconhecida e pacientes com histórico de pólipos intestinais Não utilizar durante lactação gravidez e em menores de 12 anos Pode ocorrer desconforto no trato gastrintestinal principalmente em pacientes com cólon irritável além de mudança de coloração na urina Não fazer uso crônico mais de 1 semana O uso contínuo pode promover diarreia perda de eletrólitos e dependência 52 53 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Rosmarinus officinalis Alecrim Folhas Infusão 26 em 150 mL xíc de chá Aplicar no local afetado 2x ao dia Tópico Adulto 1 A diosmina um flavonoide que o alecrim possui tem demonstrado reduzir a permeabilidade capilar tendo então melhor resposta circulatória que a rutina 2 Estimula a circulação sanguínea através do corpo especialmente em pacientes com hipotensão Antisséptico e cicatrizante Não deve ser utilizado por pessoas com doença prostática gastroenterites dermatoses em geral e com histórico de convulsão Não utilizar em gestantes Não usar em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade ao alecrim Se usado cronicamente ou em doses excessivas pode causar irritação renal e gastrointestinal utilizar 1 a 4 xíc de chá ao dia Oral Dispepsia síndrome metabólica e como antiinflamatório Salix alba e outras espécies Salgueiro branco Casca do caule Decocção 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc 2 a 3x dia Oral Adulto Inflamação dor e febre Não usar em pessoas com distúrbios gastrointestinais e sensibilidade ao ácido salicílico Não usar em gestantes e crianças Não utilizar em caso de tratamento com anticoagulantes corticoides anti inflamatórios não esteroidais e antiácidos Salvia officinalis Sálvia Folhas Infusão 35 g em 150 mL xíc de chá Aplicar no local afetado em bochechos e gargarejos 1 ou 2x dia Tópico Adulto Infantil Inflamações e assepsia da boca e garganta gengivites e aftas Não utilizar na gravidez e lactação insuficiência renal tumores mamários estrógeno dependentes e hipertensão arterial Não engolir a preparação após o bochecho e gargarejo pois pode causar náusea vômitos dor abdominal tonturas e agitação Pode elevar a pressão em pacientes hipertensos Em altas doses pode ser neurotóxica causar convulsões e hepatotóxica causar dano ao fígado Infusão 153 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá de 2 a 3x ao dia Oral Adulto Infantil Dispepsias e transpiração excessiva Sambucus nigra Sabugueiro Flor Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc 2 a 3x dia Oral Adulto Como diaforético em gripes e resfriados O uso em quantidades maiores que o recomendado pode promover hipocalemia Não utilizar as folhas por conterem glicosídeos cianogênicos que podem ser tóxicos 54 55 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Schinus terebinthifolia Aroeirada praia Casca do caule Decocção 1 g em 150 mL ou 6 g em 1 L de água Aplicar na região afetada 2 a 4x ao dia em compressas banhos de assento Tópico Adulto Inflamação vaginal leucorreia corrimento vaginal como hemostático adstringente e cicatrizante Em caso de aparecimento de alergia suspender o uso Senna alexandrina Sene Frutos e folíolos Decocção 1 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá antes de dormir Oral Adulto Constipação intestinal eventual Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de obstrução intestinal inflamação intestinal aguda doença de Crohn colite apendicite ou dor abdominal de origem não diagnosticada constipação crônica Não usar em crianças menores de 10 anos Desconforto do trato gastrintestinal principal mente em pacientes com cólon irritável mudança na coloração da urina Não fazer uso crônico mais de 1 semana O uso contínuo pode promover diarreia e perda de eletrólitos Silybum marianum Cardo mariano silimarina Frutos sem papilho Infusão 12 15gdia utilizar 1 xíc de chá pela manhã Oral Adulto Infantil Hepatoprotetor Evitar o uso excessivo durante a gravidez e lactação Irritação da mucosa gástrica e efeitos laxantes discretos Cautela ao associar antihipertensivos estimulantes do SNC inibidores da MAO glicosídeos cardiotônicos Solanum paniculatum Jurubeba Frutos Infusão 1 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3 a 4x ao dia Oral Adulto Dispepsia Doses acima da recomendada e por período de tempo acima do recomendado podem causar intoxicação com náuseas vômitos diarreia cólicas abdominais confusão mental edema cerebral e morte Stryphnoden drom adstrigens Barbatimão Casca Decocção 3 g em 1 L de água Aplicar compressas no local afetado 2 a 3x ao dia Tópico Adulto Infantil Cicatrizante e antisséptico tópico em lesões de pele e mucosas bucal e genital Não deve ser utilizado em lesões com processo inflamatório intenso Symphytum officinale Confrei Folhas e raízes Pomada 10 Aplicar nas áreas afetadas 1 a 3x ao dia Tópico Adulto Como cicatrizante em pequenas lesões de pele e antiinflamatório em equimoses hematomas e contusões Esse produto deverá ser utilizado por no máximo seis semanas ao ano Não usar em lesões abertas 56 57 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Nomenclatura botânica Nomenclatura popular Partes utilizadas Forma de utilização Posologia e modo de usar Via Uso Alegações Contraindicações Efeitos adversos Informações adicionais na embalagem Taraxacum officinale Dentedeleão Toda a planta Decocção 34 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3x ao dia Oral Adulto Dispepsia estimulante do apetite e como diurético Não deve ser utilizado por pessoas portadoras de obstrução dos dutos biliares e do trato intestinal Na ocorrência de cálculos biliares consultar profissional de saúde antes do uso Não deve ser utilizado em pessoas com gastrite úlcera gastroduodenal e cálculos biliares O uso pode provocar hiperacidez gástrica e hipotensão queda da pressão Não utilizar em menores de dois anos Uncaria tomentosa unhadegato Casca do caule e raiz Decocção 05 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá de 2 a 3x ao dia Oral Adulto Dores articulares e musculares agudas como anti inflamatório Não é recomendado o uso antes e depois de quimioterapia nem em pacientes hemofílicos Não utilizar em menores de 3 anos O uso pode provocar cansaço febre diarreia e constipação Altas doses podem causar sintomas pancreáticos e alterações do nervo óptico Evitar o uso concomitante com imunossupressores e em pacientes transplantados ou esperando transplantes Vaccinium myrtillus Mirtilo Frutos maduros Dose diária 20 a 60 g utilizar frutos secos Oral Fragilidade e alteração da permeabilidade capilar insuficiência venosa periférica Pacientes em uso concomitante de medicamentos anticoagulantes Vernonia condensata Boldobaiano Folha Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 3x dia antes das principais refeições Oral Adulto Estimulante digestivo em dispepsias e antiinflamatório e analgésico Em caso de ocorrência de alergia suspender o uso Vernonia polyanthes Assapeixe Folha Infusão 3 g em 150 mL xíc de chá Gargarejar e em seguida ingerir 1 xíc de chá 1 a 3x ao dia Oral Adulto Bronquite e tosse persistente Não deve ser utilizada durante a gravidez e lactação Aplicar sobre a área afetada 2x ao dia durante 2 horas de cada vez Tópico Adulto Dores musculares Zingiber officinale Gengibre Rizoma Infusão Decocção 05 1 g em 150 mL xíc de chá utilizar 1 xíc de chá 2 a 4x ao dia Oral Adulto Infantil Enjoo náusea e vômito da gravidez de movimento e pós operatório Dispepsias em geral É contraindicado para pessoas com cálculos biliares irritação gástrica e hipertensão arterial Evitar o uso em pacientes que estejam com desordens de coagulação Evitar o uso em menores de seis anos Evitar o uso em pacientes que estejam usando anticoagulantes As atividades da Comissao Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterapicos ti veram inicio no dia de julho de 2005 Esta Comissao integra a estrutura orga nizacional do CRFSP sendo regida pela deliberagado n 0407 E um forum onde farmacéuticos do segmento trocam informagdes debatem temas de interesse comum propdem agées e polfticas ao CRFSP e promovem o uso racional de plantas medicinais e fitoterapicos As reunides ordinarias da Comissao ocorrem mensalmente conforme a agen da de reunides aprovada durante a primeira reuniao anual As reunides extraordi narias ocorrem mediante convocagao por parte da maioria dos membros ativos assim como por membro da Coordenagao da Comissao e também podem ocor rer reunides extraoficiais Os participantes da Comissao sao divididos em quatro categorias membros colaboradores estudantes e convidados Para ser considerado membro da Co missao necessario ser farmacéutico atuar na respectiva area e ter participado no minimo de trés reuni6es consecutivas Objetivos Os objetivos da Comissao sao Assessorar o CRFSP nos assuntos que necessitem de estudo especializado em sua area Realizar estudos e emitir pareceres solicitados pela Diretoria ou Plenario do CRFSP Propor projetos de normatizagao relacionados a sua area de atuacao Sugerir cursos a serem oferecidos pelo CRFSP por intermédio do Nucleo de Educagao Permanente NEP 58 COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS Sugerir cursos palestras e mesasredondas para Comissao Cientifica do Con gresso de Farmacéuticos promovido pelo CRFSP Atuar como forum de discussao sobre temas especializados Propor a Diretoria temas para divulgagao na Revista dos Farmacéuticos ou site do CRFSP Escrever artigos de interesse da area para divulgacao na Revista dos Farmacéuti cos ou site do CRFSP Assessorar a Diretoria em entrevistas ou consultas relacionadas a sua area Desenvolver e propor divulgagao de novos trabalhos cientificos e novas norma tivas de interesse da categoria em sua area de atuaao COMISSAO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERAPICOS m59 60 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS LEGISLAÇÃO Regra a que todos são submetidos que exprime a vontade imperativa do Esta do Norma jurídica obrigatória de efeito social emanada do poder público com petente Ato normativo aprovado pelo Poder Legislativo e sancionado pelo Chefe do Poder Executivo 1 LEI Nº 5991 DE 17 DE DEZEMBRO DE 1973 Dispõe sobre o Controle Sanitário do Co mércio de Drogas Medicamentos Insumos Farmacêuticos e Correlatos e dá outras providências 2 LEI Nº 6360 DE 23 DE SETEMBRO DE 1976 Dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos as Drogas os Insumos Farmacêuticos e Correlatos Cosméticos Saneantes e Outros Produtos e dá outras providências 3 LEI ESTADUAL Nº 12739 DE 1º DE NOVEMBRO DE 2007 Programa Estadual de Fitoterápicos Plantas Medicinais e Aromáticas 4 LEI Nº 13021 DE 08 DE AGOSTO DE 2014 Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas 5 LEI Nº 16660 DE 12 DE JANEIRO DE 2018 Dispõe sobre a regulamentação das ativida des das farmácias no âmbito de sua atuação 61 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DECRETOS Ato de natureza administrativa da competência privativa do Chefe do Poder Exe cutivo para regulamentar atos com a finalidade de oferecer fiel execução e cumpri mento à Lei 1 DECRETO Nº 20377 DE 08 DE SETEMBRO DE 1931 Aprova a regulamentação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil 2 DECRETO Nº 74170 DE 10 DE JUNHO DE 1974 Regulamenta a Lei 5991 de 17 de dezembro de 1973 que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos 3 DECRETO Nº 85878 DE 07 DE ABRIL DE 1981 Estabelece normas para execução da Lei nº 3820 de 11 de novembro de 1960 sobre o exercício da profissão de farmacêutico e dá outras providências 4 DECRETO Nº 5813 DE 22 DE JUNHO DE 2006 Aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências INSTRUÇÕES NORMATIvAS São atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das leis decretos e regulamentos 1 INSTRUÇÃO NORMATIVA ANVISA Nº 02 DE 13 DE MAIO DE 2014 Publica a Lista de medicamentos fitoterápicos de registro simplificado e a Lista de produtos tradicionais fitoterápi cos de registro simplificado 2 INSTRUÇÃO NORMATIVA ANVISA Nº 11 DE 29 DE SETEMBRO DE 2016 Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de prescrição 62 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS RESOLUÇÕES No conceito de Direito Administrativo é a deliberação ou a determinação Indi ca assim o ato pelo qual a autoridade pública ou poder público toma uma decisão impõe uma ordem ou estabelece uma medida Pode receber qualificativos segundo a origem ou o poder que a dita Resoluções da Diretoria Colegiada RDC ANVISAMS 1 RDC Nº 267 DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 Aprova o REGuLAMENTO TÉCNICO DE ESPÉCIES VEGETAIS PARA O PREPARO DE CHÁS 2 RDC Nº 204 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2006 Determina a todos os estabelecimentos que exerçam as atividades de importar exportar distribuir expedir armazenar fracionar e embalar insumos farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico de Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos 3 RDC Nº 219 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006 Aprova a inclusão do uso das espécies vegetais e partes de espécies vegetais para o preparo de chás constantes da Tabela 1 do Anexo desta Resolução em complementação às espécies aprovadas pela Resolução Anvisa RDC nº 267 de 22 de setembro de 2005 4 RDC Nº 67 DE 08 DE OUTUBRO DE 2007 Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias 5 RDC Nº 37 DE 06 DE JULHO DE 2009 Trata da admissibilidade das farmacopeias estran geiras 6 RDC Nº 44 DE 17 DE AGOSTO DE 2009 Dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências 7 RDC Nº 27 DE 06 DE AGOSTO DE 2010 Dispõe sobre as categorias de alimentos e em balagens isentos e com obrigatoriedade de registro sanitário 8 RDC Nº 49 DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010 Aprova a Farmacopeia Brasileira 5ª edição e dá outras providências 9 RDC N 18 DE 03 DE ABRIL DE 2013 Dispõe sobre as boas práticas de processamento e 63 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS armazenamento de plantas medicinais preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos em farmácias vivas no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS 10 RDC Nº 21 DE 25 DE ABRIL DE 2014 Dispõe sobre a fabricação e comercialização de produtos da Medicina Tradicional Chinesa MTC Prazo de vigência da norma prorrogado por dois anos pela Resolução RDC nº 152 de 26 de abril de 2017 11 RDC Nº 26 DE 13 DE MAIO DE 2014 Dispõe sobre o registro de medicamentos fitote rápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos 12 RDC Nº 98 de 01 DE AGOSTO DE 2016 Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição e dá outras providências RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE CNS RESOLUÇÃO CNS Nº 338 DE 06 DE MAIO DE 2004 Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde RESOLUÇÕES ESPECÍFICAS ANVISA RESOLUÇÕES RE 1 RESOLUÇÃO RE Nº 356 DE 28 DE FEVEREIRO DE 2002 Determina como medida de interesse sanitário a apreensão em todo o território nacional de qualquer produto farmacêutico à base de KavaKava Piper methysticum L que não possua tarja vermelha contendo os dizeres Venda sob prescrição médica ou que não possua registro na Anvisa 2 RESOLUÇÃO RE Nº 357 DE 28 DE FEVEREIRO DE 2002 Determina como medida de interesse sanitário a apreensão em todo o território nacional de qualquer produto farmacêutico à base de ErvadeSãoJoão Hypericum perforatum que não possua tarja vermelha contendo os dizeres Venda sob prescrição médica ou que não possua registro na Anvisa 64 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS RESOLUÇÕES DO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA CFF 1 RESOLUÇÃO CFF Nº 357 DE 20 DE ABRIL DE 2001 Aprova o Regulamento Técnico das Boas Práticas de Farmácia 2 RESOLUÇÃO CFF Nº 365 DE 02 DE OUTUBRO DE 2001 Dispõe sobre a assistência técnica farmacêutica em distribuidoras representantes importadoras e exportadoras de medica mentos insumos farmacêuticos e correlatos 3 RESOLUÇÃO CFF Nº 416 DE 27 DE AGOSTO DE 2004 Revoga o 2º do artigo 34 da Resolução nº 357 de 20 de abril de 2001 publicada no DOu de 270401 Seção 1 pp 24 a 31 4 RESOLUÇÃO CFF Nº 467 DE 28 DE NOVEMBRO DE 2007 Define regulamenta e estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de medicamentos e de outros produtos farmacêuticos 5 RESOLUÇÃO CFF Nº 477 DE 28 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito das plantas medicinais e fitoterápicos e dá outras providências 6 RESOLUÇÃO CFF Nº 515 DE 26 DE NOVEMBRO DE 2009 Dá nova redação ao artigo 3º da Resolução nº 36501 do Conselho Federal de Farmácia revogando a Resolução nº 50209 7 RESOLUÇÃO CFF Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013 Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências 8 RESOLUÇÃO CFF Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013 Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências 9 RESOLUÇÃO CFF Nº 596 DE 21 DE FEVEREIRO DE 2014 Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares 10 RESOLUÇÃO CFF Nº 597 DE 24 DE ABRIL DE 2014 Dá nova redação aos artigos 11 e 12 da ResoluçãoCFF nº 35701 11 RESOLUÇÃO CFF Nº 611 DE 29 DE MAIO DE 2015 Dispõe sobre as atribuições clíni cas do farmacêutico no âmbito da floralterapia e dá outras providências 65 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS PORTARIAS Ato pelo qual os chefes de órgãos e repartições expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados ou designam servidores para funções e cargos secundários 1 PORTARIA MSGM Nº 3916 DE 30 DE OUTUBRO DE 1998 Aprova a Política Nacional de Medicamentos cuja íntegra consta do Anexo desta Portaria 2 PORTARIA MSGM Nº 971 DE 03 DE MAIO DE 2006 Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC no Sistema Único de Saúde 3 PORTARIA MSGM Nº 2960 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2008 Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 4 PORTARIA MSGM Nº 886 DE 20 DE ABRIL DE 2010 Institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS 5 PORTARIA MSGM N 1555 DE 30 DE JULHO DE 2013 Dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito do Siste ma Único de Saúde SUS 6 PORTARIA MSGM Nº 02 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 Consolidação das nor mas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde 7 PORTARIA MSGM Nº 702 DE 21 DE MARÇO DE 2018 Altera a Portaria de Con solidação nº 2GMMS de 28 de setembro de 2017 para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC 66 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS SITES INTERESSANTES ABIFISA Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde wwwabifisaorgbr ABFIT Associação Brasileira de Fitoterapia wwwabfitorgbr ABRIFAR Associação Brasileira dos Distribuidores de Insumos Farmacêuticos wwwabrifarcombr ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas wwwabntorgbr ANFARMAG Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais wwwanfarmagcombr ALANAC Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais wwwalanacorgbr ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária wwwanvisagovbr APFIT Associação Paulista de Fitoterapia wwwapfitorgbr ATSDR Agency for Toxic Substances and Disease Registry wwwatsdrcdcgov BIREME Biblioteca Virtual em Saúde httpsbvsaludorg CEBRID Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas wwwcebridcombr CONBRAFITO Conselho Brasileiro de Fitoterapia wwwconbrafitoorgbr CVSSP Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo wwwcvssaudespgovbr CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental wwwcetesbspgovbr CTNBIO Comissão Técnica Nacional de Biossegurança httpctnbiomctigovbr CFF Conselho Federal de Farmácia wwwcfforgbr CRFSP Conselho Regional de Farmácia de São Paulo wwwcrfsporgbr EMEA European Medicines Agency httpswwwemaeuropaeu 67 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS FDA Food Drug Administration wwwfdagov FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz wwwfiocruzbr Fitoterapia terapias complementares wwwfitoterapiacombr Health Canada wwwhcscgcca IAL Instituto Adolfo Lutz wwwialspgovbr IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis wwwibamagovbr IDEC Instituto de Defesa do Consumidor wwwidecorgbr INMETRO Instituto Nacional de Metrologia wwwinmetrogovbr ISPE Associação Internacional de Engenharia Farmacêutica wwwispeorgbr Ministério da Saúde wwwsaudegovbr Ministério do Meio Ambiente wwwmmagovbr OPAS Organização PanAmericana de Saúde wwwopasorgbr REBLASANVISA httpportalanvisagovbrreblas SBF Sociedade Brasileira de Farmacognosia wwwsbfgnosiaorgbr Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo wwwambientespgovbr SINDUSFARMA Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo www sindusfarmaorgbr SOBRAFITO Associação Médica Brasileira de Fitomedicina wwwsobrafitocombr UNIFAR União Farmacêutica de São Paulo wwwunifarorgbr WHO World Health Organization wwwwhoint 68 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS BIBLIOGRAFIA 1 ALONSOJR Tratado de fitoterápicos e nutracêuticos São Paulo AC 2016 2 BRASIL Conselho Federal de Farmácia Resolução CFF nº 586 de 29 de agosto de 2013 Regula a pres crição farmacêutica e dá outras providências Diário Oficial da União Brasília DF 26 set 2013b Seção 1 p 136 Disponível em httpscffbrimplantanetbrportaltransparenciapublicoListasid704808bb 41da465897d9c0978c6334dc Acesso em 20 dez 2018 3 BRASIL Agência Nacional de Vigilância Sanitária Instrução Normativa ANVISA nº 11 de 29 de set 2016 Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de prescrição Diário Oficial da União Brasília DF 30 de set 2016 Seção 1 p 99 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvssaudelegisanvisa2016 int001129092016pdf Acesso em 20 de dez 2018 4 BRASIL Ministério da Saúde Portaria nº 02 de 28 de setembro de 2017 Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde Diário Oficial da União Brasília DF 03 de out 2017 Seção suplemento p 61 Disponível em httpbvsmssaudegovbrbvssaudelegis gm2017prt084928032017html Acesso em 20 dez 2018 5 BRASIL Agência Nacional de Vigilância Sanitária Formulário de Fitoterápico Farmacopeia Bra sileira 1ed Brasília DF ANVISA 2018 160 p Disponível em httpportalanvisagovbrdocu ments33832259456SuplementoFFFBpdf478d1f837a0d48aa981537dbc6b29f9a Acesso em 20 dez 2018 6 CHEVALIER A Encyclopedia of herbal medicine Great Britain DK 2016 p128 7 World Health Organization WHO Monographs on Selected Medicinal Plants v2 Fructus Silybi Mariae Geneva 2002 p306316 69 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS BILIOGRAFIA RECOMENDADA Farmacopeias Ayurvedic Pharmacopoeia British Herbal Pharmacopoeia Pharmacopoeia Germânica Farmacopeia Brasileira ABREu MATOS FJM et al Constituintes Químicos Ativos de Plantas Medicinais Brasileiras Ceará uFC 2004 AMARAL A C F SIMÕES E V FERREIRA J L P Coletânea científica de plantas de uso medi cinal Rio de Janeiro sn 2005 BARBOSA W L R et al Etnofarmácia Fitoterapia popular e ciência farmacêutica Belém NUMA uFPA 2009 BIESKI I G C MARI GEMMA C Quintais medicinais Mais saúde menos hospitais Governo do Estado de Mato Grosso Cuiabá 2005 BLuMENTHAL M GOLDBERG A BRINCKMANN J Herbal medicine Expanded commission E monographs 1ed Newton MA EuA American Botanical Council 2000 519p BRASIL Agência Nacional de Vigilância Sanitária Formulário fitoterápico da Farmacopeia Brasi leira Brasília 2011 p126 Ministério da Saúde Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência Farmacêutica A Fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisas de Plantas Medici nais da Central de Medicamentos Brasília 2006 p9 70 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Ministério da Saúde Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Assistência Farmacêutica Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos Brasília DF Ministério da Saúde 2006 Ministério da Saúde Práticas integrativas e complementares plantas medicinais e fitotera pia na atenção básica Brasília Ministério da Saúde 2012 Série A Normas e Manuais Técnicos Cader nos de Atenção Básica n 31 CARDOSO C M Z Manual de Controle de Qualidade de Matérias Primas Vegetais para Farmácias com Manipulação São Paulo Pharmabooks 2009 CARVALHO J C T Fitoterápicos Antiinflamatórios Aspectos químicos farmacológicos e aplicações terapêuticas Ribeirão Preto Tecmedd 2004 CRFSP Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Cartilha Comissão Assessora de Homeopatia São Paulo Conselho Regional de Farmácia 2013 CuNHA A P et al Plantas e Produtos Vegetais em Cosmética e Dermatologia Lisboa Fun dação Calouste Gulbenkian 2011 DI STASI L C Plantas Medicinais Verdades e Mentiras São Paulo unesp 2007 p133 EuROPEAN SCIENTIFIC COOPERATIVE ON PHYTOTHERAPY ESCOP Monographs The Scientific Foundation for Herbal Medicinal Products 2ed Exeter UK European Scientific Coo perative on Phytotherapy and Thieme 2003 FERRO D Fitoterapia Conceitos Clínicos São Paulo Editora Atheneu 2006 FINTELMANN V WEISS R Manual de Fitoterapia 11ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2010 ISBN 9788527716208 FuRLAN M R Ervas e Temperos cultivo e comercialização Sl Sebrae 1997 GARCIA AA et al Fitoterapia Vademécum de prescripción Plantas medicinales 3ed Sl sn 1999 GILBERT B FERREIRA J L P et al The official use of medicinal plants in public health Ciência 71 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS e Cultura Journal of the Brazilian Associations for the Advancement of Science 49 56 1979 p339344 GILBERT B FERREIRA J L ALVES L F Monografias de plantas medicinais brasileiras e acli matadas Curitiba ABIFITO 2005 GRuENWALD J et al PDR for herbal medicines 2000 GuPTA M P et al 270 plantas medicinais iberoamericanas Colômbia CYTED 1995 HARAGuCHI L M M et al Plantas Medicinais Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente Divisão Técnica Escola Municipal de Jardinagem São Paulo 2010 IEPA Farmácia da terra Plantas medicinais e alimentícias 2ed Macapá 2005 ÍNDICE TERAPêuTICO FITOTERÁPICO EPuB 2008 LEITE J P V Fitoterapia Bases Científicas e Tecnológicas São Paulo Atheneu 2009 LIMA J L S et al Plantas medicinais de uso comum no Nordeste do Brasil Campina Grande sn 2006 LIMA S M R R Fitomedicamentos na Prática Ginecológica e Obstétrica 2ed Sl Athe neu 2009 LORENZI H MATOS F J A Plantas Medicinais no Brasil nativas e exóticas Instituto Plantarum de Estudos da Flora 2002 LuZ NETTO N Memento terapêutico fitoterápico do hospital das forças armadas Brasília EGGCF 1998 MARINGÁ Guia fitoterápico 2001 MATOS F J A As plantas das Farmácias Vivas Fortaleza 1997a MATOS F J A O formulário fitoterápico do professor Dias da Rocha 2ed Sl uFC 1997b MATOS F J A Farmácias vivas 3ed Fortaleza uFC 1998 MATOS F J A Plantas medicinais Guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste Brasileiro 2ed Fortaleza uFC 2000 72 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS MATOS F J A VIANA G S B BANDEIRA M A M Guia fitoterápico Fortaleza sn 2001 MATOS F J A LORENZI H Plantas medicinais no Brasil Nativas e exóticas 2ed Nova Odessa Instituto Plantarum 2008 MELODINIZ et al Memento de plantas medicinais As plantas como alternativa terapêutica Aspec tos populares e científicos Sl UFPB 2006 ISBN 9788599135556 MELODINIZ et al Memento Fitoterápico As plantas como alternativa terapêutica Aspectos popula res e científicos Sl UFPB 1998 ISBN 8523700722 MEMENTO TERAPêuTICO FITOTERÁPICO Farmácia verde Ipatinga sn 2000 MILLS S BONE K The essential guide to herbal safety Sl Elservier 2004 NEWALL C A ANDERSON L A PHILLIPSON J D Herbal medicines a guide for healthcare professionals London Reino unido The Pharmaceutical Press 1996 296p NEWALL C et al Plantas Medicinais Guia para Profissional da Saúde Ribeirão Preto SP Premier 2002 OLIVEIRA F AKISuE G AKISuE M K Farmacognosia São Paulo Atheneu 1998 OMS Organização Mundial da Saúde WHO monographs on selected medicinal plantas v 1 1997 OMS Organização Mundial da Saúde WHO monographs on selected medicinal plantas v 2 1999 OMS Organização Mundial da Saúde WHO monographs on selected medicinal plantas v 3 2001 OMS Organização Mundial da Saúde WHO monographs on selected medicinal plantas v 4 2005 PANIZZA S T Como prescrever ou recomendar plantas medicinais e fitoterápicos Conbra fito 2010 ISBN 9788563766007 PANIZZA ST VEIGA R S ALMEIDA M C Uso Tradicional de Plantas Medicinais e Fitoterá 73 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS picos Conbrafito 2010 PIO CORRêA M Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas Rio de Janei ro Ministério da Agricultura v 6 19261978 POLuNIN M ROBBINS C The Natural Pharmacy Sl Dorling Kindersley 1992 PRESS B Herbs Green Guide New Holland 1997 PROPLAM Guia de Orientações para implantação do Serviço de Fitoterapia Rio de Janeiro 2004 RODRIGuES A G et al A fitoterapia no SUS e o programa de plantas medicinais da Central de medicamentos Brasília 2006 SANTOS L C SOuZA Antônio Moniz de Souza o Homem da Natureza Brasileira ciência e plantas medicinais no início do século XIX Rio de Janeiro Manguinhos v 15 n 4 dez 2008 Disponí vel em httpwwwscielobrscielophpscriptsciarttextpidS010459702008000400008lnge nnrmiso Acesso em 15 mar 2012 httpdxdoiorg101590 S010459702008000400008 SIMÕES C M O et al Plantas da medicina popular do Rio Grande do Sul 5ed Porto Alegre uFRGS 1998 SIMÕES C M O et al Farmacognosia da planta ao medicamento Ed universidadeuFRGS Ed uFSC 1999 VIANA G S B BANDEIRA M A M MATOS F J A Guia fitoterápico Fortaleza 1998 WAGNER HH Plant drugs analysis A thin layer chromatography NY Springer Verlag 1996 WAGNER H H WIESENAuER M Fitoterapia Fitofármacos Farmacologia e Aplicações Clínicas São Paulo Pharmabooks 2006 WITCHL M et al Herbal drugs and phytopharmaceuticals A handbook for practice on a scientific basis 3ed Washington Medpharm CRC Press 2004 74 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS GLOSSáRIO ANÁLISE FITOQUÍMICA Consiste na realização de testes de triagem qualitativos ou semiquantitativos com a utilização de reagentes específicos para evidenciar a presença de grupos funcionais característicos na matériaprima vegetal ou seus derivados Essa análise permite determinar o perfil fitoquímico da amostra para auxi liar na identificação da espécie vegetal e a conformidade com o protocolo de análise ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Grupo de atividades relacionadas com medicamentos destinadas a apoiar as ações de saúde deman dadas por uma comunidade Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas a conservação e controle de qualidade a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos o acompanhamento e a avaliação da utilização a obtenção e a difusão de infor mação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos Conjunto de ações voltadas à promoção proteção e recuperação da saúde tanto individual quanto coletiva tendo o medicamento como insumo essencial que visa a promover o acesso e o seu uso racional esse conjunto envolve a pesquisa o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos bem como a sua seleção programação aquisição distribuição dispensação garantia da qualidade dos produtos e serviços acompanhamento e avaliação de sua utilização na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população ATENÇÃO FARMACÊUTICA É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico A atenção é o compêndio das atitudes dos comportamentos dos compromissos das inquietudes dos valores éticos das funções dos conhecimentos das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente 75 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS BANHO DE ASSENTO Imersão em água morna na posição sentada cobrindo apenas as nádegas e o quadril geralmente em bacia ou louça sanitária apropriada COMPRESSA Forma de tratamento que consiste em colocar sobre o lugar lesionado um pano ou gaze limpa e umedecida com um infuso ou decoto frio ou aquecido dependendo da indicação de uso BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO Componente da Garantia da qualidade que assegura que os produtos submetidos ao regime da vigilância sanitária sejam consistentemente produzidos e controlados com padrões de qualidade apro priados para o uso pretendido CADEIA PRODUTIVA Referese ao conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados os di versos insumos em ciclos de produção distribuição e comercialização de bens e serviços CATAPLASMA Papa medicamentosa usualmente aplicada entre duas peças de pano e colocada sobre a pele CONHECIMENTO TRADICIONAL Todo conhecimento inovação ou prática de comunidade tradicional relacionado aos componentes da diversidade biológica CONTROLE DE QUALIDADE FARMACOGNÓSTICO É o conjunto de técnicas aplicadas para avaliação da identidade pureza e integridade de plantas me dicinais e drogas vegetais conforme as características descritas em sua monografia mediante exame morfológico macro e microscópico organoléptico químico e físicoquímico 76 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS CONTROLE DE QUALIDADE Conjunto de medidas destinadas a garantir a qualquer momento a produção de lotes de medi camentos e demais produtos objetivando verificar se satisfazem às normas de atividade pureza eficácia e segurança DECOCÇÃO Preparação em que as substâncias são extraídas por fervura em água potável por um determinado pe ríodo de tempo Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida tais como cascas raízes rizomas caules e sementes DERIVADO DE DROGA VEGETAL Produtos de extração da matériaprima vegetal ou planta medicinal in natura ou da droga vegetal podendo ocorrer nas formas de extrato tintura alcoolatura óleo fixo e volátil cera exsudatos suco e outras DISPENSAÇÃO É o ato do profissional farmacêutico de fornecer um ou mais medicamentos a um paciente geral mente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado Nesse ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento São elementos importantes da orientação entre outros a ênfase no cumprimento da dosagem a influ ência dos alimentos a interação com outros medicamentos o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos DOENÇA DE BAIXA GRAVIDADE Doença autolimitante de evolução benigna que pode ser tratada sem acompanhamento médico DROGA Substância ou matériaprima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária 77 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS DROGA VEGETAL Planta medicinal ou suas partes que contenha as substâncias ou classes de substâncias responsáveis pela ação terapêutica após processos de coleta estabilização quando aplicável e secagem po dendo estar na forma íntegra rasurada triturada ou pulverizada EFICÁCIA Capacidade ou potencial de uma determinada ciência ou tecnologia de produzir um impacto ou grau de melhoria numa situação ideal ou sob condições mais favoráveis ERVANARIA Estabelecimento que realize a dispensação de plantas medicinais ETNOBOTÂNICA Compreende o estudo das sociedades humanas passadas e presentes e suas interações ecológicas genéticas evolutivas simbólicas e culturais com as plantas Pesquisas nesta área facilitam a determi nação de práticas apropriadas ao manejo da vegetação com finalidade utilitária pois empregam os conhecimentos tradicionais obtidos para solucionar problemas comunitários ou para fins conserva cionistas ETNOFARMACOLOGIA É a exploração científica interdisciplinar dos agentes biologicamente ativos tradicionalmente empre gados ou observados pelo homem EXTRATO Preparação de consistência líquida sólida ou intermediária obtida a partir de matériaprima de ori gem vegetal Os extratos são preparados por percolação maceração ou outro método adequado e validado utilizando como solvente etanol água ou outro solvente adequado 78 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS EXTRATO SECO Preparação sólida obtida pela evaporação do solvente utilizado na extração Os extratos secos apre sentam no mínimo 95 de resíduo seco calculados como percentagem de massa Podem ser adicionados de materiais inertes adequados Os extratos secos padronizados têm o teor de seus constituintes ajustado pela adição de materiais inertes adequados ou pela adição de extratos secos obtidos com a mesma droga utilizada na preparação EXTRATO PADRONIZADO É aquele em que o teor de um ou mais constituintes preferencialmente um marcador é ajustado a valores previamente definidos FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais de comércio de drogas medica mentos insumos farmacêuticos e correlatos compreendendo dispensação e atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas medicamentos insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais FARMÁCIAS VIVAS Projeto instituído pelo Professor Abreu de Matos em 1984 na universidade Federal do Ceará com o objetivo de estimular o uso correto de plantas medicinais desde a fase de cultivo até a produção selecionadas por sua eficácia e segurança em substituição ao rotineiro uso empírico de plantas pela comunidade cuja filosofia e informações técnicocientíficas têm servido de parâmetro para a implan tação de diversos Programas Estaduais e Municipais de Fitoterapia A Portaria nº 886 de 20 de abril de 2010 institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único de Saúde 79 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS FARMACOGNOSIA Disciplina que se ocupa do conhecimento das matériasprimas de origem natural de importância farmacêutica FITOCOMPLEXO Substâncias originadas no metabolismo primário e secundário responsáveis em conjunto pelos efei tos biológicos de uma planta medicinal ou de seus derivados FITOCOSMÉTICO Cosmético que contém matériasprimas vegetais FITOTERAPIA Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas sem a utilização de substâncias ativas isoladas ainda que de origem vegetal FORMA FARMACÊUTICA Estado final de apresentação que os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais ope rações farmacêuticas executadas com ou sem a adição de excipientes apropriados a fim de facilitar sua utilização e obter o efeito terapêutico desejado com características adequadas a uma determina da via de administração Formas farmacêuticas sólidas cápsula comprimido granulado pastilha pó rasura sabonete supo sitório óvulo tablete Formas farmacêuticas líquidas emulsão esmalte líquido óleo solução colu tório colutório spray elixir xampu xarope Formas farmacêuticas semissólidas gel pomada pasta GARGAREJO Agitação de infuso decoto ou maceração na garganta pelo ar que se expele da laringe não devendo ser engolido o líquido ao final 80 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS INALAÇÃO Administração de produto pela inspiração nasal ou oral de vapores pelo trato respiratório INDICAÇÃO FARMACÊUTICA DE PLANTAS MEDICINAIS FITOTERÁPICOS E MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO É definida como o ato praticado após a constatação de doenças de baixa gravidade pelo farma cêutico devidamente inscrito no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição e capacitado por meio de orientação assistida Consiste em definir indicar prescrever e orientar o uso de plantas medicinais drogas vegetais e drogas derivadas de vegetais nas suas diferentes formas farmacêuticas alimentícias cosméticas cosmecêuticas produtos dermatológicos e produtos de origem natural para a saúde assim como medicamentos isentos de prescrição MIP INFUSÃO Preparação que consiste em verter a água fervente sobre a planta e em seguida tampar ou abafar por um período de tempo determinado Método indicado para materiais vegetais de consistência menos rígida tais como folhas flores inflorescências e frutos INSUMO FARMACÊUTICO Droga ou matériaprima aditiva ou complementar de qualquer natureza destinada a emprego em medicamentos quando for o caso e seus recipientes INSUMOS Matériasprimas e materiais de embalagem empregados na manipulação e acondicionamento de preparações magistrais e oficinais LÍQUIDO EXTRATOR Líquido ou mistura de líquidos tecnologicamente apropriados e toxicologicamente seguros empre 81 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS gados para retirar da forma mais seletiva possível as substâncias ou frações ativas contidas na droga vegetal ou na planta seca MACERAÇÃO Preparação que resulta na retirada parcial ou total das substâncias presentes nas drogas vegetais por meio de esgotamento da planta medicinal com água ou outro solvente apropriado à temperatura ambiente por um período de tempo determinado Esse método é indicado para drogas vegetais que possuam substâncias que se degradam com o aquecimento MARCADOR Composto ou classe de compostos químicos como alcaloides flavonoides terpenos ácidos graxos entre outros presentes na matériaprima vegetal preferencialmente em correlação ao emprego terapêutico que é utilizado como referência no controle da qualidade da matériaprima vegetal e do medicamento fitoterápico MATÉRIAPRIMA VEGETAL Planta medicinal fresca droga vegetal ou derivados de droga vegetal MANIPULAÇÃO Conjunto de operações farmacotécnicas realizadas na farmácia com a finalidade de elaborar produtos e fracionar especialidades farmacêuticas MEDICAMENTO Produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática curativa paliativa ou para fins diagnósticos NOMENCLATURA BOTÂNICA COMPLETA Gênero espécie e autor do binômio variedade quando aplicável e família 82 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA Automedicação responsável uso de medicamento não prescrito sob orientação e acompanha mento do farmacêutico que deve promover ações de informação e educação sanitária dirigidas ao consumidor ou paciente de modo que se possa fazer uma opção e não abuso em relação ao medicamento tendo em conta a sua qualidade eficácia e segurança bem como as vantagens e desvantagens de certas formulações PERFIL CROMATOGRÁFICO Padrão cromatográfico de constituintes característicos obtido em condições definidas que possibilitem a identificação da espécie vegetal em estudo e a diferenciação de outras espécies PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO É o registro cronológico da informação relacionada com o consumo de medicamentos que permite ao farmacêutico realizar o acompanhamento de cada paciente para garantir o uso seguro e eficaz Inclui os medicamentos prescritos ou não consumo de plantas medicinais regimes dietéticos consumo de bebidas álcool café chá e outras reações adversas ou hipersensibilidade a certos medicamentos e demais fatores que possam alterar a relação pa cientemedicamento PLANTA MEDICINAL Espécie vegetal cultivada ou não utilizada com propósitos terapêuticos Chamase planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta seca a que foi precedida de secagem e estabilização equivalendo à droga vegetal PRINCÍPIO ATIVO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS Substância cuja ação farmacológica é conhecida e responsável total ou parcialmente pelos efeitos terapêuticos do medicamento fitoterápico 83 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS POSOLOGIA Descreve a dose de um medicamento os intervalos entre as administrações e a duração do tratamento PRESCRIÇÃO Conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saúde visando à promoção prote ção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA Ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não far macológicas e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente visando à promoção proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS Ato pelo qual o prescritor seleciona inicia adiciona substitui ajusta repete ou interrompe a farmacoterapia do paciente e documenta essas ações visando à promoção proteção e recuperação da saúde e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde PROCESSAMENTO DA DROGA VEGETAL Ato de transformar a droga vegetal em seus derivados farmacêuticos por processo tecnoló gico apropriado em extratos tinturas macerados decotos infusos entre outros PROCESSAMENTO DA PLANTA MEDICINAL Ato de transformar a planta medicinal ou suas partes em droga vegetal Inclui procedimentos de coleta seleção estabilização secagem classificação rasuração trituração e pulverização 84 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS QUIMIOTIPO Determina a variabilidade química entre indivíduos de uma mesma espécie botânica em relação a parâmetros prédefinidos de um ou mais constituintes característicos da espécie TINTURA É a preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou da diluição dos respectivos extratos É classificada em simples e composta conforme preparada com uma ou mais matériasprimas VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Local do organismo por meio do qual o medicamento é administrado As vias podem ser oral capilar dermatológica inalatória irrigação nasal otológica retal e vaginal 85 COMISSÃO ASSESSORA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS TELEFONES wwwcrfsporgbr SECCIONAIS Adamantina Tel 18 35222714 Araçatuba Tel 18 36248143 Araraquara Tel 16 33362735 Avaré Tel 14 37333583 Barretos Tel 17 33236918 Bauru Tel 14 32241884 Bragança Paulista Tel 11 40328617 Campinas Tel 19 32518541 19 32524490 Caraguatatuba Tel 12 38822454 Fernandópolis Tel 17 34625856 Franca Tel 16 37217989 Guarulhos Tel 11 24681501 Jundiaí Tel 11 45866065 Marília Tel 14 34224398 Mogi das Cruzes Tel 11 47265484 Osasco Tel 11 36822850 11 36859063 Piracicaba Tel 19 34349591 19 34349591 Presidente Prudente Tel 18 32235893 Registro Tel 13 38221979 SEDE Rua Capote Valente 487 Jd América São Paulo SP CEP 05409001 Tel 11 30671450 Ribeirão Preto Tel 16 39119016 16 39115054 Santo André Tel 11 44371991 11 49907449 Santos Tel 13 32335566 São João da Boa VistaTel 19 36310441 São José dos Campos Tel 12 39214644 12 39422792 São José do Rio Preto Tel 17 32344043 17 32344971 Sorocaba Tel 15 32338130 15 32333022 SECCIONAIS NA CAPITAL CentroLeste Centro Tel 11 33370107 Leste Tel 11 20924187 Zona Norte Tel 11 22830300 Zona Leste Tel 11 23619152 Zona Sul Tel 11 51812770 Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Sede Rua Capote Valente 487 Jardim América São PauloSP CEP 05409001 Fone 11 30671450 wwwcrfsporgbr