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Biomedicina ·
Bioquímica
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GRUPO 2 Controle de Qualidade em Líquidos corporais e Urinálise O que devo Estudar Recomendacões da Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaMedicina Laboratorial SBPCML coleta e preparo da amostra biologica Barueri SP Manole Minha Editora 2014 Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática Vol III Carla Albuquerque de Oliveira Maria Elizabete Mendes 1ed Rio de Janeiro ControlLab 2010 Resolução RDC Nº 306 de 7 de dezembro de 2004 Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de servicos de saude Ministério da saúde Plano de gerenciamento de resíduos de servicos de saúde laboratório de análises clínicas Programa nacional de Controle de Qualidade PNCQ Completo Nome da Universidade Nome da Disciplina Controle de Qualidade em Líquidos corporais e Urinálise Nome do discente Nome docente Data 2 3 Sumário Resumo Introdução 5 Desenvolvimento 7 Conclusão 10 Referências bibliográficas 11 4 Resumo O controle interno de qualidade possibilita a identificação de possíveis erros analíticos e gera dados para a implementação de ações corretivas e preventivas que visam melhorar o desempenho dos resultados das analises clinicasEm um laboratório de análises clínicas a garantia da qualidade determina as etapas do processo que envolve a qualidade ou seja todos os procedimentos de realização do exame que se enquadra nas seguintes fases préanalítica analítica e pósanalítica para se ter qualidade nas fases 5 Introdução As análises de urina e de outros fluidos corporais são realizadas no laboratório clínico o qual é um dos integrantes do sistema de saúde O sistema de saúde e os laboratórios clínicos apresentam estruturas organizacionais com variedade de serviços a médicos e pacientes com o objetivo de oferecer o maior cuidado possível ao pacientePara tantosão necessários profissionais e laboratórios médicos com conhecimento e especialização em assuntos científicos médicos e técnicos e o conhecimento de regulamentações governamentais relacionadas e aspectos ligados à segurançaVárias regulamentações federais estaduais e municipais são aplicadas a um laboratório clínico Além dos grupos de profissionais federais e nacionais que inspecionam o laboratório clínico os estados também realizam inspeções laboratoriais adicionais No laboratório de análises clínicas o desempenho dos métodos analíticos pode ser monitorado através do ensaio de amostras controle comerciais com valores conhecidos juntamente com os ensaios das amostras dos pacientes Os resultados dos controles são plotados em um gráfico controle e comparados com os Limites Aceitáveis de Erro para cada analito específico OLIVEIRA 2010 Para que uma metodologia em análise clínica tenha funcionalidade é necessário preencher alguns requisitos básicos que garantam a confiabilidade e reprodutibilidade dos resultados obtidos através de análises de amostras de pacientes Os denominados parâmetros de desempenho são propriedades relacionadas ao desempenho do método ou equipamento que envolve exatidão precisão sensibilidade analítica especificidade analítica recuperação analítica intervalo analítico de medida valores de referência limite de detecção interferentes estabilidade de reagentes robustez e interação com amostras Para se avaliar estes requisitos requer estudos experimentais para estimar se os achados práticos podem subsidiar as mudanças necessárias OLIVEIRA 2010 Os fluidos corporais traz desafios para o laboratório A análise envolve múltiplos departamentos laboratoriais e conhecimento especializado sobre cada tipo de fluidoEm geral as análises dos fluidos corporais são mais úteis na avaliação de inflamação infecção neoplasia maligna e hemorragia Os fluidos corporais podem ser divididos em categorias como líquido cerebrospinal variados líquidos serosos das cavidades revestidas por membranas serosas líquido sinovial sêmen 6 secreções vaginais e respiratóriasA maioria dos procedimentos de exame de urina e análises de fluidos corporais é qualitativa porém quando testes quantitativos são realizados devem ser monitorados por meio de análises estatísticas sistemáticas como o uso das regras de Westgard As regras múltiplas de Westgard são utilizadas na interpretação dos resultados no controle interno da qualidade para observar comportamentos inadequados nas corridas analíticas As regras ajudam a entender as não conformidades e a esclarecer informações sobre tipo de erro apresentado podendo ser sistemático ou aleatório possibilitando a revelação da causa raiz do problema OLIVEIRA 2011Além disso a validação de novos procedimentos o estabelecimento de práticas para minimizar erros humanos e a correlação dos resultados laboratoriais de um determinado paciente O controle interno da qualidade CIQ tem a finalidade de garantir a reprodutibilidade verificar a calibração dos sistemas analíticos e indicar o momento de se promover ações corretivas quando surge uma não conformidade LOPES 2003 Em um laboratório de análises clínicas a garantia da qualidade só será alcançada obtendo seu domínio sobre todas as etapas do processo que envolve a qualidade ou seja todos os procedimentos de realização do exame que se enquadra nas seguintes fases préanalítica analítica e pósanalítica Para obter a qualidade de todas as fases devese criar ações de padronização em cada uma das fases e de suas diversas atividades envolvidas no processo desde o atendimento ao paciente até a liberação do laudo Todas essas atividades devem ser documentadas por meio de procedimentos operacionais padrão POP ou instruções de trabalho IT deverão ser feitos formulários de registro FO para registrar as atividades envolvidas nesse processo Estes documentos deverão estar sempre acessíveis aos funcionários envolvidos nas atividades que envolve as fases da qualidade CHAVES 2010 O controle de qualidade consiste em um conjunto de práticas e procedimentos que monitoram o processo de teste e os procedimentos que verificam a confiabilidade a acurácia e a precisão dos testes Padrões e controles são utilizados nesse processo Os padrões contêm uma quantidade conhecida da substância que está sendo testada sendo utilizados para calibrar o teste Controles são materiais da mesma matriz da amostra compostos de soro no caso de testes séricos e de urina nos testes de urina os quais apresentam uma faixa aceitável estabelecida em relação à substância que está sendo testada Os controles são 7 sempre testados juntamente com a amostra e seus valores são monitorados estatisticamente a fim de avaliar a validade dos resultados obtidos A avaliação da qualidade nos laboratórios clínicos deve incluir um processo de manutenção de pessoal qualificado estabelecimento de políticas escritas um manual de procedimentos com métodos apropriados estabelecimento de procedimentos de coleta e manipulação de espécimes um programa de manutenção de equipamentos programas estabelecidos de controle de qualidade e de garantia de qualidade e métodos que garantam a solicitação e emissão de resultados precisos dos testes Além disso muitos agentes infecciosos incluindo porém não limitados a vírus da imunodeficiência humana vírus de hepatite C e vírus de hepatite B podem ser transmitidos durante a manipulação de sangue e fluidos corporais A urina pode também conter agentes infecciosos incluindo o citomegalovírus que representam risco em potencial para gestantes Por esta razão use luvas e adote as precauçõespadrão quando manipular tais amostras e também proteja seus pacientes da exposição a agentes infecciosos Desenvolvimento O controle de qualidade é utilizado para monitorar o processo analítico Esse controle é crucial para garantir a precisão e acurácia dos resultados de testes laboratoriais No entanto ele não é suficiente uma vez que medidas devem também ser tomadas para reduzir os erros préanalíticos prétestes e os erros pósanalíticos póstestes No caso o controle de qualidade possui as préanalítica analítica e pósanalíticaA fase PréAnalítica É a fase dentro das atividades do laboratório clínico que vai desde a requisição dos exames até a disponibilização das amostras do paciente para a fase analítica ou de processoPor exemplo Requisição de exames e atendimento ao paciente Preparação do pacienteIdentificação do pacienteColeta e identificação da amostraTransporte e estocagem da amostraA fase analítica é a fase de realização do processo onde o operador executa ou comanda os procedimentos analíticos de dosagem para se obter um resultado de um analito rastreável a um padrão ou calibradorO laboratório deve ter implantado um sistema de controle interno da qualidade para verificar se foi alcançado o desempenho da qualidade desejada dos resultados A fase pósanalítica é a fase pósanalítica no laboratório clínico que inicia quando termina o processo de 8 dosagem É a entrega do laudo com as informações dos resultados para a interpretação do solicitanteExemplo revisão dos resultados dos exames e laudo A análise da urina é um exame simples e de baixo custo que fornece ao médico informações sobre doenças nos rins ou no trato urinário O encaminhamento do exame ao laboratório de forma detalhada com descrição correta da necessidade clínica permite a escolha correta do método bem como a interpretação do resultado Um diagnóstico eficaz que garanta a qualidade do serviço e o torna válido depende de padronização em todas as etapas do exame que incluem coleta transporte e a análise O exame de urina é um grande aliado da medicina preventiva Com ele o clínico obtém informações valiosas sobre patologias renais e do trato urinário SOARES et al 2012Dessa forma exame também serve para monitorar o progresso de doenças a eficácia terapêutica e a triagem de trabalhadores assintomáticos para doenças adquiridas em indústrias e faz parte dos exames em Saúde ocupacional como triagem admissional ou demissional OLIVEIRA e MENDES 2012 VALE e MIRANDA 2012 HENNEBERG 2014 O exame de urina é dividido em exame físico exame químico e análise microscópica Os dois primeiros são considerados de fácil execução e o último exige um trabalho mais rigoroso e padronizado A escolha do método a ser empregado na análise da urina deve proporcionar a identificação e quantificação correta dos constituintes urinários EUROPEAN URINALYSIS GROUP 2000Em urinálise as características físicoquímicas da urina devem ser descritas de forma padronizada e principalmente a análise microscópica necessita ser realizada por meio de técnicas manuais ou automatizadas obedecendo os critérios estabelecidos pelas normas do controle de qualidade laboratorial para a área Os documentos que normatizam o funcionamento dos laboratórios clínicos no Brasil são a RDC 3022005 ABNT NBR 145002000 e a ABNT NBR 152682014 para a padronização do exame de urina A NBR 152682005 descreve essas orientações de forma detalhada principalmente sobre boa prática na coleta e armazenamento destas amostras e as definições dos tipos de amostra de urina Segundo a RDC 3022005 descreve sobre os os testes realizados em amostras fora das especificações ideais ou coletados sem o devido preparo tenham esta condição registrada no laudo A etapa préanalítica é responsável por aproximadamente 70 dos erros no exame de urina São os fatores que ocorrem antes da avaliação da amostra e incluem a solicitação de exames preparação do paciente coleta da amostra 9 manuseio transporte e armazenamento Os erros potenciais que podem ocorrer na fase préanalítica estão interpretação errônea da requisição médica identificação incorreta da amostra biológica preparação inadequada do paciente horário incorreto de coleta volume eou acondicionamento impróprios de amostra contaminações e ausência de informações sobre o uso de medicamentos transporteO exame deve ser realizado dentro de duas horas após coleta se não for possível o envio imediato esta amostra deve ser refrigerada A refrigeração da urina interfere na análise microscópica devido à formação de cristais portanto deve ser utilizada em último casoAlguns analitos químicos permitem análise dentro de 24 horas sem conservantes desde que mantenha refrigeração EUROPEAN URINALYSIS GROUP 2000 enquanto outros sofrem interferência como a bilirrubina e cetonas além de favorecer a multiplicação bacteriana que degrada uréia em amônia e elevar falsamente o pH STRASINGER 2008 A etapa analitica do exame de urina recomendase o uso de materiais e reagentes dentro do prazo de validade em condições adequadas de armazenamento equipamentos com funcionamento adequado e em manutenção constanteTodos os materiais utilizados ponteiras lâminas lamínulas câmaras microscópios devem ser padronizados e calibrados constantemente Além disso devese ter cuidado com a utilização de pipetas limpas e descartáveis bem como o uso adequado do tubo cônico para a padronização do volume Reagentes e corantes estes devem ser armazenados conforme orientação dos fabricantesOs equipamentos para a execução do exame centrífugas microscópios e refrigeradores devem possuir plano de manutenção e suas condições metrológicas precisam atender aos requisitos de calibração e de verificação periódica Eles devem ser manuseados por equipe técnica devidamente habilitada É recomendada a realização de testes confirmatórios e a correlação de resultados sempre que possívelNa fase analítica procedimentos eficazes de controle de qualidade são essenciais para monitorar indicadores como a exatidão e a precisão do processo Nesse contexto o CI se aplicado adequadamente contribui para a identificação de possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já aconteceram de acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial SBPCML A fase pósanalítica é definida pela RDC 3022005 como sendo a fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda com a emissão do laudo para a interpretação pelo solicitante A fase pósanalítica inclui a 10 padronização dos resultados reportados controle periódico da evolução diária da rotina através da liberação e conferência de pendências registros e observações controle de liberação e conferência de laudos emitidos no sistema com observações quanto a possíveis não conformidades do material controle periódico da manutenção do sistema da emissão de laudos e controle de descarte dos resíduos De acordo com Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial SBPCML é uma sociedade de especialidade médica fundada em 1944 O descarte de materiais potencialmente infectantes como os que entraram em contato com líquidos biológicos deve ser feito em sacos plásticos especiais de lixo hospitalar de cor branca e identificados com o símbolo internacional de resíduo infectanteAlém disso líquidos corpóreos são representados pelos líquidos cefalorraquidiano pericárdico pleural articular ascítico e amniótico RDC ANVISA no 30604 para o descarte devem ser submetidos a tratamento antes da disposição finalAs sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes Conclusão A implantação do controle de qualidade gera maior segurança na execução e liberação de resultados O controle de qualidade do processo será eficiente quando se conseguir assegurar a rastreabilidade desde a coleta cadastro recepção da amostra transporte realização do exame etapas de controles de qualidade análise das conformidades e não conformidades tomadas de decisão para corrigir desvios ou tendências até a emissão final de laudo com resultados reportados de forma padronizada A grande finalidade do controle de processo é garantir o diagnóstico correto ao pacienteO exame de urina é amplamente utilizado na pesquisa das doenças renais sendo de suma importância que sua realização seja realizada com segurança e seus resultados expressem a realidade que auxilie ao clínico dar o diagnóstico correto ao paciente Referência bibliográficas 11 Chaves D C J Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas J Brasil Patol Med Lab Rio de Janeiro v 46 n 5 out2010 CONTROLLAB Controle do processo em urinálise Volume III Capítulo 5 p 97119 2012 Disponível em httpwwwcontrollabcombr European Confederation of Laboratory MedicineEuropean Urinalysis Guidelines Scand J Clin Lab Invest Suppl 2000 231 186 Lopes J J H Gold Analisa Diagnóstica Analisa 2003 PNCQ Programa Nacional de Controle da Qualidade Manual do Laboratório Participante 2008RESOLUÇÃO RDCANVISA Nº 302 de 13 de outubro de 2005 Disponível em OLIVEIRA C A MENDES M E Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática 1ed Rio de Janeiro ControlLab 2012 Disponível em httpwwwcontrollabcombrpdfgestaofaseanaliticavol1pdf OLIVEIRA C A Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática v I p 1530 2010 OLIVEIRA C A Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática v II p 1326 2011 SBPCML Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial Norma PALC Programa de Acreditação de laboratórios 2013 Disponível em httpwwwsbpcorgbrPEDREIRA Samira Mariana Naciff COSTA Sérgio Henrique Nascente PENNA KarllaGreick Batista Dias Implantação do Controle Interno de Qualidade no Laboratório Clinico Puc Goiás Estudos Goiânia v 41 n 4 p 745754 OutDez 2014 Disponível em httpseerucgbrindexphpestudosarticleview3676 12 STRASINGER S K Uroanálise e fluidos biológicos São Paulo Premier 2000 SOARES A C SILVA E F da BARBOSA H F Linardi VREfeito da refrigeração em amostras de urina procedentes de postos de coleta para a realização de urináliseRBAC 2012 Disponível em httpsbacorgbrrbac028422pdf
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GRUPO 2 Controle de Qualidade em Líquidos corporais e Urinálise O que devo Estudar Recomendacões da Sociedade Brasileira de Patologia ClínicaMedicina Laboratorial SBPCML coleta e preparo da amostra biologica Barueri SP Manole Minha Editora 2014 Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática Vol III Carla Albuquerque de Oliveira Maria Elizabete Mendes 1ed Rio de Janeiro ControlLab 2010 Resolução RDC Nº 306 de 7 de dezembro de 2004 Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de servicos de saude Ministério da saúde Plano de gerenciamento de resíduos de servicos de saúde laboratório de análises clínicas Programa nacional de Controle de Qualidade PNCQ Completo Nome da Universidade Nome da Disciplina Controle de Qualidade em Líquidos corporais e Urinálise Nome do discente Nome docente Data 2 3 Sumário Resumo Introdução 5 Desenvolvimento 7 Conclusão 10 Referências bibliográficas 11 4 Resumo O controle interno de qualidade possibilita a identificação de possíveis erros analíticos e gera dados para a implementação de ações corretivas e preventivas que visam melhorar o desempenho dos resultados das analises clinicasEm um laboratório de análises clínicas a garantia da qualidade determina as etapas do processo que envolve a qualidade ou seja todos os procedimentos de realização do exame que se enquadra nas seguintes fases préanalítica analítica e pósanalítica para se ter qualidade nas fases 5 Introdução As análises de urina e de outros fluidos corporais são realizadas no laboratório clínico o qual é um dos integrantes do sistema de saúde O sistema de saúde e os laboratórios clínicos apresentam estruturas organizacionais com variedade de serviços a médicos e pacientes com o objetivo de oferecer o maior cuidado possível ao pacientePara tantosão necessários profissionais e laboratórios médicos com conhecimento e especialização em assuntos científicos médicos e técnicos e o conhecimento de regulamentações governamentais relacionadas e aspectos ligados à segurançaVárias regulamentações federais estaduais e municipais são aplicadas a um laboratório clínico Além dos grupos de profissionais federais e nacionais que inspecionam o laboratório clínico os estados também realizam inspeções laboratoriais adicionais No laboratório de análises clínicas o desempenho dos métodos analíticos pode ser monitorado através do ensaio de amostras controle comerciais com valores conhecidos juntamente com os ensaios das amostras dos pacientes Os resultados dos controles são plotados em um gráfico controle e comparados com os Limites Aceitáveis de Erro para cada analito específico OLIVEIRA 2010 Para que uma metodologia em análise clínica tenha funcionalidade é necessário preencher alguns requisitos básicos que garantam a confiabilidade e reprodutibilidade dos resultados obtidos através de análises de amostras de pacientes Os denominados parâmetros de desempenho são propriedades relacionadas ao desempenho do método ou equipamento que envolve exatidão precisão sensibilidade analítica especificidade analítica recuperação analítica intervalo analítico de medida valores de referência limite de detecção interferentes estabilidade de reagentes robustez e interação com amostras Para se avaliar estes requisitos requer estudos experimentais para estimar se os achados práticos podem subsidiar as mudanças necessárias OLIVEIRA 2010 Os fluidos corporais traz desafios para o laboratório A análise envolve múltiplos departamentos laboratoriais e conhecimento especializado sobre cada tipo de fluidoEm geral as análises dos fluidos corporais são mais úteis na avaliação de inflamação infecção neoplasia maligna e hemorragia Os fluidos corporais podem ser divididos em categorias como líquido cerebrospinal variados líquidos serosos das cavidades revestidas por membranas serosas líquido sinovial sêmen 6 secreções vaginais e respiratóriasA maioria dos procedimentos de exame de urina e análises de fluidos corporais é qualitativa porém quando testes quantitativos são realizados devem ser monitorados por meio de análises estatísticas sistemáticas como o uso das regras de Westgard As regras múltiplas de Westgard são utilizadas na interpretação dos resultados no controle interno da qualidade para observar comportamentos inadequados nas corridas analíticas As regras ajudam a entender as não conformidades e a esclarecer informações sobre tipo de erro apresentado podendo ser sistemático ou aleatório possibilitando a revelação da causa raiz do problema OLIVEIRA 2011Além disso a validação de novos procedimentos o estabelecimento de práticas para minimizar erros humanos e a correlação dos resultados laboratoriais de um determinado paciente O controle interno da qualidade CIQ tem a finalidade de garantir a reprodutibilidade verificar a calibração dos sistemas analíticos e indicar o momento de se promover ações corretivas quando surge uma não conformidade LOPES 2003 Em um laboratório de análises clínicas a garantia da qualidade só será alcançada obtendo seu domínio sobre todas as etapas do processo que envolve a qualidade ou seja todos os procedimentos de realização do exame que se enquadra nas seguintes fases préanalítica analítica e pósanalítica Para obter a qualidade de todas as fases devese criar ações de padronização em cada uma das fases e de suas diversas atividades envolvidas no processo desde o atendimento ao paciente até a liberação do laudo Todas essas atividades devem ser documentadas por meio de procedimentos operacionais padrão POP ou instruções de trabalho IT deverão ser feitos formulários de registro FO para registrar as atividades envolvidas nesse processo Estes documentos deverão estar sempre acessíveis aos funcionários envolvidos nas atividades que envolve as fases da qualidade CHAVES 2010 O controle de qualidade consiste em um conjunto de práticas e procedimentos que monitoram o processo de teste e os procedimentos que verificam a confiabilidade a acurácia e a precisão dos testes Padrões e controles são utilizados nesse processo Os padrões contêm uma quantidade conhecida da substância que está sendo testada sendo utilizados para calibrar o teste Controles são materiais da mesma matriz da amostra compostos de soro no caso de testes séricos e de urina nos testes de urina os quais apresentam uma faixa aceitável estabelecida em relação à substância que está sendo testada Os controles são 7 sempre testados juntamente com a amostra e seus valores são monitorados estatisticamente a fim de avaliar a validade dos resultados obtidos A avaliação da qualidade nos laboratórios clínicos deve incluir um processo de manutenção de pessoal qualificado estabelecimento de políticas escritas um manual de procedimentos com métodos apropriados estabelecimento de procedimentos de coleta e manipulação de espécimes um programa de manutenção de equipamentos programas estabelecidos de controle de qualidade e de garantia de qualidade e métodos que garantam a solicitação e emissão de resultados precisos dos testes Além disso muitos agentes infecciosos incluindo porém não limitados a vírus da imunodeficiência humana vírus de hepatite C e vírus de hepatite B podem ser transmitidos durante a manipulação de sangue e fluidos corporais A urina pode também conter agentes infecciosos incluindo o citomegalovírus que representam risco em potencial para gestantes Por esta razão use luvas e adote as precauçõespadrão quando manipular tais amostras e também proteja seus pacientes da exposição a agentes infecciosos Desenvolvimento O controle de qualidade é utilizado para monitorar o processo analítico Esse controle é crucial para garantir a precisão e acurácia dos resultados de testes laboratoriais No entanto ele não é suficiente uma vez que medidas devem também ser tomadas para reduzir os erros préanalíticos prétestes e os erros pósanalíticos póstestes No caso o controle de qualidade possui as préanalítica analítica e pósanalíticaA fase PréAnalítica É a fase dentro das atividades do laboratório clínico que vai desde a requisição dos exames até a disponibilização das amostras do paciente para a fase analítica ou de processoPor exemplo Requisição de exames e atendimento ao paciente Preparação do pacienteIdentificação do pacienteColeta e identificação da amostraTransporte e estocagem da amostraA fase analítica é a fase de realização do processo onde o operador executa ou comanda os procedimentos analíticos de dosagem para se obter um resultado de um analito rastreável a um padrão ou calibradorO laboratório deve ter implantado um sistema de controle interno da qualidade para verificar se foi alcançado o desempenho da qualidade desejada dos resultados A fase pósanalítica é a fase pósanalítica no laboratório clínico que inicia quando termina o processo de 8 dosagem É a entrega do laudo com as informações dos resultados para a interpretação do solicitanteExemplo revisão dos resultados dos exames e laudo A análise da urina é um exame simples e de baixo custo que fornece ao médico informações sobre doenças nos rins ou no trato urinário O encaminhamento do exame ao laboratório de forma detalhada com descrição correta da necessidade clínica permite a escolha correta do método bem como a interpretação do resultado Um diagnóstico eficaz que garanta a qualidade do serviço e o torna válido depende de padronização em todas as etapas do exame que incluem coleta transporte e a análise O exame de urina é um grande aliado da medicina preventiva Com ele o clínico obtém informações valiosas sobre patologias renais e do trato urinário SOARES et al 2012Dessa forma exame também serve para monitorar o progresso de doenças a eficácia terapêutica e a triagem de trabalhadores assintomáticos para doenças adquiridas em indústrias e faz parte dos exames em Saúde ocupacional como triagem admissional ou demissional OLIVEIRA e MENDES 2012 VALE e MIRANDA 2012 HENNEBERG 2014 O exame de urina é dividido em exame físico exame químico e análise microscópica Os dois primeiros são considerados de fácil execução e o último exige um trabalho mais rigoroso e padronizado A escolha do método a ser empregado na análise da urina deve proporcionar a identificação e quantificação correta dos constituintes urinários EUROPEAN URINALYSIS GROUP 2000Em urinálise as características físicoquímicas da urina devem ser descritas de forma padronizada e principalmente a análise microscópica necessita ser realizada por meio de técnicas manuais ou automatizadas obedecendo os critérios estabelecidos pelas normas do controle de qualidade laboratorial para a área Os documentos que normatizam o funcionamento dos laboratórios clínicos no Brasil são a RDC 3022005 ABNT NBR 145002000 e a ABNT NBR 152682014 para a padronização do exame de urina A NBR 152682005 descreve essas orientações de forma detalhada principalmente sobre boa prática na coleta e armazenamento destas amostras e as definições dos tipos de amostra de urina Segundo a RDC 3022005 descreve sobre os os testes realizados em amostras fora das especificações ideais ou coletados sem o devido preparo tenham esta condição registrada no laudo A etapa préanalítica é responsável por aproximadamente 70 dos erros no exame de urina São os fatores que ocorrem antes da avaliação da amostra e incluem a solicitação de exames preparação do paciente coleta da amostra 9 manuseio transporte e armazenamento Os erros potenciais que podem ocorrer na fase préanalítica estão interpretação errônea da requisição médica identificação incorreta da amostra biológica preparação inadequada do paciente horário incorreto de coleta volume eou acondicionamento impróprios de amostra contaminações e ausência de informações sobre o uso de medicamentos transporteO exame deve ser realizado dentro de duas horas após coleta se não for possível o envio imediato esta amostra deve ser refrigerada A refrigeração da urina interfere na análise microscópica devido à formação de cristais portanto deve ser utilizada em último casoAlguns analitos químicos permitem análise dentro de 24 horas sem conservantes desde que mantenha refrigeração EUROPEAN URINALYSIS GROUP 2000 enquanto outros sofrem interferência como a bilirrubina e cetonas além de favorecer a multiplicação bacteriana que degrada uréia em amônia e elevar falsamente o pH STRASINGER 2008 A etapa analitica do exame de urina recomendase o uso de materiais e reagentes dentro do prazo de validade em condições adequadas de armazenamento equipamentos com funcionamento adequado e em manutenção constanteTodos os materiais utilizados ponteiras lâminas lamínulas câmaras microscópios devem ser padronizados e calibrados constantemente Além disso devese ter cuidado com a utilização de pipetas limpas e descartáveis bem como o uso adequado do tubo cônico para a padronização do volume Reagentes e corantes estes devem ser armazenados conforme orientação dos fabricantesOs equipamentos para a execução do exame centrífugas microscópios e refrigeradores devem possuir plano de manutenção e suas condições metrológicas precisam atender aos requisitos de calibração e de verificação periódica Eles devem ser manuseados por equipe técnica devidamente habilitada É recomendada a realização de testes confirmatórios e a correlação de resultados sempre que possívelNa fase analítica procedimentos eficazes de controle de qualidade são essenciais para monitorar indicadores como a exatidão e a precisão do processo Nesse contexto o CI se aplicado adequadamente contribui para a identificação de possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já aconteceram de acordo com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial SBPCML A fase pósanalítica é definida pela RDC 3022005 como sendo a fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das análises e finda com a emissão do laudo para a interpretação pelo solicitante A fase pósanalítica inclui a 10 padronização dos resultados reportados controle periódico da evolução diária da rotina através da liberação e conferência de pendências registros e observações controle de liberação e conferência de laudos emitidos no sistema com observações quanto a possíveis não conformidades do material controle periódico da manutenção do sistema da emissão de laudos e controle de descarte dos resíduos De acordo com Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial SBPCML é uma sociedade de especialidade médica fundada em 1944 O descarte de materiais potencialmente infectantes como os que entraram em contato com líquidos biológicos deve ser feito em sacos plásticos especiais de lixo hospitalar de cor branca e identificados com o símbolo internacional de resíduo infectanteAlém disso líquidos corpóreos são representados pelos líquidos cefalorraquidiano pericárdico pleural articular ascítico e amniótico RDC ANVISA no 30604 para o descarte devem ser submetidos a tratamento antes da disposição finalAs sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de esgotos desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais gestores de recursos hídricos e de saneamento competentes Conclusão A implantação do controle de qualidade gera maior segurança na execução e liberação de resultados O controle de qualidade do processo será eficiente quando se conseguir assegurar a rastreabilidade desde a coleta cadastro recepção da amostra transporte realização do exame etapas de controles de qualidade análise das conformidades e não conformidades tomadas de decisão para corrigir desvios ou tendências até a emissão final de laudo com resultados reportados de forma padronizada A grande finalidade do controle de processo é garantir o diagnóstico correto ao pacienteO exame de urina é amplamente utilizado na pesquisa das doenças renais sendo de suma importância que sua realização seja realizada com segurança e seus resultados expressem a realidade que auxilie ao clínico dar o diagnóstico correto ao paciente Referência bibliográficas 11 Chaves D C J Controle de qualidade no laboratório de análises clínicas J Brasil Patol Med Lab Rio de Janeiro v 46 n 5 out2010 CONTROLLAB Controle do processo em urinálise Volume III Capítulo 5 p 97119 2012 Disponível em httpwwwcontrollabcombr European Confederation of Laboratory MedicineEuropean Urinalysis Guidelines Scand J Clin Lab Invest Suppl 2000 231 186 Lopes J J H Gold Analisa Diagnóstica Analisa 2003 PNCQ Programa Nacional de Controle da Qualidade Manual do Laboratório Participante 2008RESOLUÇÃO RDCANVISA Nº 302 de 13 de outubro de 2005 Disponível em OLIVEIRA C A MENDES M E Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática 1ed Rio de Janeiro ControlLab 2012 Disponível em httpwwwcontrollabcombrpdfgestaofaseanaliticavol1pdf OLIVEIRA C A Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática v I p 1530 2010 OLIVEIRA C A Gestão da fase analítica do laboratório como assegurar a qualidade na prática v II p 1326 2011 SBPCML Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial Norma PALC Programa de Acreditação de laboratórios 2013 Disponível em httpwwwsbpcorgbrPEDREIRA Samira Mariana Naciff COSTA Sérgio Henrique Nascente PENNA KarllaGreick Batista Dias Implantação do Controle Interno de Qualidade no Laboratório Clinico Puc Goiás Estudos Goiânia v 41 n 4 p 745754 OutDez 2014 Disponível em httpseerucgbrindexphpestudosarticleview3676 12 STRASINGER S K Uroanálise e fluidos biológicos São Paulo Premier 2000 SOARES A C SILVA E F da BARBOSA H F Linardi VREfeito da refrigeração em amostras de urina procedentes de postos de coleta para a realização de urináliseRBAC 2012 Disponível em httpsbacorgbrrbac028422pdf