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Engenharia Civil ·

Alvenaria Estrutural

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CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA ABCI ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA Alvenaria Estrutural para Edifícios Altos Os artigos aqui publicados mensalmente são de técnicos de empresas pertencentes à Associação Brasileira da Construção Industrializada ABCI Sua publicação representa um esforço conjunto da ABCI e das revistas A ConstruçãoEditora Pini Nas grandes cidades brasileiras especialmente em São Paulo a construção de edifícios habitacionais de 10 a 20 pavimentos é muito frequente Isto ocorre devido à própria lei de zoneamento da cidade já que esta induz que seja projetado de maneira a permitir um melhor aproveitamento do terreno e atendimento às posturas do Código de Edificações no que se refere à ventilação iluminação e recuos mínimos do terreno Até há pouco tempo os incorporadores lançavam prédios de 10 a 20 pavimentos com um dois três e quatro dormitórios sem a preocupação de buscar sistemas alternativos de construção para diminuição dos custos Atualmente no entanto o custo da obra e sua conseqüente redução através de sistemas alternativos de construção passou a ser importantíssimo para a projeção do preço final do imóvel já que se procura de todas as formas ampliar as faixas da pirâmide social a serem atendidas de acordo com as necessidades de compra para aquisição da casa própria A alvenaria estrutural com blocos vazados de concreto após largamente utilizada em conjuntos populares como a Cohab e Inocoop em prédios baixos e de média altura 8 a 12 pavimentos passa agora a ser aplicada também em prédios mais altos com 14 e 18 pavimentos As diversas razões para esta atitude do mercado têm sido objetos de análise as quais descreveremos em seguida 1 Indústrias O componente básico para a aplicação do sistema construtivo Alvenaria Armada é sem dúvida o bloco de concreto estrutural Instalado há mais de 20 anos a indústria produtora de blocos de concreto em São Paulo já atinge hoje um alto grau de maturidade desfrutando de alta reputação e confiança no meio técnico tanto no que diz respeito à qualidade de seu produto como também no fornecimento regular às obras com programação estabelecida sem causar problemas de solução de continuidade Estimase atualmente uma capacidade instalada de 12 milhões de blocospadrão 15x20x40 cm que são utilizados somente em alvenaria estrutural ou seja 180 mil unidadesano número este nunca atingido pelos programas habitacionais colocados em construção pelos órgãos competentes A indústria atende uma série de outros segmentos de mercado e por isso vem se mantendo ativa mesmo com a redução alarmante do sistema de construção de obras populares Assim sendo a indústria tem aperfeiçoado seus métodos de produção e controle de qualidade principalmente para atender mercados mais exigentes como é o da construção industrial e de prédios de grande altura 2 O controle de qualidade É de fundamental importância que ao iniciar uma obra de alvenaria estrutural o engenheiro responsável defina com máximo rigor seu fornecedor para que possa antecipadamente encomendar os blocos de resistência especial acima de 60 kgfcm2 na área bruta e ensinálos em laboratórios de sua confiança A partir disso deverá confrontar os resultados obtidos neste ensaio com os garantidos pelo fornecedor e ter os lotes de produção devidamente separados na fábrica assegurando o fornecimento regular durante todo o transcorrer da obra As indústrias por sua vez dispõem de laboratórios de ensaios dos materiais cimento areia e pedrisco e estudos de traços de acordo com o equipamento utilizado para confecção dos blocos para lhes garantir as resistências desejadas além é claro de um sistema de cura homogênea que acelere a resistência do produto final num prazo menor do que a cura normal ao tempo e sempre sujeita a lotes heterogêneos de produção O produto final ou seja o bloco propriamente dito também é testado em sua resistência para ser estocado conferindose desta maneira lotes de produção perfeitamente confiáveis quando enviados à obra 3 O projeto O arquiteto deve sempre considerar que o edifício alto tenha normalmente uma geometria em planta de tal forma que as paredes estruturais possam ser orientadas em diferentes direções para melhor estabilidade do conjunto do prédio quando erguido e menor taxa de armação e volume de graute concreto com agregados miúdos quando dimensionado através do engenheiro estrutural Assim é que concepções do tipo abaixo mostradas figs 1 2 e 3 são soluções sempre mais econômicas do que geometrias retangulares muito grandes numa direção fig 4 4 A obra A Alvenaria Estrutural com blocos vazados de concreto propicia uma completa racio Tecnologia em Sistemas Abertos Avenida Gonçalo Madeira 400 São Paulo SP CEP 05348 Telefone 869 5511 A Construção São Paulo nº 2138 separata 1 1 CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA milhares de prédios baixos executados por centenas de construtoras em nosso estado Importante no entanto é chamar atenção para as normas brasileiras pertinentes ao assunto hoje às vésperas de completar o pacote com a votação da norma de cálculo 5 As normas Abaixo a relação das normas brasileiras que tratam do assunto Alvenaria Estrutural com Blocos Vazados de Concreto NBR717382 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural NBR613680 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural NBR718482 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural Método de ensaio NBR718682 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria com função estrutural Método de ensaio NBR821583 Prisma de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural preparo e ensaio à compressão NBR849084 Argamassas endurecidas para alvenaria estrutural Retração por secagem NBR894985 Paredes de alvenaria estrutural Ensaio à compressão simples NBR928786 Argamassa de assentamento para alvenaria de blocos de concreto Determinação da retenção de água NBR879885 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto 20304013 Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Uma tecnologia não surge de um dia para o outro mas sim através de sua aplicação Inicialmente em projetos mais simples caminhando paulatinamente para novos desafios em projetos mais complexos No caso de alvenaria estrutural tanto a indústria que fabrica o bloco como o construtor que aplica o bloco de concreto têm unido esforços juntamente com técnicos do setor projetistas laboratoristas e professores para permitir um maior aprofundamento desta técnica Este resultado tem proporcionado obras bastante econômicas e algumas delas até históricas como esta da foto abaixo mostrada Blocos de alta resistência fck 250 kgfcm² usados em edifícios de 18 pavimentos Arquiteto Carlos A Tauil Reago Ind Com Ltda Esclarecimentos sobre este trabalho e atividades da Associação Brasileira da Construção Industrializada podem ser obtidos através de correspondência para ABCI Rua Miguel Isasa 248 7º andar conj 71 05426 São Paulo SP Tecnologia em Sistemas Abertos REAGO Avenida Gonçalo Madeira 400 São Paulo SP CEP 05348 Telefone 869 5511 A Construção São Paulo nº 2138 separata 2 3 QUESTÃO 01 100pts VA I O Engenheiro Civil é um profissional polivalente que detém um conhecimento multidisciplinar pois atua nas mais complexas áreas de trabalho Ele é detentor do conhecimento de diversas modalidades construtivas haja vista a construção civil oferecer diversos sistemas construtivos para a execução de uma edificação O método da Alvenaria Estrutural é uma tecnologia bem avançada e vem sendo utilizada com apreço Certo de que o texto tem valor para inspiração analise e assinale a alternativa correta A A alvenaria do tipo estrutural se caracteriza pelo emprego de lajes vigas e pilares de concreto armado B A alvenaria estrutural surgiu com a intenção de manter o método tradicional viga pilar e laje de construção C Alvenaria estrutural é um sistema de construção em que as paredes da edificação fazem a função estrutural não sendo necessário o emprego de vigas e pilares para a sustentação do edifício substituindo o método tradicional de concretagem D A modalidade da alvenaria estrutural foi criada objetivando especificamente uma obra mais barata mais rápida e mais limpa E Na obra cujo modelo estrutural é a alvenaria estrutural resultará em maior ocorrência de danos patológicos decorrentes da ausência de escoramentos na sua execução QUESTÃO 02 50pts VA I Apesar de sua grande versatilidade a alvenaria estrutural possui limitações quanto a mudança de layout de suas dependências uma vez definidas Pesquisas apontam que com o passar do tempo a necessidade dos moradores tende a se modificar requisitando mudanças as quais não foram premeditadas em projeto o que se torna no caso da alvenaria tecnicamente impossíveis de serem realizadas Assinale a alternativa que dentre estes apresenta informações verdadeiras quanto ao modelo construtivo da alvenaria estrutural A Nesta modalidade construtiva de alvenaria estrutural na edificação existem pilares e ainda vigas convencionais o que permite alterações futuras B Neste modelo a concretagem das vigas e dos pilares devem ser realizadas após a instalação das formas de cada elemento C Uma vez definido o local onde serão feitas as instalações as edificaçõs poderão ser alteradas com facilidade sem ocorrência de danos estruturais D Tratase de um sistema construtivo onde a execução é fator crucial onde cada bloco é importante na sustentação da estrutura E A técnica da alvenaria estrutural não exige mão de obra qualificada uma vez que segue o mesmo padrão executivo da técnica da estrutura de concreto armado Data de Entrega 02122022 Sextafeira até às 22h QUESTÃO 03 50pts VA II A alvenaria estrutural é uma alvenaria com a função de sustentar o peso da estrutura Portanto não deve ser confundida com alvenaria de vedação Considerando a afirmação avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas I A alvenaria estrutural necessita de mão de obra mais especializada pois se as paredes não ficarem niveladas e no prumo podem ocorrer acidentes já que as paredes sustentam a edificação PORQUE II Em um edifício em Alvenaria Estrutural todas as paredes tem a função de parede de vedação A respeito dessas asserções assinale a opção correta A As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I B As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é uma justificativa correta I C A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As asserções I e II são proposições falsas QUESTÃO 04 100pts VA II Todo modelo construtivo apresenta vantagens e desvantagens seja nos custos seja na execução ou ainda no tempo de durabilidade e isenção de manifestações patológicas na edificação Considerando a afirmação avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas I Há limitações estéticas uma vez que a Arquitetura e design restringidos pela ausência de pilares assim consequentemente a dimensão dos vãos ficam restritos PORQUE II As paredes não podem ser removidas sem recolocar um elemento estrutural para suprir as cargas pois a estrutura poderá sofrer danos na remoção de uma parede sem as devidas atenções haja vista as paredes atenderem também a função estrutural A respeito dessas asserções assinale a opção correta A As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I B As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é uma justificativa correta I C A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As asserções I e II são proposições falsas QUESTÃO 05 100pts VA II A modalidade da alvenaria estrutural apresenta vantagens a serem observadas ao sistema construtivo de concreto armado Analise os itens que apresentam algumas das vantagens que devem ser analisadas e consideradas no momento da escolha do modelo construtivo I Redução do consumo de formas de madeira aço e concreto II Vãos limitados obedecendo a ordem de 4 a 5 metros III Menos desperdício de materiais IV Mais racionalidade na construção Assinale a alternativa correta A I apenas B III e IV apenas C I e II apenas D I II e IV apenas E I III e IV apenas QUESTÃO 06 100pts VA III O graute é utilizado para o preenchimento de alvenaria estrutural cintas vergas e contravergas reparos localizados em pisos de concreto fixação de bases de equipamentos e máquinas de pequeno porte chumbamento de placas e portões pois sua consistência mais fluida permite atingir uma alta resistência e expansão controlada o que o torna um produto altamente indicado para tal finalidade porém deve apresentar a resistência característica maior ou igual a duas vezes a resistência característica do bloco Assinale a alternativa que apresenta uma proposição correta I O Graute é um tipo específico de concreto ou argamassa de alta resistência usado para preencher espaços vazios de blocos e canaletas com o objetivo de aumentar a capacidade portante PORQUE II É formado por uma combinação de aglomerantes que inclui cimento Portland ou resina epóxi numa quantidade até seis vezes superior à do concreto comum além de aditivos fibras sintéticas água cal e agregados A respeito dessas asserções assinale a alternativa correta A As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I B As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é uma justificativa correta I C A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As asserções I e II são proposições falsas QUESTÃO 07 100pts VA III Destacase muitas vantagens na utilização do graute na construção civil por essa razão a utilização de grautes e também de outros substitutos do concreto vem se destacando Embasados no enunciado da questão pode afirmar que o I O uso do graute destacase também pelo menor prazo de execução em relação a um concreto comum modificado com aditivos II O graute é um material que apresenta maior facilidade para preencher vazios e cavidades sem deixar bolsões de ar pois apresenta uma consistência mais fluida que permite atingir uma alta resistência e expansão controlada III Devido à baixa permeabilidade maior proteção contra corrosão o graute apresentase em destaque na sua eficácia e resistência IV Devido à sua fluidez o graute é um tipo específico de concreto ou argamassa de baixa resistência e por isso é inutilizado na modalidade da alvenaria estrutural É correto o que se afirma em A II apenas B I III e IV apenas C IV apenas D I II e III apenas E IV apenas QUESTÃO 08 50pts VA III A distribuição da carga do empreendimento é distribuída em todas paredes autoportantes ou seja nos blocos estruturais Considerando a afirmação avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas I Como não tem pilares em paredes autoportantes o grauteamento é realizado em pontos prédefinidos no projeto dentro dos blocos de concreto PORQUE II Combate os momentos devido às cargas do edifício pois o preenchimento dos vazios reduz a área de seção do elemento grauteado A respeito dessas asserções assinale a alternativa correta A As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I B As asserções I e II são proposições verdadeiras mas a II não é uma justificativa correta I C A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As asserções I e II são proposições falsas QUESTÃO 09 100pts VA III A distribuição da carga da edificação é distribuída em todas paredes autoportantes ou seja nos blocos estruturais Como há a ausência dos pilares em paredes autoportantes o grauteamento é realizado em pontos prédefinidos no projeto dentro dos blocos de concreto para combater os momentos devido às cargas do edifício Indique os tipos de amarração e escreva indicando nas imagens os pontos de aplicação do graute nas 2 situações apresentadas nas imagens A B PROJETO DE EDIFÍCIOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL Prof Dr Jefferson Sidney Camacho Ilha Solteira SP 2006 ii S U M Á R I O 1 INTRODUÇÃO 1 11 Definição 1 12 Nomenclatura 1 13 Classificação 3 14 Vantagens e Desvantagens 4 15 Breve Histórico5 16 Desenvolvimento no Brasil6 17 Normas7 2 COMPONENTES EMPREGADOS 9 21 Unidades9 22 Argamassa 10 221 Recomendações sobre as Argamassas11 23 Graute 13 24 Armaduras13 3 FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA DA ALVENARIA 15 31 Resistência das Unidades15 32 Resistência da Argamassa 16 33 Qualidade da Mãodeobra 17 4 PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL 18 41 Coordenação de projetos18 42 Coordenação modular 18 5 ANÁLISE ESTRUTURAL 21 51 Concepção Estrutural21 52 Distribuição das Ações Horizontais23 53 Distribuição das Ações Verticais25 54 Excentricidades 26 541 Excentricidade devido a Laje27 542 Excentricidade de Segunda Ordem e227 55 Grau de Deslocabilidade da Estrutura28 56 Estabilidade Lateral30 6 CAPACIDADE RESISTENTE DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS 32 61 Ações Verticais 32 611 Paredes Resistentes 32 iii 612 Pilares34 62 Ações Horizontais36 63 Carga Excêntrica Erro Indicador não definido 64 Tensões Admissíveis na Alvenaria de concreto 38 7 ENSAIOS DE COMPRESSÃO AXIAL 40 71 Ensaios em Materiais e Unidades 40 72 Ensaios em Prismas41 73 Ensaios em Paredes42 8 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 44 81 Dimensões externas dos elementos 44 82 Abertura e canalizações embutidas44 83 Armaduras para alvenaria armada44 831 Paredes 44 832 Pilares e enrijecedores45 84 Proteção da armadura e espessura de juntas 45 85 Juntas de dilatação45 86 Juntas de controle 45 9 BIBLIOGRAFIA 47 iv L I S TA D E F I G U R A S Figura 1 Desenho dos tipos blocos10 Figura 2 Resistência característica da alvenaria em função da resistência das unidades16 Figura 3 Resistência da alvenaria para diferentes argamassas16 Figura 4 Desenho dos tipos de amarrações de blocos19 Figura 5 Ações atuantes em um sistema estrutural tipo caixa 22 Figura 6 Deslocamento horizontal em paredes de contraventamento22 Figura 7 Esquemas estruturais para paredes de contraventamento24 Figura 8 Estruturas sujeitas a um momento torçor25 Figura 9 Distribuição das cargas das lajes para as paredes resistentes26 Figura 10 Excentricidade no topo da parede BS562827 Figura 11 Excentricidade final BS562828 Figura 12 Deslocamento horizontal em paredes de contraventamento31 Figura 13 Enrijecedores nas paredes34 Figura 14 Enrijecedores nas paredes36 L I S TA D E TA B E L A S Tabela 1 Traços e propriedades das argamassas americanas e britânicas 12 Tabela 2 Fator de eficiência da alvenaria para diversos tipos de unidades 15 Tabela 3 Fatores relacionados à mãodeobra que afetam a resistência da alvenaria 17 Tabela 4 Paredes com enrijecedores 34 Tabela 5 Tensões admissíveis para alvenaria não armada de concreto NBR10837 38 Tabela 6 Tensões admissíveis para alvenaria armada de concreto NBR 10837 39 Tabela 7 Resistência à compressão da alvenaria de concreto f baseada na área líquida das unidades m 41 v ALVENARIA ESTRUTURAL 1 INTRODUÇÃO 11 Definição Conceituase de Alvenaria Estrutural o processo construtivo na qual os elementos que desempenham a função estrutural são de alvenaria sendo os mesmos projetados dimensionados e executados de forma racional 12 Nomenclatura Serão definidos alguns conceitos básicos de forma a permitir melhor compreensão de termos que deverão ser empregados ao longo do texto e que são freqüentemente encontrados na literatura afim Técnicas construtivas um conjunto de operações empregadas por um particular ofício para produzir parte de uma construção ou seja a realização de atividades elementares da construção tais como a elevação de uma parede ou a colocação de uma janela Método construtivo um conjunto de técnicas construtivas independentes e adequadamente organizadas empregado na construção de uma parte de uma edificação como por exemplo a execução de uma laje ou da alvenaria de um pavimento Processo construtivo um organizado e bem definido modo de se construir um edifício Um específico processo construtivo caracterizase por um particular conjunto de métodos utilizados na construção da estrutura e das vedações assim como o processo construtivo em alvenaria estrutural Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr Sistema construtivo um processo construtivo de elevado nível de industrialização e de organização constituído por um conjunto de elementos e componentes interrelacionados e completamente integrado pelo processo Material constituinte dos componentes da obra Componente ente que compõe os elementos da obra blocos argamassa graute armaduras Elemento é a parte da obra suficientemente elaborada constituída da reunião de dois ou mais componentes Ex parede coluna e laje Parede resistente parede que tem por função resistir às ações atuantes na estrutura além de seu peso próprio desempenhando também as funções de vedação Parede de contraventamento parede resistente que além de resistir às ações verticais tem por função resistir às ações horizontais segundo seu plano seja da ação de vento de desaprumo da estrutura ou sísmicas conferindo rigidez necessária à estrutura Parede de Fechamento parede para resistir somente ao seu peso próprio e desempenhar as funções de vedação Pilar ou coluna elemento para absorver ações verticais em que a relação de seus lados seja inferior a cinco Verga elemento estrutural colocado sobre os vãos de aberturas com a finalidade de transmitir as ações verticais para as paredes adjacentes Contraverga elemento estrutural colocado sob os vãos de aberturas com a finalidade de absorver tensões de tração nos cantos Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr Coxim elemento estrutural não contínuo apoiado na parede com a finalidade de distribuir cargas verticais Cinta elemento estrutural apoiado continuamente na parede ligado ou não às lajes vergas ou contra vergas com a finalidade de uniformizar a distribuição das ações verticais e servir de travamento e amarração Enrijecedores elementos estruturais vinculados a uma parede resistente com a finalidade de produzir um enrijecimento na direção perpendicular ao plano da parede Diafragma elemento estrutural laminar admitido como totalmente rígido em seu próprio plano e sem rigidez na direção perpendicular sendo normalmente o caso das lajes maciças 13 Classificação A alvenaria estrutural pode ser classificada quanto ao processo construtivo empregado quanto ao tipo de unidades ou ao material utilizado como segue Alvenaria Estrutural Armada é o processo construtivo em que por necessidade estrutural os elementos resistentes estruturais possuem uma armadura passiva de aço Essas armaduras são dispostas nas cavidades dos blocos que são posteriormente preenchidas com microconcreto Graute Alvenaria Estrutural Não Armada é o processo construtivo em que nos elementos estruturais existem somente armaduras com finalidades construtivas de modo a prevenir problemas patológicos fissuras concentração de tensões etc Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada é o processo construtivo em que alguns elementos resistentes são projetados como armados e outros como não armados De uma forma geral essa definição é empregada somente no Brasil Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Alvenaria Estrutural Protendida é o processo construtivo em que existe uma armadura ativa de aço contida no elemento resistente Alvenaria Estrutural de Tijolos ou de Blocos função do tipo das unidades Alvenaria Estrutural Cerâmica ou de Concreto conforme as unidades tijolos ou blocos sejam de material cerâmico ou de concreto 14 Vantagens e Desvantagens A experiência tem demonstrado que o conveniente emprego da alvenaria estrutural pode trazer as seguintes vantagens técnicas e econômicas i Redução de custos a redução de custos que se obtém está intimamente relacionada à adequada aplicação das técnicas de projeto e execução podendo chegar segundo a literatura até a 30 sendo proveniente basicamente da a Simplificação das técnicas de execução b Economia de formas e escoramentos ii Menor diversidade de materiais empregados reduz o número de subempreiteiras na obra a complexidade da etapa executiva e o risco de atraso no cronograma de execução em função de eventuais faltas de materiais equipamentos ou mão de obra iii Redução da diversidade de mãodeobra especializada necessitase de mãodeobra especializada somente para a execução da alvenaria diferentemente do que ocorre nas estruturas de concreto armado e aço iv Maior rapidez de execução essa vantagem é notória nesse tipo de construção decorrente principalmente da simplificação das técnicas construtivas que permite maior rapidez no retorno do capital empregado v Robustez estrutural decorrente da própria característica estrutural resultando em maior resistência à danos patológicos decorrentes de movimentações além de apresentar maior reserva de segurança frente a ruínas parciais Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 4 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Temse como principal inconveniente a limitação do projeto arquitetônico pela concepção estrutural que não permite a construção de obras arrojadas Outra desvantagem é a impossibilidade de adaptação da arquitetura para um novo uso 15 Breve Histórico Até o final do século XIX a alvenaria era um dos principais materiais de construção utilizados pelo homem As construções da época eram então erguidas segundo regras puramente empíricas baseadas nos conhecimentos adquiridos ao longo dos séculos Com o advento do aço e do concreto armado no início do século XX uma revolução veio abalar a arte de construir Juntamente com os novos materiais que possibilitaram a construção de obras de maior porte e arrojo surgiram também novas técnicas construtivas com embasamento científico que se desenvolveram rapidamente Em meio a isso a alvenaria foi relegada a um segundo plano passando a ser usada quase que exclusivamente como elemento de fechamento Em meados do século XX com a necessidade do mercado em buscar novas técnicas alternativas de construção a alvenaria foi por assim dizer redescoberta A partir daí um grande número de pesquisas foram desenvolvidas em muitos países permitindo que fossem criadas normas e adotados critérios de cálculo baseados em métodos racionalizados Na Europa e Estados Unidos a evolução das pesquisas em Alvenaria Estrutural tem permitido que sejam elaboradas normas modernas contendo recomendações para o projeto e execução dessas obras fazendo com que se tornem competitivas com as demais técnicas existentes No Brasil a introdução da Alvenaria Estrutural se deu no final da década de 60 sendo até hoje pouco conhecida no meio técnico e empregada quase que somente nos grandes centros Antiguidade as construções persas e assírias a 10000 AC eram feitas com tijolos secos ao sol No ano 3000 AC já se empregavam tijolos queimados em fornos Farol de Alexandria com 165 m de altura destruído em 1300 DC por um terremoto Coliseu terminado em 82 DC Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 5 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Idade Média os castelos e as grandes catedrais dos séculos XII a XVII Século XVIII teoria matemática de Euler que equacionou a carga de flambagem de colunas 1880 primeiras pesquisas experimentais sistemáticas em alvenaria de tijolos realizadas nos EUA 1891 construção do edifício Monadnock em Chicago com 16 pavimentos e 65 m de altura paredes com 180 m de espessura Início Século XX abandono da alvenaria como estrutura em função do surgimento do aço e do concreto armado que então ofereciam vantagens econômicas e técnicas 1923 A Brebner publica os resultados de ensaios realizados ao longo de 2 anos Este marco é considerado o início da alvenaria estrutural armada 1948 foi publicada a primeira norma para o cálculo de alvenaria de tijolos na Inglaterra CP 111 Década de 50 construção na Europa de vários edifícios relativamente altos Em 1951 o primeiro edifício em Alvenaria Estrutural não Armada é construído na Suíça com 13 pavimentos e 41 m de altura 1966 é editado o primeiro código americano de Alvenaria Estrutural Recommended Building Code Requirements for Engineered Brick Masonry 1978 é editada uma nova norma inglesa BS5628 que trabalha com o método semiprobabilístico abandonase o critério das tensões admissíveis 16 Desenvolvimento no Brasil No Brasil apesar das características sócioeconômicas serem favoráveis para o pleno desenvolvimento da Alvenaria Estrutural pouco tem sido feito em termos de pesquisas sendo Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 6 que os estudos tiveram origem em São Paulo no fim da década de 60 e em Porto Alegre nos anos 80 1966 início da Alvenaria Estrutural Armada com a construção do conjunto habitacional Central Parque da Lapa em São Paulo edifícios de 4 pavimentos em blocos de concreto 1977 início da Alvenaria Estrutural Não Armada com a construção de um edifício de nove pavimentos em São Paulo usando blocos sílicocalcáreos Década de 80 introdução de blocos cerâmicos na Alvenaria Estrutural 1988 construção em São Paulo de quatro edifícios de 18 pavimentos em blocos de concreto os mais altos da América do Sul na época 17 Normas Norma Nacional NBR 10837 Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de Concreto 1989 Trata do cálculo da alvenaria estrutural armada e não armada de blocos vazados de concreto NBR 8798 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto 1985 Fixa as condições exigíveis que devem ser obedecidas na execução e no controle de obras Norma Norte Americana ACI Manual Building Code Requirements and Specifications for Masonry Structures and Related Commentaries 530530105 Norma Européia ENV199611 Design of masonry structures Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 2 COMPONENTES EMPREGADOS Os principais componentes empregados na execução de edifícios de alvenaria estrutural são as unidades tijolos ou blocos a argamassa o graute e as armaduras construtivas ou de cálculo É comum também a presença de elementos préfabricados como vergas contravergas coxins e assessórios entre outros Em relação aos componentes apresentamse as principais funções de cada um deles e suas características desejáveis 21 Unidades As unidades blocos e tijolos são os componentes mais importantes que compõe a alvenaria estrutural uma vez que são eles que comandam a resistência à compressão e determinam os procedimentos para aplicação da técnica da coordenação modular nos projetos Os principais tipos e as mais importantes características estão indicados abaixo Tipos cerâmicos de concreto sílicocalcáreos outros maciços vazados Propriedades resistência à compressão estabilidade dimensional vedação absorção adequada trabalhabilidade modulação Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 9 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Figura 1 Desenho dos tipos blocos 22 Argamassa É o componente utilizado na ligação entre os blocos evitando pontos de concentração de tensões sendo composta de cimento agregado miúdo água e cal sendo que algumas argamassas podem apresentar adições para melhorar determinadas propriedades Algumas argamassas industrializadas vêm sendo utilizadas na construção de edifícios de alvenaria estrutural Funções unir as unidades garantir a vedação propiciar aderência com as armaduras nas juntas compensar as variações dimensionais das unidades Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 10 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Propriedades retenção dágua conveniente resistência à compressão trabalhabilidade 221 Recomendações sobre as Argamassas Por ser o agente ligante que integra a alvenaria a argamassa deve ser forte durável e capaz de garantir a integridade e estanqueidade da mesma devendo também possuir certas propriedades elásticas trabalhabilidade e ser econômica A argamassa deve ter capacidade de retenção de água suficiente para que quando em contato com unidades de elevada absorção inicial não tenha suas funções primárias prejudicadas pela excessiva perda de água para a unidade É importante também que seja capaz de desenvolver resistência suficiente para absorver os esforços que possam atuar na parede logo após o assentamento Escolha A resistência à compressão da alvenaria é o resultado da combinação da resistência da argamassa presente nas juntas e dos blocos Três tipos de ruptura à compressão podem ocorrer na alvenaria i Ruptura dos blocos frequentemente se manifesta pelo surgimento de uma fissura vertical que passa pelos blocos e juntas de argamassa ii Ruptura da argamassa quando ocorre o esmagamento das juntas sendo freqüente a constatação do esfarelamento da argamassa presente na junta iii Ruptura do conjunto é a situação desejável quando a ruptura se dá pelo surgimento de fissura vertical no conjunto porém precedida de indícios de ruptura conjunta da argamassa Assim a combinação ideal entre blocos e argamassas deve ser a que conduza nos ensaios laboratoriais a uma ruptura do conjunto como um todo ou seja das juntas e dos blocos concomitantemente Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 11 Na escolha da argamassa também se deve observar que não existe um único tipo uma vez que nem sempre o critério de desempenho estrutural seja o fator determinante da escolha lembrando que existem outros parâmetros de desempenho Assim uma regra básica da seleção de uma argamassa para um determinado projeto é Não se deve usar argamassa que tenha resistência à compressão superior à exigida pelo projeto estrutural e entre as que sejam compatíveis com as exigências de desempenho da obra devese selecionar sempre a mais fraca As argamassas de alta resistência concentram os efeitos de recalques de apoios em poucas e grandes fissuras enquanto que nas mais fracas eles são melhores distribuídos Tipos de Argamassas As normas americanas especificam quatro tipos de argamassas mistas designadas por M S N e O assim como a britânica tem suas correspondentes i ii iii e iv conforme tabelas que seguem Tabela 1 Traços e propriedades das argamassas americanas e britânicas Variação das propriedades Tipo de argamassa Traço em volume cimento cal areia a M i 1 0 a 14 3 S ii 1 12 4 a 45 N iii 1 1 5 a 6 b O iv 1 2 8 a 9 a Aumento da resistência b Aumento na capacidade de absorver movimentos da estrutura A norma americana prevê um intervalo na quantidade de areia de 225 a 30 vezes o volume de cimento e cal somados As quantidades de areia fornecidas pela norma britânica se encaixam dentro do intervalo da norma americana Emprego Argamassa tipo M recomendada para alvenaria em contato com o solo tais como fundações muros de arrimo etc Possui alta resistência à compressão e excelente durabilidade Argamassa tipo S recomendada para alvenaria sujeita aos esforços de flexão É de boa resistência à compressão e à tração quando confinada entre as unidades Argamassa tipo N recomendada para uso geral em alvenarias expostas sem contato com o solo É de média resistência à compressão e boa durabilidade Essa argamassa é a mais comumente utilizada nas obras de pequeno porte no Brasil Argamassa tipo O pode ser usada em alvenaria de unidades maciças onde a tensão de compressão não ultrapasse 070 MPa e não esteja exposta em meio agressivo É de baixa resistência à compressão e conveniente para o uso em paredes de interiores em geral 23 Graute O graute consiste em um concreto fino microconcreto formado de cimento água agregado miúdo e agregados graúdos de pequena dimensão até 95mm devendo apresentar como característica alta fluidez de modo a preencher adequadamente os vazios dos blocos onde serão lançados Funções aumentar a resistência da parede propiciar aderência com as armaduras Propriedades trabalhabilidade fluidez adequada resistência à compressão 24 Armaduras As armaduras empregadas na alvenaria estrutural são as mesmas utilizadas no concreto armado e estão sempre presente na forma de armadura construtiva ou de cálculo Tipos de cálculo construtivas Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Funções absorver esforços de tração eou compressão cobrir necessidades construtivas Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 14 3 FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA DA ALVENARIA De um modo geral a resistência à compressão das paredes e dos pilares de alvenaria depende de muitos fatores entre os quais se destacam Resistência das unidades Resistência da argamassa Qualidade da mãodeobra Esbeltez do elemento 31 Resistência das Unidades É o principal fator que determina a resistência final da alvenaria A relação entre essas duas resistências é dada na figura 1 genericamente Definindo fator de eficiência da parede como sendo a relação resistência da alvenariaresistência da unidade podese observar na Figura 2 que O fator de eficiência é maior para alvenaria confeccionada com blocos do que com tijolos Conforme cresce a resistência das unidades o fator de eficiência diminui A Tabela 2 apresenta valores aproximados do fator de eficiência para diferentes alvenarias Tabela 2 Fator de eficiência da alvenaria para diversos tipos de unidades unidades fator de eficiência tijolo cerâmico 18 a 30 tijolo de concreto 60 a 90 bloco de concreto 50 a 100 bloco cerâmico 15 a 40 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho sílicocalcáreo 30 a 50 TIJOLOS 90 RESISTENCIA CARACTERISTICA A COMPRESSAO DA ALVENARIA MPa RESISTENCIA DAS UNIDADES MPa 10 10 20 30 40 50 30 20 40 BLOCOS 50 60 70 80 60 70 BLOCO B 100 2B a 4B Figura 2 Resistência característica da alvenaria em função da resistência das unidades 32 Resistência da Argamassa A Figura 3 apresenta a influência da resistência da argamassa na resistência final da alvenaria 24 COMPRESSAO DA ALVENARIA MPa RESISTENCIA CARACTERISTICA A RESISTENCIA DAS UNIDADES MPa 4 10 12 8 20 16 20 30 40 50 60 70 90 80 118 116 1145 113 ARGAMASSA Figura 3 Resistência da alvenaria para diferentes argamassas Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 16 Observase que as resistências da argamassa e da alvenaria estão fracamente relacionadas quando se trabalha com unidades de resistência relativamente baixa À medida que esta resistência aumenta a argamassa passa a exercer importante influência na resistência final da alvenaria 33 Qualidade da Mãodeobra A qualidade da mãodeobra empregada na confecção da alvenaria tem grande influência na sua resistência final conforme mostra a Tabela 3 Essa tabela dá uma idéia de como cada um desses fatores pode afetar a resistência final da alvenaria Tabela 3 Fatores relacionados à mãodeobra que afetam a resistência da alvenaria Fator Redução na resistência Reentrância nas juntas 25 Variação na espessura das juntas 16 mm 25 Desvio de prumo 12 mm 15 Juntas verticais não preenchidas nenhuma Os principais fatores relacionados à mãodeobra e que devem ser controlados durante a montagem da alvenaria são Controle da argamassa o traço da argamassa deve ser mantido o mesmo durante toda a construção ou variar conforme especificação de projeto Juntas devemse preencher completamente as juntas evitando reentrâncias A espessura deve ser mantida a mais uniforme possível Assentamento devese evitar a perturbação das unidades logo após o assentamento o que poderá alterar as condições de aderência entre unidade e argamassa Prumo da parede paredes construídas com desaprumo ou não alinhadas em pavimentos consecutivos estão sujeitas às excentricidades adicionais de carregamento introduzindo solicitações não previstas na fase de projeto 34 5 ANÁLISE ESTRUTURAL A análise estrutural compreende o levantamento de todas as ações que deverão atuar na estrutura ao longo de sua vida útil na avaliação do comportamento resposta da estrutura e no processo de cálculo propriamente dito com objetivo de quantificar os esforços solicitantes e deslocamentos que ocorrem na estrutura Para tal é de fundamental importância A correta determinação das ações que atuam na estrutura A correta discretização estrutural de modo que o modelo matemático apresente um comportamento próximo ao da estrutura real Uma adequada consideração das nãolinearidades físicas e geométricas do sistema estrutural 51 Concepção Estrutural As paredes resistentes trabalhando de forma combinada com as lajes formam um sistema estrutural tipo caixa sujeito às ações verticais carga permanente e acidental e horizontais cargas de vento As ações verticais podem atuar diretamente sobre as paredes resistentes ou então sobre as lajes que trabalhando como placas as transmitem às paredes resistentes que por sua vez irão transmitilas diretamente às fundações As ações horizontais agindo ao longo de uma parede de fachada são transmitidas às lajes que trabalhando como diafragmas rígidos as transmitem às paredes paralelas à direção dessas ações Essas paredes denominadas paredes de contraventamento irão transmitir as ações horizontais às fundações Para tal se faz necessário que a ligação lajeparede seja capaz de resistir ao esforço de corte que surge nesta interface Nas paredes que não sejam de contraventamento devese prever uma ligação entre laje e parede que permita o deslocamento relativo entre esses dois elementos 39 Devese notar que a distribuição de forças sobre uma parede não é uniforme tendendo a ser maior na região central No entanto nos pavimentos inferiores de edifícios existe uma tendência de uniformização dessas cargas sobre as paredes Figura 9 Distribuição das cargas das lajes para as paredes resistentes 54 Excentricidades Na prática é extremamente improvável que se consiga obter um carregamento centrado em um determinado elemento estrutural Nas paredes resistentes várias podem ser as causas determinantes dessa excentricidade dentre as quais se destacam Imperfeição no prumo da parede Diferença no alinhamento vertical entre as paredes de diferentes pavimentos Deformabilidade da laje Deslocamentos transversais nos elementos resistentes etc Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 4 PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL 41 Coordenação de projetos Na alvenaria estrutural existe uma forte interdependência entre os vários projetos que fazem parte de uma obra arquitetônico estrutural instalações pois a parede além da função estrutural é também um elemento de vedação e pode conter os elementos de instalações quaisquer Logo o projeto dever ser racionalizado como um todo Assim a coordenação de projetos é a atividade em que o responsável pelo projeto deverá identificar as interferências e as inconsistências entre todos os projetos que fazem parte do projeto executivo geral resolvendo conflitos de modo que não ocorram improvisações na fase de execução da obra É também nessa fase que o projetista estrutural deverá optar pelo modelo que melhor represente a estrutura considerando sua interação com os demais projetos 42 Coordenação modular O fato da unidade básica bloco possuir dimensões conhecidas e de pequena variabilidade dimensional possibilita que se aplique a técnica de coordenação modular A coordenação modular consiste no ajuste de todas as dimensões da obra horizontais e verticais como múltiplo da dimensão básica da unidade cujo objetivo principal é evitar cortes e desperdícios na fase de execução Nessa fase devem ser previstos todos os encontros de paredes aberturas pontos de graute e ferragem ligação lajeparede caixas de passagem colocação de prémoldados e instalações em geral Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 18 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Ainda na fase da coordenação modular devese atentar para a formação de juntas verticais à prumo que devem ser evitadas sempre que possível uma vez que é senso comum que elas podem representar pontos de fraqueza e de surgimento de patologias comumente na forma de fissuras Comumente as dimensões de referência são de 15 ou 20 cm cabendo salientar que o ideal é que se tenham unidades que apresentem o comprimento como sendo o dobro de sua largura pois desse modo a quantidade de blocos especiais na obra é bastante reduzida De qualquer forma sem a utilização de um bloco especial para o encontro de três paredes T haverá pelo menos três fiadas com junta à prumo A Figura 4 apresenta as possíveis situações de projeto com relação às famílias de blocos utilizadas e os blocos especiais necessários Figura 4 Desenho dos tipos de amarrações de blocos Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 19 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho No início da alvenaria estrutural empregavase blocos de dimensões nominais de 20x40 cm com o correspondente meiobloco Com a evolução dos materiais produzidos passou a ser possível a utilização de paredes com menor espessura sendo então introduzidos os blocos de dimensões 15x40 cm Essa nova família de blocos trouxe dificuldades na coordenação modular uma vez que em todos os encontros de paredes houve a necessidade da introdução de blocos especiais resultando assim em blocos de 15x55 cm para os encontros de paredes em T e 15x35 cm para os encontros de paredes em L Devidas as novas dificuldades na coordenação modular vem sendo introduzido no mercado há algum tempo a família de blocos com dimensões nominais de 15x30 cm simplificando novamente a aplicação da técnica da coordenação modular com a vantagem adicional de que esses novos blocos apresentam menor peso e consequentemente maior produtividade e qualidade das alvenarias Salientase que um projeto bem estudado e bem definido em termos de modulação implica no aproveitamento das vantagens do sistema Alvenaria Estrutural resultando em facilidade e redução de tempo durante a execução minimização ou eliminação de desperdícios e geração de entulhos gerando economia e maior qualidade no produto final Portanto ao projetista de obras de alvenaria estrutural não cabe somente conhecer a técnica construtiva deve assimilar uma nova concepção de projeto Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 20 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho ACAO HORIZONTAL PAREDE DE FACHADA DE CONTRAVENTAMENTO PAREDE RESISTENTE EOU LAJE ACAO VERTICAL Figura 5 Ações atuantes em um sistema estrutural tipo caixa VAZIO F F PAREDE LAJE Figura 6 Deslocamento horizontal em paredes de contraventamento Como geralmente a laje trabalhando como placa possui uma rigidez muito grande no seu plano as ações horizontais podem ser distribuídas entre as paredes de contraventamento Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 22 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho proporcionalmente à rigidez de cada parede uma vez que estarão todas sujeitas a um mesmo deslocamento horizontal A suposição anterior é válida para estruturas simétricas quando a resultante das ações horizontais coincidir com o centro de torção As estruturas não simétricas podem estar sujeitas a um esforço de torção que deve ser considerado na distribuição das cargas horizontais 52 Distribuição das Ações Horizontais Uma vez definidas as paredes de contraventamento e conhecida a resultante das ações horizontais resta determinar qual o quinhão de carga que corresponde a cada parede Conhecido esse valor podese obter os deslocamentos tensões máximas esforços de corte e verificar a existência de tensões de tração Para a análise de paredes de contraventamento com aberturas existem basicamente cinco métodos clássicos frequentemente apresentados na literatura A Figura 7 apresenta os esquemas gráficos desses modelos i Método das paredes articuladas ii Cisalhamento contínuo iii Analogia de pórtico iv Pórtico de coluna larga v Elementos finitos O método das paredes articuladas é o mais simples e mais empregado Consiste em considerar que as ligações existentes entre as paredes são rotuladas permitindo desse modo somente a transmissão de forças não de momentos Assim a resultante das ações horizontais pode ser dividida entre cada uma das paredes proporcionalmente à rigidez de cada uma Devese observar no entanto que para edifícios com altura superior a cinco pavimentos esse método passa a superestimar os resultados obtidos podendo tornarse antieconômico Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 23 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho iii iv CONTRAVENTAMENTO PAREDE DE i v ii Figura 7 Esquemas estruturais para paredes de contraventamento Quando a resultante w não passar pelo centro de torção cc do conjunto de paredes de contraventamento a estrutura estará sujeita a um momento torçor sendo que seu efeito deverá ser considerado na distribuição das ações horizontais A Figura 8 apresenta um desenho esquemático dessa situação Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 24 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho a Y cc W X e a W Resultante das forças horiz CC Centro de cisalhamento Figura 8 Estruturas sujeitas a um momento torçor O valor da carga horizontal Wk que atua sobre cada parede de contraventamento pode ser obtido pela seguinte expressão k k k 2 i I I W W W I Ii Xi e Xk 53 Distribuição das Ações Verticais Em estruturas simples tais como os sistemas de paredes transversais a distribuição das cargas das lajes sobre as paredes resistentes é direta pois geralmente se trabalha com lajes armadas numa direção No caso de lajes armadas em cruz em sistemas mais complexos o procedimento mais usual é subdividir as lajes em triângulos e trapézios distribuindo as cargas dessas áreas para as paredes correspondentes Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 25 A excentricidade final ef que age em um elemento é a soma de duas excentricidades de naturezas diferentes a saber Excentricidade de primeira ordem Excentricidade de segunda ordem A excentricidade de primeira ordem é função do ponto de aplicação das cargas que atuam no elemento estrutural A excentricidade de segunda ordem decorre da configuração deformada do elemento estrutural A norma inglesa BS5628 propõe que essas excentricidades sejam calculadas da seguinte forma 541 Excentricidade devido a Laje Para a determinação da excentricidade de primeira ordem provinda das reações de apoio das lajes sobres as paredes ou colunas supõese que a carga proveniente dos pavimentos superiores W1 seja centrada e que na carga da laje W2 haja a uma distância de t3 da face da parede Figura 10 Excentricidade no topo da parede BS5628 542 Excentricidade de Segunda Ordem e2 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho t espessura efetiva da parede H altura efetiva da parede Assim a excentricidade final ef que age no elemento pode ser representada pela Figura 12 06 e1 h ef e1 e2 04h 02h 04h e2 ef 2 1 1 06e e e Figura 11 Excentricidade final BS5628 55 Grau de Deslocabilidade da Estrutura As considerações que devem ser levadas a efeito no processo de cálculo das solicitações que atuam sobre uma estrutura dependem entre outros fatores do grau de deslocabilidade da mesma ou seja de sua rigidez lateral No caso de estruturas esbeltas que apresentam deslocamentos horizontais significativos chamadas de estruturas deslocáveis surge um efeito multiplicador dos esforços que é o resultado da combinação das ações atuantes com os deslocamentos ocorridos na estrutura A esses esforços adicionais dáse o nome de esforços de segunda ordem e quando significativos não podem ser desprezados no cálculo das solicitações Quando esses efeitos são pequenos é possível que sejam desprezados e a estrutura poderá ser calculada com base em procedimentos que considerem somente os esforços de primeira ordem sem os efeitos secundários da combinação açãodeslocamento e a estrutura é dita de indeslocável Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 28 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho O CEBFIP Model Code de 1990 apresenta um critério para avaliação do grau de deslocabilidade de uma estrutura chamado de parâmetro α conforme segue N H E It α Onde α parâmetro de rigidez N carga vertical total E módulo de deformação das paredes de contraventamento H altura total do edifício It momento de inércia total dos elementos de contraventamento em cada direção Fica permitida a aplicação de uma teoria de primeira ordem no cálculo estrutural sempre que o valor de α não ultrapassar os valores abaixo indicados α 070 para sistemas compostos apenas por pilaresparedes α 060 para sistemas mistos α 050 para sistemas compostos apenas por pórticos Outro procedimento interessante é o chamado parâmetro γz Tratase de um estimador do acréscimo de esforços devidos à consideração dos efeitos de segunda ordem Com sua aplicação conseguese estimar o efeito de segunda ordem utilizandose somente o resultado do cálculo da estrutura submetida às ações horizontais e verticais 1 1 1 z M M γ Onde M acréscimo de momento devido aos deslocamentos horizontais Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 29 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho M1 momento de primeira ordem Se γz 110 estrutura indeslocável desprezamse os efeitos de 2ª ordem γz 110 estrutura deslocável Esse estimador fornece valores confiáveis até resultados em torno de 130 Dessa forma para o intervalo entre 110 e 130 podese utilizar o próprio estimador para cálculo dos momentos de 2ª ordem ou seja M2 γz M1 Onde M1 momento de primeira ordem M2 momento de segunda ordem 56 Estabilidade Lateral A norma inglesa BS5628 e a alemã DIN1043 prescrevem que em função dos desaprumos construtivos a estrutura estará sujeita aos acréscimos de esforços que deverão ser considerados no cálculo das solicitações que atuam na estrutura Para a norma inglesa esse efeito pode ser representado por uma ação horizontal fictícia atuando a meia altura da edificação com valor Fh estimado por 0015 h k F G Onde Fh ação horizontal fictícia agindo na parede de fachada Gk peso próprio da edificação acima do nível em consideração Para a norma alemã DIN1043 esse efeito pode ser representado pelo eixo da estrutura com um ângulo de inclinação ϕ dado abaixo Em cada piso atua uma força vertical N que é a soma das ações verticais permanentes e acidentais no piso De forma similar à recomendação da BS5628 Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 30 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho podese transformar esse efeito em uma ação horizontal fictícia uniformemente distribuída ao longo da altura do edifício q q h N h pav 1 100 h N N q h ϕ ϕ h em metros h pédireito ϕ em radianos N carga vertical por pavimento Figura 12 Deslocamento horizontal em paredes de contraventamento Observase que para a consideração do efeito de corte das ações horizontais nas paredes de contraventamento essas ações horizontais fictícias devem ser desconsideradas uma vez que sua resultante horizontal real é nula Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 31 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 6 CAPACIDADE RESISTENTE DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS Os principais elementos resistentes que compõe a estrutura de um edifício de alvenaria estrutural são as paredes resistentes as paredes de contraventamento e os pilares de alvenaria colunas As paredes resistentes são aquelas que além das funções de definição de espaços geométricos e de vedação desempenham também a função estrutural ou seja são paredes que têm a função de resistir às ações verticais que atuam na estrutura e transmitilas às fundações Os pilares de alvenaria têm por função resistir às ações verticais e a relação de suas dimensões em planta é menor que cinco As paredes de contraventamento são elementos que resistem às ações horizontais segundo seu próprio plano São elas que dão estabilidade à obra transmitindo às fundações as ações horizontais que agem ao longo de uma estrutura 61 Ações Verticais 611 Paredes Resistentes Para a Alvenaria Estrutural de concreto o cálculo da carga axial admissível nas paredes resistentes pode ser feito da seguinte forma segundo recomendação da NBR10837 Alvenaria Armada adm p b 3 h P 0225f 1 A 40t ht 30 Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 32 Onde Padm carga axial admissível da parede fp resistência média de prismas cheios se ρ 02 t espessura efetiva da parede t 14 cm Ab área bruta da parede A taxa de armadura ρ que é a soma das armaduras verticais e horizontais presentes na parede não deve ser inferior a 02 da área bruta da parede em planta sendo que nenhuma das direções deve conter mais que 23 da armadura total As barras com diâmetro 63mm podem ser colocadas na argamassa e consideradas como parte da armadura necessária A NBR10837 recomenda como espessura mínima t para as paredes armadas t 14 cm Altura ou comprimento da parede30 Alvenaria Não Armada Onde Padm carga axial admissível da parede h altura efetiva da parede t espessura efetiva da parede t 14 cm An área líquida da seção transversal da parede fp resistência média dos prismas Para as tensões devidas ao vento combinado com o peso próprio e cargas acidentais a tensão admissível da alvenaria pode ser aumentada em 33 desde que a resistência do elemento não seja inferior à necessária para suportar o peso próprio e cargas acidentais Para a alvenaria não armada a espessura efetiva das paredes t que possuam enrijecedores espaçados em intervalos regulares deve ser adotada como sendo sua espessura real multiplicada pelos coeficientes apresentados na Tabela 4 Figura 13 Enrijecedores nas paredes Tabela 4 Paredes com enrijecedores 6 10 14 20 8 10 13 17 10 10 12 14 15 10 11 12 20 ou mais 10 10 10 612 Pilares No caso de pilares a carga axial admissível pode ser determinada pelas seguintes expressões segundo a NBR10837 Alvenaria Armada Padm 020fp 030ρfy 1h40t3Ab ht 30 Onde ρ taxa de armadura em relação à área bruta fy tensão nominal de escoamento do aço fp resistência média dos prismas Ab área bruta da seção do pilar h altura efetiva dos pilares t espessura efetiva A taxa de armadura vertical ρ deve estar no seguinte intervalo 03 ρ 1 No pilar devem ser dispostas pelo menos quatro barras de diâmetro 125 mm com pelo menos uma barra em cada furo Os estribos serão constituídos de barras com 40 mm ϕ 63 mm espaçados a cada 20 cm Alvenaria Não Armada Padm 018fp 1h40t3An ht 20 Onde fp resistência média dos prismas An área líquida da seção h altura efetiva dos pilares t espessura efetiva Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 62 Ações Horizontais Para a definição das paredes de contraventamento as paredes perpendiculares à ação horizontal somente são consideradas quando unidas a outras paredes formando seções compostas T I L U etc mesmo assim sua contribuição é limitada Como forma de expressar essa limitação NBR10837 determina as dimensões máximas das abas de paredes de seção composta conforme a Figura 14 Figura 14 Enrijecedores nas paredes Paredes em T ou H t h bf 6 6 Paredes em L ou C t h bf 6 16 Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 36 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho A NBR10837 apresenta a seguinte expressão para a obtenção da carga horizontal admissível nas paredes de contraventamento proveniente das ações de vento b t V τ Onde V carga horizontal admissível b comprimento da parede t espessura efetiva da parede τ tensão de corte admissível tabelas 6 e 7 No caso de paredes de contraventamento de seção composta devese considerar somente as nervuras segundo a direção da ação 63 Flexão composta Quando a carga atuar de forma excêntrica sobre o elemento resistente segundo a espessura da parede t sem contudo que haja o aparecimento de tensões de tração a seguinte relação deve ser verificada 1 F f F f m m a a Onde fa tensão de compressão axial atuante fm tensão de trabalho devido a flexão Fa tensão axial admissível Fm tensão de flexão admissível 030fp Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 37 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 3 Padm Fa 020 1 A 40 h fp t 64 Tensões Admissíveis na Alvenaria de concreto Segundo a NBR10837 as tensões admissíveis na alvenaria armada e não armada devem ser baseadas na resistência dos prismas fp aos 28 dias de idade ou na idade na qual a estrutura está submetida ao carregamento total Quando a resistência básica da alvenaria for determinada por meio de prismas fp devese usar prismas construídos com blocos e argamassa iguais aos que são efetivamente usados na estrutura Se os ensaios forem realizados em paredes fpa admitese um acréscimo de 43 na tensão admissível para alvenaria não armada e de 27 para alvenaria armada Os ensaios devem atender às prescrições da NBR8949 Nas obras de alvenaria de blocos de concreto e nos casos em que não existir a atuação do vento conjuntamente com outras sobrecargas as tensões admissíveis não devem ultrapassar os valores abaixo Tabela 5 Tensões admissíveis para alvenaria não armada de concreto NBR10837 Blocos vazados Blocos maciços Tensão admissível MPa Tensão admissível MPa Tipo de solicitação 120 fa 170 50 fa 120 120 fa 170 50 fa 120 Compressão simples 020fp ou 0286fpa Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 38 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Compressão na flexão 030fp Tração na flexão Normal à fiada Paralela à fiada 015 030 010 020 025 055 020 040 Cisalhamento 025 015 025 015 fa resistência média da argamassa Sob a ação de vento esses valores podem ser aumentados em 33 Tabela 6 Tensões admissíveis para alvenaria armada de concreto NBR10837 Tipo de solicitação Tensão admissível MPa Valores máximos MPa Compressão Compressão simples Compressão na flexão 0225fp ou 0286fpa 033fp 033fp mas não exceder 62 Cisalhamento Peças fletidas sem armaduras Pilaresparede Se MVd 1 Se MVd 1 Peças fletidas com armaduras de cisalhamento Peças fletidas Pilaresparede Se MVd 1 Se MVd 1 009 fp 007 fp 017 fp 025 fp 012 fp 017 fp 035 025 035 100 050 080 Aderência Barras de aderência normal 100 Tensão de contato Em toda área Em pelo menos 13 da área 025fp 0375fp Módulo de deformação Módulo de deformação transversal 400fp 200fp 8000 3000 fpa resistência média em ensaios de paredes Sob a ação de vento esses valores podem ser aumentados em 33 Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 39 7 ENSAIOS DE COMPRESSÃO AXIAL Existem três formas básicas normalizadas de ensaios para se obter a resistência à compressão da alvenaria Ensaios de argamassas Ensaios em unidades Ensaios em prismas Ensaios em Painéis paredes Para a escolha do tipo de ensaio a ser realizado devese considerar Objetivos do ensaio Tempo disponível para realização do ensaio Equipamentos disponíveis Precisão dos resultados Custos relacionados aos objetivos dos ensaios 71 Ensaios em Materiais e Unidades Os ensaios nas unidades e argamassas possuem uma aceitável correlação estatística com a resistência da alvenaria sendo os de mais simples execução Esses ensaios apresentam como principais vantagens Rapidez de execução Baixo custo Simplicidade de equipamentos Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Como principal inconveniente são os que conduzem a menor previsão de resistência final da alvenaria pois as unidades isoladas apresentam maior coeficiente de variação e são pouco representativos da alvenaria razão pela qual os resultados devem ser cobertos por maior nível de segurança Códigos americanos A normalização americana permite que a resistência à compressão da alvenaria de concreto fm seja obtida diretamente da Tabela 7 Os ensaios para obtenção da resistência das unidades devem ser realizados de acordo com as recomendações da ASTM C 140 Tabela 7 Resistência à compressão da alvenaria de concreto fm baseada na área líquida das unidades Argamassas M e S N Resistências das unidades MPa fm MPa 69 103 138 172 276 414 62 79 93 107 138 165 48 60 69 76 86 93 72 Ensaios em Prismas Prismas são corposdeprova compostos por dois ou mais blocos utilizados para se prever as propriedades dos elementos a serem empregados nas obras reais resistência à compressão ao cisalhamento etc Suas dimensões e procedimentos de ensaios variam segundo as recomendações das diferentes normas Os prismas devem possuir todas as características dos elementos reais da obra tais como espessura das juntas tipo de argamassa e unidades forma de assentamento igual espessura etc Sendo mais representativos da alvenaria do que as unidades isoladas geralmente fornecem resultados mais precisos e maiores valores da resistência da alvenaria fm quando comparados com os ensaios em unidades e argamassas Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 41 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho Normalização A NBR8798 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto prevê que a resistência média da alvenaria fp para cada lote possa ser obtida através do ensaio de pelo menos 06 exemplares de prismas aos 28 dias de idade com ensaios realizados segundo as recomendações da NBR8215 Para a NBR8798 o lote representa uma fração da obra que está relacionada ao volume executado ou ao tempo de execução Os exemplares são constituídos de um determinado número de prismas que depende das recomendações da NBR8215 que define dois métodos de ensaios à compressão axial método A e método B O método A se destina a trabalhos realizados em laboratórios tais como investigações científicas e levantamento de propriedades dos materiais O método B tem como objetivo o controle de qualidade da obra em execução Segundo a NBR8798 para o método B o lote deve ser constituído de seis exemplares Cada exemplar é formado por dois prismas feitos pela justaposição de dois blocos de concreto unidos por junta de argamassa resultando em 12 prismas A execução dos prismas deve reproduzir o mais fielmente possível as condições de obra principalmente no tocante à mãodeobra 73 Ensaios em Paredes Ensaios em grandes painéis de alvenaria são dispendiosos não sendo convenientes para a determinação da resistência para fins de projeto exceto em circunstâncias especiais São usados principalmente em pesquisas de laboratório para a verificação de métodos analíticos e obtenção de correlações de resistência com unidades e prismas Esses ensaios são padronizados pela NBR8949 e podem ser aplicados para blocos de concreto blocos cerâmicos ou tijolos Essa norma determina que a resistência média das paredes deve ser estimada após o ensaio de pelos menos três corposdeprova Quando for empregado esse tipo de ensaio a NBR10837 permite majorar as tensões admissíveis da alvenaria da seguinte forma Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 42 Alvenaria Não Armada majorar de 43 Alvenaria Armada majorar de 27 Assim para a alvenaria armada e não armada de blocos de concreto a carga admissível passa a ser expressa por Padm 0286fpar 1h40t3An 8 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS 81 Dimensões externas dos elementos Na alvenaria não armada a espessura mínima de uma parede deve ser maior que 120 de sua altura efetiva e não inferior a 14 cm A espessura mínima de um pilar de alvenaria não armada é 115 de sua altura efetiva e não inferior a 19 cm Na alvenaria armada a espessura mínima de uma parede deve ser maior que 130 de sua altura efetiva e não inferior a 14 cm A espessura mínima de um pilar de alvenaria armada é de 19 cm 82 Abertura e canalizações embutidas Deve constar nos desenhos de projeto a observação de que não é permitida a abertura de paredes ou sua remoção sem consulta ao projetista Quando houver a diminuição de seções transversais de paredes para instalações esse fato dever ser considerado em projeto Não são permitidos condutores de fluídos embutidos na alvenaria Não são permitidas canalizações embutidas horizontalmente nos elementos estruturais 83 Armaduras para alvenaria armada 831 Paredes As paredes resistentes devem ser armadas vertical e horizontalmente A taxa de armadura mínima total deve ser de 02 da área bruta da parede A taxa mínima de armadura em cada direção deve ser de 007 da área bruta da parede As armaduras com barras de pequeno diâmetro φ 63mm podem ser colocadas nas argamassas sendo que o diâmetro da barra não deve ultrapassar metade da espessura da junta e não ter valor menor que 38 mm O espaçamento mínimo entre as barras não deve ser inferior a 20 cm O máximo espaçamento das barras verticais em paredes exteriores deve ser de 240 cm 832 Pilares e enrijecedores A taxa de armadura deve estar entre 03 e 1 A armadura deve consistir em quatro barras de diâmetro não inferior a 125 mm O diâmetro das barras dos estribos não deve ser inferior a 50 mm O espaçamento mínimo entre barras verticais é de 4 cm e não menor que 25φ 84 Proteção da armadura e espessura de juntas O cobrimento mínimo deve ser de 40 cm para pilares ou enrijecedores A espessura das juntas deve ser de 10 cm a menos que especificado e com justificativa 85 Juntas de dilatação As juntas de controle têm por função absorver os movimentos que possam ocorrer na estrutura provenientes da variação de temperatura e devem estar presentes nas estruturas sempre que essa movimentação puder comprometer a integridade da estrutura Se não for feita avaliação do comportamento térmico recomendase que as juntas sejam aplicadas em edifícios a cada 20 metros de estrutura em planta 86 Juntas de controle As juntas de controle vertical têm por finalidade básica permitir deslocamentos devidos à retração e expansão dos materiais seja nos processos de cura ou variações higroscópicas São empregadas normalmente nos seguintes casos Locais onde a altura ou carga das paredes variam bruscamente Em pontos onde a espessura da parede varia Nos chanfros ou cortes pilares e fixações Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho 9 BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8798 Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Rio de Janeiro 1985 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10837 Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto Rio de Janeiro 1989 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8215 Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural Preparo e ensaio à compressão Rio de Janeiro 1983 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8949 Paredes de alvenaria estrutural Ensaio à compressão simples Rio de Janeiro 1985 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 7184 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria Determinação da resistência à compressão Rio de Janeiro 1991 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5712 Bloco vazado modular de concreto Rio de Janeiro 1982 CAMACHO J S Contribuição ao estudo de modelos físicos reduzidos de alvenaria estrutural cerâmica Tese Doutorado São Paulo Escola Politécnica Universidade de São Paulo 1995 157p Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 47 Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural Prof Dr Jefferson S Camacho CAMACHO J S Alvenaria estrutural nãoarmada Parâmetros básicos a serem considerados no projeto dos elementos resistentes Dissertação Mestrado Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul 1986 180 p HENDRY A W Structural masonry Hong Kong Macmillan Press 1998 294p Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural NEPAE httpwwwnepaefeisunespbr 48 RESUMO DO USO DA ALVENARIA ESTRUTURAL REDUÇÃO TOTAL DE CUSTOS Redução total do custo da obra em relação ao concreto armado pode chegar a 35 devido a redução da taxa de aço eliminação de formas de madeira e baixo consumo de concreto VELOCIDADE DE EXECUÇÃO Velocidade de execução da obra até 3x vezes mais rápida do que métodos construtivos convencionais devido a substituição de estruturas por blocos de concreto GARANTIA DA QUALIDADE DO MATERIAL Ensaios laboratoriais garantem a qualidade e segurança das estruturas utilizadas no método construtivo Amostra dos lotes de fabricação são coletadas na fábrica e na obra REDUÇÃO DE MATERIAIS A utilização de blocos de concreto diminui a quantidade de rasgos na parede devido a geometria dos blocos Assim os eletrodutos são embutidos nos furos dos blocos ou no espaço disponível em canaletas REDUÇÃO DA TAXA DO AÇO REDUÇÃO DO VOLUME DE ARMADURA Na alvenaria estrutural os blocos e argamassa compõe a estrutura assim a parede prisma resiste aos esforços e a ferragem deve combater os momentos sobre a estrutura Portanto a taxa de aço é menor neste método construtivo ELIMINAÇÃO DAS FORMAS DE MADEIRA As canaletas compõe a estrutura de vergas e vigas Canaletas tipo J são utilizados em lajes e blocos substituem colunas Portanto formas de madeira são completamente eliminadas neste método construtivo ESPECIFICAÇÃO DOS PROJETOS Paginação das paredes Plantas Os projetos em Alvenaria Estrutural devem conter em planta desenhos detalhados dos blocos individualmente obrigatoriamente para a 1ª e 2ª fiadas Elevações Cada parede portante deve ter desenhada sua elevação com cada bloco individual assim como vergas prémoldadas blocos grauteados e armaduras Sugestão de apresentação de projetos Eng Marcio Conte Projetista alvenaria estrutural Planta de 1ª e 2ª Fiada para locação escala 150 Cotas acumuladas Elétrico e hidráulico na planta Indicação de blocos grauteados Numeração das paredes e indicação das suas vistas Pilastras incorporadas Definição é um elemento de alvenaria que substitui o pilar convencional para apoio de carga concentrada Estribo nas juntas a cada 20 cm 1ª Fiada 2ª Fiada Pilastra Incorporada ao Painel de Alvenaria CONTRA VERGA CINTA VERGA VERGALHÃO VERGA ALICERCE O projeto de alvenaria estrutural deve ser muito bem detalhado e já compatibilizado com os projetos elétrico e hidro sanitário Deve também definir os vãos da edificação de acordo com a modulação do bloco que será utilizado Graute Graute Exemplo de Amarração Para Família 29 Amarração de Parede em T Nos encontros são utilizados blocos com dimensões 14x29largura x comprimento numa fiada e 14x14 na fiada seguinte Exemplo de Amarração Para Família 39 Amarração de Parede em L Nos encontros são utilizados blocos especiais nas dimensões 14x34largura x comprimento numa fiada e 14x54 na fiada seguinte Exemplo de Amarração Para Família 39 Amarração de Parede em T Nos cantos são utilizados blocos especiais nas dimensões 14x34largura x comprimento em todas as fiadas A Amarração em T B Amarração em L