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Anemia Falciforme no Brasil DADOS ANEMIA FALCIFORME Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde em 2010 no Brasil Nasce por ano aproximadamente 3500 crianças com a doença falciforme Estados com maior número de casos Bahia Rio de Janeiro e Minas Gerais No mundo estimase que um total de 300 mil criançasano nasçam com a doença OMS Bahia A cada 650 crianças que nascem uma tem a doença falciforme A cada 17 crianças que nascem uma tem o traço falciforme Minas Gerais A cada 1400 crianças que nascem uma tem a doença falciforme A cada 30 crianças que nascem uma tem o traço falciforme Rio de Janeiro A cada 1300 crianças que nascem uma tem a doença falciforme A cada 20 crianças que nascem uma tem o traço falciforme ANEMIA FALCIFORME INTEGRANTES DO GRUPO ANEMIA FALCIFORME Uma doença genética que causa deformação nos glóbulos vermelhos assumindo uma forma de foice o que impede a circulação eficaz do sangue Os glóbulos vermelhos se tornam rígidos e pegajosos causando obstruções nos vasos sanguíneos Epidemiologia A anemia falciforme afeta milhões de pessoas em todo o mundo sendo comum entre indivíduos de descendência africana mediterrânea e do Oriente Médio Pessoas com herança genética de regiões onde a malária foi ou é prevalente Sintomatologia Anemia Pele e olhos amarelados Inchaço nos pés e nas mãos Episódios repentinos de dores intensas Infecções mais severas principalmente em crianças Derrames em casos mais complicados Fadiga devido à anemia Complicações na gravidez Mendelics História Genética Identificada pela primeira vez nos anos 1910 com a mutação genética associada descrita em 1949Pessoas com herança genética de regiões onde a malária foi ou é prevalente A compreensão da mutação genética proporcionou a base para o desenvolvimento de tratamentos específicos A Mutação Genética A mutação no gene HBB que codifica a cadeia beta da hemoglobina substitui uma adenina por uma timina Esta mudança resulta na produção de hemoglobina S que causa a deformação dos glóbulos vermelhos Herança Genética Para que a anemia falciforme se manifeste é necessário herdar o gene mutado de ambos os pais Sintomatologia Dor aguda crises de falcização anemia crônica fadiga e susceptibilidade a infecções Os sintomas afetam significativamente a vida diária e podem causar complicações graves Anemia Falciforme também chamada de Doença Falciforme é uma doença genética que afeta a hemoglobina a proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue A hemoglobina é composta por quatro subunidades duas alfa e duas beta Na anemia falciforme há uma mutação no gene que codifica a cadeia beta da hemoglobina substituindo o aminoácido ácido glutâmico por valina na posição 6 Essa mutação faz com que a hemoglobina forme fibras rígidas quando está desoxigenada distorcendo a forma das hemácias que passam a ser em forma de foice ou meialua As hemácias falciformes são menos flexíveis propensas a se agregarem e bloquearem pequenos vasos sanguíneos causando episódios de dor crise vasooclusiva dano tecidual e anemia devido à rápida destruição das células alteradas A doença é herdada de forma autossômica recessiva o que significa que uma pessoa precisa herdar duas cópias do gene mutado para manifestar a doença Indivíduos com apenas uma cópia são portadores assintomáticos podendo herdar a condição para seus descendentes O diagnóstico é realizado através de exames de sangue como o teste do pezinho eletroforese de hemoglobina e técnicas moleculares O manejo da anemia falciforme inclui tratamento para prevenir crises manejar sintomas e complicações uso de medicamentos como hidroxiureia transfusões sanguíneas e acompanhamento multidisciplinar Complicações podem incluir infecções graves acidente vascular cerebral problemas pulmonares e renais O prognóstico melhorou com avanços no tratamento e no diagnóstico precoce Crianças diagnosticadas e tratadas adequadamente têm maior expectativa e qualidade de vida O aconselhamento genético é importante para prevenir a ocorrência da doença em famílias de risco Complicações da Anemia Falciforme Acidente vascular cerebral hipertensão pulmonar crises de dor severa e danos a órgãos como rins e fígado Diagnóstico A doença é geralmente diagnosticada através da eletroforese de hemoglobina que identifica a presença de hemoglobina S O diagnóstico precoce pode melhorar o manejo da doença e prevenir complicações Tratamento Convencional Uso de analgésicos hidroxiureia para reduzir o número de crises dolorosas Transfusões de sangue são comuns para tratar a anemia severa e prevenir complicações Conclusão A complexidade da anemia falciforme desde sua base genética até as sérias implicações clínicas reforça a necessidade de um esforço contínuo e multidisciplinar em pesquisa tratamento e educação A boa notícia é que os avanços recentes na medicina genética e terapêutica estão abrindo novos caminhos para tratamentos mais eficazes e potencialmente curativos No entanto ainda há um longo caminho a percorrer A colaboração entre médicos pesquisadores e pacientes é crucial para promover um melhor entendimento da doença melhorar os cuidados e tratamentos disponíveis e finalmente melhorar a qualidade de vida dos pacientes REFERÊNCIAS Uso de analgésicos hidroxiureia para DI NUZZO Dayana VP FONSECA Silvana F Anemia falciforme e infecções Jornal de Pediatria v 80 p 347354 2004 COSTA Fernando Ferreira CONRAN Nicola FERTRIN Kleber Yotsumoto Anemia falciforme Zago MA Falcão RP Pasquini R Hematologia Fundamentos e Prática 1ª ed Rio de Janeiro 2001 GALIZA NETO Gentil Claudino de PITOMBEIRA Maria da Silva Aspectos moleculares da anemia falciforme Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial v 39 p 5156 2003o número de crises dolorosas Transfusões de sangue são comuns para tratar a anemia severa e prevenir complicações NOME DA FACULDADE NOME DO ALUNO ANEMIA FALCIFORME LOCAL 2024 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO3 2 DESENVOLVIMENTO4 21 Causas Genéticas4 22 Padrão de Herança5 23 Sintomas5 3 CONCLUSÃO6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS7 1 INTRODUÇÃO A anemia falciforme é uma doença genética caracterizada por uma alteração na forma dos glóbulos vermelhos que adquirem um aspecto de foice ou crescente ao invés da forma discóide típica e flexível Esta condição não apenas compromete a capacidade dessas células de transportar oxigênio eficientemente como também aumenta sua tendência à hemólise e à obstrução dos vasos sanguíneos causando complicações vasculares graves e episódios de dor intensa Devido a essas características a anemia falciforme representa um significativo desafio para a saúde pública em diversas regiões do mundo sendo particularmente prevalente entre indivíduos de ascendência africana mediterrânea do Oriente Médio e da Índia A origem da anemia falciforme reside em uma mutação pontual no gene que codifica a cadeia beta da hemoglobina localizado no cromossomo 11 A mutação específica envolve a substituição de uma única base nitrogenada onde a timina substitui a adenina no sexto códon do gene levando à troca de um ácido glutâmico por uma valina na posição correspondente da cadeia polipeptídica da hemoglobina Esta substituição aminoacídica é responsável pela alteração das propriedades físico químicas da hemoglobina denominada hemoglobina HbS Sob condições de baixo oxigênio a HbS tende a polimerizar formando estruturas rígidas que deformam o glóbulo vermelho A relevância da genética na manifestação da anemia falciforme é amplificada pelo seu padrão de herança autossômica recessiva o que implica que a doença se manifesta em sua forma completa apenas nos indivíduos homozigotos para a mutação Portadores heterozigotos comumente referidos como portadores do traço falciforme geralmente apresentam poucos ou nenhum sintoma da doença embora possam passar o alelo mutante para a descendência Esta característica da herança genética contribui para a complexidade do rastreamento e do aconselhamento genético em populações com alta prevalência da mutação Os sintomas da anemia falciforme são consequência direta das características morfológicas anormal dos glóbulos vermelhos e incluem episódios recorrentes de dor conhecidos como crises de falcização anemia crônica fadiga susceptibilidade a infecções e complicações de longo prazo em órgãos vitais devido à crônica isquemia e infarto O diagnóstico precoce e preciso é fundamental para o manejo eficaz da doença envolvendo tanto a intervenção médica direta para tratar as complicações agudas quanto estratégias preventivas incluindo terapias com drogas modificadoras da doença transplantes de medula óssea e em alguns contextos terapias genéticas emergentes 2 DESENVOLVIMENTO 21 Causas Genéticas A anemia falciforme é causada por uma mutação genética específica no gene HBB que codifica a cadeia beta da hemoglobina Esta mutação conhecida como mutação de ponto envolve a substituição de uma única base nitrogenada no DNA a adenina é substituída por uma timina no códon 6 do gene HBB Em termos de código genético isso se traduz na substituição de um ácido glutâmico por uma valina na posição 6 da cadeia polipeptídica da hemoglobina resultando na formação de hemoglobina S HbS em vez da forma normal hemoglobina A HbA A hemoglobina é uma proteína complexa composta de quatro subunidades e desempenha o papel crítico de transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos e o dióxido de carbono de volta aos pulmões A presença de valina em vez de ácido glutâmico confere à hemoglobina S propriedades físicas e químicas distintas da hemoglobina normal A valina é hidrofóbica e sua inserção na cadeia beta provoca uma mudança na estrutura tridimensional da hemoglobina facilitando a polimerização das moléculas de hemoglobina S em condições de oxigenação reduzida Essas polimerizações formam fibras longas e rígidas dentro dos glóbulos vermelhos distorcendoos para uma forma de foice ou crescente que é a marca registrada da anemia falciforme Essas células falciformes são menos flexíveis e mais propensas a obstruir os vasos sanguíneos além de terem uma vida útil significativamente mais curta do que os glóbulos vermelhos normais levando a uma crônica anemia hemolítica Além disso a natureza recessiva da anemia falciforme significa que a doença se manifesta plenamente apenas em indivíduos que herdam duas cópias do alelo mutante uma de cada progenitor configurando um padrão autossômico recessivo Indivíduos com apenas uma cópia do alelo mutante são considerados portadores do traço falciforme e embora geralmente não apresentem sintomas graves da doença podem transmitir o alelo para sua descendência A interação entre os alelos mutantes e normais no contexto da expressão da hemoglobina é um exemplo clássico de como uma mutação pontual pode ter impactos fenotípicos dramáticos 22 Padrão de Herança Em termos práticos cada progenitor de um indivíduo com anemia falciforme tipicamente possui pelo menos um alelo mutante Se ambos os progenitores são portadores de um alelo da hemoglobina S HbS e um da hemoglobina normal HbA cada filho tem uma chance de 25 de herdar dois alelos HbS um de cada progenitor e desenvolver anemia falciforme uma chance de 50 de herdar um alelo HbS e um HbA e ser portador do traço falciforme sem desenvolver a doença e uma chance de 25 de herdar dois alelos HbA e não ser afetado pela doença nem portar o traço falciforme Essas probabilidades decorrem das leis de Mendel sobre a segregação independente de alelos que afirmam que cada alelo para um traço é passado dos progenitores para a prole independentemente de outros alelos O entendimento desse padrão de herança é crucial para o aconselhamento genético e a gestão clínica de famílias afetadas pela anemia falciforme O aconselhamento genético pode ajudar os casais a entenderem seus riscos de transmitir o gene da doença para a prole proporcionandolhes informações essenciais para tomadas de decisão informadas sobre a reprodução Além disso o diagnóstico precoce através de triagem neonatal permite intervenções imediatas para gerenciar os sintomas da doença em indivíduos afetados melhorando significativamente a qualidade de vida e reduzindo a mortalidade 23 Sintomas Um dos sintomas mais característicos e debilitantes da anemia falciforme são as chamadas crises de dor ou crises vasooclusivas que ocorrem quando a circulação sanguínea é interrompida pelo acúmulo de glóbulos vermelhos deformados Estas crises podem causar dor intensa e prolongada em várias partes do corpo como ossos tórax e abdômen A frequência e a severidade das crises de dor variam significativamente entre os indivíduos sendo influenciadas por fatores genéticos adicionais ambientais e de estilo de vida Além das crises de dor os pacientes com anemia falciforme frequentemente sofrem de anemia crônica que ocorre devido à destruição acelerada dos glóbulos vermelhos deformados e à incapacidade da medula óssea de compensar essa perda rapidamente A anemia crônica leva a sintomas como fadiga persistente palidez e uma redução na capacidade física A hemólise ou ruptura dos glóbulos vermelhos também pode resultar em icterícia que é o amarelamento da pele e dos olhos As complicações a longo prazo da anemia falciforme podem afetar praticamente qualquer sistema do corpo devido à hipóxia crônica falta de oxigênio e danos aos órgãos causados pela obstrução vascular recorrente Isso inclui danos nos pulmões rins e cérebro aumentando o risco de condições como hipertensão pulmonar insuficiência renal e acidente vascular cerebral Infecções também são comuns pois a função esplênica é frequentemente comprometida em pacientes com anemia falciforme reduzindo a capacidade do corpo de combater invasores bacterianos e virais 3 CONCLUSÃO Em conclusão a anemia falciforme é uma condição genética complexa e multifacetada que apresenta desafios significativos tanto para os indivíduos afetados quanto para os sistemas de saúde que os atendem A doença é causada por uma única mutação genética que altera profundamente a forma e a função dos glóbulos vermelhos levando a uma variedade de sintomas debilitantes e complicações de longo prazo que podem afetar a qualidade de vida e a longevidade dos pacientes O entendimento dos mecanismos genéticos e moleculares subjacentes à anemia falciforme tem avançado consideravelmente nas últimas décadas oferecendo esperança para novas abordagens terapêuticas Estratégias como terapia genética edição de genes e novos tratamentos farmacológicos estão sendo exploradas e desenvolvidas para oferecer melhores resultados aos pacientes Essas intervenções têm o potencial de corrigir a deficiência na raiz da doença ou mitigar seus efeitos melhorando a eficácia do tratamento e reduzindo a incidência e severidade das complicações Além disso o papel do aconselhamento genético e da educação dos pacientes não pode ser subestimado Ao proporcionar conhecimento e compreensão sobre o padrão de herança da doença os profissionais de saúde podem auxiliar as famílias na tomada de decisões informadas sobre a reprodução e na gestão da saúde dos portadores e dos afetados pela doença A implementação de programas de rastreamento neonatal e a educação contínua de profissionais de saúde para reconhecer e tratar adequadamente a anemia falciforme são também fundamentais para melhorar os cuidados e os resultados clínicos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DI NUZZO Dayana VP FONSECA Silvana F Anemia falciforme e infecções Jornal de Pediatria v 80 p 347354 2004 COSTA Fernando Ferreira CONRAN Nicola FERTRIN Kleber Yotsumoto Anemia falciforme Zago MA Falcão RP Pasquini R Hematologia Fundamentos e Prática 1ª ed Rio de Janeiro 2001 GALIZA NETO Gentil Claudino de PITOMBEIRA Maria da Silva Aspectos moleculares da anemia falciforme Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial v 39 p 5156 2003