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O leitor crítico consegue situar suas interpretações no contexto da cultura contemporânea de maneira a ressignificála produzindo questionamentos 1 De acordo com uma estimativa das Nações Unidas a população mundial ultrapassou 78 bilhões em abril de 2021 Dentre esses mais de 7 bilhões de habitantes do planeta cinco têm acesso à internet Mais de 25 milhões de terabytes são gerados diariamente no mundo todo para que essa parcela privilegiada possa acessar informações de toda ordem Segundo o relatório Cappra do Cappra Institute em 2019 geramos 20 vezes mais informações do que em 2005 Uma quantidade de informação que se parece complicado ter consciência do que esse número significa qualificar então é impossível Porém sabemos que onde sobra informação falta discernimento para decidir o que fazer com ela pois como afirma o antropólogo filósofo e sociólogo francês Edgar Morin a informação sempre passa por uma seleção Informação não é conhecimento Conhecimento é a organização das informações E é aí que mora o desafio 2 O cenário que se coloca diante de todos nós é além de desigual e excludente porque menos da metade da população mundial tem acesso a todas as informações disponíveis sejam elas na rede ou fora dela profundamente desorganizado e poluído o que ao invés de nos conectar com as informações que nos permitem fazer escolhas evolutivas e voltadas ao bemestar de toda a sociedade está nos separando e esgarçando a teia que nos possibilita construir a empatia necessária para vivermos em um mundo mais justo e sustentável Mais cedo do que gostaríamos constatamos que informação demais confunde desnorteia e faz tanto ou mais estrago do que a ignorância Como afirma o escritor filósofo semiólogo linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco O excesso de informação provoca amnésia Informação demais faz mal Quando não lembramos o que aprendemos ficamos parecidos com animais Conhecer é cortar é selecionar Conhecer é filtrar 3 Portanto é preciso formar para informar Sobreviver a essa avalanche de informações sem se angustiar sem se confundir com o que é verdade ou mentira e aprender a se defender da infoxitation intoxicação por consumo excessivo de informações não é tarefa simples Exige sobretudo ter a capacidade de fazer uma leitura crítica não apenas dos conteúdos veiculados nas mídias como também das próprias mídias Um ambiente informacional desorganizado requer que cada pessoa perceba como ela também pode agir como um vetor nas guerras de informação e desenvolva um conjunto de habilidades para lidar com a comunicação tanto online quanto offline afirma Claire Wardle doutora em Comunicacao pela Universidade da Pensilvania EUA e líder de pesquisa da First Draft uma organização global sem fins lucrativos voltada para o combate à desinformação 4 Etimologicamente crítica se origina do grego krinein que quer dizer quebrar Sem apontar nenhum tipo de coincidência é possível relacionar crítica com uma outra palavra que tem a mesma raiz crise O que nos permite inferir que o leitor crítico provoca uma crise quando se depara com algum tipo de conteúdo Ou seja ele quebra essa informação em pedaços desconstrói aquele desenho e coloca a ideia ali contida em outra perspectiva Essa conduta provoca um deslocamento de certezas baseadas apenas em opiniões de preconceitos estruturais repetidos de forma inconsciente e de visões de mundo cristalizadas O leitor crítico consegue situar suas interpretações no contexto da cultura contemporânea de maneira a ressignificála produzindo questionamentos que por sua vez geram uma nova compreensão da realidade Nesse sentido podemos afirmar que o leitor crítico atua como um agente desintoxicante desse ecossistema informacional desorganizado quando consegue identificar e transformar a desinformação e seus derivados 5 Porém formar o leitor crítico não é algo simples e rápido Muito pelo contrário Tratase de uma tarefa a longo prazo que deve ser planejada e levada a cabo por um conjunto de atores nas mais diferentes funções sociais Sem dúvida que a chamada AMI Alfabetização Midiática e Informacional deve ser incluída na escola nos diferentes segmentos desde a mais tenra infância Mas não somente A formação do leitor crítico tem a ver com diferentes ações que acontecem em casa quando a família não apenas lê junto mas também dialoga sobre o que acontece em seu cotidiano na cidade que amigavelmente disponibiliza bibliotecas e centros culturais onde a troca de ideias e a livre expressão ocorrem cotidianamente na sociedade civil que atenta checa e cobra o acesso aos bens culturais de qualidade a que todos têm direito e é claro nos meios de comunicação responsáveis pela circulação desse mar de informações ao se colocarem como um centro de debate e transmissão de ideias de maneira ética e transparente Todos esses atores são responsáveis por colaborar para que todos nós cidadãos possamos desenvolver uma estrutura sólida de competências e habilidades que nos permitam assegurar os nossos conhecimentos 6 Aliás é interessante refletirmos sobre o conceito de segurança epistêmica que expõe Elizabeth Seger pesquisadora da Universidade de Cambridge e do Centro Leverhulme para o Futuro da Inteligência do Reino Unido Esse postulado se relaciona com a manutenção do nosso saber seguro o que nos garantiria que estejamos a princípio bem informados A segurança epistêmica portanto envolve a garantia de que realmente sabemos o que sabemos que podemos identificar alegações sem fundamento ou que não são verdadeiras e que nossos sistemas de informação são robustos a ameaças epistêmicas como notícias falsas afirma ela 7 Ou seja saber o que sabemos e consequentemente do que não sabemos e o que desejamos saber é o que se denomina curadoria do conhecimento Para além das definições mais superficiais essa curadoria relacionase com a capacidade de selecionar o que é importante saber Curar em português lusitano é pensar Curar o conhecimento fazer a curadoria portanto pode ser definido como pensar sobre o que se quer saber para quê por quê Fazer boas escolhas diante de um catálogo infindável de conteúdos é saber separar a informação útil e verdadeira daquela irrelevante ou falsa além de conseguir diferenciar as nuances que ficam entre uma e outra que não são poucas Esse exercício é o que vai nos conferir uma estrutura cognitiva sólida e resistente para compreendermos e lidarmos com a complexidade desse ecossistema informacional ambíguo incerto e volátil no qual estamos inseridos Januária Cristina Alves é mestre em comunicação social pela ECAUSP Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo jornalista educomunicadora autora de mais de 50 livros infantojuvenis duas vezes vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura Brasileira coautora do livro Como não ser enganado pelas fake news editora Moderna membro da Associação Brasileira de pesquisadores e Profissionais em Educomunicação ABPEducom e da Mil Alliance a Aliança Global para Parcerias em Alfabetização Midiática e Informacional da Unesco Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam as ideias ou opiniões do Nexo Link para matéria httpswwwnexojornalcombrcolunistas2021Serbemformadoparatornarsebeminformado 2021 Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA conforme a Lei nº 961098 A sua publicação redistribuição transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida

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é aí que mora o desafio 2 O cenário que se coloca diante de todos nós é além de desigual e excludente porque menos da metade da população mundial tem acesso a todas as informações disponíveis sejam elas na rede ou fora dela profundamente desorganizado e poluído o que ao invés de nos conectar com as informações que nos permitem fazer escolhas evolutivas e voltadas ao bemestar de toda a sociedade está nos separando e esgarçando a teia que nos possibilita construir a empatia necessária para vivermos em um mundo mais justo e sustentável Mais cedo do que gostaríamos constatamos que informação demais confunde desnorteia e faz tanto ou mais estrago do que a ignorância Como afirma o escritor filósofo semiólogo linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco O excesso de informação provoca amnésia Informação demais faz mal Quando não lembramos o que aprendemos ficamos parecidos com animais Conhecer é cortar é selecionar Conhecer é filtrar 3 Portanto é preciso formar para informar Sobreviver a essa 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