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Fisioterapia ·

Anatomia

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AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL PROFª VANESSA PAES POR QUE ESTUDAR ESSE ASSUNTO A avaliação cinéticofuncional tem a finalidade de caracterizar por meio de métodos e técnicas de avaliação específica o grau de desempenho funcional nos mais diversos sistemas orgânicos Abordagem de diagnóstico clínico voltada para a solução de problemas visando ao prognóstico O fisioterapeuta deve avaliar com eficiência e elaborar um plano de tratamento apropriado com base nos achados da avaliação Resolução 80 de 09 de maio de 1987 Baixa Atos Complementares à Resolução COFFITO8 relativa ao exercício profissional do FISIOTERAPEUTA e à Resolução COFFITO 37 relativa ao registro de empresas nos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá outras providências Resolve Artigo 1º É competência do FISIOTERAPEUTA elaborar o diagnóstico fisioterapêutico compreendido como avaliação físicofuncional sendo esta um processo pelo qual através de metodologias e técnicas fisioterapêuticas são analisados e estudados os desvios físico funcionais intercorrentes na sua estrutura e no seu funcionamento com a finalidade de detectar e parametrar as alterações apresentadas considerados os desvios dos graus de normalidade para os de anormalidade prescrever baseado no constatado na avaliação físico funcional as técnicas próprias da Fisioterapia qualificandoas e quantificandoas dar ordenação ao processo terapêutico baseandose nas técnicas fisioterapêuticas indicadas induzir o processo terapêutico no paciente Como avaliar Coletar de dados qualitativos e quantitativos Observar a sistemática e descrição da disfunções Definir o diagnóstico cinéticofuncional junto dos objetivos do tratamento e assim selecionar métodos terapêuticos para estabelecer a conduta e o prognóstico Conjunto de informações recolhidas do paciente a respeito do histórico médico Auxilia a direcionar o exame físico do paciente Diagnóstico cinesiológico funcional Realizada com base na entrevista anamnese e exame físico do paciente quando são identificadas as disfunções ANAMNESE ANÁ TRAZER DE NOVO MNESIS MEMÓRIA Trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à doença e a pessoa envolvida Anamnese clínica x anamnese fisioterapêutica 10 para o exame clínico físico 85 do diagnóstico na clínica médica 5 para os exames laboratoriais ou complementares Elaborar um diagnóstico preliminar a partir da história clínica para identificar o paciente a doença e as circunstâncias Compreender os sinais e sintomas O diálogo deve ser objetivo e com finalidade relacionada ao questionamento do problema Observar antes de começar o exame sinais verbais e nãoverbais Fazer as perguntas suficientes e as perguntas corretas A comunicação e a harmonia são essenciais para ganhar a confiança de um paciente O examinador deve prestar atenção a quaisquer sinais e sintomas bandeiras vermelhas potenciais que indiquem a necessidade de um outro profissional de saúde MAGEE 2012 Dor persistente à noite Dor constante em alguma parte do corpo Perda inexplicável de peso Nódulos ou tumorações incomuns Fadiga injustificada Febres ou suores noturnos Perturbações emocionais graves recentes Edema ou rubor em qualquer articulação sem histórico de trauma Gravidez HABILIDADE DO ENTREVISTADOR DICAS DE COMO ATUAR Ouvir o paciente Intervenções nãoverbais Não demonstrar sentimentos desfavoráveis impaciência desprezo tristeza ou cansaço Demonstrar dúvida e desejo de mais explicações sobre o assunto Direcionar o diálogo sem interrupções Dar discreto comando Fale mais a respeito da sua tosse Elaborar perguntas específicas Mostreme o local onde a dor apareceu Avaliação cinéticofuncional Avaliação precisa e correta Metas e objetivos Analisar os resultados FISIODIAGNÓSTICO Silva2017 AVALIAÇÃO DÉFICITS POTENCIAIS GLOBAL DADOS ANAMENESE INSPEÇÃO PALPAÇÃO TROFISMO E TÔNUS ADM REFLEXOS DISTRIBUIÇÃO CUTÂNEA TESTES EXAME FÍSICO SHEPHERD R e CARR J 2008 A avaliação de pacientes envolve não só o exame físico ESCUTA QUALIFICADA MEDICAÇÕES Notas médicas resultados de exames AVALIAÇÕES PSICOLÓGICAS CIRURGIAS REALIZADAS IDENTIFICAÇÃO NomeFone DNProfissãoAtualAnt Endereço NBairroCidade UF Encaminhamento Diagnóstico de Origem Examinador a COMPONENTES INICIAIS DA ENTREVISTA Queixa Principal QP Principais motivos que levaram o paciente para a consulta ex O que traz o Sr à fisioterapia Registro conciso de preferência nas palavras do paciente ex Sinto dor e fraqueza nas pernas ITENS DA ANAMNESE HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL HDA Se atentar para relatos tais como 1 Sintomas e sinais atuais 2 Início e modo de instalação da doença súbita ou progressiva 3 A evolução da doença 4 Tratamento prévio e seus respectivos efeitos atividades que agravam eou aliviam a doença É importante verificarmos os marcos mais importantes da doença ou seja perguntar ao paciente qual foi a última vez que ele se sentiu bem quando ele teve que parar de trabalhar desde ITENS DA ANAMNESE SULLIVAN S e SCMITZ T J 2004 Descrição detalhada Quando como Por quê iniciou E depois DESCRIÇÃO DETALHADA APONTAR A LOCALIZAÇÃO CORPORAL SINTOMA LOCALIZADO OU IRRADIADO DESCRIÇÃO DA DOR PONTADA AGULHADA CRONOLOGIA E INTENSIDADE DO SINTOMA FATORES DESENCADEANTES OU AGRAVANTES ENTENDER A CLÍNICA ADERÊNCIAS ATROFIA MUSCULAR BLOQUEIO ARTICULAR E EDEMA DOR SINTOMATOLOGIA HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA HPP A história pregressa é importante porque os sintomas neurológicos podem estar relacionados com doenças sistêmicas As informações pertinentes incluem relato sobre a saúde geral história das doenças atuais crônicas e passadas hospitalizações operações acidentes ou lesões sobretudo traumatismo cranioencefálico doenças infecciosas doenças venéreas anomalias congênitas alimentação e padrões de sono ITENS DA ANAMNESE HISTÓRIA FAMILIAR HF É basicamente um questionamento sobre a possibilidade de distúrbios heredofamiliares e concentrase na linhagem do indivíduo HF é importante principalmente em pacientes com enxaqueca epilepsia doença cerebrovascular distúrbios do movimento HISTÓRIA SOCIAL HS A história social inclui elementos como a situação conjugal o nível de educação a ocupação e os hábitos pessoais além da história ocupacional detalhada que às vezes é necessária deve aprofundarse em ocupações atuais e passadas FATORES BIOPSICOSSOCIAIS BIOLÓGICO E BIOMECÂNICO Nociceptiva Mecânica Química Thermal A EXPERIÊNCIA DA DOR A experiência única e objetiva de cada pessoa individualmente tem um numero complexo de fatores PSICOLÓGICA Emoções Atitude Experiências passadas Expectativas Crenças SOCIAL Ambiente de trabalholar Pressões sociais Obrigações financeiras Fatores culturais SAHRMANN 2015 MODELO CINESIOLÓGICO LESÃO DISFUNÇÃO LIMITAÇÃO OU INCAPACIDADE CONSTITUIÇÃO PATOLÓGICA LIMITAÇÕES FUNCIONAIS E INCAPACIDADES Após a realização da anamnese inicial é importante organizar e analisar os dados e posteriormente realizar a identificação de alterações funcionais Nesse caso o fisioterapeuta deve considerar uma série de fatores ao avaliar os dados incluindo o grau de comprometimento o grau de perda funcional o desempenho físico e o estado geral de saúde do paciente É uma etapa importante no cuidado das pessoas com comprometimento físico AVALIAÇÃO FUNCIONAL Avaliase a capacidade de desempenhar as atividades para cuidar de si mesma Conjunto de competências comportamentais relacionadas ao manejo da vida diária sem ajuda de terceiros e está dimensionada nos termos da habilidade e independência para realizar determinadas atividades Melo 2009 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE COMPROMETIMENTOS INCAPACIDADES E DEFICIÊNCIAS ICIDH DA OMS São sequelas que ocorrem devido a uma condição incapacitante inatividade prolongada ou por falta de um tratamento fisioterapêutico adequado Como exemplo temos como comprometimentos indiretos a atrofia por desuso pneumonias e úlceras de pressão Parestesias hipertonia e paresias como comprometimentos diretos do paciente que sofreu um AVE Acidente Vascular Encefálico DIRETO INDIRETO Funcionalidade NECESSÁRIO ENTÃO RESGATAR FUNÇÃO TESTES FUNCIONAIS Trabalho descrição Residência descrição Atividades Não realiza Necessita de auxílio Realiza c compensações Realiza c dor ocasional Realiza c dor incessante Disfunção para o movimento CAPACIDADE FUNCIONAL É avaliada no desempenho das atividades cotidianas ou atividades de vida diária AVDs e atividades instrumentais da vida AVDs Relacionadas ao autocuidado Alimentarse Banharse Vestirse Mobilizar Deambular Ir ao banheiro Manter controle de suas necessidades fisiológicas AIVDs Relacionada a participação social do indivíduo CAPACIDADE FUNCIONAL Utilizar meios de transporte Manipular medicamentos Realizar tarefas domésticas leves e pesadas Utilizar telefone Preparar refeições Cuidar das próprias finanças MEDIDAS DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL Testes funcionais Escalas funcionais Questionários de Qualidade de vida Teste de caminhada de seis minutos TC6 Teste de capacidade física sentado para de pé Teste de levantar e caminhar cronometrado timed up go ESCALAS FUNCIONAIS ESCALA DE 7 PONTOS PARA AVALIAR 18 ITENS PONTUAÇÃO POR ENTREVISTA COM PCTE OU CUIDADOR ALÉM DA OBSERVAÇÃO DO EXAMINADOR NO DESEMPENHO DAS ATIVIDADES MIF MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL Quadro 5 Katz Index of Independence in Activities of Daily Living ATIVIDADES Pontos 1 ou 0 INDEPENDÊNCIA 1 ponto SEM supervisão orientação ou assistência pessoal Banharse Pontos 1 ponto Banhase completamente ou necessita de auxílio somente para lavar uma parte do corpo como as costas genitais ou uma extremidade incapacitada Vestirse Pontos 1 ponto Pega as roupas do armário e veste roupas íntimas externas e cintos Pode receber ajuda para amarrar os sapatos Ir ao banheiro Pontos 1 ponto Dirigese ao banheiro entra e sai do mesmo arruma suas próprias roupas limpa a genital sem ajuda Transferência Pontos 1 ponto Sentasedeitase e levantase da cama ou cadeira sem ajuda Equipamentos necessários de ajuda são aceitáveis Continência Pontos 1 ponto Tem completo controle sobre suas eliminações urinar e evacuar Alimentação Pontos 1 ponto Leva a comida do prato à boca sem ajuda Preparação da comida pode ser feita por outra pessoa Total de Pontos 6 Independente 4 Dependência moderada 2 ou menos Muito dependente Fonte The Hartford Institute for Geriatric Nursing 1998 ESCALA DE LAWTON Atividades Instrumentais da Vida Diária AIVD Lawton et al 1982 01 O senhor consegue usar o telefone 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 02 O senhor consegue ir a locais distantes usando algum transporte sem necessidade de planejamento especiais 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 03 O Sr consegue fazer compras 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 04 O Sr consegue preparar suas próprias refeições 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 05 O Sr consegue arrumar a casa 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 06 O Sr consegue fazer trabalhos manuais domésticos como pequenos reparos 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 07 O Sr consegue lavar e passar sua roupa 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 08 O Sr consegue tomar seus remédios na dose e horários corretos 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue 09 O Sr consegue cuidar de suas finanças 3 Sem ajuda 2 Com ajuda parcial 1 Não consegue QUESTIONÁRIOS DE QUALIDADE DE VIDA Análise de qualidade de vida TABELA 2 Escores obtidos para cada domínio do questionário WLQ e do questionário SF36 São Paulo SP Brasil 2006a AVALIAÇÃO ANAMNESE identificação QP HDA HPP História familiar Revisão dos sistemas medicação história social EXAME FÍSICO Força mobilidade tônus sensibilidade dor trofismo coordenação marcha equilíbrio DIAGNÓSTICO FUNCIONAL Estratégias para Intervenção Plano terapêutico A paciente KMS uma mulher de 37 anos apresentouse com queixa de dor na face plantar do calcâneo direito e diagnóstico de fasciite plantar A dor que só aparecia durante o andar ou sobre descarga de peso se iniciou de forma insidiosa 3 meses atrás A paciente atribuía o início do problema o fato de ter começado a praticar caminhadas diárias Procurou um médico que receitou antiinflamatórios e repouso e aconselhoua caso não houvesse melhora o procedimento cirúrgico No raio X se observava esporões pequenos e com aparência semelhante em ambos os calcâneos A paciente tinha o peso normal considerando sua idade altura e tipo corporal A inspeção estática não revelou alterações significantes tendo a paciente um alinhamento considerado normal nos membros inferiores e sem diferença significante no comprimento dos mesmos Durante a marcha a paciente aparentemente apresentava pouca pronação subtalar durante a fase de apoio de ambos os lados A inspeção da planta dos pés não se observou nenhuma alteração CASO CLÍNICO A ADM das articulações do quadril joelho e tornozelo talocrural eram normais As articulações subtalares entretanto se apresentavam com redução da ADM de pronação principalmente a direita O movimento acessório láterolareral da articulação subtalar era reduzido no lado direito O teste de tensão neural do nervo tibial inervação da face plantar pelo ramo calcâneo do nervo tibial se mostrou negativo assim como a palpação deste no túnel do tarso A palpação profunda da face plantar do calcanhar direito se mostrou positiva com reprodução da dor comum ao paciente Uma hipótese de sobrecarga no componente de absorção de impacto da fáscia plantar devido à incapacidade de absorção pela pronação foi aceita para este paciente