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Biomedicina ·

Fisiologia Humana

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EXERCICIOS DE ANÁLISES METABÓLICAS CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo masculino 65 anos caminhoneiro natural e procedente de Salvador procura o serviço de saúde queixandose de edema em membros inferiores há 6 meses acompanhados de fadiga e oligúria O paciente refere ainda perda ponderal involuntária de três quilos nos últimos 6 meses além de náuseas que surgiram há cerca de 1 mês O paciente revela ser hipertenso há 20 anos fazendo uso irregular de losartana 50mg Nega uso de outras medicações Refere histórico pessoal prévio de nefrolitíase há cinco anos pai diabético e hipertenso faleceu aos 55 anos em decorrência de Infarto agudo do miocárdio mãe ainda viva e com 90 anos tem histórico de nefrolitíase Refere ser tabagista 1 maçodia há quarenta anos Nega etilismo e uso de substâncias psicoativas Refere ingesta hídrica de 5 copos de água ao dia e não costuma praticar atividade física pois passa a maior parte da semana na estrada e sentese exausto nos seus dias de folga No exame físico geral o paciente apresentavase hidratado anictérico e acianótico Fácies atípica e atitude ativa no leito Mucosas hipocoradas e hidratadas Altura 178 metros Peso 72 kg IMC 227 kgm² Circunferência abdominal 78 cm PA 15095 mmHg FC 105bpm FR 24ipm Temperatura 368 ºC Foram solicitados os seguintes exames hemograma glicemia em jejum sumário de urina volume urinário proteinúria níveis séricos de sódio potássio creatinina ureia cálcio e fósforo radiografia simples de tórax em PA e perfil e hemogasometria arterial O hemograma revelou eritropenia 36 milhõesmm³ e anemia Hb 95 gdL hematócrito 30 Glicemia 90 mgdL O sumário de urina revelou proteinúria e cilindrúria Sódio 130 mEqL potássio 60 mEqL cálcio 80 mgL fósforo 55 mgdL ureia 150 mgdL e creatinina 40 mgdL A radiografia de tórax evidenciou presença de infiltrado pulmonar intersticial em lobo inferior de ambos os pulmões A hemogasometria arterial apresentou os seguintes resultados pH 72 HCO3 20 mEqL pCO2 37 mmHg base excess BE 30 ânion gap AG 10 Sabendo disso o paciente foi hospitalizado com suspeita de Doença Renal Crônica DRC e estabeleceuse um plano terapêutico voltado para tratamento da HAS anemia acidose metabólica e alterações eletrolíticas 1 O que é a Doença Renal Crônica DRC 2 O sumário de urina revelou proteinúria e cilindrúria discorra sobre o que são essas duas alterações 3 Qual a importância da creatinina e ureia para a avaliação da função renal CASO CLÍNICO 2 Paciente de 65 anos do sexo masculino previamente diabético e hipertenso em uso de metformina enalapril e anlodipino Apresentava astenia e cefaleia há vários meses Ao exame clínico PA 11060 mmHg frequência cardíaca 90 bpm mucosas hidratadas eupneico Avaliação de aparelhos cardiovascular respiratório e abdominal sem alterações Exames laboratoriais Sódio 112 mEqL Potássio 36 Creatinina 09 mgdL Ureia 20 mgdL TSH e cortisol dentro da normalidade Conclusão do diagnóstico Hiponatremia euvolêmica 1 O que é hiponatremia euvolêmica 2 O paciente em questão não apresenta hipercalemia e nem hipocalemia discorra sobre essas duas condições e sua importância CASO CLÍNICO 3 FCO 30 anos masculino pardo engenheiro compareceu ao serviço de emergência com queixa de uma dor abdominal que começou depois de retornar para casa de uma festa em que consumiu pizza e nove cervejas A dor é constante localizada na parte superior do abdome e irradiase para as costas Cerca de 4 horas após o início da dor o paciente vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido no entanto a êmese não aliviou a dor Não possui antecedentes clínicos notáveis ele consome bebida alcoólica apenas nos finais de semana em quantidade moderada Exame físico bom estado geral hiperdinâmico acianótico anictérico febre moderada hidratado normocorado e taquipneico Sinais FC 110 bpm RF 28 ipm PA 11060 mmHg T 388C Exames laboratoriais Hemoglobina 17gdl Hematócrito 47 Glicose 210 mgdl Bilirrubina total 32 mgdl Aspartato aminotransferase AST 380 UL Alanina aminotransferase ALT 435 UL Amilase sérica 6800 UIL pH 738 PCO2 33mmHg PO2 68mmHG HCO3 21 mEqL O caso relatado é uma pancreatite aguda Sobre esse assunto responda 1 O que é pancreatite aguda e quais os fatores de risco para desenvolvêla 2 Como é feito o diagnóstico da pancreatite aguda Quais enzimas estão envolvidas nesse diagnóstico e quais suas funções no organismo CASO CLÍNICO 4 Mulher de 63 anos relatou que ficou amarelada icterícia fato observado inicialmente por seus familiares A procura pelo médico se deu devido ao mal estar que tem sentido há dois anos de forma suportável mas que acentuouse nos últimos dias Tem também muito cansaço aos menores esforços Recentemente enjoa ao sentir cheiro de comida fato que a tornou anoréxica e resultou em perda de peso Nunca fumou e bebe socialmente relativo a uma dose de destilado por dia Ocasionalmente faz o uso de paracdetamol para dores de cabeça Relatou história familiar de doenças de tireoide O exame clínico confirmou icterícia e xantomas em volta dos olhos Foram solicitadas as seguintes análises Sódio 142mmolL Potássio 42mmolL Ureia 56 mmolL Creatinina 84 mmolL Bilirrubina total 124mmolL Fosfatase alcalina 764 UIL Alanina aminotransferase 65 UIL Gama GT 788 UIL Os testes de função hepática mostraram um quadro obstrutivo com fosfatase alcalina elevada e enzimas hepáticas elevadas Os sintomas e os resultados laboratoriais são característicos de cirrose biliar 1 O que é icterícia Relacione o aumento da bilirrubina na paciente com a icterícia 2 O que é fosfatase alcalina e qual sua importância no diagnóstico acima 3 Discorra sobre as principais enzimas marcadoras de função hepática RESPONDER AS QUESTÕES DOS 4 CASOS CLINICOS NÃO PODE SER PLAGIO NEM SER RESPONDIDO POR AI CHATGBT EXERCICIOS DE ANÁLISES METABÓLICAS CASO CLÍNICO 1 Paciente do sexo masculino 65 anos caminhoneiro natural e procedente de Salvador procura o serviço de saúde queixandose de edema em membros inferiores há 6 meses acompanhados de fadiga e oligúria O paciente refere ainda perda ponderal involuntária de três quilos nos últimos 6 meses além de náuseas que surgiram há cerca de 1 mês O paciente revela ser hipertenso há 20 anos fazendo uso irregular de losartana 50mg Nega uso de outras medicações Refere histórico pessoal prévio de nefrolitíase há cinco anos pai diabético e hipertenso faleceu aos 55 anos em decorrência de Infarto agudo do miocárdio mãe ainda viva e com 90 anos tem histórico de nefrolitíase Refere ser tabagista 1 maçodia há quarenta anos Nega etilismo e uso de substâncias psicoativas Refere ingesta hídrica de 5 copos de água ao dia e não costuma praticar atividade física pois passa a maior parte da semana na estrada e sentese exausto nos seus dias de folga No exame físico geral o paciente apresentavase hidratado anictérico e acianótico Fácies atípica e atitude ativa no leito Mucosas hipocoradas e hidratadas Altura 178 metros Peso 72 kg IMC 227 kgm² Circunferência abdominal 78 cm PA 15095 mmHg FC 105bpm FR 24ipm Temperatura 368 ºC Foram solicitados os seguintes exames hemograma glicemia em jejum sumário de urina volume urinário proteinúria níveis séricos de sódio potássio creatinina ureia cálcio e fósforo radiografia simples de tórax em PA e perfil e hemogasometria arterial O hemograma revelou eritropenia 36 milhõesmm³ e anemia Hb 95 gdL hematócrito 30 Glicemia 90 mgdL O sumário de urina revelou proteinúria e cilindrúria Sódio 130 mEqL potássio 60 mEqL cálcio 80 mgL fósforo 55 mgdL ureia 150 mgdL e creatinina 40 mgdL A radiografia de tórax evidenciou presença de infiltrado pulmonar intersticial em lobo inferior de ambos os pulmões A hemogasometria arterial apresentou os seguintes resultados pH 72 HCO3 20 mEqL pCO2 37 mmHg base excess BE 30 ânion gap AG 10 Sabendo disso o paciente foi hospitalizado com suspeita de Doença Renal Crônica DRC e estabeleceuse um plano terapêutico voltado para tratamento da HAS anemia acidose metabólica e alterações eletrolíticas 1 O que é a Doença Renal Crônica DRC A Doença Renal Crônica DRC é uma condição progressiva onde os rins perdem gradualmente sua capacidade de funcionar ao longo do tempo Causada por diversos fatores como hipertensão e diabetes a DRC pode inicialmente não apresentar sintomas evidentes À medida que avança podem surgir fadiga edema alterações urinárias e anemia O diagnóstico é frequentemente baseado na Taxa de Filtração Glomerular TFG que mede a eficiência dos rins na filtragem do sangue O tratamento visa controlar a pressão arterial gerenciar condições subjacentes aliviar sintomas e em estágios avançados pode incluir terapias de substituição renal como diálise ou transplante O acompanhamento médico regular é crucial para monitorar a progressão da doença Estratégias de estilo de vida saudável controle da pressão arterial e glicose e a gestão de outros fatores de risco são fundamentais no cuidado a longo prazo Em resumo a DRC exige uma abordagem abrangente que aborde suas causas controle sintomas e promova a saúde renal 2 O sumário de urina revelou proteinúria e cilindrúria discorra sobre o que são essas duas alterações No sumário de urina do paciente foram identificadas duas alterações relevantes proteinúria e cilindrúria A proteinúria caracterizada pela presença anormal de proteínas na urina sugere uma possível disfunção nos glomérulos renais estruturas responsáveis pela filtração do sangue nos rins Essa condição é comum em diversas doenças renais incluindo a doença renal crônica glomerulonefrite diabetes mellitus e hipertensão arterial A detecção precoce da proteinúria é crucial pois pode indicar problemas renais antes mesmo de outros sintomas se manifestarem A cilindrúria por sua vez referese à presença de cilindros no sedimento urinário Esses cilindros são formados nos túbulos renais a partir de diversos materiais como proteínas e debris celulares A presença de cilindrúria pode indicar danos nos túbulos renais e está associada a condições como glomerulonefrite necrose tubular aguda e outras doenças renais A análise dos tipos específicos de cilindros pode oferecer insights adicionais sobre a natureza e a gravidade do comprometimento renal Essas alterações no sumário de urina são cruciais para a avaliação da função renal do paciente fornecendo informações importantes sobre as possíveis causas da insuficiência renal crônica apresentada no caso clínico A identificação dessas alterações é fundamental para orientar o plano terapêutico e monitorar a progressão da doença renal 3 Qual a importância da creatinina e ureia para a avaliação da função renal A creatinina e a ureia são parâmetros essenciais na avaliação da função renal devido às suas características específicas A creatinina produto do metabolismo muscular constante é filtrada pelos rins e seus níveis sanguíneos refletem a taxa de filtração glomerular A elevação da creatinina sérica indica possível disfunção renal sendo um marcador crucial na detecção e monitoramento da insuficiência renal Quanto à ureia resultante do metabolismo proteico hepático sua excreção pelos rins também a torna um indicador da eficiência da filtração glomerular No entanto ao contrário da creatinina a reabsorção tubular pode influenciar os níveis de ureia Portanto a análise conjunta desses dois marcadores oferece uma visão abrangente da função renal Ambos desempenham papéis fundamentais na identificação precoce de distúrbios renais sendo essenciais no monitoramento da progressão da doença renal crônica O caso clínico ilustra como esses marcadores são cruciais na formulação de um plano terapêutico para abordar as alterações na função renal do paciente contribuindo para uma gestão eficaz da condição CASO CLÍNICO 2 Paciente de 65 anos do sexo masculino previamente diabético e hipertenso em uso de metformina enalapril e anlodipino Apresentava astenia e cefaleia há vários meses Ao exame clínico PA 11060 mmHg frequência cardíaca 90 bpm mucosas hidratadas eupneico Avaliação de aparelhos cardiovascular respiratório e abdominal sem alterações Exames laboratoriais Sódio 112 mEqL Potássio 36 Creatinina 09 mgdL Ureia 20 mgdL TSH e cortisol dentro da normalidade Conclusão do diagnóstico Hiponatremia euvolêmica 1 O que é hiponatremia euvolêmica A hiponatremia euvolêmica é uma condição caracterizada por níveis baixos de sódio no sangue mas com uma quantidade normal de água no corpo No caso específico mencionado um homem de 65 anos diabético e hipertenso apresentava astenia e cefaleia há vários meses Os exames laboratoriais revelaram sódio sérico extremamente baixo 112 mEqL enquanto outros eletrólitos potássio creatinina ureia TSH e cortisol estavam dentro da normalidade O paciente estava em uso de metformina enalapril e anlodipino A hiponatremia euvolêmica pode ter várias causas sendo a síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético SIADH uma possível explicação Nessa síndrome ocorre uma liberação excessiva de vasopressina resultando na retenção de água e diluição do sódio no organismo Outras causas possíveis incluem hipotireoidismo insuficiência adrenal distúrbios pulmonares e tumores O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir restrição hídrica medicamentos como demeclociclina ou antagonistas do receptor de vasopressina além de tratar a condição primária responsável pela hiponatremia 2 O paciente em questão não apresenta hipercalemia e nem hipocalemia discorra sobre essas duas condições e sua importância A hipercalemia caracterizada por níveis elevados de potássio no sangue pode surgir de condições como insuficiência renal ou uso de certos medicamentos Essa condição pode levar a sintomas como fraqueza muscular e arritmias cardíacas sendo potencialmente fatal O tratamento visa corrigir a causa subjacente podendo envolver restrição de potássio e o uso de diuréticos Por outro lado a hipocalemia marcada por baixos níveis de potássio pode resultar de perdas excessivas de potássio devido a vômitos diarreia ou uso de diuréticos Se não tratada pode causar fraqueza cãibras e até paralisia O tratamento inclui a correção da causa subjacente e a reposição de potássio seja por via oral ou intravenosa No caso do paciente em questão é relevante notar que os níveis de potássio estavam dentro da faixa normal destacando a ausência de hipercalemia ou hipocalemia Isso direciona a atenção para o diagnóstico principal de hiponatremia euvolêmica A normalidade dos níveis de potássio sugere que a condição eletrolítica predominante está relacionada à diluição do sódio no sangue exigindo uma investigação mais aprofundada para identificar a causa subjacente como a síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético SIADH O paciente deve ser encaminhado a um especialista para uma abordagem diagnóstica e terapêutica específica para a hiponatremia CASO CLÍNICO 3 FCO 30 anos masculino pardo engenheiro compareceu ao serviço de emergência com queixa de uma dor abdominal que começou depois de retornar para casa de uma festa em que consumiu pizza e nove cervejas A dor é constante localizada na parte superior do abdome e irradiase para as costas Cerca de 4 horas após o início da dor o paciente vomitou uma grande quantidade de alimento não digerido no entanto a êmese não aliviou a dor Não possui antecedentes clínicos notáveis ele consome bebida alcoólica apenas nos finais de semana em quantidade moderada Exame físico bom estado geral hiperdinâmico acianótico anictérico febre moderada hidratado normocorado e taquipneico Sinais FC 110 bpm RF 28 ipm PA 11060 mmHg T 388C Exames laboratoriais Hemoglobina 17gdl Hematócrito 47 Glicose 210 mgdl Bilirrubina total 32 mgdl Aspartato aminotransferase AST 380 UL Alanina aminotransferase ALT 435 UL Amilase sérica 6800 UIL pH 738 PCO2 33mmHg PO2 68mmHG HCO3 21 mEqL O caso relatado é uma pancreatite aguda Sobre esse assunto responda 1 O que é pancreatite aguda e quais os fatores de risco para desenvolvêla A pancreatite aguda é uma condição caracterizada pela inflamação súbita e autolimitada do pâncreas órgão vital localizado atrás do estômago Essa inflamação ocorre quando as enzimas pancreáticas normalmente ativadas no intestino delgado são ativadas dentro do próprio pâncreas levando à autodigestão e inflamação Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento da pancreatite aguda O consumo excessivo de álcool é uma causa significativa tanto em casos crônicos quanto agudos Cálculos biliares que podem bloquear o fluxo de enzimas pancreáticas também representam um fator de risco importante Trauma abdominal tabagismo infecções virais como caxumba histórico familiar de pancreatite hipertrigliceridemia cirurgia abdominal certos medicamentos e condições metabólicas como hiperparatireoidismo e fibrose cística são outros fatores que aumentam a suscetibilidade Os sintomas da pancreatite aguda incluem dor abdominal intensa geralmente na parte superior que pode irradiar para as costas náuseas vômitos e febre O diagnóstico é confirmado por exames laboratoriais que mostram elevações nas enzimas pancreáticas como amilase e lipase e por imagens como tomografia computadorizada O tratamento envolve geralmente cuidados de suporte controle da dor e em casos mais graves intervenções específicas Em alguns casos a hospitalização é necessária para monitoramento próximo e tratamento adequado O prognóstico varia de acordo com a gravidade da pancreatite indo desde casos leves e autolimitados até formas mais graves que podem resultar em complicações potencialmente fatais O manejo eficaz muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar 2 Como é feito o diagnóstico da pancreatite aguda Quais enzimas estão envolvidas nesse diagnóstico e quais suas funções no organismo O diagnóstico da pancreatite aguda é estabelecido por meio de uma abordagem integrada que inclui história clínica exame físico exames laboratoriais e frequentemente exames de imagem Entre os principais marcadores laboratoriais a amilase e a lipase enzimas pancreáticas apresentam elevações significativas durante a inflamação do pâncreas A lipase em particular é considerada mais específica para a pancreatite mantendose elevada por um período mais prolongado que a amilase Além das enzimas pancreáticas exames laboratoriais adicionais como glicose AST e ALT são avaliados Elevações nos níveis de glicose podem indicar comprometimento na regulação do açúcar no sangue As enzimas hepáticas AST e ALT podem estar elevadas devido ao comprometimento hepático secundário à pancreatite A bilirrubina total também é analisada para avaliar a possível obstrução dos ductos biliares Os exames de imagem como a tomografia computadorizada TC abdominal e a ultrassonografia desempenham um papel crucial no diagnóstico permitindo avaliação da extensão da inflamação pancreática identificação de complicações como necrose e exclusão de outras causas de dor abdominal CASO CLÍNICO 4 Mulher de 63 anos relatou que ficou amarelada icterícia fato observado inicialmente por seus familiares A procura pelo médico se deu devido ao mal estar que tem sentido há dois anos de forma suportável mas que acentuouse nos últimos dias Tem também muito cansaço aos menores esforços Recentemente enjoa ao sentir cheiro de comida fato que a tornou anoréxica e resultou em perda de peso Nunca fumou e bebe socialmente relativo a uma dose de destilado por dia Ocasionalmente faz o uso de paracdetamol para dores de cabeça Relatou história familiar de doenças de tireoide O exame clínico confirmou icterícia e xantomas em volta dos olhos Foram solicitadas as seguintes análises Sódio 142mmolL Potássio 42mmolL Ureia 56 mmolL Creatinina 84 mmolL Bilirrubina total 124mmolL Fosfatase alcalina 764 UIL Alanina aminotransferase 65 UIL Gama GT 788 UIL Os testes de função hepática mostraram um quadro obstrutivo com fosfatase alcalina elevada e enzimas hepáticas elevadas Os sintomas e os resultados laboratoriais são característicos de cirrose biliar 1 O que é icterícia Relacione o aumento da bilirrubina na paciente com a icterícia A icterícia é uma condição caracterizada pela coloração amarelada da pele mucosas como os olhos e outros tecidos corporais devido ao acúmulo de bilirrubina no organismo A bilirrubina é um pigmento amarelo formado durante a quebra do heme uma molécula presente na hemoglobina componente dos glóbulos vermelhos Normalmente a bilirrubina é produzida no organismo como resultado da degradação natural dos glóbulos vermelhos antigos Ela é processada no fígado e posteriormente excretada na bile para ser eliminada nas fezes No entanto quando há um aumento na produção de bilirrubina uma diminuição na capacidade do fígado de processála ou uma obstrução nos ductos biliares a bilirrubina se acumula nos tecidos resultando na icterícia No caso da paciente em questão o aumento significativo na bilirrubina total 124mmolL conforme mencionado nos resultados laboratoriais indica um distúrbio na excreção da bilirrubina pelo fígado A bilirrubina não processada se acumula nos tecidos causando a coloração amarelada característica da icterícia Esse acúmulo pode resultar de vários fatores incluindo obstrução dos ductos biliares disfunção hepática ou aumento na degradação dos glóbulos vermelhos A análise clínica e os outros resultados laboratoriais fornecem pistas para o diagnóstico específico como a cirrose biliar mencionada anteriormente 2 O que é fosfatase alcalina e qual sua importância no diagnóstico acima A icterícia caracterizada pela coloração amarelada da pele e mucosas ocorre devido ao acúmulo de bilirrubina no organismo A bilirrubina é um pigmento resultante da quebra da hemoglobina nos glóbulos vermelhos antigos No caso da paciente de 63 anos o aumento acentuado da bilirrubina total 124mmolL sugere disfunção hepática A fosfatase alcalina FA uma enzima presente principalmente no fígado e liberada nos canalículos biliares mostrouse elevada 764 UIL Essa elevação indica obstrução dos ductos biliares um achado consistente com a cirrose biliar A obstrução impede a excreção normal da FA levando ao seu acúmulo no sangue Os sintomas apresentados pela paciente como malestar cansaço anorexia e xantomas ao redor dos olhos corroboram os achados laboratoriais A cirrose biliar é uma condição hepática crônica caracterizada pela inflamação dos ductos biliares levando à fibrose e cicatrização do tecido hepático O diagnóstico é suportado por testes de função hepática evidenciando um quadro obstrutivo com aumento da fosfatase alcalina e enzimas hepáticas A avaliação clínica e laboratorial é crucial para confirmar o diagnóstico e determinar a abordagem terapêutica adequada que pode incluir o manejo dos sintomas controle de complicações e em alguns casos transplante hepático A paciente deve ser encaminhada a um hepatologista para uma avaliação mais aprofundada e um plano de tratamento específico 3 Discorra sobre as principais enzimas marcadoras de função hepática As enzimas marcadoras de função hepática desempenham um papel crucial na avaliação da integridade e funcionamento do fígado Entre essas enzimas a Alanina Aminotransferase ALT e a Aspartato Aminotransferase AST são particularmente relevantes A ALT encontrada principalmente nas células hepáticas é considerada mais específica para o fígado Elevações nos níveis de ALT sugerem lesão hepática podendo ser causada por várias condições como hepatite ou cirrose Por outro lado a AST embora também presente no fígado está distribuída em outros órgãos como coração músculos e rins Elevações da AST podem indicar danos não apenas ao fígado mas também a outros tecidos A relação entre os níveis de ALT e AST conhecida como a relação ASTALT é frequentemente avaliada para determinar a origem da lesão hepática A Fosfatase Alcalina FA é outra enzima relevante sendo encontrada em órgãos como fígado ossos rins e intestinos A elevação da FA está associada a distúrbios biliares como obstruções nos ductos biliares intrahepáticos ou extrahepáticos A Gama Glutamiltransferase GGT também está envolvida no metabolismo dos aminoácidos e é sensível a danos hepáticos especialmente aqueles relacionados ao consumo de álcool além de ser indicativa de obstruções biliares Além dessas enzimas a bilirrubina é um marcador importante pois sua elevação pode indicar problemas na produção ou excreção de bile No contexto do caso clínico mencionado a bilirrubina total elevada sugere disfunção hepática contribuindo para o diagnóstico de cirrose biliar