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Instalações Hidráulicas e Prediais

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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Instalações Hidráulicas Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto Cecin Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto Cecin GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro A água potável é sem dúvida um recurso essencial para garantir a manutenção da vida higiene segurança e conforto dos seres humanos Desde os primórdios já era possível identif car tal preocupação porque os locais escolhidos para desenvolvimen to das civilizações da época remontavam o cenário das construções eou habitações próximas aos cursos dágua isto é a ideia de local próprio para moradia priorizava o aproveitamento dessas regiões Tal fato é demonstrado por Leonardo da Vinci 1452 1519 em sua obra conhecida como Cidade Ideal Nesse projeto a cidade seria circun dada por canais para abastecimento de água e rede de esgotos Neste contexto por meio da disciplina de Instalações Hidráulicas o aluno será capaz de ler interpretar e projetar os sistemas prediais de água fria água quente e esgoto CapaSERECINSTAHIindd 13 290920 1653 Ser Educacional 2020 Rua Treze de Maio nº 254 Santo Amaro RecifePE CEP 50100160 Todos os gráficos tabelas e esquemas são creditados à autoria salvo quando indicada a referência Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei nº 961098 e punido pelo artigo 184 do Código Penal Imagens de íconescapa Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretorpresidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso Jorge Alberto Cecin DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade Edição de Texto Design Instrucional Edição de Arte Diagramação Design Gráfico e Revisão SERECINSTAHIUNID1indd 2 290920 1612 Boxes ASSISTA Indicação de filmes vídeos ou similares que trazem informações comple mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato demonstrase a situação histórica do assunto CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado DICA Um detalhe específico da informação um breve conselho um alerta uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto EXPLICANDO Explicação elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada SERECINSTAHIUNID1indd 3 290920 1612 Unidade 1 Sistemas prediais água fria e água quente Objetivos da unidade 13 Água fria sistemas de distribuição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição14 Introdução ao tema 14 Sistemas de distribuição 15 Reservatórios 18 Barriletes colunas e ramais de distribuição 21 Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento 22 Vazões de projeto 22 Pressões e velocidades 23 Dimensionamento 24 Água quente sistemas de aquecimento aquecedores distribuição e dimensionamento 31 Sistemas de aquecimento 32 Aquecedores 32 Distribuição 34 Dimensionamento 35 Sintetizando 38 Referências bibliográficas 39 Sumário SERECINSTAHIUNID1indd 4 290920 1612 Sumário Unidade 2 Esgoto e ventilação sanitária componentes Objetivos da unidade 41 Introdução 42 Rapidez e segurança no escoamento do esgoto 44 Sistema de coleta do esgoto 45 Esquema geral das instalações 47 Aparelhos sanitários54 Tubulação e conexões 57 Considerações finais 60 Sintetizando 62 Referências bibliográficas 63 SERECINSTAHIUNID1indd 5 290920 1612 Sumário Unidade 3 Instalações de esgoto sanitário internas de gás e águas pluviais Objetivos da unidade 65 Projeto de instalações de esgoto sanitário 66 Dimensionamento do sistema de esgoto 67 Dispositivos complementares 72 Subsistema de ventilação 74 Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento 78 Sistema de captação transporte e descarte ou reservação das águas pluviais 81 Instalação interna de gás características gás natural e gás liquefeito de petróleo 86 Sintetizando 89 Referências bibliográficas 90 SERECINSTAHIUNID1indd 6 290920 1612 Sumário Unidade 4 Prevenção e combate a incêndios Objetivos da unidade 92 Introdução 93 Combustão 94 Classes de fogo 94 Classificação das edificações 95 Proteção passiva 97 Proteção ativa 99 Materiais de extinção 99 Extintores de incêndio 101 Sistemas de alarme e detecção de incêndio 102 Rede de chuveiros automáticos sprinklers 103 Sistema sob comando de hidrantes 104 Dimensionamento108 Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante 110 Posicionamento do abrigo 111 Dimensionamento da tubulação 111 Bombas de incêndio 112 Dimensionamento da reserva de incêndio 113 Projeto e regulamentação 114 Sintetizando 116 Referências bibliográficas 117 SERECINSTAHIUNID1indd 7 290920 1612 SERECINSTAHIUNID1indd 8 290920 1612 A água potável é sem dúvida um recurso essencial para garantir a manu tenção da vida higiene segurança e conforto dos seres humanos Desde os primórdios já era possível identifi car tal preocupação porque os locais esco lhidos para desenvolvimento das civilizações da época remontavam o cenário das construções eou habitações próximas aos cursos dágua isto é a ideia de local próprio para moradia priorizava o aproveitamento dessas regiões Tal fato é demonstrado por Leonardo da Vinci 14521519 em sua obra conhecida como Cidade Ideal Nesse projeto a cidade seria circundada por canais para abastecimento de água e rede de esgotos Neste contexto por meio da discipli na de Instalações Hidráulicas o aluno será capaz de ler interpretar e projetar os sistemas prediais de água fria água quente e esgoto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 9 Apresentação SERECINSTAHIUNID1indd 9 290920 1612 Ao meu amado e inesquecível fi lho João A professora Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso é Consultora Técni ca Projetista em Instalações Hidráuli cas Perita e Auditora em obras de Sa neamento Básico possuí mestrado em Engenharia Civil pela Universidade São Judas Tadeu 2018 É especialista em En genharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Cruzeiro do Sul 2018 Graduada em Engeharia Civil pela Uni versidade São Judas Tadeu 2015 Currículo Lattes httplattescnpqbr4884534222606099 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 10 A autora SERECINSTAHIUNID1indd 10 290920 1613 Este trabalho é dedicado a todos que buscam superar o fl agelo que representa a falta do saneamento básico O professor Jorge Alberto Cecin é mes tre 2012 em Habitação Planejamento e Tecnologia pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e graduado 1984 em Engenheiria Civil pela Escola Politécnica da Universida de de São Paulo Por mais de 35 anos atua em empresas construtoras e de engenharia privadas e públicas e como docente por mais de 10 anos em escolas técnicas universidades e faculdades de engenharia ministrando aulas de Insta lações Hidráulicas Currículo Lattes httplattescnpqbr0193301856537986 O autor INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 11 SERECINSTAHIUNID1indd 11 290920 1614 SISTEMAS PREDIAIS ÁGUA FRIA E ÁGUA QUENTE 1 UNIDADE SERECINSTAHIUNID1indd 12 290920 1617 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Desenvolver os conceitos básicos de instalações hidráulicas Capacitar e habilitar o aluno para ler interpretar e projetar os sistemas de água fria e água quente predial Fornecer as principais diretrizes técnicas normativas para que o projeto atenda o melhor custobenefício Água fria sistemas de distri buição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição Introdução ao tema Sistemas de distribuição Reservatórios Barriletes colunas e ramais de distribuição Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento Vazões de projeto Pressões e velocidades Dimensionamento Água quente sistemas de aquecimento aquecedores dis tribuição e dimensionamento Sistemas de aquecimento Aquecedores Distribuição Dimensionamento INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 13 SERECINSTAHIUNID1indd 13 290920 1617 Introdução ao tema De acordo com a norma NBR 5626 ABNT1998 intitulada Instalação pre dial de água fria denominase por água fria a água em temperatura ambiente O sistema de instalação hidráulica predial é concebido com o propósito de garantir que a água seja transportada de uma fonte de abastecimento até os pontos de utilização em condições de qualidade e quantidades sufi cientes Além disso de acordo com a referida norma devese reduzir ao máximo os ní veis de ruídos nas tubulações de maneira que atenda ao conforto do usuário Para dimensionamento manutenção e execução do projeto de instalações hidráulicas devem ser respeitadas e atendidas as exigências técnicas e reco mendações da Associação Brasileiras de Normas Técnicas ABNT com o in tuito de obter o melhor desempenho da instalação e potabilidade da água Elementos do projeto Todo projeto de instalações hidráulicas deve apre sentar alguns itens imprescindíveis para sua correta e efetiva execução tais como Água fria sistemas de distribuição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição As instalações hidráulicas são sem dúvida de suma importância em uma edifi cação visto que são indispensáveis para que sejam atendidas as condições mínimas de habitabilidade higiene e conforto Infelizmente no cenário atual ainda é possível encontrar diversas regiões sem o abastecimento de água potável adequado de forma defi ciente insufi cien te ou inexistente No tocante ao abastecimento de forma defi ciente eou insu fi ciente uma das principais possíveis causas é a imprevisibilidade em projeto subdimensionamento Neste sentido a disciplina de Instalações Hidráulicas busca fornecer os co nhecimentos básicos para que sejam atendidas as exigências técnicas mínimas quanto a higiene segurança economia e conforto das instalações hidráulicas de modo a permitir o seu dimensionamento da maneira mais efi caz e econômica INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 14 SERECINSTAHIUNID1indd 14 290920 1617 a Memorial descritivo deve conter as informações detalhadas com as especifi cações quanto aos materiais equipamentos e métodos a serem empre gados na fase de execução bem como as respectivas normas aplicáveis b Memorial de cálculo esse documento deve apresentar de maneira deta lhada todas as informações consideradas durante a fase desenvolvimento do dimensionamento dos sistemas por exemplo estimativa da população forma de abastecimento capacidade do sistema entre outras pertinentes ao projeto c Projeto deve conter todos os esquemas desenhos isométricos plantas e cortes eou elevações detalhadas com objetivo de permitir sua total compreen são Nos esquemas isométricos e plantas recomendase o emprego da escala 150 e no caso de esquema de liga ções do reservatório inferior e superior e cortes eou elevações recomendase a utilização da escala 125 d Opcionais a entrega da relação de lista de materiais e equipamentos e o orçamento pode ser acordado entre as partes contratada engenheiro e a parte contratante cliente sendo esses itens de caráter opcional Sistemas de distribuição Geralmente a rede de distribuição predial é alimentada por um distribui dor público concessionaria por exemplo SABESP Entretanto é possível que essa fonte possa ser particular poço nascente etc contanto que seja assegu rada a qualidade da água potabilidade por meio de testes laboratoriais Além disso é possível ter o sistema de distribuição misto ou seja por meio de rede particular e rede pública CREDER 2006 Para realização da escolha do tipo de sistema de abastecimento mais ade quado alguns pontos devem ser observados com atenção tais como a Vazão do sistema de abastecimento Qsa b Vazão de pico do sistema de distribuição Qpsd c Pressão do sistema de abastecimento Psa d Pressão do ponto de consumo Ppc e Número de pavimentos da edifi cação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 15 SERECINSTAHIUNID1indd 15 290920 1617 DICA No caso de abastecimento alimentado por um distribuidor público é aconselhável fazer uma consulta prévia junto à concessionária local responsável pela distribuição de água para verificar a disponibilidade de água descontinuidade no abastecimento possíveis limitações de vazão variações de pressão qualidade da água entre outros fatores que possam interferir na eficácia do projeto com a finalidade de evitar o subdimensionamento do sistema Estas são as principais variáveis a serem analisadas de modo a permitir que o sistema escolhido seja a alternativa mais viável ou seja aquele que irá garantir o melhor custobenefício sem que isso acarrete prejuízos ou mal fun cionamento do sistema Dessa maneira garantese que a concepção seja feita de modo eficiente e suficiente Sistema de distribuição direto A alimentação do sistema é realizada pela rede de distribuição pública ou particular sem passar por um reservatório caixa dágua Nesse caso a ali mentação dos pontos de utilização de água aparelhos torneiras etc é feita de forma direta pela rede de distribuição Além disso considerase que há uma capacidade de abastecimento contínuo e com pressão adequada A Figura 1 ilustra o sistema de distribuição direto REDE PÚBLICA VR Figura 1 Sistema de distribuição direto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 16 SERECINSTAHIUNID1indd 16 290920 1617 Sistema de distribuição indireto Neste tipo de sistema os pontos de utilização recebem a água de um reser vatório ou mais de um reservatório Sendo assim o sistema de distribuição indireto pode ser de dois tipos a Sem bombeamento utilizado em casos no qual a pressão na rede de dis tribuição é suficiente para alimentar o reservatório superior A distribuição da água até os pontos de utilização é feita por gravidade b Com bombeamento é aplicado quando a pressão na rede de distribui ção não é o suficiente para alimentar o reservatório superior de modo dire to nessa situação se faz necessário o uso de reservatório inferior e a partir deste é feita a alimentação do reser vatório superior através do sistema de recalque A alimentação dos pontos de utilização é feita por gravidade a partir do reservatório superior Sistema de distribuição misto Os pontos de utilização recebem água de ambas as formas direto e indireto Sistema de distribuição hidropneumático Este tipo de sistema é pouco usual empregado em casos especiais quan do não é possível alcançar a pressão necessária em um determinado ponto de utilização de água ou ainda por razões técnicas ou econômicas em que não é possível construir um reservatório superior O sistema em questão consiste na pressurização da água por meio de equi pamento elétrico Desse modo recomendase a previsão de instalação de um gerador assim caso falte energia elétrica na edificação o abastecimento de água permanecerá assegurado Também é necessária a realização de manu tenções periódicas para garantir o bom funcionamento do sistema No Quadro 1 serão apresentadas as principais vantagens e desvantagens dos sistemas de distribuição direto e indireto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 17 SERECINSTAHIUNID1indd 17 290920 1617 Tipo de Sistema de Distribuição Vantagens Desvantagens Direto A qualidade da água é melhor devido a presença de cloro Maior pressão disponível na rede pública pressão mínima 10 mca Reduz o custo dispendido com a instalação dispensa o uso de bombas registros boia caixa dágua etc Descontinuidade no abastecimento possibilidade da falta de água na rede pública Elevadas variações de pressão ao longo do dia picos de maior ou menor consumo Grandes pressões em construções localizados em cotas mais baixas pontos baixos da cidade Vazão limitada ocasionada pelo pequeno diâmetro das tubulações o que impossibilita a inclusão de válvulas de descarga Possibilidade de golpe de aríete Necessidade de maior capacidade do sistema de reserva público Indireto Fornecimento contínuo de água caso falte água no sistema público este é assegurado pelo reservatório Baixa variação de pressão no decorrer do dia É possível incluir válvula de descarga Golpe de aríete é insignifi cante Possibilidade de contaminação da água lodo eou detritos no interior do reservatório Na impossibilidade de elevação do reservatório pode ocorrer redução na pressão Elevação no custo de instalação do sistema necessidade de boia reservatório etc QUADRO 1 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO VANTAGENS E DESVANTAGENS ASSISTA Você sabe o que é golpe de aríete Para descobrir assista ao vídeo O que é golpe de ariéte Reservatórios Os reservatórios são comumente aplicados para suprir as necessidades de água em especial para compensar as irregularidades no fornecimento de água decorrentes das falhas ou insufi ciências falta de água na rede de abastecimento público com a fi nalidade de garantir o abastecimento de água de maneira contínua mesmo quando há interrupção no fornecimento de água INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 18 SERECINSTAHIUNID1indd 18 290920 1617 Segundo a NBR 5626 ABNT1998 o volume mínimo reservado deve ser o suficiente para garantir o abastecimento de água pelo período mínimo de 24 horas Nesse caso considerase o consumo de água normal Atenção pois essa reserva de água não comtempla a reserva de água para combate a incêndio O volume de água a ser atribuído para combate a incêndio deve estar de acordo com a legislação do corpo de bombeiros local geralmente esse volume é cerca de 15 a 20 do volume total Definida a capacidade requerida para reservar a água caso haja reservató rio superior e inferior é habitual a distribuição do volume de água em 60 do volume total para o reservatório inferior e 40 para o superior Cálculo da reservação estimativa da população É usual a adoção da estimativa populacional por ambiente sendo de duas pessoas por quarto social e de uma pessoa por quarto de serviço Na ausência de informações podemos adotar a estimativa de população de acordo com o tipo de edificação prédios públicos ou comerciais conforme apresentado na Tabela 1 Local Taxa de Ocupação Bancos Uma pessoa por 500 m² de área Escritórios Uma pessoa por 600 m² de área Pavimentos térreos Uma pessoa por 250 m² de área Lojaspavimentos superiores Uma pessoa por 500 m² de área Museus e bibliotecas Uma pessoa por 550 m² de área Salas de hotéis Uma pessoa por 550 m² de área Restaurantes Uma pessoa por 140 m² de área Salas de operação hospital Oito pessoas Teatros cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 070 m² de área TABELA 1 TAXA DE OCUPAÇÃO POR TIPO DE EDIFICAÇÃO Fonte CREDER 2006 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 19 SERECINSTAHIUNID1indd 19 290920 1617 Também podemos calcular o consumo diário a partir da população estima da e do tipo de edificação de acordo com a Tabela 2 Prédio Consumo litros Alojamento provisório 80 per capita Casas populares ou rurais 120 per capita Residências 150 per capita Apartamentos 200 per capita Hotéis scozinha e slavanderia 120 por hóspede Hospitais 250 por leito Escolas internatos 150 per capita Escolas externatos 50 per capita Quartéis 150 per capita Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita Escritórios 50 per capita Cinemas e teatros 2 por lugar Templos 2 por lugar Restaurantes e similares 25 por refeição Garagens 50 por automóvel Lavanderias 30 por Kg de roupa seca Mercados 5 por m² de área Matadouros animais de grande porte 300 por cabeça abatida Matadouros animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida Fábricas em geral uso pessoal 70 por operário Postos de serviço pautomóvel 150 por veículo Cavalariças 100 por cavalo Jardins 15 por m² TABELA 2 CONSUMO DE ÁGUA POR TIPO DE EDIFICAÇÃO Fonte CREDER 2006 Adaptado O consumo diário Cd pode ser calculado pela fórmula Cd P q Onde P população estimada q consumo por pessoa litrosdia INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 20 SERECINSTAHIUNID1indd 20 290920 1617 Cd consumo diário litrosdia Capacidade dos reservatórios Para garantir o abastecimento de água mesmo quando ocorrer a interrup ção do fornecimento aconselhase que para cálculo da capacidade dos reser vatórios considerese o período de dois dias de consumo deste modo CR 2 Cd Onde Cd consumo diário litrosdia CR capacidade total do reservatório litros Barriletes colunas e ramais de distribuição Podemos dividir um sistema predial completo de água fria em três subsistemas a Subsistema de alimentação ramal predial cavaletehidrômetro e alimen tador predial b Subsistema de reservação reservatório inferior estação elevatória e reser vatório superior c Subsistema de distribuição interna barrilete coluna ramal e subramal A Figura 2 apresenta a representação de um sistema predial completo de água fria Barrilete Reservatório superior RS Registro de gaveta Tubulação de recalque Válvula de retenção Estação elevatória Alimentador predial Rede pública Ramal predial Cavalete hidrômetro Resevatório inferior RI Sub ramal Ramal Coluna de distribuição Figura 2 Sistema predial de água fria INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 21 SERECINSTAHIUNID1indd 21 290920 1617 Vazões de projeto A vazão de projeto é a vazão que deve ser atendida nos pontos de utilização Além disso vale ressaltar que essa vazão deve ser igual ou maior a estabelecida na Tabela 4 Os valores apresentados na quarta coluna da Tabela 3 são referentes aos pesos relativos e serão utilizados mais adiante Na Tabela 4 é apresentada a relação de diâmetros pelo ábaco de perdas de carga Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento A seguir serão apresentadas as principais defi nições exigências mínimas e tabelas que devem ser aplicadas para fi ns de dimensionamento do sistema de água fria conforme preconizadas pelas normas técnicas regulamentadoras Vazão nos pontos de utilização em função do aparelho sanitário e da peça de utilização Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto litross Peso relativo Bacia sanitária Caixa de descarga 015 03 Válvula de descarga 170 32 Banheira Misturador água fria 030 1 Bebedouro Registro de pressão 010 01 Bidê Misturador água fria 010 01 Chuveiro ou ducha Misturador água fria 020 04 Chuveiro elétrico Registro de pressão 010 01 Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 030 1 Lavatório Torneira ou misturador água fria 015 03 Mictório cerâmico Com sifão integrado Válvula de descarga 050 28 Sem sifão Integrado Caixa de descarga registro de pressão ou válvula de descarga para mictório 015 03 TABELA 3 VAZÕES DE PROJETO E PESOS RELATIVOS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 22 SERECINSTAHIUNID1indd 22 290920 1617 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 015 por metro de calha 03 Pia Torneira ou misturador água fria 025 07 Torneira elétrica 010 01 Tanque Torneira 025 07 Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 020 04 Fonte ABNT 1998 Adaptado Fonte JUNIOR 2013 Adaptado Ábaco simplifi cado somatórios de 0 a 100 Soma dos pesos 0 11 35 18 44 100 ø Soldável mm 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm ø Roscável pol 12 34 1 114 112 TABELA 4 ÁBACO DIÂMETROS Pressões e velocidades Segundo a NBR 5626 ABNT 1998 para verifi cação da pressão disponível devese realizar o cálculo trecho a trecho Desse modo para encontrar a pres são disponível residual no ponto de utilização devemos subtrair da pressão inicial os valores referentes a perda de carga determinados para os tubos conexões registros e outras singularidades O processo adotado consiste em tentativas assim o diâmetro escolhido deve respeitar a velocidade máxima de 3ms Quando a pressão residual for negativa ou inferior à pressão necessária para o ponto de utili zação bem como em casos nos quais o diâmetro calculado for impraticável devese aumentar os diâmetros dos trechos anteriores e recalcular o diâmetro do trecho atual INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 23 SERECINSTAHIUNID1indd 23 290920 1617 Para garantir o atendimento da vazão de projeto nos pontos de utilização conforme apresentado anteriormen te na Tabela 4 devese estabelecer a pressão de água em condições di nâmicas com escoamento Segundo a NBR 5626 ABNT1998 a pressão nunca deve ser inferior a 10 kPa ex ceto no ponto de descarga no qual a pressão pode ser inferior a tal valor com um valor mínimo de 5 kPa Já no caso da válvula de descarga até a ba cia sanitária a pressão não pode ser inferior a 15 kPa No tocante a velocidade a referida norma estabelece que para o dimen sionamento das tubulações devese respeitar a velocidade limite de 3 ms em todos os trechos das tubulações Recomendase a adoção de velocidades entre 06 ms e 1ms Dimensionamento A seguir serão apresentadas as principais fórmulas métodos e critérios adotados para dimensionamento do sistema de água fria Cálculo do diâmetro Partindo da equação da continuidade podemos determinar a área neces sária da seção circular da tubulação e a partir deste dado calcular o diâmetro da tubulação 1º passo calcular a vazão a partir dos dados de consumo diária Cd 1 dia Cd 24 x 60 x60 Qalim Onde Qalim vazão em m³s Cd consumo diário em m³ 1 dia 86400 segundos 24 horas com 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 24 SERECINSTAHIUNID1indd 24 290920 1618 2º passo calcular o diâmetro da tubulação utilizando a fórmula abaixo Dalim 4 x Qalim π v Onde Dalim diâmetro da tubulação em m v velocidade da água em ms Dimensionamento do conjunto elevatório Vazão de recalque Segundo a NBR 5626 ABNT 1998 a capacidade de funcionamento horária da bomba é de 15 do consumo diário É aconselhável a adoção de 20 Desse modo podemos garantir o funcionamento da bomba por 5 horas assim recal car o volume diário consequentemente 020 x Cd 5 horas Qrec Onde Qrec vazão de recalque em m³s 020 Cd 20 do consumo diário Tubulação de recalque Drec 13 4 x Qrec Onde Drec diâmetro da tubulação de recalque em m x relação entre o número de horas de funcionamento diário da bomba e 24 horas Qrec vazão de recalque em m³s Tubulação de sucção Devese adotar como diâmetro da tubulação de sucção um diâmetro acima do diâmetro de recalque Por exemplo se o diâmetro de recalque for igual a 20 mm adotase como diâmetro de sucção 25 mm Atenção consultar sempre as tabelas comerciais dos fabricantes Altura manométrica A altura manométrica é calculada como a soma da altura geométrica acres cida da somatória das perdas de carga localizadas e perdas de carga distribuí das ao longo da canalização Conforme apresentado na Figura 3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 25 SERECINSTAHIUNID1indd 25 290920 1618 RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO Hg Hr Hs Figura 3 Conjunto elevatório Hg Hr Hs Onde Hg altura geométrica em m Hs altura de sucção em m Hr altura tubulação de recalque em m Hm Hg ΔHr ΔHs Onde Hm altura manométrica em m Hg altura geométrica em m ΔHs somatória das perdas de carga na tubulação de sucção em m ΔHr somatória das perdas de carga na tubulação de recalque em m Potência do conjunto motobomba A potência do conjunto motobomba pode ser calculada pela seguinte fórmula γ Qrec Hm 75 η P Onde P potência do conjunto motobomba em HP ou CV γ peso específico do líquido em Kgfm³ Qrec vazão de recalque em m³s Hm altura manométrica em m η rendimento do conjunto motobomba ηB ηM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 26 SERECINSTAHIUNID1indd 26 290920 1618 Cálculo da energia consumida E P Δt Onde E energia consumida em kWh P potência do conjunto motobomba em HP ou CV Δt período da bomba em funcionamento número de horas diário multipli cado pela quantidade de dias Comprimentos equivalente e real Denominamos como comprimento real LR o comprimento da tubulação já o comprimento virtual Lv ou comprimento equivalente L equivalente são os referentes as conexões conforme serão apresentados nas Tabelas 6 e 7 L total L equivalente L real Onde L total somatória dos comprimentos em m L equivalente somatória dos comprimentos equivalentes em m L real somatória dos comprimentos das tubulações em m Perda de carga Podemos definir como perda de carga a diferença de energia final e inicial Nas tubulações essa perda de carga pode ocorrer de duas formas a Perda de carga distribuída ge rada pelo deslocamento da água nas tubulações b Perda de carga localizada ocor re devido às conexões válvulas re gistros etc Por meio da equação universal é possível calcular a perda de carga nas tubulações utilizandose dos valores de rugosidade dos tubos disponibilizados pelo fabricante Na ausência dessas informações podese empregar as expres sões de FairWhipple Hsiao dadas por Para tubos rugosos tubos de açocarbono galvanizado ou não J 202 x 106 x Q188 x D488 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 27 SERECINSTAHIUNID1indd 27 290920 1618 Para tubos lisos tubos de plástico cobre ou liga de cobre J 869 x106 x Q175 x D475 Onde J perda de carga unitária em kPam Q vazão estimada na seção considerada em ls D diâmetro interno do tubo em mm Nas Tabelas 5 e 6 são apresentados os valores referentes a perda de cargas em conexões Fonte ABNT 1998 Adaptado Diâmetro nominal DN Cotovelo 90 Cotovelo 45 Curva 90 Curva 45 Tê passagem direta Tê passagem lateral 15 05 02 03 02 01 07 20 07 03 05 03 01 1 25 09 04 07 04 02 14 32 12 05 08 05 02 17 40 14 06 1 06 02 21 50 19 09 14 08 03 27 65 24 11 17 1 04 34 80 28 13 2 12 05 41 100 38 17 27 07 55 125 47 22 08 69 150 56 26 4 10 82 TABELA 5 PERDA DE CARGA EM CONEXÕES COMPRIMENTO EQUIVALENTE PARA TUBO RUGOSO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 28 SERECINSTAHIUNID1indd 28 290920 1618 Diâmetro nominal DN Cotovelo 90 Cotovelo 45 Curva 90 Curva 45 Tê passagem direta Tê passagem lateral 15 11 04 04 02 07 23 20 12 05 05 03 08 24 25 15 07 06 04 09 31 32 20 10 07 05 15 46 40 32 10 12 06 22 73 50 34 13 13 07 23 76 65 37 17 14 08 24 78 80 39 18 15 09 25 80 100 43 19 16 1 26 83 125 49 24 19 11 33 100 150 54 26 21 12 38 111 TABELA 6 PERDA DE CARGA EM CONEXÕES COMPRIMENTO EQUIVALENTE PARA TUBO LISO Fonte ABNT 1998 Adaptado A perda de carga é dada pela fórmula a seguir ΔH ΔH dist ΔH loc Onde ΔH somatória da variação de perda de carga em m ΔH dist somatória da variação de perda de carga distribuída em m ΔH loc somatória da variação de perda de carga localizada em m Onde ΔH J Ltotal Com ΔH perda de carga em m J perda de carga unitária em kPam L total L equivalente L real em m INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 29 SERECINSTAHIUNID1indd 29 290920 1618 Estimativa de vazão demanda provável Podemos estimar a vazão de consumo ocasionada em razão da demanda de uso simultâneo pela equação a seguir Q 03 ΣP Onde Q vazão estimada na seção considerada em ls ΣP somatória dos pesos das peças de utilização Atenção este método deve ser aplicado apenas para instalações residências de uso comum Dimensionamento de barriletes e colunas de distribuição prumadas Temos que levar em conta as pressões mínimas disponíveis dinâmicas e má ximas estáticas bem como a velocidade máxima de 3 ms Atenção em qualquer ponto da tubulação porque a pressão dinâmica não pode ser menor que 5 kPa 05 mca Aplicando Com base no conteúdo teórico apresentado vamos resolver um estudo de caso para fixar e internalizar alguns dos conceitos aprendidos Estudo de caso Você trabalha em uma empresa que foi contratada para elaborar o projeto de instalações hidráulicas de um edifício residencial de 11 pavimentos com 4 aparta mentos por pavimento sendo que cada apartamento possui 3 quartos e duas de pendências de empregada Sabese que a reserva de incêndio é de 20000 litros a ser armazenada no reservatório superior Adotar a velocidade igual a 1ms Determine a A população do prédio b O volume de um dia de consumo c O volume dos reservatórios inferior e superior d A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação Solução a A população do prédio 1º passo definir a população estimada conforme recomendações 2 pessoas por quarto e 1 pessoa por dependência de empregada 2 passo calcular a população estimada P 3 2 2 1 8 pessoas apto 44 aptos P 352 pessoas INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 30 SERECINSTAHIUNID1indd 30 290920 1618 b O volume de um dia de consumo 1 passo consultar o consumo diário por pessoa por tipo de prédio na Tabela 3 200 ldia 2 passo calcular o consumo diário Cd P q Cd 352 x 200 l dia 70400 l dia ou 7040 m³dia c O volume dos reservatórios inferior e superior 1 passo calcular a capacidade dos reservatórios CR 2 Cd CR 2 70400 140800 l 2 passo distribuição do volume de água por reservatório CR superior 04 140800 20000 l 76320 l CR inferior 06 140800 84480 l d A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação 1º passo calcular a partir dos dados de consumo diário a vazão Cd 1 dia 70400 24 x 60 x60 Qalim 08148 ls 2º passo calcular o diâmetro da tubulação utilizando a fórmula abaixo Dalim 4 x Qalim π v 00322 m Dcomercial 40 mm Dalim 4 x 08148 x 103 π1 Água quente sistemas de aquecimento aquecedores distribuição e dimensionamento Podemos defi nir como instalações prediais de água quente os sistemas que têm por fi nalidade garantir o aquecimento e distribuição da água em uma edifi cação Segundo a NBR 7198 ABNT 1993 os sistemas de água quente de vem ser dimensionados com objetivo de atender as necessidades no que se refere ao fornecimento de água de forma contínua em temperatura adequada INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 31 SERECINSTAHIUNID1indd 31 290920 1618 com quantidades sufi cientes pressões e velocidades que proporcionem o bom funcionamento dos aparelhos sanitários e tubulações bem como garantir a segurança aos usuários Além disso deve também assegurar a potabilidade da água o conforto dos usuários e racionalização do consumo de energia Sistemas de aquecimento Os sistemas de aquecimento de água quente são constituídos basicamente pelos seguintes componentes a Tubulações de água fria alimentam o sistema de água quente b Aquecedores podem ser instantâneos de passagem e de acumulação c Peças de utilização chuveiros torneiras lavatórios etc d Tubulações de distribuição e Dispositivo de segurança Tipos de sistemas de água quente Os sistemas de instalação de água quente podem ser classifi cados em a Individual alimenta apenas um aparelho por exemplo apenas o chuveiro b Central privado alimenta diversos aparelhos de uma unidade residencial c Central coletivo alimenta um conjunto de aparelhos de diversas unidades hospitais escolas prédios de apartamentos etc A temperatura da água quente A temperatura da água quente é variável de acordo com a destinação a Uso pessoal para higiene e banhos 35 C a 50 C b Dissolução de gorduras cozinhas 60 C a 70 C c Lavanderias 75 C a 85 C d Finalidades médicas esterilização 100 C ou mais Aquecedores Há diversos tipos de aquecedores os mais utilizados são a Instantâneos ou de passagem não é necessária a reservação aquece a água no momento em que passa por ele Exemplos comuns desse tipo de aquecedor tornei ras elétricas chuveiros elétricos aquecedores a gás etc INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 32 SERECINSTAHIUNID1indd 32 290920 1618 b De acumulação constituído por um reservatório no qual a água em seu interior é aquecida para posteriormente ser utilizada comumente empregados em instalações de aquecimento central privado e coletivo Um exemplo típico desse tipo de aquecedor é o boiler A utilização de aquecedores de acumulação proporciona maior conforto nas instalações de modo a possibilitar uma maior vazão nos pontos de utili zação torneiras chuveiros etc sem depender da pressão da água para o seu bom funcionamento Entretanto no caso dos aquecedores de acumulação a gás podese destacar como desvantagem suas dimensões serem maiores desse modo ocupam maior espaço sendo recomendados apenas em casos em que haja grande volume de água que torne viável o seu emprego superior a quatro pontos de utilização As fontes de aquecimento vantagens e desvantagens As fontes de aquecimento podem ser de três tipos elétricas gás e solar Os aquecedores elétricos apresentam como principal vantagem o fato de serem de fácil instalação e dispensarem tubulações entretanto eles apresen tam maior custo com consumo de energia kW baixa pressão e pouca vazão de água JUNIOR 2013 Os aquecedores a gás se destacam em comparação aos aquecedores elétri cos pois apresentam pressão de água superior e fornecimento de água quente para uso imediato no entanto é preciso se atentar com a instalação de tal forma a evitar a ocorrência de vazamento de gás Além disso esse tipo de aquecedores requerem uma maior atenção sua alimentação é feita pelo reservatório de água superior ou ainda por dispositivo de pressurização Para sua correta instalação devese consul tar a NBR 13103 ABNT 2006 que apresenta as exigências para sua correta instalação bem como seguir as especifica ções e recomendações dos fabricantes ASSISTA Para saber um pouco mais sobre os tipos de aquecedo res assista ao vídeo Principais sistemas de aquecimento de água INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 33 SERECINSTAHIUNID1indd 33 290920 1618 O uso de aquecedores solares tem sido mais frequente atualmente Com o desenvolvimento de novas tecnologias os custos com a implantação do siste ma de aquecedores solares são menores Além disso eles representam a eco nomia no consumo de energia elétrica assim com a redução dos custos com o consumo de energia elétrica o sistema se torna viável Ainda vale ressaltar a importância desse sistema uma vez que ele pertence ao grupo de fontes de energia consideradas sustentáveis e ecologicamente corretas A principal vantagem do sistema de aquecedores solares é sem dúvida a economia de energia Ele reduz em cerca de 35 do consumo de energia elé trica Outra vantagem é a facilidade de manutenção do sistema considerada pouco necessária além de ser uma fonte de energia inesgotável e limpa Distribuição A rede de distribuição de água quente segue as mesmas regras da rede de distribuição de água fria O traçado da rede de água quente é independente ou seja por tubulações separadas do sistema de água fria Materiais Os materiais empregados nas tubulações de água quente são de cobre re cozido com conexões em bronze latão CPVC policloreto de vinila clorado PEX tubos fl exíveis de polietileno reticulado e PPR polipropileno copolímero Randon Não é aconselhável o uso de tubos de ferro pois esse tipo de mate rial apresenta baixa resistência à cor rosão Também não é recomendável a utilização de tubulações de PVC clore to de vinila Por conta do coefi ciente de dilatação térmica o material amo lece a 100 ºC a 60 ºC a a pressão de ser viço reduz para 2 kgfcm² As tubulações de cobre CPVC e PPR geralmente são as mais utilizadas nos sistemas de água quente Isolamento Para isolamento das tubulações recomendase a utilização de produtos à base de lã de rocha vermiculita e silicato de cálcio INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 34 SERECINSTAHIUNID1indd 34 290920 1619 Dimensionamento Para o dimensionamento do sistema de água quente vamos respeitas as premissas apresentadas anteriormente para o sistema de água fria bem como atender as exigências impostas pelas normas técnicas em especial a NBR 7198 ABNT 1983 Consumo de água quente Na ausência de dados podemos estimar o consumo de água quente de acordo com a Tabela 7 Tipo de Edifi cação Unidade Consumo litrosdia Alojamento provisório de obra por pessoa 24 Casa popular ou rural por pessoa 36 Residências Aquecedor elétrico por pessoa 45 Aquecedor a gás por pessoa 40 Aquecedor solar por pessoa 50 Apartamento por pessoa 60 Quartel por pessoa 45 Escola internato por pessoa 45 Hotel sem incluir cozinha e lavanderia por hóspede 36 Hospital por leito 125 Restaurante e similares por refeição 12 Lavanderia por kg de roupa seca 15 TABELA 7 ESTIMATIVA DE CONSUMO DE ÁGUA QUENTE Fonte ABNT 1983 Adaptado Dimensionamento de aquecedores de acumulação O volume de água a ser reservado pode ser determinado por meio da equa ção dos misturadores líquidos V1T1 V2T2 V3T3 Onde V1 volume de água quente no aquecedor INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 35 SERECINSTAHIUNID1indd 35 290920 1619 V2 volume de água fria a ser misturado V3 volume de água no final do misturador T1 temperatura da água no aquecedor T2 temperatura da água fria T3 temperatura da água final da mistura Dimensionamento aquecedor solar Quantidade de calor Q m c Δt Onde Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia m massa de um líquido por unidade de tempo em kgh c calor específico do líquido em kcalkgC Δt diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor em C A área do coletor Q I η A Onde A área do coletor em m² Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia I intensidade média da radiação solar em kcalhm² ou kWhm² dia η rendimento do coletor estimado em 50 Cálculo do consumo de energia elétrica O aquecimento ocorre por meio do calor dissipado com a passagem de cor rente elétrica de intensidade I em ampères pelo condutor de resistência R ohms A energia dissipada potência P em Watts é dada por Potência P R I² Onde P potência em Watts R resistência em ohms I corrente em ampères Resistência ρL S R INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 36 SERECINSTAHIUNID1indd 36 290920 1619 Onde R resistência em ohms ρ resistividade do material em ohmsmm²m L comprimento do resistor em metros S seção do resistor em mm² Tensão V R I Onde V tensão em volts R resistência em ohms I corrente em ampères Energia E P t Onde E energia em Wattsh P potência em Watts t tempo em horas Quantidade de calor Q m c Δt Onde Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia m massa de um líquido por unidade de tempo em kgh c calor específico do líquido em kcalkgC Δt diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor em C Q 000024 R I² t Onde Q quantidade de calor em kcal R resistência em ohms I corrente em ampères t tempo em segundos 1 kWh 860 kcal INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 37 SERECINSTAHIUNID1indd 37 290920 1619 Sintetizando Nessa unidade foram apresentados os principais critérios e exigências que devem ser atendidas no dimensionamento dos sistemas prediais de água fria e água quente bem como quais são os componentes básicos de projeto de instalações hidráulicas Além disso foram apresentadas as principais normas técnicas que devem ser atendidas para o bom funcionamento do projeto Os sistemas prediais de água fria e água quente devem ser dimensionados de modo a garantir o abastecimento de água em quantidades e qualidade sufi cientes para o uso a qual se destina a edificação bem como atender às normas técnicas pertinentes a cada tipo de sistema Com o fechamento dessa unidade esperamos que você seja capaz de di mensionar o sistema de água fria desde a identificação das vantagens e des vantagens de cada tipo de sistema de abastecimento bem como a estimar a população de projeto calcular a capacidade dos reservatórios verificar a ve locidade e pressão máxima e mínima calcular a vazão de projeto calcular o diâmetro das tubulações definir a potência do conjunto motobomba calcular perda de carga e altura manométrica Referente ao sistema de água quente esperamos que você seja capaz de identificar quais são vantagens e desvantagem de cada tipo de aquecedor os principais tipos de sistema de aquecimentos as diferentes fontes de aque cimento a temperatura de uso conforme destinação tipos de aquecedores distribuição materiais empregados nas tubulações bem como a estimar a po pulação estimar o consumo de água quente dimensionar os aquecedores e calcular o consumo de energia INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 38 SERECINSTAHIUNID1indd 38 290920 1619 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 7198 Projeto e execução de instalações prediais de água quente Rio de Janeiro 1993 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5626 Instala ção predial de água fria Rio de Janeiro 1998 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13103 Instala ção de aparelhos a gás para uso residencial Requisitos Rio de Janeiro 2006 CREDER H Instalações hidráulicas e sanitárias 6 ed Rio de Janeiro Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda LTC 2006 JUNIOR R C Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura 7 ed São Paulo Editora Blucher 2013 O QUE É o golpe de aríete Postado por Engenharia Detalhada 6min 57s son color port Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvrl0pj40x jnE Acesso em 04 jun 2020 PRINCIPAIS sistemas de aquecimento de água Postado por Projeto Estrutu ral Online 1min 13s son color port Disponível em httpswwwyoutube comwatchvg6fnBKnM9c Acesso em 04 jun 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 39 SERECINSTAHIUNID1indd 39 290920 1619 ESGOTO E VENTILAÇÃO SANITÁRIA COMPONENTES 2 UNIDADE SERECINSTAHIUNID2indd 40 290920 1613 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer os princípios norteadores para instalação de sistemas prediais de esgoto sanitário Conhecer os diversos componentes dos sistemas prediais de esgoto sanitário Introdução Rapidez e segurança no escoa mento do esgoto Sistema de coleta do esgoto Esquema geral das instalações Aparelhos sanitários Tubulação e conexões Considerações finais INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 41 SERECINSTAHIUNID2indd 41 290920 1613 Introdução Dentro da abordagem sistêmica de uma edifi cação as instalações hidros sanitárias são um conjunto de elemen tos interrelacionados com função de desempenhar de forma adequada o fornecimento de água e a deposição das águas servidas esgoto garantin do fornecimento contínuo e com qua lidade adequada além de assegurar também sua estanqueidade incomu nicabilidade entre os sistemas e segu rança sanitária dos usuários A coleta transporte e afastamento do esgoto são realizados através de tubulações e outros dispositivos e as recomendações para execução dessas instalações estão na norma NBR 81601999 Sistemas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Essa norma estabelece as exigências e reco mendações relativas ao projeto execução ensaio e manutenção dos siste mas prediais de coleta de esgoto visando a higiene segurança economia e conforto dos usuários CITANDO Segundo a NBR 81601999 o sistema predial de esgoto deve ser projetado de modo a a evitar a contaminação da água b permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introdu zidos c impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização d impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema f impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação g permitir a fi xação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a sua remoção para eventuais manutenções A elaboração do projeto de instalações pode ser dividida em fases defi nidas no Quadro 1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 42 SERECINSTAHIUNID2indd 42 290920 1614 Concepção A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Demanda Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso Dimensionamento A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Comunicação Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis QUADRO 1 FASES DO PROJETO A fase da concepção do sistema é a etapa mais importante na qual ocorre a maioria das análises e decisões dos projetistas Aqui geralmente são pondera dos conhecimentos experiência e defi nições a serem consideradas Assim as defi nições de concepção passam pelos seguintes itens a Identifi cação dos pontos geradores de Águas servidas Águas negras Águas com gordura b Defi nição e posicionamento dos desconectores Caixas ou ralos sifonados Sifões Caixas de inspeção e de passagem c Defi nição do sistema ventilação O sistema de ventilação mantém a pressão atmosférica na tubulação e é composto pelas colunas de ventilação e pelos ramais de ventilação d Posicionamento dos tubos de queda Esgoto primário Gordura Devese evitar que os tubos de queda atravessem as vigas Para que isso aconteça preferencialmente devese usar sistema de shafts e na impossibili dade criar pilares falsos para embutir a tubulação e Defi nição do destino do esgoto Preferencialmente utilizar os coletores do sistema público Sistema de tratamento e descarte particular INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 43 SERECINSTAHIUNID2indd 43 290920 1614 Dadas essas defi nições partese para a análise da demanda e do dimensio namento traduzindo esse estudo para os elementos de comunicação Rapidez e segurança no escoamento do esgoto Como dito a NBR 81601999 estabelece as exigências e recomendações rela tivas ao projeto execução ensaio e manutenção dos sistemas prediais de coleta de esgoto visando a higiene segurança economia e conforto dos usuários O esgoto deve ser escoado de maneira extremamente rápida tendo seu traçado o mais curto possível Devese dar preferência à utilização de curvas de 45 Caso não seja possível as curvas de 90 devem ser longas e com possi bilidade de inspeção antes e depois destas O sistema deve impedir também o retorno de gases assim como a entrada de corpos estranhos e animais com passagens vedadas por meio de fecho hí drico uma coluna de água com pelo menos 50 mm que deve ser mantida em qualquer condição de funcionamento O fecho hídrico pode ser obtido com a utilização de desconectores como sifões caixas sifonadas etc conforme de monstra a Figura 1 CURIOSIDADE O odor desagradável e estranho presente em apartamentos que fi cam vazios por muito tempo pode ser um indicativo de que a água que formava o fecho hídrico evaporou e os gases do esgoto entraram no local Figura 1 Fecho hídrico a coluna de água retida no sifão impede que gases tenham acesso ao interior dos ambientes Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 44 SERECINSTAHIUNID2indd 44 290920 1615 O sistema deve impedir também a contaminação do meio ambiente evi tando vazamentos e conexões a redes com outras fi nalidades como drenagem ou abastecimento O vazamento de esgoto pode levar à contaminação da água para consumo ou cozimento de alimentos tornando sua vedação adequada e manutenção corretiva e preventiva extremamente importante Deve também evitarse o retorno de efl uentes ou espumas assim como a passagem em re baixos de pisos ou em canaletas de águas servidas Ademais devem ser impossibilitados rebaixos ou colos na tubulação que permitam o depósito e acúmulo de material particulado causando com o tem po obstrução na tubulação O sistema deve ser concebido prevendo pontos para acesso e inspeção da rede para futuras manutenções principalmente quanto a obstruções e entupimentos Sistema de coleta do esgoto O sistema de coleta deve ser preferencialmente público A rede coletora as sentada nas ruas das cidades deverá ser ligada através do ramal predial às ins talações de esgoto do edifício Via de regra cada endereço deve ter somente um ramal predial interligado à rede pública e grandes obras e casos especiais devem ser discutidos com a concessionária pública desse serviço A instalação predial de esgoto direciona os efl uentes para uma caixa de ins peção localizada nos limites do terreno e a partir daí será feita a ligação até a rede pública como mostra a Figura 2 TQ Cl Sub coletor Sub coletor Sub coletor Coletor predial Coletor público Sub coletor Alinhamento Cl Cl Cl Cl TQ Figura 2 Exemplo de implantação da rede de coletores com coletor predial conectado à rede pública Cl INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 45 SERECINSTAHIUNID2indd 45 290920 1615 Nas localidades onde não há o sistema público de coleta o esgoto deve ser tratado e descartado de forma individual seguindo as prescrições das normas NBR 72291993 Projeto construção e operação de sistemas de tanques sépticos NBR 139691997 Tanques sépticos Unidades de tratamento complemen tar e disposição final dos efluentes líquidos Projeto construção e operação Antes de ser lançado em um sumidouro instalação que permitirá a absorção dos efluentes pelo solo o esgoto deverá passar por tratamento anaeróbico em uma fossa séptica que proporcionará sua decomposição para a eliminação de or ganismos patogênicos como mostra a Figura 3 Periodicamente a fossa séptica deve ser limpa devido à decantação de elementos sólidos dos efluentes A fossa séptica e o sumidouro devem estar localizados em pontos estratégicos evitando contaminações e o efluente direcionado ao sumidouro é absorvido pelo solo Sub coletor TQ TQ CI CI CI CI CI Sub coletor Sub coletor Sub coletor Fossa séptica Sumidouro Figura 3 Tratamento de efluentes em local onde não há rede pública Não havendo rede pública é necessária a implantação de sistema de trata mento básico com uma fossa séptica que vai decompor o esgoto por processo anaeróbico na ausência de oxigênio Seu efluente será direcionado para o sumi douro que vai promover a absorção do efluente pelo solo A fossa séptica deve ser periodicamente limpa com a utilização dos caminhões limpafossas INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 46 SERECINSTAHIUNID2indd 46 290920 1615 Esquema geral das instalações A primeira grande divisão do sistema pode ser feita entre Instalação primária de esgotos é a parte do sistema em que os tubos e demais dispositivos apresentam em seu interior gases provenientes do es goto do coletor público ou de instalações de tratamento São as tubulações localizadas antes do fecho hídrico Instalação secundária de esgotos é a parte do sistema em que os tubos e demais dispositivos não apresentam em seu interior gases provenientes do esgoto do coletor público ou de instalações de tratamento O bloqueio desses gases como já dito é realizado pelos fechos hídricos e desconectores forma dos por colunas dágua com pelo menos 50 mm criadas por dispositivos como sifões caixas sifonadas entre outros Figura 4 Esquema geral das instalações o efl uente de esgoto é captado dos aparelhos direcionado a uma tubulação vertical tubo de queda e transportado por uma rede de coletores para o destino fi nal rede pública ou tratamento local Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 47 SERECINSTAHIUNID2indd 47 290920 1615 No esquema geral do sistema Figura 4 as tubulações podem ser classifi cadas como Coletor predial Subcoletores Tubos de queda Ramais de esgoto Ramais de descarga Ramais de ventilação Tubos de ventilação Coletor predial Coletor predial é o trecho da tubulação entre o coletor público e a última cai xa de inspeção Figura 5 Essa caixa de inspeção deve estar localizada dentro do terreno e próxima à divisa com a via pública distante no máximo a 15 m do coletor público Nos locais desprovidos de coletor público o coletor predial destina o esgoto coletado ao sistema de tratamento local e seu diâmetro mí nimo é de 100 mm Figura 5 Coletor predial a tubulação que conecta a rede de coletores da edifi cação ao coletor público Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 48 SERECINSTAHIUNID2indd 48 290920 1617 Caixa de inspeção A caixa de inspeção intercepta a tubulação para que seja possível realizar inspeção limpeza e eventual desobstrução das tubulações de esgoto É insta lada quando ocorrem mudanças de direção ou de declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto ultrapassa 25 m Estando a jusante dos tubos de queda TQ e recebendo seu efluente deve ser instalada a menos de 2 m de distância dos TQ que contribuem para essa caixa Ela pode ser construída em concreto alvenaria ou plástico e ser prismática com lado interno mínimo de 60 cm ou cilíndrica com diâmetro mínimo de 60 cm A tampa deve ficar visível e ter vedação perfeita impedindo a saída de ga ses e animais de seu interior Figura 6 A profundidade da caixa de inspeção não deve ser superior a 1 m Caso haja necessidade de uma profundidade maior devese construir um poço de visitas para dar acesso à caixa de inspeção Figura 6 Caixa de Inspeção CI que permite acesso às tubulações para limpeza e manutenção Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Subcoletor O subcoletor é a tubulação que recebe efluentes dos tubos de queda ou ra mais de esgoto interceptados por caixas de inspeção e que direciona o efluen te para a última caixa de inspeção localizada próxima à divisa do terreno e que está à montante do coletor predial INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 49 SERECINSTAHIUNID2indd 49 290920 1617 O transporte desse material deve se dar por gravidade e para isso a tu bulação deve ser instalada com uma declividade mínima de 2 para tubos de 75 mm 1 para tubos com diâme tros até 200 mm e 05 para diâme tros maiores ou iguais a 200 mm As declividades não devem ser superiores a 5 devido à necessi dade de limitação de velocidade do escoamento que pode gerar ruídos incompatíveis com os padrões de conforto acústico Caixas de passagem Tem como função permitir a junção de várias tubulações Ela pode ser do tada de grelha ou tampa cega e é des tinada a receber água de lavagem de pisos e afluentes de tubulação secundária de uma mesma unidade autônoma Caixas sifonadas Esta é uma caixa dotada de fecho hídrico e destinada a receber efluentes de lavagem ou aparelhos sanitários Pode ser fechada ou com grelha desem penhando função também de ralo no caso sendo denominada ralo sifonado Na caixa sifonada é retida uma coluna dágua que impede o acesso dos gases do esgoto para o ambiente interno O regime de escoamento do sistema de esgoto é livre não forçado e é pos sível através de um sistema de ventilação que mantém as pressões internas iguais à pressão atmosférica evitando pressões negativas que poderiam suc cionar a água presente no fecho hídrico Caixa de gordura Caixa destinada a reter as gorduras graxas e óleos contidos no esgoto De vese realizar a limpeza da caixa de forma regular a fim de remover o material retido É usada para receber esgotos que contêm resíduos gordurosos prove nientes de pias de copa e cozinha Figura 7 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 50 SERECINSTAHIUNID2indd 50 290920 1618 10 20 Corte Lastro de concreto Tampa removível de concreto armado H Variável Ø Ø L L Planta Dimensões conforme norma local Ø Ø Figura 7 Caixa de gordura sendo a gordura mais leve que a água ela boiará e a captação do efluente é feita na parte inferior da caixa Fonte CARVALHO JUNIOR 2014 n p Adaptado Caixa coletora Caixa em que se reúnem os refugos líquidos que exigem elevação mecânica bomba Geralmente está localizada em nível inferior ao coletor predial Preferencialmente o transporte do esgoto deve acontecer por gravidade dan do uma declividade ou inclinação na tubulação de no mínimo 1 Caso não seja possível utilizase a caixa coletora associada a uma bomba de recalque INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 51 SERECINSTAHIUNID2indd 51 290920 1618 Tubo de queda Tubulação vertical que recebe efluentes de ramais de esgoto ou de ramais de descarga Deve ter prolongamento até acima do topo do edifício como te lhado laje impermeabilizada entre outros para promover ventilação sendo este prolongamento denominado tubo ventilador primário Figura 8 Os tubos de queda que transportam efluentes de pias de cozinha devem ser exclusivos devido à presença de gordura Eles devem ser direcionados a uma caixa de gordura que deverá ser limpa periodicamente impedindo que a gordura cause obstruções no sistema Os efluentes de máquinas de lavar tam bém devem ter tubos de queda exclusivos para evitar o retorno de espuma fortemente presente nesses equipamentos Figura 8 Tubo de queda TQ tubulação vertical que recolhe o esgoto dos ramais e o transporta para o nível da rua onde uma rede de coletores vai direcionálo para o coletor público Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Tubo ventilador tubo de ventilação ou coluna de ventilação Este é um tubo que possibilita a troca de ar entre a atmosfera e o interior da instalação de esgoto e viceversa A circulação de ar no interior da instalação tem como finalidade manter a pressão no interior da tubulação igual à atmos férica protegendo o fecho hídrico dos desconectores de ruptura por aspiração ou descompressão Também encaminha os gases gerados e vindos do sistema de instalação primária para a atmosfera Desconector É todo dispositivo dotado de sifão sanitário criando um fecho hídrico ligado a uma canalização primária ou seja é um dispositivo hidráulico destina INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 52 SERECINSTAHIUNID2indd 52 290920 1618 do a impedir a passagem de gases do interior das canalizações de esgoto para o interior dos edifícios Representa o ponto de separação entre as instalações primárias e secundárias Tubo ventilador primário Tubo com extremidade superior que ultrapassa a cobertura e se mantém em contato com a atmosfera acima da cobertura do prédio Prolongandose o tubo de queda acima da cobertura podese caracterizar sua parte superior como tubo ventilador primário Ramal de descarga Conectado aos aparelhos sanitários recebe os efluentes dali originados di recionandoos ao ramal de esgoto ou tubo de queda Figura 9 Ramal de esgoto Dois ou mais ramais de descarga podem se juntar e a partir daí essa tubula ção que recebe efluentes dos ramais de descarga é definida como ramal de esgo to e será direcionada a um tubo de queda ou outro ramal de esgoto Figura 9 Ramal de ventilação Tubo ventilador que interliga um desconector ramal de descarga ou ramal de esgoto de um ou vários aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou tubo ventilador primário Figura 9 Ramais de descarga Ramal de ventilação Ramal de esgoto Bacia sanitária Tubo de queda Coluna de ventilação Figura 9 Ramal de descarga ramal de esgoto tubo de queda e ramal de ventilação Fonte CARVALHO JUNIOR 2014 np INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 53 SERECINSTAHIUNID2indd 53 290920 1620 Ralo seco e ralo sifonado O ralo seco não tem proteção hídrica ao passo que o sifonado a possui Normalmente os ralos secos são utilizados para receber águas provenientes de chuveiro box pisos laváveis áreas externas terraços varandas etc Não devem entretanto receber efl uentes de ramais de descarga Existem diversas variações para os ralos e um modelo de ralo seco efi ciente na drenagem cons tituindose como um facilitador da execução é o ralo linear Figura 10 Figura 10 Ralo linear instalado em um box facilita a execução do piso com declividade para o ralo Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Aparelhos sanitários Os aparelhos sanitários têm como função básica coletar os dejetos deven do propiciar uma utilização confortável e higiênica ao usuário Eles são conec tados aos ramais de descarga e têm funções específi cas Os mais comuns e usuais estão ilustrados na Figura 11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 54 SERECINSTAHIUNID2indd 54 290920 1620 Figura 11 Aparelhos sanitários básicos em uma residência Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Lavatório Destinado à lavagem das mãos e rosto O ramal de descarga desse aparelho deve estar ligado a uma caixa sifonada Bacia sanitária Destinada à captação de dejetos humanos pode ser acionada por válvula hidra ou por caixa acoplada O ramal de descarga das bacias não deve estar conectado a caixas sifonadas Ao contrário dos demais aparelhos localizados em um banheiro seu ramal de descarga é direcionado diretamente ao tubo de queda O ramal de esgoto conectado ao ralo sifonado se liga ao ramal de descarga da bacia sanitária A partir desse ponto é feita a conexão com o tubo de queda Tanque Este aparelho sanitário é geralmente destinado à lavagem de roupas CURIOSIDADE Com a utilização cada vez mais disseminada do reúso de água de esgoto e aproveitamento de água de chuva é consenso entre os pesquisadores que esta água não deve ser utilizada para o preparo de alimentos e em atividades que tenham contato direto com o corpo como por exemplo o banho A uti lização desta porém para a lavagem de roupas é uma questão polêmica Em alguns países da Europa por exemplo são deixados dois pontos de alimenta ção para essa atividade um com água potável e outro com água não potável INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 55 SERECINSTAHIUNID2indd 55 290920 1620 Máquina de lavar roupas Este equipamento é destinado à lavagem mecânica de roupas O tubo de queda para a máquina de lavar roupas deve ser exclusivo e não deve ser com partilhado com tanques ou ralos uma vez que a quantidade de espuma pro duzida pode gerar retorno em ralos e em outros aparelhos conectados ao tubo de queda A boa prática recomenda inclusive que até o segundo andar de um edifício os tubos de queda para esses aparelhos sejam exclusivos para cada unidade autônoma Assim devido à quantidade de espuma gerada é prática comum direcionar o ramal de descarga da máquina de lavar roupas a um tubo de queda exclusivo a fim de evitar o retorno da espuma Pia de cozinha É destinada ao manuseio e lavagem de alimentos e louças Antes de ser lan çado em um subcoletor o efluente das pias de cozinha e das máquinas de lavar louça devem ser conduzidos a uma caixa de gordura O usual é que o efluente do tubo de queda que recebe o esgoto desses ramais seja direcionado à caixa de gordura situada antes da caixa de inspeção que fará conexão com a rede dos subcoletores Banheira Este aparelho sanitário é destinado a banhos de imersão É interessante ressaltar que as banheiras de hidromassagem possuem um circuito próprio de tubulações que lançam jatos de água sob pressão Portanto a instalação dessas banheiras exige sua associação a uma bomba Ligação entre os aparelhos e a tubulação A ligação entre os aparelhos e a tubulação no caso aos ramais de descarga se dá através de tubos de ligação normalmente sifonados No caso de alguns aparelhos a sifona gem é feita na própria peça como por exemplo nas bacias sanitárias Os sifões podem ser com caneca ou flexíveis Figura 12 Figura 12 Sifão flexível o qual tem a vantagem de ser facilmente moldável Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 56 SERECINSTAHIUNID2indd 56 290920 1621 Tubulação e conexões São variados os elementos que permitem a conexão estre os diversos trechos das tubulações propiciando prolongamento da tubulação ligação entre dois trechos a 45 ou a 90 ou mudança de direção também a 45 e 90 Assim a linha de esgoto predial é fornecida na linha predial de cor branca ao passo que a linha de esgoto para in fraestrutura possui cor ocre Figura 13 Figura 13 Tubo em PVC ocre linha infraestrutura de esgoto Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 14 Algumas conexões disponíveis comercialmente Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 57 SERECINSTAHIUNID2indd 57 290920 1621 Figura 15 Joelho 45 as conexões com ângulo de 45 diminuem as possibilidades de obstrução da tubulação Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 16 Conexão tê Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Cotovelo ou joelho Conexão que promove a mudança de direção em 90 ou 45 da tubulação Essa conexão provê essa mudança de forma imediata e pode ter um elemento visita que permite manutenção da tubulação quando ocorre entupimento Figura 15 Tê Esta é uma conexão que possui ramificação a 90 Figura 16 Curva Conexão que também promove a mudança de direção em 90 ou 45 da tubulação porém de maneira mais suave Figura 17 Figura 17 Curva Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 58 SERECINSTAHIUNID2indd 58 290920 1621 Figura 18 Luva Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 19 Luva com redução Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Luva Permite o prolongamento da tubulação emendandoa As luvas de redução permitem a emenda de tubulações com diâmetros diferentes Figuras 18 e 19 Junção Permite a conexão de duas tubulações na direção de 45 Figura 20 Figura 20 Instalação sendo montada com utilização de uma junção Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 59 SERECINSTAHIUNID2indd 59 290920 1622 Diâmetros comerciais das tubulações e conexões Devido ao ambiente agressivo característico as tubulações devem prefe rencialmente ser de PVC Em casos especiais os tubos e conexões utilizados são de ferro fundido As tubulações e conexões são disponíveis nos diâmetros indicados na Tabe la 1 e as suas instalações devem adotálos Linha Diâmetro nominal mm Correspondência em polegadas Linha predial em PVC branco 40 1 12 50 2 75 3 100 4 150 6 200 8 Linha infraestrutura em PVC ocre 100 4 150 6 200 8 250 10 300 12 350 14 400 16 TABELA 1 DIÂMETROS COMERCIAIS DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO Considerações finais A abordagem feita considera a técnica e tecnologia corrente no tratamento do assunto A partir da segunda metade do século XX e com a crise hídrica nas grandes metrópoles do mundo o esgoto foi visto como um efl uente que poderia ser tratado e reutilizado em atividades que não exigissem classifi cação da água como potável como na preparação de alimentos e em atividades que propicias sem contatos com o corpo banhos lavagem das mãos entre outros O exemplo mais comum de reúso é em atividades como descarga em bacias sanitárias e lavagem de pisos etc INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 60 SERECINSTAHIUNID2indd 60 290920 1622 Isso leva à necessidade de estudos que viabilizem tal prática e à construção de instalações que propiciem o tratamento mínimo de filtragem e desinfecção para esse fim Outra prática também em difusão é o funcionamento do sistema sob pressão e toda uma instalação de pressurização precisaria ser dimensio nada para sua viabilização Tais assuntos não fazem parte do escopo de nosso estudo mas apontam para horizontes a serem cada vez mais explorados e expandidos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 61 SERECINSTAHIUNID2indd 61 290920 1622 Sintetizando O sistema de coleta transporte e descarte de esgotos prediais é composto por tubulações convenientemente dimensionadas A interface do sistema com os usuários se dá pelos aparelhos sanitários Vimos que os dejetos gerados são recolhidos pelos ramais de descarga que se juntam em ramais de esgoto Os ramais de esgoto direcionam os dejetos para os tubos de queda que os transportam para o nível em que se dará o descarte normalmente no térreo para o coletor público ou estação de tra tamento Os subcoletores recolhem o produto trazido pelos tubos de queda direcionandoos à caixa de inspeção ligada ao coletor predial Aprendemos também que a interligação entre as tubulações se dá por co nexões caixas de inspeção e caixas de passagem O esgoto gerado em níveis inferiores ao do coletor predial deverá ser recalcado utilizandose bombas Especial atenção deve ser dada ao esgoto proveniente de cozinhas devido à grande quantidade de gordura que poderá entupir as tubulações Para que isso seja evitado esse esgoto deve passar por caixas de gordura que têm como função bloquear o acesso da gordura para a tubulação É necessário que essas caixas sejam periodicamente limpa retirandose a gordura acumulada Por fim aprendemos que considerandose que os condutos de esgoto fun cionam como condutos livres e não forçados a pressão no interior da tabula ção deverá ser igual à pressão atmosférica Dessa forma devese prever um sistema de ventilação que garanta essa condição e não permita a existência de pressões negativas que poderiam esvaziar os fechos hídricos e permitir o caminhamento dos gases do esgoto para o interior da edificação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 62 SERECINSTAHIUNID2indd 62 290920 1622 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 81601999 Sis temas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 72291993 Projeto construção e operação de sistemas de tanques sépticos Rio de Janei ro ABNT 1999 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 139691997 Tanques sépticos Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos Projeto construção e operação Rio de Janeiro ABNT 1999 CARVALHO JUNIOR R Instalações prediais hidráulicosanitárias São Paulo Edgard Blucher 2014 MACINTYRE A J Manual de instalações hidráulicas Rio de Janeiro Guana bara 1990 CREDER H Instalações hidráulicas prediais Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos 1982 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 63 SERECINSTAHIUNID2indd 63 290920 1622 INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO INTERNAS DE GÁS E ÁGUAS PLUVIAIS 3 UNIDADE SERECINSTAHIUNID3indd 64 290920 1613 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Habilitar o estudante a projetar e dimensionar instalações de esgoto sanitário Conhecer os componentes e princípios norteadores para dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais Conhecer as características das instalações e os gases combustíveis utilizados em edificações habitacionais Projeto de instalações de esgo to sanitário Dimensionamento do sistema de esgoto Dispositivos complementares Subsistema de ventilação Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento Sistema de captação transpor te e descarte ou reservação das águas pluviais Instalação interna de gás ca racterísticas gás natural e gás liquefeito de petróleo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 65 SERECINSTAHIUNID3indd 65 290920 1613 Projeto de instalações de esgoto sanitário Para início da elaboração do projeto de esgoto predial é necessária a de fi nição da posição dos aparelhos sanitários que é dada pelo projeto arquite tônico Além dessas defi nições é preciso saber que todas as disciplinas que envolvem o projeto de uma edifi cação são iterativas e para um bom resultado é necessária uma perfeita coordenação e compatibilização com os projetos de arquitetura e estrutura além de total sintonia com os demais envolvidos no empreendimento Os critérios para elaboração do projeto de esgotos estão prescritos na NBR 81601999 O dimensionamento das tubulações apresentado baseiase no mé todo das Unidades Hunter de Contribuição UHC Uma UHC corresponde à descarga de um lavatório residencial considerando uma vazão de 28 litros por minuto A descarga dos demais aparelhos sanitários foi estabelecida a partir dessa consideração de forma proporcional Esse método foi desenvolvido nos EUA e teve como diretriz a vazão de esgoto produzida em cada aparelho e o fator de simultaneidade do uso recebendo esse nome em homenagem ao pes quisador que desenvolveu o método D Roy B Hunter no início do século XX EXPLICANDO A NBR 81601999 em seu anexo B apresenta o dimensionamento pelo método hidráulico que também faz considerações probabilísticas sobre o uso simultâneo dos aparelhos e defi ne o diâmetro das tubulações em função das vazão de projeto do coefi ciente de manning para a rugosidade da tubulação da sua declividade e da taxa de ocupação da água durante o escoamento O dimensionamento pelo método hidráulico normalmente resulta em diâmetros menores que pelo método das UHC porém também deve obedecer aos diâmetros prescritos pela norma Os diâmetros normatizados para tubulação e conexões em PVC esgoto predial branco são 40 50 75 100 150 e 200 mm e em PVC esgoto infraes trutura ocre são 100 150 200 250 300 350 e 400 mm Para que o transporte dos efl uentes ocorra por gravidade é necessário que ao instalar as tubulações horizontais seja imposta uma declividade A declivi dade mínima recomendada é de 2 para tubulações com diâmetro nominal de até 75 mm e de 1 para tubulações com diâmetros iguais ou superiores a 100 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 66 SERECINSTAHIUNID3indd 66 290920 1613 mm Atenção quando se tratar de um trecho muito longo entre o aparelho sa nitário e o tubo de queda o projetista poderá lançar mão do dimensionamento de uma tubulação com declividade inferior aos limites informados desde que atenda à tabela de dimensionamento dos subcoletores e coletores prediais quanto ao diâmetro Em desvios ou curvas em trechos horizontais devem ser usadas peças de 45 e as mudanças de direção em plano vertical devem ser executadas com curvas de a 90 Dimensionamento do sistema de esgoto A sequência racional para o dimensionamento da tubulação é Ramais de descarga Ramais de esgoto Tubos de queda Subcoletores Coletor predial Ventilação Ramais de descarga e ramais de esgoto As tubulações dos ramais de descarga devem obedecer ao diâmetro míni mo indicado no Quadro 1 Aparelho sanitário Número de UHC Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Bacia sanitária 6 100 Banheira de residência 2 40 Bebedouro 05 40 Bidê 1 40 Bidê 1 40 Chuveiro De residência 2 40 Coletivo 4 40 QUADRO 1 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE DESCARGA POR APARELHO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 67 SERECINSTAHIUNID3indd 67 290920 1613 Lavatório De residência 1 40 De uso geral 2 40 Mictório Válvula de des carga 6 75 Caixa de descarga 5 50 Descarga auto mática 2 40 De calha 2 50 Pia de cozinha residencial 3 50 Pia de cozinha industrial Preparação 3 50 Lavagem pa nelas 4 50 Tanque de lavar roupa 3 40 Máquina de lavar louça 2 50 Máquina de lavar roupa 3 50 Fonte ABNT 1999 Adaptado O Quadro 1 indica o número de UHC considerado para cada aparelho sanitário de uso mais comum e o diâmetro nominal da tubulação que deve ser instalada Considerando que nem todos os aparelhos sanitários estão contemplados neste quadro além do fato de que novos aparelhos podem ser criados ou adapta dos a Tabela 1 pode ser utilizada estimando o número de UHCs correspondente Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC 40 2 50 3 75 5 100 6 TABELA 1 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO PARA RAMAIS DE DESCARGA APARELHOS NÃO RELACIONADOS Fonte ABNT 1999 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 68 SERECINSTAHIUNID3indd 68 290920 1613 A Tabela 1 indica o diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga a par tir do número de UHC estimado para cada aparelho sanitário não relacionado nesta tabela Pela definição da NBR 81601999 ramal de esgoto é uma tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou através de um desconector ABNT 1999 p 3 A Tabela 2 indica o diâmetro nominal da tubulação em função do número de UHCs já considerando o fator estatístico Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC 40 3 50 6 75 20 100 160 TABELA 2 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE ESGOTO Fonte ABNT 1999 Adaptado Os aparelhos sanitários devem estar protegidos por desconectores Eles de vem estar presentes a montante dos ramais de esgoto e impedem o retorno de ga ses para os ambientes internos Poderão ser executados em barro vidrado como nas bacias sanitárias ferro fundido ou ferro galvanizado por exemplo sifões de caneca ou PVC sifões e caixas sifonadas Quando a instalação é executada sobre lajes de concreto armado deverá ter um rebaixo de 30 cm para melhor execução dos ramais de esgoto Tubos de queda Os tubos de queda recebem os efluentes dos ramais de esgoto ou de ramais de descarga e os transportam para o nível da rua Devem ser instalados em uma linha vertical reta e se possível com uma única prumada Havendo necessidade de des vios usamse conexões de raio longo devendo ser previstas conexões com visita A Tabela 3 indica o diâmetro nominal mínimo em função do número de UHCs e da quantidade de pavimentos da edificação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 69 SERECINSTAHIUNID3indd 69 290920 1613 Diâmetro nominal do tubo Número de UHC Prédio de até três pavimentos Prédio com mais de três pavimentos 40 4 8 50 10 24 75 30 70 100 240 500 150 960 1900 200 2200 3600 250 3800 5600 300 6000 8400 TABELA 3 NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA TUBOS DE QUEDA POR QUANTIDADE DE PAVIMENTOS Fonte ABNT 1999 Adaptado Nas extremidades inferiores são instaladas curvas que levam os efluentes para caixas de inspeção conectadas à rede de subcoletores Todo tubo de queda deve prolongarse verticalmente acima da cobertura constituindose um ventila dor primário Nenhum tubo de queda poderá ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligado exigindose um diâmetro mínimo de 100 mm para as ca nalizações que recebem despejos de bacias sanitárias Subcoletores e coletor predial O diâmetro dos subcoletores e do coletor predial pode ser dimensionado utili zando a Tabela 4 que relaciona o diâmetro as UHCs e a declividade da tubulação Para o coletor predial e os subcoletores em prédios residenciais considere ape nas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de UHC Nos demais casos considere as UHCs de todos aparelhos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 70 SERECINSTAHIUNID3indd 70 290920 1613 Diâmetro nominal do tubo Número máximo de UHC em função da declividade mínima 05 1 2 4 100 180 216 250 150 700 846 1000 200 1400 1600 1920 2300 250 2500 2900 3500 4200 300 3900 4600 5600 6700 400 7000 8300 10000 12000 TABELA 4 NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA SUBCOLETORES E COLETORES Fonte ABNT 1999 Adaptado O coletor predial e os subcoletores devem ser construídos sempre que possível na parte não edificada do terreno o que facilita os serviços de manutenção e desobstrução quando estes se fizerem necessários Quan do inevitável a sua construção em área edificada devem ser tomados cui dados especiais para proteção além de localizálos considerando facili dades em eventuais manutenções futuras Devem ser preferencialmente retilíneos e nos trechos em deflexão imposta pela configuração de prédio ou de terreno devem ser colocadas caixas ou peças de inspeção que per mitam a limpeza e desobstrução dos trechos adjacentes Nas mudanças de direção em que não for possível intercalar caixas de inspeção devem ser usadas curvas de ângulo central máximo igual a 90 de raio longo prefe rencialmente de 45 desde que se usem peças com inspeção prevista para limpeza e desobstrução INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 71 SERECINSTAHIUNID3indd 71 290920 1613 Dispositivos complementares A caixa de gordura é dividida em duas câmaras separadas por um septo não removível A tomada de água para jusante é feita por uma curva voltada para o fundo da caixa Sendo a gordura mais leve que a água ela vai boiar e a tomada de água é feita livre de gordura sendo facilmente retirada no proce dimento de limpeza e manutenção Os critérios para o dimensionamento das caixas de gordura estão no Quadro 2 Tipo de Caixa Quantidade de cozinhas a atender Diâmetro nominal in terno cm Parte submersa do septo cm Capacidade de retenção litro Diâmetro nominal da tubulação de saída mm Pequena CGP 1 a 2 30 20 18 75 Simples CGS 2 40 20 31 75 Dupla CGD 3 a 12 60 35 120 100 Especial CGE Acima de 12 e industriais 40 2N 20 100 O volume é dado por V 2N 20 sendo N o número de pessoas atendidas pela cozinha no momento de maior fl uxo Distância mínima entre o septo e a saída 20 cm Altura molhada 60 cm QUADRO 2 DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DE GORDURA Caixa de passagem Na defi nição da NBR 81601999 a caixa de passagem é destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário ABNT 1999 p 2 De acordo com a norma suas dimensões devem atender às seguintes caracte rísticas ABNT 1999 p 16 Se cilíndrica a base deve ter 15 cm de diâmetro e se poligonal a base deve ser inscrita a um círculo de 15 cm de diâmetro Deve ter tampa cega se estiver localizada na rede de esgoto primário Altura mínima 10 cm INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 72 SERECINSTAHIUNID3indd 72 290920 1613 Diâmetro mínimo de saída 15 cm ou conforme cálculo de demanda Caixa de inspeção e poço de visita Na definição da NBR 81601999 a caixa de inspeção é destinada a permitir a inspeção limpeza desobstrução junção mudanças de declividade eou direção das tubulações ABNT 1999 p 2 O poço de visitas também é um dispositivo a ser utilizado quando as caixas de inspeção tiverem seu fundo em uma cota inferior a um metro em relação ao terreno De acordo com a norma as dimensões desses dispositivos de inspeção devem atender aos seguintes critérios ABNT 1999 p 7 A profundidade máxima da caixa de inspeção é de um metro e o poço de visi tas deve ser construído para profundidades superiores a um metro Se a caixa de inspeção tiver base prismática a menor dimensão dos lados é 60 cm se a base for circular o diâmetro mínimo deve ser de 60 cm Se o poço de visita tiver base prismática a menor dimensão dos lados é 110 m se a base for circular o diâmetro mínimo deve ser de 110 m A tampa para ambos deverá ter vedação perfeita e ser de fácil remoção O fundo de ambos deverá proporcionar rápido escoamento e impedir a de cantação e acúmulo de sólidos O poço de visita deve ser provido de degraus para acesso ao seu interior O poço de visita é formado por duas partes uma câmara inferior e a chaminé de acesso Tendo uma profundidade de até 180 m a câmara deverá ter no míni mo altura de 150 m A chaminé de acesso deverá ter diâmetro mínimo de 60 cm Caixa coletora Na definição da NBR 81601999 a caixa de coletora é onde se reúnem os efluentes líquidos cuja disposição exija elevação mecânica ABNT 1999 p 2 Os requisitos mínimos para a caixa coletora são ABNT 1999 p 20 Profundidade mínima de 60 cm e se receber efluentes de bacias sanitárias de 90 cm Conjunto de dois grupos de moto bomba com funcionamento alternado per mitindo passagem de esferas de 18 mm se recebe efluentes de bacias sanitárias esfera de 60 mm Se receber efluentes de bacias sanitárias deverá ter o fundo inclinado de for ma a impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa for totalmente es vaziada e um tubo de ventilação independente INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 73 SERECINSTAHIUNID3indd 73 290920 1613 Tubulação de recalque mínima com diâmetro nominal de 75 mm se receber efl uentes de bacias sanitárias e com diâmetro mínimo de 40 mm se não receber efl uentes de bacias sanitárias Caixas sifonadas Na defi nição da NBR 81601999 a caixa sifonada é caixa provida de desco nector destinada a receber efl uentes da instalação secundária de esgoto ABNT 1999 p 2 Observe na Tabela 5 os valores para dimensionamento das caixas si fonadas Número de UHC Diâmetro Nominal DN 6 100 10 125 15 150 TABELA 5 DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS SIFONADAS Fonte NETTO FERNÁNDEZ 2015 p 511 Adaptado O ramal de saída da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na tabela de ramais de esgoto Subsistema de ventilação O ramal de ventilação é dimensionado em função da soma das UHCs dos apa relhos conectados ao ramal de esgoto associado Os critérios também estão su bordinados à presença ou não no grupo de aparelhos de bacias sanitárias confor me mostrado na Tabela 6 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 74 SERECINSTAHIUNID3indd 74 290920 1613 Grupo de aparelho sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias Número de UHC Diâmetro nominal do ramal de venti lação Número de UHC Diâmetro nominal do ramal de venti lação Até 12 40 Até 17 50 13 a 18 50 18 a 60 75 19 a 36 75 TABELA 6 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE VENTILAÇÃO Fonte ABNT 1999 Adaptado Fonte ABNT 1999 Adaptado A efetividade do sistema de ventilação também está relacionada à distância entre o ramal de ventilação e sua distância até o desconector conforme indicado na Tabela 7 DN do ramal de ventilação Distância máxima m 40 10 50 12 75 18 100 24 TABELA 7 DISTÂNCIA DO RAMAL DE VENTILAÇÃO AO CONECTOR Colunas e barriletes de ventilação Os ramais de ventilação conectamse às colunas ou aos barriletes de ventila ção Definese barrilete de ventilação segundo a NBR 81601999 como uma tu bulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores ABNT 1999 p 2 As colunas de ventilação são conectadas ao tudo de queda após sua conexão INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 75 SERECINSTAHIUNID3indd 75 290920 1613 com o último ramal de esgoto A partir desse ponto o tubo de queda é prolongado até acima da cobertura passando a ter a função de ventilar o sistema A partir daí é chamado de tubo de ventilação primário As colunas de ventilação podem ser dimensionadas com auxílio da Tabela 8 Observe Diâmetro Nominal do Tubo de Queda ou do Ramal de Esgoto mm DN do ra mal de ven tilação Diâmetro Nominal mínimo do Tubo de Ventilação mm 40 50 75 100 150 200 250 300 Comprimento permitido em metros 40 8 46 40 10 30 50 12 23 61 50 20 15 46 75 10 13 46 317 75 21 10 33 247 75 53 8 29 207 75 102 8 26 189 100 43 11 76 299 100 140 8 61 229 100 320 7 52 195 100 530 6 46 177 TABELA 8 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO RAMAIS DE VENTILAÇÃO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 76 SERECINSTAHIUNID3indd 76 290920 1613 150 500 10 40 305 150 1100 8 31 238 150 2000 7 26 201 150 2900 6 23 183 200 1800 10 73 286 200 3400 7 57 219 200 5600 6 49 186 200 7600 5 43 171 250 4000 24 94 293 250 7200 18 73 225 250 11000 16 60 192 250 15000 14 55 174 300 7300 9 37 116 287 300 13000 7 29 90 219 300 20000 6 24 76 186 300 26000 5 22 70 152 Fonte ABNT 1999 Adaptado Os tubos ventiladores primários ou as colunas de ventilação com extremidade aberta à atmosfera devem atender a vários critérios ABNT 1999 p 7 Devem ter um afastamento de pelo menos 4 m de qualquer janela porta ou vão de ventilação a menos que es teja elevado a pelo menos 1 m das vergas dos respectivos vãos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 77 SERECINSTAHIUNID3indd 77 290920 1613 Devem ter altura superior altura mínima de 2 m acima de laje impermeabiliza da se for utilizada para outros fi ns além de simples cobertura da edifi cação Caso contrário a altura mínima deve ser de 30 cm Os trechos aparentes devem ter proteção contra choques ou acidentes que possam causar danos A seção aberta à atmosfera deve ser protegida por terminal tipo chaminé tê ou dispositivos que impeçam a entrada das águas de chuva na tubulação Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento O sistema de captação de águas pluviais destinase exclusivamente ao reco lhimento e condução de água de chuva até os locais previstos para descarte ou acumulação sendo vedada sua interligação com outras instalações os sistemas de esgoto e águas pluviais são independentes e sem interligação Ele deve ser estanque permitir limpeza e desobstrução absorver esforços provocados por di latação térmica ou por choques mecânicos quando for passível a eles ser resis tente à ação do intemperismo ou ao contato com outros materiais de construção não provocar ruídos excessivos resistir às pressões a que será submetido e fi xado de forma adequada Nas coberturas as águas de chuva são aparadas por telhados ou lajes imper meabilizadas estas com declividade mínima de 05 São direcionadas para calhas conectadas a tubulações verticais os condutores verticais que direcionam esse efl uente para condutores horizontais que devem ser instalados com declividade mínima de 05 Esses componentes podem ser de ferro fundido fi brocimento PVC rígido aço galvanizado cerâmica vidrada concreto cobre concreto ou alvenaria Dependendo das condições e da infraestrutura existente essas águas podem ser dispostas em sarjetas sendo direcionadas para o sistema público de drena gem em poços absorventes para infi ltração no solo em reservatórios de reten ção para posterior descarte ou eventual utilização para fi ns não potáveis ou dis postas em escoamento superfi cial Um dos principais elementos para dimensionamento do projeto de captação de águas pluviais é a intensidade e o regime das chuvas incidentes no local da edifi cação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 78 SERECINSTAHIUNID3indd 78 290920 1613 A intensidade de chuva I é adotada para a localidade e para certo período de retorno número médio de anos em que uma precipitação com mesma duração e intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez A NBR 108441989 considerando chuvas com tempo de duração t 5 minutos fixa os períodos de retorno T de acordo com as características da área a ser dre nada ABNT 1989 p 3 T 1 ano para obras externas sendo empoçamentos tolerados T 5 anos para coberturas eou terraços T 25 anos para coberturas e áreas em que empoçamentos ou extravasa mentos não possam ser tolerados Para construções com área de projeção de até 100 m² salvo casos especiais podese adotar I 150mmh Para as demais construções utilizar a Tabela 9 TABELA 9 CHUVAS INTENSAS NO BRASIL DURAÇÃO DE 5 MIN Local Intensidade pluviométrica mmh Período de retorno anos 1 5 25 BelémPA 138 157 18520 Belo HorizonteMG 132 227 23012 CuiabáMT 144 190 23012 FortalezaCE 120 156 18021 GoiâniaGO 120 178 19217 ManausAM 138 180 198 Porto AlegreRS 118 147 16721 Rio de JaneiroRJ 50 18 a 60 75 Jardim Botânico 122 167 227 SalvadorBA 108 122 14524 São PauloSP 50 18 a 60 75 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 79 SERECINSTAHIUNID3indd 79 290920 1613 Congonhas 122 132 São Paulo 50 18 a 60 75 Mirante de Santana 122 172 1917 TeresinaPI 154 240 26223 Fonte ABNT 1999 Adaptado Os números entre parênteses representam o tempo de retorno a que se refe rem as intensidades em vez de 25 anos devido ao tempo de observação CURIOSIDADE Analisando a Tabela 9 notamos que locais tradicionalmente áridos apresentam intensidades pluviométricas maiores que em locais tradicio nalmente chuvosos para o mesmo tempo de retono Por exemplo para o tempo de retorno de cinco anos São Paulo em Congonhas apresenta intensidade pluviométrica de 132 mmh enquanto Teresina tem 240 mmh Isso quer dizer que em Teresina a intensidade da chuva com tempo de retorno de cinco anos é muito maior que a de São Paulo Apesar de cho ver pouco ao longo do ano em Teresina tem pancadas de chuva mais intensas que em São Paulo A partir da intensidade pluviométrica e considerando as áreas das superfícies que vão aparar a chuva obtemos a vazão de projeto da água que será captada pela relação Q I A 60 1 Sendo que I intensidade pluviométrica em mmh A área de contribuição em m² Considerando que 1 litro 1 dm³ temos a seguinte relação entre as unidades mmh m2 10 2 dm h 102 dm2 dm3hora litroshora e hora minuto litros litros 60 Temos então a unidade da vazão fornecida pela relação Q vazão em li trosmin A ação dos ventos deve ser levada em conta pela adoção de um ângulo de in INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 80 SERECINSTAHIUNID3indd 80 290920 1613 clinação da chuva em relação à horizontal Afi nal devido aos ventos a chuva não cai necessariamente a 90 e não caindo a 90 ela vai atingir muros e fachadas o que faz com que parte dessa água contribua com a vazão nos condutores O vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas As superfícies horizontais lajes ou pisos devem ter uma declividade em re lação aos ralos de pelo menos 05 mas apesar dessa declividade devem ser consideradas planas Sistema de captação transporte e descarte ou reservação das águas pluviais As calhas podem ser defi nidas como canais instalados na horizontal com declividade mínima de 05 que captam a água aparada pela superfície de um telhado cobertura ou terraço conduzindoa a um ou mais pontos em que será captada por condutores verticais tubulação e transportada até o nível do solo No nível do solo o efl uente dos condutores verticais é direcionado para condutores horizontais sendo encaminhados para descarte ou eventual re servação A conexão entre os condutores é feita por meio de caixas chamadas caixas de areia Os rufos são elementos geralmente metálicos que têm a função de proteger o encontro das calhas com paredes ou muros evitando a infi ltração da água da chuva nesses encontros As calhas podem ser instaladas em platibandas beirais ou em águas furtadas A Figura 1 mostra um croqui dessas instalações Figura 1 Croqui de calha instalada em beiral platibanda e agua furtada Água furtada Platibanda Beiral INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 81 SERECINSTAHIUNID3indd 81 290920 1613 Calhas O dimensionamento de calhas pode ser feito por meio da fórmula de Man ningStrickler indicada a seguir ou de qualquer outra fórmula equivalente da hidráulica Q K A Rh23 i n 2 Sendo que Q vazão de projeto em Lmin A área da seção molhada em m² n coeficiente de rugosidade depende do material da calha Rh raio hidráulico em m i declividade da calha em mm mínimo de 05 K 60 000 coeficiente para transformar a vazão em m³s para Lmin EXPLICANDO Os conceitos de raio hidráulico Rh seção molhada A e perímetro mo lhado P vêm da hidráulica Por exemplo a área molhada de um tubo com seção circular com escoamento à seção plena coincide com a área do círculo a meia seção a área molhada é metade da área do círculo O perímetro molhado é o comprimento da seção que está em contato com a água No nosso exemplo à seção plena o perímetro molhado é o compri mento da circunferência e a meia seção metade desse comprimento O raio hidráulico é a razão entre a área da seção molhada e o comprimento do perímetro molhado O coeficiente de rugosidade depende do material da calha materiais menos rugosos contribuem para uma maior vazão e os mais rugosos tendem a dimi nuir a vazão pelo atrito entre a água e a calha Na instalação das calhas deve ser imposta uma declividade em direção aos condutores verticais para evitar empoçamentos Se houver impedimento em aplicar declividade nas calhas os condutores verticais deverão ter um aumento na sua capacidade de escoamento ou aumentar o número de condutores Um fator que influencia a eficiência da calha é a distância entre o ponto de captação de condutor vertical e de eventual curva para mudança de direção da calha e o tipo de acabamento da curva sendo os cantos arredondados ou retos Em calhas de beiral ou platibanda quando a saída estiver a menos de 4 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 82 SERECINSTAHIUNID3indd 82 290920 1613 m de uma mudança de direção a vazão de projeto deverá ser majorada multi plicandoa pelos coeficientes da Tabela 10 Tipo de curva Curva a menos de 2 m de saída da calha Curva entre 2 m e 4 m de saída da calha Canto reto 120 110 Canto arredondado 110 105 TABELA 10 COEFICIENTES MULTIPLICADORES DE VAZÃO DE PROJETO Fonte ABNT 1989 Adaptado Condutores verticais Os condutores verticais captam as águas das calhas ou de ralos das lajes de cobertura ou terraços e podem ser instalados externa ou internamente à edificação com diâmetro interno mínimo de 70 mm Os materiais mais comuns desse componente são o PVC e o ferro fundido Preferencialmente devese instalar os condutores em linha reta em uma única prumada Se houver necessidade de desvio devese usar curvas de 90 longas ou de 45 Também para evitar obstruções na entrada dos ralos é reco mendado o uso de grelhas semiesféricas O acabamento da saída da calha para o condutor vertical tem influência significativa na sua eficiência Para o dimensionamento dos condutores a NBR 108441989 fornece dois ábacos um em que as saídas das calhas são em ares tas vivas e outro com saídas em funil INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 83 SERECINSTAHIUNID3indd 83 290920 1614 150 D mm 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 0 400 200 600 800 1000 1200 a Calha com saída em aresta viva 1400 1600 1800 2000 2200 2400 QI mín 2600 2800 L L 25 m L 6 m L 3 m L 2 m L 15 m L 1 m L 03 m H 70 mm H 60 mm H 50 mm H 90 mm H 80 mm L 06 m H 100 mm Figura 2 Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em aresta viva Fonte ABNT 1989 p 8 Figura 3 Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em funil Fonte ABNT 1989 p 8 150 D mm 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 0 400 200 600 800 1000 1200 Calha com funil de saída 1400 1600 1800 2000 2200 2400 QI mín 2600 2800 L L 25 m L 6 m L 3 m L 2 m L 15 m L 1 m H 100 mm H 90 mm H 80 mm H 70 mm H 60 mm H 50 mm L 06 m L 03 m INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 84 SERECINSTAHIUNID3indd 84 290920 1614 Para utilizar o ábaco considerase Q vazão de projeto em Lmin na linha das abcissas H altura da lâmina de água na calha em mm L comprimento do condutor vertical em m D diâmetro do condutor em mm O procedimento para utilização desses ábacos é 1 Levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspon dentes e interpolar se for o caso 2 Transportar a interseção mais alta até o eixo D 3 Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao valor encontrado Condutores horizontais Os condutores horizontais recebem o efluente dos condutores verticais Essa conexão deve ser feita preferencialmente utilizandose caixas de areia e caso não seja possível utilizar curvas longas de 90 ou 45 com inspeção Eles devem ser projetados com declividade mínima de 05 Deve ser prevista inspeção na tubulação a cada 20 metros Para o dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular em pregase a fórmula de ManningStricler com altura de lâmina dágua igual a 23 do diâmetro interno do tubo Caixas de areia As conexões entre as tubulações enterradas devem ser fei tas preferencialmente por caixas de areia que têm a função de inspeção e limpeza das tubulações Uma das diferencia ções entre as caixas de areia e as de inspeção de esgoto é em relação à posição da geratriz inferior das tubulações Nas caixas de inspeção a geratriz inferior coincide com o fundo da caixa enquanto nas de areia elas devem estar pelo menos 10 cm acima do fundo Isso é necessário para reter grãos de areia ou lama arrastados pelas águas que devem ser periodicamente retirados As caixas de areia devem ser utilizadas para fazer a conexão das tubula ções quando houver mudança de direção ou declividade e a cada 20 metros de tubulação que é o limite de comprimento prescrito para um trecho reto de tubulação de águas pluviais INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 85 SERECINSTAHIUNID3indd 85 290920 1614 Diferentemente da caixa de inspeção de esgoto é possível instalar ralos na tampa da caixa de areia para captação das águas de chuva Devido a suas ca racterísticas esse sistema não produz os gases que são produzidos no esgoto não tendo necessidade de desconectores Instalação interna de gás características gás natural e gás liquefeito de petróleo A norma brasileira publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT que estabelece os requisitos para projeto e instalação de sistema de dis tribuição de gás combustível em edifi cações residenciais é a NBR 15526 redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais projeto e execução atualizada em 2016 O limite de pressão para essas instalações é de 150 kPa 153 kgfcm² Em uma edifi cação residencial o gás combustível é usado basicamente em fo gões para preparação de alimentos em aquecedores de acumulação ou de passa gem para aquecimento de água ou em máquinas secadoras de roupas Em regiões de frio intenso pode ser usado em sistemas de calefação O uso comercial indus trial é mais amplo e obedece a regras específi cas A instalação do sistema de gás combustível também deve atender a exigências locais como do Corpo de Bombeiros leis e decretos que regem esse uso A tubulação dessas instalações pode ser de aço carbono cobre sem costura ou polietileno específi co para esse uso A interligação entre o ponto de utiliza ção e os equipamentos de consumo deve ser feita por mangueiras de borracha fl exível com capacidade para a pressão exigida tubos metálicos fl exíveis ou tubos de cobre fl exíveis As instalações devem ter dispositivos para segurança e operação como vál vulas de bloqueio tipo esfera para interrupção da vazão do gás manuais e auto máticas reguladores de pressão manômetros fi ltros válvulas de alívio válvulas redutoras de pressão e os medidores de consumo Os gases disponíveis para o uso são o gás liquefeito de petróleo GLP forne cido em botijões e o gás natural GN canalizado e fornecido normalmente por uma concessionária de serviços públicos O GLP se liquefaz quando submetido a altas pressões e dessa forma é facil INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 86 SERECINSTAHIUNID3indd 86 290920 1614 mente armazenado em botijões Ele é mais pesado que o ar densidade relativa 18 e é formado por vários hidrocarbonetos com predominância do propano C3 H8 propeno C3 H6 butano C4 H10 e buteno C4 H8 O GN é mais leve que o ar densidade relativa 06 e é formado predominan temente pelo gás metano 70 CH4 CURIOSIDADE Vamos fazer a seguinte consideração o gás predominante na atmosfera é o nitrogênio N2 e seu peso molecular é 2 17 34 sabemos que o peso atômico de nitrogênio é 17 o peso molecular do metano predominante no GN é 1 12 4 1 16 sabemos que o peso atômico do carbono é 12 e do hidrogênio é 1 e o peso molecular do propano um dos gases predomi nantes no GLP é 3 12 8 1 44 Podemos notar que o GN é mais leve que a atmosfera e o GLP mais pe sado e assim se houver vazamento de gás em um ambiente fechado se esse gás for GLP vai se concentrar na parte baixa do ambiente por ser mais pesado que a atmosfera se for GN vai se concentrar na parte alta do ambiente Nos ambientes em que são instalados os aquecedores a gás deve ser garanti da ventilação cruzada por dispositivos que garantam ventilação permanente Es ses dispositivos podem ser venezianas instaladas em portas ou janelas A queima dos gases pelo aquecedor que gera a energia necessária para o aque cimento da água não tem eficiência de 100 Isso leva à necessidade de se instalar uma chaminé que vai encaminhar para o ambiente externo essa parcela de gás que não foi queimada tornandose um dispositivo obrigatório A presença de gases em ambientes confinados é capaz de gerar acidentes graves pois a simples faísca de um dispositivo elétrico como por exemplo um simples interruptor é capaz produzir a ignição desse gás confinado podendo cau sar explosões de grande magnitude A instalação de tubulação de gás em dutos ambientes fechados sancas e dispositivos que permitam seu confinamento repre sentam grande risco para a segurança Os parâmetros para o dimensionamento estão descritos no item 6 da NBR155262016 ABNT 2016 e a exemplo dos demais projetos de engenharia o primeiro passo é estabelecer a demanda de gás Para isso é necessário ter a defi nição dos equipamentos que serão instalados eventuais expansões e a potência adotada para cada um INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 87 SERECINSTAHIUNID3indd 87 290920 1614 A potência adotada deve ser computada para cada ramal da tubulação em fun ção dos equipamentos que serão alimentados por cada um desses ramais consi derando o fator de simultaneidade O fator de simultaneidade para um trecho com potência adotada menor que 21000 kcalh é 100 A F C100 3 Sendo que A potência adotada kcalh F fator de simultaneidade C potência computada kcalh Com a potência adotada calculase a vazão de gás necessária considerando o poder calorífico inferior PCI do gás fornecido Para GN PCI 8600 kcalm³ e para GLP PCI 24000 kcalm3 ambos considerados a uma temperatura de 20 C e pressão de 1 atm Temos então que Q APCI 4 Sendo que Q vazão A partir da vazão do cálculo das perdas de carga e das limitações de pressões e velocidade determinase o diâmetro da tubulação de cada trecho A perda de carga máxima em um trecho que alimenta diretamente um apa relho é de 10 e em um trecho que alimenta regulador de pressão é de 30 Devese respeitar as faixas de pressão de funcionamento dos equipamentos e dos reguladores de pressão A máxima velocidade admitida é de 20 ms INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 88 SERECINSTAHIUNID3indd 88 290920 1614 Sintetizando Vimos nessa unidade que o dimensionamento das instalações de esgoto sanitário baseiase nas Unidades Hunter de Contribuição que têm como prin cípio a vazão de esgoto gerada por um lavatório a vazão dos demais aparelhos é medida proporcionalmente O método leva em consideração a simultanei dade do uso dos aparelhos e se baseia somente na soma das UHC mas na probabilidade de uso simultâneo Ao projetar esse sistema devese ter a preo cupação em criar dispositivos que mitiguem a possibilidade de obstruções e entupimento da tubulação evitando curvas retas e priorizando a utilização de caixas para inspeção e eventual desobstrução da rede As águas que contêm gordura devem ser direcionadas para caixas de gordura para evitar a presença desse material na tubulação Outra preocupação presente na elaboração do projeto é a criação de desconectores que impeçam o retorno de gases para o interior da edificação Mais adiante notamos que o dimensionamento do sistema de águas plu viais também considera elementos que minimizem a possibilidade da forma ção de obstruções na tubulação com a utilização de caixas e inspeções para proporcionar facilidade na manutenção e limpeza O dimensionamento ba seiase na intensidade das chuvas e dessa forma duas edificações idênticas localizadas em locais com diferente índice pluviométrico vão ter um sistema de drenagem das águas de chuva diferentes Ao contrário do sistema de esgotos o projeto não prevê o uso de desconectores pois o problema do retorno de gases não está presente Estudamos também que o sistema de fornecimento de gás combustível deve ter especial atenção no quesito segurança devido à contundência de eventuais acidentes Deve estar no centro das preocupações evitar a possibi lidade de acúmulo de gases provenientes de eventual vazamento ou de gases que não foram queimados O sistema também apresenta fortes diferenças em função do gás que está sendo fornecido GLP ou GN INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 89 SERECINSTAHIUNID3indd 89 290920 1614 Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 108441989 instalações prediais de águas pluviais procedimento Rio de Janeiro ABNT 1989 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 81601999 Sis temas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 155262016 redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residen ciais projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 2016 CREDER H Instalações hidráulicas e sanitárias 6 ed São Paulo LTC 2006 MACINTYRE A J Manual de instalações hidráulicas e sanitárias São Paulo LTC 1990 NETTO J M A FERNÁNDEZ M F Manual de hidráulica 9 ed São Paulo Edgard Blucher 2015 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 90 SERECINSTAHIUNID3indd 90 290920 1614 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 4 UNIDADE SERECINSTAHIUNID4indd 91 290920 1614 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Fornecer uma visão geral dos sistemas de proteção contra incêndios SPCI Conhecer o projeto de prevenção e combate a incêndios PPCI Apresentar os elementos de regulamentação e dimensionamento dos PPCI Introdução Combustão Classes de fogo Classificação das edificações Proteção passiva Proteção ativa Materiais de extinção Extintores de incêndio Sistemas de alarme e detecção de incêndio Rede de chuveiros automáticos sprinklers Sistema sob comando de hi drantes Dimensionamento Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante Posicionamento do abrigo Dimensionamento da tubulação Bombas de incêndio Dimensionamento da reserva de incêndio Projeto e regulamentação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 92 SERECINSTAHIUNID4indd 92 290920 1614 Introdução Para se conceber um sistema de proteção contra incêndio SPCI a pri meira caracterização a se fazer é a do uso da edifi cação Os riscos que envol vem uma indústria por exemplo são diferentes daqueles que estão presen tes em uma edifi cação residencial ou comercial Da mesma forma uma edifi cação vertical com vários pavimentos apresenta riscos diferentes dos encontrados em conjuntos horizontais O sistema construtivo adotado é outro elemento a ser caracterizado Uma edifi cação pode ter sua estrutura em madeira em concreto ou em aço Cada material empregado tem comportamentos diferentes na presença de um in cêndio e o sistema de proteção deve entender esse comportamento e estabe lecer as condições mais apropriadas para cada um Os materiais utilizados nos acabamentos da construção também devem ser elementos de análise pois sua maior ou menor combustibilidade e os gases produzidos durante sua combustão em quantidade e qualidade podem ser fatores importantes em uma situação de incêndio Outra abordagem se dá no campo do combate a um incêndio iniciado O projeto deve prever instrumentos para que seja feito o primeiro combate aos pequenos focos Esse combate é feito por pessoas com um treinamento míni mo ou brigadas de incêndio utilizando extintores hidrantes e outro elementos para impedir que o fogo se propague Junto com isso o projeto deve ser concebido para garantir que as pessoas que estão dentro da edifi cação sejam avisadas e tenham caminhos protegi dos para conseguir fugir Além disso o sistema deve garantir que o Corpo de Bombeiros instituição que tem como uma de suas fi nalidades o combate a incêndios consiga chegar à edifi cação e adentrála com mínima segurança para combater o incêndio A situação ideal é aquela em que o incêndio não acontece mas se acontecer o sistema tem que estar pronto para ele com sua manutenção em dia sendo capaz de impedir a propagação do fogo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 93 SERECINSTAHIUNID4indd 93 290920 1616 Combustão A combustão pode ser entendida como um processo em que ocorrem rea ções químicas entre um material chamado de combustível e outro chamado de comburente normalmente o oxigênio Ela tem seu início em um processo de ignição quando ocorre uma elevação de temperatura Essa reação é normal mente exotérmica emitindo calor e luz Veja a Figura 1 Figura 1 Reação de combustão combinação do combustível oxigênio calor Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 Para que ocorra a combustão é necessária a presença desses três elementos combustível comburente e calor Para interrompêla basta retirar um desses três elementos isolando o combustível do comburente e ou eliminando o calor OXIGÊNIO CALOR COMBUSTÍVEL Classes de fogo A classifi cação do incêndio pode se dar em função da natureza do material que potencialmente está sendo queimado A Norma Regulamentadora 23 proteção contra incêndios do Ministério de Trabalho e Emprego e os códigos de segurança contra incêndio de vários estados brasileiros adotam o sistema de classifi cação de fogo indicado no Quadro 1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 94 SERECINSTAHIUNID4indd 94 290920 1617 Classe de fogo ou classifi cação do incêndio Material combustível A Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros B Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros C Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros D Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Grupo Ocupação Uso Divisões A Residencial A1 A2 A3 profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Residencial Residencial Residencial Residencial A1 A2 A3 A1 A2 A3 A1 A2 A3 QUADRO 1 CLASSE DE FOGO OU CLASSE DE INCÊNDIO QUADRO 2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A OCUPAÇÃO Fonte MTE 2011 Adaptado A forma de combater o incêndio o tipo de extintor a ser utilizado o tipo de instalação a ser disponibilizada e a técnica de operação são determinados pela classe de fogo Uma forma inadequada de combate ao fogo é capaz de espalhar o incêndio ao invés de debelálo Classificação das edificações As edifi cações também recebem uma classifi cação quanto ao risco de in cêndios Os critérios adotados para essa classifi cação são o tipo de ocupação a altura e a carga de incêndio Nas defi nições do Decreto nº 639112018 do Estado de São Paulo a carga de incêndio é defi nida como a soma das energias calorífi cas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço inclusive o revestimento das paredes divisórias pisos e tetos SÃO PAULO 2018 A classifi cação das edifi cações e áreas de risco quanto a ocupação está resumida no Quadro 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 95 SERECINSTAHIUNID4indd 95 290920 1617 B Serviço de hospedagem B1 B2 C Comercial C1 C2 C3 D Serviço profi ssional D1 D2 D3 D4 E Educacional e cultura física E1 E2 E3 E4 E5 E6 F Local de reunião de público F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G Serviço automotivo e assemelhados G1 G2 G3 G4 G5 H Serviço de saúde e institucional H1 H2 H3 H4 H5 H6 I Indústria I1 I2 I3 J Depósito J1 J2 J3 J4 K Energia K1 L Explosivo L1 L2 L3 M Especial M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Cada grupo de ocupação é subdividido em partes que caracterizam de for ma mais pormenorizada o uso das edifi cações O Quadro 3 mostra as divisões do grupo A ocupaçãouso residencial Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria B1 B2 Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria Depósito B1 B2 C1 C2 C3 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria Depósito C1 C2 C3 D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Serviço de saúde e institucional Depósito Energia C1 C2 C3 D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Energia Explosivo D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Explosivo Especial D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 Explosivo Especial E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 Especial E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 J1 J2 J3 J4 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 J1 J2 J3 J4 J1 J2 J3 J4 K1 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 K1 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 Grupo Ocupaçãouso Divisão Descrição Exemplo A Residencial A1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais A2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral A3 Habitação coletiva Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Residencial Residencial Residencial A1 A2 Habitação unifamiliar A2 Habitação unifamiliar Habitação unifamiliar unifamiliar Habitação multifamiliar A3 Casas térreas ou assobradadas Habitação multifamiliar Casas térreas ou assobradadas Habitação multifamiliar Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e multifamiliar Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em geral Pensionatos internatos alojamentos mosteiros Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em geral Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos e conventos Capacidade máxima de 16 leitos QUADRO 3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS QUANTO A OCUPAÇÃO Os Quadros 4 e 5 mostram a classifi cação das edifi cações e áreas de risco quanto a altura e a carga de incêndio respectivamente INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 96 SERECINSTAHIUNID4indd 96 290920 1617 Tipo Denominação Altura I Edifi cação térrea Um pavimento II Edifi cação baixa H 6 m III Edifi cação de baixamédia altura 600 m H 12 m IV Edifi cação de média altura 1200 m H 23 m V Edifi cação medianamente alta 2300 m H 30 m VI Edifi cação alta H 30 m Potencial de risco Carga de incêndio MJm² Baixo Até 300 MJm² Médio Entre 300 e 1200 MJm² Alto Acima de 1200 MJm² Edifi cação térrea Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Um pavimento Edifi cação medianamente alta Um pavimento Um pavimento 600 m H 12 m Um pavimento H 6 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m Um pavimento H 6 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m H 30 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m H 30 m 2300 m H 30 m H 30 m 2300 m H 30 m Baixo Baixo Médio Médio Alto Alto Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² QUADRO 4 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A ALTURA QUADRO 5 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A CARGA DE INCÊNDIO Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado A partir dessas classifi cações são estabelecidas as exigências quanto as ins talações Cada estado da Federação tem sua legislação específi ca No Rio de Janeiro por exemplo ela se dá pelo Decreto nº 422018 Proteção passiva Os sistemas de proteção passiva são incorporados na concepção dos edi fícios Eles devem ser funcionais no uso diário do edifício e reagir passivamente em uma situação de incêndio minimizando ou retardando a propagação do incêndio facilitando a fuga dos usuários postergando uma situação de colapso estrutural e facilitando a atuação e acesso das brigadas de incêndio e do Corpo de Bombeiros Uma das medidas que pode ser considerada nessa perspectiva é a exis tência de rotas de fuga sinalizadas e amplamente divulgadas para que em uma situação de incêndio os usuários da edifi cação saibam para onde sair Normal INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 97 SERECINSTAHIUNID4indd 97 290920 1617 mente as escadarias fazem parte da rota de fuga Elas devem ser isoladas do resto do edifício por portas cortafogo e devem ter configurações ou sistemas de exaustão que em uma situação de incêndio as deixem livres da fumaça Nas rotas de fuga o sentido de abertura das portas deve ser sempre na direção da saída para facilitar o fluxo das pessoas A estrutura do edifício deve estar protegida para que não entre em colapso O concreto apresenta uma boa resistência ao fogo já o aço perde sua resis tência muito rapidamente em altas temperaturas As estruturas de concreto armado devem ter cobrimento adequado das armaduras e as estruturas de aço devem ser revestidas com argamassas de baixa densidade que contém rochas como a vermiculita com alto grau de isolamento térmico Outro trata mento a ser dado nas estruturas de aço é a aplicação de pintura intumescente para postergar a propagação do calor A pintura intumescente tem a aparência de uma pintura normal mas em altas temperaturas ela se expande formando uma espuma isolante A estrutura de madeira apresenta bom desempenho contra incêndios quando comparada a outros materiais estruturais As peças robustas formam uma camada de carvão isolante impedindo a saída de gases inflamáveis e a propagação de calor para o interior da seção resultando em uma velocidade média de carbonização de 063 mmmin Isso colabora favoravelmente para a capacidade de sustentação estrutural mesmo após a edificação ter sido ex posta a elevadas temperaturas pois a alma da seção se mantém fria pouco distante da zona queimada conservando grande parte das propriedades físi cas da madeira A compartimentalização horizontal e vertical dos ambientes é outra estra tégia adotada para minimizar a possibilidade de expansão do fogo de um am biente para outro Em áreas muito grandes a propagação é mais fácil enquanto em ambientes compartimentali zados a presença de divisórias retarda a propagação A compartimentalização também deve ocorrer na verti cal Aberturas em lajes propiciam a transmissão do fogo de um andar para o outro Essa transmissão na direção vertical também pode ocorrer pela fa chada e em função do projeto tendo distâncias pe INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 98 SERECINSTAHIUNID4indd 98 290920 1617 quenas entre as janelas Devem ser instaladas barreiras que podem ser deta lhes arquitetônicos que impeçam essa transmissão Outra medida prevista em legislação é a formação de brigadas de incêndio formada por usuários dos edifícios que são treinados por instituições certifi cadas pelo Corpo de Bombeiros para fornecer treinamento mínimo de orientação em casos de incêndio e manuseio dos equipamentos O aviso sobre a ocorrência do incêndio é outro fator a ser considerado A presença de alarmes avisa às pessoas da ocorrência e os brigadistas podem fazer seu trabalho de forma mais efetiva ASSISTA Um dos maiores e mais emblemáticos incêndios ocorridos no Brasil foi do edifício Joelma em 1974 Assista ao vídeo com o depoimento de um bombeiro que atuou no combate a esse incêndio e testemunhou as difi culdades encontradas na época devido à desinformação e ao mau uso ou ausência de equipamentos que hoje são obrigatórios Na época a legisla ção era mais branda em relação às exigências de segurança mas a falta de informação e o excesso de confi ança ainda estão presentes em diversas situações atuais Proteção ativa Os sistemas de proteção passiva têm como objetivo postergar a propaga ção do incêndio e permitir que a pessoas abandonem o local Já os sistemas de proteção ativa visam a extinção e o controle do incêndio São utilizados so mente na ocorrência do incêndio e devem ter sua manutenção sempre em dia Materiais de extinção Os materiais utilizados para o combate ao incêndio e a forma de sua aplica ção dependem da classifi cação do incêndio Água material abundante e relativamente barato Pode ser aplicado na forma de jato ou por aspersão formando uma neblina O jato é ob tido com a utilização de mangueiras com bocais e ponteiras chamadas de requinte As mangueiras são alimentadas por uma tubulação que faz parte da rede de incêndio Em ambientes abertos e na utilização a gran INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 99 VEJA Clique aqui SERECINSTAHIUNID4indd 99 290920 1617 des distâncias usase um dispositivo mais potente chamado canhão O jato é direcionado à base do fogo e é indicado para a extinção de fogo classe A A aplicação por aspersão pode ser automática sprinklers ou manual com bicos adequados A neblina de água dessa aplicação forma uma barreira dificultando a passagem do oxigênio elemento comburente do processo Além disso a aspersão age no resfriamento das superfícies A água nebulizada também pode formar temporaria mente uma emulsão na superfície de óleos ou líquidos inflamáveis tornandoos incombustíveis Espuma mecânica a espuma é formada pela mistura de água com um agente formador de espuma É indicado para incêndios em líquidos em que é lançada grande quantidade de espuma na superfície do líqui do Esse sistema também pode ser usado em incêndios classe A Freon 1301 e hallon 1301 esses gases apresentam bons resultados para incêndios classe A B e C mas tem uso restrito pois são agentes destruidores da camada de ozônio da atmosfera terrestre Gás carbônico CO2 seu efeito consiste em substituir o oxigênio con tido no ar Ele é armazenado na forma líquida sob pressão em cilindros metálicos Quando liberado expandese em até 450 vezes fazendo bai xar o teor de oxigênio no ar Ele é indicado para incêndios classes B e C A grande vantagem da utilização de gases na extinção de incêndios consiste no fato deles não deixarem resíduos Esse material é muito re comendado em centros de processamento de dados locais com trans formadores locais com geradores e indústrias químicas Pó químico seco é formado por bicarbonato de sódio ou sul fato de potássio Ele é lançado com o auxílio de um gás sob pressão que pode ser o gás carbônico nitrogênio ou mesmo o ar e funcionam como propelentes Ele é indicado para incêndios classes B C e D EXPLICANDO Emulsão é uma mistura de dois ou mais líquidos imiscíveis um não dilui o outro Sua formação acontece com um dos líquidos formando pequenos glóbulos que se dispersam no seio do outro INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 100 SERECINSTAHIUNID4indd 100 290920 1617 Extintores de incêndio Pela definição da Instrução Técnica nº 3 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo extintor de in cêndio é um aparelho de acionamento manual por tátil ou sobre rodas que está destinado a combater princípios de incêndios CORPO DE BOMBEIROS 2018c O tipo de extintor a ser instalado em um local depende da classe de incêndio a qual poten cialmente a área está sujeita A quantidade e disposição dos extintores é dada a partir da classe de risco de incêndio e da área a ser coberta pelo extintor As distâncias má ximas para o alcance do operador conforme o risco de fogo são CORPO DE BOMBEIROS 2018a Baixo distância máxima de 25 m do operador Médio distância máxima de 20 m do operador Alto distância máxima de 15 m do operador O local de instalação dos extintores deve ser adequadamente sinalizado Eles devem ser fi xados de forma que sua parte superior fi que instalada a uma altura de até 160 m Os extintores de maior capacidade podem ser instalados sobre rodas Extintor de água pressurizada O extintor de água pressurizada é indicado para incêndios classe A Sua capacidade mínima é de 10 litros havendo porém extintores de até 18 litros Ele possui uma câmara de gás propelente Extintor de espuma mecânica O extintor de espuma é indicado para fogos de classes A e B Sua capacida de mínima é de 10 litros Extintor de gás carbônico O extintor de gás carbônico é indicado para os incêndios de classes B e C Sua capacidade mínima é de 4 kgf Os mais usados são de 6 kg e 25 kg sobre rodas Existem unidades de até 150 kgf usados sobre rodas Ele possui uma válvula de descarga um manômetro indicando a pressão e um esguicho difu sor como mostra a Figura 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 101 SERECINSTAHIUNID4indd 101 290920 1617 Figura 2 Extintor de gás carbônico Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 Extintor de pó químico seco O extintor de pó químico seco é indicado para fogos de classes B e C Sua capacidade mínima é de 4 kgf Esse tipo de extintor também pode ser indica do para fogo de classe D porém o pó é escolhido especifi camente para cada material Extintores de gases halogenados Esse tipo de extintor pode ser exigido a critério do Corpo de Bombeiros Informações sobre o extintor Bico Dióxido de carbono ou outro produto químico Medidor de pressão Pino de segurança Alça Alça Botijão de gás Tubo Sistemas de alarme e detecção de incêndio Em indústrias e em grandes edifícios instalase um sistema de alarme para avisar os usuários do início do incêndio e um sistema de detecção de incêndio que indica em que local está ocorrendo seu início Esses sistemas podem ser manuais ou automáticos Nos sistemas de alar me manuais os mecanismos de acionamento estão normalmente localizados INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 102 SERECINSTAHIUNID4indd 102 290920 1618 próximos a unidade de extinção que em um edifício pode estar localizada no hall de cada andar Essa unidade é composta normalmente pelos extintores hidrantes e um dispositivo para acionamento de alarme que pode estar ligado a uma central na portaria que acusa o local em que o alarme foi acionado Os sistemas automáticos são providos de detectores de fumaça de radia ção infravermelha ou de calor que ao serem sensibilizados acusam o local do incêndio em uma central Esses sistemas podem acionar automaticamente o alarme e os dispositivos de combate ao fogo como por exemplo os sprinklers Rede de chuveiros automáticos sprinklers O sistema de chuveiros automáticos ou sistema de sprinklers aspersores consiste em uma rede de tubulações ligadas a um reservatório ou pressurizada com bombas sendo racionalmente distribuídos em uma rede aspersores que em uma situação de incêndio permitem que a água seja liberada sob forma de chuva resfriando o local e impedindo que o incêndio se alastre Veja a Figura 3 Figura 3 Rede de tubulação de sistema de sprinklers Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 A liberação da água ocorre com o rompimento de um obturador que impede a saída da água quando a temperatura do ambiente estiver normal Esse obtura dor pode ser feito com uma ampola de quartzo que contém em seu interior um líquido muito expansível Com o aumento da temperatura esse líquido rompe a ampola liberando a água no local onde ocorreu o aumento da temperatura INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 103 SERECINSTAHIUNID4indd 103 290920 1618 Outra forma de vedação do aspersor é feita com metal ou liga metálica com baixo ponto de fusão Com o aumento da temperatura o metal se funde libe rando a passagem da água Os aspersores podem ser direcionados para baixo pendentes para cima em pé ou para a lateral de parede Os aspersores podem ser instalados aci ma do forro Em situações especifi cas é possível utilizar sprinklers especiais que usam ga ses como o gás carbônico ou gases halogenados Isso ocorre em função da ade quabilidade do uso de água sobre o material cujo incêndio deverá ser debelado O sistema de tubulações é composto por linhas alimentadoras que abaste cem as colunas e de colunas verticais que abastecem os ramais Nos ramais e subramais são instalados os aspersores As tubulações devem ser de aço sem costura preto e para solda O sistema deve ser provido de dreno Nos ramais principais devem ser instaladas válvulas de controle de vazão a fi m de indicar a atividade de disparo de algum aspersor Esse controle deve estar ligado a uma central Para não usar a água do reservatório superior de um edifício podese pro ver a rede de sistema de pressurização da tubulação No Brasil a legislação sobre proteção e combate a incêndios é estadual e existe uma variação quanto à exigência do uso de sprinklers De uma forma geral os elementos que defi nem o seu uso são a altura do edifício seu uso sua área e a compartimentalização dessas áreas Devido a classe de risco pequeno médio ou grande são defi nidos os es paçamentos entre sprinklers sua vazão e a temperatura de disparo Essa tem peratura de disparo é relacionada à coloração do líquido contido na ampola Sistema sob comando com hidrantes O emprego da água no combate ao incêndio além do sistema automático de sprinklers é feito por sistemas com a manobra de registros em postos de hidrantes também chamados de tomadas de incêndio Esse sistema é composto por uma rede de tubulações e permite a utilização de mangueiras esguichos e requintes bico instalado no esguicho A Figura 4 mostra um hi drante e seus acessórios INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 104 SERECINSTAHIUNID4indd 104 290920 1618 Figura 4 Hidrante com registro mangueira esguicho e requinte Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 105 SERECINSTAHIUNID4indd 105 290920 1619 Para atender à exigência da vazão e pressão nas tomadas de incêndio geralmente é necessário instalar um sistema de bombas Essas bombas são instaladas em paralelo em um sistema by pass e seu acionamento pode ser manual ou au tomático O acionamento manual é feito por comando loca lizado nos andares mais altos da edificação mais próximos do reservatório superior e portanto com menores pressões Quando automáti co o acionamento pode ser feito por válvulas de fluxo A alimentação dessas bombas é feita por instalação independente do siste ma que alimenta o restante da edificação Nas caixas de entrada de energia do edifício existe uma entrada independente para as bombas de incêndio de for ma que se o fornecimento de energia do prédio for interrompido o circuito que alimenta as bombas de incêndio não será afetado Em uma situação de incên dio uma das primeiras providências a ser tomada é o desligamento da energia e sem a independência dos circuitos as bombas não poderiam funcionar Em ocupações com maior potencial de risco podem ser especificadas uma bomba com acionamento elétrico e outra com a motor por explosão Hidrante ou tomada de incêndio É um dispositivo instalado no interior dos edifícios Primeiro é instalado o abrigo uma caixa de incêndio colocada na prumada da tubulação Para um edi fício de risco médio é instalado um registo de gaveta de 2 ½ uma junta Storz de 2 ½ conexão de engate rápido que permite adaptação da mangueira do Corpo de Bombeiros uma redução de 2 ½ para 1 ½ que permite a adaptação da mangueira a ser usada pelos moradores do edifício e uma mangueira de 1 ½ com junta e esguicho de 1 ½ e requinte de ½ Hidrante de passeio ou de recalque É um dispositivo instalado na calçada É instalado uma caixa no piso da calçada contendo na tampa a inscrição incêndio e pintada de vermelho A tubulação de incêndio chega até essa caixa que possui um registro de gave ta de 2 ½ com um tampão com corrente de engate rápido Storz e que per mite que os bombeiros recalquem água para o interior que será usado em suas mangueiras que serão engatadas nos hidrantes do prédio Na saída da tubulação de incêndio do reservatório superior deve ser instalada uma válvula de retenção de modo que a água bombeada a partir do hidrante de INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 106 SERECINSTAHIUNID4indd 106 290920 1619 passeio não retorne para o reservatório ao invés de atender aos pontos de tomada de incêndio Hidrante urbano ou de coluna É abastecido pela rede pública e permite a ligação direta das mangueiras do Corpo de Bombeiros É exigido em loteamentos agrupamento de edificações unifamiliares de seis casas ou lotes agrupamentos residenciais multifamiliares e em grandes estabelecimentos Mangueiras de incêndio As mangueiras devem ser guardadas nos abrigos dos hidrantes e podem ser dotadas de esguicho regulável para jato denso ou produção de neblina São colocadas nos abrigos 30 metros de mangueira em dois lances de 15 metros com juntas Storz O diâmetro interno das mangueiras pode ser de 38 mm 1 ½ e requinte de 13 mm 12 ou de 63 mm 2 ½ e requinte de 19 mm 34 As mangueiras de 1 ½ são chamadas de mangotinhos e as de 2 ½ de mangueiras de incêndio São fabricadas com fibras resistentes a umidade devem ser flexíveis reves tidas internamente de borracha e capazes de suportar pressão de 20 kgfcm² O diâmetro das mangueiras é definido em função da ocupação e classe de risco Vale ressaltar que todo sistema deve ter sinalização orientativa Nos postos de combate a incêndio devem ser colocadas sinalizações indicando o hidrante os extintores pontos de acionamento de alarme e a bomba se não for automá tica A Figura 5 mostra mangueira com conexão de engate rápido Figura 5 Mangueira com conexão de engate rápido Fonte Adobe Stock Acesso em 24082020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 107 SERECINSTAHIUNID4indd 107 290920 1620 Tubulação O sistema de tubulações de combate a incêndio é totalmente independente das tubulações destinadas ao abastecimento do edifício As colunas de incên dio devem ser de ferro galvanizado ou cobre admitindo também material ter moplástico enterrado ou fora da projeção da edifi cação Esse material deve ser resistente à pressão de 20 kgfcm² e ter diâmetro interno mínimo de 2 ½ As colunas juntamse no pavimento térreo vão em direção à fachada principal do edifício e terminam no hidrante de passeio A tubulação aparente ou que passa em dutos verticais ou horizontais deve ser pintada de vermelho Segundos a IT 222018 do Copo de Bombeiros do Estado de São Paulo a tubulação pode opcionalmente ser pintada de outra cor mas a cada três metros deve haver uma faixa vermelha pintada em forma de anel com 20 cm de largura CORPO DE BOMBEIROS 2018b Dimensionamento No Brasil o dimensionamento do sistema de hidrantes é regido pelas Instru ções Técnicas de cada Corpo de Bombeiros de cada estado já que isso cabe à legislação estadual e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT por meio da NBR 137142000 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para com bate a incêndio A NR 23 do MTE também serve como referência à segurança nos ambientes de trabalho DICA O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo publicou 45 Instruções Técnicas que abrangem os mais diversos tipos de situações Essas ITs estão disponíveis no site da corporação que tem seu link disponível na bibliografi a desse material Em geral o sistema de água potável em edifícios abastecidos pela rede pública dispõe de um reservatório inferior e um reservatório superior A água proveniente da rede pública é armazenada no reservatório inferior e recalcada por bombas para o reservatório superior e a partir daí ela é distribuída por gravidade Existem variações desse sistema dependendo do porte da edifi cação e de condições específi cas A distribuição pode ser direta realizada somente por re INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 108 SERECINSTAHIUNID4indd 108 290920 1620 servatórios inferiores com distribuição a partir de rede pressurizada realizada somente por reservatórios superiores ou de forma mista Os reservatórios em edifícios de médio ou grande porte com reservatórios de capacidade superior a 1000 litros devem possuir pelo menos duas câmaras para manutenção e limpeza Enquanto uma câmara está sendo limpa a outra abastece o edifício Uma parcela da água armazenada deve ser reservada para uma situação de incêndio É a chamada reserva de incêndio O dimensionamento do reser vatório superior é feito considerando um volume correspondente a 40 do consumo diário de edifício somado à reserva de incêndio A reserva de incêndio é garantida posicionando a extremidade da tubulação das colunas de alimentação dos aparelhos sanitários a uma altura h do fundo do reservatório Essa altura multiplicada pela área do fundo do reservatório é a reserva de incêndio disponível A extremidade da tubulação da coluna de incêndio deve estar posicionada no fundo do reservatório conforme mostra a Figura 6 Figura 6 Representação esquemática da reserva de incêndio Reserva de incêndio Alimentação de aparelhos Coluna de incêndio h INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 109 SERECINSTAHIUNID4indd 109 290920 1620 Em cada pavimento a coluna de incêndio tem um ramal para o hidrante sen do que no térreo ele deriva para a calçada até o hidrante de passeio Se o prédio possuir subsolos a coluna de incêndio continua até o hidrante do último subsolo A pressão mínima no hidrante deve ser de 1 kgfcm² 10 mca ou 1000 kPa e a máxima 4 kgfcm² 40 mca ou 4000 kPa O cálculo dessa pressão deve considerar as perdas de carga ocorridas ao longo da tubulação e as perdas de carga localizadas Não tendo disponível a pressão mínima o que pode ocorrer nos andares mais altos devese utilizar as bombas de incêndio Se a pressão atingir valores maiores que 40 mca devese lançar mão de válvulas redutoras de pressão Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante A NBR 13714 estabelece a vazão e os equipamentos que devem estar pre sentes no abrigo dos hidrantes A Tabela 1 indica o esguicho e a vazão prescrita para cada tipo de sistema previsto e o Quadro 6 descreve cada um dos sistemas Tipo Esguicho Mangueira Saídas Vazão lmin Diâmetro mm Comprimento máximo m 1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100 2 Jato compacto D 16 mm ou regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto D 25 mm ou regulável 65 30 2 900 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Materiais Tipos de Sistema 1 2 3 Abrigos Sim Sim Sim 2 3 Regulável D 16 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 25 ou 32 D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 25 ou 32 D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 40 D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 65 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 1 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 2 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 2 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 300 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 300 900 900 Abrigos Abrigos Abrigos Sim Sim Sim Sim Sim TABELA 1 TIPOS DE SISTEMA QUADRO 6 COMPONENTES PARA ABRIGO EM CADA TIPO DE SISTEMA Fonte ABNT 2000 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 110 SERECINSTAHIUNID4indd 110 290920 1620 Mangueiras de incêndio Não Sim Sim Chaves para hidrantes e engate rápido Não Sim Sim Esguichos Sim Sim Sim Mangueira semirrígida Sim Sim Não Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueira semirrígida Mangueira semirrígida Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Fonte ABNT 2000 Adaptado Posicionamento do abrigo Os pontos de tomada de água devem estar posicionados próximos às por tas externas ou aos acessos das áreas a serem protegidas não distantes mais do que cinco metros O comprimento das mangueiras combinado com a dis tância do ponto de tomada de água deve garantir que quaisquer pontos da área a ser coberta seja alcançado por um esguicho no sistema tipo 1 e por dois esguichos nos sistemas tipos 2 e 3 A posição do abrigo não deve atrapalhar o fl uxo da rota de fuga e não deve ser instalado em escadas ou antecâmaras A altura da parte superior do abrigo deve estar entre 1 m e 1 m do piso Dimensionamento da tubulação O diâmetro mínimo recomendado da tubulação é de 2 ½ Para o sistema tipo 1 admitese diâmetro de 2 se for comprovada efi ciência hidráulica e ele for aprovado pelos órgãos competentes O dimensionamento da tubulação pode ser feito pelo Método Universal hf f Lv2 D 2g 1 Em que hf é a perda de carga em metros de coluna dágua f é o fator de atrito L é o comprimento virtual da tubulação tubos conexões em metros D é o diâmetro interno em metros v é a velocidade do fl uido em metros por segundo g é a aceleração da gravidade em metros por segundo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 111 SERECINSTAHIUNID4indd 111 290920 1620 Ou pela fórmula de HazenWilliams J 605 Q185 C185 d487 105 J é a perda de carga por atrito em quilopascal por metro Q é a vazão em litros por minuto C é o fator de HazenWilliams d é o diâmetro interno do tubo em milímetros O fator C depende do material de tubulação e pode ser visto no Quadro 7 2 Tipo de Tubulação Fator C Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100 Aço preto sistema de tubo seco 100 Aço preto sistema de tubo molhado 120 Aço galvanizado 120 Plástico 150 Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno 140 Cobre 150 Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Cobre Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Cobre Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno 100 100 100 120 120 150 140 140 150 150 QUADRO 7 FATOR DE HAZENWILLIAMS A velocidade da água no interior da tubulação calculada pela fórmula v Q A 3 não deve ser superior a 5 ms e nos tubos de sução de bombas não superior a 4 ms Fonte ABNT 2000 Adaptado Bombas de incêndio As bombas de incêndio devem ser dimensionadas para atender uma vazão da descarga em dois pontos de forma simultânea conforme indicado na Tabela 1 e sob pressão mínima de 1 kgfcm² ou 10 mca ou 1000 kPa Para bombas localizadas acima do nível de água do reservatório a velocidade máxima na tubulação de aspersão deve ser de 15 ms e no caso das bombas afogadas situação ideal de 2 ms A altura manométrica da bomba deve fi car além das perdas de carga ao longo da tubulação das perdas de carga localizadas e das perdas de carga nas mangueiras desde o hidrante até o esguicho De acordo com Macintyre 2010 costumase adotar os valores indicados na Tabela 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 112 SERECINSTAHIUNID4indd 112 290920 1620 Mangueira mm Vazão lmin J perda de carga mcam 38 1 ½ 250 040 63 2 ½ 500 015 63 2 ½ 900 030 TABELA 2 PERDAS DE CARGA NAS MANGUEIRAS Fonte MACINTYRE 2010 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral Mesmo desligando a entrada de energia da edifi cação o circui to alimentador das bombas de incêndio deve funcionar de forma normal sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio Na falta de energia da concessionária as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimentadas por um gerador à diesel ou baterias de acumulação Deve ser instalado também um sistema de supervisão elétrica para detectar quaisquer falhas nas instalações que possam interferir no funcionamento das bombas de incêndio As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição Alimentação da bomba de incêndio não desli gue Os fi os elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos fogo e umidade Dimensionamento da reserva de incêndio A reserva de incêndio pode ser armazenada em um reservatório exclusivo ou compartilhada com o reservatório da edifi cação O importante é que esteja garantido que seu volume seja acessível para uso exclusivo do sistema de com bate a incêndios A reserva de incêndio deve preferencialmente ser armazena da no reservatório superior O volume da reserva de incêndio deve ser igual a vazão de duas saídas do sis tema com a vazão indicada na Tabela 1 durante 60 minutos para os tipos 1 e 2 e durante 30 minutos para o tipo 3 Assim para um edifício residencial vamos ter 2 saídas 80 lmin 60 minutos 9600 litros Para os sistemas tipo 2 e 3 não se admite interligação do sistema de alimentação dos hidrantes com outros sistemas Para o tipo 1 admitese a interligação com o sistema de sprinklers desde que essa interligação seja devidamente dimensionada 4 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 113 SERECINSTAHIUNID4indd 113 290920 1620 Projeto e regulamentação As legislações importantes para projetos envolvendo prevenção e combate a incêndios são nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro o Decreto nº 63911 e o De creto nº 42 respectivamente Além disso a Instrução Técnica nº 1 do Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo trás as orientações e procedimentos para apresentação dos projetos e pedidos de vistoria no estado de São Paulo SÃO PAULO 2018 RIO DE JANEI RO 2018 CORPO DE BOMBEIROS 2019 As exigências são específi cas para cada projeto considerando o tipo de ocu pação a área a altura e o risco O projeto de prevenção e combate a incêndio PPCI deve ser apresentado e aprovado pelo Corpo de Bombeiro de cada estado da federação O projeto é composto de elementos gráfi cos e descritivos apresentando ele mentos que indiquem a localização e implantação do projeto plantas baixas dos pavimentos cortes e fachadas nas escalas em escala 150 ou 1100 e detalhes nas escalas 120 ou 125 Fazem parte do projeto elementos que defi nem sua estrutura tipos de acabamento equipamentos presentes e o tipo de ocupação Também de vem constar os cálculos dimensionamentos perspectivas isométricas das tubulações premissas orientações para instalação procedimentos de en saio e recomendações para manutenção Os parâmetros ábacos tabelas e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial Após o término das instalações deve ser solicitada vistoria pelo Corpo de Bombeiros que emitirá o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros AVCB documento essencial para liberação do uso e ocupação da edifi cação Os procedimentos da vistoria para obtenção de AVCB vão da inspeção visual até os ensaios de estanqueidade das tubulações submetidas a uma pres são de uma vez e meia a pressão de serviço Além disso são feitos ensaios de funcionamento dos sistemas automatizados bombas alarmes e outros elementos presentes no projeto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 114 SERECINSTAHIUNID4indd 114 290920 1620 Além da vistoria física é necessária a comprovação da formação da briga da de incêndio e a comprovação do treinamento feito por entidade credenciada pelo Corpo de Bombeiros O AVCB deve ser renovado periodicamente para garantir que a situação ini cial de aprovação está preservada e que a manutenção do sistema está sendo feita Havendo alterações físicas ou na natureza de ocupação que altere as exi gências deve ser feito um novo projeto a ser apresentado e nova vistoria A manutenção preventiva e corretiva das instalações é tarefa obrigatória para conseguir o nível de segurança adequado Muitas tragédias ocorrem por falta de manutenção que torna o sistema inoperante em uma situação de incêndio O plano de manutenção deve estabelecer um roteiro que abarca entre ou tras coisas A escolha e treinamento periódico da brigada de incêndio A recarga periódica dos extintores e a verificação dos seus níveis de pressão A verificação dos sistemas que podem apresentar alguma falha em qual quer um dos seus componentes A verificação do funcionamento das válvulas e registros A verificação do estado de conservação das mangueiras e da integridade dos abrigos A verificação da presença de todos os materiais necessários nos abrigos A verificação do funcionamento das instalações elétricas e suas conexões A verificação da lubrificação e funcionamento do sistema de bombas A verificação da integridade dos elementos de sinalização indicando as ro tas de fuga A checagem da localização dos hidrantes extintores alarmes e dos siste mas automatizados da edificação A manutenção das pinturas das tubulações A manutenção corretiva deve ser feita de forma a não deixar desprotegida a edificação tomando providências alternativas para a ausência temporária do elemento em manutenção O tempo cíclico necessário para a execução da manutenção preventiva de pendente das características dos componentes utilizados nas instalações não devendo porém ultrapassar o prazo máximo de um ano INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 115 SERECINSTAHIUNID4indd 115 290920 1620 Sintetizando O incêndio é produto de um fenômeno químico que conhecemos como combustão Para que ele ocorra é necessária a presença de um combustível de oxigênio e do calor de um processo de ignição O incêndio é capaz de produzir imensos prejuízos materiais com repercus sões sociais e causar a morte ou deixar sequelas nas pessoas que sofrem a sua ação Um sistema de proteção contra a ocorrência de incêndios e um sistema de combate caso ele ocorra são itens obrigatórios em todo projeto e execução de uma obra de edificação O sistema a ser adotado depende do tipo de ocupação da edificação de sua área de sua altura e dos materiais que vão ser utilizados O sistema pode ser subdividido em sistema passivo e ativo O sistema pas sivo previne a ocorrência do incêndio e propicia melhores condições de eva cuação do local O sistema ativo instrumentaliza o combate inicial ao incêndio O sistema ativo tem como principal elemento a presença dos hidrantes que tem seu dimensionamento baseado nos conceitos da hidráulica No Brasil a legislação sobre o tema é da competência estadual O Corpo de Bombeiros do estado é responsável pela aprovação do projeto e vistoria das instalações INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 116 SERECINSTAHIUNID4indd 116 290920 1620 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13714 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio Rio de Janeiro ABNT 2000 BOMBEIRO explica detalhes do incêndio no edifício Joelma Postado por Câmera Record 3min 38s son color port Disponível em httpswww youtubecomwatchv4tpi51mDzLA Acesso em 24 ago 2020 CCB POLÍCIA MILITAR Segurança contra incêndio Disponível em http wwwccbpoliciamilitarspgovbrportalcbsegurancacontraincendio3 Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 1 procedimentos administrativos São Paulo Corpo de Bombeiros 2019 Disponível em httpwwwcorpodebom beirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledocit012019pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 21 sistema de proteção por ex tintores de incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018a Disponível em httpwwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledoc it212018pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 22 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018b Disponível em httpwwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2 libfiledocit222018pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 3 terminologia de segurança contra incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018c Disponível em http wwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledocit032018 pdf Acesso em 24 ago 2020 MACINTYRE A J Instalações hidráulicas prediais e industriais 4 ed Rio de Janeiro LTC 2010 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE Norma Regulamentadora 23 proteção contra incêndios Brasília MTE 2011 RIO DE JANEIRO Decreto n 42 de 17 de dezembro de 2018 Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ 17 dez 2018 Disponível em ht tpswwwlegiswebcombrlegislacaoid372879 Acesso em 24 ago 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 117 SERECINSTAHIUNID4indd 117 290920 1620 SÃO PAULO Decreto n 63911 de 10 de dezembro de 2018 Imprensa Oficial São Paulo SP 10 dez 2018 Disponível em httpswwwalspgovbrreposi toriolegislacaodecreto2018decreto6391110122018html Acesso em 24 ago 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 118 SERECINSTAHIUNID4indd 118 290920 1620

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INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Instalações Hidráulicas Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto Cecin Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso e Jorge Alberto Cecin GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro A água potável é sem dúvida um recurso essencial para garantir a manutenção da vida higiene segurança e conforto dos seres humanos Desde os primórdios já era possível identif car tal preocupação porque os locais escolhidos para desenvolvimen to das civilizações da época remontavam o cenário das construções eou habitações próximas aos cursos dágua isto é a ideia de local próprio para moradia priorizava o aproveitamento dessas regiões Tal fato é demonstrado por Leonardo da Vinci 1452 1519 em sua obra conhecida como Cidade Ideal Nesse projeto a cidade seria circun dada por canais para abastecimento de água e rede de esgotos Neste contexto por meio da disciplina de Instalações Hidráulicas o aluno será capaz de ler interpretar e projetar os sistemas prediais de água fria água quente e esgoto CapaSERECINSTAHIindd 13 290920 1653 Ser Educacional 2020 Rua Treze de Maio nº 254 Santo Amaro RecifePE CEP 50100160 Todos os gráficos tabelas e esquemas são creditados à autoria salvo quando indicada a referência Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei nº 961098 e punido pelo artigo 184 do Código Penal Imagens de íconescapa Shutterstock Presidente do Conselho de Administração Diretorpresidente Diretoria Executiva de Ensino Diretoria Executiva de Serviços Corporativos Diretoria de Ensino a Distância Autoria Projeto Gráfico e Capa Janguiê Diniz Jânyo Diniz Adriano Azevedo Joaldo Diniz Enzo Moreira Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso Jorge Alberto Cecin DP Content DADOS DO FORNECEDOR Análise de Qualidade Edição de Texto Design Instrucional Edição de Arte Diagramação Design Gráfico e Revisão SERECINSTAHIUNID1indd 2 290920 1612 Boxes ASSISTA Indicação de filmes vídeos ou similares que trazem informações comple mentares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado CITANDO Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado CONTEXTUALIZANDO Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato demonstrase a situação histórica do assunto CURIOSIDADE Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado DICA Um detalhe específico da informação um breve conselho um alerta uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado EXEMPLIFICANDO Informação que retrata de forma objetiva determinado assunto EXPLICANDO Explicação elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada SERECINSTAHIUNID1indd 3 290920 1612 Unidade 1 Sistemas prediais água fria e água quente Objetivos da unidade 13 Água fria sistemas de distribuição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição14 Introdução ao tema 14 Sistemas de distribuição 15 Reservatórios 18 Barriletes colunas e ramais de distribuição 21 Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento 22 Vazões de projeto 22 Pressões e velocidades 23 Dimensionamento 24 Água quente sistemas de aquecimento aquecedores distribuição e dimensionamento 31 Sistemas de aquecimento 32 Aquecedores 32 Distribuição 34 Dimensionamento 35 Sintetizando 38 Referências bibliográficas 39 Sumário SERECINSTAHIUNID1indd 4 290920 1612 Sumário Unidade 2 Esgoto e ventilação sanitária componentes Objetivos da unidade 41 Introdução 42 Rapidez e segurança no escoamento do esgoto 44 Sistema de coleta do esgoto 45 Esquema geral das instalações 47 Aparelhos sanitários54 Tubulação e conexões 57 Considerações finais 60 Sintetizando 62 Referências bibliográficas 63 SERECINSTAHIUNID1indd 5 290920 1612 Sumário Unidade 3 Instalações de esgoto sanitário internas de gás e águas pluviais Objetivos da unidade 65 Projeto de instalações de esgoto sanitário 66 Dimensionamento do sistema de esgoto 67 Dispositivos complementares 72 Subsistema de ventilação 74 Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento 78 Sistema de captação transporte e descarte ou reservação das águas pluviais 81 Instalação interna de gás características gás natural e gás liquefeito de petróleo 86 Sintetizando 89 Referências bibliográficas 90 SERECINSTAHIUNID1indd 6 290920 1612 Sumário Unidade 4 Prevenção e combate a incêndios Objetivos da unidade 92 Introdução 93 Combustão 94 Classes de fogo 94 Classificação das edificações 95 Proteção passiva 97 Proteção ativa 99 Materiais de extinção 99 Extintores de incêndio 101 Sistemas de alarme e detecção de incêndio 102 Rede de chuveiros automáticos sprinklers 103 Sistema sob comando de hidrantes 104 Dimensionamento108 Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante 110 Posicionamento do abrigo 111 Dimensionamento da tubulação 111 Bombas de incêndio 112 Dimensionamento da reserva de incêndio 113 Projeto e regulamentação 114 Sintetizando 116 Referências bibliográficas 117 SERECINSTAHIUNID1indd 7 290920 1612 SERECINSTAHIUNID1indd 8 290920 1612 A água potável é sem dúvida um recurso essencial para garantir a manu tenção da vida higiene segurança e conforto dos seres humanos Desde os primórdios já era possível identifi car tal preocupação porque os locais esco lhidos para desenvolvimento das civilizações da época remontavam o cenário das construções eou habitações próximas aos cursos dágua isto é a ideia de local próprio para moradia priorizava o aproveitamento dessas regiões Tal fato é demonstrado por Leonardo da Vinci 14521519 em sua obra conhecida como Cidade Ideal Nesse projeto a cidade seria circundada por canais para abastecimento de água e rede de esgotos Neste contexto por meio da discipli na de Instalações Hidráulicas o aluno será capaz de ler interpretar e projetar os sistemas prediais de água fria água quente e esgoto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 9 Apresentação SERECINSTAHIUNID1indd 9 290920 1612 Ao meu amado e inesquecível fi lho João A professora Viviam Aparecida Vaz Pedrozo Cardoso é Consultora Técni ca Projetista em Instalações Hidráuli cas Perita e Auditora em obras de Sa neamento Básico possuí mestrado em Engenharia Civil pela Universidade São Judas Tadeu 2018 É especialista em En genharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Cruzeiro do Sul 2018 Graduada em Engeharia Civil pela Uni versidade São Judas Tadeu 2015 Currículo Lattes httplattescnpqbr4884534222606099 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 10 A autora SERECINSTAHIUNID1indd 10 290920 1613 Este trabalho é dedicado a todos que buscam superar o fl agelo que representa a falta do saneamento básico O professor Jorge Alberto Cecin é mes tre 2012 em Habitação Planejamento e Tecnologia pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e graduado 1984 em Engenheiria Civil pela Escola Politécnica da Universida de de São Paulo Por mais de 35 anos atua em empresas construtoras e de engenharia privadas e públicas e como docente por mais de 10 anos em escolas técnicas universidades e faculdades de engenharia ministrando aulas de Insta lações Hidráulicas Currículo Lattes httplattescnpqbr0193301856537986 O autor INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 11 SERECINSTAHIUNID1indd 11 290920 1614 SISTEMAS PREDIAIS ÁGUA FRIA E ÁGUA QUENTE 1 UNIDADE SERECINSTAHIUNID1indd 12 290920 1617 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Desenvolver os conceitos básicos de instalações hidráulicas Capacitar e habilitar o aluno para ler interpretar e projetar os sistemas de água fria e água quente predial Fornecer as principais diretrizes técnicas normativas para que o projeto atenda o melhor custobenefício Água fria sistemas de distri buição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição Introdução ao tema Sistemas de distribuição Reservatórios Barriletes colunas e ramais de distribuição Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento Vazões de projeto Pressões e velocidades Dimensionamento Água quente sistemas de aquecimento aquecedores dis tribuição e dimensionamento Sistemas de aquecimento Aquecedores Distribuição Dimensionamento INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 13 SERECINSTAHIUNID1indd 13 290920 1617 Introdução ao tema De acordo com a norma NBR 5626 ABNT1998 intitulada Instalação pre dial de água fria denominase por água fria a água em temperatura ambiente O sistema de instalação hidráulica predial é concebido com o propósito de garantir que a água seja transportada de uma fonte de abastecimento até os pontos de utilização em condições de qualidade e quantidades sufi cientes Além disso de acordo com a referida norma devese reduzir ao máximo os ní veis de ruídos nas tubulações de maneira que atenda ao conforto do usuário Para dimensionamento manutenção e execução do projeto de instalações hidráulicas devem ser respeitadas e atendidas as exigências técnicas e reco mendações da Associação Brasileiras de Normas Técnicas ABNT com o in tuito de obter o melhor desempenho da instalação e potabilidade da água Elementos do projeto Todo projeto de instalações hidráulicas deve apre sentar alguns itens imprescindíveis para sua correta e efetiva execução tais como Água fria sistemas de distribuição reservatórios barriletes colunas e ramais de distribuição As instalações hidráulicas são sem dúvida de suma importância em uma edifi cação visto que são indispensáveis para que sejam atendidas as condições mínimas de habitabilidade higiene e conforto Infelizmente no cenário atual ainda é possível encontrar diversas regiões sem o abastecimento de água potável adequado de forma defi ciente insufi cien te ou inexistente No tocante ao abastecimento de forma defi ciente eou insu fi ciente uma das principais possíveis causas é a imprevisibilidade em projeto subdimensionamento Neste sentido a disciplina de Instalações Hidráulicas busca fornecer os co nhecimentos básicos para que sejam atendidas as exigências técnicas mínimas quanto a higiene segurança economia e conforto das instalações hidráulicas de modo a permitir o seu dimensionamento da maneira mais efi caz e econômica INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 14 SERECINSTAHIUNID1indd 14 290920 1617 a Memorial descritivo deve conter as informações detalhadas com as especifi cações quanto aos materiais equipamentos e métodos a serem empre gados na fase de execução bem como as respectivas normas aplicáveis b Memorial de cálculo esse documento deve apresentar de maneira deta lhada todas as informações consideradas durante a fase desenvolvimento do dimensionamento dos sistemas por exemplo estimativa da população forma de abastecimento capacidade do sistema entre outras pertinentes ao projeto c Projeto deve conter todos os esquemas desenhos isométricos plantas e cortes eou elevações detalhadas com objetivo de permitir sua total compreen são Nos esquemas isométricos e plantas recomendase o emprego da escala 150 e no caso de esquema de liga ções do reservatório inferior e superior e cortes eou elevações recomendase a utilização da escala 125 d Opcionais a entrega da relação de lista de materiais e equipamentos e o orçamento pode ser acordado entre as partes contratada engenheiro e a parte contratante cliente sendo esses itens de caráter opcional Sistemas de distribuição Geralmente a rede de distribuição predial é alimentada por um distribui dor público concessionaria por exemplo SABESP Entretanto é possível que essa fonte possa ser particular poço nascente etc contanto que seja assegu rada a qualidade da água potabilidade por meio de testes laboratoriais Além disso é possível ter o sistema de distribuição misto ou seja por meio de rede particular e rede pública CREDER 2006 Para realização da escolha do tipo de sistema de abastecimento mais ade quado alguns pontos devem ser observados com atenção tais como a Vazão do sistema de abastecimento Qsa b Vazão de pico do sistema de distribuição Qpsd c Pressão do sistema de abastecimento Psa d Pressão do ponto de consumo Ppc e Número de pavimentos da edifi cação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 15 SERECINSTAHIUNID1indd 15 290920 1617 DICA No caso de abastecimento alimentado por um distribuidor público é aconselhável fazer uma consulta prévia junto à concessionária local responsável pela distribuição de água para verificar a disponibilidade de água descontinuidade no abastecimento possíveis limitações de vazão variações de pressão qualidade da água entre outros fatores que possam interferir na eficácia do projeto com a finalidade de evitar o subdimensionamento do sistema Estas são as principais variáveis a serem analisadas de modo a permitir que o sistema escolhido seja a alternativa mais viável ou seja aquele que irá garantir o melhor custobenefício sem que isso acarrete prejuízos ou mal fun cionamento do sistema Dessa maneira garantese que a concepção seja feita de modo eficiente e suficiente Sistema de distribuição direto A alimentação do sistema é realizada pela rede de distribuição pública ou particular sem passar por um reservatório caixa dágua Nesse caso a ali mentação dos pontos de utilização de água aparelhos torneiras etc é feita de forma direta pela rede de distribuição Além disso considerase que há uma capacidade de abastecimento contínuo e com pressão adequada A Figura 1 ilustra o sistema de distribuição direto REDE PÚBLICA VR Figura 1 Sistema de distribuição direto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 16 SERECINSTAHIUNID1indd 16 290920 1617 Sistema de distribuição indireto Neste tipo de sistema os pontos de utilização recebem a água de um reser vatório ou mais de um reservatório Sendo assim o sistema de distribuição indireto pode ser de dois tipos a Sem bombeamento utilizado em casos no qual a pressão na rede de dis tribuição é suficiente para alimentar o reservatório superior A distribuição da água até os pontos de utilização é feita por gravidade b Com bombeamento é aplicado quando a pressão na rede de distribui ção não é o suficiente para alimentar o reservatório superior de modo dire to nessa situação se faz necessário o uso de reservatório inferior e a partir deste é feita a alimentação do reser vatório superior através do sistema de recalque A alimentação dos pontos de utilização é feita por gravidade a partir do reservatório superior Sistema de distribuição misto Os pontos de utilização recebem água de ambas as formas direto e indireto Sistema de distribuição hidropneumático Este tipo de sistema é pouco usual empregado em casos especiais quan do não é possível alcançar a pressão necessária em um determinado ponto de utilização de água ou ainda por razões técnicas ou econômicas em que não é possível construir um reservatório superior O sistema em questão consiste na pressurização da água por meio de equi pamento elétrico Desse modo recomendase a previsão de instalação de um gerador assim caso falte energia elétrica na edificação o abastecimento de água permanecerá assegurado Também é necessária a realização de manu tenções periódicas para garantir o bom funcionamento do sistema No Quadro 1 serão apresentadas as principais vantagens e desvantagens dos sistemas de distribuição direto e indireto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 17 SERECINSTAHIUNID1indd 17 290920 1617 Tipo de Sistema de Distribuição Vantagens Desvantagens Direto A qualidade da água é melhor devido a presença de cloro Maior pressão disponível na rede pública pressão mínima 10 mca Reduz o custo dispendido com a instalação dispensa o uso de bombas registros boia caixa dágua etc Descontinuidade no abastecimento possibilidade da falta de água na rede pública Elevadas variações de pressão ao longo do dia picos de maior ou menor consumo Grandes pressões em construções localizados em cotas mais baixas pontos baixos da cidade Vazão limitada ocasionada pelo pequeno diâmetro das tubulações o que impossibilita a inclusão de válvulas de descarga Possibilidade de golpe de aríete Necessidade de maior capacidade do sistema de reserva público Indireto Fornecimento contínuo de água caso falte água no sistema público este é assegurado pelo reservatório Baixa variação de pressão no decorrer do dia É possível incluir válvula de descarga Golpe de aríete é insignifi cante Possibilidade de contaminação da água lodo eou detritos no interior do reservatório Na impossibilidade de elevação do reservatório pode ocorrer redução na pressão Elevação no custo de instalação do sistema necessidade de boia reservatório etc QUADRO 1 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO VANTAGENS E DESVANTAGENS ASSISTA Você sabe o que é golpe de aríete Para descobrir assista ao vídeo O que é golpe de ariéte Reservatórios Os reservatórios são comumente aplicados para suprir as necessidades de água em especial para compensar as irregularidades no fornecimento de água decorrentes das falhas ou insufi ciências falta de água na rede de abastecimento público com a fi nalidade de garantir o abastecimento de água de maneira contínua mesmo quando há interrupção no fornecimento de água INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 18 SERECINSTAHIUNID1indd 18 290920 1617 Segundo a NBR 5626 ABNT1998 o volume mínimo reservado deve ser o suficiente para garantir o abastecimento de água pelo período mínimo de 24 horas Nesse caso considerase o consumo de água normal Atenção pois essa reserva de água não comtempla a reserva de água para combate a incêndio O volume de água a ser atribuído para combate a incêndio deve estar de acordo com a legislação do corpo de bombeiros local geralmente esse volume é cerca de 15 a 20 do volume total Definida a capacidade requerida para reservar a água caso haja reservató rio superior e inferior é habitual a distribuição do volume de água em 60 do volume total para o reservatório inferior e 40 para o superior Cálculo da reservação estimativa da população É usual a adoção da estimativa populacional por ambiente sendo de duas pessoas por quarto social e de uma pessoa por quarto de serviço Na ausência de informações podemos adotar a estimativa de população de acordo com o tipo de edificação prédios públicos ou comerciais conforme apresentado na Tabela 1 Local Taxa de Ocupação Bancos Uma pessoa por 500 m² de área Escritórios Uma pessoa por 600 m² de área Pavimentos térreos Uma pessoa por 250 m² de área Lojaspavimentos superiores Uma pessoa por 500 m² de área Museus e bibliotecas Uma pessoa por 550 m² de área Salas de hotéis Uma pessoa por 550 m² de área Restaurantes Uma pessoa por 140 m² de área Salas de operação hospital Oito pessoas Teatros cinemas e auditórios Uma cadeira para cada 070 m² de área TABELA 1 TAXA DE OCUPAÇÃO POR TIPO DE EDIFICAÇÃO Fonte CREDER 2006 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 19 SERECINSTAHIUNID1indd 19 290920 1617 Também podemos calcular o consumo diário a partir da população estima da e do tipo de edificação de acordo com a Tabela 2 Prédio Consumo litros Alojamento provisório 80 per capita Casas populares ou rurais 120 per capita Residências 150 per capita Apartamentos 200 per capita Hotéis scozinha e slavanderia 120 por hóspede Hospitais 250 por leito Escolas internatos 150 per capita Escolas externatos 50 per capita Quartéis 150 per capita Edifícios públicos ou comerciais 50 per capita Escritórios 50 per capita Cinemas e teatros 2 por lugar Templos 2 por lugar Restaurantes e similares 25 por refeição Garagens 50 por automóvel Lavanderias 30 por Kg de roupa seca Mercados 5 por m² de área Matadouros animais de grande porte 300 por cabeça abatida Matadouros animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida Fábricas em geral uso pessoal 70 por operário Postos de serviço pautomóvel 150 por veículo Cavalariças 100 por cavalo Jardins 15 por m² TABELA 2 CONSUMO DE ÁGUA POR TIPO DE EDIFICAÇÃO Fonte CREDER 2006 Adaptado O consumo diário Cd pode ser calculado pela fórmula Cd P q Onde P população estimada q consumo por pessoa litrosdia INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 20 SERECINSTAHIUNID1indd 20 290920 1617 Cd consumo diário litrosdia Capacidade dos reservatórios Para garantir o abastecimento de água mesmo quando ocorrer a interrup ção do fornecimento aconselhase que para cálculo da capacidade dos reser vatórios considerese o período de dois dias de consumo deste modo CR 2 Cd Onde Cd consumo diário litrosdia CR capacidade total do reservatório litros Barriletes colunas e ramais de distribuição Podemos dividir um sistema predial completo de água fria em três subsistemas a Subsistema de alimentação ramal predial cavaletehidrômetro e alimen tador predial b Subsistema de reservação reservatório inferior estação elevatória e reser vatório superior c Subsistema de distribuição interna barrilete coluna ramal e subramal A Figura 2 apresenta a representação de um sistema predial completo de água fria Barrilete Reservatório superior RS Registro de gaveta Tubulação de recalque Válvula de retenção Estação elevatória Alimentador predial Rede pública Ramal predial Cavalete hidrômetro Resevatório inferior RI Sub ramal Ramal Coluna de distribuição Figura 2 Sistema predial de água fria INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 21 SERECINSTAHIUNID1indd 21 290920 1617 Vazões de projeto A vazão de projeto é a vazão que deve ser atendida nos pontos de utilização Além disso vale ressaltar que essa vazão deve ser igual ou maior a estabelecida na Tabela 4 Os valores apresentados na quarta coluna da Tabela 3 são referentes aos pesos relativos e serão utilizados mais adiante Na Tabela 4 é apresentada a relação de diâmetros pelo ábaco de perdas de carga Vazões de projeto pressões e velocidades dimensionamento A seguir serão apresentadas as principais defi nições exigências mínimas e tabelas que devem ser aplicadas para fi ns de dimensionamento do sistema de água fria conforme preconizadas pelas normas técnicas regulamentadoras Vazão nos pontos de utilização em função do aparelho sanitário e da peça de utilização Aparelho sanitário Peça de utilização Vazão de projeto litross Peso relativo Bacia sanitária Caixa de descarga 015 03 Válvula de descarga 170 32 Banheira Misturador água fria 030 1 Bebedouro Registro de pressão 010 01 Bidê Misturador água fria 010 01 Chuveiro ou ducha Misturador água fria 020 04 Chuveiro elétrico Registro de pressão 010 01 Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 030 1 Lavatório Torneira ou misturador água fria 015 03 Mictório cerâmico Com sifão integrado Válvula de descarga 050 28 Sem sifão Integrado Caixa de descarga registro de pressão ou válvula de descarga para mictório 015 03 TABELA 3 VAZÕES DE PROJETO E PESOS RELATIVOS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 22 SERECINSTAHIUNID1indd 22 290920 1617 Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 015 por metro de calha 03 Pia Torneira ou misturador água fria 025 07 Torneira elétrica 010 01 Tanque Torneira 025 07 Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 020 04 Fonte ABNT 1998 Adaptado Fonte JUNIOR 2013 Adaptado Ábaco simplifi cado somatórios de 0 a 100 Soma dos pesos 0 11 35 18 44 100 ø Soldável mm 20 mm 25 mm 32 mm 40 mm 50 mm ø Roscável pol 12 34 1 114 112 TABELA 4 ÁBACO DIÂMETROS Pressões e velocidades Segundo a NBR 5626 ABNT 1998 para verifi cação da pressão disponível devese realizar o cálculo trecho a trecho Desse modo para encontrar a pres são disponível residual no ponto de utilização devemos subtrair da pressão inicial os valores referentes a perda de carga determinados para os tubos conexões registros e outras singularidades O processo adotado consiste em tentativas assim o diâmetro escolhido deve respeitar a velocidade máxima de 3ms Quando a pressão residual for negativa ou inferior à pressão necessária para o ponto de utili zação bem como em casos nos quais o diâmetro calculado for impraticável devese aumentar os diâmetros dos trechos anteriores e recalcular o diâmetro do trecho atual INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 23 SERECINSTAHIUNID1indd 23 290920 1617 Para garantir o atendimento da vazão de projeto nos pontos de utilização conforme apresentado anteriormen te na Tabela 4 devese estabelecer a pressão de água em condições di nâmicas com escoamento Segundo a NBR 5626 ABNT1998 a pressão nunca deve ser inferior a 10 kPa ex ceto no ponto de descarga no qual a pressão pode ser inferior a tal valor com um valor mínimo de 5 kPa Já no caso da válvula de descarga até a ba cia sanitária a pressão não pode ser inferior a 15 kPa No tocante a velocidade a referida norma estabelece que para o dimen sionamento das tubulações devese respeitar a velocidade limite de 3 ms em todos os trechos das tubulações Recomendase a adoção de velocidades entre 06 ms e 1ms Dimensionamento A seguir serão apresentadas as principais fórmulas métodos e critérios adotados para dimensionamento do sistema de água fria Cálculo do diâmetro Partindo da equação da continuidade podemos determinar a área neces sária da seção circular da tubulação e a partir deste dado calcular o diâmetro da tubulação 1º passo calcular a vazão a partir dos dados de consumo diária Cd 1 dia Cd 24 x 60 x60 Qalim Onde Qalim vazão em m³s Cd consumo diário em m³ 1 dia 86400 segundos 24 horas com 60 minutos por hora e 60 segundos por minuto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 24 SERECINSTAHIUNID1indd 24 290920 1618 2º passo calcular o diâmetro da tubulação utilizando a fórmula abaixo Dalim 4 x Qalim π v Onde Dalim diâmetro da tubulação em m v velocidade da água em ms Dimensionamento do conjunto elevatório Vazão de recalque Segundo a NBR 5626 ABNT 1998 a capacidade de funcionamento horária da bomba é de 15 do consumo diário É aconselhável a adoção de 20 Desse modo podemos garantir o funcionamento da bomba por 5 horas assim recal car o volume diário consequentemente 020 x Cd 5 horas Qrec Onde Qrec vazão de recalque em m³s 020 Cd 20 do consumo diário Tubulação de recalque Drec 13 4 x Qrec Onde Drec diâmetro da tubulação de recalque em m x relação entre o número de horas de funcionamento diário da bomba e 24 horas Qrec vazão de recalque em m³s Tubulação de sucção Devese adotar como diâmetro da tubulação de sucção um diâmetro acima do diâmetro de recalque Por exemplo se o diâmetro de recalque for igual a 20 mm adotase como diâmetro de sucção 25 mm Atenção consultar sempre as tabelas comerciais dos fabricantes Altura manométrica A altura manométrica é calculada como a soma da altura geométrica acres cida da somatória das perdas de carga localizadas e perdas de carga distribuí das ao longo da canalização Conforme apresentado na Figura 3 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 25 SERECINSTAHIUNID1indd 25 290920 1618 RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO Hg Hr Hs Figura 3 Conjunto elevatório Hg Hr Hs Onde Hg altura geométrica em m Hs altura de sucção em m Hr altura tubulação de recalque em m Hm Hg ΔHr ΔHs Onde Hm altura manométrica em m Hg altura geométrica em m ΔHs somatória das perdas de carga na tubulação de sucção em m ΔHr somatória das perdas de carga na tubulação de recalque em m Potência do conjunto motobomba A potência do conjunto motobomba pode ser calculada pela seguinte fórmula γ Qrec Hm 75 η P Onde P potência do conjunto motobomba em HP ou CV γ peso específico do líquido em Kgfm³ Qrec vazão de recalque em m³s Hm altura manométrica em m η rendimento do conjunto motobomba ηB ηM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 26 SERECINSTAHIUNID1indd 26 290920 1618 Cálculo da energia consumida E P Δt Onde E energia consumida em kWh P potência do conjunto motobomba em HP ou CV Δt período da bomba em funcionamento número de horas diário multipli cado pela quantidade de dias Comprimentos equivalente e real Denominamos como comprimento real LR o comprimento da tubulação já o comprimento virtual Lv ou comprimento equivalente L equivalente são os referentes as conexões conforme serão apresentados nas Tabelas 6 e 7 L total L equivalente L real Onde L total somatória dos comprimentos em m L equivalente somatória dos comprimentos equivalentes em m L real somatória dos comprimentos das tubulações em m Perda de carga Podemos definir como perda de carga a diferença de energia final e inicial Nas tubulações essa perda de carga pode ocorrer de duas formas a Perda de carga distribuída ge rada pelo deslocamento da água nas tubulações b Perda de carga localizada ocor re devido às conexões válvulas re gistros etc Por meio da equação universal é possível calcular a perda de carga nas tubulações utilizandose dos valores de rugosidade dos tubos disponibilizados pelo fabricante Na ausência dessas informações podese empregar as expres sões de FairWhipple Hsiao dadas por Para tubos rugosos tubos de açocarbono galvanizado ou não J 202 x 106 x Q188 x D488 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 27 SERECINSTAHIUNID1indd 27 290920 1618 Para tubos lisos tubos de plástico cobre ou liga de cobre J 869 x106 x Q175 x D475 Onde J perda de carga unitária em kPam Q vazão estimada na seção considerada em ls D diâmetro interno do tubo em mm Nas Tabelas 5 e 6 são apresentados os valores referentes a perda de cargas em conexões Fonte ABNT 1998 Adaptado Diâmetro nominal DN Cotovelo 90 Cotovelo 45 Curva 90 Curva 45 Tê passagem direta Tê passagem lateral 15 05 02 03 02 01 07 20 07 03 05 03 01 1 25 09 04 07 04 02 14 32 12 05 08 05 02 17 40 14 06 1 06 02 21 50 19 09 14 08 03 27 65 24 11 17 1 04 34 80 28 13 2 12 05 41 100 38 17 27 07 55 125 47 22 08 69 150 56 26 4 10 82 TABELA 5 PERDA DE CARGA EM CONEXÕES COMPRIMENTO EQUIVALENTE PARA TUBO RUGOSO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 28 SERECINSTAHIUNID1indd 28 290920 1618 Diâmetro nominal DN Cotovelo 90 Cotovelo 45 Curva 90 Curva 45 Tê passagem direta Tê passagem lateral 15 11 04 04 02 07 23 20 12 05 05 03 08 24 25 15 07 06 04 09 31 32 20 10 07 05 15 46 40 32 10 12 06 22 73 50 34 13 13 07 23 76 65 37 17 14 08 24 78 80 39 18 15 09 25 80 100 43 19 16 1 26 83 125 49 24 19 11 33 100 150 54 26 21 12 38 111 TABELA 6 PERDA DE CARGA EM CONEXÕES COMPRIMENTO EQUIVALENTE PARA TUBO LISO Fonte ABNT 1998 Adaptado A perda de carga é dada pela fórmula a seguir ΔH ΔH dist ΔH loc Onde ΔH somatória da variação de perda de carga em m ΔH dist somatória da variação de perda de carga distribuída em m ΔH loc somatória da variação de perda de carga localizada em m Onde ΔH J Ltotal Com ΔH perda de carga em m J perda de carga unitária em kPam L total L equivalente L real em m INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 29 SERECINSTAHIUNID1indd 29 290920 1618 Estimativa de vazão demanda provável Podemos estimar a vazão de consumo ocasionada em razão da demanda de uso simultâneo pela equação a seguir Q 03 ΣP Onde Q vazão estimada na seção considerada em ls ΣP somatória dos pesos das peças de utilização Atenção este método deve ser aplicado apenas para instalações residências de uso comum Dimensionamento de barriletes e colunas de distribuição prumadas Temos que levar em conta as pressões mínimas disponíveis dinâmicas e má ximas estáticas bem como a velocidade máxima de 3 ms Atenção em qualquer ponto da tubulação porque a pressão dinâmica não pode ser menor que 5 kPa 05 mca Aplicando Com base no conteúdo teórico apresentado vamos resolver um estudo de caso para fixar e internalizar alguns dos conceitos aprendidos Estudo de caso Você trabalha em uma empresa que foi contratada para elaborar o projeto de instalações hidráulicas de um edifício residencial de 11 pavimentos com 4 aparta mentos por pavimento sendo que cada apartamento possui 3 quartos e duas de pendências de empregada Sabese que a reserva de incêndio é de 20000 litros a ser armazenada no reservatório superior Adotar a velocidade igual a 1ms Determine a A população do prédio b O volume de um dia de consumo c O volume dos reservatórios inferior e superior d A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação Solução a A população do prédio 1º passo definir a população estimada conforme recomendações 2 pessoas por quarto e 1 pessoa por dependência de empregada 2 passo calcular a população estimada P 3 2 2 1 8 pessoas apto 44 aptos P 352 pessoas INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 30 SERECINSTAHIUNID1indd 30 290920 1618 b O volume de um dia de consumo 1 passo consultar o consumo diário por pessoa por tipo de prédio na Tabela 3 200 ldia 2 passo calcular o consumo diário Cd P q Cd 352 x 200 l dia 70400 l dia ou 7040 m³dia c O volume dos reservatórios inferior e superior 1 passo calcular a capacidade dos reservatórios CR 2 Cd CR 2 70400 140800 l 2 passo distribuição do volume de água por reservatório CR superior 04 140800 20000 l 76320 l CR inferior 06 140800 84480 l d A vazão e o diâmetro do ramal de alimentação 1º passo calcular a partir dos dados de consumo diário a vazão Cd 1 dia 70400 24 x 60 x60 Qalim 08148 ls 2º passo calcular o diâmetro da tubulação utilizando a fórmula abaixo Dalim 4 x Qalim π v 00322 m Dcomercial 40 mm Dalim 4 x 08148 x 103 π1 Água quente sistemas de aquecimento aquecedores distribuição e dimensionamento Podemos defi nir como instalações prediais de água quente os sistemas que têm por fi nalidade garantir o aquecimento e distribuição da água em uma edifi cação Segundo a NBR 7198 ABNT 1993 os sistemas de água quente de vem ser dimensionados com objetivo de atender as necessidades no que se refere ao fornecimento de água de forma contínua em temperatura adequada INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 31 SERECINSTAHIUNID1indd 31 290920 1618 com quantidades sufi cientes pressões e velocidades que proporcionem o bom funcionamento dos aparelhos sanitários e tubulações bem como garantir a segurança aos usuários Além disso deve também assegurar a potabilidade da água o conforto dos usuários e racionalização do consumo de energia Sistemas de aquecimento Os sistemas de aquecimento de água quente são constituídos basicamente pelos seguintes componentes a Tubulações de água fria alimentam o sistema de água quente b Aquecedores podem ser instantâneos de passagem e de acumulação c Peças de utilização chuveiros torneiras lavatórios etc d Tubulações de distribuição e Dispositivo de segurança Tipos de sistemas de água quente Os sistemas de instalação de água quente podem ser classifi cados em a Individual alimenta apenas um aparelho por exemplo apenas o chuveiro b Central privado alimenta diversos aparelhos de uma unidade residencial c Central coletivo alimenta um conjunto de aparelhos de diversas unidades hospitais escolas prédios de apartamentos etc A temperatura da água quente A temperatura da água quente é variável de acordo com a destinação a Uso pessoal para higiene e banhos 35 C a 50 C b Dissolução de gorduras cozinhas 60 C a 70 C c Lavanderias 75 C a 85 C d Finalidades médicas esterilização 100 C ou mais Aquecedores Há diversos tipos de aquecedores os mais utilizados são a Instantâneos ou de passagem não é necessária a reservação aquece a água no momento em que passa por ele Exemplos comuns desse tipo de aquecedor tornei ras elétricas chuveiros elétricos aquecedores a gás etc INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 32 SERECINSTAHIUNID1indd 32 290920 1618 b De acumulação constituído por um reservatório no qual a água em seu interior é aquecida para posteriormente ser utilizada comumente empregados em instalações de aquecimento central privado e coletivo Um exemplo típico desse tipo de aquecedor é o boiler A utilização de aquecedores de acumulação proporciona maior conforto nas instalações de modo a possibilitar uma maior vazão nos pontos de utili zação torneiras chuveiros etc sem depender da pressão da água para o seu bom funcionamento Entretanto no caso dos aquecedores de acumulação a gás podese destacar como desvantagem suas dimensões serem maiores desse modo ocupam maior espaço sendo recomendados apenas em casos em que haja grande volume de água que torne viável o seu emprego superior a quatro pontos de utilização As fontes de aquecimento vantagens e desvantagens As fontes de aquecimento podem ser de três tipos elétricas gás e solar Os aquecedores elétricos apresentam como principal vantagem o fato de serem de fácil instalação e dispensarem tubulações entretanto eles apresen tam maior custo com consumo de energia kW baixa pressão e pouca vazão de água JUNIOR 2013 Os aquecedores a gás se destacam em comparação aos aquecedores elétri cos pois apresentam pressão de água superior e fornecimento de água quente para uso imediato no entanto é preciso se atentar com a instalação de tal forma a evitar a ocorrência de vazamento de gás Além disso esse tipo de aquecedores requerem uma maior atenção sua alimentação é feita pelo reservatório de água superior ou ainda por dispositivo de pressurização Para sua correta instalação devese consul tar a NBR 13103 ABNT 2006 que apresenta as exigências para sua correta instalação bem como seguir as especifica ções e recomendações dos fabricantes ASSISTA Para saber um pouco mais sobre os tipos de aquecedo res assista ao vídeo Principais sistemas de aquecimento de água INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 33 SERECINSTAHIUNID1indd 33 290920 1618 O uso de aquecedores solares tem sido mais frequente atualmente Com o desenvolvimento de novas tecnologias os custos com a implantação do siste ma de aquecedores solares são menores Além disso eles representam a eco nomia no consumo de energia elétrica assim com a redução dos custos com o consumo de energia elétrica o sistema se torna viável Ainda vale ressaltar a importância desse sistema uma vez que ele pertence ao grupo de fontes de energia consideradas sustentáveis e ecologicamente corretas A principal vantagem do sistema de aquecedores solares é sem dúvida a economia de energia Ele reduz em cerca de 35 do consumo de energia elé trica Outra vantagem é a facilidade de manutenção do sistema considerada pouco necessária além de ser uma fonte de energia inesgotável e limpa Distribuição A rede de distribuição de água quente segue as mesmas regras da rede de distribuição de água fria O traçado da rede de água quente é independente ou seja por tubulações separadas do sistema de água fria Materiais Os materiais empregados nas tubulações de água quente são de cobre re cozido com conexões em bronze latão CPVC policloreto de vinila clorado PEX tubos fl exíveis de polietileno reticulado e PPR polipropileno copolímero Randon Não é aconselhável o uso de tubos de ferro pois esse tipo de mate rial apresenta baixa resistência à cor rosão Também não é recomendável a utilização de tubulações de PVC clore to de vinila Por conta do coefi ciente de dilatação térmica o material amo lece a 100 ºC a 60 ºC a a pressão de ser viço reduz para 2 kgfcm² As tubulações de cobre CPVC e PPR geralmente são as mais utilizadas nos sistemas de água quente Isolamento Para isolamento das tubulações recomendase a utilização de produtos à base de lã de rocha vermiculita e silicato de cálcio INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 34 SERECINSTAHIUNID1indd 34 290920 1619 Dimensionamento Para o dimensionamento do sistema de água quente vamos respeitas as premissas apresentadas anteriormente para o sistema de água fria bem como atender as exigências impostas pelas normas técnicas em especial a NBR 7198 ABNT 1983 Consumo de água quente Na ausência de dados podemos estimar o consumo de água quente de acordo com a Tabela 7 Tipo de Edifi cação Unidade Consumo litrosdia Alojamento provisório de obra por pessoa 24 Casa popular ou rural por pessoa 36 Residências Aquecedor elétrico por pessoa 45 Aquecedor a gás por pessoa 40 Aquecedor solar por pessoa 50 Apartamento por pessoa 60 Quartel por pessoa 45 Escola internato por pessoa 45 Hotel sem incluir cozinha e lavanderia por hóspede 36 Hospital por leito 125 Restaurante e similares por refeição 12 Lavanderia por kg de roupa seca 15 TABELA 7 ESTIMATIVA DE CONSUMO DE ÁGUA QUENTE Fonte ABNT 1983 Adaptado Dimensionamento de aquecedores de acumulação O volume de água a ser reservado pode ser determinado por meio da equa ção dos misturadores líquidos V1T1 V2T2 V3T3 Onde V1 volume de água quente no aquecedor INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 35 SERECINSTAHIUNID1indd 35 290920 1619 V2 volume de água fria a ser misturado V3 volume de água no final do misturador T1 temperatura da água no aquecedor T2 temperatura da água fria T3 temperatura da água final da mistura Dimensionamento aquecedor solar Quantidade de calor Q m c Δt Onde Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia m massa de um líquido por unidade de tempo em kgh c calor específico do líquido em kcalkgC Δt diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor em C A área do coletor Q I η A Onde A área do coletor em m² Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia I intensidade média da radiação solar em kcalhm² ou kWhm² dia η rendimento do coletor estimado em 50 Cálculo do consumo de energia elétrica O aquecimento ocorre por meio do calor dissipado com a passagem de cor rente elétrica de intensidade I em ampères pelo condutor de resistência R ohms A energia dissipada potência P em Watts é dada por Potência P R I² Onde P potência em Watts R resistência em ohms I corrente em ampères Resistência ρL S R INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 36 SERECINSTAHIUNID1indd 36 290920 1619 Onde R resistência em ohms ρ resistividade do material em ohmsmm²m L comprimento do resistor em metros S seção do resistor em mm² Tensão V R I Onde V tensão em volts R resistência em ohms I corrente em ampères Energia E P t Onde E energia em Wattsh P potência em Watts t tempo em horas Quantidade de calor Q m c Δt Onde Q quantidade de calor por unidade de tempo em kcaldia m massa de um líquido por unidade de tempo em kgh c calor específico do líquido em kcalkgC Δt diferença de temperatura entre a água que sai e a que entra no coletor em C Q 000024 R I² t Onde Q quantidade de calor em kcal R resistência em ohms I corrente em ampères t tempo em segundos 1 kWh 860 kcal INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 37 SERECINSTAHIUNID1indd 37 290920 1619 Sintetizando Nessa unidade foram apresentados os principais critérios e exigências que devem ser atendidas no dimensionamento dos sistemas prediais de água fria e água quente bem como quais são os componentes básicos de projeto de instalações hidráulicas Além disso foram apresentadas as principais normas técnicas que devem ser atendidas para o bom funcionamento do projeto Os sistemas prediais de água fria e água quente devem ser dimensionados de modo a garantir o abastecimento de água em quantidades e qualidade sufi cientes para o uso a qual se destina a edificação bem como atender às normas técnicas pertinentes a cada tipo de sistema Com o fechamento dessa unidade esperamos que você seja capaz de di mensionar o sistema de água fria desde a identificação das vantagens e des vantagens de cada tipo de sistema de abastecimento bem como a estimar a população de projeto calcular a capacidade dos reservatórios verificar a ve locidade e pressão máxima e mínima calcular a vazão de projeto calcular o diâmetro das tubulações definir a potência do conjunto motobomba calcular perda de carga e altura manométrica Referente ao sistema de água quente esperamos que você seja capaz de identificar quais são vantagens e desvantagem de cada tipo de aquecedor os principais tipos de sistema de aquecimentos as diferentes fontes de aque cimento a temperatura de uso conforme destinação tipos de aquecedores distribuição materiais empregados nas tubulações bem como a estimar a po pulação estimar o consumo de água quente dimensionar os aquecedores e calcular o consumo de energia INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 38 SERECINSTAHIUNID1indd 38 290920 1619 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 7198 Projeto e execução de instalações prediais de água quente Rio de Janeiro 1993 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 5626 Instala ção predial de água fria Rio de Janeiro 1998 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13103 Instala ção de aparelhos a gás para uso residencial Requisitos Rio de Janeiro 2006 CREDER H Instalações hidráulicas e sanitárias 6 ed Rio de Janeiro Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda LTC 2006 JUNIOR R C Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura 7 ed São Paulo Editora Blucher 2013 O QUE É o golpe de aríete Postado por Engenharia Detalhada 6min 57s son color port Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvrl0pj40x jnE Acesso em 04 jun 2020 PRINCIPAIS sistemas de aquecimento de água Postado por Projeto Estrutu ral Online 1min 13s son color port Disponível em httpswwwyoutube comwatchvg6fnBKnM9c Acesso em 04 jun 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 39 SERECINSTAHIUNID1indd 39 290920 1619 ESGOTO E VENTILAÇÃO SANITÁRIA COMPONENTES 2 UNIDADE SERECINSTAHIUNID2indd 40 290920 1613 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Conhecer os princípios norteadores para instalação de sistemas prediais de esgoto sanitário Conhecer os diversos componentes dos sistemas prediais de esgoto sanitário Introdução Rapidez e segurança no escoa mento do esgoto Sistema de coleta do esgoto Esquema geral das instalações Aparelhos sanitários Tubulação e conexões Considerações finais INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 41 SERECINSTAHIUNID2indd 41 290920 1613 Introdução Dentro da abordagem sistêmica de uma edifi cação as instalações hidros sanitárias são um conjunto de elemen tos interrelacionados com função de desempenhar de forma adequada o fornecimento de água e a deposição das águas servidas esgoto garantin do fornecimento contínuo e com qua lidade adequada além de assegurar também sua estanqueidade incomu nicabilidade entre os sistemas e segu rança sanitária dos usuários A coleta transporte e afastamento do esgoto são realizados através de tubulações e outros dispositivos e as recomendações para execução dessas instalações estão na norma NBR 81601999 Sistemas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Essa norma estabelece as exigências e reco mendações relativas ao projeto execução ensaio e manutenção dos siste mas prediais de coleta de esgoto visando a higiene segurança economia e conforto dos usuários CITANDO Segundo a NBR 81601999 o sistema predial de esgoto deve ser projetado de modo a a evitar a contaminação da água b permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introdu zidos c impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário atinjam áreas de utilização d impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema f impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação g permitir a fi xação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a sua remoção para eventuais manutenções A elaboração do projeto de instalações pode ser dividida em fases defi nidas no Quadro 1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 42 SERECINSTAHIUNID2indd 42 290920 1614 Concepção A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Demanda Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso Dimensionamento A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Comunicação Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da estimativa de uso A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma geral o sistema de esgoto Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa mentos e seus diâmetros Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto A partir da arquitetura dos pontos de consumo do uso da edifi cação e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis por explicitar a execução do projeto e da disponibilidade de redes públicas de coleta é traçado de forma Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Defi ne a quantidade de esgoto e vazão a ser escoada em função da A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis A partir da demanda são defi nidas as tubulações e demais equipa Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis Conjunto de desenhos elementos gráfi cos e textuais responsáveis QUADRO 1 FASES DO PROJETO A fase da concepção do sistema é a etapa mais importante na qual ocorre a maioria das análises e decisões dos projetistas Aqui geralmente são pondera dos conhecimentos experiência e defi nições a serem consideradas Assim as defi nições de concepção passam pelos seguintes itens a Identifi cação dos pontos geradores de Águas servidas Águas negras Águas com gordura b Defi nição e posicionamento dos desconectores Caixas ou ralos sifonados Sifões Caixas de inspeção e de passagem c Defi nição do sistema ventilação O sistema de ventilação mantém a pressão atmosférica na tubulação e é composto pelas colunas de ventilação e pelos ramais de ventilação d Posicionamento dos tubos de queda Esgoto primário Gordura Devese evitar que os tubos de queda atravessem as vigas Para que isso aconteça preferencialmente devese usar sistema de shafts e na impossibili dade criar pilares falsos para embutir a tubulação e Defi nição do destino do esgoto Preferencialmente utilizar os coletores do sistema público Sistema de tratamento e descarte particular INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 43 SERECINSTAHIUNID2indd 43 290920 1614 Dadas essas defi nições partese para a análise da demanda e do dimensio namento traduzindo esse estudo para os elementos de comunicação Rapidez e segurança no escoamento do esgoto Como dito a NBR 81601999 estabelece as exigências e recomendações rela tivas ao projeto execução ensaio e manutenção dos sistemas prediais de coleta de esgoto visando a higiene segurança economia e conforto dos usuários O esgoto deve ser escoado de maneira extremamente rápida tendo seu traçado o mais curto possível Devese dar preferência à utilização de curvas de 45 Caso não seja possível as curvas de 90 devem ser longas e com possi bilidade de inspeção antes e depois destas O sistema deve impedir também o retorno de gases assim como a entrada de corpos estranhos e animais com passagens vedadas por meio de fecho hí drico uma coluna de água com pelo menos 50 mm que deve ser mantida em qualquer condição de funcionamento O fecho hídrico pode ser obtido com a utilização de desconectores como sifões caixas sifonadas etc conforme de monstra a Figura 1 CURIOSIDADE O odor desagradável e estranho presente em apartamentos que fi cam vazios por muito tempo pode ser um indicativo de que a água que formava o fecho hídrico evaporou e os gases do esgoto entraram no local Figura 1 Fecho hídrico a coluna de água retida no sifão impede que gases tenham acesso ao interior dos ambientes Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 44 SERECINSTAHIUNID2indd 44 290920 1615 O sistema deve impedir também a contaminação do meio ambiente evi tando vazamentos e conexões a redes com outras fi nalidades como drenagem ou abastecimento O vazamento de esgoto pode levar à contaminação da água para consumo ou cozimento de alimentos tornando sua vedação adequada e manutenção corretiva e preventiva extremamente importante Deve também evitarse o retorno de efl uentes ou espumas assim como a passagem em re baixos de pisos ou em canaletas de águas servidas Ademais devem ser impossibilitados rebaixos ou colos na tubulação que permitam o depósito e acúmulo de material particulado causando com o tem po obstrução na tubulação O sistema deve ser concebido prevendo pontos para acesso e inspeção da rede para futuras manutenções principalmente quanto a obstruções e entupimentos Sistema de coleta do esgoto O sistema de coleta deve ser preferencialmente público A rede coletora as sentada nas ruas das cidades deverá ser ligada através do ramal predial às ins talações de esgoto do edifício Via de regra cada endereço deve ter somente um ramal predial interligado à rede pública e grandes obras e casos especiais devem ser discutidos com a concessionária pública desse serviço A instalação predial de esgoto direciona os efl uentes para uma caixa de ins peção localizada nos limites do terreno e a partir daí será feita a ligação até a rede pública como mostra a Figura 2 TQ Cl Sub coletor Sub coletor Sub coletor Coletor predial Coletor público Sub coletor Alinhamento Cl Cl Cl Cl TQ Figura 2 Exemplo de implantação da rede de coletores com coletor predial conectado à rede pública Cl INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 45 SERECINSTAHIUNID2indd 45 290920 1615 Nas localidades onde não há o sistema público de coleta o esgoto deve ser tratado e descartado de forma individual seguindo as prescrições das normas NBR 72291993 Projeto construção e operação de sistemas de tanques sépticos NBR 139691997 Tanques sépticos Unidades de tratamento complemen tar e disposição final dos efluentes líquidos Projeto construção e operação Antes de ser lançado em um sumidouro instalação que permitirá a absorção dos efluentes pelo solo o esgoto deverá passar por tratamento anaeróbico em uma fossa séptica que proporcionará sua decomposição para a eliminação de or ganismos patogênicos como mostra a Figura 3 Periodicamente a fossa séptica deve ser limpa devido à decantação de elementos sólidos dos efluentes A fossa séptica e o sumidouro devem estar localizados em pontos estratégicos evitando contaminações e o efluente direcionado ao sumidouro é absorvido pelo solo Sub coletor TQ TQ CI CI CI CI CI Sub coletor Sub coletor Sub coletor Fossa séptica Sumidouro Figura 3 Tratamento de efluentes em local onde não há rede pública Não havendo rede pública é necessária a implantação de sistema de trata mento básico com uma fossa séptica que vai decompor o esgoto por processo anaeróbico na ausência de oxigênio Seu efluente será direcionado para o sumi douro que vai promover a absorção do efluente pelo solo A fossa séptica deve ser periodicamente limpa com a utilização dos caminhões limpafossas INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 46 SERECINSTAHIUNID2indd 46 290920 1615 Esquema geral das instalações A primeira grande divisão do sistema pode ser feita entre Instalação primária de esgotos é a parte do sistema em que os tubos e demais dispositivos apresentam em seu interior gases provenientes do es goto do coletor público ou de instalações de tratamento São as tubulações localizadas antes do fecho hídrico Instalação secundária de esgotos é a parte do sistema em que os tubos e demais dispositivos não apresentam em seu interior gases provenientes do esgoto do coletor público ou de instalações de tratamento O bloqueio desses gases como já dito é realizado pelos fechos hídricos e desconectores forma dos por colunas dágua com pelo menos 50 mm criadas por dispositivos como sifões caixas sifonadas entre outros Figura 4 Esquema geral das instalações o efl uente de esgoto é captado dos aparelhos direcionado a uma tubulação vertical tubo de queda e transportado por uma rede de coletores para o destino fi nal rede pública ou tratamento local Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 47 SERECINSTAHIUNID2indd 47 290920 1615 No esquema geral do sistema Figura 4 as tubulações podem ser classifi cadas como Coletor predial Subcoletores Tubos de queda Ramais de esgoto Ramais de descarga Ramais de ventilação Tubos de ventilação Coletor predial Coletor predial é o trecho da tubulação entre o coletor público e a última cai xa de inspeção Figura 5 Essa caixa de inspeção deve estar localizada dentro do terreno e próxima à divisa com a via pública distante no máximo a 15 m do coletor público Nos locais desprovidos de coletor público o coletor predial destina o esgoto coletado ao sistema de tratamento local e seu diâmetro mí nimo é de 100 mm Figura 5 Coletor predial a tubulação que conecta a rede de coletores da edifi cação ao coletor público Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 48 SERECINSTAHIUNID2indd 48 290920 1617 Caixa de inspeção A caixa de inspeção intercepta a tubulação para que seja possível realizar inspeção limpeza e eventual desobstrução das tubulações de esgoto É insta lada quando ocorrem mudanças de direção ou de declividade ou quando o comprimento da tubulação de esgoto ultrapassa 25 m Estando a jusante dos tubos de queda TQ e recebendo seu efluente deve ser instalada a menos de 2 m de distância dos TQ que contribuem para essa caixa Ela pode ser construída em concreto alvenaria ou plástico e ser prismática com lado interno mínimo de 60 cm ou cilíndrica com diâmetro mínimo de 60 cm A tampa deve ficar visível e ter vedação perfeita impedindo a saída de ga ses e animais de seu interior Figura 6 A profundidade da caixa de inspeção não deve ser superior a 1 m Caso haja necessidade de uma profundidade maior devese construir um poço de visitas para dar acesso à caixa de inspeção Figura 6 Caixa de Inspeção CI que permite acesso às tubulações para limpeza e manutenção Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Subcoletor O subcoletor é a tubulação que recebe efluentes dos tubos de queda ou ra mais de esgoto interceptados por caixas de inspeção e que direciona o efluen te para a última caixa de inspeção localizada próxima à divisa do terreno e que está à montante do coletor predial INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 49 SERECINSTAHIUNID2indd 49 290920 1617 O transporte desse material deve se dar por gravidade e para isso a tu bulação deve ser instalada com uma declividade mínima de 2 para tubos de 75 mm 1 para tubos com diâme tros até 200 mm e 05 para diâme tros maiores ou iguais a 200 mm As declividades não devem ser superiores a 5 devido à necessi dade de limitação de velocidade do escoamento que pode gerar ruídos incompatíveis com os padrões de conforto acústico Caixas de passagem Tem como função permitir a junção de várias tubulações Ela pode ser do tada de grelha ou tampa cega e é des tinada a receber água de lavagem de pisos e afluentes de tubulação secundária de uma mesma unidade autônoma Caixas sifonadas Esta é uma caixa dotada de fecho hídrico e destinada a receber efluentes de lavagem ou aparelhos sanitários Pode ser fechada ou com grelha desem penhando função também de ralo no caso sendo denominada ralo sifonado Na caixa sifonada é retida uma coluna dágua que impede o acesso dos gases do esgoto para o ambiente interno O regime de escoamento do sistema de esgoto é livre não forçado e é pos sível através de um sistema de ventilação que mantém as pressões internas iguais à pressão atmosférica evitando pressões negativas que poderiam suc cionar a água presente no fecho hídrico Caixa de gordura Caixa destinada a reter as gorduras graxas e óleos contidos no esgoto De vese realizar a limpeza da caixa de forma regular a fim de remover o material retido É usada para receber esgotos que contêm resíduos gordurosos prove nientes de pias de copa e cozinha Figura 7 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 50 SERECINSTAHIUNID2indd 50 290920 1618 10 20 Corte Lastro de concreto Tampa removível de concreto armado H Variável Ø Ø L L Planta Dimensões conforme norma local Ø Ø Figura 7 Caixa de gordura sendo a gordura mais leve que a água ela boiará e a captação do efluente é feita na parte inferior da caixa Fonte CARVALHO JUNIOR 2014 n p Adaptado Caixa coletora Caixa em que se reúnem os refugos líquidos que exigem elevação mecânica bomba Geralmente está localizada em nível inferior ao coletor predial Preferencialmente o transporte do esgoto deve acontecer por gravidade dan do uma declividade ou inclinação na tubulação de no mínimo 1 Caso não seja possível utilizase a caixa coletora associada a uma bomba de recalque INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 51 SERECINSTAHIUNID2indd 51 290920 1618 Tubo de queda Tubulação vertical que recebe efluentes de ramais de esgoto ou de ramais de descarga Deve ter prolongamento até acima do topo do edifício como te lhado laje impermeabilizada entre outros para promover ventilação sendo este prolongamento denominado tubo ventilador primário Figura 8 Os tubos de queda que transportam efluentes de pias de cozinha devem ser exclusivos devido à presença de gordura Eles devem ser direcionados a uma caixa de gordura que deverá ser limpa periodicamente impedindo que a gordura cause obstruções no sistema Os efluentes de máquinas de lavar tam bém devem ter tubos de queda exclusivos para evitar o retorno de espuma fortemente presente nesses equipamentos Figura 8 Tubo de queda TQ tubulação vertical que recolhe o esgoto dos ramais e o transporta para o nível da rua onde uma rede de coletores vai direcionálo para o coletor público Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Tubo ventilador tubo de ventilação ou coluna de ventilação Este é um tubo que possibilita a troca de ar entre a atmosfera e o interior da instalação de esgoto e viceversa A circulação de ar no interior da instalação tem como finalidade manter a pressão no interior da tubulação igual à atmos férica protegendo o fecho hídrico dos desconectores de ruptura por aspiração ou descompressão Também encaminha os gases gerados e vindos do sistema de instalação primária para a atmosfera Desconector É todo dispositivo dotado de sifão sanitário criando um fecho hídrico ligado a uma canalização primária ou seja é um dispositivo hidráulico destina INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 52 SERECINSTAHIUNID2indd 52 290920 1618 do a impedir a passagem de gases do interior das canalizações de esgoto para o interior dos edifícios Representa o ponto de separação entre as instalações primárias e secundárias Tubo ventilador primário Tubo com extremidade superior que ultrapassa a cobertura e se mantém em contato com a atmosfera acima da cobertura do prédio Prolongandose o tubo de queda acima da cobertura podese caracterizar sua parte superior como tubo ventilador primário Ramal de descarga Conectado aos aparelhos sanitários recebe os efluentes dali originados di recionandoos ao ramal de esgoto ou tubo de queda Figura 9 Ramal de esgoto Dois ou mais ramais de descarga podem se juntar e a partir daí essa tubula ção que recebe efluentes dos ramais de descarga é definida como ramal de esgo to e será direcionada a um tubo de queda ou outro ramal de esgoto Figura 9 Ramal de ventilação Tubo ventilador que interliga um desconector ramal de descarga ou ramal de esgoto de um ou vários aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou tubo ventilador primário Figura 9 Ramais de descarga Ramal de ventilação Ramal de esgoto Bacia sanitária Tubo de queda Coluna de ventilação Figura 9 Ramal de descarga ramal de esgoto tubo de queda e ramal de ventilação Fonte CARVALHO JUNIOR 2014 np INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 53 SERECINSTAHIUNID2indd 53 290920 1620 Ralo seco e ralo sifonado O ralo seco não tem proteção hídrica ao passo que o sifonado a possui Normalmente os ralos secos são utilizados para receber águas provenientes de chuveiro box pisos laváveis áreas externas terraços varandas etc Não devem entretanto receber efl uentes de ramais de descarga Existem diversas variações para os ralos e um modelo de ralo seco efi ciente na drenagem cons tituindose como um facilitador da execução é o ralo linear Figura 10 Figura 10 Ralo linear instalado em um box facilita a execução do piso com declividade para o ralo Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Aparelhos sanitários Os aparelhos sanitários têm como função básica coletar os dejetos deven do propiciar uma utilização confortável e higiênica ao usuário Eles são conec tados aos ramais de descarga e têm funções específi cas Os mais comuns e usuais estão ilustrados na Figura 11 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 54 SERECINSTAHIUNID2indd 54 290920 1620 Figura 11 Aparelhos sanitários básicos em uma residência Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Lavatório Destinado à lavagem das mãos e rosto O ramal de descarga desse aparelho deve estar ligado a uma caixa sifonada Bacia sanitária Destinada à captação de dejetos humanos pode ser acionada por válvula hidra ou por caixa acoplada O ramal de descarga das bacias não deve estar conectado a caixas sifonadas Ao contrário dos demais aparelhos localizados em um banheiro seu ramal de descarga é direcionado diretamente ao tubo de queda O ramal de esgoto conectado ao ralo sifonado se liga ao ramal de descarga da bacia sanitária A partir desse ponto é feita a conexão com o tubo de queda Tanque Este aparelho sanitário é geralmente destinado à lavagem de roupas CURIOSIDADE Com a utilização cada vez mais disseminada do reúso de água de esgoto e aproveitamento de água de chuva é consenso entre os pesquisadores que esta água não deve ser utilizada para o preparo de alimentos e em atividades que tenham contato direto com o corpo como por exemplo o banho A uti lização desta porém para a lavagem de roupas é uma questão polêmica Em alguns países da Europa por exemplo são deixados dois pontos de alimenta ção para essa atividade um com água potável e outro com água não potável INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 55 SERECINSTAHIUNID2indd 55 290920 1620 Máquina de lavar roupas Este equipamento é destinado à lavagem mecânica de roupas O tubo de queda para a máquina de lavar roupas deve ser exclusivo e não deve ser com partilhado com tanques ou ralos uma vez que a quantidade de espuma pro duzida pode gerar retorno em ralos e em outros aparelhos conectados ao tubo de queda A boa prática recomenda inclusive que até o segundo andar de um edifício os tubos de queda para esses aparelhos sejam exclusivos para cada unidade autônoma Assim devido à quantidade de espuma gerada é prática comum direcionar o ramal de descarga da máquina de lavar roupas a um tubo de queda exclusivo a fim de evitar o retorno da espuma Pia de cozinha É destinada ao manuseio e lavagem de alimentos e louças Antes de ser lan çado em um subcoletor o efluente das pias de cozinha e das máquinas de lavar louça devem ser conduzidos a uma caixa de gordura O usual é que o efluente do tubo de queda que recebe o esgoto desses ramais seja direcionado à caixa de gordura situada antes da caixa de inspeção que fará conexão com a rede dos subcoletores Banheira Este aparelho sanitário é destinado a banhos de imersão É interessante ressaltar que as banheiras de hidromassagem possuem um circuito próprio de tubulações que lançam jatos de água sob pressão Portanto a instalação dessas banheiras exige sua associação a uma bomba Ligação entre os aparelhos e a tubulação A ligação entre os aparelhos e a tubulação no caso aos ramais de descarga se dá através de tubos de ligação normalmente sifonados No caso de alguns aparelhos a sifona gem é feita na própria peça como por exemplo nas bacias sanitárias Os sifões podem ser com caneca ou flexíveis Figura 12 Figura 12 Sifão flexível o qual tem a vantagem de ser facilmente moldável Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 56 SERECINSTAHIUNID2indd 56 290920 1621 Tubulação e conexões São variados os elementos que permitem a conexão estre os diversos trechos das tubulações propiciando prolongamento da tubulação ligação entre dois trechos a 45 ou a 90 ou mudança de direção também a 45 e 90 Assim a linha de esgoto predial é fornecida na linha predial de cor branca ao passo que a linha de esgoto para in fraestrutura possui cor ocre Figura 13 Figura 13 Tubo em PVC ocre linha infraestrutura de esgoto Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 14 Algumas conexões disponíveis comercialmente Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 57 SERECINSTAHIUNID2indd 57 290920 1621 Figura 15 Joelho 45 as conexões com ângulo de 45 diminuem as possibilidades de obstrução da tubulação Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 16 Conexão tê Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Cotovelo ou joelho Conexão que promove a mudança de direção em 90 ou 45 da tubulação Essa conexão provê essa mudança de forma imediata e pode ter um elemento visita que permite manutenção da tubulação quando ocorre entupimento Figura 15 Tê Esta é uma conexão que possui ramificação a 90 Figura 16 Curva Conexão que também promove a mudança de direção em 90 ou 45 da tubulação porém de maneira mais suave Figura 17 Figura 17 Curva Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 58 SERECINSTAHIUNID2indd 58 290920 1621 Figura 18 Luva Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Figura 19 Luva com redução Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 Luva Permite o prolongamento da tubulação emendandoa As luvas de redução permitem a emenda de tubulações com diâmetros diferentes Figuras 18 e 19 Junção Permite a conexão de duas tubulações na direção de 45 Figura 20 Figura 20 Instalação sendo montada com utilização de uma junção Fonte Shutterstock Acesso em 30072020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 59 SERECINSTAHIUNID2indd 59 290920 1622 Diâmetros comerciais das tubulações e conexões Devido ao ambiente agressivo característico as tubulações devem prefe rencialmente ser de PVC Em casos especiais os tubos e conexões utilizados são de ferro fundido As tubulações e conexões são disponíveis nos diâmetros indicados na Tabe la 1 e as suas instalações devem adotálos Linha Diâmetro nominal mm Correspondência em polegadas Linha predial em PVC branco 40 1 12 50 2 75 3 100 4 150 6 200 8 Linha infraestrutura em PVC ocre 100 4 150 6 200 8 250 10 300 12 350 14 400 16 TABELA 1 DIÂMETROS COMERCIAIS DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO Considerações finais A abordagem feita considera a técnica e tecnologia corrente no tratamento do assunto A partir da segunda metade do século XX e com a crise hídrica nas grandes metrópoles do mundo o esgoto foi visto como um efl uente que poderia ser tratado e reutilizado em atividades que não exigissem classifi cação da água como potável como na preparação de alimentos e em atividades que propicias sem contatos com o corpo banhos lavagem das mãos entre outros O exemplo mais comum de reúso é em atividades como descarga em bacias sanitárias e lavagem de pisos etc INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 60 SERECINSTAHIUNID2indd 60 290920 1622 Isso leva à necessidade de estudos que viabilizem tal prática e à construção de instalações que propiciem o tratamento mínimo de filtragem e desinfecção para esse fim Outra prática também em difusão é o funcionamento do sistema sob pressão e toda uma instalação de pressurização precisaria ser dimensio nada para sua viabilização Tais assuntos não fazem parte do escopo de nosso estudo mas apontam para horizontes a serem cada vez mais explorados e expandidos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 61 SERECINSTAHIUNID2indd 61 290920 1622 Sintetizando O sistema de coleta transporte e descarte de esgotos prediais é composto por tubulações convenientemente dimensionadas A interface do sistema com os usuários se dá pelos aparelhos sanitários Vimos que os dejetos gerados são recolhidos pelos ramais de descarga que se juntam em ramais de esgoto Os ramais de esgoto direcionam os dejetos para os tubos de queda que os transportam para o nível em que se dará o descarte normalmente no térreo para o coletor público ou estação de tra tamento Os subcoletores recolhem o produto trazido pelos tubos de queda direcionandoos à caixa de inspeção ligada ao coletor predial Aprendemos também que a interligação entre as tubulações se dá por co nexões caixas de inspeção e caixas de passagem O esgoto gerado em níveis inferiores ao do coletor predial deverá ser recalcado utilizandose bombas Especial atenção deve ser dada ao esgoto proveniente de cozinhas devido à grande quantidade de gordura que poderá entupir as tubulações Para que isso seja evitado esse esgoto deve passar por caixas de gordura que têm como função bloquear o acesso da gordura para a tubulação É necessário que essas caixas sejam periodicamente limpa retirandose a gordura acumulada Por fim aprendemos que considerandose que os condutos de esgoto fun cionam como condutos livres e não forçados a pressão no interior da tabula ção deverá ser igual à pressão atmosférica Dessa forma devese prever um sistema de ventilação que garanta essa condição e não permita a existência de pressões negativas que poderiam esvaziar os fechos hídricos e permitir o caminhamento dos gases do esgoto para o interior da edificação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 62 SERECINSTAHIUNID2indd 62 290920 1622 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 81601999 Sis temas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 72291993 Projeto construção e operação de sistemas de tanques sépticos Rio de Janei ro ABNT 1999 ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 139691997 Tanques sépticos Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos Projeto construção e operação Rio de Janeiro ABNT 1999 CARVALHO JUNIOR R Instalações prediais hidráulicosanitárias São Paulo Edgard Blucher 2014 MACINTYRE A J Manual de instalações hidráulicas Rio de Janeiro Guana bara 1990 CREDER H Instalações hidráulicas prediais Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos 1982 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 63 SERECINSTAHIUNID2indd 63 290920 1622 INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO INTERNAS DE GÁS E ÁGUAS PLUVIAIS 3 UNIDADE SERECINSTAHIUNID3indd 64 290920 1613 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Habilitar o estudante a projetar e dimensionar instalações de esgoto sanitário Conhecer os componentes e princípios norteadores para dimensionamento do sistema de captação de águas pluviais Conhecer as características das instalações e os gases combustíveis utilizados em edificações habitacionais Projeto de instalações de esgo to sanitário Dimensionamento do sistema de esgoto Dispositivos complementares Subsistema de ventilação Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento Sistema de captação transpor te e descarte ou reservação das águas pluviais Instalação interna de gás ca racterísticas gás natural e gás liquefeito de petróleo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 65 SERECINSTAHIUNID3indd 65 290920 1613 Projeto de instalações de esgoto sanitário Para início da elaboração do projeto de esgoto predial é necessária a de fi nição da posição dos aparelhos sanitários que é dada pelo projeto arquite tônico Além dessas defi nições é preciso saber que todas as disciplinas que envolvem o projeto de uma edifi cação são iterativas e para um bom resultado é necessária uma perfeita coordenação e compatibilização com os projetos de arquitetura e estrutura além de total sintonia com os demais envolvidos no empreendimento Os critérios para elaboração do projeto de esgotos estão prescritos na NBR 81601999 O dimensionamento das tubulações apresentado baseiase no mé todo das Unidades Hunter de Contribuição UHC Uma UHC corresponde à descarga de um lavatório residencial considerando uma vazão de 28 litros por minuto A descarga dos demais aparelhos sanitários foi estabelecida a partir dessa consideração de forma proporcional Esse método foi desenvolvido nos EUA e teve como diretriz a vazão de esgoto produzida em cada aparelho e o fator de simultaneidade do uso recebendo esse nome em homenagem ao pes quisador que desenvolveu o método D Roy B Hunter no início do século XX EXPLICANDO A NBR 81601999 em seu anexo B apresenta o dimensionamento pelo método hidráulico que também faz considerações probabilísticas sobre o uso simultâneo dos aparelhos e defi ne o diâmetro das tubulações em função das vazão de projeto do coefi ciente de manning para a rugosidade da tubulação da sua declividade e da taxa de ocupação da água durante o escoamento O dimensionamento pelo método hidráulico normalmente resulta em diâmetros menores que pelo método das UHC porém também deve obedecer aos diâmetros prescritos pela norma Os diâmetros normatizados para tubulação e conexões em PVC esgoto predial branco são 40 50 75 100 150 e 200 mm e em PVC esgoto infraes trutura ocre são 100 150 200 250 300 350 e 400 mm Para que o transporte dos efl uentes ocorra por gravidade é necessário que ao instalar as tubulações horizontais seja imposta uma declividade A declivi dade mínima recomendada é de 2 para tubulações com diâmetro nominal de até 75 mm e de 1 para tubulações com diâmetros iguais ou superiores a 100 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 66 SERECINSTAHIUNID3indd 66 290920 1613 mm Atenção quando se tratar de um trecho muito longo entre o aparelho sa nitário e o tubo de queda o projetista poderá lançar mão do dimensionamento de uma tubulação com declividade inferior aos limites informados desde que atenda à tabela de dimensionamento dos subcoletores e coletores prediais quanto ao diâmetro Em desvios ou curvas em trechos horizontais devem ser usadas peças de 45 e as mudanças de direção em plano vertical devem ser executadas com curvas de a 90 Dimensionamento do sistema de esgoto A sequência racional para o dimensionamento da tubulação é Ramais de descarga Ramais de esgoto Tubos de queda Subcoletores Coletor predial Ventilação Ramais de descarga e ramais de esgoto As tubulações dos ramais de descarga devem obedecer ao diâmetro míni mo indicado no Quadro 1 Aparelho sanitário Número de UHC Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Bacia sanitária 6 100 Banheira de residência 2 40 Bebedouro 05 40 Bidê 1 40 Bidê 1 40 Chuveiro De residência 2 40 Coletivo 4 40 QUADRO 1 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE DESCARGA POR APARELHO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 67 SERECINSTAHIUNID3indd 67 290920 1613 Lavatório De residência 1 40 De uso geral 2 40 Mictório Válvula de des carga 6 75 Caixa de descarga 5 50 Descarga auto mática 2 40 De calha 2 50 Pia de cozinha residencial 3 50 Pia de cozinha industrial Preparação 3 50 Lavagem pa nelas 4 50 Tanque de lavar roupa 3 40 Máquina de lavar louça 2 50 Máquina de lavar roupa 3 50 Fonte ABNT 1999 Adaptado O Quadro 1 indica o número de UHC considerado para cada aparelho sanitário de uso mais comum e o diâmetro nominal da tubulação que deve ser instalada Considerando que nem todos os aparelhos sanitários estão contemplados neste quadro além do fato de que novos aparelhos podem ser criados ou adapta dos a Tabela 1 pode ser utilizada estimando o número de UHCs correspondente Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC 40 2 50 3 75 5 100 6 TABELA 1 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO PARA RAMAIS DE DESCARGA APARELHOS NÃO RELACIONADOS Fonte ABNT 1999 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 68 SERECINSTAHIUNID3indd 68 290920 1613 A Tabela 1 indica o diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga a par tir do número de UHC estimado para cada aparelho sanitário não relacionado nesta tabela Pela definição da NBR 81601999 ramal de esgoto é uma tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou através de um desconector ABNT 1999 p 3 A Tabela 2 indica o diâmetro nominal da tubulação em função do número de UHCs já considerando o fator estatístico Diâmetro nominal mínimo do ramal de descarga Número de UHC 40 3 50 6 75 20 100 160 TABELA 2 NÚMERO DE UHC E DIÂMETRO MÍNIMO PARA RAMAIS DE ESGOTO Fonte ABNT 1999 Adaptado Os aparelhos sanitários devem estar protegidos por desconectores Eles de vem estar presentes a montante dos ramais de esgoto e impedem o retorno de ga ses para os ambientes internos Poderão ser executados em barro vidrado como nas bacias sanitárias ferro fundido ou ferro galvanizado por exemplo sifões de caneca ou PVC sifões e caixas sifonadas Quando a instalação é executada sobre lajes de concreto armado deverá ter um rebaixo de 30 cm para melhor execução dos ramais de esgoto Tubos de queda Os tubos de queda recebem os efluentes dos ramais de esgoto ou de ramais de descarga e os transportam para o nível da rua Devem ser instalados em uma linha vertical reta e se possível com uma única prumada Havendo necessidade de des vios usamse conexões de raio longo devendo ser previstas conexões com visita A Tabela 3 indica o diâmetro nominal mínimo em função do número de UHCs e da quantidade de pavimentos da edificação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 69 SERECINSTAHIUNID3indd 69 290920 1613 Diâmetro nominal do tubo Número de UHC Prédio de até três pavimentos Prédio com mais de três pavimentos 40 4 8 50 10 24 75 30 70 100 240 500 150 960 1900 200 2200 3600 250 3800 5600 300 6000 8400 TABELA 3 NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA TUBOS DE QUEDA POR QUANTIDADE DE PAVIMENTOS Fonte ABNT 1999 Adaptado Nas extremidades inferiores são instaladas curvas que levam os efluentes para caixas de inspeção conectadas à rede de subcoletores Todo tubo de queda deve prolongarse verticalmente acima da cobertura constituindose um ventila dor primário Nenhum tubo de queda poderá ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligado exigindose um diâmetro mínimo de 100 mm para as ca nalizações que recebem despejos de bacias sanitárias Subcoletores e coletor predial O diâmetro dos subcoletores e do coletor predial pode ser dimensionado utili zando a Tabela 4 que relaciona o diâmetro as UHCs e a declividade da tubulação Para o coletor predial e os subcoletores em prédios residenciais considere ape nas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número de UHC Nos demais casos considere as UHCs de todos aparelhos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 70 SERECINSTAHIUNID3indd 70 290920 1613 Diâmetro nominal do tubo Número máximo de UHC em função da declividade mínima 05 1 2 4 100 180 216 250 150 700 846 1000 200 1400 1600 1920 2300 250 2500 2900 3500 4200 300 3900 4600 5600 6700 400 7000 8300 10000 12000 TABELA 4 NÚMERO DE UHD E DIÂMETRO MÍNIMO PARA SUBCOLETORES E COLETORES Fonte ABNT 1999 Adaptado O coletor predial e os subcoletores devem ser construídos sempre que possível na parte não edificada do terreno o que facilita os serviços de manutenção e desobstrução quando estes se fizerem necessários Quan do inevitável a sua construção em área edificada devem ser tomados cui dados especiais para proteção além de localizálos considerando facili dades em eventuais manutenções futuras Devem ser preferencialmente retilíneos e nos trechos em deflexão imposta pela configuração de prédio ou de terreno devem ser colocadas caixas ou peças de inspeção que per mitam a limpeza e desobstrução dos trechos adjacentes Nas mudanças de direção em que não for possível intercalar caixas de inspeção devem ser usadas curvas de ângulo central máximo igual a 90 de raio longo prefe rencialmente de 45 desde que se usem peças com inspeção prevista para limpeza e desobstrução INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 71 SERECINSTAHIUNID3indd 71 290920 1613 Dispositivos complementares A caixa de gordura é dividida em duas câmaras separadas por um septo não removível A tomada de água para jusante é feita por uma curva voltada para o fundo da caixa Sendo a gordura mais leve que a água ela vai boiar e a tomada de água é feita livre de gordura sendo facilmente retirada no proce dimento de limpeza e manutenção Os critérios para o dimensionamento das caixas de gordura estão no Quadro 2 Tipo de Caixa Quantidade de cozinhas a atender Diâmetro nominal in terno cm Parte submersa do septo cm Capacidade de retenção litro Diâmetro nominal da tubulação de saída mm Pequena CGP 1 a 2 30 20 18 75 Simples CGS 2 40 20 31 75 Dupla CGD 3 a 12 60 35 120 100 Especial CGE Acima de 12 e industriais 40 2N 20 100 O volume é dado por V 2N 20 sendo N o número de pessoas atendidas pela cozinha no momento de maior fl uxo Distância mínima entre o septo e a saída 20 cm Altura molhada 60 cm QUADRO 2 DIMENSIONAMENTO DA CAIXA DE GORDURA Caixa de passagem Na defi nição da NBR 81601999 a caixa de passagem é destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário ABNT 1999 p 2 De acordo com a norma suas dimensões devem atender às seguintes caracte rísticas ABNT 1999 p 16 Se cilíndrica a base deve ter 15 cm de diâmetro e se poligonal a base deve ser inscrita a um círculo de 15 cm de diâmetro Deve ter tampa cega se estiver localizada na rede de esgoto primário Altura mínima 10 cm INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 72 SERECINSTAHIUNID3indd 72 290920 1613 Diâmetro mínimo de saída 15 cm ou conforme cálculo de demanda Caixa de inspeção e poço de visita Na definição da NBR 81601999 a caixa de inspeção é destinada a permitir a inspeção limpeza desobstrução junção mudanças de declividade eou direção das tubulações ABNT 1999 p 2 O poço de visitas também é um dispositivo a ser utilizado quando as caixas de inspeção tiverem seu fundo em uma cota inferior a um metro em relação ao terreno De acordo com a norma as dimensões desses dispositivos de inspeção devem atender aos seguintes critérios ABNT 1999 p 7 A profundidade máxima da caixa de inspeção é de um metro e o poço de visi tas deve ser construído para profundidades superiores a um metro Se a caixa de inspeção tiver base prismática a menor dimensão dos lados é 60 cm se a base for circular o diâmetro mínimo deve ser de 60 cm Se o poço de visita tiver base prismática a menor dimensão dos lados é 110 m se a base for circular o diâmetro mínimo deve ser de 110 m A tampa para ambos deverá ter vedação perfeita e ser de fácil remoção O fundo de ambos deverá proporcionar rápido escoamento e impedir a de cantação e acúmulo de sólidos O poço de visita deve ser provido de degraus para acesso ao seu interior O poço de visita é formado por duas partes uma câmara inferior e a chaminé de acesso Tendo uma profundidade de até 180 m a câmara deverá ter no míni mo altura de 150 m A chaminé de acesso deverá ter diâmetro mínimo de 60 cm Caixa coletora Na definição da NBR 81601999 a caixa de coletora é onde se reúnem os efluentes líquidos cuja disposição exija elevação mecânica ABNT 1999 p 2 Os requisitos mínimos para a caixa coletora são ABNT 1999 p 20 Profundidade mínima de 60 cm e se receber efluentes de bacias sanitárias de 90 cm Conjunto de dois grupos de moto bomba com funcionamento alternado per mitindo passagem de esferas de 18 mm se recebe efluentes de bacias sanitárias esfera de 60 mm Se receber efluentes de bacias sanitárias deverá ter o fundo inclinado de for ma a impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa for totalmente es vaziada e um tubo de ventilação independente INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 73 SERECINSTAHIUNID3indd 73 290920 1613 Tubulação de recalque mínima com diâmetro nominal de 75 mm se receber efl uentes de bacias sanitárias e com diâmetro mínimo de 40 mm se não receber efl uentes de bacias sanitárias Caixas sifonadas Na defi nição da NBR 81601999 a caixa sifonada é caixa provida de desco nector destinada a receber efl uentes da instalação secundária de esgoto ABNT 1999 p 2 Observe na Tabela 5 os valores para dimensionamento das caixas si fonadas Número de UHC Diâmetro Nominal DN 6 100 10 125 15 150 TABELA 5 DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS SIFONADAS Fonte NETTO FERNÁNDEZ 2015 p 511 Adaptado O ramal de saída da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na tabela de ramais de esgoto Subsistema de ventilação O ramal de ventilação é dimensionado em função da soma das UHCs dos apa relhos conectados ao ramal de esgoto associado Os critérios também estão su bordinados à presença ou não no grupo de aparelhos de bacias sanitárias confor me mostrado na Tabela 6 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 74 SERECINSTAHIUNID3indd 74 290920 1613 Grupo de aparelho sem bacias sanitárias Grupo de aparelhos com bacias sanitárias Número de UHC Diâmetro nominal do ramal de venti lação Número de UHC Diâmetro nominal do ramal de venti lação Até 12 40 Até 17 50 13 a 18 50 18 a 60 75 19 a 36 75 TABELA 6 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE VENTILAÇÃO Fonte ABNT 1999 Adaptado Fonte ABNT 1999 Adaptado A efetividade do sistema de ventilação também está relacionada à distância entre o ramal de ventilação e sua distância até o desconector conforme indicado na Tabela 7 DN do ramal de ventilação Distância máxima m 40 10 50 12 75 18 100 24 TABELA 7 DISTÂNCIA DO RAMAL DE VENTILAÇÃO AO CONECTOR Colunas e barriletes de ventilação Os ramais de ventilação conectamse às colunas ou aos barriletes de ventila ção Definese barrilete de ventilação segundo a NBR 81601999 como uma tu bulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores ABNT 1999 p 2 As colunas de ventilação são conectadas ao tudo de queda após sua conexão INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 75 SERECINSTAHIUNID3indd 75 290920 1613 com o último ramal de esgoto A partir desse ponto o tubo de queda é prolongado até acima da cobertura passando a ter a função de ventilar o sistema A partir daí é chamado de tubo de ventilação primário As colunas de ventilação podem ser dimensionadas com auxílio da Tabela 8 Observe Diâmetro Nominal do Tubo de Queda ou do Ramal de Esgoto mm DN do ra mal de ven tilação Diâmetro Nominal mínimo do Tubo de Ventilação mm 40 50 75 100 150 200 250 300 Comprimento permitido em metros 40 8 46 40 10 30 50 12 23 61 50 20 15 46 75 10 13 46 317 75 21 10 33 247 75 53 8 29 207 75 102 8 26 189 100 43 11 76 299 100 140 8 61 229 100 320 7 52 195 100 530 6 46 177 TABELA 8 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO RAMAIS DE VENTILAÇÃO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 76 SERECINSTAHIUNID3indd 76 290920 1613 150 500 10 40 305 150 1100 8 31 238 150 2000 7 26 201 150 2900 6 23 183 200 1800 10 73 286 200 3400 7 57 219 200 5600 6 49 186 200 7600 5 43 171 250 4000 24 94 293 250 7200 18 73 225 250 11000 16 60 192 250 15000 14 55 174 300 7300 9 37 116 287 300 13000 7 29 90 219 300 20000 6 24 76 186 300 26000 5 22 70 152 Fonte ABNT 1999 Adaptado Os tubos ventiladores primários ou as colunas de ventilação com extremidade aberta à atmosfera devem atender a vários critérios ABNT 1999 p 7 Devem ter um afastamento de pelo menos 4 m de qualquer janela porta ou vão de ventilação a menos que es teja elevado a pelo menos 1 m das vergas dos respectivos vãos INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 77 SERECINSTAHIUNID3indd 77 290920 1613 Devem ter altura superior altura mínima de 2 m acima de laje impermeabiliza da se for utilizada para outros fi ns além de simples cobertura da edifi cação Caso contrário a altura mínima deve ser de 30 cm Os trechos aparentes devem ter proteção contra choques ou acidentes que possam causar danos A seção aberta à atmosfera deve ser protegida por terminal tipo chaminé tê ou dispositivos que impeçam a entrada das águas de chuva na tubulação Águas pluviais calhas e rufos condutores coletores elementos acessórios e dimensionamento O sistema de captação de águas pluviais destinase exclusivamente ao reco lhimento e condução de água de chuva até os locais previstos para descarte ou acumulação sendo vedada sua interligação com outras instalações os sistemas de esgoto e águas pluviais são independentes e sem interligação Ele deve ser estanque permitir limpeza e desobstrução absorver esforços provocados por di latação térmica ou por choques mecânicos quando for passível a eles ser resis tente à ação do intemperismo ou ao contato com outros materiais de construção não provocar ruídos excessivos resistir às pressões a que será submetido e fi xado de forma adequada Nas coberturas as águas de chuva são aparadas por telhados ou lajes imper meabilizadas estas com declividade mínima de 05 São direcionadas para calhas conectadas a tubulações verticais os condutores verticais que direcionam esse efl uente para condutores horizontais que devem ser instalados com declividade mínima de 05 Esses componentes podem ser de ferro fundido fi brocimento PVC rígido aço galvanizado cerâmica vidrada concreto cobre concreto ou alvenaria Dependendo das condições e da infraestrutura existente essas águas podem ser dispostas em sarjetas sendo direcionadas para o sistema público de drena gem em poços absorventes para infi ltração no solo em reservatórios de reten ção para posterior descarte ou eventual utilização para fi ns não potáveis ou dis postas em escoamento superfi cial Um dos principais elementos para dimensionamento do projeto de captação de águas pluviais é a intensidade e o regime das chuvas incidentes no local da edifi cação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 78 SERECINSTAHIUNID3indd 78 290920 1613 A intensidade de chuva I é adotada para a localidade e para certo período de retorno número médio de anos em que uma precipitação com mesma duração e intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez A NBR 108441989 considerando chuvas com tempo de duração t 5 minutos fixa os períodos de retorno T de acordo com as características da área a ser dre nada ABNT 1989 p 3 T 1 ano para obras externas sendo empoçamentos tolerados T 5 anos para coberturas eou terraços T 25 anos para coberturas e áreas em que empoçamentos ou extravasa mentos não possam ser tolerados Para construções com área de projeção de até 100 m² salvo casos especiais podese adotar I 150mmh Para as demais construções utilizar a Tabela 9 TABELA 9 CHUVAS INTENSAS NO BRASIL DURAÇÃO DE 5 MIN Local Intensidade pluviométrica mmh Período de retorno anos 1 5 25 BelémPA 138 157 18520 Belo HorizonteMG 132 227 23012 CuiabáMT 144 190 23012 FortalezaCE 120 156 18021 GoiâniaGO 120 178 19217 ManausAM 138 180 198 Porto AlegreRS 118 147 16721 Rio de JaneiroRJ 50 18 a 60 75 Jardim Botânico 122 167 227 SalvadorBA 108 122 14524 São PauloSP 50 18 a 60 75 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 79 SERECINSTAHIUNID3indd 79 290920 1613 Congonhas 122 132 São Paulo 50 18 a 60 75 Mirante de Santana 122 172 1917 TeresinaPI 154 240 26223 Fonte ABNT 1999 Adaptado Os números entre parênteses representam o tempo de retorno a que se refe rem as intensidades em vez de 25 anos devido ao tempo de observação CURIOSIDADE Analisando a Tabela 9 notamos que locais tradicionalmente áridos apresentam intensidades pluviométricas maiores que em locais tradicio nalmente chuvosos para o mesmo tempo de retono Por exemplo para o tempo de retorno de cinco anos São Paulo em Congonhas apresenta intensidade pluviométrica de 132 mmh enquanto Teresina tem 240 mmh Isso quer dizer que em Teresina a intensidade da chuva com tempo de retorno de cinco anos é muito maior que a de São Paulo Apesar de cho ver pouco ao longo do ano em Teresina tem pancadas de chuva mais intensas que em São Paulo A partir da intensidade pluviométrica e considerando as áreas das superfícies que vão aparar a chuva obtemos a vazão de projeto da água que será captada pela relação Q I A 60 1 Sendo que I intensidade pluviométrica em mmh A área de contribuição em m² Considerando que 1 litro 1 dm³ temos a seguinte relação entre as unidades mmh m2 10 2 dm h 102 dm2 dm3hora litroshora e hora minuto litros litros 60 Temos então a unidade da vazão fornecida pela relação Q vazão em li trosmin A ação dos ventos deve ser levada em conta pela adoção de um ângulo de in INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 80 SERECINSTAHIUNID3indd 80 290920 1613 clinação da chuva em relação à horizontal Afi nal devido aos ventos a chuva não cai necessariamente a 90 e não caindo a 90 ela vai atingir muros e fachadas o que faz com que parte dessa água contribua com a vazão nos condutores O vento deve ser considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas As superfícies horizontais lajes ou pisos devem ter uma declividade em re lação aos ralos de pelo menos 05 mas apesar dessa declividade devem ser consideradas planas Sistema de captação transporte e descarte ou reservação das águas pluviais As calhas podem ser defi nidas como canais instalados na horizontal com declividade mínima de 05 que captam a água aparada pela superfície de um telhado cobertura ou terraço conduzindoa a um ou mais pontos em que será captada por condutores verticais tubulação e transportada até o nível do solo No nível do solo o efl uente dos condutores verticais é direcionado para condutores horizontais sendo encaminhados para descarte ou eventual re servação A conexão entre os condutores é feita por meio de caixas chamadas caixas de areia Os rufos são elementos geralmente metálicos que têm a função de proteger o encontro das calhas com paredes ou muros evitando a infi ltração da água da chuva nesses encontros As calhas podem ser instaladas em platibandas beirais ou em águas furtadas A Figura 1 mostra um croqui dessas instalações Figura 1 Croqui de calha instalada em beiral platibanda e agua furtada Água furtada Platibanda Beiral INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 81 SERECINSTAHIUNID3indd 81 290920 1613 Calhas O dimensionamento de calhas pode ser feito por meio da fórmula de Man ningStrickler indicada a seguir ou de qualquer outra fórmula equivalente da hidráulica Q K A Rh23 i n 2 Sendo que Q vazão de projeto em Lmin A área da seção molhada em m² n coeficiente de rugosidade depende do material da calha Rh raio hidráulico em m i declividade da calha em mm mínimo de 05 K 60 000 coeficiente para transformar a vazão em m³s para Lmin EXPLICANDO Os conceitos de raio hidráulico Rh seção molhada A e perímetro mo lhado P vêm da hidráulica Por exemplo a área molhada de um tubo com seção circular com escoamento à seção plena coincide com a área do círculo a meia seção a área molhada é metade da área do círculo O perímetro molhado é o comprimento da seção que está em contato com a água No nosso exemplo à seção plena o perímetro molhado é o compri mento da circunferência e a meia seção metade desse comprimento O raio hidráulico é a razão entre a área da seção molhada e o comprimento do perímetro molhado O coeficiente de rugosidade depende do material da calha materiais menos rugosos contribuem para uma maior vazão e os mais rugosos tendem a dimi nuir a vazão pelo atrito entre a água e a calha Na instalação das calhas deve ser imposta uma declividade em direção aos condutores verticais para evitar empoçamentos Se houver impedimento em aplicar declividade nas calhas os condutores verticais deverão ter um aumento na sua capacidade de escoamento ou aumentar o número de condutores Um fator que influencia a eficiência da calha é a distância entre o ponto de captação de condutor vertical e de eventual curva para mudança de direção da calha e o tipo de acabamento da curva sendo os cantos arredondados ou retos Em calhas de beiral ou platibanda quando a saída estiver a menos de 4 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 82 SERECINSTAHIUNID3indd 82 290920 1613 m de uma mudança de direção a vazão de projeto deverá ser majorada multi plicandoa pelos coeficientes da Tabela 10 Tipo de curva Curva a menos de 2 m de saída da calha Curva entre 2 m e 4 m de saída da calha Canto reto 120 110 Canto arredondado 110 105 TABELA 10 COEFICIENTES MULTIPLICADORES DE VAZÃO DE PROJETO Fonte ABNT 1989 Adaptado Condutores verticais Os condutores verticais captam as águas das calhas ou de ralos das lajes de cobertura ou terraços e podem ser instalados externa ou internamente à edificação com diâmetro interno mínimo de 70 mm Os materiais mais comuns desse componente são o PVC e o ferro fundido Preferencialmente devese instalar os condutores em linha reta em uma única prumada Se houver necessidade de desvio devese usar curvas de 90 longas ou de 45 Também para evitar obstruções na entrada dos ralos é reco mendado o uso de grelhas semiesféricas O acabamento da saída da calha para o condutor vertical tem influência significativa na sua eficiência Para o dimensionamento dos condutores a NBR 108441989 fornece dois ábacos um em que as saídas das calhas são em ares tas vivas e outro com saídas em funil INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 83 SERECINSTAHIUNID3indd 83 290920 1614 150 D mm 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 0 400 200 600 800 1000 1200 a Calha com saída em aresta viva 1400 1600 1800 2000 2200 2400 QI mín 2600 2800 L L 25 m L 6 m L 3 m L 2 m L 15 m L 1 m L 03 m H 70 mm H 60 mm H 50 mm H 90 mm H 80 mm L 06 m H 100 mm Figura 2 Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em aresta viva Fonte ABNT 1989 p 8 Figura 3 Ábaco para dimensionamento de condutores para calha com saída em funil Fonte ABNT 1989 p 8 150 D mm 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 0 400 200 600 800 1000 1200 Calha com funil de saída 1400 1600 1800 2000 2200 2400 QI mín 2600 2800 L L 25 m L 6 m L 3 m L 2 m L 15 m L 1 m H 100 mm H 90 mm H 80 mm H 70 mm H 60 mm H 50 mm L 06 m L 03 m INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 84 SERECINSTAHIUNID3indd 84 290920 1614 Para utilizar o ábaco considerase Q vazão de projeto em Lmin na linha das abcissas H altura da lâmina de água na calha em mm L comprimento do condutor vertical em m D diâmetro do condutor em mm O procedimento para utilização desses ábacos é 1 Levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspon dentes e interpolar se for o caso 2 Transportar a interseção mais alta até o eixo D 3 Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao valor encontrado Condutores horizontais Os condutores horizontais recebem o efluente dos condutores verticais Essa conexão deve ser feita preferencialmente utilizandose caixas de areia e caso não seja possível utilizar curvas longas de 90 ou 45 com inspeção Eles devem ser projetados com declividade mínima de 05 Deve ser prevista inspeção na tubulação a cada 20 metros Para o dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular em pregase a fórmula de ManningStricler com altura de lâmina dágua igual a 23 do diâmetro interno do tubo Caixas de areia As conexões entre as tubulações enterradas devem ser fei tas preferencialmente por caixas de areia que têm a função de inspeção e limpeza das tubulações Uma das diferencia ções entre as caixas de areia e as de inspeção de esgoto é em relação à posição da geratriz inferior das tubulações Nas caixas de inspeção a geratriz inferior coincide com o fundo da caixa enquanto nas de areia elas devem estar pelo menos 10 cm acima do fundo Isso é necessário para reter grãos de areia ou lama arrastados pelas águas que devem ser periodicamente retirados As caixas de areia devem ser utilizadas para fazer a conexão das tubula ções quando houver mudança de direção ou declividade e a cada 20 metros de tubulação que é o limite de comprimento prescrito para um trecho reto de tubulação de águas pluviais INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 85 SERECINSTAHIUNID3indd 85 290920 1614 Diferentemente da caixa de inspeção de esgoto é possível instalar ralos na tampa da caixa de areia para captação das águas de chuva Devido a suas ca racterísticas esse sistema não produz os gases que são produzidos no esgoto não tendo necessidade de desconectores Instalação interna de gás características gás natural e gás liquefeito de petróleo A norma brasileira publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT que estabelece os requisitos para projeto e instalação de sistema de dis tribuição de gás combustível em edifi cações residenciais é a NBR 15526 redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais projeto e execução atualizada em 2016 O limite de pressão para essas instalações é de 150 kPa 153 kgfcm² Em uma edifi cação residencial o gás combustível é usado basicamente em fo gões para preparação de alimentos em aquecedores de acumulação ou de passa gem para aquecimento de água ou em máquinas secadoras de roupas Em regiões de frio intenso pode ser usado em sistemas de calefação O uso comercial indus trial é mais amplo e obedece a regras específi cas A instalação do sistema de gás combustível também deve atender a exigências locais como do Corpo de Bombeiros leis e decretos que regem esse uso A tubulação dessas instalações pode ser de aço carbono cobre sem costura ou polietileno específi co para esse uso A interligação entre o ponto de utiliza ção e os equipamentos de consumo deve ser feita por mangueiras de borracha fl exível com capacidade para a pressão exigida tubos metálicos fl exíveis ou tubos de cobre fl exíveis As instalações devem ter dispositivos para segurança e operação como vál vulas de bloqueio tipo esfera para interrupção da vazão do gás manuais e auto máticas reguladores de pressão manômetros fi ltros válvulas de alívio válvulas redutoras de pressão e os medidores de consumo Os gases disponíveis para o uso são o gás liquefeito de petróleo GLP forne cido em botijões e o gás natural GN canalizado e fornecido normalmente por uma concessionária de serviços públicos O GLP se liquefaz quando submetido a altas pressões e dessa forma é facil INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 86 SERECINSTAHIUNID3indd 86 290920 1614 mente armazenado em botijões Ele é mais pesado que o ar densidade relativa 18 e é formado por vários hidrocarbonetos com predominância do propano C3 H8 propeno C3 H6 butano C4 H10 e buteno C4 H8 O GN é mais leve que o ar densidade relativa 06 e é formado predominan temente pelo gás metano 70 CH4 CURIOSIDADE Vamos fazer a seguinte consideração o gás predominante na atmosfera é o nitrogênio N2 e seu peso molecular é 2 17 34 sabemos que o peso atômico de nitrogênio é 17 o peso molecular do metano predominante no GN é 1 12 4 1 16 sabemos que o peso atômico do carbono é 12 e do hidrogênio é 1 e o peso molecular do propano um dos gases predomi nantes no GLP é 3 12 8 1 44 Podemos notar que o GN é mais leve que a atmosfera e o GLP mais pe sado e assim se houver vazamento de gás em um ambiente fechado se esse gás for GLP vai se concentrar na parte baixa do ambiente por ser mais pesado que a atmosfera se for GN vai se concentrar na parte alta do ambiente Nos ambientes em que são instalados os aquecedores a gás deve ser garanti da ventilação cruzada por dispositivos que garantam ventilação permanente Es ses dispositivos podem ser venezianas instaladas em portas ou janelas A queima dos gases pelo aquecedor que gera a energia necessária para o aque cimento da água não tem eficiência de 100 Isso leva à necessidade de se instalar uma chaminé que vai encaminhar para o ambiente externo essa parcela de gás que não foi queimada tornandose um dispositivo obrigatório A presença de gases em ambientes confinados é capaz de gerar acidentes graves pois a simples faísca de um dispositivo elétrico como por exemplo um simples interruptor é capaz produzir a ignição desse gás confinado podendo cau sar explosões de grande magnitude A instalação de tubulação de gás em dutos ambientes fechados sancas e dispositivos que permitam seu confinamento repre sentam grande risco para a segurança Os parâmetros para o dimensionamento estão descritos no item 6 da NBR155262016 ABNT 2016 e a exemplo dos demais projetos de engenharia o primeiro passo é estabelecer a demanda de gás Para isso é necessário ter a defi nição dos equipamentos que serão instalados eventuais expansões e a potência adotada para cada um INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 87 SERECINSTAHIUNID3indd 87 290920 1614 A potência adotada deve ser computada para cada ramal da tubulação em fun ção dos equipamentos que serão alimentados por cada um desses ramais consi derando o fator de simultaneidade O fator de simultaneidade para um trecho com potência adotada menor que 21000 kcalh é 100 A F C100 3 Sendo que A potência adotada kcalh F fator de simultaneidade C potência computada kcalh Com a potência adotada calculase a vazão de gás necessária considerando o poder calorífico inferior PCI do gás fornecido Para GN PCI 8600 kcalm³ e para GLP PCI 24000 kcalm3 ambos considerados a uma temperatura de 20 C e pressão de 1 atm Temos então que Q APCI 4 Sendo que Q vazão A partir da vazão do cálculo das perdas de carga e das limitações de pressões e velocidade determinase o diâmetro da tubulação de cada trecho A perda de carga máxima em um trecho que alimenta diretamente um apa relho é de 10 e em um trecho que alimenta regulador de pressão é de 30 Devese respeitar as faixas de pressão de funcionamento dos equipamentos e dos reguladores de pressão A máxima velocidade admitida é de 20 ms INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 88 SERECINSTAHIUNID3indd 88 290920 1614 Sintetizando Vimos nessa unidade que o dimensionamento das instalações de esgoto sanitário baseiase nas Unidades Hunter de Contribuição que têm como prin cípio a vazão de esgoto gerada por um lavatório a vazão dos demais aparelhos é medida proporcionalmente O método leva em consideração a simultanei dade do uso dos aparelhos e se baseia somente na soma das UHC mas na probabilidade de uso simultâneo Ao projetar esse sistema devese ter a preo cupação em criar dispositivos que mitiguem a possibilidade de obstruções e entupimento da tubulação evitando curvas retas e priorizando a utilização de caixas para inspeção e eventual desobstrução da rede As águas que contêm gordura devem ser direcionadas para caixas de gordura para evitar a presença desse material na tubulação Outra preocupação presente na elaboração do projeto é a criação de desconectores que impeçam o retorno de gases para o interior da edificação Mais adiante notamos que o dimensionamento do sistema de águas plu viais também considera elementos que minimizem a possibilidade da forma ção de obstruções na tubulação com a utilização de caixas e inspeções para proporcionar facilidade na manutenção e limpeza O dimensionamento ba seiase na intensidade das chuvas e dessa forma duas edificações idênticas localizadas em locais com diferente índice pluviométrico vão ter um sistema de drenagem das águas de chuva diferentes Ao contrário do sistema de esgotos o projeto não prevê o uso de desconectores pois o problema do retorno de gases não está presente Estudamos também que o sistema de fornecimento de gás combustível deve ter especial atenção no quesito segurança devido à contundência de eventuais acidentes Deve estar no centro das preocupações evitar a possibi lidade de acúmulo de gases provenientes de eventual vazamento ou de gases que não foram queimados O sistema também apresenta fortes diferenças em função do gás que está sendo fornecido GLP ou GN INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 89 SERECINSTAHIUNID3indd 89 290920 1614 Referências bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 108441989 instalações prediais de águas pluviais procedimento Rio de Janeiro ABNT 1989 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 81601999 Sis temas prediais de esgoto sanitário Projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 155262016 redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residen ciais projeto e execução Rio de Janeiro ABNT 2016 CREDER H Instalações hidráulicas e sanitárias 6 ed São Paulo LTC 2006 MACINTYRE A J Manual de instalações hidráulicas e sanitárias São Paulo LTC 1990 NETTO J M A FERNÁNDEZ M F Manual de hidráulica 9 ed São Paulo Edgard Blucher 2015 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 90 SERECINSTAHIUNID3indd 90 290920 1614 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 4 UNIDADE SERECINSTAHIUNID4indd 91 290920 1614 Objetivos da unidade Tópicos de estudo Fornecer uma visão geral dos sistemas de proteção contra incêndios SPCI Conhecer o projeto de prevenção e combate a incêndios PPCI Apresentar os elementos de regulamentação e dimensionamento dos PPCI Introdução Combustão Classes de fogo Classificação das edificações Proteção passiva Proteção ativa Materiais de extinção Extintores de incêndio Sistemas de alarme e detecção de incêndio Rede de chuveiros automáticos sprinklers Sistema sob comando de hi drantes Dimensionamento Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante Posicionamento do abrigo Dimensionamento da tubulação Bombas de incêndio Dimensionamento da reserva de incêndio Projeto e regulamentação INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 92 SERECINSTAHIUNID4indd 92 290920 1614 Introdução Para se conceber um sistema de proteção contra incêndio SPCI a pri meira caracterização a se fazer é a do uso da edifi cação Os riscos que envol vem uma indústria por exemplo são diferentes daqueles que estão presen tes em uma edifi cação residencial ou comercial Da mesma forma uma edifi cação vertical com vários pavimentos apresenta riscos diferentes dos encontrados em conjuntos horizontais O sistema construtivo adotado é outro elemento a ser caracterizado Uma edifi cação pode ter sua estrutura em madeira em concreto ou em aço Cada material empregado tem comportamentos diferentes na presença de um in cêndio e o sistema de proteção deve entender esse comportamento e estabe lecer as condições mais apropriadas para cada um Os materiais utilizados nos acabamentos da construção também devem ser elementos de análise pois sua maior ou menor combustibilidade e os gases produzidos durante sua combustão em quantidade e qualidade podem ser fatores importantes em uma situação de incêndio Outra abordagem se dá no campo do combate a um incêndio iniciado O projeto deve prever instrumentos para que seja feito o primeiro combate aos pequenos focos Esse combate é feito por pessoas com um treinamento míni mo ou brigadas de incêndio utilizando extintores hidrantes e outro elementos para impedir que o fogo se propague Junto com isso o projeto deve ser concebido para garantir que as pessoas que estão dentro da edifi cação sejam avisadas e tenham caminhos protegi dos para conseguir fugir Além disso o sistema deve garantir que o Corpo de Bombeiros instituição que tem como uma de suas fi nalidades o combate a incêndios consiga chegar à edifi cação e adentrála com mínima segurança para combater o incêndio A situação ideal é aquela em que o incêndio não acontece mas se acontecer o sistema tem que estar pronto para ele com sua manutenção em dia sendo capaz de impedir a propagação do fogo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 93 SERECINSTAHIUNID4indd 93 290920 1616 Combustão A combustão pode ser entendida como um processo em que ocorrem rea ções químicas entre um material chamado de combustível e outro chamado de comburente normalmente o oxigênio Ela tem seu início em um processo de ignição quando ocorre uma elevação de temperatura Essa reação é normal mente exotérmica emitindo calor e luz Veja a Figura 1 Figura 1 Reação de combustão combinação do combustível oxigênio calor Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 Para que ocorra a combustão é necessária a presença desses três elementos combustível comburente e calor Para interrompêla basta retirar um desses três elementos isolando o combustível do comburente e ou eliminando o calor OXIGÊNIO CALOR COMBUSTÍVEL Classes de fogo A classifi cação do incêndio pode se dar em função da natureza do material que potencialmente está sendo queimado A Norma Regulamentadora 23 proteção contra incêndios do Ministério de Trabalho e Emprego e os códigos de segurança contra incêndio de vários estados brasileiros adotam o sistema de classifi cação de fogo indicado no Quadro 1 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 94 SERECINSTAHIUNID4indd 94 290920 1617 Classe de fogo ou classifi cação do incêndio Material combustível A Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros B Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros C Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros D Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Grupo Ocupação Uso Divisões A Residencial A1 A2 A3 profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre outros Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta querosene solventes entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros profundamente deixando resíduos Exemplos madeira tecido papel lixo comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros comum fi bras ferragens carvão coque fi lmes material fotográfi co entre Materiais infl amáveis que queimam somente na superfície e não deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros deixam resíduos Exemplo óleos graxa verniz gasolina borracha tinta Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio alumínio zircônio titânio entre outros Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores transformadores quadros de distribuição fi os entre outros Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Fogo proveniente de equipamentos elétricos energizados como motores Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Materiais piróforos e suas ligas Exemplos magnésio sódio potássio Residencial Residencial Residencial Residencial A1 A2 A3 A1 A2 A3 A1 A2 A3 QUADRO 1 CLASSE DE FOGO OU CLASSE DE INCÊNDIO QUADRO 2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A OCUPAÇÃO Fonte MTE 2011 Adaptado A forma de combater o incêndio o tipo de extintor a ser utilizado o tipo de instalação a ser disponibilizada e a técnica de operação são determinados pela classe de fogo Uma forma inadequada de combate ao fogo é capaz de espalhar o incêndio ao invés de debelálo Classificação das edificações As edifi cações também recebem uma classifi cação quanto ao risco de in cêndios Os critérios adotados para essa classifi cação são o tipo de ocupação a altura e a carga de incêndio Nas defi nições do Decreto nº 639112018 do Estado de São Paulo a carga de incêndio é defi nida como a soma das energias calorífi cas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço inclusive o revestimento das paredes divisórias pisos e tetos SÃO PAULO 2018 A classifi cação das edifi cações e áreas de risco quanto a ocupação está resumida no Quadro 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 95 SERECINSTAHIUNID4indd 95 290920 1617 B Serviço de hospedagem B1 B2 C Comercial C1 C2 C3 D Serviço profi ssional D1 D2 D3 D4 E Educacional e cultura física E1 E2 E3 E4 E5 E6 F Local de reunião de público F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G Serviço automotivo e assemelhados G1 G2 G3 G4 G5 H Serviço de saúde e institucional H1 H2 H3 H4 H5 H6 I Indústria I1 I2 I3 J Depósito J1 J2 J3 J4 K Energia K1 L Explosivo L1 L2 L3 M Especial M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Cada grupo de ocupação é subdividido em partes que caracterizam de for ma mais pormenorizada o uso das edifi cações O Quadro 3 mostra as divisões do grupo A ocupaçãouso residencial Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Serviço de hospedagem Comercial Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço profi ssional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Educacional e cultura física Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Local de reunião de público Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria B1 B2 Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria Depósito B1 B2 C1 C2 C3 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Serviço automotivo e assemelhados Serviço de saúde e institucional Indústria Depósito C1 C2 C3 D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Serviço de saúde e institucional Depósito Energia C1 C2 C3 D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Energia Explosivo D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 Explosivo Especial D1 D2 D3 D4 E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 Explosivo Especial E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 Especial E1 E2 E3 E4 E5 E6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 G1 G2 G3 G4 G5 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 J1 J2 J3 J4 H1 H2 H3 H4 H5 H6 I1 I2 I3 J1 J2 J3 J4 J1 J2 J3 J4 K1 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 K1 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 L1 L2 L3 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 Grupo Ocupaçãouso Divisão Descrição Exemplo A Residencial A1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais A2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamento em geral A3 Habitação coletiva Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Residencial Residencial Residencial A1 A2 Habitação unifamiliar A2 Habitação unifamiliar Habitação unifamiliar unifamiliar Habitação multifamiliar A3 Casas térreas ou assobradadas Habitação multifamiliar Casas térreas ou assobradadas Habitação multifamiliar Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e multifamiliar Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Habitação coletiva Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em geral Pensionatos internatos alojamentos mosteiros Casas térreas ou assobradadas isoladas e não isoladas e condomínios horizontais Edifícios de apartamento em geral Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Edifícios de apartamento em Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos Pensionatos internatos alojamentos mosteiros e conventos Capacidade máxima de 16 leitos e conventos Capacidade máxima de 16 leitos QUADRO 3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS QUANTO A OCUPAÇÃO Os Quadros 4 e 5 mostram a classifi cação das edifi cações e áreas de risco quanto a altura e a carga de incêndio respectivamente INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 96 SERECINSTAHIUNID4indd 96 290920 1617 Tipo Denominação Altura I Edifi cação térrea Um pavimento II Edifi cação baixa H 6 m III Edifi cação de baixamédia altura 600 m H 12 m IV Edifi cação de média altura 1200 m H 23 m V Edifi cação medianamente alta 2300 m H 30 m VI Edifi cação alta H 30 m Potencial de risco Carga de incêndio MJm² Baixo Até 300 MJm² Médio Entre 300 e 1200 MJm² Alto Acima de 1200 MJm² Edifi cação térrea Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação térrea Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação baixa Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação de baixamédia altura Edifi cação de média altura Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Edifi cação medianamente alta Edifi cação alta Um pavimento Edifi cação medianamente alta Um pavimento Um pavimento 600 m H 12 m Um pavimento H 6 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m Um pavimento H 6 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m 600 m H 12 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m H 30 m 1200 m H 23 m 2300 m H 30 m H 30 m 2300 m H 30 m H 30 m 2300 m H 30 m Baixo Baixo Médio Médio Alto Alto Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Até 300 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Entre 300 e 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² Acima de 1200 MJm² QUADRO 4 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A ALTURA QUADRO 5 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO A CARGA DE INCÊNDIO Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado Fonte SÃO PAULO 2018 Adaptado A partir dessas classifi cações são estabelecidas as exigências quanto as ins talações Cada estado da Federação tem sua legislação específi ca No Rio de Janeiro por exemplo ela se dá pelo Decreto nº 422018 Proteção passiva Os sistemas de proteção passiva são incorporados na concepção dos edi fícios Eles devem ser funcionais no uso diário do edifício e reagir passivamente em uma situação de incêndio minimizando ou retardando a propagação do incêndio facilitando a fuga dos usuários postergando uma situação de colapso estrutural e facilitando a atuação e acesso das brigadas de incêndio e do Corpo de Bombeiros Uma das medidas que pode ser considerada nessa perspectiva é a exis tência de rotas de fuga sinalizadas e amplamente divulgadas para que em uma situação de incêndio os usuários da edifi cação saibam para onde sair Normal INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 97 SERECINSTAHIUNID4indd 97 290920 1617 mente as escadarias fazem parte da rota de fuga Elas devem ser isoladas do resto do edifício por portas cortafogo e devem ter configurações ou sistemas de exaustão que em uma situação de incêndio as deixem livres da fumaça Nas rotas de fuga o sentido de abertura das portas deve ser sempre na direção da saída para facilitar o fluxo das pessoas A estrutura do edifício deve estar protegida para que não entre em colapso O concreto apresenta uma boa resistência ao fogo já o aço perde sua resis tência muito rapidamente em altas temperaturas As estruturas de concreto armado devem ter cobrimento adequado das armaduras e as estruturas de aço devem ser revestidas com argamassas de baixa densidade que contém rochas como a vermiculita com alto grau de isolamento térmico Outro trata mento a ser dado nas estruturas de aço é a aplicação de pintura intumescente para postergar a propagação do calor A pintura intumescente tem a aparência de uma pintura normal mas em altas temperaturas ela se expande formando uma espuma isolante A estrutura de madeira apresenta bom desempenho contra incêndios quando comparada a outros materiais estruturais As peças robustas formam uma camada de carvão isolante impedindo a saída de gases inflamáveis e a propagação de calor para o interior da seção resultando em uma velocidade média de carbonização de 063 mmmin Isso colabora favoravelmente para a capacidade de sustentação estrutural mesmo após a edificação ter sido ex posta a elevadas temperaturas pois a alma da seção se mantém fria pouco distante da zona queimada conservando grande parte das propriedades físi cas da madeira A compartimentalização horizontal e vertical dos ambientes é outra estra tégia adotada para minimizar a possibilidade de expansão do fogo de um am biente para outro Em áreas muito grandes a propagação é mais fácil enquanto em ambientes compartimentali zados a presença de divisórias retarda a propagação A compartimentalização também deve ocorrer na verti cal Aberturas em lajes propiciam a transmissão do fogo de um andar para o outro Essa transmissão na direção vertical também pode ocorrer pela fa chada e em função do projeto tendo distâncias pe INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 98 SERECINSTAHIUNID4indd 98 290920 1617 quenas entre as janelas Devem ser instaladas barreiras que podem ser deta lhes arquitetônicos que impeçam essa transmissão Outra medida prevista em legislação é a formação de brigadas de incêndio formada por usuários dos edifícios que são treinados por instituições certifi cadas pelo Corpo de Bombeiros para fornecer treinamento mínimo de orientação em casos de incêndio e manuseio dos equipamentos O aviso sobre a ocorrência do incêndio é outro fator a ser considerado A presença de alarmes avisa às pessoas da ocorrência e os brigadistas podem fazer seu trabalho de forma mais efetiva ASSISTA Um dos maiores e mais emblemáticos incêndios ocorridos no Brasil foi do edifício Joelma em 1974 Assista ao vídeo com o depoimento de um bombeiro que atuou no combate a esse incêndio e testemunhou as difi culdades encontradas na época devido à desinformação e ao mau uso ou ausência de equipamentos que hoje são obrigatórios Na época a legisla ção era mais branda em relação às exigências de segurança mas a falta de informação e o excesso de confi ança ainda estão presentes em diversas situações atuais Proteção ativa Os sistemas de proteção passiva têm como objetivo postergar a propaga ção do incêndio e permitir que a pessoas abandonem o local Já os sistemas de proteção ativa visam a extinção e o controle do incêndio São utilizados so mente na ocorrência do incêndio e devem ter sua manutenção sempre em dia Materiais de extinção Os materiais utilizados para o combate ao incêndio e a forma de sua aplica ção dependem da classifi cação do incêndio Água material abundante e relativamente barato Pode ser aplicado na forma de jato ou por aspersão formando uma neblina O jato é ob tido com a utilização de mangueiras com bocais e ponteiras chamadas de requinte As mangueiras são alimentadas por uma tubulação que faz parte da rede de incêndio Em ambientes abertos e na utilização a gran INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 99 VEJA Clique aqui SERECINSTAHIUNID4indd 99 290920 1617 des distâncias usase um dispositivo mais potente chamado canhão O jato é direcionado à base do fogo e é indicado para a extinção de fogo classe A A aplicação por aspersão pode ser automática sprinklers ou manual com bicos adequados A neblina de água dessa aplicação forma uma barreira dificultando a passagem do oxigênio elemento comburente do processo Além disso a aspersão age no resfriamento das superfícies A água nebulizada também pode formar temporaria mente uma emulsão na superfície de óleos ou líquidos inflamáveis tornandoos incombustíveis Espuma mecânica a espuma é formada pela mistura de água com um agente formador de espuma É indicado para incêndios em líquidos em que é lançada grande quantidade de espuma na superfície do líqui do Esse sistema também pode ser usado em incêndios classe A Freon 1301 e hallon 1301 esses gases apresentam bons resultados para incêndios classe A B e C mas tem uso restrito pois são agentes destruidores da camada de ozônio da atmosfera terrestre Gás carbônico CO2 seu efeito consiste em substituir o oxigênio con tido no ar Ele é armazenado na forma líquida sob pressão em cilindros metálicos Quando liberado expandese em até 450 vezes fazendo bai xar o teor de oxigênio no ar Ele é indicado para incêndios classes B e C A grande vantagem da utilização de gases na extinção de incêndios consiste no fato deles não deixarem resíduos Esse material é muito re comendado em centros de processamento de dados locais com trans formadores locais com geradores e indústrias químicas Pó químico seco é formado por bicarbonato de sódio ou sul fato de potássio Ele é lançado com o auxílio de um gás sob pressão que pode ser o gás carbônico nitrogênio ou mesmo o ar e funcionam como propelentes Ele é indicado para incêndios classes B C e D EXPLICANDO Emulsão é uma mistura de dois ou mais líquidos imiscíveis um não dilui o outro Sua formação acontece com um dos líquidos formando pequenos glóbulos que se dispersam no seio do outro INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 100 SERECINSTAHIUNID4indd 100 290920 1617 Extintores de incêndio Pela definição da Instrução Técnica nº 3 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo extintor de in cêndio é um aparelho de acionamento manual por tátil ou sobre rodas que está destinado a combater princípios de incêndios CORPO DE BOMBEIROS 2018c O tipo de extintor a ser instalado em um local depende da classe de incêndio a qual poten cialmente a área está sujeita A quantidade e disposição dos extintores é dada a partir da classe de risco de incêndio e da área a ser coberta pelo extintor As distâncias má ximas para o alcance do operador conforme o risco de fogo são CORPO DE BOMBEIROS 2018a Baixo distância máxima de 25 m do operador Médio distância máxima de 20 m do operador Alto distância máxima de 15 m do operador O local de instalação dos extintores deve ser adequadamente sinalizado Eles devem ser fi xados de forma que sua parte superior fi que instalada a uma altura de até 160 m Os extintores de maior capacidade podem ser instalados sobre rodas Extintor de água pressurizada O extintor de água pressurizada é indicado para incêndios classe A Sua capacidade mínima é de 10 litros havendo porém extintores de até 18 litros Ele possui uma câmara de gás propelente Extintor de espuma mecânica O extintor de espuma é indicado para fogos de classes A e B Sua capacida de mínima é de 10 litros Extintor de gás carbônico O extintor de gás carbônico é indicado para os incêndios de classes B e C Sua capacidade mínima é de 4 kgf Os mais usados são de 6 kg e 25 kg sobre rodas Existem unidades de até 150 kgf usados sobre rodas Ele possui uma válvula de descarga um manômetro indicando a pressão e um esguicho difu sor como mostra a Figura 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 101 SERECINSTAHIUNID4indd 101 290920 1617 Figura 2 Extintor de gás carbônico Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 Extintor de pó químico seco O extintor de pó químico seco é indicado para fogos de classes B e C Sua capacidade mínima é de 4 kgf Esse tipo de extintor também pode ser indica do para fogo de classe D porém o pó é escolhido especifi camente para cada material Extintores de gases halogenados Esse tipo de extintor pode ser exigido a critério do Corpo de Bombeiros Informações sobre o extintor Bico Dióxido de carbono ou outro produto químico Medidor de pressão Pino de segurança Alça Alça Botijão de gás Tubo Sistemas de alarme e detecção de incêndio Em indústrias e em grandes edifícios instalase um sistema de alarme para avisar os usuários do início do incêndio e um sistema de detecção de incêndio que indica em que local está ocorrendo seu início Esses sistemas podem ser manuais ou automáticos Nos sistemas de alar me manuais os mecanismos de acionamento estão normalmente localizados INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 102 SERECINSTAHIUNID4indd 102 290920 1618 próximos a unidade de extinção que em um edifício pode estar localizada no hall de cada andar Essa unidade é composta normalmente pelos extintores hidrantes e um dispositivo para acionamento de alarme que pode estar ligado a uma central na portaria que acusa o local em que o alarme foi acionado Os sistemas automáticos são providos de detectores de fumaça de radia ção infravermelha ou de calor que ao serem sensibilizados acusam o local do incêndio em uma central Esses sistemas podem acionar automaticamente o alarme e os dispositivos de combate ao fogo como por exemplo os sprinklers Rede de chuveiros automáticos sprinklers O sistema de chuveiros automáticos ou sistema de sprinklers aspersores consiste em uma rede de tubulações ligadas a um reservatório ou pressurizada com bombas sendo racionalmente distribuídos em uma rede aspersores que em uma situação de incêndio permitem que a água seja liberada sob forma de chuva resfriando o local e impedindo que o incêndio se alastre Veja a Figura 3 Figura 3 Rede de tubulação de sistema de sprinklers Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 A liberação da água ocorre com o rompimento de um obturador que impede a saída da água quando a temperatura do ambiente estiver normal Esse obtura dor pode ser feito com uma ampola de quartzo que contém em seu interior um líquido muito expansível Com o aumento da temperatura esse líquido rompe a ampola liberando a água no local onde ocorreu o aumento da temperatura INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 103 SERECINSTAHIUNID4indd 103 290920 1618 Outra forma de vedação do aspersor é feita com metal ou liga metálica com baixo ponto de fusão Com o aumento da temperatura o metal se funde libe rando a passagem da água Os aspersores podem ser direcionados para baixo pendentes para cima em pé ou para a lateral de parede Os aspersores podem ser instalados aci ma do forro Em situações especifi cas é possível utilizar sprinklers especiais que usam ga ses como o gás carbônico ou gases halogenados Isso ocorre em função da ade quabilidade do uso de água sobre o material cujo incêndio deverá ser debelado O sistema de tubulações é composto por linhas alimentadoras que abaste cem as colunas e de colunas verticais que abastecem os ramais Nos ramais e subramais são instalados os aspersores As tubulações devem ser de aço sem costura preto e para solda O sistema deve ser provido de dreno Nos ramais principais devem ser instaladas válvulas de controle de vazão a fi m de indicar a atividade de disparo de algum aspersor Esse controle deve estar ligado a uma central Para não usar a água do reservatório superior de um edifício podese pro ver a rede de sistema de pressurização da tubulação No Brasil a legislação sobre proteção e combate a incêndios é estadual e existe uma variação quanto à exigência do uso de sprinklers De uma forma geral os elementos que defi nem o seu uso são a altura do edifício seu uso sua área e a compartimentalização dessas áreas Devido a classe de risco pequeno médio ou grande são defi nidos os es paçamentos entre sprinklers sua vazão e a temperatura de disparo Essa tem peratura de disparo é relacionada à coloração do líquido contido na ampola Sistema sob comando com hidrantes O emprego da água no combate ao incêndio além do sistema automático de sprinklers é feito por sistemas com a manobra de registros em postos de hidrantes também chamados de tomadas de incêndio Esse sistema é composto por uma rede de tubulações e permite a utilização de mangueiras esguichos e requintes bico instalado no esguicho A Figura 4 mostra um hi drante e seus acessórios INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 104 SERECINSTAHIUNID4indd 104 290920 1618 Figura 4 Hidrante com registro mangueira esguicho e requinte Fonte Shutterstock Acesso em 24082020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 105 SERECINSTAHIUNID4indd 105 290920 1619 Para atender à exigência da vazão e pressão nas tomadas de incêndio geralmente é necessário instalar um sistema de bombas Essas bombas são instaladas em paralelo em um sistema by pass e seu acionamento pode ser manual ou au tomático O acionamento manual é feito por comando loca lizado nos andares mais altos da edificação mais próximos do reservatório superior e portanto com menores pressões Quando automáti co o acionamento pode ser feito por válvulas de fluxo A alimentação dessas bombas é feita por instalação independente do siste ma que alimenta o restante da edificação Nas caixas de entrada de energia do edifício existe uma entrada independente para as bombas de incêndio de for ma que se o fornecimento de energia do prédio for interrompido o circuito que alimenta as bombas de incêndio não será afetado Em uma situação de incên dio uma das primeiras providências a ser tomada é o desligamento da energia e sem a independência dos circuitos as bombas não poderiam funcionar Em ocupações com maior potencial de risco podem ser especificadas uma bomba com acionamento elétrico e outra com a motor por explosão Hidrante ou tomada de incêndio É um dispositivo instalado no interior dos edifícios Primeiro é instalado o abrigo uma caixa de incêndio colocada na prumada da tubulação Para um edi fício de risco médio é instalado um registo de gaveta de 2 ½ uma junta Storz de 2 ½ conexão de engate rápido que permite adaptação da mangueira do Corpo de Bombeiros uma redução de 2 ½ para 1 ½ que permite a adaptação da mangueira a ser usada pelos moradores do edifício e uma mangueira de 1 ½ com junta e esguicho de 1 ½ e requinte de ½ Hidrante de passeio ou de recalque É um dispositivo instalado na calçada É instalado uma caixa no piso da calçada contendo na tampa a inscrição incêndio e pintada de vermelho A tubulação de incêndio chega até essa caixa que possui um registro de gave ta de 2 ½ com um tampão com corrente de engate rápido Storz e que per mite que os bombeiros recalquem água para o interior que será usado em suas mangueiras que serão engatadas nos hidrantes do prédio Na saída da tubulação de incêndio do reservatório superior deve ser instalada uma válvula de retenção de modo que a água bombeada a partir do hidrante de INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 106 SERECINSTAHIUNID4indd 106 290920 1619 passeio não retorne para o reservatório ao invés de atender aos pontos de tomada de incêndio Hidrante urbano ou de coluna É abastecido pela rede pública e permite a ligação direta das mangueiras do Corpo de Bombeiros É exigido em loteamentos agrupamento de edificações unifamiliares de seis casas ou lotes agrupamentos residenciais multifamiliares e em grandes estabelecimentos Mangueiras de incêndio As mangueiras devem ser guardadas nos abrigos dos hidrantes e podem ser dotadas de esguicho regulável para jato denso ou produção de neblina São colocadas nos abrigos 30 metros de mangueira em dois lances de 15 metros com juntas Storz O diâmetro interno das mangueiras pode ser de 38 mm 1 ½ e requinte de 13 mm 12 ou de 63 mm 2 ½ e requinte de 19 mm 34 As mangueiras de 1 ½ são chamadas de mangotinhos e as de 2 ½ de mangueiras de incêndio São fabricadas com fibras resistentes a umidade devem ser flexíveis reves tidas internamente de borracha e capazes de suportar pressão de 20 kgfcm² O diâmetro das mangueiras é definido em função da ocupação e classe de risco Vale ressaltar que todo sistema deve ter sinalização orientativa Nos postos de combate a incêndio devem ser colocadas sinalizações indicando o hidrante os extintores pontos de acionamento de alarme e a bomba se não for automá tica A Figura 5 mostra mangueira com conexão de engate rápido Figura 5 Mangueira com conexão de engate rápido Fonte Adobe Stock Acesso em 24082020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 107 SERECINSTAHIUNID4indd 107 290920 1620 Tubulação O sistema de tubulações de combate a incêndio é totalmente independente das tubulações destinadas ao abastecimento do edifício As colunas de incên dio devem ser de ferro galvanizado ou cobre admitindo também material ter moplástico enterrado ou fora da projeção da edifi cação Esse material deve ser resistente à pressão de 20 kgfcm² e ter diâmetro interno mínimo de 2 ½ As colunas juntamse no pavimento térreo vão em direção à fachada principal do edifício e terminam no hidrante de passeio A tubulação aparente ou que passa em dutos verticais ou horizontais deve ser pintada de vermelho Segundos a IT 222018 do Copo de Bombeiros do Estado de São Paulo a tubulação pode opcionalmente ser pintada de outra cor mas a cada três metros deve haver uma faixa vermelha pintada em forma de anel com 20 cm de largura CORPO DE BOMBEIROS 2018b Dimensionamento No Brasil o dimensionamento do sistema de hidrantes é regido pelas Instru ções Técnicas de cada Corpo de Bombeiros de cada estado já que isso cabe à legislação estadual e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT por meio da NBR 137142000 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para com bate a incêndio A NR 23 do MTE também serve como referência à segurança nos ambientes de trabalho DICA O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo publicou 45 Instruções Técnicas que abrangem os mais diversos tipos de situações Essas ITs estão disponíveis no site da corporação que tem seu link disponível na bibliografi a desse material Em geral o sistema de água potável em edifícios abastecidos pela rede pública dispõe de um reservatório inferior e um reservatório superior A água proveniente da rede pública é armazenada no reservatório inferior e recalcada por bombas para o reservatório superior e a partir daí ela é distribuída por gravidade Existem variações desse sistema dependendo do porte da edifi cação e de condições específi cas A distribuição pode ser direta realizada somente por re INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 108 SERECINSTAHIUNID4indd 108 290920 1620 servatórios inferiores com distribuição a partir de rede pressurizada realizada somente por reservatórios superiores ou de forma mista Os reservatórios em edifícios de médio ou grande porte com reservatórios de capacidade superior a 1000 litros devem possuir pelo menos duas câmaras para manutenção e limpeza Enquanto uma câmara está sendo limpa a outra abastece o edifício Uma parcela da água armazenada deve ser reservada para uma situação de incêndio É a chamada reserva de incêndio O dimensionamento do reser vatório superior é feito considerando um volume correspondente a 40 do consumo diário de edifício somado à reserva de incêndio A reserva de incêndio é garantida posicionando a extremidade da tubulação das colunas de alimentação dos aparelhos sanitários a uma altura h do fundo do reservatório Essa altura multiplicada pela área do fundo do reservatório é a reserva de incêndio disponível A extremidade da tubulação da coluna de incêndio deve estar posicionada no fundo do reservatório conforme mostra a Figura 6 Figura 6 Representação esquemática da reserva de incêndio Reserva de incêndio Alimentação de aparelhos Coluna de incêndio h INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 109 SERECINSTAHIUNID4indd 109 290920 1620 Em cada pavimento a coluna de incêndio tem um ramal para o hidrante sen do que no térreo ele deriva para a calçada até o hidrante de passeio Se o prédio possuir subsolos a coluna de incêndio continua até o hidrante do último subsolo A pressão mínima no hidrante deve ser de 1 kgfcm² 10 mca ou 1000 kPa e a máxima 4 kgfcm² 40 mca ou 4000 kPa O cálculo dessa pressão deve considerar as perdas de carga ocorridas ao longo da tubulação e as perdas de carga localizadas Não tendo disponível a pressão mínima o que pode ocorrer nos andares mais altos devese utilizar as bombas de incêndio Se a pressão atingir valores maiores que 40 mca devese lançar mão de válvulas redutoras de pressão Vazão e material a ser instalado no abrigo do hidrante A NBR 13714 estabelece a vazão e os equipamentos que devem estar pre sentes no abrigo dos hidrantes A Tabela 1 indica o esguicho e a vazão prescrita para cada tipo de sistema previsto e o Quadro 6 descreve cada um dos sistemas Tipo Esguicho Mangueira Saídas Vazão lmin Diâmetro mm Comprimento máximo m 1 Regulável 25 ou 32 30 1 80 ou 100 2 Jato compacto D 16 mm ou regulável 40 30 2 300 3 Jato compacto D 25 mm ou regulável 65 30 2 900 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Materiais Tipos de Sistema 1 2 3 Abrigos Sim Sim Sim 2 3 Regulável D 16 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Regulável Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Jato compacto D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 25 ou 32 D 16 mm ou regulável Jato compacto D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 25 ou 32 D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 40 D 25 mm ou regulável Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 65 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 1 30 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Demais grupos consultar tabela D1 da NBR 13714 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 2 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 2 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ Grupos B D E H e F1 a F5 tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 80 ou 100 300 Ocupação residencial grupo A tipo 1 com vazão 80 lmin e engate de 1 ½ 300 900 900 Abrigos Abrigos Abrigos Sim Sim Sim Sim Sim TABELA 1 TIPOS DE SISTEMA QUADRO 6 COMPONENTES PARA ABRIGO EM CADA TIPO DE SISTEMA Fonte ABNT 2000 Adaptado INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 110 SERECINSTAHIUNID4indd 110 290920 1620 Mangueiras de incêndio Não Sim Sim Chaves para hidrantes e engate rápido Não Sim Sim Esguichos Sim Sim Sim Mangueira semirrígida Sim Sim Não Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Mangueiras de incêndio Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Esguichos Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueira semirrígida Chaves para hidrantes e engate rápido Mangueira semirrígida Mangueira semirrígida Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Fonte ABNT 2000 Adaptado Posicionamento do abrigo Os pontos de tomada de água devem estar posicionados próximos às por tas externas ou aos acessos das áreas a serem protegidas não distantes mais do que cinco metros O comprimento das mangueiras combinado com a dis tância do ponto de tomada de água deve garantir que quaisquer pontos da área a ser coberta seja alcançado por um esguicho no sistema tipo 1 e por dois esguichos nos sistemas tipos 2 e 3 A posição do abrigo não deve atrapalhar o fl uxo da rota de fuga e não deve ser instalado em escadas ou antecâmaras A altura da parte superior do abrigo deve estar entre 1 m e 1 m do piso Dimensionamento da tubulação O diâmetro mínimo recomendado da tubulação é de 2 ½ Para o sistema tipo 1 admitese diâmetro de 2 se for comprovada efi ciência hidráulica e ele for aprovado pelos órgãos competentes O dimensionamento da tubulação pode ser feito pelo Método Universal hf f Lv2 D 2g 1 Em que hf é a perda de carga em metros de coluna dágua f é o fator de atrito L é o comprimento virtual da tubulação tubos conexões em metros D é o diâmetro interno em metros v é a velocidade do fl uido em metros por segundo g é a aceleração da gravidade em metros por segundo INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 111 SERECINSTAHIUNID4indd 111 290920 1620 Ou pela fórmula de HazenWilliams J 605 Q185 C185 d487 105 J é a perda de carga por atrito em quilopascal por metro Q é a vazão em litros por minuto C é o fator de HazenWilliams d é o diâmetro interno do tubo em milímetros O fator C depende do material de tubulação e pode ser visto no Quadro 7 2 Tipo de Tubulação Fator C Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100 Aço preto sistema de tubo seco 100 Aço preto sistema de tubo molhado 120 Aço galvanizado 120 Plástico 150 Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno 140 Cobre 150 Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo seco Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno Aço preto sistema de tubo molhado Aço galvanizado Plástico Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Aço preto sistema de tubo molhado Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Cobre Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Cobre Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno Ferro fundido ou dúctil com revestimento interno 100 100 100 120 120 150 140 140 150 150 QUADRO 7 FATOR DE HAZENWILLIAMS A velocidade da água no interior da tubulação calculada pela fórmula v Q A 3 não deve ser superior a 5 ms e nos tubos de sução de bombas não superior a 4 ms Fonte ABNT 2000 Adaptado Bombas de incêndio As bombas de incêndio devem ser dimensionadas para atender uma vazão da descarga em dois pontos de forma simultânea conforme indicado na Tabela 1 e sob pressão mínima de 1 kgfcm² ou 10 mca ou 1000 kPa Para bombas localizadas acima do nível de água do reservatório a velocidade máxima na tubulação de aspersão deve ser de 15 ms e no caso das bombas afogadas situação ideal de 2 ms A altura manométrica da bomba deve fi car além das perdas de carga ao longo da tubulação das perdas de carga localizadas e das perdas de carga nas mangueiras desde o hidrante até o esguicho De acordo com Macintyre 2010 costumase adotar os valores indicados na Tabela 2 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 112 SERECINSTAHIUNID4indd 112 290920 1620 Mangueira mm Vazão lmin J perda de carga mcam 38 1 ½ 250 040 63 2 ½ 500 015 63 2 ½ 900 030 TABELA 2 PERDAS DE CARGA NAS MANGUEIRAS Fonte MACINTYRE 2010 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral Mesmo desligando a entrada de energia da edifi cação o circui to alimentador das bombas de incêndio deve funcionar de forma normal sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio Na falta de energia da concessionária as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimentadas por um gerador à diesel ou baterias de acumulação Deve ser instalado também um sistema de supervisão elétrica para detectar quaisquer falhas nas instalações que possam interferir no funcionamento das bombas de incêndio As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição Alimentação da bomba de incêndio não desli gue Os fi os elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos fogo e umidade Dimensionamento da reserva de incêndio A reserva de incêndio pode ser armazenada em um reservatório exclusivo ou compartilhada com o reservatório da edifi cação O importante é que esteja garantido que seu volume seja acessível para uso exclusivo do sistema de com bate a incêndios A reserva de incêndio deve preferencialmente ser armazena da no reservatório superior O volume da reserva de incêndio deve ser igual a vazão de duas saídas do sis tema com a vazão indicada na Tabela 1 durante 60 minutos para os tipos 1 e 2 e durante 30 minutos para o tipo 3 Assim para um edifício residencial vamos ter 2 saídas 80 lmin 60 minutos 9600 litros Para os sistemas tipo 2 e 3 não se admite interligação do sistema de alimentação dos hidrantes com outros sistemas Para o tipo 1 admitese a interligação com o sistema de sprinklers desde que essa interligação seja devidamente dimensionada 4 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 113 SERECINSTAHIUNID4indd 113 290920 1620 Projeto e regulamentação As legislações importantes para projetos envolvendo prevenção e combate a incêndios são nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro o Decreto nº 63911 e o De creto nº 42 respectivamente Além disso a Instrução Técnica nº 1 do Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo trás as orientações e procedimentos para apresentação dos projetos e pedidos de vistoria no estado de São Paulo SÃO PAULO 2018 RIO DE JANEI RO 2018 CORPO DE BOMBEIROS 2019 As exigências são específi cas para cada projeto considerando o tipo de ocu pação a área a altura e o risco O projeto de prevenção e combate a incêndio PPCI deve ser apresentado e aprovado pelo Corpo de Bombeiro de cada estado da federação O projeto é composto de elementos gráfi cos e descritivos apresentando ele mentos que indiquem a localização e implantação do projeto plantas baixas dos pavimentos cortes e fachadas nas escalas em escala 150 ou 1100 e detalhes nas escalas 120 ou 125 Fazem parte do projeto elementos que defi nem sua estrutura tipos de acabamento equipamentos presentes e o tipo de ocupação Também de vem constar os cálculos dimensionamentos perspectivas isométricas das tubulações premissas orientações para instalação procedimentos de en saio e recomendações para manutenção Os parâmetros ábacos tabelas e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial Após o término das instalações deve ser solicitada vistoria pelo Corpo de Bombeiros que emitirá o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros AVCB documento essencial para liberação do uso e ocupação da edifi cação Os procedimentos da vistoria para obtenção de AVCB vão da inspeção visual até os ensaios de estanqueidade das tubulações submetidas a uma pres são de uma vez e meia a pressão de serviço Além disso são feitos ensaios de funcionamento dos sistemas automatizados bombas alarmes e outros elementos presentes no projeto INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 114 SERECINSTAHIUNID4indd 114 290920 1620 Além da vistoria física é necessária a comprovação da formação da briga da de incêndio e a comprovação do treinamento feito por entidade credenciada pelo Corpo de Bombeiros O AVCB deve ser renovado periodicamente para garantir que a situação ini cial de aprovação está preservada e que a manutenção do sistema está sendo feita Havendo alterações físicas ou na natureza de ocupação que altere as exi gências deve ser feito um novo projeto a ser apresentado e nova vistoria A manutenção preventiva e corretiva das instalações é tarefa obrigatória para conseguir o nível de segurança adequado Muitas tragédias ocorrem por falta de manutenção que torna o sistema inoperante em uma situação de incêndio O plano de manutenção deve estabelecer um roteiro que abarca entre ou tras coisas A escolha e treinamento periódico da brigada de incêndio A recarga periódica dos extintores e a verificação dos seus níveis de pressão A verificação dos sistemas que podem apresentar alguma falha em qual quer um dos seus componentes A verificação do funcionamento das válvulas e registros A verificação do estado de conservação das mangueiras e da integridade dos abrigos A verificação da presença de todos os materiais necessários nos abrigos A verificação do funcionamento das instalações elétricas e suas conexões A verificação da lubrificação e funcionamento do sistema de bombas A verificação da integridade dos elementos de sinalização indicando as ro tas de fuga A checagem da localização dos hidrantes extintores alarmes e dos siste mas automatizados da edificação A manutenção das pinturas das tubulações A manutenção corretiva deve ser feita de forma a não deixar desprotegida a edificação tomando providências alternativas para a ausência temporária do elemento em manutenção O tempo cíclico necessário para a execução da manutenção preventiva de pendente das características dos componentes utilizados nas instalações não devendo porém ultrapassar o prazo máximo de um ano INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 115 SERECINSTAHIUNID4indd 115 290920 1620 Sintetizando O incêndio é produto de um fenômeno químico que conhecemos como combustão Para que ele ocorra é necessária a presença de um combustível de oxigênio e do calor de um processo de ignição O incêndio é capaz de produzir imensos prejuízos materiais com repercus sões sociais e causar a morte ou deixar sequelas nas pessoas que sofrem a sua ação Um sistema de proteção contra a ocorrência de incêndios e um sistema de combate caso ele ocorra são itens obrigatórios em todo projeto e execução de uma obra de edificação O sistema a ser adotado depende do tipo de ocupação da edificação de sua área de sua altura e dos materiais que vão ser utilizados O sistema pode ser subdividido em sistema passivo e ativo O sistema pas sivo previne a ocorrência do incêndio e propicia melhores condições de eva cuação do local O sistema ativo instrumentaliza o combate inicial ao incêndio O sistema ativo tem como principal elemento a presença dos hidrantes que tem seu dimensionamento baseado nos conceitos da hidráulica No Brasil a legislação sobre o tema é da competência estadual O Corpo de Bombeiros do estado é responsável pela aprovação do projeto e vistoria das instalações INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 116 SERECINSTAHIUNID4indd 116 290920 1620 Referências bibliográficas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13714 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio Rio de Janeiro ABNT 2000 BOMBEIRO explica detalhes do incêndio no edifício Joelma Postado por Câmera Record 3min 38s son color port Disponível em httpswww youtubecomwatchv4tpi51mDzLA Acesso em 24 ago 2020 CCB POLÍCIA MILITAR Segurança contra incêndio Disponível em http wwwccbpoliciamilitarspgovbrportalcbsegurancacontraincendio3 Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 1 procedimentos administrativos São Paulo Corpo de Bombeiros 2019 Disponível em httpwwwcorpodebom beirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledocit012019pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 21 sistema de proteção por ex tintores de incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018a Disponível em httpwwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledoc it212018pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 22 sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018b Disponível em httpwwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2 libfiledocit222018pdf Acesso em 24 ago 2020 CORPO DE BOMBEIROS Instrução Técnica n 3 terminologia de segurança contra incêndio São Paulo Corpo de Bombeiros 2018c Disponível em http wwwcorpodebombeirosspgovbrdscipublicacoes2libfiledocit032018 pdf Acesso em 24 ago 2020 MACINTYRE A J Instalações hidráulicas prediais e industriais 4 ed Rio de Janeiro LTC 2010 MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE Norma Regulamentadora 23 proteção contra incêndios Brasília MTE 2011 RIO DE JANEIRO Decreto n 42 de 17 de dezembro de 2018 Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro RJ 17 dez 2018 Disponível em ht tpswwwlegiswebcombrlegislacaoid372879 Acesso em 24 ago 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 117 SERECINSTAHIUNID4indd 117 290920 1620 SÃO PAULO Decreto n 63911 de 10 de dezembro de 2018 Imprensa Oficial São Paulo SP 10 dez 2018 Disponível em httpswwwalspgovbrreposi toriolegislacaodecreto2018decreto6391110122018html Acesso em 24 ago 2020 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS 118 SERECINSTAHIUNID4indd 118 290920 1620

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