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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA CURSO AGRONOMIA ORGÃOS VEGETAIS FLOR Prof Tiara Moraes Guimarães Eng Agrônoma DEFINIÇÃO DE FLOR As angiospermas apresentam um conjunto de características reprodutivas reunidas em uma estrutura exclusiva a flor A evolução da flor foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e a grande diversidade das Angiospermas Portanto o estudo da estrutura e evolução da flor é importante na filogenia e classificação deste grupo de plantas Um eixo com folhas metamorfoseadas que em conjunto constituem o aparelho reprodutor sexual das plantas superiores ORIGEM E FUNÇÃO DAS FLORES ORIGEM DAS FLORES Metamorfose foliar progressiva originado de gemas ou botões florais geralmente localizados nas extremidades dos ramos FUNÇÃO DAS FLORES Reprodução sexual IMPORTÂNCIA DAS FLORES Reprodução sexual Classificação das plantas Industrial Medicinal Ornamental PARTES CONSTITUINTES DAS FLORES PEDÚNCULO eixo de sustentação da flor RECEPTÁCULO porção dilatada do pedúnculo onde se inserem os verticilos florais SÉPALA pequenas peças florais geralmente de cor verde com a função de proteger a flor PÉTALA peças florais de cores variadas têm a função de proteger os órgãos reprodutores VERTICILOS FLORAIS PEDÚNCULO órgão de suporte da flor e possui na sua parte superior o receptáculo 1 ÓRGÃOS DE SUPORTE VERTICILOS FLORAIS 2 ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO CÁLICE conjunto de sépalas COROLA conjunto de pétalas PERIANTO conjunto do cálice corola VERTICILOS FLORAIS 3 ÓRGÃOS DE REPRODUÇÃO ANDROCEU conjunto de estames que são as estruturas responsáveis pela porção reprodutiva masculina da flor Estames órgãos reprodutores masculinos cada um constituído pelo filete e pela antera antera filete Imagem André Karwath Creative Commons Atribuição Partilha nos Mesmos Termos 25 Genérica ANDROCEU Conjunto de estames Estruturas masculinas da flor Estames órgãos masculinos produtores de grãos de pólen de onde se originam os gametas masculinos Antera porção dilatada geralmente com duas tecas onde são formados os grãos de pólen Conectivo tecido pouco ou muito desenvolvido que une as tecas da antera Filete haste geralmente filamentosa que termina na antera ESTAME Duas tecas VERTICILOS FLORAIS 3 ÓRGÃOS DE REPRODUÇÃO GINECEU conjunto de carpelos da flor que são como folhas modificadas dobradas e soldadas longitudinalmente Pistilo unidade morfológica do gineceu formado por um ou mais carpelos Cada pistilo geralmente é formado por uma porção basal dilatada denominada ovário que contém os óvulos no seu interior um prolongamento superior em forma de haste mais ou menos alongada o estilete por onde se dá a penetração do tubo polínico até o ovário e na sua região apical uma expansão glandulosa receptiva para o pólen denominada estigma FLOR COMPLETA GINECEU MORFOLOGIA DO PISTILO Morfologia do pistilo OVÁRIO Parte basilar dilatada delimitando um ou mais lóculos onde se acham os óvulos ESTILETE Parte tabular mais ou menos alongada em continuação ao ovário ESTIGMA Parte geralmente superior que recebe o pólen GINECEU ESTILO ESTIGMA NO MILHO GINECEU MORFOLOGIA DO PISTILO Ovário classificação quanto ao número de lóculos Os óvulos ficam inseridos no interior dos lóculos UNILOCULAR um só lóculo BILOCULAR dois lóculos TRILOCULAR três lóculos PLURILOCULAR mais de três lóculos Nº de lóculos do ovário GINECEU MORFOLOGIA DO PISTILO Classificação quanto a posição do ovário SÚPERO Ovário livre Hipóginos ÍNFERO Ovário aderente ao receptáculo Epíginos SEMI ÍNFERO Ovário semiaderente ao receptáculo Períginos NOMENCLATURA FLORAL NOMENCLATURA FLORAL PEDUNCULADA Com pedúnculo PEDICELADA Com pedicelo SÉSSIL Sem pedúnculo Quanto ao pedúnculo e pedicelo NOMENCLATURA FLORAL CÍCLICA Peças florais dispostas em círculo no receptáculo ACÍCLICA Peças florais dispostas em espiral no receptáculo Quanto a disposição das peças florais NOMENCLATURA FLORAL ACLAMÍDEA Sem pétalas e sépalas MONOCLAMÍDEA Somente com pétalas ou sépalas DICLAMÍDEA Com pétalas e sépalas Quanto ao número de peças no perianto conjunto de cálice corola NOMENCLATURA FLORAL HOMOCLAMÍDEA Pétalas e sépalas semelhantes em número cor e forma TÉPALAS HETEROCLAMÍDEA Pétalas e sépalas diferentes entre si Quanto a homogeneidade do perianto NOMENCLATURA FLORAL Quanto ao sexo UNISSEXUAL FEMININA pistilada sem androceu UNISSEXUAL MASCULINA estaminada sem gineceu HERMAFRODITA bissexual os dois sexos na mesma flor ESTÉRIL androceu e gineceu nãofuncionais ou ausentes UNISSEXUAL MAMONA HERMAFRODITA LÍRIO NOMENCLATURA FLORAL UNISSEXUAL MASCULINA UNISSEXUAL FEMININA UNISSEXUAL FEMININA E MASCULINA HERMAFRODITA ESTÉRIL NOMENCLATURA FLORAL Quanto ao número de estames e número de pétalas OLIGOSTÊMONE número de estames menor que de pétalas DIPLOSTÊMONE número de estames em dobro ao número de pétalas POLISTÊMONE número de estames superior ao de pétalas ISOSTÊMONE número de estames igual ao de pétalas NOMENCLATURA FLORAL Quanto ao número de estames e número de pétalas OLIGOSTÊMONE ISOSTÊMONE DIPLOSTÊMONE POLISTÊMONE NOMENCLATURA FLORAL Quanto a posição relativa do gineceu HIPÓGINA Receptáculo plano ou convexo Verticilos abaixo do gineceu Ovário súpero PERÍGINA Receptáculo escavado livre ou concrescente até a metade do ovário Verticilos em torno do gineceu Ovário semiínfero EPÍGINA Receptáculo escavado concrescente com todo ovário Verticilos acima do gineceu Ovário ínfero NOMENCLATURA FLORAL UNA NOMENCLATURA FLORAL Quanto a soldadura das sépalas GAMOSSÉPALO quando as sépalas estão soldadas entre si DIALISSÉPALO quando as sépalas são livres NOMENCLATURA FLORAL Quanto ao número de pétalas TRÍMERO quando as pétalas são em número de três ou seus múltiplos TETRÂMERO OU PENTÂMERO quando as pétalas são em número de quatro ou cinco ou seus múltiplos NOMENCLATURA FLORAL Quanto a persistência do cálice e corola CADUCO cai antes da flor ser fecundada PERSISTENTE persiste no fruto MARCESCENTE persistente porém murcha DECÍDUO cai logo após a corola ACRESCENTE persiste cercando o fruto NOMENCLATURA FLORAL Quanto a simetria do cálice e corola ACTINOMORFO com vários planos de simetria ZIGOMORFO com um plano de simetria ASSIMÉTRICO sem plano de simetria NOMENCLATURA FLORAL Quanto a soldadura das pétalas GAMOPÉTALA Quando as pétalas estão soldadas entre si DIALIPÉTALA Quando as pétalas são livres Corola branca ou colorida quando apresentase na coloração verde é denominado de sepalóide NOMENCLATURA FLORAL 1 2 3 4 7 5 6 8 9 10 NOMENCLATURA FLORAL UNA INFLORSCÊNCIA INFLORESCÊNCIA Na maioria das angiospermas as flores estão dispostas em agrupamentos denominados inflorescências Uma inflorescência é um ramo ou sistema de ramos caulinares que possuem flores Funcionalmente o meristema apical do eixo caulinar que está formando uma inflorescência produz primórdios foliares que se diferenciam em brácteas e na axila de cada bráctea nasce uma flor ou uma gema que formará um ramo lateral com flores As inflorescências são classificadas de acordo com o desenvolvimento em duas grandes categorias racemosa e cimosa ORIGEM E FUNÇÃO DAS FLORES FLOR INFLORESCÊNCIA TIPOS DE INFLORESCÊNCIA INFLORESCÊNCIA RACEMOSA OU MONOPODIAL o eixo principal cresce mais que os ramos laterais e termina com uma gema Esta gema apical está sempre produzindo novas flores de tal modo que podemos encontrar ao mesmo tempo em um ramo botões flores e até frutos amadurecendo a partir do ápice As flores se desenvolvem de baixo para cima ou de fora para dentro As inflorescências racemosa ou monopodial podem ser classificadas em TIPOS DE INFLORESCÊNCIA RACEMO flores pediceladas dispostas em um único eixo e localizadas em diferentes posições do ramo principal TIPOS DE INFLORESCÊNCIA CORIMBO tipo especial de racemo na qual as flores pediceladas estão inseridas em diferentes alturas no eixo principal mas que atingem todas a mesma altura TIPOS DE INFLORESCÊNCIA ESPIGA semelhante à anterior mas com flores sésseis saindo em toda a extensão do eixo principal Ex milho Zea mays Poaceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA ESPÁDICE tipo especial de espiga com o eixo principal espesso protegido na base por uma bráctea vistosa e bem desenvolvida denominada espata Ex antúrio Anthurium andraeanum Araceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA CAPÍTULO OU PSEUDANTO espiga com eixo muito curto espessado ou achatado formando um receptáculo As flores são sésseis protegidas por brácteas e densamente dispostas na mesma altura Ex margarida Chrysanthemum leucanthemum Asteraceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA UMBELA flores pediceladas inseridas na mesma altura do eixo principal único e curto Ex ixora Ixora sp Rubiaceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA UMBELA DE UMBELAS as flores estão dispostas em vários eixos e as partes bem como o todo são Umbelas Ex salsa Ipomoea asarifolia Convolvulaceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA PANÍCULA é um racemo composto flores dispostas em vários eixos onde um eixo racemoso principal sustenta dois ou mais eixos racemosos laterais no qual as partes bem como o conjunto são racemos TIPOS DE INFLORESCÊNCIA INFLORESCÊNCIA CIMOSA OU SIMPODIAL quando cada eixo termina em uma flor O meristema que está formando a inflorescência cessa cedo a produção de brácteas e origina os primórdios dos apêndices de uma flor terminal A iniciação da flor terminal é precoce pois ocorre quando as flores laterais ainda estão em estágios iniciais de desenvolvimento e consequentemente a flor terminal abrirá antes das expansões das laterais As inflorescências cimosas ou simpodiais podem ser classificadas em TIPOS DE INFLORESCÊNCIA UNÍPARAS OU MONOCÁSIO são aquelas em que se desenvolve uma gema de cada vez cada flor é formada por uma gema diferente TIPOS DE INFLORESCÊNCIA ESCORPIÓIDE quando as gemas desenvolvem sempre do mesmo lado do eixo Ex miosótis Veronica prostrata Scrophulariaceae HELICÓIDE quando as gemas se desenvolvem em lados alternados do eixo Ex líriodeSãoJosé Hemerocallis flava Liliaceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA TIPOS ESPECIAIS DE INFLORESCÊNCIAS ESPIGUETA unidade básica de inflorescência característica da família Poaceae consistindo de uma espiga muito reduzida envolvida por várias brácteas muito modificadas densamente dispostas Ex gramíneas em geral TIPOS DE INFLORESCÊNCIA TIPOS ESPECIAIS DE INFLORESCÊNCIAS CIÁTIO inflorescência formada por um invólucro de brácteas geralmente com um ou mais nectários evidentes que envolve um conjunto de pequenas flores estaminadas aclamídeas rodeando uma flor pistilada central aclamídea Ex coroadecristo Euphorbia milli Euphorbiaceae TIPOS DE INFLORESCÊNCIA TIPOS ESPECIAIS DE INFLORESCÊNCIAS SICÔNIO inflorescência carnosa com receptáculo côncavo Possui numerosas e pequenas flores encerradas na concavidade havendo apenas uma estreita abertura no ápice Ex figo Ficus carica Moraceae FLORESCIMENTO O processo de reprodução de plantas começa com a transição da fase vegetativa para a reprodutiva quando ocorre a alteração da atividade das gemas apicais A indução ao florescimento é uma alteração fisiológica provocada por estímulo externo conduzindo ao desenvolvimento dos primórdios reprodutivos O florescimento pode ser induzido por condições específicas de temperatura disponibilidade de água fotoperíodo estado nutricional da planta ou pela ação conjunta de dois ou mais desses fatores FLORESCIMENTO As flores PERFEITAS apresentam tanto parte masculina e feminina na mesma flor hermafroditas As flores unissexuadas IMPERFEITAS apresentam apenas parte masculina ou feminina na flor PLANTAS HERMAFRODITAS PLANTAS MONÓICAS Todas as flores das plantas são hermafroditas leguminosa arroz algodão café e citrus A planta apresenta flores masculinas e femininas separadas na mesma planta milho PLANTAS DIÓICA Apresenta flores unissexuadas masculina ou feminina em plantas diferentes mamão REPRODUÇÃO REPRODUÇÃO A reprodução das plantas vai ocorrer através do androceu que contém as estruturas masculina e o gineceu que contém a estrutura feminina REPRODUÇÃO O ANDROCEU é formado pelo conjunto de estames O estame é uma estrutura formada pelo filete e a antera O filete é longo e fino e na sua extremidade superior está a antera Cada antera é formada por duas tecas e cada teca tem dois sacos polínicos REPRODUÇÃO O GINECEU é formado pelo estilete que tem na sua extremidade superior o estigma e na sua base o ovário que em seu interior contêm óvulo s sendo um único no caso das gramíneas e vários no caso das leguminosas e algumas frutíferas FASES DA REPRODUÇÃO POLINIZAÇÃO FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO FECUNDAÇÃO POLINIZAÇÃO POLINIZAÇÃO transferência do grão de pólen de um estame a um carpelo AUTOFECUNDAÇÃO transferência for para uma mesma flor ou em uma flor da mesma planta autógamas POLINIZAÇÃO CRUZADA transferência for para uma flor de uma outra planta alógamas POLINIZAÇÃO TIPOS DE POLINIZAÇÃO ANEMÓFILA polinização pelo vento ENTOMÓFILA por insetos QUIROPTERÓFILA por morcegos HIDRÓFILA por água ORNITÓFILA por pássaros ARTIFICIAL pelo homem MICROSPOROGÊNESE É o nome dado para a formação do grão de pólen Nas tecas há a presença de um conjunto de células meristemáticas que num dado momento começam a se diferenciar Pegandose uma isolada verificase que ela sofre várias mitoses e posteriormente uma meiose para a redução no número de cromossomos Após a meiose o núcleo da célula se duplica e a mesma fica binucleada com um núcleo generativo se divide e a célula fica trinucleada MICROSPOROGÊNESE FORMAÇÃO DO TUBO POLÍNICO Cada micrósporo originado por meiose dentro dos sacos polínicos dividese através de mitose originando duas células a célula do tubo e a célula germinativa Nesse estágio temos o grão de pólen imaturo A célula germinativa dividese mais uma vez originando duas células espermáticas O tubo polínico desenvolvese a partir do momento que o pólen alcança o estigma crescendo através do estilete até atingir o óvulo onde está o gametófito feminino MACROSPOROGÊNESE É o nome dado para a formação do óvulo ou megásporo No óvulo há um tecido nuclear num dado momento uma célula desse tecido começa a se diferenciar Esta célula dividese por mitose originando quatro megásporos dos quais três são abortados e somente um permanece funcional A partir dessa única célula há a formação do gametófito feminino megagametófito MACROSPOROGÊNESE O megásporo passa por três divisões resultando em oito núcleos haplóides que se diferenciam posteriormente em sete células Na região micropilar ficam três células uma central que é a oosfera ladeada por duas células chamadas de sinérgides Na extremidade oposta existem três outras células chamadas de antípodas O restante do gametófito é formado por uma célula binucleada chamada de célula central com dois núcleos polares MACROSPOROGÊNESE MACRO E MICROSporogênese FERTILIZAÇÃO A fertilização ocorre quando os núcleos generativos do grão de pólen atingem o saco embrionário O núcleo generativo se une a oosfera formando o embrião enquanto que o outro se une aos núcleos polares formando o endosperma Assim temos Singamia núcleo generativo oosfera embrião Fusão Tripla núcleo generativo núcleos polares endosperma FERTILIZAÇÃO DESENVOLVIMENTO DO ENDOSPERMA O desenvolvimento do endosperma ocorre em quase similar ao desenvolvimento do embrião A massa de células 3n vai se multiplicando e preenchendo os espaços deixados pelo eixo embrionário Nas leguminosas o endosperma ou parte dele normalmente todo é digerido e as reservas vão ser armazenadas nos cotilédones por isso são chamadas de exalbuminosas cotilédone Nas sementes cujo o tecido de reserva é o endosperma ou albumém estas são chamadas albuminosas DESENVOLVIMENTO DO ENDOSPERMA O tecido de reserva das sementes é constituído pelo endosperma pelos cotilédones e em alguns casos pelo perisperma É graças às substâncias acumuladas nestes tecidos de reserva que o eixo embrionário por ocasião da germinação consegue energia e material metabolizado para se desenvolver em uma plântula autotrófica CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA CURSO AGRONOMIA FIM POR HOJE Prof Tiara Moraes Guimarães Eng Agrônoma