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MANUAL DE FITOPATOLOGIA Volume I Princípios e Conceitos 5ª Edição Editores Lilian Amorim Jorge A M Rezende Armando Bergamin Filho MANUAL DE FITOPATOLOGIA VOLUME I PRINCÍPIOS E CONCEITOS 5ª EDIÇÃO Lilian Amorim Jorge Alberto Marques Rezende Armando Bergamin Filho Editores Departamento de Fitopatologia e Nematologia Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Agronômica Ceres Ltda Ouro Fino MG 2018 SUMÁRIO PARTE I CONCEITOS BÁSICOS DE FITOPATOLOGIA 1 A HISTÓRIA DA FITOPATOLOGIA Armando Bergamin Filho e Elliot Watanabe Kitajima 11 Introdução 3 12 Período místico 4 13 Período da predisposição 5 14 Período etiológico 5 15 Período ecológico 6 16 Período atual 7 17 A Fitopatologia no Brasil 7 171 Primitivos 7 172 A Fitopatologia em São Paulo 9 173 A Fitopatologia no Rio de Janeiro 10 174 A Fitopatologia na Bahia 11 175 A Fitopatologia em Minas Gerais 11 176 A Fitopatologia em Pernambuco 12 177 A Fitopatologia no Ceará 12 178 A Fitopatologia na Amazônia 12 179 A Fitopatologia no Paraná 12 1710 A Fitopatologia no Rio Grande do Sul 12 1711 A Fitopatologia em Brasília 12 1712 Conclusão 12 18 Bibliografia consultada 13 2 IMPORTÂNCIA DAS DOENÇAS DE PLANTAS Armando Bergamin Filho Lilian Amorim e Jorge Alberto Marques Rezende 21 Algumas epidemias famosas 15 211 Fome morte e emigração Irlanda 18451846 15 212 A catástrofe de Bengal 17 213 Os ingleses e o chá 17 214 O fogo de Santo Antônio 18 215 Cochliobolus heterostrophus Helminthosporium maydis e os hambúrgueres perdidos 18 421 Liberação 52 942 Transmissão mecânica 173 452 Resistência de hospedeiro qualitativa ou quantitativa 86 MÍDIOS MANCHAS FOLIARES GALHAS PARTE VI EPIDEMIOLOGIA ANÁLISES TEMPORAL E ESPACIAL 39 FENOLGIA PATOMETRIA E QUANTIFICAÇÃO DE DANOS Lilian Amorim e Armando Bergamin Filho 391 Fenologia 500 3911 Índice de área foliar IAF 500 392 Patometria 502 3921 Métodos diretos de avaliação de doenças 503 3922 Métodos indiretos de avaliação de doenças 510 3923 Metodologia de amostragem para avaliação de doenças 510 393 Quantificação de danos 511 3931 Métodos para a quantificação de danos 512 3932 Modelos para estimar danos 512 3933 Quantificação de danos a partir da área foliar sadia remanescente na cultura 514 3934 Quantificação de danos políticos em culturas perenes 515 344 Bibliografia consultada 516 40 ANÁLISE TEMPORAL DE EPIDEMIAS Armando Bergamin Filho 401 Classificação epidemiológica de doença 520 4011 Taxas de juros e capital 520 4012 Taxas de infecção e doença 520 402 Modelos matemáticos e as curvas de progresso da doença 522 4021 Modelo exponencial 522 4022 Modelo logístico 522 4023 Modelo de Gompertz 523 4024 Modelo monomolecular 523 4025 Modelo de Richards 524 4026 Modelo dependente do tempo 524 403 Exemplos e aplicações 524 4031 Como escolher o melhor modelo 524 4032 A importância da escolha do melhor modelo 527 4033 A importância da redução do inóculo inicial 528 404 Bibliografia consultada 530 41 ANÁLISE ESPACIAL DE EPIDEMIAS Bernhard Hau Lilian Amorim e Armando Bergamin Filho 411 Dispersão espacial de epidemias 531 4111 Mecanismos de dispersão espacial de patógenos 531 4112 Modelando a dispersão espacial de doenças 532 4113 Modelando gradientes 532 4114 Modelando a dinâmica de gradientes 535 412 Padrões espaciais de doenças 537 4121 Padrões espaciais ao acaso e agregado 538 4122 Padrões espaciais em linhas de plantio 538 4123 Padrões espaciais em parcelas ou campos experimentais 540 4124 Exemplos de análise espacial aplicada a epidemias de doenças de plantas 542 413 Bibliografia consultada 547 42 MODELOS DE SIMULAÇÃO DE EPIDEMIAS DE DOENÇAS DE PLANTAS Serge Savary e Laetitia Willocquet 421 Introdução 551 422 Análise de sistemas em epidemiologia de doenças de plantas 552 4221 Análise de sistemas sistemas e modelos 552 4222 Integração numérica e analítica 553 4223 Simbologia de Forrester e terminologia 553 4224 Dimensões 553 4225 Constantes de tempo e intervalo de integração 554 423 Um modelo epidemiológico para doenças policíclicas 554 4231 Revisitando alguns conceitos epidemiológicos sob a perspectiva da análise de sistemas 554 4232 Componentes de um modelo epidemiológico preliminar 554 4233 Principais equações do modelo 555 4234 Inicializando o modelo 555 4235 Desenho do fluxograma do modelo 556 4236 Verificação do modelo a primeira simulação 556 4237 Explorando o comportamento do modelo 556 4238 Revisitando hipóteses 558 424 Considerações finais 559 425 Bibliografia consultada 559 ÍNDICE REMISSIVO 561 CAPÍTULO 3 CONCEITO DE DOENÇA SINTOMATOLOGIA E DIAGNOSE Jorge Alberto Marques Rezende Nelson Sidnei Massola Júnior e Ivan Paulo Bedendo ÍNDICE 31 Doenças de plantas 27 311 Características básicas das doenças de plantas 27 312 Causa da doença 28 32 Sintomatologia 31 33 Diagnose 38 331 Diagnose de doenças conhecidas 38 332 Diagnose de doenças desconhecidas 39 34 Bibliografia consultada 43 31 DOENÇAS DE PLANTAS A doença é o objeto central da Fitopatologia um fenômeno exclusivo dos seres vivos e como tal matéria de estudo da Biologia a ciência da vida Entre as diferentes especialidades da biologia está a patologia que é a disciplina através da qual os princípios básicos que caracterizam a natureza da doença são estudados A patologia a exemplo da fisiologia trata do estudo das funções ou processos vitais dos seres vivos e a diferença entre estas duas disciplinas está no seu enfoque A fisiologia busca o entendimento dos mecanismos que levam à compet Boxe 32 Doenças associadas à alimentação de insetos e ácaros tóxicos toxemias Ao estabelecerem relações alimentares com as plantas alguns tipos de insetos e ácaros além de causarem danos físicos relacionados principalmente com a introdução do seu aparato bucal nos tecidos e de retirarem nutrientes podem também injetar substâncias estranhas nos tecidos do vegetal Tais substâncias originadas do próp Boxe 33 Funginas As funginas consistem no crescimento de determinados fungos especialmente do gênero Capnodium ascomíceto da ordem Capnodiales que apresentam coloração escura formando um filme na superfície das partes aéreas da planta Pulgões cochonilhas e formas jovens de mosca branca são os principais tipos de insetos que podem determinar o desenvolvimento destes fungos pela liberação abundante de secreções açucaradas Boxe 35 Micorrizas um caso de parasitismo em seu mais elevado grau de especialização De modo generalizado na natureza as plantas vasculares apresentamse associadas a certos fungos no sistema radicular com os quais estabelecem uma relação íntima de interdependência Nesta associação chamada de micorriza do grego míco fungo e rhiza raiz o fungo penetra nas raízes sendo absorv Figura 33 Halo amarelo em folha de Citrus sp com cancro citrico Encharcamento também conhecido por anasarca é identificado pelo aspecto translúcido do tecido encharcado devido à liberação de água das células para os espaços intercelulares E a primeira manifestação de muitas doenças que apresentam sintomas necróticos especialmente daquelas provocadas por bactérias Figura 34 Figura 312 Manchas necróticas de origem abiótica em folhas de bateira Crédito da foto Liliane D Teixeira Figura 315 Mumificação em fruto de pêssego com podridão parda Crédito da foto Louise L MaydeMio Pústula de ferrugem em folha de milho Seca Estádio final de cafeíro afetado pelo distribú seca de ponteiros e mancha aureolada Pseudomonas syringae pv garcae Enfezamento em milho causado por fitoplasma com planta sadia à esquerda 33 DIAGNOSE A diagnose se refere à identificação de uma doença e do seu agente causal como bem nos sintomas e sinais A constatação de uma doença provavelmente devida ao próprio produtor diagnóstico fitopatológico por meio dos sintomas exibidos pelas plantas afetadas pois representam um desvio do que normalmente é esperado para aquela espécie vegetal ou cultivo Análise preliminar feita no próprio campo em material recebido para estudo em uma Clínica fitopatológica deve inicialmente reconhecer a natureza da doença isto é se ela é causada por agente biótico ou abiótico Estes reconhecimentos não devem ser confundidos com diagnóstico na identificação do agente causal da doença No entanto esta etapa preliminar é fundamental para nortear os procedimentos posteriores que visam a correta identificação do agente causal da doença através de consultas em livros escolha de técnicas apropriadas de isolamento e transmissões análises sorológicas moleculares etc A c Entretanto em algumas ocasiões os processos até agora descritos não permitem a diagnose de doenças de plantas Um exemplo é o caso de uma doença nova ainda não descrita na literatura Nesta situação as etapas do Postulado de Koch devem ser realizadas para que se possa estabelecer a relação causal entre uma doença e um determinado agente A aplicação do Postulado de Koch encontrase descrita a seguir Porém existem algumas outras situações nas quais não é possível uma diagnose conclusiva mesmo se tratando de doença já descrita como por exemplo quando os sinais não são evidentes ou quando os sintomas não correspondem exatamente aos descritos na literatura Nessas ocasiões não é necessário realizar todas as etapas do postulado para se chegar à diagnose Quando se suspeita de agente biótico necrotófico basta proceder ao isolamento do patógeno em meio de cultura para posterior identificação Eventualmente podese também realizar inoculações no hospedeiro sadio com o intuito de reproduzir os sintomas Os procedimentos para isolamento e inoculação de patógenos fungicos estão descritos juntamente com o Postulado de Koch No entanto se o isolamento do agente causal não é possível por exemplo vírus podese ainda recorrer aos exames complementares que permitem a diagnose segura como os testes sorológicos e moleculares considerados 332 Diagnóstico de Doenças Desconhecidas Um autor interior tratou da diagnose de doenças já descritas na literatura Como de se proceder no entanto quando nenhuma evidência de doença conhecida é encontrada no material analisado Ou ainda como formar diagnósticos após essas doenças parecerem já que foram descritas O estabelecimento da relação causal entre uma doença e um organismo só pode ser confirmado mediante uma série de etapas que compreendem o postulado de Koch Este postulado descrito pelo médico alemão Robert Koch em 1881 para o carbúnculo causado pelo Bacillus anthracis foi adaptado à Fitopatologia e é até hoje utilizado como método clássico de diagnose de doenças de plantas Assim é enunciado o postulado de Koch Associação constante patógenohospedeiro o suspeito patógeno deve estar presente em todas as plantas da mesma espécie que apresentam o mesmo tipo de sintoma Em outras palavras um determinado sintoma deve estar constantemente associado a um suspeito patógeno sempre que a doença for observada Isolamento do patógeno o organismo associado ao sintoma deve ser isolado da planta doente multiplicado exaustivamente e ter suas características descritas Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas O suspeito patógeno obtido em cultura pura deve ser inoculado em plantas sãs da mesma espécie e variedade e provocar o mesmo sintoma observado nas plantas inicialmente doentes Conceito de Doença Sintomatologia e Diagnoxe raízes ou frutos podese aumentar a concentração do agente desinfetante o tempo de exposição ou ambos Após a desinfecção superficial os fragmentos devem ser transferidos em condições assépticas para um meio de cultura pobre em nutrientes Boxe 37 Nessa situação apens Manual de Fitopatologia Para fungos e bactérias de parte aérea a inoculação é feita pela pulverização de uma suspensão de esporos ou células bacterianas na superfície da planta Logo após a inoculação as plantas devem ser submersas em uma câmara úmida por pelo menos 24 horas periodicamente para que Conceito de Doença Sintomatologia e Diagnoxe Os imunossensores estão sendo usados nitidamente na detecção de patógenos em material propagativo de plantas cultiváveis raízes e sementes pelos serviços de quarentenas programas de produzir e certificar sementes e em diversas Clínicas Fitopatológicas Os testes de PCR e RTPCR a
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MANUAL DE FITOPATOLOGIA Volume I Princípios e Conceitos 5ª Edição Editores Lilian Amorim Jorge A M Rezende Armando Bergamin Filho MANUAL DE FITOPATOLOGIA VOLUME I PRINCÍPIOS E CONCEITOS 5ª EDIÇÃO Lilian Amorim Jorge Alberto Marques Rezende Armando Bergamin Filho Editores Departamento de Fitopatologia e Nematologia Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo Agronômica Ceres Ltda Ouro Fino MG 2018 SUMÁRIO PARTE I CONCEITOS BÁSICOS DE FITOPATOLOGIA 1 A HISTÓRIA DA FITOPATOLOGIA Armando Bergamin Filho e Elliot Watanabe Kitajima 11 Introdução 3 12 Período místico 4 13 Período da predisposição 5 14 Período etiológico 5 15 Período ecológico 6 16 Período atual 7 17 A Fitopatologia no Brasil 7 171 Primitivos 7 172 A Fitopatologia em São Paulo 9 173 A Fitopatologia no Rio de Janeiro 10 174 A Fitopatologia na Bahia 11 175 A Fitopatologia em Minas Gerais 11 176 A Fitopatologia em Pernambuco 12 177 A Fitopatologia no Ceará 12 178 A Fitopatologia na Amazônia 12 179 A Fitopatologia no Paraná 12 1710 A Fitopatologia no Rio Grande do Sul 12 1711 A Fitopatologia em Brasília 12 1712 Conclusão 12 18 Bibliografia consultada 13 2 IMPORTÂNCIA DAS DOENÇAS DE PLANTAS Armando Bergamin Filho Lilian Amorim e Jorge Alberto Marques Rezende 21 Algumas epidemias famosas 15 211 Fome morte e emigração Irlanda 18451846 15 212 A catástrofe de Bengal 17 213 Os ingleses e o chá 17 214 O fogo de Santo Antônio 18 215 Cochliobolus heterostrophus Helminthosporium maydis e os hambúrgueres perdidos 18 421 Liberação 52 942 Transmissão mecânica 173 452 Resistência de hospedeiro qualitativa ou quantitativa 86 MÍDIOS MANCHAS FOLIARES GALHAS PARTE VI EPIDEMIOLOGIA ANÁLISES TEMPORAL E ESPACIAL 39 FENOLGIA PATOMETRIA E QUANTIFICAÇÃO DE DANOS Lilian Amorim e Armando Bergamin Filho 391 Fenologia 500 3911 Índice de área foliar IAF 500 392 Patometria 502 3921 Métodos diretos de avaliação de doenças 503 3922 Métodos indiretos de avaliação de doenças 510 3923 Metodologia de amostragem para avaliação de doenças 510 393 Quantificação de danos 511 3931 Métodos para a quantificação de danos 512 3932 Modelos para estimar danos 512 3933 Quantificação de danos a partir da área foliar sadia remanescente na cultura 514 3934 Quantificação de danos políticos em culturas perenes 515 344 Bibliografia consultada 516 40 ANÁLISE TEMPORAL DE EPIDEMIAS Armando Bergamin Filho 401 Classificação epidemiológica de doença 520 4011 Taxas de juros e capital 520 4012 Taxas de infecção e doença 520 402 Modelos matemáticos e as curvas de progresso da doença 522 4021 Modelo exponencial 522 4022 Modelo logístico 522 4023 Modelo de Gompertz 523 4024 Modelo monomolecular 523 4025 Modelo de Richards 524 4026 Modelo dependente do tempo 524 403 Exemplos e aplicações 524 4031 Como escolher o melhor modelo 524 4032 A importância da escolha do melhor modelo 527 4033 A importância da redução do inóculo inicial 528 404 Bibliografia consultada 530 41 ANÁLISE ESPACIAL DE EPIDEMIAS Bernhard Hau Lilian Amorim e Armando Bergamin Filho 411 Dispersão espacial de epidemias 531 4111 Mecanismos de dispersão espacial de patógenos 531 4112 Modelando a dispersão espacial de doenças 532 4113 Modelando gradientes 532 4114 Modelando a dinâmica de gradientes 535 412 Padrões espaciais de doenças 537 4121 Padrões espaciais ao acaso e agregado 538 4122 Padrões espaciais em linhas de plantio 538 4123 Padrões espaciais em parcelas ou campos experimentais 540 4124 Exemplos de análise espacial aplicada a epidemias de doenças de plantas 542 413 Bibliografia consultada 547 42 MODELOS DE SIMULAÇÃO DE EPIDEMIAS DE DOENÇAS DE PLANTAS Serge Savary e Laetitia Willocquet 421 Introdução 551 422 Análise de sistemas em epidemiologia de doenças de plantas 552 4221 Análise de sistemas sistemas e modelos 552 4222 Integração numérica e analítica 553 4223 Simbologia de Forrester e terminologia 553 4224 Dimensões 553 4225 Constantes de tempo e intervalo de integração 554 423 Um modelo epidemiológico para doenças policíclicas 554 4231 Revisitando alguns conceitos epidemiológicos sob a perspectiva da análise de sistemas 554 4232 Componentes de um modelo epidemiológico preliminar 554 4233 Principais equações do modelo 555 4234 Inicializando o modelo 555 4235 Desenho do fluxograma do modelo 556 4236 Verificação do modelo a primeira simulação 556 4237 Explorando o comportamento do modelo 556 4238 Revisitando hipóteses 558 424 Considerações finais 559 425 Bibliografia consultada 559 ÍNDICE REMISSIVO 561 CAPÍTULO 3 CONCEITO DE DOENÇA SINTOMATOLOGIA E DIAGNOSE Jorge Alberto Marques Rezende Nelson Sidnei Massola Júnior e Ivan Paulo Bedendo ÍNDICE 31 Doenças de plantas 27 311 Características básicas das doenças de plantas 27 312 Causa da doença 28 32 Sintomatologia 31 33 Diagnose 38 331 Diagnose de doenças conhecidas 38 332 Diagnose de doenças desconhecidas 39 34 Bibliografia consultada 43 31 DOENÇAS DE PLANTAS A doença é o objeto central da Fitopatologia um fenômeno exclusivo dos seres vivos e como tal matéria de estudo da Biologia a ciência da vida Entre as diferentes especialidades da biologia está a patologia que é a disciplina através da qual os princípios básicos que caracterizam a natureza da doença são estudados A patologia a exemplo da fisiologia trata do estudo das funções ou processos vitais dos seres vivos e a diferença entre estas duas disciplinas está no seu enfoque A fisiologia busca o entendimento dos mecanismos que levam à compet Boxe 32 Doenças associadas à alimentação de insetos e ácaros tóxicos toxemias Ao estabelecerem relações alimentares com as plantas alguns tipos de insetos e ácaros além de causarem danos físicos relacionados principalmente com a introdução do seu aparato bucal nos tecidos e de retirarem nutrientes podem também injetar substâncias estranhas nos tecidos do vegetal Tais substâncias originadas do próp Boxe 33 Funginas As funginas consistem no crescimento de determinados fungos especialmente do gênero Capnodium ascomíceto da ordem Capnodiales que apresentam coloração escura formando um filme na superfície das partes aéreas da planta Pulgões cochonilhas e formas jovens de mosca branca são os principais tipos de insetos que podem determinar o desenvolvimento destes fungos pela liberação abundante de secreções açucaradas Boxe 35 Micorrizas um caso de parasitismo em seu mais elevado grau de especialização De modo generalizado na natureza as plantas vasculares apresentamse associadas a certos fungos no sistema radicular com os quais estabelecem uma relação íntima de interdependência Nesta associação chamada de micorriza do grego míco fungo e rhiza raiz o fungo penetra nas raízes sendo absorv Figura 33 Halo amarelo em folha de Citrus sp com cancro citrico Encharcamento também conhecido por anasarca é identificado pelo aspecto translúcido do tecido encharcado devido à liberação de água das células para os espaços intercelulares E a primeira manifestação de muitas doenças que apresentam sintomas necróticos especialmente daquelas provocadas por bactérias Figura 34 Figura 312 Manchas necróticas de origem abiótica em folhas de bateira Crédito da foto Liliane D Teixeira Figura 315 Mumificação em fruto de pêssego com podridão parda Crédito da foto Louise L MaydeMio Pústula de ferrugem em folha de milho Seca Estádio final de cafeíro afetado pelo distribú seca de ponteiros e mancha aureolada Pseudomonas syringae pv garcae Enfezamento em milho causado por fitoplasma com planta sadia à esquerda 33 DIAGNOSE A diagnose se refere à identificação de uma doença e do seu agente causal como bem nos sintomas e sinais A constatação de uma doença provavelmente devida ao próprio produtor diagnóstico fitopatológico por meio dos sintomas exibidos pelas plantas afetadas pois representam um desvio do que normalmente é esperado para aquela espécie vegetal ou cultivo Análise preliminar feita no próprio campo em material recebido para estudo em uma Clínica fitopatológica deve inicialmente reconhecer a natureza da doença isto é se ela é causada por agente biótico ou abiótico Estes reconhecimentos não devem ser confundidos com diagnóstico na identificação do agente causal da doença No entanto esta etapa preliminar é fundamental para nortear os procedimentos posteriores que visam a correta identificação do agente causal da doença através de consultas em livros escolha de técnicas apropriadas de isolamento e transmissões análises sorológicas moleculares etc A c Entretanto em algumas ocasiões os processos até agora descritos não permitem a diagnose de doenças de plantas Um exemplo é o caso de uma doença nova ainda não descrita na literatura Nesta situação as etapas do Postulado de Koch devem ser realizadas para que se possa estabelecer a relação causal entre uma doença e um determinado agente A aplicação do Postulado de Koch encontrase descrita a seguir Porém existem algumas outras situações nas quais não é possível uma diagnose conclusiva mesmo se tratando de doença já descrita como por exemplo quando os sinais não são evidentes ou quando os sintomas não correspondem exatamente aos descritos na literatura Nessas ocasiões não é necessário realizar todas as etapas do postulado para se chegar à diagnose Quando se suspeita de agente biótico necrotófico basta proceder ao isolamento do patógeno em meio de cultura para posterior identificação Eventualmente podese também realizar inoculações no hospedeiro sadio com o intuito de reproduzir os sintomas Os procedimentos para isolamento e inoculação de patógenos fungicos estão descritos juntamente com o Postulado de Koch No entanto se o isolamento do agente causal não é possível por exemplo vírus podese ainda recorrer aos exames complementares que permitem a diagnose segura como os testes sorológicos e moleculares considerados 332 Diagnóstico de Doenças Desconhecidas Um autor interior tratou da diagnose de doenças já descritas na literatura Como de se proceder no entanto quando nenhuma evidência de doença conhecida é encontrada no material analisado Ou ainda como formar diagnósticos após essas doenças parecerem já que foram descritas O estabelecimento da relação causal entre uma doença e um organismo só pode ser confirmado mediante uma série de etapas que compreendem o postulado de Koch Este postulado descrito pelo médico alemão Robert Koch em 1881 para o carbúnculo causado pelo Bacillus anthracis foi adaptado à Fitopatologia e é até hoje utilizado como método clássico de diagnose de doenças de plantas Assim é enunciado o postulado de Koch Associação constante patógenohospedeiro o suspeito patógeno deve estar presente em todas as plantas da mesma espécie que apresentam o mesmo tipo de sintoma Em outras palavras um determinado sintoma deve estar constantemente associado a um suspeito patógeno sempre que a doença for observada Isolamento do patógeno o organismo associado ao sintoma deve ser isolado da planta doente multiplicado exaustivamente e ter suas características descritas Inoculação do patógeno e reprodução dos sintomas O suspeito patógeno obtido em cultura pura deve ser inoculado em plantas sãs da mesma espécie e variedade e provocar o mesmo sintoma observado nas plantas inicialmente doentes Conceito de Doença Sintomatologia e Diagnoxe raízes ou frutos podese aumentar a concentração do agente desinfetante o tempo de exposição ou ambos Após a desinfecção superficial os fragmentos devem ser transferidos em condições assépticas para um meio de cultura pobre em nutrientes Boxe 37 Nessa situação apens Manual de Fitopatologia Para fungos e bactérias de parte aérea a inoculação é feita pela pulverização de uma suspensão de esporos ou células bacterianas na superfície da planta Logo após a inoculação as plantas devem ser submersas em uma câmara úmida por pelo menos 24 horas periodicamente para que Conceito de Doença Sintomatologia e Diagnoxe Os imunossensores estão sendo usados nitidamente na detecção de patógenos em material propagativo de plantas cultiváveis raízes e sementes pelos serviços de quarentenas programas de produzir e certificar sementes e em diversas Clínicas Fitopatológicas Os testes de PCR e RTPCR a