Técnicas Diagnósticas em Parasitologia: Principais Parasitas de Interesse Médico

06112023 1 PARASITOLOGIA Prof Juninho Valadares 1 Técnicas diagnósticas PRINCIPAIS PARASITOS DE INTERESSE MÉDICO 2 Doença de Chagas Tripanossomíase ou tripanossomose americana Trypanosoma cruzi Fase aguda e uma crônica OMS 16 18 milhões de indivíduos parasitados nas Américas Gênero Trypanosoma 3 AMASTIGOTA Contorno aproximadamente circular Corpo achatado Núcleo grande redondo e excêntrico Pouco se move No homem Divisão binária simples Trypanosoma cruzi Formas parasitárias 4 06112023 2 EPIMASTIGOTAS No inseto Toda a vida Divisão binária longitudinal Estádio reprodutor adaptado ao aparelho digestivo dos insetos Forma alongada Cinetoplasto próximo do núcleo Flagelo com membrana ondulante Trypanosoma cruzi Formas parasitárias 5 TRIPOMASTIGOTAS Corpo celular longo e achatado Flagelo com membrana ondulante em toda a extensão da célula Formas parasitárias 6 Transmissão Triatomíneos Dejeções do inseto Transfusão de sangue Formas parasitárias Tripomastigotas sangue Epimastigotas ou Tripomastigotas inseto Amastigotas células dos diversos tecidos Capacidade de multiplicação Trypanosoma cruzi 7 Protozoários tripanosomatídeos Família Trypanosomatidae Protozoários flagelados 1 flagelo Trypanosoma cruzi Ordem Kinetoplastida Cinetoplasto Gênero Leishmania 8 06112023 3 Complexo L braziliensis L mexicana L V braziliensis L V guyanensis L V lainsoni L V shawi L V naiffi L L amazonensis Leishmaniose Tegumentar Americana LTA Cutâneas Mucocutâneas Cutâneas difusas Gênero Leishmania Complexo L donovani L L chagasi Leishmaniose Visceral Americana LVA Calazar Distribuição mundial 9 Amastigota Intracelular Sem flagelo externo Células do Sistema Fagocítico Mononuclear SMF Hospedeiro Vertebrado Gênero Leishmania 10 Promastigota Extracelular Flagelo externo Aparelho digestivo das fêmeas dos insetos flebotomíneos Hospedeiro Invertebrado Gênero Leishmania 11 Gênero Leishmania Formas clínicas Cutânea 12 06112023 4 Mucocutânea Gênero Leishmania Formas clínicas 13 Gênero Leishmania Formas clínicas Cutâneodifuso 14 Características gerais dos nematoides Forma fusiforme e alongada Nãosegmentados Simetria bilateral Sexos separados com dimorfismo sexual Fêmeas Machos Aparelho digestivo completo Forte sistema muscular Estádios de ovo larva e adulto 4 estádios larvários Gênero Nematoda 15 15 Nematódeos de transmissão oral Ascaris lumbricoides Enterobius vermicularis Trichuris trichiura Gênero Nematoda Parasitos monoxênicos Transmissão por ingestão de ovos infectantes Hospedeiro homem Localização A lumbricoides ID T trichiura IG E vermicularis IG 16 16 06112023 5 17 E vermicularis 60 x 45 µm Fértil 60 x 45 µm Infértil 80 90 µm A lumbricoides 50x 25 µm Gênero Nematoda 17 E vermicularis Macho Fêmea Ext anterior T trichiura Fêmea Macho Gênero Nematoda A lumbricoides Ext anterior Macho 18 Fêmea 18 Nematódeos de transmissão percutânea Ancylostoma duodenale Necator americanus Strongyloides stercoralis Gênero Nematoda Habitat Intestino delgado Transmissão Larvas filarioides percutânea Espaços interdigitais bordos e dorsos dos pés Mãos pernas nádegas Ancilostomídeos ingestão de larvas 19 19 20 Macho 05 a 1 cm Fêmea 1 a 2 cm Extremidade posterior do macho Bolsa copuladora Extremidade posterior do macho e da fêmea Adulto Gênero Nematoda Ancilostomídeos 20 06112023 6 A duodenale N americanus A caninum Gênero Nematoda Ancilostomídeos 21 21 Ovo 50 x 20 µm Incolor Ovóide Membrana única Blastomerizado Gênero Nematoda Ancilostomídeos 22 22 Larva rabditóide 200 µm Vestíbulo bucal curto Primórdio genital nítido Larva filarióide 500 µm Cauda entalhada Esôfago ocupa ½ corpo s bainha Gênero Nematoda Strongyloides stercoralis 23 23 Strongyloides X Ancitostomídeos Gênero Nematoda Strongyloides stercoralis 24 24 06112023 7 Plasmodium spp Malária Gênero Plasmodium Espécies P vivax Grassi e Feletti 1890 P falciparum Welch 1897 P malariae Laveran 1881 P ovale Stephens 1922 Gênero Anopheles 25 25 Plasmodium spp P Vivax Parasita reticulócitos Formação de grânulos de Schuffner Pigmento malárico Gametócitos formados na circulação periférica Trofozoíta jovem 26 Trofozoíta médio Esquizonte Esquizonte Esquizonte Merócito Microgametócito Macrogametócito 26 Plasmodium spp P falciparum Parasita qualquer tipo de hemácia Apenas trofozoítas na circulação periférica Granulações de Maurer Delicados e de difícil visualização Gametócitos em forma de crescente Trofozoíta jovem 27 Trofozoíta médio Esquizonte Esquizonte Esquizonte Merócito Microgametócito Macrogametócito 27 Plasmodium spp 28 28 06112023 8 Plasmodium spp 29 29 Espécies comensais Entamoeba dispar E coli E hartmanni E gengivalis etc Tártaro dentário e gengivas Parasitos facultativos Naegleria fowleri Meningoencefalite fulminante Espécie patogênica E histolytica Amebas 30 Amebas 31 E histolytica E dispar Ameba Cistos 10 a 15 µm Parede cística com duplo contorno e delgada 1 a 4 núcleos Semelhante ao trofozoíta Vacúolo de glicogênio Corpos cromatoides Desaparecem com o amadurecimento do cisto 32 06112023 9 E histolytica E dispar x E coli comensal Trofozoíto cariossomo núcleo Ameba 33 Giardia lamblia G duodenalis ou G intestinalis Protozoário flagelado Trofozoíta Cisto Giárdia 34 Flagelos Anterior Lateral Ventral Posterior Disco suctorial Núcleo Corpos parabasais Axóstilos Giárdia 35 Trofozoítas Giárdia 36 06112023 10 Núcleo Corpos parabasais axonema Giárdia Cistos 37 Schistosoma mansoni Macho Esbranquiçado Extremidade anterior com ventosa oral e ventral acetábulo Canal ginecóforo 2 ramificações intestinais em forma de um único ceco 1cm Externamente coberto por espinhos 38 Fêmea Corpo cilíndrico afilado Esbranquiçado Extremidade anterior com ventosa oral e ventral acetábulo Útero geralmente com 1 só ovo 2 ramificações intestinais em forma de um único ceco 15cm 38 Schistosoma mansoni 39 39 Schistosoma mansoni Ovo Oval Espinho lateral Contém uma larva chamada miracídio Em contato com a água incham e rompem a casca p liberação do miracídio Casca dupla 40 40 06112023 11 41 Schistosoma mansoni Miracídio 1º estágio de vida livre Oval Revestido por cílios Terebratorium anterior Funções de penetração e sensorial Cercária 2ª fase de vida livre Larva com corpo e cauda terminada em bifurcação Ventosa oral e ventral rudimentar Grande mobilidade Externamente tem espinhos 41 Taenia spp Corpo em forma de fita Segmentado Provido de escólex estrutura de fixação Parasitos obrigatórios Ausência de tubo digestivo Teníase parasito adulto Hospedeiro definitivo T saginata e T solium Cisticercose estágio larvário Taenia solium 42 Taenia spp Proglote madura Proglote grávida Ovo Cabeça 43 Técnicas diagnósticas EXAMES PARASITOLÓGICOS 44 06112023 12 Técnicas diagnósticas O exame parasitológico de fezes EPF é utilizado no diagnóstico de parasitos intestinais através das formas parasitárias eliminadas nas fezes Na microscopia podemos visualizar ovos e larvas de helmintos cistos trofozoítos ou oocistos de protozoários 45 Principais métodos Sedimentação Espontânea Hoffman Pons e Janer também conhecido como método de Lutz ovos e larvas de helmintos e de cistos de protozoários Centrifugação Método de Blagg também conhecido por método de MIFC método de Ritchie éter Coprotest pesquisa de ovos e larvas de helmintos cistos e alguns oocistos de protozoários Flutuação Espontânea Método de Willis sal Indicado para a pesquisa de ovos leves principalmente ancilostomídeos Centrifugação Método de Faust sulfato de zinco Usado para a pesquisa de cistos e alguns oocistos de protozoários permitindo também o encontro de ovos leves Tropismo Concentração Método de BaermannMoraes e método de Rugai Indicados para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis Outros Filtração KatoKatz quantitativa Ovos de helmintos Fita adesiva Graham ovos de Enterobius vermicularis Taenia saginata e Taenia solium 46 Aplicação dos métodos 47