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PROCESSOS METABÓLICOS METABOLISMO DO GLICOGÊNIO Centro Universitário UNA 2023 2 Algumas características importantes do glicogênio O glicogênio é a forma de armazenamento de açúcares nas células animais Molécula ramificada constituída por unidades de glicose em ligação glicosídica 14 com ramificação onde a ligação é 16 O peso molecular pode chegar a 100 milhões FÍGADO A função do glicogênio hepático é a manutenção da glicemia entre as refeições ou seja é uma reserva de glicose que pode ser exportada para outros órgãos via sangue quando necessário MÚSCULO O glicogênio muscular ao contrário não pode ser exportado É usado pela própria fibra como fonte emergencial de energia quando a necessidade desta é muito intensa p ex uma corrida veloz Adaptado de httpanatpatunicampbrtaglicogeniohtml Fileira de peixes Metabolismo do Glicogênio A síntese e degradação do glicogênio envolvem conjuntos separados de enzimas funcionando de forma irreversível Ou seja o processo de degradação não é o inverso da síntese Ao todo há pelo menos 8 enzimas envolvidas Basta que uma falte para que a síntese ou degradação fiquem comprometidas ou a molécula de glicogênio tenha anormalidades FÍGADO x MÚSCULO Além disso há enzimas que têm formas diferentes em órgãos diferentes P ex a fosforilase hepática a primeira enzima da via de degradação é diferente da fosforilase muscular httpanatpatunicampbrtaglicogeniohtml Glicogênio Polímero de glicose Reserva de glicose fonte constante deste açúcar Principais locais de reserva fígado e músculo esquelético Glicogênio As moléculas de glicogênio são armazenadas em grânulos citoplasmáticos que contêm a maioria das enzimas necessárias para a síntese e degradação do polímero Esquema da Molécula de Glicogênio Ligação alfa14 extensão da cadeia Ligação alfa16 ramificação da cadeia Dois tipos de ligações 14alfa e 16alfa glicosídica Metabolismo do Glicogênio A degradação e a síntese do glicogênio são efetuadas por vias distintas e opostas Estimulação de uma via inibição da outra Insulina estimula a síntese e armazenamento de glicogênio glicogênese Glucagon estimula a degradação de glicogênio glicogenólise Metabolismo do Glicogênio Glicogênio hepático degradado para manutenção da glicemia no jejum transitório Glicogênio muscular degradado para gerar energia para a própria fibra muscular o produto final não é a glicose pura mas sim glicose6 fosfato Degradação do Glicogênio Glicogenólise remoção sucessiva de resíduos de glicose Enzima glicogênio fosforilase Fosforólise da ligação a14 Produto primário liberado glicose1fosfato Degradação do Glicogênio n resíduos de glicose n1 resíduos de glicose Encurtamento das cadeias de glicogênio Clivagem sequencial das ligações glicosídicas a 14 a partir das extremidades A clivagem é interrompida próximo aos pontos de ramificação Degradação do Glicogênio 1ª etapa Remoção das ramificações Enzima desramificadora Transferência de 3 resíduos de glicose da ramificação para as extremidades da cadeia Liberação de uma nova cadeia para a enzima glicogêniofosforilase Degradação do Glicogênio 2ª etapa A fosforilase do glicogênio age repetitivamente nas extremidades nãoredutoras das ramificações do glicogênio até que seja atingido 4 resíduos de uma ramificação a16 A continuação da degradação só ocorre depois da ação da enzima de desramificação que catalisa 2 reações sucessivas Primeiro a atividade de transferase muda um bloco de três resíduos de glicose do ponto de ramificação para uma extremidade e aí são ligados por uma ligação a14 O único resíduo de glicose que permanece no ponto de ramificação unido por ligação a16 é liberado como glicose pela atividade a16 glicosidase da enzima de desramificação Conversão da glicose1fosfato para glicose6fosfato Enzima fosfoglicomutase No fígado a glicose6fosfato é convertida em glicose pela enzima glicose6fosfatase Manutenção dos níveis glicêmicos evita a hipoglicemia Degradação do Glicogênio 3ª etapa Enzima Fosfoglicomutase IMPORTANTE Esta enzima também atua para que a glicose6P originada na gliconeogênese seja convertida em glicose1 P para a síntese de glicogênio GLICOGENÓLISE Músculo não possui a enzima glicose6 fosfatase glicose6fosfato não pode ser convertida em glicose Músculo glicose6fosfato entra na via glicolítica para produzir energia Alta demanda energética formação de lactato no músculo Degradação do Glicogênio Degradação do Glicogênio Glicogênese repetida adição de unidades de glicose às extremidades da molécula de glicogênio A glicose adicionada deve estar na sua forma ativada Uridina difosfato glicose UDPG Síntese do Glicogênio Fosforilação da glicose Glicose ATP Glicose6fosfato ADP H Enzimas Glicoquinase fígado hexoquinase músculo Síntese do Glicogênio 1ª etapa Isomerização da glicose6fosfato a glicose1fosfato Glicose6fosfato Glicose1fosfato Enzima fosfoglicomutase Síntese do Glicogênio 2ª etapa Formação da UDPG Glicose1fosfato UTP UDPG PPi Enzima UDPglicose pirofosforilase Síntese do Glicogênio 3ª etapa Glucose1fosfato uridil transferase Formação das ligações a14 UDPG Glicogênion resíduos Glicogênion1 resíduos UDP Transferência da unidade glicosil do UDPG para o glicogênio Enzima glicogênio sintase Síntese do Glicogênio 4ª etapa Síntese do Glicogênio Enzima glicogênio sintase catalisa apenas a síntese das ligações a14 Enzima ramificadora catalisa a formação das ramificações da cadeia ligações a16 Síntese do Glicogênio 4ª etapa O efeito biológico da ramificação é tornar a molécula de glicogênio mais solúvel e aumentar o número de extremidades Isto aumenta o número de sítios acessíveis para a glicogênio fosforilase e glicogênio sintetase Controle alostérico enzimático Controle hormonal insulina e hormônios contrareguladores glucagon e epinefrina Principal estimulação glicogenólise hepática manutenção da glicose sanguínea Regulação do metabolismo do Glicogênio Regulação do metabolismo do Glicogênio Fígado Logo após as refeições síntese é acelerada reserva Períodos de jejum degradação é acelerada Músculo esquelético Exercício degradação Descanso síntese REFERÊNCIAS MARZZOCO A TORRES BB Bioquímica Básica 3ª edição Editora Guanabara Koogan 2007 DEVLIN T M Manual de bioquímica com correlação clínica 6ª ed São Paulo Edgard Blucher 2007 PRATT CW CORNELY K Bioquímica Essencial 1ª edição Editora Guanabara Koogan 2006 CHAMPE P C HARVEY R A FERRIER D R Bioquímica Ilustrada 4ª ed Porto Alegre Artmed 2009 REFERÊNCIAS MARZZOCO A TORRES BB Bioquímica Básica 3ª edição Editora Guanabara Koogan 2007 DEVLIN T M Manual de bioquímica com correlação clínica 6ª ed São Paulo Edgard Blucher 2007 PRATT CW CORNELY K Bioquímica Essencial 1ª edição Editora Guanabara Koogan 2006 CHAMPE P C HARVEY R A FERRIER D R Bioquímica Ilustrada 4ª ed Porto Alegre Artmed 2009