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TERAPIA POR ULTRASSOM É um dos agentes eletrofísicos mais utilizados no tratamento de lesões musculoesqueléticas no ambiente clínico da fisioterapia ANTES de apresentarmos o que a literatura está discutindo sobre a eficácia deste recurso é necessário conhecer e entender o funcionamento deste aparelho O QUE É Onda mecânica de alta frequência e baixa densidade de potência criada a partir de um gerador de corrente elétrica e um cristal piezoelétrico CABEÇOTE Processo de transformação de energia elétrica em energia mecânica viceversa Efeito Lippmman COM O QUE PARECE Pedra jogada na água Diferente da energia eletromagnética que se propaga no vácuo ela depende da colisão molecular O ultrassom e uma onda mecânica cuja energia é transmitida pelas vibrações das moléculas do meio biológico pelo qual a onda se propaga US Diagnóstico Imagem 5 a 20 MHz US Terapêutico De 07 a 3 MHz CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA A ultrassonoterapia é um recurso físico que se utiliza de energia mecânica gerada em alta frequência para promover efeitos terapêuticos no tecido biológico Cristais sintéticos Modalidade de Energia AcústicaSonora Pode produzir efeitos térmicos ou nãotérmicos TIPOS DE ONDAS LONGITUDINAIS Se propagam por meios líquidos e sólidos TRANSVERSAIS Se propagam só por meios sólido CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA O efeito piezoelétrico cristais anisotrópicos os quais desenvolvem cargas elétricas quando submetidos a estresses mecânicos O cristal submetido a uma corrente elétrica alternada deveria sofrer deformações mecânicas Tal fenômeno ficou chamado de efeito Lippmann ou efeito piezoelétrico invertido O efeito Lippmann garante ao equipamento de ultrassom a geração de ondas mecânicas em alta frequência CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA Na expansão um efeito de compressão Na contração um efeito de rarefação Esse comportamento de compressão e rarefação irá gerar o comportamento senoidal da onda ultrassônica As ondas mecânicas são geradas e dependem de um meio denso aquoso ou gel para serem propagadas Com isso a oscilação em alta frequência do cristal é capaz de promover o deslocamento das moléculas que estiverem ao frente do cabeçote CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA Frequência de 1MHz o cristal deformase 1 milhão de vezes por segundo na de 3MHz deformase 3 milhões de vezes por segundo Estruturas profundas com os equipamentos de 1MHz 3 a 5cm ou concentram mais energia nos tecidos superficiais ao se escolher a configuração de 3MHz 1 a 2cm menor frequência 1MHz gera maior comprimento de onda maior frequência 3MHz observase menor comprimento de onda CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA 1MHz estruturas profundas como em regiões com dobra cutânea elevada lesões musculares profundas vasto intermédio solear piriforme glúteos médio e mínimo braquial e manguito fraturas 3MHz condições mais superficiais como lesões musculares superficiais bíceps retofemoral vastos laterais e mediais gastrocnêmios tendinites de calcâneo tendinites patelares epicondilites fascites plantares CONCEITOS E BASES DA ULTRASSONOGRAFIA A atenuação da energia ocorre a reflexão nas interfaces e a absorção pelos tecidos A reflexão ocorrida terá sentido contrário aos da emissão elas se encontrarão e ocorrerá um somatório de energia criando um efeito conhecido como hot spots pontos quentes Este acúmulo de energia possui potencial de produzir dano tissular dependendo obviamente da intensidade utilizada e do modo de emissão A energia que passou sofre atenuação considerando a refração Além disso cada tecido possui um coeficiente de absorção próprio contribuindo também para o efeito de atenuação CONTÍNUO OU PULSADO No ultrassom pulsado a energia é gerada apenas durante o período ligada O ciclo de trabalho é determinado pela relação entre o tempo ligado e o período do pulso No ultrassom contínuo a energia está sendo gerada constantemente 100 do tempo EFEITOS FISIOLÓGICOS aumento da taxa de difusão celular permeabilidade celular condução nervosa aceleração da síntese de colágeno Uma das hipóteses para esses resultados é que as microbolhas devido à oscilação quando expostas à onda mecânica do US e em baixa amplitude de pressão podem gerar uma cavitação estável por longo período de tempo gerando assim alteração na permeabilidade da membrana celular com estresse celular normal Já as altas amplitudes de pressões podem levar à cavitação inercial causando assim colapso das microbolhas A interface entre baixa e alta amplitude de pressão dose pode ser uma das principais hipóteses do aumento da permeabilidade do plasma da membrana permitindo o aumento do fluxo intracelular EFEITOS TÉRMICOS Efeitos para o aquecimento dos tecidos são similares a outras formas de calor Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno 4ºC Diminuição da rigidez articular 2 a 3ºC Redução do espasmo muscular 2 a 3ºC Modulação da dor 2ºC Aumento de fluxo sanguíneo 1ºC Vantagem Tecidos ricos em colágeno tendões músculos ligamentos cápsulas meniscos osso cortical podem ser aquecidos seletivamente sem elevar a temperatura da pele ou gordura EFEITOS NÃO TÉRMICOS 1 Cavitação e 2Microfluxo acústico Efeito mecânico PORÉM ainda há conflito na literatura 1Bolhas de gás que se expandem e se comprimem devido às alterações de pressão induzida pelos fluidos dos tecidos 2 Movimentos unidirecionais dos fluidos ao longo da membrana celular EFEITOS SECUNDÁRIOS Incremento da flexibilidade dos tecidos ricos em colágeno com diminuição da rigidez articular e da contratura Aumento do fluxo sanguíneo e consequente vasodilatação Redução de espasmos musculares Modulação da dor Estimulação da atividade fibroblástico DOSIMETRIA Quando se fala em doseé preciso olhar além do Wcm2 e observar que fazem parte da dosimetria tempo de aplicação frequência do transdutor potência acústica técnica de aplicação modo de utilização contínuo ou pulsado demais detalhes no momento da utilização DOSIMETRIA BNR BEAM NONUNIFORMITY RATIO BNR homogeneidade do feixe a maior seria 1 NR entre 2 e 6 BNR 21 ou BNR6 Um equipamento que tenha o BNR 81 por exemplo ao se utilizar uma intensidade média de 1Wcm² o operador assume o risco de gerar picos de intensidade de 8Wcm² Se o mesmo operador utilizase de um equipamento com BNR 21 o risco assumido seria de no máximo gerar um pico de intensidade de 2Wcm DOSIMETRIA ATENUAÇÃO Essa atenuação dos tecidos de acordo com a frequência do transdutor associada à intensidade necessária para cada tecido pode ser calculada estimando a espessura dos tecidos sobre o tecidoalvo Velocidade de propagação está diretamente relacionada à densidade Materiais mais rígidos e densos Ex ossos possuem maior velocidade de transmissão do que tecidos moles Ex Músculos DOSIMETRIA DC DUTY CYCLE DC de 100 deva ser utilizado na inflamação crônica ou na fase de remodelagem tecidual DC de 50 deve ser usado na inflamação subaguda na fase de reparo fibroblástico DC de 10 e 20 o mais utilizado na inflamação aguda na fase de resposta inflamatória DOSIMETRIA INTENSIDADES Estruturas Intensidades recomendadas Nervo 10 a 12 Wcm² Músculo 08 a 12 Wcm² Capsula 06 a 08 Wcm² Tendão 05 a 0 7 Wcm² Ligamento 04 a 06 Wcm² Bursa 03 a 05 Wcm² Osso 001 a 02 Wcm² DOSIMETRIA FREQUÊNCIA 16Hz 48Hz 100Hz 16 ou 48 Hz Síntese protéica e regeneração 100 Hz Analgesia e antiinflamátório DOSIMETRIA TEMPO Depende da área a ser tratada e da ERA área efetiva de radiação ERA 35 a 40 cm 70 a 80 da área do cabeçote T área a ser tratada ERA Area 5 comp x 3 de largura 15cm ERA de 35 Tempo 45 min DOSIMETRIATEMPO Para atingir energias elevadas é necessário aumentar o tempo de tratamento minutos ou alterar a intensidade Wcm2 Nesse caso ao alterar a intensidade com propósito de atingir altas energias não há como seguir as dosimetrias estabelecidas por outros autores ou será necessário permanecer por no mínimo 10 a 15 minutos de tratamento Mais de 14 aplicações podem reduzir a quantidade de leucócitos e de hemácias Após 14 aplicações alguns autores aconselham evitar o ultrassom por duas semanas DOSIMETRIATEMPO Hecox e colaboradores também sugere outra forma de utilizar o US considerando a fase da lesão para fase subaguda devese calcular o tempo dividindo a área da lesão por 15 x ERA área 15 x ERA para fase crônica devese dividir a área da lesão por 1 x ERA área 1 x ERA para atingir o máximo efeito térmico devese dividir a área da lesão por 08 x ERA área 08 x ERA ESCOLHA DOS EFEITOS Seria importante que os fisioterapeutas olhassem com mais enfoque o estado fisiopatológico da lesão antes de selecionar os parâmetros para determinar se realmente há indicação do uso e se desejam efeito térmico ou não térmico intensidades elevadas ou baixas tempo prolongado energia total técnicas estacionárias INDICAÇÕES Para o tratamento de dor lesões de tecidos moles e disfunções articulares como osteoartrite periartrite bursite tenossinovite e outras síndromes musculoesqueléticas Aceleração na cicatrização de feridas fonoforese com uso de substâncias lesões esportivas TÉCNICAS DE APLICAÇÃO CONTATO DIRETO Gel Aquoso Pomadas Óleo Agente de acoplamento excluir o ar da região do transdutor e tecido IMERSÃO Bacia de plástico Movimentos paralelos à superfície 051cm TÉCNICAS DE APLICAÇÃO Movimento continuo e uniforme Movimentos longitudinais Movimentos circulares espiral QUANTAS SESSÕES DE ULTRASSOM PODEM SER APLICADAS Mais de 14 aplicações podem reduzir a quantidade de leucócitos e de hemácias Após 14 aplicações alguns autores aconselham evitar o ultrassom por duas semanas ANTES DO TRATAMENTO Investigar contra indicações Informar o paciente dos objetivos Localizar com exatidão o local a ser tratado Testar sensibilidade térmica Posicionar o paciente Limpar o local a ser tratado Tricotomia se necessário DURANTE O TRATAMENTO Fixar os parâmetros Ajustar o tempo de duração Manter o cabeçote em movimento contínuo Perguntar regularmente sobre as sensações do paciente Renovar meio de contato se necessário DEPOIS DO TRATAMENTO Limpar a pele do paciente e o cabeçote Comprovar os efeitos desejáveis e indesejáveis Pedir ao paciente para relatar qualquer reação CONTRAINDICAÇÕES Áreas com sensibilidade térmica diminuída Tumores para que não haja aumento do tumor Tromboflebite e varizes aumenta a circulação lo Infecção séptica TERAPIA POR ULTRASSOM É um dos agentes eletrofísicos mais utilizados no tratamento de lesões musculoesqueléticas no ambiente clínico da fisioterapia ANTES de apresentarmos o que a literatura está discutindo sobre a eficácia deste recurso é necessário conhecer e entender o funcionamento deste aparelho Entender em o atual momento em que o US se encontra do ponto de vista científico no cenário das lesões musculoesqueléticas LITERATURA DIZ SOBRE FRATURA Fraturas 1MHz pulsado 20 02 Wcm² 20 minutos LITERATURA DIZ SOBRE DL E DLC Dor lombar e dor lombar crônica O US não é a primeira linha para o tratamento Tecnica de alta intensidade de US por limiar de dor Trigger points coloca uma intensidade alta até sentir dor deixa estacionária por 5 seg e após coloca a metade da intensidade e deixa por mais 15 segundos LITERATURA DIZ SOBRE TENDINOPATIAS Tendão calcâneo e patelar USP 3MHz 20 02 Wcm² por 5 min CASO CLÍNICO Um universitário de 18 anos sofreu uma fratura do quinto osso metacarpal da mão esquerda durante uma brincadeira no dormitório A fratura necessitou de imobilização com luva gessada por seis semanas No momento da remoção do gesso o paciente observou restrição significativa de movimento e fraqueza no punho esquerdo Foi feito um encaminhamento O exame físico revelou flexão 0 a 45º extensão 0 a 30º com desvios radial e ulnar inalterados Havia um ponto sensível no local do calo ósseo na diáfise do quinto osso metacarpal A movimentação dos dedos estava dentro dos limites normais em todas as articulações CASO CLÍNICO Você indicaria o US para esse paciente Baseado em quais sintomas sinais e características de lesão Quais os parâmetros que você utilizaria para essa modalidade terapêutica Quais são os passos que você seguiria para a aplicação dessa modalidade