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Ciências Contábeis ·

Contabilidade Empresarial

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AI Atividades Integradoras Situação Aguarda envio do aluno ATIVIDADE INTEGRADORA I Considere que você é o Gestor Contábil de uma grande montadora de veículos elétricos Essa empresa apurou resultados positivos e expressivos em seu primeiro ano de atuação Isto ocorreu devido a implementação de processos de produção que reduziram o impacto ambiental A Montadora também apresentou uma redução significativa nos custos de produção resultando na diminuição do preço final do produto aumentando suas vendas e alavancando seus lucros Pensando em uma forma de reconhecer o excelente trabalho desempenhado por seus funcionários a empresa pretende implantar um programa de remuneração motivacional para distribuir parte dos resultados obtidos a Participação nos Lucros e Resultados PLR como uma ferramenta de remuneração variável Como Gestor contábil da empresa você deve apresentar os principais aspectos contábeis da Participação nos Lucros e Resultados PLR e as principais vantagens que a remuneração estratégica pode trazer tanto para empresa quanto para o funcionário UNIVERSIDADE CURSO DE GRADUAÇÃO EM x NOME ATIVIDADE X CIDADEUF 2023 NOME ATIVIDADE X CIDADEUF 2023 ATIVIDADE X apresentado ao Curso X do X como requisito parcial à obtenção de nota 1 INTRODUÇÃO A participação dos empregados nos lucros das empresas tem uma longa história que remonta ao século XVIII Segundo Martins 1996 p1415 as primeiras evidências desse modelo datam de 1794 quando Albert Gallatin secretário do Tesouro de Jefferson distribuiu parte dos lucros das indústrias de vidro entre os trabalhadores Ao longo dos anos esse conceito evoluiu e se expandiu globalmente abrangendo diferentes setores e países A Europa com iniciativas como as de Napoleão Bonaparte em 1812 que concedeu participação nos lucros aos artistas da Comédie Française e casos como o de Monsieur Léclarie em 1842 proprietário de um atelier em Paris desempenhou um papel crucial nesse desenvolvimento A Prússia a Inglaterra e os Estados Unidos seguiram a tendência adotando sistemas de participação nos lucros em meados do século XIX No Brasil a chegada dos Programas de Participação nos Lucros PLR ocorreu na década de 80 trazidos por empresas multinacionais como parte de suas políticas de Recursos Humanos Simultaneamente algumas empresas brasileiras como a Ferramentas Gerais RS a Semco SP e a João Fortes Engenharia RJ já adotavam Programas de PLR por iniciativa própria A ausência de legislação na época não impediu que essas práticas se disseminassem impulsionando a busca por resultados por meio do trabalho em equipe e uma gestão mais transparente O cenário legal no Brasil começou a ser delineado em 1994 quando o governo editou a Medida Provisória número 794 marcando um passo importante para a regulamentação dos Programas de PLR Desde então a adoção desses programas tem crescido com a predominância da modalidade baseada em Resultados Os benefícios derivados da remuneração estratégica como os Planos de Participação nos Lucros PPLR não se limitam apenas às empresas estendendose também aos funcionários Fundamentados em teorias econômicas esses programas buscam motivar e engajar os colaboradores de maneira eficaz Brickley 2001 p380 destaca três razões para a adoção de incentivos na remuneração Em primeiro lugar salários variáveis estimulam um esforço adicional por parte dos funcionários em comparação com salários fixos requerendo compensação por esse esforço extra Em segundo salários variáveis devem incluir um diferencial de compensação pelo risco associado Por fim salários variáveis têm maior potencial de atrair e reter talentos especialmente empregados altamente habilidosos A preferência por programas de incentivo em grupo em detrimento dos individuais é respaldada por Brickley 2001 p 382 O desempenho individual é frequentemente difícil de medir enquanto o desempenho de um grupo pode ser mensurado com custos razoavelmente baixos facilitando a administração dos planos de compensação Além disso o pagamento em grupo fomenta a cooperação e o trabalho em equipe contribuindo para a monitoração mútua entre os funcionários A diversidade de incentivos vai além dos tradicionais bônus em dinheiro incluindo comissões prêmios revisões salariais promoções benefícios não monetários como ações da empresa e participação nos lucros Essas práticas não apenas impactam positivamente a motivação e o desempenho dos funcionários mas também influenciam a imagem da empresa na comunidade sendo fatores cruciais na atração e retenção de talentos No contexto brasileiro as práticas de remuneração estratégica englobam benefícios como aluguel de casa assistência jurídica saúde odontologia automóvel auxíliodoença entre outros Essas estratégias não só contribuem para o bemestar dos colaboradores mas também fortalecem a imagem corporativa no mercado de trabalho tornandose determinantes nas decisões de permanência ou aceitação de novas oportunidades de trabalho 2 ORIGEM PLR Conforme descrito por Martins 1996 p1415 As primeiras notícias sobre a distribuição de lucros às equipes datam de 1794 quando Albert Gallatin secretário do Tesouro de Jefferson distribuiu uma parte dos lucros das indústrias de vidro entre os empregados Em 1812 Napoleão Bonaparte por meio de um decreto concedeu a participação nos lucros aos artistas da Comédie Française que além do salário fixo receberiam uma participação na receita feux Essa participação era calculada no final do ano levando em consideração o lucro líquido e fatores como a idade e a antiguidade dos artistas Em 1842 Monsieur Léclarie proprietário de um pequeno atelier de pintura em Paris surpreendeu seus empregados ao entregar uma considerável parcela do lucro obtido na exploração do negócio sem explicação Isso gerou controvérsias e foi visto como um elemento nocivo à coletividade da época Na Prússia por volta de 1847 começou a observarse o sistema de participação nos lucros seguido pela Inglaterra em 1850 e pelos Estados Unidos em 1869 Charles Roberto foi um dos pioneiros no tema por volta de 1848 preparando o terreno para o estabelecimento de planos de participação nos lucros conforme seu trabalho Le Partage des Fruits du Travail Na GrãBretanha acreditase que a participação nos lucros poderia ser uma forma de evitar greves A South Metropolitan Gas Company em 1889 foi a primeira a conceder essa participação distribuindo metade em ações No entanto em 1923 e 1925 o Congresso Sindical Britânico condenou a participação nos lucros argumentando que poderia desencaminhar os trabalhadores e prejudicar a solidariedade sindical Em 1917 a participação nos lucros foi prevista na constituição do México Na Alemanha V K Bohmert observava na participação nos lucros uma simetrização entre o empregado e o empregador exemplificada pela Ótica Zeiss de propriedade de Ernst Abbe Nesse sistema o lucro distribuído não excedia 8 da folha de pagamento O conglomerado Krupp também adotou um sistema de participação vinculado à realização de tarefas dentro de prazos determinados concedendo aos empregados o direito à participação nos lucros A Igreja Católica também teve seu papel na promoção da participação nos lucros O Papa Leão XIII na encíclica Rerum Novarum 1891 preconizava a participação nos lucros como medida de justiça social O Papa Pio XI com a encíclica Quadragesimo Anno 1931 também mencionava a participação nos lucros O Papa João XXIII na encíclica Mater et Magistra ia além recomendando não apenas a participação nos lucros mas uma participação ativa nos negócios da empresa em que trabalham Já o Papa João Paulo II na encíclica Laborem Exercens defendia a co propriedade dos meios de trabalho e a participação dos trabalhadores na gestão eou nos lucros das empresas 3 PLR NO BRASIL Os primeiros Programas de Participação nos Lucros PLR chegaram ao Brasil por meio de empresas multinacionais principalmente na década de 80 como parte de suas políticas de Recursos Humanos Simultaneamente algumas empresas brasileiras como a Ferramentas Gerais RS a Semco SP e a João Fortes Engenharia RJ já adotavam Programas de PLR por iniciativa própria Naquela época não existia legislação sobre o assunto e as vantagens relacionadas à isenção de encargos trabalhistas e previdenciários eram inexistentes As poucas empresas que implementavam esses programas visavam alavancar seus resultados promovendo o trabalho em equipe e uma maior abertura na gestão do negócio e das pessoas Em 29 de dezembro de 1994 o governo deu um passo importante para a disseminação dos Programas de PLR nas empresas brasileiras com a edição da Medida Provisória número 794 que tratava sobre o tema Desde então o número de empresas que implantam sistemas de Participação nos Lucros ou Resultados tem crescido a cada ano predominando a modalidade Resultados Em 1946 a Constituição Brasileira previa a participação obrigatória e direta do trabalhador nos lucros da empresa nos termos e pela forma que a lei determinar No entanto a participação remetia o intérprete à lei ordinária Nas constituições de 1967 e 1969 a PLR também estava prevista mas a lei nunca foi regulamentada Em 1970 o governo implantou o PIS Programa de Integração Social e o PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público destinados à distribuição anual de valores para os empregados que ganhavam o piso salarial brasileiro Na Constituição de 1988 o artigo 7º destacava São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais além de outros que visem à melhoria de sua condição social XI Participação nos lucros ou resultados desvinculados de remuneração e excepcionalmente participação na gestão da empresa conforme definido em lei Em 1994 o Presidente Itamar Franco editou a medida provisória regulamentando esse artigo que foi reeditada 76 vezes ao longo de 6 anos e 5 meses até que em 19 de dezembro de 2000 foi promulgada a Lei 10101 que regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas 4 BENEFÍCIOS A implementação de programas de remuneração estratégica como os Planos de Participação nos Lucros PPLR pode proporcionar vantagens significativas tanto para as empresas quanto para os funcionários Essas estratégias fundamentadas em teorias econômicas visam incentivar o desempenho e engajamento dos colaboradores de maneira eficaz De acordo com Brickley 2001 p380 há pelo menos três razões para a adoção de incentivos na remuneração Em primeiro lugar salários variáveis tendem a estimular um esforço adicional por parte dos funcionários em comparação com salários fixos sendo necessário compensálos por esse esforço extra Em segundo salários variáveis devem contemplar um diferencial de compensação pelo risco envolvido Por fim salários variáveis são mais propensos a atrair e reter talentos pois empregados altamente habilidosos podem obter maiores ganhos com salários variáveis do que com salários fixos Quanto à preferência das empresas por programas de incentivo em grupo em detrimento dos individuais Brickley 2001 p 382 destaca três razões Primeiramente o desempenho individual é mais difícil de medir enquanto o desempenho de um grupo pode ser mensurado com custos razoavelmente baixos facilitando a administração dos planos de compensação Além disso o pagamento em grupo promove a cooperação e o trabalho em equipe ao passo que programas individuais podem incentivar ações mais centradas no próprio empregado Adicionalmente os planos em grupo estimulam os funcionários a monitoraremse mutuamente contra o mau desempenho favorecendo a colaboração no ambiente de trabalho Diversas formas de incentivos compõem a remuneração estratégica indo além dos tradicionais bônus em dinheiro Incentivos positivos como comissões bônus prêmios revisões salariais e promoções para desempenho excepcional bem como benefícios não monetários como ações da empresa participação nos lucros planos de benefícios e escolha de atribuições preferidas demonstram o alcance variado dessas práticas Além de impactar diretamente na motivação e desempenho dos funcionários os programas de remuneração estratégica têm implicações na imagem da empresa na comunidade A oferta de vantagens excepcionais destaca a organização no mercado de trabalho sendo crucial na atração e retenção de talentos Para os colaboradores esses benefícios influenciam diretamente na qualidade de vida segurança presente e futura tornandose um fator essencial na decisão de permanecer ou aceitar novas oportunidades de trabalho No contexto brasileiro as práticas de remuneração estratégica incluem uma variedade de benefícios como aluguel de casa assistência jurídica saúde e odontológica automóvel auxíliodoença entre outros Essas estratégias não apenas impactam positivamente os colaboradores mas também contribuem para a construção de uma imagem corporativa sólida e atraente no mercado de trabalho 5 CONCLUSÃO Em síntese a participação dos empregados nos lucros das empresas uma prática que remonta ao século XVIII evoluiu e se globalizou moldandose conforme os contextos econômicos e sociais A trajetória histórica desde as iniciativas pioneiras na Europa até a incorporação no cenário brasileiro na década de 80 revela a adaptação desses programas como estratégias para motivar engajar e recompensar os colaboradores A experiência internacional com destaque para os casos na Prússia Inglaterra e Estados Unidos contribuiu para moldar o entendimento sobre a eficácia da participação nos lucros na gestão de pessoas No Brasil a legislação inicialmente escassa foi sendo desenvolvida ao longo do tempo culminando na promulgação da Lei 10101 em 2000 que regulamentou a participação nos lucros ou resultados Ao considerar os benefícios da remuneração estratégica como os Planos de Participação nos Lucros PPLR percebese que essas práticas não apenas impactam positivamente as empresas impulsionando a eficiência e a coesão interna mas também proporcionam vantagens substanciais para os funcionários A teoria econômica fundamentada na noção de que salários variáveis estimulam o esforço o diferencial de compensação pelo risco e a atração de talentos sustenta a lógica por trás desses programas A preferência por programas de incentivo em grupo aliada à diversidade de formas de incentivos além dos tradicionais bônus em dinheiro ressalta a importância da cooperação e do trabalho em equipe A monitoração mútua entre os colaboradores estimulada por esses programas cria um ambiente propício para o crescimento conjunto e a busca por excelência No cenário brasileiro a remuneração estratégica não se limita apenas aos ganhos financeiros abrangendo benefícios diversos que influenciam diretamente a qualidade de vida dos funcionários A atração e retenção de talentos aliadas à construção de uma imagem corporativa sólida são desdobramentos significativos dessas práticas Assim à luz dessa análise abrangente concluímos que a participação nos lucros e os programas de remuneração estratégica desempenham um papel crucial na gestão moderna de recursos humanos São instrumentos poderosos para fomentar o comprometimento a produtividade e a satisfação dos colaboradores contribuindo para o sucesso a longo prazo tanto das organizações quanto dos profissionais que nelas atuam REFERÊNCIAS BRICKLEY J SMITH C W ZIMMERMAN J L Managerial economics and organizational architecture New York McGrawHill Irwin 2001 MARTINS S P Participação dos empregados nos lucros das empresas São Paulo Malheiros Editores 1996 SILVA J A DA PROGRAMAS DE PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS ConTexto Contabilidade em Texto v 3 n 4 2003 PLEASE Deixe sua avaliação no meu perfil Sua avaliação é muito importante Desde já agradeço