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Contabilidade de Custos

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1º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de entender de forma clara e objetiva sobre os princípios e convenções contábeis conhecer os aspectos conceituais sobre terminologias próprias da Contabilidade Convenções e princípios fundamentais de contabilidade Olá pessoal Bemvindosas à nossa primeira aula Os Princípios e as Convenções fundamentam justificam e norteiam a ação contábil Por um lado os Princípios estabelecem uma relação com as diretrizes mais gerais de Contabilidade Já as Convenções se relacionam aos procedimentos que delimitam a aplicação dos Princípios Nesta aula vamos verificar a respeito das Convenções e dos Princípios Fundamentais de Contabilidade destacando sua importância e principais características Vamos lá Bons estudos Disponível em httpcienciascontabeisbrasilblogspotcombr Acesso em 14 abr 2012 Análise de Custos 6 1 Convenções fundamentais de contabilidade 2 Princípios fundamentais de contabilidade Seções de estudo 1 Convenções fundamentais de contabilidade As convenções são consideradas as restrições aos princípios contábeis São tidas também como normas de caráter prático que devem ser seguidas como guias auxiliando o trabalho do profissional contábil Não são consideradas criadoras de definições de critérios contábeis 11 Tipos de convenções contábeis As Convenções Contábeis dividemse em convenção da objetividade convenção da materialidade convenção da consistência Agora veremos as características de cada uma das Convenções Contábeis Convenção da Objetividade Para realizar os registros contábeis é preciso sempre observar a subjetividade do lançamento contábil baseandose em elementos objetivos pois o contador deve ser extremamente objetivo Qualquer valor registrado deve possuir documento hábil que avalize seu lançamento O objeto deve ser suscetível de medição e o contador não pode imprimir marca pessoal na avaliação do objeto É preciso adotar também uma atitude objetiva no registro dos fatos administrativos adquirindo uma postura neutra e imparcial diante da realidade patrimonial da empresa De acordo com Hendriksen e Van Breda 1999 a objetividade tem sido conceituada de maneiras distintas por pessoas e contadores diferentes a saber mensurações e avaliações de caráter impessoal ou que se configuram fora do pensamento da pessoa ou pessoas que as estão realizando mensurações baseadas no consenso profissional de experts qualificados mensurações e avaliações baseadas em evidencias e documentação verificável valor da dispersão estatística das mensurações de um atributo quando efetuadas por vários pesquisadores Quanto ao primeiro aspecto na prática não é muito fácil separar completamente a qualidade intrínseca do que está sendo mensurado das crenças mesmo que científicas do pesquisador Assim afirmamos que o ponto de transferência é o mais objetivo para o reconhecimento da receita pois existe um valor de mercado que independe da pessoa do avaliador Embora isso seja verdadeiro o pesquisador precisa tomar decisões sobre o valor do ativo que está sendo dado em troca Assim mesmo este sentido de objetividade pode conter em si algo de subjetivo Quanto ao segundo critério talvez seja o que tenha maior peso no estágio atual de desenvolvimento da disciplina Caracterizase como sentido de objetividade típico de uma disciplina praticada por profissionais liberais Assim se por meio da reunião de vários experts em comitês de pesquisa chegase a consenso sobre certo procedimento ou mensuração mesmo que tais mensurações ou critérios não sejam suportados por evidencias objetivas no sentido mais material e restrito do termo ainda assim por representarem o resultado de um processo psicossocial de percepção por parte de segmento autorizado da profissão tornamse objetivos No que se refere ao terceiro aspecto a ênfase consubstanciase mais na evidência do que na mensuração em si De novo a receita é reconhecida na base da transferência como distinção De acordo com Hendriksen e Van Breda 1999 embora a evidência possa ser verificável a seleção do critério de evidência como base pode ser objeto de viés pessoal Quanto ao quarto critério a maior ou menor objetividade de um critério de mensuração pode ser avaliada pelo desviopadrão em relação à média do atributo que está sendo mensurado Pode acontecer todavia que o próprio valor da média não retrate adequadamente o atributo considerado Por exemplo consideramos que estamos com PEPS UEPS e média ponderada Atenção Agora muita atenção nesta informação A sigla PEPS signifi ca Primeiro que Entra Primeiro que Sai também conhecida por FIFO iniciais da frase inglesa First In First Out Adotando este critério para valoração dos estoques a empresa atribuirá às mercadorias estocadas os custos mais recentes A sigla UEPS signifi ca Último que Entra Primeiro que Sai também conhecida por LIFO iniciais da frase inglesa Last In First Out Adotando este critério para valoração dos seus estoques a empresa sempre atribuirá às suas mercadorias em estoque os custos mais antigos com as mercadorias que entraram e saíram do estabelecimento Disponível em httpwwwexaconcombretecfccfc110cespdf Acesso em 31 mar 2012 É possível que um dos três PEPS UEPS ou média ponderada revele um menor desviopadrão à média Isso apenas significa que as mensurações são mais verificáveis mas não necessariamente objetivas cientificamente falando Pode até ocorrer que um critério de mensuração baseado digamos no custo histórico corrigido apresente maior desvio mas menor viés Este último é determinado pelo desvio relativo entre da media caracterizado pelo procedimento de mensuração utilizado e o verdadeiro valor da média do atributo que está sendo mensurado Como entretanto o verdadeiro valor da média não pode ser determinado a diferença entre a média estimada e a verdadeira precisa ser calculada na base do julgamento subjetivo e das relações lógicas entre o procedimento de mensuração e o atributo que está sendo avaliado Geralmente na prática devemos contentarnos com sentidos menos científicos da objetividade É evidente que os comitês de experts antes de emitirem opiniões sobre princípios e procedimento contábeis podem utilizarse dos critérios estatísticos focalizados no quarto sentido da objetividade Não existem dúvidas todavia de que a profissão precisa 7 perseguir um sentido de objetividade que caracterize de forma mais nítida a Contabilidade como uma ciência social Nesse sentido é importante que os relacionamentos entre causas e efeitos dos eventos da natureza que afetam os estados patrimoniais tenham explicações convincentes e que tais eventos possam ser produzidos em ambiente de pesquisa social e suas resultantes possam ser previstas A Contabilidade assim deverá chegar a um ponto de sua evolução no qual será possível enunciar as leis que relacionam causas e efeitos De certa forma os postulados princípios e restrições são uma variante simplificada de tais leis O ideal todavia seria a formulação axiomática da teoria da Contabilidade já tentada por raros autores e em vias de aperfeiçoamento nos estudos atuais rumo a uma explicitação mais adequada Todavia não se questiona o sentido mais prático e profissional atual da objetividade conforme apresentado em seu enunciado A Contabilidade preferirá os que puderem ser suportados por algum tipo de evidência considerada objetiva documentos normas escritas consenso profissional etc em igualdade de procedimentos quanto à sua relevância Convenção da Materialidade A Convenção da Materialidade dispõe que devem ser registrados na Contabilidade apenas os lançamentos dignos de atenção e na ocasião oportuna a fim de evitar desperdício de tempo e dinheiro Esta convenção tem muito a ver com a análise do custo benefício da informação O contador deve a todo o momento buscar a exatidão numérica no lançamento desde que o custo dessa exatidão venha prejudicar a empresa Valores grandes e relevantes devem ter análise muito mais aperfeiçoada do que os valores pequenos que podem ser tratados de forma mais simples e resumida Assim podemos verificar que a restrição da Materialidade não pode ser enfocada do ponto de vista apenas interno ou externo Sem dúvida no que nos concerne do ponto de vista do usuário externo a avaliação subjetiva do efeito de uma informação prestada ou negada sob a premissa da materialidade ou não é a mais importante Não se pode negar que a materialidade ou não porém é a mais importante Diríamos até que sua configuração está relacionada às metas e políticas traçadas pela administração da entidade Em uma entidade em que as metas são estabelecidas em termos amplos e globais haverá uma tendência por parte do sistema contábil de preocuparse sempre com a materialidade da informação geral perante a evidenciação do cumprimento ou não de tais metas Já em entidades cuja administração por formação tem o gosto pelo detalhe o sistema contábil tenderá a adequarse ao estilo gerencial Atenção Não existe um sentido absoluto de materialidade nem é possível fixar critérios numéricos precisos em cada caso para estabelecer a materialidade ou não de uma cifra Assim do ponto de vista do usuário da informação contábil é material a informação ou cifra que se não evidenciada ou mal evidenciada poderia leválo a sério erro sobre a avaliação do empreendimento e de suas tendências Do ponto de vista interno é material o procedimento ou cifra que se não processada afeta a qualidade e a confiabilidade do sistema de informação e mesmo do controle interno No entanto não se pode confundir a rigor os conceitos de materialidade e de relevância Algo pode ser material quanto ao valor isoladamente considerado e irrelevante embora tal condição seja rara Por outro lado um valor de certo atributo pode ser pequeno em si mas relevante quanto às tendências que possa apontar Para melhor compreensão da Convenção da Materialidade vejamos alguns exemplos Primeiro aspecto Seria a publicação do orçamento de capital da entidade para os próximos dez anos Material quanto ao vulto das cifras envolvidas pode ser não relevante para alguns usuários Segundo aspecto Numa análise de contas a receber verificase que em cerca de 15 dos casos apresentamse pequenos erros Embora o valor dos erros possa ser de pequena monta o fato de se evidenciarem em 15 dos registros pode encobrir falhas graves da sistemática e portanto relevantes do ponto de vista de auditoria e de controle interno Não é tarefa fácil na prática julgar sobre a materialidade ou não de uma cifra Entretanto alguns critérios gerais podem ser tentados 1 Em relação ao usuário externo a evidenciação ou não de uma cifra e a rígida adoção ou não dos princípios contábeis serão mais ou menos materiais à medida que se refiram respectivamente a a eventos que refletem tendências do empreendimento ou b a eventos não repetitivos que afetam apenas um exercício 2 As cifras relativas a receitas e despesas operacionais são mais materiais via de regra para a avaliação de tendência do que os ganhos e perdas ou efeitos de exercícios anteriores 3 As cifras derivantes de mudanças de critérios utilizados no passado são materiais com relação à avaliação do usuário De fato tal evidenciação em alguns casos se torna crítica 4 Internamente os extremos de detalhes contábeis usualmente são imateriais para a qualificação da informação como subcontas até o quinto grau ou o famoso exemplo de Anthony de calcular o custo do uso diário dos lápis dentro da empresa realizando mensurações entre as diferenças de comprimento do lápis no dia anterior e no atual No entanto materialidade não significa desprezo pelo detalhe em si se este estiver encobrindo problemas maiores Assim concluímos que a mensuração da materialidade é objeto de estudos mais recentes porém tal conceito reservará sempre uma alta dose de julgamento e de bom senso por parte de cada contador em cada situação Convenção da Consistência Esta convenção também conhecida por uniformidade de grande importância na Contabilidade deve ser entendida à luz das restrições de entendimento por parte dos usuários da informação contábil A Convenção da Consistência determina que os processos contábeis uma vez adotados não devem ser alterados com frequência para não dificultar a análise dos demonstrativos contábeis Análise de Custos 8 Claro que se for necessário uma alteração para melhoria e evolução dos processos ela deverá ser realizada desde que devidamente evidenciada nas notas explicativas e os efeitos dela decorrentes devem ser bem avaliados e enunciados Entretanto antes de adotar determinado procedimento de avaliação os contadores deverão refletir bastante a fim de haver a maior sequência possível de exercícios com a utilização dos mesmos procedimentos de avaliação Contudo isso significa que mesmo ocorrendo mudanças nos cenários ou uma reflexão sobre a melhor utilização de outro critério a Contabilidade deva apenas para não alterar a sequência deixar de introduzir essa melhoria Como complemento à possibilidade de avaliação de tendência é fundamental que haja consistência também nos períodos abrangidos pelas demonstrações Qualquer mudança de procedimento que seja material deverá ser claramente evidenciada em notas explicativas e os efeitos dela decorrentes tanto sobre o balanço quanto sobre o resultado devem ser mensurados e bem enunciados Por parte do usuário deve ser entendido que a Contabilidade é uma linguagem especial e que nem todos podem livremente falar e escrever sem o auxílio de um intérprete um técnico Por mais que se procure preservar a clareza e a consistência de procedimentos de um exercício para outro para maior facilidade de acompanhamento por parte do usuário isso não deve servir de pretexto para a estagnação na melhoria dos procedimentos à luz das circunstâncias Finalmente afirmamos que Consistência e Materialidade estão sempre interrelacionadas bem como todos os postulados princípios e convenções Devemos conviver com esse conjunto e aplicálo da forma mais correta possível como consequência do melhor de nossos esforços e sempre lembrando que a nossa responsabilidade como profissionais e cidadãos é antes de tudo social No caso das convenções fica mais difícil estabelecer regras precisas e matemáticas Daí a importância de uma sólida base teórica do Contador que o habilitará a escolher o melhor conjunto de procedimentos em cada circunstância Viram como é fácil Então vamos para a Seção 2 verificar a respeito dos Princípios Fundamentais de Contabilidade 2 Princípios fundamentais de contabilidade Como se sabe historicamente conforme foram surgindo as necessidades de controle a Contabilidade foi gerando instrumentos para registrar os fatos que alteravam o patrimônio de uma empresa Disponível em httpcarbonosustentavelbrasilwordpresscomcategory mercadodecarbono Acesso em 18 mar 2012 Na história da Contabilidade algumas vezes emergiram dúvidas quanto ao melhor critério de registro de algumas transações Por isso os primeiros contadores tiveram que escolher determinadas opções que ao longo do tempo foram sendo adotadas pelos demais profissionais considerandoas como regras que passaram a ser seguidas e aceitas por todos A essas regras básicas aceitas denominamos Princípios Contábeis Os Princípios Fundamentais de Contabilidade manifestam neste caso as regras em que se fi rmam toda a estrutura teórica para a escrituração e análise contábil O objetivo dos princípios é garantir a comparação e a integridade das Demonstrações Contábeis e por isso são homologados por órgãos internacionais de Contabilidade No Brasil além da Comissão de Valores Mobiliários CVM também pelo Conselho Federal de Contabilidade CFC com a elaboração do Instituto Brasileiro de Contadores IBRACON regem os princípios contábeis Eles nos permitem ter uma razoável garantia de que a empresa e a administração utilizaram critérios uniformes em relação às demais empresas brasileiras e ao restante do mundo Sem os princípios contábeis seria uma grande confusão pois cada empresa adotaria o seu critério e seria impossível fazer qualquer comparação entre elas Mas quando surgiram estes princípios aqui no Brasil No Brasil o Conselho Federal de Contabilidade disciplinou os Princípios em dezesseis itens através da Resolução nº 530 de 23101981 Porém devido à evolução contínua da Ciência Contábil e a necessidade de atualização destes Princípios a Resolução nº 750 de 29121993 reduziuos a sete entretanto não restringiu os conceitos antes enunciados 21 Características dos princípios contábeis Devido à complexidade do tema faremos uma iniciação breve do assunto procurando demonstrar de forma prática como os Princípios devem ser utilizados pelo profissional contábil Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são princípio da entidade princípio da continuidade princípio da oportunidade princípio do registro pelo valor original princípio da atualização monetária princípio da competência princípio da prudência Agora vamos conhecer as características de cada um destes princípios Princípio da Entidade Entidade é qualquer pessoa física ou jurídica que possui patrimônio De acordo com o Princípio da Entidade a Contabilidade é realizada para as entidades como pessoas distintas dos sócios ou proprietários Dessa forma o Princípio declara a autonomia patrimonial no sentido de que o patrimônio de uma entidade não se confunde com aqueles de seus sócios ou proprietários 9 Segundo a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 750 de 29 de Dezembro de 1993 Art 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes independentemente de pertencer a uma pessoa um conjunto de pessoas uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade com ou sem fins lucrativos Por consequência nesta acepção o patrimônio não se confunde com aquele dos seus sócios ou proprietários no caso de sociedade ou instituição Parágrafo Único O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE mas a recíproca não é verdadeira A soma ou agregação contábil dos patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE mas numa unidade de natureza econômicocontábil Para melhor compreensão deste princípio vejamos um exemplo José possui uma mercearia mas mantém no Banco ABC apenas uma conta em seu nome Ele depositou R 500000 nessa conta dos quais R 150000 são dele como pessoa física e o restante pertence à sua empresa Utilizar o Princípio da Entidade quer dizer que as transações da entidade são separadas das de seus sócios ou proprietários Logo nem José deve lançar mão para fins particulares do dinheiro de sua mercearia e viceversa O ideal quando possível é que a distinção seja formalizada ou seja aberta uma conta para o José e outra para a sua mercearia Disponível em httpwwwcptcombrbeiradadefogaoregistrodenome Acesso 15 abr 2012v Princípio da Continuidade De acordo com o Princípio da Continuidade a empresa deve ser avaliada e consequentemente ser escriturada na hipótese de que a entidade nunca irá se extinguir Esse é um Princípio muito utilizado pelos que defendem os custos históricos argumentando que se os valores de realização não interessam porque a entidade permanecerá funcionando nesse caso devemos preferir o custo original Quando um empreendimento está em condições de prosseguir com suas operações estimamse seus ativos a valor de entrada ou seja seu custo Os valores de entrada são mais apropriados que os de saída porque são mais objetivos e não registram ganhos ainda não realizados Uma empresa em processo de extinção é tratada pela Contabilidade de maneira distinta Quando se percebe que a entidade não tem condições de prosseguir com sua existência os valores de realização do Ativo e de liquidação do Passivo são os que passam a interessar Os ativos são estimados pelo seu valor de saída ou seja seu valor de mercado que é a expectativa futura de recebimentos fundamentada no seu preço de venda Contudo a suspensão das atividades pode promover efeitos na utilidade de determinados ativos com a perda até mesmo integral de seu valor Isso pode acontecer por exemplo com máquinas que estão em desuso Alguns ativos intangíveis como marcas patentes e fundos de comércio só têm valor na maioria dos casos se existe continuidade no fluxo operacional da entidade Segundo a Resolução Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 750 de 29 de Dezembro de 1993 Art 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE bem como sua vida definida ou provável devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais quantitativas e qualitativas 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e em muitos CASOS O VALOR OU O VENCIMENTO dos passivos especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado previsto ou previsível 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado Para melhor compreensão deste princípio vejamos um exemplo A Empresa Para Sempre adquiriu seu ponto de funcionamento por 4000000 e comprou um veículo no valor de 1500000 Observase que esses bens foram registrados pelo seu valor de compra conhecido como custo original Nove meses mais tarde a empresa quebrou e ficou mais um mês parada No momento em que liquidou seus ativos o ponto de funcionamento havia perdido o valor por isso não conseguiu ser vendido O veículo foi vendido por 1300000 Neste caso podemos perceber que o valor de realização foi menor do que o custo original Princípio da Oportunidade O Conselho Federal de Contabilidade segundo o art 6º da Resolução CFC nº 75093 ressalta que o Princípio da Oportunidade referese simultaneamente à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta independentemente das causas que as originaram Assim podemos observar que Parágrafo Único Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE I desde que tecnicamente estimável o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo Análise de Custos 10 na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência II o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos contemplando os aspectos físicos e monetários III o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE em um período de tempo determinado base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão Notem que a percepção o registro e o relato de todas as mutações ocorridas no patrimônio de uma entidade no momento em que elas acontecerem são exigências desse princípio sendo ele o esteio absolutamente necessário à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da entidade referentes a um determinado ciclo e com a utilização de quaisquer comportamentos técnicos Segundo o Princípio da Oportunidade é preciso registrar todos os fatos ocorridos na empresa Princípio do Registro pelo Valor Original Como o próprio nome já salienta o Princípio do Registro pelo Valor Original dispõe que os componentes patrimoniais devem ser registrados pelos valores originais das operações Entretanto somente esta definição é muita vaga vamos aprofundar um pouco mais este assunto fundamentando as definições com a base e o amparo legal do Conselho Federal de Contabilidade CFC Assim temos no art 7º da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 750 de 1993 que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior expressos a valor presente na moeda do País que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores inclusive quando confi gurarem agregações ou decomposições no interior da entidade Este princípio determina que quando um ativo é adquirido deve ser contabilizado pelo valor histórico isto é pelo valor de sua compra ou aquisição dos insumos para fabricálo conforme abaixo Produto Insumo Valor Contábil Ainda em relação ao Princípio do Registro do Valor Original parágrafo único da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 750 de 1993 temos que Parágrafo Único Do Princípio do Registro do Valor Original resulta I a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada considerandose como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes II uma vez integrados no patrimônio o bem o direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos admitindose tão somente sua decomposição em elementos eou sua agregação parcial ou integral a outros elementos patrimoniais III o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio inclusive quando a saída deste IV os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada V o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa do mesmo Para melhor compreensão deste princípio vejamos um exemplo Antônio compra uma bicicleta por 100000 mas pretende revendêla por 150000 Devido ao Princípio do Registro pelo Valor Original o contador de Antônio vai lançar na Contabilidade o valor da compra A base de toda e qualquer contabilização relacionada ao uso deste ativo parte do preço pago incorporado nos registros contábeis acrescidos dos desembolsos que ocorreram para colocar o ativo em questão em condição de venda ou ainda pelo custo dos insumos utilizados em sua fabricação Dessa forma uma mercadoria que teve seu custo no valor de 50000 mas que para ser colocada em situação de venda vai precisar de um desembolso de 1000 relativo a frete tem o dever de ser contabilizada no ativo pelo valor de 51000 Princípio da Atualização Monetária A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade art 8º nº 75093 estabelece que os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis por meio do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais A ciência contábil tem conhecimento que apesar de admitida de maneira geral como medida de valor a moeda não representa unidade invariável em termos do poder aquisitivo Dessa forma o princípio em questão parte da observação de que a moeda é volúvel e que os valores nela sendo expressos tem por obrigação fazer o reajuste para um valor que possa sempre representar com maior proximidade da realidade Disponível em httpcolegioaristotelescombrlojavirtualindexphpdefault httpcolegioaristotelescombrlojavirtual2html Acesso em 20 abr 2012 A Resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC art 8º nº 75093 ressalta que Parágrafo Único São resultantes da adoção do Princípio da Atualização Monetária I A moeda embora aceita universalmente como medida de valor não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo II para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais art 7º é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional a fi m de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e por consequência o do Patrimônio Líquido 11 III a atualização monetária não representa nova avaliação mas tãosomente o ajustamento dos valores originais para determinada data mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período Para melhor compreensão do princípio da atualização monetária vejamos alguns exemplos Tomemos por exemplo o aluguel de uma casa No primeiro contrato o valor do aluguel é de 75000 Após um ano há um reajuste para 85000 Outro exemplo característico é o fato de neste ano comprarmos dois quilos de carne com 1000 No ano que vem vamos conseguir comprar apenas um quilo de carne com esse montante de dinheiro Quando com um mesmo valor em dinheiro compramos menos mercadorias ou custeamos bens e serviços dizemos que houve uma queda no poder aquisitivo da moeda por outro lado quando compramos mais mercadorias com o mesmo valor nominal dizemos que aumentou o poder aquisitivo da moeda Um padrão para ser entendido como tal não pode sofrer mudanças em sua essência Como praxe o Princípio considera o real como uma unidade padrão de medição da mesma maneira que o metro o quilo ou outras medidas físicas Como padrão de mensuração para certificar a moeda como uniforme elegemos uma data base para exprimir todas as contas das demonstrações contábeis que foram publicadas isto é a data do Balanço Patrimonial Princípio da Competência Este princípio é baseado no regime de competência Existem dois regimes contábeis que registram as receitas e as despesas regime de caixa o registro contábil é executado no momento da efetivação do pagamento ou recebimento regime de competência o registro contábil é executado no momento que ocorre mesmo não existindo a efetivação do pagamento ou recebimento Disponível em httpasintoniafinablogspotcom br201205porqueogolpefalhouhtml201205 porqueogolpefalhouhtml Acesso em 03 abr 2012 Por ser baseado no Regime de Competência o Princípio estabelece que as receitas e despesas devem ser registradas durante o exercício social que ocorreram isto é determinadas pela data de seu fato gerador e não quando existe pagamento ou recebimento Agora precisamos saber o que significa a expressão exercício social O que é Exercício Social Exercício Social é o período separado pela Contabilidade para demonstrar a situação patrimonial e financeira de uma empresa Esse período é geralmente um ano e pode coincidir com o anocalendário ou não Para melhor compreensão do Exercício Social podemos tomar como exemplo as contas de fornecimento de água e energia referentes ao mês de dezembro de X1 da empresa ComeCome que foram pagas em janeiro de X2 Entretanto as despesas foram registradas no mês de dezembro de X1 Este entendimento proveniente do Princípio da Competência prescreve que o fato gerador é a data que o serviço foi prestado e não a data em que irá ocorrer o pagamento deste serviço Segundo a Resolução Conselho Federal de Contabilidade CFC nº 750 de 29 de Dezembro de 1993 Art 9º as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem sempre simultaneamente quando se correlacionarem independentemente de recebimento ou pagamento Desse modo verificamos ainda que 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no Ativo ou no Passivo resultam em um aumento ou diminuição das mutações patrimoniais resultantes da observância do principio da OPORTUNIDADE 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas quando correlatas é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração 3º As receitas consideramse realizadas I nas transações com terceiros quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetiválo quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE quer pela fruição de serviços por esta prestados II quando da extinção parcial ou total de um passivo qualquer que seja o motivo sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior III pela geração natural de novos ativos independentemente de intervenções de terceiros IV no recebimento efetivo de doações e subvenções 4º Consideramse incorridas as despesas I quando deixar de existir o correspondente valor ativo por transferência de sua propriedade para terceiro II pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo III pelo surgimento de um passivo sem o correspondente ativo Para melhor compreensão do Princípio da Competência temos outro exemplo como a prestação de serviços de vigilância A empresa Security prestou serviços no mês de março porém estes somente serão faturados no mês de abril e recebidos no mês de junho Esta receita deve ser contabilizada Análise de Custos 12 no mês de março pois devem ser registrados quando o serviço é prestado e não quando a NF será fatura ou o serviço recebido Princípio da Prudência Segundo o art 10º da Resolução nº 75093 do Conselho Federal de Contabilidade CFC o Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido Notem que os sete Princípios fundamentais da Contabilidade são descritos na Resolução do Conselho Federal de Contabilidade CFC de nº 75093 e consagrados pela maioria dos autores Assim temos que 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade 2º Observado o disposto no art 7º O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores constituindose ordenamentos indispensáveis à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando para defi nição dos valores relativos às variações patrimoniais devem ser feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável Art 11º A inobservância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade constitui infração nas alíneas c d e e do art 27º do Decretolei n º 9295 de 27 de maio de 1946 e quando aplicável ao Código de Ética Profi ssional do Contabilista Art 12 º Revogada a Resolução CFC nº 53081 esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994 Atenção Além desses sete princípios existem outros princípios citados por outros autores Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas e com os Períodos Contábeis Princípio da Periodicidade das Demonstrações Contábeis Princípio da Ética e da Legalidade Princípio da Legitimidade dos Registros Bem pessoal nossa aula termina aqui mas iremos dar continuidade aos demais assuntos na próxima aula quando veremos a respeito das particularidades da classifi cação dos custos de produção Lembremse de que estaremos esperando suas sugestões para melhorar nossos recursos e técnicas didáticas utilizados no curso As dúvidas porventura surgidas poderão ser sanadas através das ferramentas Fórum ou Quadro de Avisos Já estamos no ambiente virtual esperando a participação de vocês Retomando a aula Para encerrar a Aula 01 vamos recordar os temas que foram abordados 1 Convenções fundamentais de contabilidade As Convenções Contábeis são divididas em Convenção da Objetividade Convenção da Materialidade Convenção da Consistência As convenções são as restrições aos princípios contábeis ou seja são as normas de caráter prático que devem ser seguidas como guias de modo a auxiliar o trabalho do profissional contábil 2 Princípios fundamentais de contabilidade A ciência contábil se norteia por meio de princípios que nada mais são que critérios e normas de procedimentos a serem seguidos ou seja as regras em que se firmam toda a estrutura teórica para a escrituração e análise contábil Os Princípios Fundamentais de Contabilidade são Princípio da Entidade Princípio da Continuidade Princípio da Oportunidade Princípio do Registro pelo Valor Original Princípio da Atualização Monetária Princípio da Competência Princípio da Prudência Além destes sete princípios há ainda outros Princípio do Confronto das Despesas com as Receitas e com os Períodos Contábeis Princípio da Periodicidade das Demonstrações Contábeis Princípio da Ética e da Legalidade Princípio da Legitimidade dos Registros O objetivo dos Princípios e Convenções Contábeis homologados por órgãos internacionais de contabilidade é conseguir a uniformização dos atos e fatos administrativos e das demonstrações contábeis deles decorrentes BRASIL Conselho Federal de Contabilidade Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade Auditoria e Perícia 3 ed Brasília CFC 2008 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade 5 ed Traduzida por Antônio Zoratto Sanvicente São Paulo Atlas 1999 SCHMIDT Paulo SANTOS José Luiz dos História da Contabilidade Foco na Evolução das Escolas do Pensamento Contábil São Paulo Atlas 2008 Vale a pena Vale a pena ler Academia Brasileira de Ciências Contábeis Disponível em httpwwwabcienciascontabeiscombr Vale a pena acessar 13 Conselho Federal de Contabilidade Resoluções e Pronunciamentos Brasília Disponível em httpwwwcfc orgbr Conselho Regional de Contabilidade Disponível em www cfcorgbr Contabilidade Financeira Disponível em http contabilidadefinanceirablogspotcombr201110ifrsno brasilhtml Demonstrações Contábeis IBRACON NPC nº 27 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil Disponível em httpwwwportaldecontabilidadecombribracon npc27htm Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas Disponível e httpwwwotocptptaordemcomissoeshistoriada contabilidaderegulamento Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas procurando respeitar os prazos estipulados Ao receber a devolutiva de suas atividades recomendamos que façam a releitura desta aula Minhas anotações Análise de Custos 2º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de compreender os meios de gerenciamento de produção resolver custos de produção variáveis fixos e totais conceituar os tipos de custos de produção Operação e custo de produção Prezadosas acadêmicosas Quando tratamos sobre os custos de produção inicialmente precisamos compreender a relação existente entre a operação de produção de um bem ou serviço com os recursos utilizados no processo produtivo Assim nesta aula vamos conhecer os tipos de custos quanto ao produto e a produção conhecer possíveis aplicações dos custos fixos e dos custos totais além de entender como os custos se relacionam diretamente à gestão e à operação dos gastos de uma empresa que por meio de suas atividades procura atender às necessidades da sociedade na qual se insere Boa aula Disponível em httpwwwacomacppcombrindex phptopicospagesingletopico367 Acesso em 21 abr 2012 15 1 Custos fixos 2 Custos totais 3 Custos de produção Seções de estudo 1 custos fi xos Os custos fixos são aqueles custos que não variam em função da quantidade produzida mesmo que a quantidade de peças quilos metros unidades ou litros produzidos seja maior ou menor tais custos terão o mesmo valor no final do período Conforme afirma Rodney Wernke 2005 p 8 são aqueles cujos valores totais tendem a permanecer constantes fi xos mesmo havendo alterações no nível de atividades operacionais do período são os custos que tem seu montante fi xado independente de oscilações na atividade fabril não possuindo qualquer vinculação com o aumento ou redução do numero de unidades produzidas no mês As principais características dos custos fixos são Geralmente são custos indiretos O volume consumido por unidade produzida será inversamente proporcional à quantidade produzida Quanto maior for a produção menor será o custo fixo unitário O custo fixo existirá mesmo quando não existir produção A quantidade consumida no período será a mesma in dependentemente da quantidade produzida O seu consumo geralmente será determinado por período Exemplo Na produção de calças jeans a depreciação das máquinas e o aluguel do prédio serão fixados por mês Existindo ou não produção o valor pago será aquele determinado em contrato Os custos fixos tem seu montante fixado independente da quantidade produzida Sendo seu valor desvinculado do volume fabricado Fórmula CF unitário CFT QT Onde CFT Custo Fixo Total QT Qu antidade Produzida no Período CFunit Custo Fixo Unitário Aplicação da fórmula A Contabilidade nos informou que foram gastos com aluguel e depreciação R 4000000 no mês de maio No mesmo período foram produzidas 2000 unidades de calças jeans Logo aplicamos a seguinte fórmula CF unitário CFT QT CF unitário 4000000 2000 CF unitário 20000 Portanto o custo fixo unitário foi de R 20000 por unidade para uma produção de 2000 unidades Se a quantidade Gráfi co 1 Custo fi xo total produzida alterar o custo fixo por unidade também altera Vejamos o gráfico abaixo 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 3000000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 000000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 Fonte arquivo pessoal Custo fi xo Custo fi xo Analisando o gráfico percebemos que a linha do custo fixo total permanece inalterada em função da quantidade produzida em que o valor do custo fixo total apurado na tabela abaixo é de R 2700000 para o mês de maio Mesmo quando a produção é zero o custo fixo total será de R 2700000 como podemos observar na Tabela 1 abaixo Lembremse que Quanto à facilidade de identifi cação no produto os custos são Diretos ou Indiretos Quanto ao volume produzido no período os custos são Variáveis ou Fixos Tabela 1 Custo fi xo do mês LEVANTAMENTO DO CUSTO FIXO DO MÊS CUSTO VALOR Depreciação de máquinas 1500000 Aluguel do prédio 500000 Manutenção de máquinas 200000 Energia 500000 Custo Fixo Total 2700000 Fonte elaboração própria Fonte arquivo pessoal 3000000 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 CUSTO FIXO UNITÁRIO 000000 2500000 1500000 1500000 1000000 500000 2000000 000000 2500000 000000 2500000 1500000 500000 1500000 1500000 1000000 500000 2000000 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Gráfi co 2 Custo fi xo unitário No Gráfico 2 verificamos que quanto maior for a produção menor será o seu custo fixo por unidade produzida Já na tabela abaixo simulamos uma empresa produzindo caixas de água cujo custo fixo total para o mês de maio foi de R 2700000 Assim à medida que aumentamos a quantidade produzida o custo fixo unitário diminui Observem na Tabela 2 abaixo Análise de Custos 16 QUANTIDADE PRODUZIDA CUSTO FIXO UNITÁRIO 1 2700000 5 540000 10 270000 20 135000 30 90000 40 67500 50 54000 60 45000 70 38571 80 33750 90 30000 100 27000 Tabela 2 Quantidade em relação ao custo fi xo unitário Fonte elaboração própria Em relação ao Custo Fixo Unitário podemos afirmar que quanto maior a produção menor será o custo fixo unitário Exemplos de Custos Fixos Os custos fixos mais comuns são as depreciações de máquinas prédios manutenção de máquinas e mão de obra indireta Considerações gerais Podemos afirmar que O custo fixo será um grande problema para a empresa porque geralmente é contratado por período e antes de ocorrer produção O custo fixo representa todos os custos com a estrutura e o porte da empresa Muitas vezes quando a viabilidade econômica do negócio em questão indicar uma estrutura maior do que o mercado absorve os custos fixos serão superdimensionados Toda vez que tentarmos reduzir o custo fixo poderemos estar comprometendo a manutenção da estrutura ou até mesmo a produtividade da empresa 2 Custos totais Os custos totais dos produtos são apurados por meio da soma de todos os custos ou seja os custos variáveis somados com os custos fixos Em inglês usase o termo Markup que significa a diferença entre o custo total de produção de um produto e seu preço de venda ao consumidor final Podemos adotar a seguinte fórmula para apurarmos o custo total de um produto CT unitário CV unitário CFTQT Onde CT unitário Custo Total Unitário CV unitário Custo Variável Unitário CFT Custo Fixo total QT Quantidade Produzida no Período Para determinarmos o custo total da produção no período podemos adotar a seguinte fórmula Exemplos de Custos Totais Usando o exemplo anterior no qual produzimos caixas de água e apuramos os seguintes custos no período CT CT unitário x QT CUSTO VALOR Custo Variável Unitário 191850 Custo Fixo Total 2700000 Quantidade Produzida 20 Com os dados acima podemos determinar o custo total unitário aplicando a fórmula CT unitário CV unitário CFTQT Onde CT unitário 191850 2700000 20 CT unitário 191850 135000 CT unitário 326850 Apuramos o custo por unidade produzida de R 326850 Se quisermos calcular o custo de toda a produção ou melhor o custo total então basta aplicarmos a seguinte fórmula CT CT unitário x QT Onde C T Custo Total unitário x Quantidade CT 326850 X 20 CT 6537000 Para produzirmos 20 caixas de água gastamos no período R 6537000 Utilizamos o custo total unitário para uma série de decisões como por exemplo comparar com a concorrência e para a formação dos preços de venda 3 Custos de produção Para gerenciarmos adequadamente os custos de produção precisamos aprender a classificálos de maneira correta Existem várias classificações para os custos de produção mas as duas mais importantes são as seguintes a Quanto ao Produto b Quanto à Produção Disponível em httpdennymarquesanisitesuolcom brsemanacusthorhtm Acesso em 31 mar 2012 Vejamos então a seguir qual a classificação de custos quanto ao produto 17 11 Quanto ao produto Os custos são classificados em relaçãwvo ao produto que está sendo produzido Com relação ao produto os custos podem ser diretos ou indiretos 111 Custos diretos São os custos que conseguimos relacionar diretamente ao produto que está sendo produzido sendo então da fácil entendimento pois fica muito fácil de localizar o mesmo em um processo produtivo De acordo com Anélio Berti 2009 p 62 custos diretos são aqueles em que o técnico não precisa de instrumentos métodos ou fórmulas de auxilio para identificar ou melhor colocando é fácil identificálos Para que possa ficar ainda mais claro o conceito citaremos ainda Carlos Schier 2009 p 17 que afirma que Os custos diretos são os custos que podem ser identificados e quantificados no produto ou serviço e valorizados com a relativa facilidade são normalmente requisitados com a identificação previa de sua utilização ou seja ao emitir a requisição para o almoxarifado o responsável pela produção já indica na requisição o destino do material Os Custos Diretos portanto apresentam as seguintes características são contabilizados diretamente ao custo do produto são mensuráveis a quantidade consumida por unidade produzida é sempre a mesma Os principais exemplos de Custos Diretos são matériasprimas embalagens e horas de mão de obra Lembremse de que os custos diretos são de fácil identificação em relação aos produtos 112 Custos indiretos São aqueles custos que ocorrem na linha de produção mas não conseguimos alocar ou melhor reconhecer de maneira direta ao custo do produto De acordo com Berti 2009 p 62 Os custos indiretos são aqueles em que é preciso de um auxílio de uma metodologia de uma forma de rateio para identificar o custo e não se pode afirmar com certeza ou com precisão se realmente o valor é correto Os Custos Indiretos apresentam as seguintes características geralmente são consumidos por mais de um produto são alocados ao custo do produto por meio de rateio não são mensuráveis por unidade produzida Os principais exemplos de Custos Indiretos são depreciação de máquinas mão de obra indireta energia elétrica e manutenção Salário de supervisão e Aluguel da fábrica Os custos indiretos são de difícil identificação sendo necessários auxílio de rateio distribuir proporcional a cada produto conforme sua participação no processo produtivo 12 Quanto à produção Uma das classificações mais importantes na contabilidade de custos é quanto à quantidade produzida ou produção Essa classificação fornece informações suficientes para que seja elaborado o planejamento da produção e dos gastos 121 Custos variáveis Custos Variáveis são aqueles custos que mudam em função da quantidade produzida é de fácil entendimento esta questão porém temos que encontrar fontes seguras para esta definição e de acordo com Wernke 2005 p 8 são gastos cujo total do período esta proporcionalmente relacionada com volume de produção quanto maior for o volume de produção maiores serão os custos variáveis totais do período isto é o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado a quantidade produzida pela empresa As principais características dos custos variáveis são geralmente é um custo direto o volume consumido por unidade produzida será sempre o mesmo só existirá quando existir produção a quantidade consumida terá uma variação na mesma proporção do volume produzido o seu consumo geralmente será determinado por unidade produzida Exemplo Na produção de calças jeans o tecido será um custo variável porque para produzir uma calça serão consumidos dois metros de tecido Se a produção aumentar para duas calças o consumo será de 4 metros Se não existir produção não existirá consumo de tecido Os custos variáveis estão relacionados à quantidade produzida de determinados produtos que fazem parte do processo produtivo Fórmula CT unitário CV unitário CFTQT Logo o custo variável total com tecido no período foi de R 400000 Onde CVT Custo Variável Total Análise de Custos 18 QT Quantidade Produzida no Período CV unit Custo Variável Unitário Aplicação da fórmula Se eu gasto dois metros de tecido para produzir uma calça jeans e o custo por metro de tecido é de R 1000 e no período foram produzidas 2000 unidades para saber o custo total com tecido basta aplicarmos a fórmula CVT QT x CV unitário CVT 2000 unidades x 2000 1000 X 2 Metros de Tecidos CVT 4000000 Logo o custo variável total com tecido no período foi de R 400000 Vejamos como exemplo o custo variável conforme demonstrado no Gráfico 3 Gráfi co 3 Custo variável total Fonte arquivo pessoal CVT 250000 200000 150000 100000 50000 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 CVT Fonte arquivo pessoal CVT 250000 200000 150000 100000 50000 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 100000 50000 50000 100000 100000 150000 150000 200000 200000 50000 50000 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 5 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 CVT Ufa Isso parece complicado mas na Tabela 3 abaixo está tudo explicadinho Confiram Tabela 3 Controle de produção CONTROLE DE PRODUÇÃO QT CV unit CVT 0 2000 000 5 2000 10000 10 2000 20000 20 2000 40000 30 2000 60000 40 2000 80000 50 2000 100000 60 2000 120000 70 2000 140000 80 2000 160000 90 2000 180000 100 2000 200000 Fonte elaboração própria Lembremse de que quanto maior a produção maior serão os custos variáveis totais No gráfico e na tabela acima podemos perceber o comportamento do custo variável total onde à medida que aumentamos a produção o seu valor aumenta Portanto podemos afirmar que quanto maior a produção maior serão os custos variáveis totais Exemplos de Custos Variáveis Os exemplos de Custos Variáveis mais comuns são as matériasprimas as embalagens e a mão de obra especializada Na Tabela 4 relacionamos alguns exemplos de custos variáveis extraídos da Contabilidade Tabela 4 Exemplos de custos variáveis Classifi cação Produção Quantidade Custo unitárioR Custo TotalR Chapas de aço Kgs 5000 500 2500000 Tinta Lt 200 1000 200000 Tinta fundo Lt 150 800 120000 Tinta interna anticorrosão Lt 210 1500 315000 Eletrodos para solda Kgs 40 2000 80000 Custo Variável com materiais 3215000 Horas de corte 60 1200 72000 Horas de dobra 40 1500 60000 Horas de solda 110 3000 330000 Horas de pintura 80 2000 160000 Custo variável com mão de obra 622000 Fonte elaboração própria IMPORTANTE Na tabela acima observamos os dados extraídos da Contabilidade Gerencial onde possuímos as matériasprimas e a mão de obra gasta em determinado período para a produção de caixas de água tipo taça Observamos que apenas o valor total gasto não é o suficiente para formar o custo do nosso produto pois precisamos também da quantidade consumida Assim para uma produção de vinte caixas no período podemos formar o custo variável conforme a tabela abaixo CLASSIFICAÇÃO CUSTO VARIÁVEL UNITÁRIO CUSTO VARIÁVEL TOTAL Chapas de aço Kgs 125000 2500000 Tinta Lt 10000 200000 Tinta fundo Lt 6000 120000 Tinta interna anticorrosãolt 15750 315000 Eletrodos para solda Kgs 4000 80000 Custo Variável com materiais 160750 3215000 Horas de corte 3600 72000 Horas de dobra 3000 60000 Horas de solda 16500 330000 Horas de pintura 8000 160000 Custo variável com mão de obra 31100 622000 CUSTO VARIÁVEL 191850 3837000 Fonte elaboração própria Tabela 5 Custos variáveis no período Da tabela acima podemos extrair uma infinidade de informações úteis podendo destacar as seguintes 19 custo por unidade produzida de cada item que compõe o custo Por exemplo para se produzir uma caixa de água se gasta r 125000 de chapas de aço o custo variável unitário ou seja o custo para se produzir uma caixa de água é de r 191850 o custo total com materiais para se produzir uma caixa de água foi de R 160750 Considerações gerais Podemos afirmar que o custo variável não será o maior problema para a empresa porque o seu gasto só ocorre quando ocorrer produção por meio do controle do custo variável poderemos detectar os prováveis desperdícios na produção toda vez que tentamos reduzir custo simplesmente adquirindo materiais mais baratos podermos reduzir o custo do produto mas podermos reduzir a sua qualidade também quando não há desperdício na linha de produção quanto maior for o consumo de materiais significa que maior será a sua produção Parece que estamos indo bem Esperamos que agora tenha fi cado mais claro o entendimento de vocês sobre os custos de produção conforme trabalhados nesta aula Participem do fórum de discussão Enviemnos sempre que necessário suas dúvidas pois teremos prazer em equacionálas Leiam as recomendações postadas e procurem acessar os sites recomendados Até à próxima aula quando abordaremos sobre Margem de Contribuição Retomando a aula Chegamos assim ao fi nal de nossa segunda aula Vamos então recordar os principais pontos do que estudamos 1 Custos fixos Nessa seção vimos que os custos fixos são aqueles que não variam em função da quantidade produzida mesmo que a quantidade de peças quilos metros unidades ou litros produzidos seja maior ou menor os mesmos terão igual valor no final do período 2 Custos totais Pudemos ver que os custos totais dos produtos são apurados por meio da soma de todos os custos ou seja os custos variáveis somados aos custos fixos 3 Custos de produção Vimos que há várias classificações para os custos de produção sendo as mais importantes a Quanto ao Produto b Quanto à Produção Quanto ao produto os custos classificamse em a custos diretos São os custos que podem facilmente ser identificados e quantificados no produto ou serviço b custos indiretos São aqueles custos que ocorrem na linha de produção mas não conseguimos reconhecer de maneira direta ao custo do produto Quanto à produção temos os Custos Variáveis que são aqueles custos que variam em função da quantidade produzida de determinados produtos que fazem parte do processo produtivo de dado período BERTI Anélio Contabilidade e Analise de Custos 2 ed Curitiba Juruá 2009 MARTINS Eliseu Contabilidade de Custos Livro de Exercícios 9 ed São Paulo Atlas 2009 SCHIER Carlos Ubiratan da Costa Gestão Prática de Custos Curitiba Juruá 200 WERNKE Rodney Gestão de Custos uma abordagem prática São Paulo Atlas 2001 Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Contabilidade Financeira Disponível em http contabilidadefinanceirablogspotcombr201110ifrsno brasilhtml Entendendo custos gastos e despesas para a formação de preços Disponível em httpfocoemnegocioswordpress com20090902entendendoecalculandocustospara aformacaodeprecos Markup e Margem de Contribuição Disponível em httponoticiarioeconomicoblogspotcombr201105 markupemargemdecontribuicaohtml Revista Universo Contábil Furb Disponível em furb bruniversocontabil Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas procurando respeitar os prazos estipulados Ao receber a devolutiva de suas atividades recomendamos que façam a releitura desta aula Minhas anotações Análise de Custos 3º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de abordar os aspectos conceituais de estudo sobre preço de venda e de custos variáveis entender a respeito dos temas importantes na definição de custos calcular a margem de contribuição mediante o preço de vendas e dos custos variáveis Ferramenta gerencial valores e margem de contribuição Olá pessoal Na aula anterior nós já falamos sobre operação e custos de produção os custos diretos ou indiretos além dos custos fixos e os custos totais e variáveis conhecimentos estes que nos ajudarão a entender melhor o assunto que agora abordaremos Nesta aula vamos abordar sobre a importância da Margem de Contribuição que alocada ao valor de cada unidade produzida contribui para pagar os custos fixos e o lucro da empresa de modo que a empresa possa atingir as metas estabelecidas Aprenderemos as formas da Margem de Contribuição quais sejam positiva neutra e negativa bem como também a como calculálas mediante o preço de vendas e do custo variável Vamos então à aula Bons estudos Boa aula 21 1 Preço de venda e custos variáveis 2 Margem de contribuição 3 Métodos margem de contribuição como ferramenta gerencial Seções de estudo O preço de venda é um valor agregado a um produto serviço ou patrimônio de uma empresa sendo mensurado em moeda 1 Preço de venda e custos variáveis Todo profissional utiliza ferramentas gerenciais direta ou indiretamente em seu dia a dia conhecendo ou não sobre elas porém sem delas fazer o uso devido durante toda a sua atuação profissional nas organizações onde trabalha Para chegarmos ao cálculo da Margem de Contribuição primeiramente precisamos entender a respeito do preço de venda e suas características em função da quantidade produzida em relação aos custos que agrega Para tanto iniciemos com um questionamento o que de fato é preço de venda Assim podemos dizer que preço é o valor monetário expresso numericamente a uma mercadoria serviço ou patrimônio É importante salientar que na Aula 02 sobre Classificação de Custos de Produção já tratamos dos custos variáveis e neste momento iremos rever alguns fatores importantes para que possamos dar continuidade ao entendimento a respeito de outros aspectos dos custos variáveis 11 Custos variáveis Os Custos Variáveis são aqueles que variam em função da quantidade produzida É de fácil entendimento esta questão porém temos que encontrar fonte segura para esta definição e de acordo com Wernke 2005 p 8 São gastos cujo total do período esta proporcionalmente relacionada com volume de produção quanto maior for o volume de produção maiores serão os custos variáveis totais do período isto é o valor total dos valores consumidos ou aplicados na produção tem seu crescimento vinculado a quantidade produzida pela empresa Nesse momento apesar do conceito parecer simples e de fácil entendimento podem surgir inúmeras dúvidas Podemos assim considerar como custo variável aqueles elementos que tendem a aumentar ou diminuir em função da produção de determinado produto Lembremse de que o custo variável está em função da produção ou seja está vinculado ao volume de produção Podemos citar os exemplos mais comuns de custos variáveis que são matériaprima embalagem impostos Com a exposição dos elementos acima em razão do exemplo dado temos certeza que irá facilitar o entendimento dos assuntos que logo abordaremos É comum que toda empresa independente de seu porte e estrutura física leve em consideração todos os elementos que possam de alguma forma reduzir o lucro ou reduzir o seu resultado Assim com base nesse pensamento mercadológico onde todos estão e têm uma preocupação imensa na redução máxima e possível de seus custos e despesas para que venha manterse no mercado competindo com os demais concorrentes e obviamente venha obter resultados positivos ou seja lucros 2 Margem de contribuição Viram como é fácil Então vamos para a seção 2 No mundo dos negócios temos que tomar inúmeras decisões rapidamente E quando temos que tomar decisões sejam elas quais forem é importante que tenhamos sempre ferramentas úteis para auxiliar nesta tomada de decisão Quantos negócios e quantas decisões são tomadas em razão de um simples acesso a uma Home Page seja de um fornecedor de matériaprima para sua empresa como uma simples e segura conferência de toda movimentação financeira no banco na qual sua empresa detém uma conta corrente Podemos dizer que até a conciliação bancária tornouse prática e pode ser acompanhada a todo tempo Quantas vezes nos fl agramos fazendo cotações e orçamentos para decidir o melhor momento de comprar ou até mesmo de lançar um novo produto no mercado Inúmeros estudos e pesquisas são realizados visando estas transações comerciais Disponível em httpwwwempresassacombr201202comocalcularoscustos fi xoseocustohtml Acesso em 31 mar 2012 Analisando toda esta evolução das empresas podemos ver que temos que fazer uso de ferramentas que facilitem e apresentem de maneira clara e transparente os objetivos a serem alcançados com isso facilitando todo processo de decisão Já imaginaram uma empresa carente de todas as ferramentas da informática Então agora iremos tratar de uma destas ferramentas de decisão que é justamente a Margem de Contribuição para a qual foi criada uma fórmula bastante simples que nos auxilia em praticamente todas as decisões financeiras e produtivas dentro da empresa Todos devem estar se perguntando o que é margem de contribuição De acordo com Eliseu Martins 2006 p 178 entendemos que Margem de contribuição por unidade que é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de cada produto é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra Análise de Custos 22 para a margem de contribuição margem de contribuição é o valor que cada unidade produzida contribui para pagar os custos fixos e o lucro da empresa 21 Valores que integram a margem de contribuição A fórmula da margem de contribuição parece bastante simples mas o que mais dificulta o seu cálculo é saber o que realmente compõe os valores de preço e custo Para isso criamos uma tabela prática da composição da margem de contribuição entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro Então podemos dizer que margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis É comum encontrar em inúmeros livros que a margem de contribuição é formada pelo preço de venda subtraindo do mesmo os custos variáveis Todavia temos que pensar que para formar a margem de contribuição é preciso levar em consideração as despesas variáveis e assim formar a margem de contribuição Alguma dúvida Vamos ver um exemplo para facilitar o entendimento Lembremse que é preciso apropriar as despesas variáveis na margem de contribuição Devem ser consideradas as despesas variáveis no cálculo da margem de contribuição mas somente as despesas variáveis e os custos variáveis pois os demais custos e despesas não compõem esta ferramenta de tomada de decisão O próximo passo é a fórmula da margem de contribuição conforme segue MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PRECO DE VENDA MC CUSTOS VARIÁVEIS Agora temos presente a fórmula da margem de contribuição onde constam os itens que a compõem sendo extremamente importante ressaltar que esta é uma maneira simplificada de apresentação da mesma haja vista que estão ausentes as despesas variáveis A indústria Lata Nova Ltda fabricante de latas de alumínio comercializa cada produto por ela fabricado ao preço de R 197 a unidade para cada unidade produzida a empresa tem custos com impostos no montante de R 023 e comissões sobre a cada unidade comercializada em R 012 neste caso qual seria a margem de contribuição desta indústria Vamos resolver este pequeno problema MARGEM CONTRIBUIÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS Mc preço de venda custos variáveis despesas variáveis Mc 197 023 012 Mc 197 035 Mc 162 por unidade A cada unidade produzida pela empresa Lata Nova Ltda esta unidade contribui com R 162 para formação do resultado da empresa Podemos perceber que matematicamente a fórmula é simples o que apresenta certo grau de dificuldade é sua aplicação no mundo dos negócios e sua interpretação Então na análise de custos criamos a seguinte definição Tabela 1 Margem de contribuição MARGEM CONTRIBUIÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS MARGEM CONTRIBUIÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS MARGEM CONTRIBUIÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS INDÚSTRIA LATA NOVA LTDA Fonte elaborado pelo autor Tabela 2 Margem de contribuição Fonte elaboração própria Margem de contribuição Fonte elaboração própria PREÇO DE VENDA BRUTO IMPOSTOS COMISSÕES DAS VENDAS PREÇO DE VENDA LÍQUIDA Margem de contribuição PREÇO DE VENDA BRUTO IMPOSTOS COMISSÕES DAS VENDAS PREÇO DE VENDA LÍQUIDA Margem de contribuição Existem duas maneiras de utilizarmos o preço de venda para calcular a margem de contribuição preço de venda bruto quando utilizamos o preço de venda bruto para calcular a margem de contribuição devemos considerar como custos variáveis os impostos e as comissões sobre venda preço de venda líquido quando utilizamos o preço de venda líquido para calcular a margem de contribuição fica simples pois os valores gastos com impostos e comissões sobre vendas já foram descontados Neste caso a composição dos custos variáveis ficará por conta dos materiais da mão de obra e da embalagem A margem de contribuição pode apresentar três formas Vamos conferi las na próxima seção Vamos lá 3 Métodos margem de contribuição como ferramenta gerencial 31 Margem de contribuição positiva É a margem de contribuição que todos os empresários querem pois o preço de venda é maior do que os custos com materiais e mão de obra direta Tabela 3 Margem de Contribuição Positiva Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 2300 CUSTOS VARIÁVEIS 1200 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 16200 Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 2300 CUSTOS VARIÁVEIS 1200 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 16200 Fonte criação própria 23 Notem que o produto apresentou uma margem de contribuição positiva ou seja de R 16200 por unidade Podemos concluir que quanto maior a margem de contribuição unitária melhor será para o empresário Existem duas formas para aumentarmos o valor da margem de contribuição 1ª aumento de preço de venda aumentar o preço do produto é uma alternativa para elevar a margem de contribuição porém devese tomar cuidado porque toda vez que se aumenta o preço de um produto pode ocorrer a redução no volume de vendas O aumento no preço só é válido quando o mercado absorve este aumento caso contrário podemos perder mais com a queda na quantidade vendida 2ª redução no custo variável outra alternativa e a mais correta em um mercado competitivo é a redução no custo variável dos produtos O administrador deve sempre procurar alternativas para reduzir o custo variável dos produtos com negociações melhores novos fornecedores novos processos de produção e valor dos materiais mais baratos O cuidado que o empresário deve tomar ao reduzir custo dos materiais pois isto não pode significar redução na qualidade do produto final Deste modo podemos concluir que a margem de contribuição ideal é aquela que contribui para a empresa atingir as metas estabelecidas 32 Margem de contribuição neutra A margem de contribuição neutra ou igual a zero é uma situação onde a diferença entre o preço de venda e custo variável é igual a zero No exemplo abaixo podemos verificar que a margem de contribuição é igual a zero Tabela 4 Margem de contribuição neutra Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 12300 CUSTOS VARIÁVEIS 7400 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 000 Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 12300 CUSTOS VARIÁVEIS 7400 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 000 Fonte criação própria Neste caso o produto tem uma margem de contribuição neutra ou seja zero por unidade produzida Sendo assim a cada unidade o produto irá pagar somente os custos e despesas Cuidado com a margem de contribuição neutra Abaixo citamos alguns exemplos em que a empresa poderá comercializar seus produtos com uma margem de contribuição neutra lançamento de um produto quando a empresa lança um produto pode fixar seu preço de venda igual ao seu custo variável a fim de conquistar o mercado produto fora de linha alguns produtos ficam fora de linha rapidamente então procuramos recuperar apenas o valor do seu custo para não perder tudo Um bom exemplo disso é um modelo de celular pois quando sai um modelo novo o antigo encalha então vendemos sem ganhar nada pensando apenas em recuperar o custo outro produto apresenta margem positiva muitas vezes a empresa produz vários produtos e então comercializa um produto com uma margem de contribuição neutra porque possui outro produto com margem positiva Por exemplo uma indústria produz xampu e condicionador para cabelos Ela não ganha nada no xampu pois seu objetivo é ganhar no condicionador estratégia de marketing em uma campanha de marketing a empresa pode determinar uma quantidade de um produto qualquer e comercializála com margem de contribuição igual a zero Quando uma empresa trabalha com margem de contribuição neutra e o administrador tem consciência do que está ocorrendo não há problema algum O maior problema ocorre quando esta situação acontece sem o conhecimento do administrador Podemos antecipar o que pode ocorrer com uma empresa que trabalha por muito tempo com margem de contribuição neutra o prejuízo da empresa será igual à soma dos custos fi xos com as despesas do período a empresa não conseguirá ampliar a sua capacidade produtiva a empresa não conseguirá repor suas máquinas ou reformálas quando as máquinas fi carem velhas a empresa poderá fechar ou terá que entrar no mercado buscando fi nanciamentos para comprar novas máquinas Se isto ocorrer e a empresa continuar trabalhando dessa forma não conseguirá pagar tais fi nanciamentos Abaixo apresentamos um gráfico representando o comportamento financeiro de uma empresa que trabalha com margem de contribuição neutra Gráfi co 1 Contribuição neutra Fonte arquivo pessoal Fonte arquivo pessoal Fonte arquivo pessoal Valor R Custo total Receita total Custo fi xo Quanti dade qt Podemos verificar no gráfico acima que a diferença entre a receita total e o custo total será um valor negativo igual ao valor dos custos fixos Quando a empresa trabalha com uma margem de contribuição neutra não importa o volume produzido pois seu prejuízo será igual ao valor do custo fixo 33 Margem de contribuição negativa Agora temos um problema sério o resultado da diferença entre o preço de venda e os custos variáveis é um resultado negativo Tomemos o exemplo anterior e aumentamos o custo para entender o que ocorre com uma margem de contribuição negativa Análise de Custos 24 Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 2300 CUSTOS VARIÁVEIS 1200 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 16200 Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 2300 CUSTOS VARIÁVEIS 1200 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 16200 No exemplo acima a empresa perde R 2600 a cada unidade vendida O custo dos materiais é maior do que o preço de venda Neste caso quanto mais a empresa vender maior será o seu prejuízo Disponível em httpblogbuscadescontoscombrofertasdecarnaval Acesso em 30 mar 2012 A empresa poderá operar com uma margem de contribuição negativa em casos basta nte específicos como citamos abaixo produto com defeito os produtos que possuem algum defeito e que não podem ser reparados podem ser vendidos sem comprometer nossa marca com o objetivo de reduzir o valor da perda Por exemplo uma calça saiu com um defeito que poderá comprometer nossa marca então retiramos todas as etiquetas e vendemos a calça para empresas especializadas em consertar os defeitos para depois comercializálas produto totalmente fora de linha um produto totalmente fora de linha que ninguém mais quer será vendido por qualquer preço apenas para não deixálo no estoque Por exemplo um carburador do Corcel I é melhor vender perdendo dinheiro do que deixálo mais dez anos no estoque estratégia de marketing a empresa pode determinar que perderá um valor X por unidade vendida como estratégia de marketing até o seu produto se tornar conhecido No gráfico abaixo podemos verificar o comportamento financeiro da empresa que trabalha com uma margem de contribuição negativa Gráfi co 2 Margem de contribuição negativa Fonte arquivo pessoal Fonte arquivo pessoal Fonte arquivo pessoal Valor R Custo total Receita total Custo fi xo Quanti dade qt Percebemos que quanto mais aumenta a quantidade vendida mais aumenta o custo total e assim a reta do custo se distancia cada vez mais da reta das receitas Podemos afirmar que o prejuízo da empresa aumenta a cada unidade vendida Calculamos o prejuízo através da seguinte fórmula PREJUÍZO CUSTO FIXO QT x MC x 1 Onde CF Custo fixo QT Quantidade vendida MC Margem de contribuição negativa 1 Multiplicador para tornar o valor da margem de contribuição positivo Viram como é fácil Então vamos a mais um exemplo Tabela 5 Margem de contribuição negativa Qual é o risco da margem de contribuição positiva tendo um valor baixo Tabela 6 Prejuízo Fonte criação própria Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 13000 CUSTOS VARIÁVEIS 10000 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 2600 QUANTIDADE VENDIDA 2000 CUSTO FIXO 4000000 Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 13000 CUSTOS VARIÁVEIS 10000 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 2600 QUANTIDADE VENDIDA 2000 CUSTO FIXO 4000000 Com os dados acima podemos calcular o valor do prejuízo Prejuízo CF QT x MC x 1 Prejuízo 4000000 2000 x 2600 x 1 Prejuízo 9200000 Quando a empresa sabe que está comercializando seus produtos com uma margem de contribuição negativa e tem a situação sob controle ninguém será pego de surpresa O maior problema é quando a empresa pensa que está ganhando e não consegue visualizar o problema Vamos imaginar um exemplo de acordo com os dados abaixo Tabela 7 Problema de margem de contribuição negativa Fonte criação própria Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 6500 CUSTOS VARIÁVEIS 4500 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 1700 Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 6500 CUSTOS VARIÁVEIS 4500 CUSTOS VARIÁVEIS 4500 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 1700 Fonte criação própria No exemplo acima teoricamente a empresa está ganhando R 1700 por unidade vendida contudo faltou uma informação importante o pagamento é feito com cheque para 60 dias e este cheque é trocado na empresa de factoring 25 Neste caso temos uma nova situação conforme podemos verificar na Tabela 8 abaixo Tabela 8 Problema de margem de contribuição negativa Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 6500 CUSTOS VARIÁVEIS 4500 JUROS PAGOS 2100 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 400 Fonte criação própria Fonte criação própria PREÇO DE VENDA 19700 IMPOSTOS 6500 CUSTOS VARIÁVEIS 4500 JUROS PAGOS 2100 MARGEM CONTRIBUIÇÃO 400 Podemos perceber que no impulso de vender o empresário muitas vezes esquece de calcular se vale à pena vender ou se é preferível deixar de vender No exemplo acima o que em um primeiro momento pensavase estar ganhando R 1700 na realidade perdiase R 400 por unidade vendida O cálculo da margem de contribuição bastante simples será de grande utilidade para melhor entendimento e desenvolvimento dos demais assuntos que serão abordados em nossa disciplina Assim chegamos ao final de mais uma aula E então Tudo bem até aqui Esperamos que seus estudos referentes a esta tenham sido proveitosos É importante que reflitam sobre os conteúdos e as estratégias didáticas empregadas para a aprendizagem o que foi bom O que pode melhorar Habituemse a fazer leituras complementares a fim de ampliar a compreensão e os conhecimentos sobre os temas abordados Vamos fazer uma breve pausa e retornar revigorados para a próxima aula quando então iremos conhecer e aprofundar as demais técnicas contábeis bem como identifi car aspectos sobre os custos e critérios para controle de estoques Até lá Retomando a aula Antes de encerrar a Aula 03 vamos recordar os pontos principais do que aprendemos 1 Preço de venda e custos variáveis Nessa primeira seção vimos que preço é o valor monetário expresso numericamente a uma mercadoria serviço ou patrimônio Já os custos variáveis são aqueles que variam em função da quantidade produzida ou seja estão vinculados ao volume de produção 2 Margem de contribuição Aprendemos que Margem de Contribuição é a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis Desse modo para formar a margem de contribuição é preciso levar em consideração as despesas variáveis e assim formar a margem de contribuição Assim as despesas variáveis devem ser apropriadas na margem de contribuição Os valores que integram a margem de contribuição são os preços de vendas brutas e de vendas líquidas utilizados para calcular a margem de contribuição 3 Métodos margem de contribuição como ferramenta gerencial A margem de contribuição apresenta três formas Margem de Contribuição Positiva é quando o preço de venda é maior do que os custos com materiais e mão de obra direta Margem de Contribuição Neutra é a situação na qual a diferença entre o preço de venda e do custo variável seja igual a zero Margem de Contribuição Negativa é o resultado negativo da diferença entre o preço de venda e dos custos variáveis BERTI Anélio Contabilidade e Análise de Custos 2 ed Curitiba Juruá 2009 HANSEN Don R MOWEN Maryanne M Gestão de custos Tradução Robert Brian Taylor São Paulo Cengage Learning 2010 WERNKE Rodney Gestão de Custos uma abordagem prática São Paulo Atlas 2001 Vale a pena Vale a pena ler Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Classe Contábil Disponível em httpwww classecontabilcombrv3 Comitê de Pronunciamentos Contábeis Disponível em httpwwwcpcorgbrmostraOrientacaophpid17 Congresso Brasileiro de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbrcongressoviewID CONGRESSO21 Revista Brasileira de Contabilidade CFC Disponível em wwwcfcorgbrconteudoaspxcodMenu9 Vale a pena acessar Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nossa aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas Procurem resolver as atividades dentro dos prazos estabelecidos Agora é com vocês Minhas anotações Análise de Custos 4º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de compreender o comportamento do custo fixo e a capacidade de produção da empresa analisar a margem de contribuição em relação à composição do produto e o mercado Custo capacidade produtiva lucro Boa aula Disponível em httpwwwvidadeexecutivocom201007refl exoessobreolucrohtml Acesso em 14 abr 2012 Olá pessoal Vamos a mais uma etapa da disciplina de Análise de Custos Nas aulas anteriores aprendemos sobre os princípios contábeis a operação e os custos de produção os valores e a margem de contribuição Nesta aula verificaremos a relação da capacidade produtiva com o custo fixo bem como a relação entre a composição do produto e o mercado a fim de tomarmos decisões para a empresa quanto ao preço de venda considerando o funcionamento do mercado em uma economia de mercado 27 1 Componentes do fixo 2 Análise da margem de contribuição Seções de estudo 1 componentes do custo fi xo Vimos que o custo fixo de uma empresa é composto basicamente por depreciação de máquinas locação do imóvel da fábrica energia mão de obra indireta entre outros Abaixo na Figura 1 exemplificamos os fatores que compõe a Demonstração do Resultado do Exercício DRE Figura 1 Demonstração do resultado do exercício Disponível em httppaulacontabeisunablogspotcombr Acesso em 31 mar 2012 Gastos Consumo Despesa Despesa DRE Receito Líquida Custo Resultado Bruto Despesas Operacionais Resultado Líquido Custo Ati vo Investi mento Depreciação Disponível em httppaulacontabeisunablogspotcombr Acesso em Gastos Consumo Despesa Despesa DRE Receito Líquida Custo Resultado Bruto Despesas Operacionais Despesas Operacionais Resultado Líquido Custo Ati vo Investi mento Depreciação Depreciação O custo fixo total representa o custo com a estrutura da empresa Assim quanto maior o custo fixo teoricamente maior será o porte da empresa No Gráfico 1 abaixo poderemos visualizar melhor o comportamento do custo fixo e a capacidade de produção da empresa Gráfi co 1 Custo fi xo Fonte arquivo pessoal Valor R CPM1 CPM2 QT Valor R CPM1 CPM2 QT 1 Percebemos que o custo fixo total quando bem administrado representa o porte da empresa Assim com um custo fixo X poderemos produzir no máximo uma quantidade de produto representada no gráfico por CMP1 capacidade máxima de produção Se quisermos produzir qualquer unidade a mais precisaremos investir mais comprar mais máquinas contratar mais mão de obra enfim nosso custo fixo irá aumentar para X1 e nossa capacidade de produção passará para CMP2 Consequentemente os pontos de equilíbrio ficarão mais altos e precisaremos vender mais para atingir nossos objetivos Disponível em httpconsultoriafaccincombrartigosfaccinanalisecritica indiciamentoSESVESPsupostocartelbhtml Acesso em 17 mar 2012 Parcela do Custo Fixo Direto Parcela do Custo Fixo Indireto Parcela do Custo Variável Direto Para entendermos melhor a relação da capacidade produtiva com o custo fixo vamos tomar como exemplo um ônibus Para transportar de 0 a 50 passageiros é necessário um ônibus e um motorista custo fixo Para transportar de 51 a 100 passageiros é preciso dois ônibus e dois motoristas Consequentemente o custo fixo vai dobrar Podemos tomar como regra geral com relação ao custo fixo e a capacidade de produção o porte da empresa deve ser dimensionado de acordo com a participação no mercado que a empresa pretende ter quando a empresa estiver produzindo e vendendo toda sua produção antes de fazer novos investimentos poderemos explorar mais nossa estrutura trabalhando com dois ou três turnos de trabalho pois se o aumento de demanda for temporário não justifica novos investimentos novos investimentos para aumentar a capacidade de produção só serão justificados quando o mercado estiver consolidado e absorver tal produção Usando o exemplo do ônibus não justificaria a compra de um segundo ônibus apenas para atender 10 passageiros a mais Vale lembrar que o custo fixo depois de contratado é difícil de diminuirmos Por exemplo depois que a empresa adquirir o segundo ônibus e contratar o segundo motorista a perda para se desfazer dos mesmos será grande por isso é necessário a análise do mercado antes da aquisição Pensem nisso Agora para continuar a nossa construção do conhecimento na próxima seção vamos analisar a margem de contribuição mediante a composição do produto e do mercado 2 Análise da margem de contribuição Quando analisamos a margem de contribuição verificamos a composição do produto e o mercado Para aumentarmos ou diminuirmos a margem de contribuição temos quatro alternativas aumento de preço de venda toda vez que aumentamos o preço de venda nossa margem de contribuição aumenta Contudo corremos o risco de vender uma menor quantidade e poderemos perder mais na queda do volume de vendas do que ganhamos com o aumento de preços Não podemos esquecer que quem determina o preço ideal é o mercado diminuição do preço de venda toda vez que diminuímos nosso preço de venda nossa margem de contribuição diminui Em contra partida a quantidade pode MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PREÇO DE VENDA CUSTO VARIÁVEL Análise de Custos 28 aumentar Nesse caso o que estamos deixando de ganhar no preço poderemos ganhar no aumento do volume de vendas diminuição do custo variável cuidado Toda vez que procuramos diminuir custo variável estamos mexendo na qualidade do nosso produto pois os custos variáveis representam a matériaprima e a mão de obra especializada Não podemos diminuir custo variável apenas pensando em aumentar a margem de contribuição porque a qualidade poderá cair e as vendas despencarem aumento do custo variável toda vez que aumentamos o custo variável sem aumento do preço de venda nossa margem de contribuição diminui e precisaremos vender mais para atingir nossas metas Só podemos justificar o aumento do custo variável quando pudermos repassar esse aumento no preço final do produto caso contrário tal acréscimo de custo provocará um aumento no volume de venda Para entendermos melhor as teorias acima vamos simular uma empresa produzindo óleo de soja cujo produto principal é o óleo de soja enlatado Observem na Tabela 1 abaixo os dados da simulação de uma empresa que produz óleo de soja Tabela 1 Dados de simulação empresa produz óleo de soja INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fi xo mensal 50000000 Depreciação de máquinas mensal 10000000 Retorno sem o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900ml 210 Custo variável lata 900 ml 120 Margem de contribuição lata 900 ml 090 Ponto de equilíbrio contábil latas 555556 Ponto de equilíbrio fi nanceiro latas 444444 Ponto de equilíbrio econômico latas 588889 Capacidade de produção latas 650000 Fonte criação própria Na tabela acima temos todas as informações considerando que os pontos de equilíbrio e a capacidade de produção são mensais Podemos observar que o ponto de equilíbrio econômico está bem próximo da capacidade máxima de produção ou seja para obtermos um lucro de R 3000000 mensais precisamos vender praticamente toda a capacidade de produção da empresa Vamos imaginar todas as alterações possíveis conforme abaixo Disponível em httpblog uniararasbradministracaop469 Acesso em 30 mar 2012 1 Diminuição de custo fi xo Comprovamos que sempre que diminuímos o custo fi xo as quantidades dos pontos de equilíbrio diminuem ou seja precisamos produzir menos para atingir nossos objetivos Tabela 2 Custo fi xo e depreciação INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fi xo mensal 45000000 Depreciação de máquinas mensal 8500000 Retorno sem o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 210 Custo variável lata 900 ml 120 Margem de contribuição lata 900 ml 090 Ponto de equilíbrio contábil latas 500000 Ponto de equilíbrio fi nanceiro latas 405556 Ponto de equilíbrio econômico latas 533333 Capacidade de produção latas 650000 Fonte criação própria 2 Aumento de custo fi xo Quando aum entamos o custo fi xo sem qualquer aumento de produção além de termos que produzir mais para não termos prejuízo temos um problema muito maior pois os pontos de equilíbrio contábil e econômico estão localizados acima da capacidade máxima de produção Disponível em httpamaraldavilacombrsite201202page2 Avcesso em 30 abr 2012 Isso significa que mesmo a empresa produza 100 de sua capacidade não conseguirá cobrir seus custos de produção Nesse caso a empresa trabalha sempre no prejuízo conseguindo no máximo honrar seus compromissos financeiros com terceiros Tabela 3 Aumento do custo fi xo na produção Fonte criação própria INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fi xo mensal 60000000 Depreciação de máquinas mensal 12000000 Retorno s o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 210 Custo variável lata 900 ml 120 Margem de contribuição lata 900 ml 090 Ponto de equilíbrio contábil latas 666667 Ponto de equilíbrio fi nanceiro latas 533333 Ponto de equilíbrio econômico latas 700000 Capacidade de produção latas 650000 Disponível em httpobrasbrasilblogspotcombr20110508archive html Acesso em 31 mar 2012 3 Diminuição de preço de venda Quando diminuímos o preço de venda nossa margem de contribuição também diminui consequentemente nossos pontos de equilíbrio aumentam e até ultrapassam a capacidade de produção Só diminuímos preço de venda quando temos capacidade de produção ociosa Caso contrário não alteramos o preço de venda 29 4 Aumento no preço de venda É o aumento do preço de venda sem que haja aumento de custo Toda a vez que aumentamos o preço de venda aumentamos a margem de contribuição e consequentemente diminuímos as quantidades a serem produzidas para atingirmos nossas metas Infelizmente em um mundo globalizado isso está cada vez mais difícil de ocorrer Tabela 4 Preço de venda e produção INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fixo mensal 50000000 Depreciação de máquinas mensal 10000000 Retorno s o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 199 Custo variável lata 900 ml 120 Margem de contribuição lata 900 ml 079 Ponto de equilíbrio contábil latas 63291100 Ponto de equilíbrio financeiro latas 50632900 Ponto de equilíbrio econômico latas 67088600 Capacidade de produção latas 65000000 Fonte criação própria Disponível em httpfocoemnegocioswordpresscomcategorycitacao Acesso em 30 mar 2012 INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fixo mensal 50000000 Depreciação de máquinas mensal 10000000 Retorno s o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 220 Custo variável lata 900 ml 120 Margem de contribuição lata 900 ml 100 Ponto de equilíbrio contábil latas 500000 Ponto de equilíbrio financeiro latas 400000 Ponto de equilíbrio econômico latas 530000 Capacidade de produção latas 650000 Fonte elaboração própria 5 Diminuição no custo variável Nos tempos atuais a todo o momento surgem novas tecnologias que acabam colaborando para a redução dos nossos custos de produção Podemos citar como exemplo o surgimento do açúcar líquido que foi ótimo para as indústrias de refrigerantes e doces pois reduziu o custo para se transformar o açúcar cristalizado em xarope líquido Disponível em httpwwwvaloresreaiscom Acesso em 30 mar 2012 Podemos sim reduzir custos variáveis sem alterar a qualidade do nosso produto Para isso precisamos acompanhar o mercado que fornece matériaprima para o nosso produto INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fixo mensal 50000000 Depreciação de máquinas mensal 10000000 Retorno s o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 210 Custo variável lata 900 ml 110 Margem de contribuição lata 900 ml 100 Ponto de equilíbrio contábil latas 500000 Ponto de equilíbrio financeiro latas 400000 Ponto de equilíbrio econômico latas 530000 Capacidade de produção latas 650000 Fonte criação própria E como verificamos na tabela anterior quando reduzimos o custo variável aumentamos a margem de contribuição diminuindo as quantidades a serem produzidas nos pontos de equilíbrio 6 Aumento no custo variável Todo aumento de custo variável pode estar ligado a dois fatores internos da empresa desperdícios ou ineficiência na aquisição dos materiais Verificamos que o aumento de custo variável impacta diretamente nos pontos de equilíbrio Disponível em httpwwwmanutencaoesuprimentoscombrconteudo6346 caracteristicasdaeconomianatural Acesso em 15 abr 2012 Tabela 6 Redução do custo de produção Com o exemplo acima onde verificamos as alterações das variáveis de custo e preço conseguimos visualizar a relação direta entre custovolume e lucro Tabela 7 Aumento do custo variável INFORMAÇÕES INICIAIS Custo fixo mensal 50000000 Depreciação de máquinas mensal 10000000 Retorno s o ativo mensal 3000000 Preço de venda lata 900 ml 210 Custo variável lata 900 ml 135 Margem de contribuição lata 900 ml 075 Ponto dwwe equilíbrio contábil latas 666667 Ponto de equilíbrio financeiro latas 533333 Ponto de equilíbrio econômico latas 706667 Capacidade de produção latas 650000 Fonte elaboração própria Conforme exposto pudemos concluir que todas as decisões com relação à variação de preço e custo influenciarão diretamente no volume a ser produzido para que a empresa obtenha o lucro desejado Como estamos indo até aqui Esperamos que o conteúdo esteja sendo entendido Nosso objetivo é tornar a aprendizagem de vocês um momento de realização pessoal e profissional Análise de Custos 30 Caso tenham sugestões comentários críticas ou tenham fi cado com dúvidas acessem as ferramentas Fórum ou Quadro de Avisos Já estamos no ambiente virtual esperando sua participação Não deixem de fazer as leituras sugeridas e consultar os sites ao fi nal da aula Até a próxima aula Retomando a aula Agora para consolidar os conhecimentos adquiridos vamos relembrar os principais pontos estudados na Aula 04 1 Componentes do custo fixo Nessa seção aprendemos que o custo fixo de uma empresa é composto basicamente por depreciação de máquinas locação do imóvel da fábrica energia mão de obra indireta entre outros O custo fixo total representa o custo com a estrutura da empresa Assim quanto maior o custo fixo teoricamente maior será o porte da empresa 2 Análise da margem de contribuição Vimos que para analisarmos a margem de contribuição é preciso verificar a composição do produto e o mercado A margem de contribuição portanto é igual ao preço de venda subtraído do custo variável Todas as decisões com relação à variação de preço e custo influenciarão diretamente no volume a ser produzido para que a empresa obtenha o lucro desejado HONRNGREN Charles T SRIKANT M FOSTER George Contabilidade de custos 11 ed São Paulo Pearson Prentice Hall 2004 SOUZA Alceu CRUZ June Alisson Westarb Classificando Custos Fixos e Variáveis por meio de Métodos Estatísticos Revista Mineira de Contabilidade v 34 p 2230 2009 Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Congresso Brasileiro de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbrcongressoviewID CONGRESSO21 CRUZ June Alisson Westarb MARTINS Tomás Sparano GUINDANI Roberto Ari STADLER Humberto BARROS NETO Remi Celso Custo de Capital e de Oportunidade na Estrutura do Custeio Direto Uma abordagem Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Empírica In Cadernos da Escola de Negócios da Unibrasil N 06 2008 Disponível em httpappsunibrasilcom brrevistaindexphpnegociosonlinearticleview191 Entendendo custos gastos e despesas para a formação de preços Disponível em httpfocoemnegocioswordpress com20090902entendendoecalculandocustosparaa formacaodeprecos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE Pesquisas Disponível em httpwwwsebrae govbr As atividades referentes a esta aula estão disponibilizadas na ferramenta Sala Virtual Atividades Após responder enviemnas por meio do Portfólio ferramenta do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Virtual Minhas anotações 5º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de compreender e conceituar o ponto de equilíbrio calcular os três pontos de equilíbrio o contábil o financeiro e o econômico conceituar e calcular a margem de contribuição Pontos de Equilíbrio contábil fi nanceiro e econômico Então turma estão animadosas para continuar estudando os conteúdos propostos no Plano de Ensino desta disciplina tirando o máximo de proveito e enriquecendo conhecimentos para a sua formação Nesta aula é importante destacar que iremos fazer uso de todos os métodos estudados até agora bem como os termos e definições a respeito de custos e suas classificações e ainda teremos a presença constante da margem de contribuição Tais assuntos abordados com certeza fundamentarão seus conhecimentos e contribuirão para um melhor entendimento esclarecendoosas para realizarem com sucesso as atividades propostas para esta aula Sendo assim vamos continuar firmes em nossos estudos pois é a partir da agregação contínua de novos conhecimentos que nos tornaremos profissionais qualificados Boa aula Análise de Custos 32 1 Conceitos pontos de equilíbrio 2 Métodos quantidade e valor Seções de estudo 1 Conceitos pontos de equilíbrio Para iniciar nossas reflexões nesta aula é importante sabermos a respeito do que se trata o ponto de equilíbrio De acordo com Berti 2009 p 149 aprendemos que O ponto de equilíbrio é o momento em que o resultado das operações das empresas é nulo ou seja a receita total é igual à soma dos custos e despesas totais Se a empresa operar acima desse nível passa a ter um resultado positivo lucro abaixo desse nível o resultado é negativo prejuízo Então o ponto de equilíbrio é o momento que a empresa não tem nem lucro e nem prejuízo pois o resultado é nulo Comumente em economia o ponto de equilíbrio também denominado ponto de ruptura breakevenpoint é a conjugação de receitas totais com os custos totais O ponto de equilíbrio em uma economia de mercado nada mais é do que a igualdade entre receitas totais e a somatória dos custos totais com as despesas totais Podemos representar o ponto de equilíbrio através da fórmula PONTO DE EQUILÍBRIO CUSTOS FIXOS TOTAIS DESPESAS FIXAS TOTAIS MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Na fórmula acima percebemos que há uma igualdade ou seja o ponto de equilíbrio por definição representa uma situação onde para determinado preço de venda custo variável custo fixo e quantidade vendida a empresa não terá lucro ou prejuízo Podemos afirmar que quando a empresa atinge o seu ponto de equilíbrio ao aplicarmos o cálculo receita total custos totais despesas totais o resultado será igual a zero Exemplo Em uma empresa que produz peças para computadores apresentaramse os seguintes dados para o mês de agosto de 2011 O preço de venda por unidade da empresa é o seguinte PREÇO DE VENDA R 3600 Despesas com água e luz R 210000 Honorários contábeis R 150000 Salários R 2535400 Encargos sociais sob os salários R 672600 Seguros R 1200000 Total R 4768000 Os custos variáveis unitários da empresa são Custos variáveis R 1400 Impostos R 600 Total R 2000 Os custos fixos e despesas fixas mensais da empresa são os seguintes PONTO DE EQUILÍBRIO CUSTOS DESPESAS FIXAS DE VENDA CUSTOS DESPESAS VARIÁVEIS PREÇO PONTO DE EQUILÍBRIO 4768000 3600 2000 PONTO DE EQUILÍBRIO 4768000 1600 PONTO DE EQUILÍBRIO 2980 UNIDADES Notem que neste caso temos que produzir 2980 unidades para pagar os custos e despesas fi xas da empresa Podemos verificar que ponto de equilíbrio ocorrerá quando a empresa produzir e vender 2980 unidades Para isso elaboramos um demonstrativo de resultado para verificar se a nossa fórmula está correta Tabela 1 Ponto de equilíbrio DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Quantidade Valor Unitário Valor Total Receita Venda 2980 3600 10728000 2980 600 1788000 Custo Variável 2980 1400 4172000 Lucro Bruto 4768000 Custo despesas fi xas 4768000 LUCROPREJUÍZO 000 Fonte elaboração do autor Podemos verificar que o ponto de equilíbrio dessa empresa ocorreu em 2980 unidades Nessa situação a empresa não apresentou nem lucro nem prejuízo Observem que há um ponto de equilíbrio em unidades mas caso eu queira saber em valor que formula e que maneira iria usar as informações para chegar a este resultado E o ponto de equilíbrio em valor como seria 33 Como foi visto no exemplo logo acima é preciso que tenha uma produção ou volume de vendas de 2980 unidades mas para caso eu queira saber qual é o valor deste ponto de equilíbrio para que possa ser pago os custos e despesas da empresa de computadores Tudo tranquilo até aqui E então entenderam direitinho o conteúdo Na próxima seção estudaremos os passos do método contábil utilizados para apurar a quantidade e o valor da margem de contribuição 2 Métodos quantidade e valor Para calcular o ponto de equilíbrio seguimos os seguintes passos 1º Passo encontrar o percentual da margem de contribuição Preço de venda unitário 3600 100 Margem de contribuição 1600 1600 3600 0444 2º Passo aplicar o percentual da margem de contribuição aos custos e despesas fixas totais PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR CUSTOS DESPESAS FIXAS PERCENTUAL DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Sendo assim PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR 4768000 0444 Devese conservar memória do cálculo Então o Ponto de equilíbrio valor é justamente o valor apresentado logo abaixo PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR R 10728000 Ou seja A Ponto de Equilíbrio em Quantidade 2980 unidades B Preço de venda unitário R 3600 Ponto de Equilíbrio em Valor A x B R 10728000 Muito bem pessoal vamos em frente pois temos outros pontos de equilíbrio a serem tratados Para uma melhor análise das operações e das finanças da empresa utilizaremos não um mas três pontos de equilíbrio 21 Ponto de equilíbrio contábil Gráfico 1 Ponto de equilíbrio Prejuizo Equilibrio Lucro Custo Receita Disponível em httpkotarotsujiblogspotcombr201012qualofuturodos produtosbrasileiroshtml Acesso em 17 mar 2012 O ponto de equilíbrio contábil representa o volume que a empresa necessita produzir para cobrir todos os seus custos e as suas despesas Utilizando a fórmula da margem de contribuição podemos simplificar a fórmula do ponto de equilíbrio contábil conforme demonstrado abaixo CUSTOS FIXOS TOTAIS DESPESAS FIXAS TOTAIS MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL Onde PEC Ponto de equilíbrio contábil CF Custo fixo do período DESP Despesa total do período MCU Margem de contribuição unitária O preço de venda por unidade da empresa é o seguinte PREÇO DE VENDA R 4600 Os custos fixos e despesas fixas mensais da empresa são os seguintes Custos Fixos R 1820000 Despesas Totais R 3000000 O custo variável unitário da empresa é o seguinte Custos variáveis R 2600 Nossa margem de contribuição será MCU PREÇO DE VENDA CUSTO VARIÁVEIS 4600 2600 MCU 2000 Se tomarmos como exemplo a situação anterior e calcularmos o ponto de equilíbrio contábil com a nova fórmula ficará muito mais simples Minhas anotações Análise de Custos 34 Logo PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 4720000 2000 Então temos a seguinte quantidade PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 2410 UNIDADES Neste momento é importante verificar como está o resultado apresentado pelo método do ponto de equilíbrio contábil É importante que o responsável pelas decisões na empresa verificar as condições para que possa realmente estar produzindo ou comercializando determinado item de sua linha de produção ou linha direcionadora ao mercado consumidor Tabela 2 Ponto de equilíbrio contábil DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Quantidade Valor Unitário Valor Total Receita Venda 2410 4600 11086000 Custo Variável 2410 2600 6266000 Lucro Bruto 4820000 Custo despesas fi xas 4820000 LUCROPREJUÍZO 000 Fonte elaboração do autor Para calcular o ponto de equilíbrio contábil seguimos os seguintes passos 1º Passo encontrar o percentual da margem de contribuição Preço de venda unitário 4600 100 Margem de contribuição 2000 2000 4600 04347 2º Passo aplicar o percentual da margem de contribuição aos custos e despesas fixas totais PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR CUSTOS DESPESAS FIXAS PERCENTUAL DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Sendo assim PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR 4820000 04347 Devese conservar memória do cálculo Então o Ponto de equilíbrio valor é justamente o valor apresentado logo a seguir PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR R 11086000 Ou seja A Ponto de Equilíbrio em Quantidade 2410 unidades B Preço de venda unitário R 4600 Ponto de Equilíbrio em Valor A x B R 11086000 Para melhor compreensão vamos visualizar abaixo o gráfico do ponto de equilíbrio contábil Gráfico 2 Ponto de equilíbrio contábil LUCRO LUCRO PEC CUSTO TOTAL QT 2410 PREJUIZO PREJUIZO Todas as empresas sejam industriais comerciais ou prestadoras de serviços possuem sazonalidade em suas atividades isto é operam em alta no período relativo a dada estação do ano Por exemplo uma cervejaria vende mais nos meses de verão do que nos meses de inverno Se observarmos o gráfico acima verificaremos que se a empresa produzir abaixo do ponto de equilíbrio entrará no prejuízo a empresa só terá lucro quando produzir acima do ponto de equilíbrio quanto mais a empresa produzir maior será o seu lucro O ponto de equilíbrio contábil tem como utilidade principal fornecer a quantidade mínima que a empresa poderá produzir sem que entre no prejuízo Quando a empresa trabalha um longo período de tempo produzindo apenas a quantidade de ponto de equilíbrio contábil poderá ocorrer que manterá a sua estrutura atual e qualquer ampliação dependerá de capital de terceiros a empresa não conseguirá ser agressiva no mercado e poderá ser absorvida ou sufocada pela concorrência 22 Ponto de equilíbrio financeiro Fonte httpprofwagnerbuenowordpresscom20100621administracao fi nanceiraequilibriofi nanceiro Acesso em 30 mar 2012 35 O ponto de equilíbrio financeiro nos fornecerá a quantidade mínima a ser produzida para que a empresa consiga honrar seus compromissos financeiros com terceiros Existem alguns custos e despesas que não desembolsamos Podemos exemplificar tais custos como a depreciação de máquinas e aluguel de prédio próprio São valores que ficarão no caixa da empresa Utilizamos a seguinte fórmula para calcular o ponto de equilíbrio financeiro PONTO DE EQUILíBRIO FINANCEIRO CUSTOS FIXOS TOTAIS DESPESAS FIXAS TOTAIS DEPRECIAÇÃO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Onde PEF Ponto de equilíbrio financeiro CF Custo fixo do período DESP Despesa total do período DEP Depreciação de máquinas MC Margem de contribuição unitária MAS O QUE É DEPRECIAÇÃO De acordo com artigo 305 da Regulamentação do Imposto de Renda a Pessoa Jurídica A depreciação de bens do ativo imobilizado corresponde à diminuição do valor dos elementos ali classificáveis resultante do desgaste pelo uso ação da natureza ou obsolescência normal Referida perda de valor dos ativos que têm por objeto bens físicos do ativo imobilizado das empresas será registrada periodicamente nas contas de custo ou despesa encargos de depreciação do período de apuração que terão como contrapartida contas de registro da depreciação acumulada classificadas como contas retificadoras do ativo permanente RIR1999 Tomando o exemplo anterior onde identificamos o valor da depreciação de máquinas poderemos calcular o ponto de equilíbrio financeiro O preço de venda por unidade da empresa é o seguinte PREÇO DE VENDA R 4600 Os custos fixos e despesas fixas mensais da empresa são os seguintes Custos Fixos R 1820000 Despesas totais R 3000000 Deprecição R 120000 O custo variável unitário da empresa é o seguinte CUSTOS VARIÁVEIS R 2600 Nossa margem de contribuição será MCU PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS 4600 2600 MCU 2000 Se tomarmos como exemplo a situação anterior e calcularmos o ponto de equilíbrio financeiro com a nova fórmula ficará muito mais simples Logo PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 4820000 1200 2000 Então temos a seguinte quantidade PONTO DE EQUILIBRIO FINANCEIRO 2350 UNIDADES Sendo o ponto de equilíbrio financeiro é o momento em que as receitas líquidas de vendas empatam com a parcela de custos totais Tabela 3 Ponto de equilíbrio financeiro DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Quantidade Valor Unitário Valor Total Receita Venda 2350 4600 11010000 Custo Variável 2350 2600 6110000 Lucro Bruto 4700000 Custo despesas fixas 4700000 LUCROPREJUIZO 000 Para calcular o ponto de equilíbrio financeiro seguimos os seguintes passos 1º Passo encontrar o percentual da margem de contribuição Preço de venda unitário 4600 100 Margem de contribuição 2000 2000 4600 04347 2º Passo aplicar o percentual da margem de contribuição aos custos e despesas fixas totais PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR CUSTOS DESPESAS FIXAS PERCENTUAL DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Sendo assim PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR 400000 04347 Devese conservar memória do cálculo Então o ponto de equilíbrio valor é justamente o valor apresentado logo abaixo PREÇO DE VENDA R 10800000 Análise de Custos 36 Ou seja APonto de Equilíbrio em Quantidade R 2350 unidades BPreço de venda unitário R 4600 Ponto de Equilíbrio em Valor A x B R 10820000 Para atingir o ponto de equilíbrio financeiro a empresa deverá produzir 600 unidades a menos do que para atingir o ponto de equilíbrio contábil Graficamente o ponto de equilíbrio financeiro ficará representado da seguinte forma Gráfico 3 Ponto de equilíbrio financeiro PFF PEC 2410 2350 Custo Total Custo fi xo Valor R Receita Total QT PREJUIZO PREJUIZO Custo Total Custo Total Receita Total LUCRO Receita Total LUCRO Fonte arquivo pessoal Custo Total Custo fi xo Receita Total PFF PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO PEC Analisando o gráfico percebemos que quando retiramos o valor da depreciação do custo fixo total o seu valor diminuiu com o custo fixo menor a empresa precisa produzir menos para atingir o ponto de equilíbrio financeiro o ponto de equilíbrio financeiro está localizado na área de prejuízo contábil da empresa Com relação à situação da empresa ao longo do tempo podemos afirmar que quando a empresa opera produzindo apenas a quantidade relativa ao ponto de equilíbrio financeiro terá um prejuízo igual ao valor da depreciação se a empresa trabalhar por um período prolongado nesta situação não conseguirá repor ou fazer a manutenção de suas máquinas Desse modo a empresa ficará sucateada toda vez que a empresa produzir a quantidade do ponto de equilíbrio financeiro em períodos de baixa nas vendas posteriormente deverá produzir a mais para cumprir as suas metas Nessa situação a empresa conseguirá manter seus pagamentos em dia apenas com terceiros 23 Ponto de equilíbrio econômico Nos tempos atuais onde a concorrência é global as empresas veem o lucro como uma obrigação tão séria quanto uma dívida junto a um fornecedor Disponível em httpdiariodeumeconomistablogspotcombr201109 equilibrioeconomicoverdadeoumitohtml Acesso em 31 mar 2012 Para estabelecer metas de venda e lucro todas as empresas determinam um retorno sobre o capital investido Esse retorno é calculado com base nos riscos da atividade e na comparação com o mercado financeiro Por exemplo se uma empresa investe um capital qualquer em uma atividade o lucro ao final do exercício deverá ser igual ou superior ao que a empresa ganharia no mercado financeiro Caso contrário seria preferível manter o capital aplicado Para a empresa determinar metas de vendas surgiu o ponto de equilíbrio econômico que poderá ser calculado por meio da seguinte fórmula CUSTOS FIXOS TOTAIS DESPESAS FIXAS TOTAIS RETORNO SATIVO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO Onde PEE Ponto de equilíbrio econômico CF Custo fixo do período DESP Despesa total do período RsA Retorno sobre o ativo MC Margem de contribuição unitária Seguindo o exemplo anterior e supondo que a empresa investiu R 2000000 e deseja obter um retorno sobre o investimento de 10 o retorno sobre o ativo no período será de R 200000 As informações contábeis ficariam da seguinte forma O preço de venda por unidade da empresa é o seguinte PREÇO DE VENDA R 4600 Os custos fixos e despesas fixas mensais da empresa são os seguintes Custos Fixos R 1820000 Despesas totais R 3000000 Deprecição R 200000 O custo variável unitário da empresa é o seguinte PREÇO DE VENDA R 2600 Nossa margem de contribuição será MCU PREÇO DE VENDA CUSTOS VARIÁVEIS 4600 2600 MCU 2000 Se tomarmos como exemplo a situação anterior e calcularmos o ponto de equilíbrio financeiro com a nova fórmula ficará muito mais simples Logo PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 4820000 200000 2000 Então temos a seguinte quantidade PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 2510 UNIDADES 37 Sendo o ponto de equilíbrio econômico é o momento em que as receitas líquidas de vendas empatam com a parcela de custos totais Tabela 4 Ponto de equilíbrio econômico DEMONSTRATIVO DE RESULTADO Quantidade Valor Unitário Valor Total Receita Venda 2510 4600 11546000 Custo Variável 2510 2600 6526000 Lucro Bruto 5020000 Custo despesas fi xas 5020000 LUCROPREJUIZO 000 Fonte elaboração própria Para calcular o ponto de equilíbrio econômico seguimos os seguintes passos 1º Passo encontrar o percentual da margem de contribuição Preço de venda unitário 4600 100 Margem de contribuição 2000 2000 4600 04347 2º Passo aplicar o percentual da margem de contribuição aos custos e despesas fixas totais PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR CUSTOS DESPESAS FIXAS PERCENTUAL DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Sendo assim PONTO DE EQUILÍBRIO VALOR 5020000 04347 Devese conservar memória do cálculo Então o Ponto de equilíbrio valor é justamente o valor apresentado logo abaixo PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO R 11546000 Ou seja APonto de Equilíbrio em Quantidade R 2510 unidades BPreço de venda unitário R 4600 Ponto de Equilíbrio em Valor A x B R 11546000 Para a empresa cumprir as metas de lucro deverá produzir no mínimo 2510 unidades Graficamente o ponto de equilíbrio econômico ficaria da seguinte forma Fonte arquivo pessoal PEE PEC 2510 2410 Custo Total Custo fi xo Valor R QT PREJUIZO PREJUIZO Custo Total Receita Total LUCRO PEE Custo fi xo Custo Total Custo Total PREJUIZO Custo Total PREJUIZO PREJUIZO PREJUIZO Valor R PEE Custo fi xo Valor R PEE Custo fi xo PEC Valor R Gráfico 4 Ponto de equilíbrio econômico Em análise ao gráfico acima verificamos que precisamos produzir acima do ponto de equilíbrio contábil para atingir o ponto de equilíbrio econômico quando a empresa atinge seu ponto de equilíbrio econômico obterá um lucro igual ao seu retorno sobre o ativo quando a empresa trabalha no ponto de equilíbrio econômico conseguirá cumprir suas metas de resultado Aprendemos assim os passos para calcular os três pontos de equilíbrio contábil financeiro e econômico bem como também a margem de contribuição Fizemos uma caminhada interessante nesta aula concordam Até aqui adquirimos conhecimentos essenciais para a formação profi ssional portanto as ferramentas estudadas serão de grande utilidade para trabalharmos em nosso dia a dia em relação a processos de tomada de decisão nas empresas sem deixar de sempre buscar novos métodos e tecnologias que possa facilitar e melhorar continuamente o meio no qual exerceremos nossa profi ssão Não esqueçam Em caso de dúvidas acessem as ferramentas Fórum ou Quadro de Avisos A seguir resumimos os pontos principais desta aula e a seguir foram disponibilizadas algumas sugestões de Leituras e Sites Até a próxima aula Retomando a aula Parece que estamos indo bem Então para encerrar a Aula 05 vamos recordar os temas que foram abordados 1 Conceitos pontos de equilíbrio O ponto de equilíbrio em economia denominado ponto de ruptura breakevenpoint é a conjugação de receitas totais com os custos totais ou seja a receita total é igual à soma dos custos e despesas totais sendo nulo o resultado das operações das empresas Quando uma empresa opera acima desse nível passa a ter um resultado positivo lucro quando opera abaixo desse nível o resultado é negativo prejuízo 2 Métodos quantidade e valor Ponto de Equilíbrio Contábil Tem como utilidade principal fornecer a quantidade mínima que a empresa poderá produzir Análise de Custos 38 sem que entre no prejuízo ou seja representa o volume que a empresa necessita produzir para cobrir todos os seus custos e as suas despesas Ponto de Equilíbrio Financeiro Fornece a quantidade mínima a ser produzida para que a empresa consiga honrar seus compromissos financeiros com terceiros Há alguns custos e despesas que não são desembolsados como por exemplo a depreciação de máquinas e aluguel de prédio próprio Estes valores ficarão no caixa da empresa Ponto de Equilíbrio Econômico Surgiu da necessidade das empresas estabelecerem metas de vendas e lucro para determinarem um retorno sobre o capital investido E s s e retorno é calculado com base nos riscos da atividade e na comparação com o mercado financeiro CALDERELLI Antonio Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira 29 São Paulo Cetec 2004 CREPALDI Silvio Aparecido Curso Básico de Contabilidade de Custos 4 ed São Paulo Atlas 2009 MARION José Carlos REIS Arnaldo Carlos de Resende Mudanças nas Demonstrações Contábeis São Paulo Saraiva 2003 OLIVEIRA Edson Contabilidade informatizada Teoria e Prática 4 ed São Paulo Atlas 2006 Vale a pena Vale a pena ler Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Fundação Brasileira de Contabilidade FBC Disponível em wwwfbcorgbrfbchtm Classe Contábil Disponível em httpwww classecontabilcombrv3 Contabilidade Financeira Disponível em http contabilidadefinanceirablogspotcombr201110ifrsno brasilhtml Demonstrações Financeiras Disponível em httpwww cvmgovbr Regulamentação do Imposto de Renda a Pessoa Jurídica Disponível em httpwwwreceitafazendagovbrPessoaJuridica DIPJ2005PergResp2005pr360a373htm Revista Brasileira de Contabilidade CFC Disponível em wwwcfcorgbrconteudoaspxcodMenu9 Vale a pena acessar Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nesta aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas Procurem resolver as atividades dentro dos prazos estabelecidos Agora é com vocês Minhas anotações 6º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de definir identificar e calcular a margem de segurança e alavancagem operacional determinar como fixar o preço de venda pelo custo variável e pela margem de contribuição identificar e calcular a Margem de Contribuição total ou por pedido por pedido total por cliente ou preço de venda Margem de segurança e alavancagem operacional Olá pessoal Toda empresa trabalha com uma relação básica de três variáveis para atingir seus objetivos Nas aulas anteriores aprendemos a calcular a margem de contribuição e os pontos de equilíbrio Nesta aula aprenderemos sobre a margem de segurança a alavancagem operacional e mais algumas margens de contribuição Tais conhecimentos nos possibilitarão interpretar as informações e a tomar decisões para alterar os valores a fim de atingirmos os objetivos da empresa Vamos lá Boa aula Disponível em httpinformacaocontabilblogspotcom br20110401archivehtml Acesso em 07 abr 2012 Análise de Custos 40 1 Margem de segurança 2 Alavancagem operacional 3 Outras formas de margem de contribuição Seções de estudo 1 Margem de segurança Disponível em httpsindicacaublogspotcombr201105seisestadosnao conseguemaprovarhtml Acesso em 21 abr 2012 Nos tempos atuais com o advento da informática ficou bastante fácil simular vários demonstrativos que até então demorava dias Foram criados alguns indicadores para facilitar a visualização da situação financeira e operacional da empresa Podemos definir Margem de Segurança MS como sendo o percentual que as nossas vendas podem cair sem que a empresa entre no prejuízo Margem de Segurança MS então é a diferença entre o volume de vendas com a empresa está operando e volume de vendas no ponto de equilíbrio A Margem de Segurança pode ser calculada a partir da seguinte fórmula 2 Alavancagem operacional Onde MS RA RPE x 100 RA MS RA RPE x 100 RA MS Margem de segurança RA Receita atual RPE Receita no ponto de equilíbrio Então vamos ver um exemplo Supondo que uma empresa constrói casas populares cujo volume de vendas é de 20 casas mensais que seu ponto de equilíbrio contábil é de 15 casas e sabendo que o preço de é de R 8000000 por unidade podemos calcular a margem de segurança Receita atual 20 x 8000000 160000000 Receita no ponto de equilíbrio 15 x 8000000 120000000 MS 160000000 120000000 x 100 25 160000000 Podemos verificar que a margem de segurança neste caso corresponde a 25 o que indica que as vendas da empresa podem cair 25 sem que a empresa entre no prejuízo Outro indicador com o qual podemos contar é a Alavancagem Operacional que nos mostra a relação entre o aumento de volume de produção e o aumento de lucro A Alavancagem Operacional então é o efeito das variações de volume sobre o lucro Na próxima seção vamos entender do que se trata a Alavancagem Operacional Vamos lá Disponível em httpwwwneogridcombrblog Acesso em 22 abr 2012 3 outras formas de margem de contribuição Alavancagem Operacional Porcentagem de acréscimo de lucro Porcentagem de acréscimo de volume Porcentagem de acréscimo de lucro Porcentagem de acréscimo de volume Para entendermos melhor a Alavancagem Operacional vamos retomar o exemplo anterior dado na Seção 1 onde a empresa produzindo 20 casas apresentou um lucro de R 40000000 e passando para 30 casas o seu lucro será de R 90000000 Onde então temos Alavancagem Operacional 90000000 40000000 x 100 225 150 30 20 x 100 150 90000000 40000000 x 100 225 150 30 20 x 100 90000000 40000000 x 100 225 150 150 Desse modo nossa Alavancagem Operacional será de 150 O calculo é bastante fácil precisamos apenas saber o que esse número quer dizer A Alavancagem Operacional é de 15 que significa que para cada 1 de aumento de volume teremos 15 de aumento no lucro Importante Toda a vez que a alavancagem operacional for maior do que 1 um é bom para empresa pois signifi ca que o aumento no lucro é maior do que o aumento do volume de produção É problema para a empresa quando a alavancagem operacional for menor do que 1 um porque estaremos tendo um aumento maior no volume do que o aumento no lucro Tudo bem até aqui Então vamos adiante Margem de Contribuição é uma das ferramentas de decisão que nos auxilia em praticamente todas as decisões financeiras e produtivas dentro da empresa 41 Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis A margem de contribuição apresentada em aulas anteriores foi apenas a margem de contribuição unitária É um cálculo bastante simples que pode ser utilizado de várias formas Disponível em httpwwwrevistasuspsibiuspbrscielophppidS1982 64862011000200007scriptsciarttext Acesso em 14 abr 2012 Nas subseções abaixo demonstraremos outras formas de margem de contribuição que serão de grande utilidade para a utilização na administração da empresa 31 Margem de contribuição total por produto Para podermos calcular a margem de contribuição total de um produto aplicamos a seguinte fórmula MCT MCU x QT Onde MCT Margem de contribuição total MCU Margem de contribuição unitária QT Quantidade Então para melhor compreensão vejam o exemplo Uma empresa produz cerveja e refrigerante Sua margem de contribuição unitária é de R 045 por garrafa e no mês foram vendidas 1000000 de unidades A margem de contribuição total da cerveja é de MCT 045 x 1000000 MCT R 45000000 No exemplo acima a margem de contribuição total da cerveja foi de R 45000000 Esse foi o valor que a cerveja contribuiu para pagar os custos fixos e o lucro da empresa 32 Margem de contribuição por pedido Podemos calcular a margem de contribuição de um pedido ou venda usando a fórmula da margem de contribuição total Exemplo Pedido nº 1208 Quantidade Produto Preço Unitário Total 1100 Cerveja 15 165000 2500 Refrigerante 095 237500 Total do Pedido 402500 No exemplo acima temos o valor total da venda mas o que interessa para a empresa é o que realmente sobra desse valor Então calculamos a margem de contribuição total Podemos criar um sistema de computador que fará isso automaticamente Pedido nº 1208 GERENCIAL Quantidade Produto Preço Unitário Total CV Unitário MC T 1100 Cerveja 15 165000 11 44000 2500 Refrigerante 095 237500 065 75000 Total do Pedido 402500 119000 Na tabela acima podemos verificar que a margem de contribuição foi calculada por produto e posteriormente calculada a margem de contribuição total do pedido que neste caso foi de R 119000 de margem de contribuição total para um faturamento bruto de R 402500 Mais uma vez ressaltamos que muitas vezes o que importa não é o valor de venda bruto mas o que sobra para a empresa 33 Margem de contribuição total por cliente Geralmente classificamos como um bom cliente aquele que compra sempre que paga em dia e que compra bastante Podemos agregar a esta classificação o cliente que é rentável Para isso utilizamos a margem de contribuição total do cliente Disponível em httpsocontandoblogspot combr201104principiosfundamentaisda12 html Acesso em 21 abr 2012 Calculamos a margem de contribuição total por cliente somando todas as margens de contribuição total por pedido durante o mês ou o ano Vejamos o exemplo de um cliente rentável João da Silva 2011 GERENCIAL Quantidade Produto Preço Unitário Total CV Unitário MC T 12500 Cerveja 15 1875000 11 500000 25000 Refrigerante 095 2375000 065 750000 Total do Pedido 4250000 1250000 Análise de Custos 42 Podemos verificar que o cliente João da Silva comprou um volume razoável e além de todas as qualidades financeiras foi um cliente rentável No ano de 2011apresentou uma margem de contribuição total de R 1250000 Exemplo de um cliente não rentável Carlos da Silva 2006 GERENCIAL Quantidade Produto Preço Unitário Total CV Unitário MC T 120000 Cerveja 112 13440000 11 240000 250000 Refrigerante 074 18500000 065 2250000 Total do Pedido 31940000 2490000 Podemos verificar que o Sr Carlos da Silva manteve um volume de compra de praticamente cinco vezes maior em comparação ao volume do Sr José da Silva e que a margem de contribuição do Sr Carlos foi apenas duas vezes maior do que a margem de contribuição do Sr José Concluímos que nem sempre o cliente que apresenta o maior volume de compra ou faturamento é o cliente mais rentável Poderíamos questionar o nosso departamento de vendas O Sr Carlos mantém esse volume de compras por causa do preço menor Se baixássemos o preço para o Sr José não aumentaria seu volume de compras Como fi caria a margem de contribuição total da empresa se trabalhássemos com um preço médio para os dois clientes Vejamos então o exemplo de como ficaria a margem de contribuição total da empresa utilizando um preço médio para ambos os clientes João da Silva 2006 GERENCIAL Quantidade Produto Preço Unitário Total CV Unitário MC T 35000 Cerveja 12 4200000 11 350000 65000 Refrigerante 085 5525000 065 1300000 Total do Pedido 9725000 1650000 Carlos da Silva 2006 GERENCIAL Quantidade Produto P r e ç o Unitário Total C V Unitário MC T 85000 Cerveja 12 10200000 11 850000 180000 Refrigerante 085 15300000 065 3600000 Total do Pedido 25500000 4450000 Podemos comparar a margem de contribuição total das duas últimas tabelas onde a soma é de R 6100000 contra os R 3740000 anteriores em que o volume de vendas era bem maior Muitas vezes o empresário muito preocupado com o volume de vendas acaba se esquecendo da rentabilidade de seu negócio Na próxima aula veremos a melhor decisão sobre os preços e o volume de vendas 34 Margem de contribuição ou preço de venda Parece até improvável o que vamos falar mas existem pessoas que ainda usam o preço de venda bruto para tomar decisões com relação à compra ou a investimentos Valor do implemento Total de sacas de soja Preço da saca de soja 2500 4500000 1800 sacas de soja Valor do implemento Total de sacas de soja Preço da saca de soja 2500 4500000 Vejamos um exemplo Um agricultor que planta soja em suas terras precisa comprar um implemento agrícola cujo valor é de R 4500000 Ele faz o seguinte cálculo O agricultor dividiu o valor do implemento pelo valor da saca de soja e apurou que precisava de 1800 sacas de soja para comprar o implemento Usando o valor do preço de venda para calcular a sua compra o agricultor deixou de considerar que no preço bruto estão inclusos os custos variáveis de produção Portanto está incorreta a forma como ele calculou Supondo que o agricultor utilize a margem de contribuição o cálculo ficaria um pouco diferente Observem MC PV CV 10 2500 1500 4500000 4500 sacas de soja 1000 4500000 4500 sacas de soja 1000 Notem que usando a fórmula da margem de contribuição o agricultor precisaria de 4500 sacas de soja para comprar o implemento Quantidade bem superior do que se fosse utilizado o preço de venda para o cálculo Contudo vejam que ele estaria investindo no implemento apenas a sobra dos custos variáveis enquanto que no exemplo do preço de venda ele estaria investindo todo o valor da saca de soja inclusive o valor dos custos variáveis Chegamos assim ao fi nal de nossa sexta aula Esperamos estar contribuindo de maneira construtiva com o aprendizado de vocês Até a próxima aula Retomando a aula Parece que estamos indo bem Então para encerrar a Aula 06 vamos recordar os temas que foram abordados 1 Margem de Segurança Nessa seção vimos que a Margem de Segurança MS então é a diferença entre o volume de vendas com a empresa está operando e volume de vendas no ponto de equilíbrio 2 Alavancagem operacional Verificamos que a Alavancagem Operacional nos mostra a relação entre o aumento de volume de produção e o aumento de lucro sendo então o efeito das variações de volume sobre o lucro 3 Outras formas de margem de contribuição Vimos que a Margem de Contribuição é uma das ferramentas de decisão que nos auxilia em praticamente todas as decisões financeiras e produtivas dentro da empresa sendo portanto a diferença entre o preço de venda e os custos variáveis 43 Estudamos que a Margem de Contribuição pode ser também total por produto por pedido total por cliente e preço de venda BERTI Anélio Contabilidade e Análise de Custos 2 ed Curitiba Juruá 2009 MARTINS E Contabilidade de custos 9 ed São Paulo Atlas 2006 NEVES Silvério das VICECONTI Paulo Eduardo Vilchez Contabilidade de Custos um enfoque direto e objetivo 7 ed São Paulo editora Frase 2003 PADOVEZE C L Curso básico gerencial de custos 2 ed São Paulo Pioneira Thomson Learning 2006 Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Congresso Brasileiro de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbrcongressoviewID CONGRESSO21 Fundação Brasileira de Contabilidade FBC Disponível em wwwfbcorgbrfbchtm Alavancagem Financeira e Operacional Disponível em httpbelezasheilablogspotcombr201105 alavancagemfinanceiraeoperacionalhtml201105 alavancagemfinanceiraeoperacionalhtml Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nesta aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas Procurem resolver as atividades dentro dos prazos estabelecidos Agora é com vocês Minhas anotações Análise de Custos 7º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de apontar alternativas ao cálculo da fixação do preço de venda determinar o melhor preço de venda em relação à capacidade de produção pela margem de contribuição total definir e praticar a regra do custo de reposição As decisões com relação ao preço de venda Olá pessoal Estamos de volta para mais uma aula Até aqui já falamos anteriormente basicamente sobre o que são as operações e os custos de produção os valores a margem de contribuição a capacidade produtiva o custo o lucro os pontos de equilíbrio a margem de segurança e a alavancagem operacional que nos auxiliam nas decisões sobre as análises referentes aos custos das empresas Nesta aula estaremos verificando sobre as decisões relacionadas à fixação do preço de venda vinculadas à capacidade de produção ao custo de reposição e à margem de contribuição total Boa aula Disponível em httpwww7riorjgovbrcgmcomunicacaopublicacoes prestandocontas723 Acesso em 21 abr 2012 45 1 Fixação do preço de venda 2 Preço de venda margem de contribuição e capacidade de produção 3 Custo de reposição Seções de estudo 1 fi xação do preço de venda Antes de aprendermos a forma correta de tomarmos decisões quanto ao preço de venda precisamos relembrar o funcionamento do mercado em uma economia de mercado Disponível em httponoticiarioeconomicoblogspotcom br201105markupemargemdecontribuicaohtml Acesso em 21 abr 2012 Existem três fatores que determinam o consumo de um produto gosto do cliente o cliente precisa gostar do produto que está sendo oferecido preço do produto o produto que está sendo oferecido deve estar dentro da realidade do mercado pois ninguém pagará mais caro por um produto sabendo que existem outros iguais no mercado com menor valor renda do consumidor a renda do consumidor é o que vai determinar se este é nosso cliente ou não Podemos resumir tais fatores em uma frase clássica Quem determina o preço do nosso produto é o mercado Se fixarmos um preço para o nosso produto fora do que o mercado pode pagar com certeza este não será vendido Uma última orientação quando falamos em quantidade produzida esta quantidade deve ser a mesma que será vendida caso contrário os problemas financeiros da empresa só aumentarão Fica difícil fixarmos o preço de venda por meio do cálculo de custo total uma vez que o custo fixo é rateado pelo volume de venda e só teremos esse volume ao final do período Poderíamos trabalhar com previsões de volume de vendas mas nem sempre vão coincidir com a realidade do mercado Vamos apresentar duas hipóteses para entendermos porque a melhor decisão deve ser tomada com base no custeio variável e na margem de contribuição e não no custo total Vejamos Hipótese A Preço de Venda 50000 Custo Variável 22000 Quantidade Vendida 1400 MC Unitário 28000 MC Total 39200000 Hipótese B Preço de Venda 43500 Custo Variável 22000 Quantidade Vendida 1800 MC Unitário 21500 MC Total 38700000 Podemos verificar que nesta situação a melhor alternativa é a hipótese A que nos oferece a maior margem de contribuição total e a menor quantidade vendida Bastaria apenas verificar se a margem de contribuição total cobre os custos fixos as despesas e o lucro mínimo desejado Vejam abaixo uma situação totalmente diferente Hipótese A Preço de Venda 70000 Custo Variável 22000 Quantidade Vendida 2000 MC Unitário 48000 MC Total 96000000 Hipótese B Preço de Venda 65000 Custo Variável 22000 Quantidade Vendida 2500 MC Unitário 43000 MC Total 107500000 Neste exemplo temos uma situação que muitas vezes pode induzir o empresário a uma decisão errada Se o empresário tomar a decisão pelo preço de venda ou pela margem de contribuição unitária a melhor opção será a hipótese A Contudo o que importa realmente é a rentabilidade então neste caso a melhor opção apesar de oferecer o menor preço de venda é a hipótese B A melhor decisão a ser tomada com relação ao preço de venda é sempre pela opção que nos oferece a melhor margem de contribuição total Quando adotamos essa regra estamos definindo o melhor preço e a melhor quantidade para obtermos a melhor lucratividade Agora na próxima seção vamos verificar como aplicar a margem de contribuição total para chegar a um melhor preço de venda em relação à capacidade de produção Vamos lá Análise de Custos 46 2 Preço de venda margem de contribuição e capacidade de produção Um dos maiores dilemas para o empresário é saber a hora de conceder um desconto a um determinado cliente Disponível em httpmatematicaulbratorresblogspotcombr201111 descontospromocionaishtml Acesso em 21 abr 2012 Vejamos um exemplo o Sr Paulo Gouvêa gostaria de fazer um pedido de compra de 1000 caixas de erva mate para tereré ao preço de R 3000 por caixa mas se a empresa baixar para R 2800 por caixa ele comprará 1500 caixas Hipótese A Preço de Venda 3000 Custo Variável 1800 Quantidade Vendida 1000 MC Unitário 1200 MC Total 1200000 Hipótese B Preço de Venda 2800 Custo Variável 1800 Quantidade Vendida 1500 MC Unitário 1000 MC Total 1500000 A princípio tomando por base a teoria da maior margem de contribuição total concederíamos o desconto e venderíamos as 1500 caixas O único fator que poderia inviabilizar essa negociação seria a capacidade de produção Se as 1500 caixas puderem ser produzidas sem a necessidade de horas extras ou gastos extras com certeza fecharíamos a negociação Um fator que muitas vezes pode levar o empresário a tomar decisões erradas é a limitação da capacidade de produção Ele fecha todos os pedidos que lhe aparecem pela frente e esquece de verificar se possui capacidade de produção sem aumentar os gastos Podemos concluir que a melhor alternativa de preço é a que nos oferece a maior lucratividade e proporciona a colocação no mercado de toda a produção da empresa 3 Custo de reposição Todos os sistemas de custeio são gerenciais e servem na maioria das vezes para auxiliar nas decisões e controle da empresa No Brasil onde não é permitido corrigir as contas de estoque do balanço e as taxas de inflação são altas ficou Data Histórico Quantidade Valor Unitário Total 10fev Compra de cartuchos 20 7500 150000 20mar Venda de cartuchos 20 12000 240000 Lucro da atividade 90000 Quando analisamos o resultado contábil da empresa constatamos que ela apresentou um lucro de R 90000 Porém existe um problema para o lucro apresentado ser real a empresa deveria repor sua quantidade no estoque e sobrar o lucro no caixa ou estar investido em outros ativos Se utilizarmos o custo de reposição vamos veremos que o lucro foi menor Data Histórico Quantidade Valor Unitário Total 10fev Compra de cartuchos 20 7500 150000 20mar Venda de cartuchos 20 12000 240000 20mar Reposição do estoque 20 9500 190000 Lucro da atividade 50000 O lucro real da empresa foi de R 50000 pois efetuamos uma cotação junto ao nosso fornecedor e verificamos que os preços subiram O custo de reposição é bastante utilizado em épocas de inflação alta onde as compras são feitas periodicamente e os preços sobem todos os dias Utilizamos o custo de reposição para corrigir os nossos preços e para controle da empresa difícil ter uma noção real do lucro da empresa Deste modo foi criado o sistema de custo de reposição para tomarmos algumas decisões A regra do custo de reposição é bastante simples para calcularmos a margem de contribuição ou lucro de uma empresa não usamos o custo do nosso produto em estoque mas sim consideramos o custo que teríamos para repor esse produto no estoque hoje Analisamos uma empresa que comercializa cartuchos de tinta para impressoras Como estamos indo até aqui Esperamos que o conteúdo esteja sendo entendido Não esqueçam É fundamental que não fi quem com dúvidas sobre os conteúdos estudados Não deixem de fazer as leituras sugeridas e consultar os sites ao fi nal da aula Nosso objetivo é tornar a aprendizagem de vocês um momento de realização pessoal e profi ssional Até a próxima aula Retomando a aula Estamos terminando mais um conteúdo espero que tenham gostado 47 1 Fixação do preço de venda Nessa seção aprendemos que o custo fixo de uma empresa é composto basicamente por depreciação de máquinas locação do imóvel da fábrica energia mão de obra indireta entre outros O custo fixo total representa o custo com a estrutura da empresa Assim quanto maior o custo fixo teoricamente maior será o porte da empresa 2 Preço de venda margem de contribuição e capacidade de produção Vimos que para analisarmos a margem de contribuição é preciso verificar a composição do produto e o mercado A margem de contribuição portanto é igual ao preço de venda subtraído do custo variável Todas as decisões com relação à variação de preço e custo influenciarão diretamente no volume a ser produzido para que a empresa obtenha o lucro desejado 3 Custo de reposição A melhor decisão a ser tomada com relação ao preço de venda é sempre pela opção que nos oferece a melhor margem de contribuição total ou seja definimos o melhor preço e a melhor quantidade para obtermos a melhor e maior lucratividade com a colocação no mercado de toda a produção de uma empresa A margem de contribuição ou lucro de uma empresa não é dada pelo custo do produto em estoque mas sim considerando o custo provável para repor dado produto no estoque hoje Lembremse Quem determina o preço do nosso produto é o mercado CREPALDI Silvio Aparecido Curso Básico de Contabilidade de Custos 4 ed São Paulo Atlas 2009 SCHIER Carlos Ubiratan da Costa Gestão Prática de Custos Curitiba Juruá 2009 SOUZA Alceu CRUZ June Alisson Westarb Classificando Custos Fixos e Variáveis por meio de Métodos Estatísticos Revista Mineira de Contabilidade v 34 p 2230 2009 Associação Brasileira de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbr Comitê de Pronunciamentos Contábeis Disponível em http wwwcpcorgbrmostraOrientacaophpid17 Congresso Brasileiro de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbrcongressoviewID CONGRESSO21 Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Após terem realizado uma boa leitura dos assuntos abordados em nesta aula na Sala Virtual estão disponíveis os arquivos com as Atividades que deverão ser respondidas e enviadas Procurem resolver as atividades dentro dos prazos estabelecidos Agora é com vocês Contabilidade Financeira Disponível em http contabilidadefinanceirablogspotcombr201110ifrsno brasilhtml Escrituração Contábil Disponível em httpwwwnfe fazendagovbr Revista Brasileira de Contabilidade RBC Fórum Contábeis Disponível em wwwcontabeiscombrforumrbc revistabrasileiradecontabilida Minhas anotações Análise de Custos 8º Aula Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula vocês serão capazes de descrever as características do custeio baseado em atividade definir as medidas não financeiras de controle e avaliação calcular volume de produção e tempo de permanência de um produto no mercado para compreender a formação dos custos e o ciclo de vida dos produtos ABC Custo Baseado em atividade Boa aula Olá pessoal A implantação nas empresas da filosofia do controle total da qualidade acarreta importantes mudanças no comportamento gerencial ao exigir o envolvimento de todos Nesta aula verificaremos a respeito da implantação do ABC custeio baseado em atividades ou seja um sistema que contempla todos os gastos das atividades e praticamente elimina os rateios Assim investigaremos o ciclo de vida do produto diretamente relacionado com o seu valor e uso Disponível em httpwww exatagestaocontabilcombrcontabilidade Acesso em 14 abr 2012 49 1 Características do custeio baseado em atividades 2 Medidas não financeiras 3 Ciclo de vida dos produtos Seções de estudo 1 Características do custeio baseado em atividades 2 medidas não fi nanceiras O custeio baseado em atividades surgiu da necessidade de maior controle sobre os custos dos produtos e serviços A departamentalização das atividades dentro das empresas foi o ponto de partida para chegarmos ao custeio baseado em atividades Para a implantação do custeio baseado em atividades é necessário toda uma reengenharia dos sistemas de custeio da empresa onde iremos identificar todas as atividades desenvolvidas dentro dos departamentos e apurar o seu custo Para implantarmos de maneira prática o custeio baseado em atividades seguiremos os seguintes passos 1º departamentalização devemos agregar os colaboradores e as máquinas em departamentos 2º identificação dos departamentos os departamentos deverão ser separados em apoio e produção 3º identificação das atividades cada departamento deverá identificar suas atividades e apurar os materiais os equipamentos e a mão de obra para desenvolvêla 4º custo da atividade após a identificação da atividade e dos gastos com a mesma transformaremos em valores monetários cada atividade 5º formação de custo dos produtos contabilizamos o custo das atividades ao custo dos produtos em conjunto com o custo dos materiais formamos o custo dos produtos O custeio baseado em atividades é um sistema que contempla todos os gastos das atividades e praticamente elimina os rateios As principais vantagens são identificação e quantificação das atividades desenvolvidas nos departamentos auxiliar na reengenharia de processos de produção identificar atividades desnecessárias que só contribuem para o aumento dos custos eliminação ou redução de custos que não agregam valores aos produtos identificação de custeio de clientes mercado segmentos de mercado e de atividades auxiliares O custeio baseado em atividades é bastante útil para as empresas gerenciarem seus custos Porém é um sistema bastante complexo e caro para ser implantado devido ao seu grau de detalhamento o que muitas vezes fica inviável sua implantação em pequenas e médias empresas Disponível em httpbelezasheila blogspotcombr201105 alavancagemfi nanceirae operacionalhtml201105 alavancagemfi nanceirae operacionalhtml Acesso em 14 abr 2012 Disponível em http contabilidadeessencialblogspot combr201202principios contabeisgeralmenteaceitos html Acesso em 14 abr 2012 Até um passado bastante recente a administração baseava se quase que exclusivamente em relatórios quantitativos financeiros e resultados para a avaliação de desempenho dos administradores e das unidades administrativas ou de produção A implantação nas empresas da filosofia do controle total da qualidade acarreta importantes mudanças no comportamento gerencial ao exigir o envolvimento de todos A avaliação de desempenho por exemplo não será individual ou por unidade de trabalho O que passa a ser relevante é o desempenho global da empresa e a união de todos os colaboradores para atingir os objetivos financeiros de qualidade e de desempenho Nem tudo o que é importante para uma organização empresarial a contabilidade consegue medir Portanto os dados contábeis de vem ser usados com bom senso Nos tempos atuais muitas decisões estratégicas importantes baseiamse no fator qualitativo Disponível em httpcontabilidadecomopatrimonioblogspotcom br201106mensuracaodoresultadocontabil26html Acesso em 14 abr 2012 Podemos dividir as medidas não financeiras de controle e avaliação em cinco grupos principais medidas de tempo as medidas de tempo dentro de uma linha de produção e da empresa como um todo determina praticamente o custo final dos produtos Podemos exemplificar algumas medidas de tempo que indiretamente influenciam nos resultados financeiros movimentação de materiais ciclo financeiro ciclo operacional e programação medidas de produto fica difícil determinarmos medidas não financeiras que indicam se a empresa está em sintonia com o mercado ou não As medidas financeiras também não fornecem tal informação Então podemos exemplificar como medidas não financeiras que auxiliam os administradores diversidade de produtos volumes de produção tempo médio de lançamento de produtos e ciclo de vida de um modelo medidas de qualidade em uma economia globalizada em que a qualidade deixou de ser um privilégio de poucas empresas e sim uma obrigação para todas que pretendem perdurarem no mercado o administrador precisa de indicadores que forneçam informações sobre a qualidade dos seus produtos e sirvam de subsídios para constantes melhorias Os principais indicadores de qualidade são número de peças com defeitos e número de lotes recusados Análise de Custos 50 medidas de estoques os estoques dentro das empresas representam gastos que podem ser eliminados Podemos citar como medidas rotação do estoque espaço ocupado e ciclo produtivo medidas de matériasprimas as matériasprimas influenciam diretamente e indiretamente no custo do produto e por isso precisamos obter informações sobre tudo o que possa ocorrer com as matériasprimas que farão parte do produto final da empresa Citamos como exemplo de medidas não financeiras das matériasprimas número de sucatas produzidas sobras não aproveitadas qualidade e aproveitamento A Revista da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade ANEFAC nº 61 Ano 8 1998 divulgou nas páginas 18 a 22 um interessante elenco de 21 medidas não financeiras para controle e avaliação de desempenho e resultados as quais são utilizadas por empresas dos EUA e do Canadá Tais medidas foram agrupadas em cinco categorias gerais serviço ao cliente desempenho de mercado obtenção de resultados inovação e envolvimento dos funcionários conforme segue Tais medidas foram agrupadas em cinco categorias gerais serviço ao cliente desempenho de mercado obtenção de resultados inovação e envolvimento dos funcionários conforme segue moral e cultura corporativa reconhecimento interno capacidades essenciais educaçãotreinamento rotatividade de pessoal satisfação do empregado inovação produtividade de pesquisa e de desenvolvimento capacidade tecnológica fl exibilidade industrial desenvolvimento de novos produtos respeito ao meio ambiente produtividade Inovação participação de mercado crescimento de mercado efi ciência do marketing qualidade do serviço qualidade de produto ou de serviço efi ciência nas entregasserviço ao cliente satisfação do cliente Implantação do sistema de controle e medidas de avaliação Os controles e as medidas de avaliação de desempenho e resultados têm como objetivos principais Medir o grau de efi ciência e efi cácia com que as atividades das empresas estão sendo executadas em relação às metas e aos objetivos previamente estabelecidos e aprovados durante a fase de elaboração do planejamento estratégico Oferecer subsídios adequados ao processo de eliminação de desper dícios e aprimoramento de rotinas consideradas inadequadas Como visto a empresa necessita não só de informações fi nanceiras como também de informações não fi nanceiras para o alcance de tais metas gerenciais de controle e de avaliação Para serem compreensíveis tais informações devem ser consistentes As medidas de desempenho devem assegurar que haja uma conexão entre as atividades da empresa e seu processo de planejamento estratégico Portanto as medidas devem ser consistentes com os objetivos da empresa levando em conta tanto os fatores internos como externos requeridos para atingir tais objetivos É importante lembrar que cada empresa deve criar e adequar seu próprio sistema de medidas O sistema deve ser implantado de acordo com a necessidade da empresa onde todos os colaboradores devem estar envolvidos e treinados para alimentar o sistema com rotinas que contribuirão para a confi abilidade das mesmas Abaixo relacionamos alguns princípios de medição de desempenho extraídos do Livro Gestão Estratégica de Custos Dr Masayuki Nakagawa São Paulo 1997 A metodologia utilizada para quantifi car o desempenho e o propósito de cada forma de medição deve ser comunicada a todos os níveis gerenciais por áreas de responsabilidades Devem fi car claras e evidentes as relações entre as metas individuais e as metas da empresa Os resultados de todas as mensurações devem ser visíveis ao maior número possível de pessoas de modo a facilitar lhes a concentração da atenção nos problemas emergentes e encorajá las a entender às mensurações para melhorar seus desempenhos futuros A contabilidade é responsável pela mensuração dos insumos efi ciência utilizados para executar uma atividade ao passo que a mensuração de desempenho preocupase com o resultado efi cácia da atividade Para todas as atividades relevantes devem ser estabelecidas mensurações específi cas embora nem sempre os mesmos dados estatísticos sejam necessários para cada uma delas Devem ser estabelecidas para melhorar a visibilidade dos direcionadores de custos As mensurações de desempenho devem permitir ao analista o reconhecimento dos direcionadores de custos Só uma adequada compreensão e a visibilidade de tais direcionadores auxiliarão os gestores a terem acesso e uso dessa informação para fi ns de controle de custos Tanto as atividades mensuráveis fi nanceiramente como aquelas que não o são devem ser incluídas no sistema de mensuração de desempenho Desde que as atividades relevantes já tenham sido identifi cadas as mensurações a elas pertinentes devem ser poucas quantifi cáveis e de fácil entendimento As mensurações devem ser defi nidas e expressas em termos de unidades relevantes de mensuração Muitas mensurações são mais bem expressas quando estabelecidas em termos físicos por exemplo tempo transações etc Todavia mesmo essas mensurações deveriam ser conversíveis em termos fi nanceiros Esses são alguns parâmetros e medidas de desempenho que a Controladoria dos tempos atuais deve incorporar a seus relatórios gerenciais dentro da concepção de servir como um banco de dados supridor de informações para as demais unidades de trabalho A Controladoria deve utilizar tais informações para a sua análise e posteriores conclusões 51 Compreenderam bem até aqui Vamos então à próxima seção 3 ciclo de vida dos produtos Atualmente as pessoas buscam constantemente por novos produtos os custos em desenvolvimento estão diretamente ligados a dois fatores volume de produção logo após o produto estar pronto para o seu lançamento a empresa deve determinar o volume mínimo a ser comercializado com o objetivo de recuperar os gastos com o seu desenvolvimento Por exemplo uma empresa que produz telefones celulares e está prestes a lançar um modelo com várias melhorias que consumiram R 1000000000 em pesquisas Esse valor deve retornar para empresa através da comercialização do novo aparelho A empresa determinou através de pesquisas de mercado que consegue somar aos custos de produção do novo aparelho uma taxa de R 2000 por unidade a título de recuperação dos gastos com pesquisa Então aplicamos a fórmula Gasto total c desenvolvimento Volume mínimo de vendas Taxa por unidade Gasto total c desenvolvimento Volume mínimo de vendas Taxa por unidade Assim temos que 1000000000 500000 unidades 2000 Determinamos que o volume mínimo que a empresa deverá comercializar será de 500000 unidades do novo aparelho dentro dos preços de mercado Tempo de permanência no mercado O tempo de permanência de um modelo de produto no mercado está diretamente relacionado com o gosto do consumidor e com o que o mercado concorrente oferece O tempo mínimo de permanência mínimo no mercado pode ser determinado através da seguinte fórmula 1000000000 500000 unidades 2000 Volume mínimo de vendas Tempo de permanência no mercado Volume de vendas por período Onde Se o volume de vendas por período for fixado em meses o tempo de permanência obtido será em meses se for estabelecido em anos o resultado será também em anos Tomando o exemplo anterior onde o volume mínimo era de 500000 unidades e o mercado absorve 100000 unidades por mês Aplicamos a fórmula 500000 5 meses 100000 A empresa deverá comercializar no mínimo 500000 unidades em cinco meses podendo ocorrer duas situações o produto continua com boa aceitação no mercado a empresa continuará com o modelo após o período determinado o produto não teve boa aceitação no mercado neste caso a empresa não está conseguindo cumprir as metas mínimas de vendas Assim a empresa diminui seu preço e o mantém no mercado ou lança outro modelo e transfere para custos perdidos os gastos com pesquisas O ciclo de vida do produto está diretamente relacionado com o seu valor e uso Podemos afirmar que quanto maior for o valor do produto maior será a sua permanência no mercado Os bens duráveis como aviões e caminhões possuem ciclos de vida que ultrapassam décadas Já os bens de consumo estão diretamente ligados a status e a moda como por exemplo roupas celulares calçados e carros possuindo ciclos de vida curtos que dificilmente ultrapassam um ano Muito bem turma chegamos à última aula da disciplina de Análise de Custos Esperamos que os assuntos abordados tenham sido compreendidos por vocês contribuindo assim para aprofundar seus conhecimentos Retomando a aula Estamos terminando a aula vamos relembrar 1 Características do custeio baseado em atividades ABC Vimos que o custeio baseado em atividades é um sistema que contempla todos os gastos das atividades e praticamente elimina os rateios Para a implantação do ABC são recomendados os seguintes passos departamentalização identificação dos departamentos identificação das atividades custo da atividade formação de custo dos produtos 2 Medidas não financeiras A implantação nas empresas da filosofia do controle total da qualidade acarreta importantes mudanças no comportamento gerencial ao exigir o envolvimento de todos Passa a ser relevante o desempenho global da empresa e a união de todos os colaboradores para atingir os objetivos financeiros de qualidade e de desempenho As medidas não financeiras dividemse em cinco grupos principais tempo produto qualidade estoques matériasprimas 3 Ciclo de vida dos produtos Vimos que o ciclo de vida do produto está diretamente relacionado com o seu valor e uso Podemos afirmar que quanto maior for o valor do produto maior será a sua permanência no mercado Os custos dos produtos estão diretamente ligados a dois fatores volume de produção tempo de permanência no mercado BRUNI Adriano Leal FAMÀ Rubens Gestão de Custos e Formação de Preços com Aplicações na Calculadora HP 12C e Excel Série Finanças na Prática 5 ed Atlas São Paulo 2008 Vale a pena Vale a pena ler Análise de Custos 52 CREPALDI Silvio Aparecido Curso Básico de Contabilidade de Custos 4 ed São Paulo Atlas 2009 SCHIER Carlos Ubiratan da Costa Gestão Prática de Custos Curitiba Juruá 2009 Alavancagem Financeira e Operacional Disponível em httpbelezasheilablogspotcombr201105 alavancagemfinanceiraeoperacionalhtml201105 alavancagemfinanceiraeoperacionalhtml Congresso Brasileiro de Custos ABC Disponível em httpwwwabcustosorgbrcongressoviewID CONGRESSO21 Revista Brasileira de Contabilidade CFC Disponível em wwwcfcorgbrconteudoaspxcodMenu9 Vale a pena acessar Associação nacional dos executivos de finanças administração e contabilidade ANEFAC 21 medidas não financeiras para controle e avaliação de desempenho e resultados Revista ANEFAC nº 61 Ano 8 1998 p 1822 BERTI Anélio Contabilidade e Análise de Custos 2 ed Curitiba Juruá 2009 BRASIL Receita Federal Regulamentação do Imposto de Renda RIR 99 Tributação das Pessoas Jurídicas Livro 2 Art 146 a 619 Conselho Federal de Contabilidade Resolução nº 530 de 23101981 Conselho Federal de Contabilidade Resolução nº 750 de 29121993 Conselho Federal de Contabilidade Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade Auditoria e Perícia 3 ed Brasília CFC 2008 HENDRIKSEN Eldon S VAN BREDA Michael F Teoria da contabilidade 5 ed Traduzida por Antônio Zoratto Sanvicente São Paulo Atlas 1999 MARTINS Eliseu Contabilidade de custos 9 ed São Paulo Atlas 2006 SCHIER Carlos Ubiratan da Costa Gestão prática de custos Curitiba Juruá 2009 WERNKE Rodney Gestão de custos uma abordagem prática São Paulo Atlas 2001 Referências bibliográfi cas Minhas anotações