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Engenharia Química ·
Tratamento de Água e Esgoto
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Copyright 1992 ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede Rio de Janeiro Av Treze de Maio 13 28º andar CEP 20003900 Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro RJ Tel PABX 021 2103122 Fax 021 22017622206436 Endereço Telegráfico NORMATÉCNICA ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas NBR 12209 ABR 1992 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário Palavrachave Esgoto sanitário 12 páginas Origem Projeto 02009270051989 CB02 Comitê Brasileiro de Construção Civil CE0200927 Comissão de Estudo de Projetos de Sistemas de Esgoto Sanitário NBR 12209 Sewage treatment plants design Procedure Reimpressão da NB570 de MAR 1990 Procedimento SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Critérios e disposições 6 Tratamento da fase líquida 7 Tratamento de lodos fase sólida 1 Objetivo 11 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elabo ração de projeto hidráulicosanitário de estações de trata mento de esgoto sanitário ETE observada a regulamen tação específica das entidades responsáveis pelo plane jamento e desenvolvimento do sistema de esgoto sani tário 12 Esta Norma se aplica aos seguintes processos de tratamento a separação de sólidos por meios físicos b filtração biológica c lodos ativados d tratamento de lodo 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar NBR 9648 Estudo de concepção de sistema de es goto sanitário Procedimento NBR 9649 Projeto de redes coletoras de esgoto sa nitário Procedimento NBR 9800 Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de es goto sanitário Procedimento NBR 12207 Projeto de interceptores de esgoto sani tário Procedimento NBR 12208 Projeto de estações elevatórias de es goto sanitário Procedimento 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 31 a 328 31 Acessório válvulas comportas medidores Dispositivo mecânico de regulagem distribuição inter rupção ou medição do fluxo 32 Altura mínima de água Altura da lâmina de líquido contido em uma unidade de tratamento medida a partir da superfície livre até o final do paramento vertical das paredes laterais quando a unidade opera com sua vazão de dimensionamento 33 Eficiência do tratamento Redução percentual dos parâmetros de carga poluidora promovida pelo tratamento Cópia não autorizada 2 NBR 122091992 34 Estação de tratamento de esgoto ETE Conjunto de unidades de tratamento equipamentos órgãos auxiliares acessórios e sistemas de utilidades cuja finalidade é a redução das cargas poluidoras do es goto sanitário e condicionamento da matéria residual re sultante do tratamento 35 Fator de carga Relação entre a massa de demanda bioquímica de oxi gênio DBO5 fornecida por dia ao processo de lodos ati vados e a massa de sólidos em suspensão SS contida no tanque de aeração 36 Idade do lodo ou detenção celular Tempo médio em dias de permanência no processo de uma partícula em suspensão numericamente igual à re lação entre a massa de sólidos em suspensão voláteis SSV ou SS contida no tanque de aeração e a massa de SSV ou SS descartada por dia com o excesso de lodo 37 Lodo Suspensão aquosa de substâncias minerais e orgânicas separadas no processo de tratamento 38 Lodo biológico Lodo produzido em um processo de tratamento biológico 39 Lodo estabilizado Lodo não sujeito à putrefação 310 Lodo misto Mistura de lodo primário e lodo biológico 311 Lodo primário Lodo resultante da remoção de sólidos em suspensão do esgoto afluente à ETE 312 Lodo seco Lodo resultante de uma operação de desidratação 313 Operação unitária Procedimento de que resulta transformação física do es goto ou da matéria residual resultante do tratamento 314 Órgão auxiliar canais caixas vertedores tubulações Dispositivo fixo no qual flui esgoto sanitário ou lodo 315 Processo unitário Procedimento de que resulta transformação química ou biológica do esgoto ou da matéria residual resultante do tratamento 316 Processo de tratamento Conjunto de técnicas aplicadas em uma ETE com preendendo operações unitárias e processos unitários 317 Relação alimento X microorganismos Relação entre a massa de DBO5 fornecida por dia ao processo de lodos ativados e a massa de SSV contida no tanque de aeração 318 Relação de recirculação Relação entre a vazão de recirculação e a vazão média afluente à ETE 319 Sistema de utilidade água potável combate a incêndio distribuição de energia drenagem pluvial Instalação permanente que supre necessidade acessória indispensável à operação da ETE 320 Taxa de aplicação hidráulica Relação entre a vazão afluente a uma unidade de trata mento e a área horizontal sobre a qual é distribuída 321 Taxa de aplicação de sólidos Relação entre a massa de sólidos em suspensão introdu zida numa unidade de tratamento e a área sobre a qual é aplicada por unidade de tempo 322 Taxa de escoamento superficial Relação entre a vazão do efluente líquido de uma unidade de tratamento e a área horizontal sobre a qual é distri buída 323 Taxa de utilização de substrato Relação entre a massa de DBO5 removida por dia no processo e a massa de SSV contida no tanque de aera ção 324 Tempo de detenção hidráulica Relação entre o volume útil de uma unidade de tratamento e a vazão afluente 325 Unidade de tratamento Qualquer das partes de uma ETE cuja função seja a realização de operação unitária ou processo unitário 326 Vazão máxima afluente à ETE Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE avaliada conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207 327 Vazão média afluente à ETE Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE ava liada conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207 desprezada a variabilidade do fluxo k1 e k2 328 Vazão de recirculação Vazão que retorna de jusante para montante de qualquer unidade de tratamento Cópia não autorizada NBR 122091992 3 4 Condições gerais 41 Requisitos 411 Relatório do estudo de concepção do sistema de esgoto sanitário elaborado conforme a NBR 9648 412 População atendida e atendível pela ETE nas diver sas etapas do plano 413 Vazões e demais características de esgotos domésti cos e industrial afluentes à ETE nas diversas etapas do plano 414 Características requeridas para o efluente tratado nas diversas etapas do plano 415 Corpo receptor e ponto de lançamento definidos na concepção básica 416 Área selecionada para construção da ETE com le vantamento planialtimétrico em escala de 11000 417 Sondagens preliminares de reconhecimento do subsolo na área selecionada 418 Cota máxima de enchente na área selecionada 419 Padrões de lançamento de efluentes industriais na rede coletora ver NBR 9800 42 Atividades A elaboração do projeto hidráulicosanitário compreende no mínimo as seguintes atividades a seleção e interpretação das informações disponí veis para projeto b definição das opções de processo para a fase lí quida e para a fase sólida c seleção dos parâmetros de dimensionamento e fixação de seus valores d dimensionamento das unidades de tratamento e elaboração dos arranjos em planta das diversas opções definidas f elaboração de perfil hidráulico preliminar das di versas opções g avaliação de custo das diversas opções h comparação técnicoeconômica e escolha da so lução i dimensionamento dos órgãos auxiliares e siste mas de utilidades j seleção dos equipamentos e acessórios l locação definitiva das unidades considerando a circulação de pessoas e veículos e o tratamento arquitetônicopaisagístico melaboração do perfil hidráulico em função do ar ranjo definitivo n elaboração de relatório do projeto hidráulico sanitário justificando as eventuais divergências em relação ao estudo de concepção 5 Critérios e disposições 51 Para o dimensionamento das unidades de tratamento e órgãos auxiliares os parâmetros básicos seguintes de vem ser obtidos para as diversas etapas do plano a vazões afluentes máxima e média b demanda bioquímica de oxigênio DBO ou de manda química de oxigênio DQO c sólidos em suspensão SS 52 Os valores dos parâmetros b e c de 51 devem ser de terminados através de investigação local de validade re conhecida Na ausência dessa determinação podem ser usados os valores de 54 g de DBO5habd e 60 g de SShabd Outros valores adotados devem ser justifi cados 53 Os critérios gerais de dimensionamento das unidades e órgãos auxiliares excetuados os casos explicitados adiante devem ser os seguintes a dimensionados para a vazão máxima estações elevatórias de esgoto bruto canalizações medidores dispositivos de entrada e saída b dimensionados para a vazão média todas as unidades e canalizações precedidas de tanques de acumulação com descarga em regime de vazão constante 54 Deve ser prevista canalização de desvio bypass para isolar a ETE 55 Recomendase que as unidades de tratamento da ETE possuam dispositivos que permitam seu isolamento 56 Deve ser previsto pelo menos o dispositivo de medição da vazão afluente à ETE 57 As canalizações devem ser dimensionadas de modo a evitar deposição de sólidos em função das caracterís ticas do líquido transportado No caso de canalização de transporte de lodo a velocidade de escoamento deve estar compreendida entre 05 ms e 18 ms 58 O acesso às unidades deve ser fácil e adequado às condições de segurança e comodidade da operação Escadas tipo marinheiro não devem ser permitidas Cópia não autorizada 4 NBR 122091992 59 Devem ser previstos condições ou dispositivos de segurança de modo a evitar concentração de gases que possam causar explosão intoxicação ou desconforto 510 O projeto hidráulicosanitário deve incluir o tratamen to e destino final do lodo removido 511 O relatório do projeto hidráulicosanitário da ETE deve incluir a memorial descritivo e justificativo contendo infor mações a respeito do destino a ser dado aos ma teriais residuais retirados da ETE explicitando os meios que devem ser adotados para o seu trans porte e disposição projetandoos quando for o caso b memória de cálculo hidráulico c planta de situação da ETE em relação à área de projeto e ao corpo receptor d planta de locação das unidades e fluxograma do processo e arranjo em planta layout com identificação das unidades de trata mento e dos órgãos auxiliares f perfis hidráulicos das fases líquida e sólida nas diversas etapas g plantas cortes e detalhes h planta de escavações e aterros i especificações de materiais e serviços j especificações de equipamentos e acessórios in dicando os modelos selecionados para elabora ção do projeto l orçamento m manual de operação de processo contendo no mínimo o seguinte descrição simplificada da ETE parâmetros utilizados no projeto fluxograma e arranjo em planta layout da ETE com identificação das unidades e órgãos auxi liares e informações sobre seu funcionamento procedimentos de operação com descrição de cada rotina e sua freqüência identificação dos problemas operacionais mais freqüentes e procedimentos a adotar em cada caso descrição dos procedimentos de segurança do trabalho modelos das fichas de operação a serem preen chidas pelo operador 6 Tratamento da fase líquida 61 Separação de sólidos por meios físicos 611 Gradeamento Devem ser observados os preceitos estipulados na NBR 12208 incluídos os relativos a canais afluentes 612 Desarenação 6121 O desarenador deve ser projetado para remoção mínima de 95 em massa das partículas com diâmetro igual ou superior a 02 mm densidade de 265 6122 A vazão de dimensionamento do desarenador deve ser a vazão máxima afluente à ETE 6123 O desarenador deve ter limpeza mecanizada quan do a vazão de dimensionamento é igual ou superior a 250 Ls 6124 Devem ser previstas pelo menos duas unidades instaladas sendo neste caso uma delas reserva a qual pode ser unidade não mecanizada 6125 No caso de desarenador por gravidade a taxa de escoamento superficial deve estar compreendida entre 600 a 1300 m3m2d 6126 No caso de desarenador tipo canal deve ser obser vado o seguinte a a seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento para a vazão média seja igual a 030 ms não sendo superior a 040 ms para a vazão máxima b no fundo e ao longo do canal deve ser previsto espaço para a acumulação do material sedimen tado com seção transversal mínima de 020 m de profundidade por 020 m de largura no caso de limpeza manual a largura mínima deve ser de 030 m 6127 No caso de desarenador aerado deve ser obser vado o seguinte a a seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento longitudinal seja inferior a 025 ms para a vazão máxima b a quantidade de ar injetada deve ser regulável c o tempo de detenção hidráulica para a vazão má xima deve ser igual ou superior a 120 s 613 Decantação primária 6131 A vazão de dimensionamento de decantador pri mário deve ser a vazão máxima afluente à ETE exceto no caso da alínea c de 626 6132 A taxa de escoamento superficial deve ser igual ou inferior a a 60 m3m2d quando não precede processo bioló gico Cópia não autorizada NBR 122091992 5 b 80 m3m2d quando precede processo de filtração biológica c 120 m3m2d quando precede processo de lodos ativados 6133 ETE com vazão de dimensionamento superior a 250 Ls deve ter mais de um decantador primário 6134 O tempo de detenção hidráulica para a vazão mé dia deve ser inferior a 6 h e para a vazão máxima su perior a 1 h 6135 A taxa de escoamento através do vertedor de saída não deve exceder a 720 m3dm de vertedor 6136 A tubulação de remoção de lodo deve ter diâmetro mínimo de 150 mm a tubulação de transporte de lodo por gravidade deve ter declividade mínima de 3 a re moção de lodo do fundo deve ser feita de modo a permitir a observação e controle do lodo removido 6137 O poço de acumulação de lodo no fundo do decan tador deve ter paredes com inclinação igual ou supe rior a 15 na vertical para 10 na horizontal terminando em base inferior com dimensão horizontal mínima de 060 m 6138 No caso de decantador primário com remoção mecanizada de lodo deve ser observado o seguinte a o dispositivo de remoção deve ter velocidade igual ou inferior a 20 mms no caso de decantador retan gular e velocidade periférica igual ou inferior a 40 mms no caso de decantador circular b a altura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 20 m c definese o volume útil como o produto da área de decantação pela altura mínima de água d para decantador retangular a relação comprimen toaltura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 41 a relação larguraaltura mínima de água deve ser igual ou superior a 21 a relação compri mentolargura deve ser igual ou superior a 21 e para decantador retangular a velocidade de es coamento horizontal deve ser igual ou inferior a 50 mms quando recebe excesso de lodo ativado a velocidade deve ser igual ou inferior a 20 mms 6139 No caso de decantador primário sem remoção mecanizada de lodo deve ser observado o seguinte a a altura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 050 m b o decantador pode ser circular ou quadrado em planta com poço de lado único cônico ou pirami dal de base quadrada descarga de lodo por gra vidade inclinação de paredes igual ou superior a 15 na vertical por 10 na horizontal e diâmetro ou diagonal não superior a 70 m c o decantador pode ser retangular em planta com alimentação pelo lado menor desde que a parte inferior seja totalmente constituída de poços tron copiramidais de bases quadradas e lado não su perior a 50 m com descargas individuais d no caso da alínea b definese o volume útil como sendo o volume de líquido contido no terço supe rior da altura do poço até o nível de água no caso da alínea c definese o volume útil como sendo o produto da área de decantação pela altura míni ma de água e carga hidrostática mínima para a remoção do lodo igual a cinco vezes a perda de carga hidráulica calculada para água e não inferior a 10 m 61310 Recomendase a instalação de dispositivo para a medição da vazão do lodo removido do decantador pri mário 61311 O projeto hidráulicosanitário deve incluir o se guinte a o volume a massa de sólidos em suspensão e o teor de sólidos do lodo removido b as características relativas à estabilidade do lodo removido c o dispositivo utilizado na remoção do lodo Para efeitos práticos consideramse equivalentes nesta Norma os teores de sólidos totais e de sólidos em sus pensão no lodo 62 Filtração biológica 621 A vazão de dimensionamento do filtro biológico deve ser a vazão média afluente à ETE 622 A filtração biológica deve ser precedida de remoção de sólidos grosseiros e areia e de decantação primária ou outra unidade de remoção de sólidos em suspensão 623 O filtro biológico deve dispor de um meio suporte da biomassa constituído de pedra britada seixo rolado ou outros materiais 6231 No caso de utilização de pedra britada esta deve ser brita 4 não sendo permitidas pedras chatas ou com faces planas 624 A aplicação do esgoto em filtro biológico circular de ve ser uniforme sobre a superfície do meio suporte através de distribuidor rotativo quando acionado pela reação dos jatos o distribuidor deve ser projetado para partir Cópia não autorizada 6 NBR 122091992 com carga hidrostática e até 060 m e deve permanecer em movimento com carga mínima de 020 m 625 Filtro biológico que utiliza pedra britada ou seixo ro lado deve ter altura do meio suporte inferior a 60 m e obedecer às seguintes limitações a baixa capacidade carga orgânica igual ou infe rior a 03 kg DBO5dm3 do meio suporte taxa de aplicação hidráulica compreendida entre 08 e 50 m3dm2 da superfície livre do meio suporte b alta capacidade carga orgânica igual ou inferior a 18 kg DBO5dm3 do meio suporte taxa de apli cação hidráulica compreendida entre 100 e 600 m3dm2 da superfície livre do meio suporte c no cálculo da taxa de aplicação hidráulica a va zão de dimensionamento deve ser acrescida da vazão de recirculação 6251 Quando são utilizados outros materiais os parâ metros e critérios para dimensionamento devem ser jus tificados 626 Pode ser admitida a recirculação nos seguintes casos a do efluente do filtro biológico para a sua própria entrada b do efluente do decantador final para a entrada do filtro biológico e neste caso o decantador final deve ser dimensionado para a vazão média acres cida da vazão de recirculação c do efluente do filtro biológico para a entrada do decantador primário e neste caso o decantador primário deve ser dimensionado para vazão má xima acrescida da vazão de recirculação d em qualquer dos casos a relação de recirculação deve ser igual ou inferior a 5 627 Podem ser utilizados filtros biológicos em série des de que seja justificado 628 Deve ser evitado o emprego de filtro biológico cober to devendo ser justificada a sua utilização 629 Para garantir a circulação de ar através do meio su porte do filtro biológico é necessário a que as aberturas para drenagem do efluente do filtro tenham área total igual ou superior a 15 da área horizontal do fundo do filtro b que as extremidades dos drenos que se comuni cam com a atmosfera tenham área total igual ou superior a 1 da área horizontal do fundo do filtro 6210 O filtro biológico coberto deve ter dispositivo de ventilação que garanta o movimento vertical de ar com velocidade mínima de 030 mmin 6211 Na drenagem do líquido percolado através do meio suporte deve ser observado o seguinte a a área do fundo do filtro deve ser inteiramente drenada b a declividade mínima dos drenos deve ser 1 e a velocidade mínima nas canaletas efluentes deve ser de 060 ms c os drenos e as canaletas efluentes devem ser di mensionados com seção molhada igual ou infe rior a 50 da seção transversal para a vazão má xima acrescida da vazão de recirculação 6212 Deve ser previsto o controle do crescimento de moscas preferivelmente por inundação do filtro biológico 6213 A filtração biológica requer o emprego de decan tação final 6214 A vazão de dimensionamento do decantador final deve ser a vazão média exceto para o caso de 626 alínea b 6215 No decantador final a taxa de escoamento superfi cial deve ser igual ou inferior a 36 m3m2d 6216 A taxa de escoamento através do vertedor de saída do decantador final deve ser igual ou inferior a 380 m3dm de vertedor 6217 A tubulação de remoção do lodo do decantador final deve ter diâmetro mínimo de 150 mm a tubulação de transporte de lodo por gravidade deve ter declividade mínima de 2 a remoção de lodo do fundo do decan tador final deve ser feita de modo a permitir a observação e controle do lodo removido 6218 As paredes do decantador final com poço de lodo devem ter inclinação igual ou superior a 15 na vertical para 10 na horizontal terminando em base inferior com dimensão horizontal mínima de 060m 6219 No caso de decantador final com remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6138 exceto alínea e e mais o seguinte para decantador final retangular a velocidade de escoamento horizontal deve ser igual ou inferior a 20 mms 6220 No caso de decantador final sem remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6139 6221 Recomendase a instalação de dispositivos para a medição das vazões de recirculação e do excesso de lodo removido do processo 6222 Na filtração biológica aplicase o disposto em 61311 Cópia não autorizada NBR 122091992 7 63 Lodos ativados 631 As prescrições desta seção abrangem o tanque de aeração o decantador final a recirculação de lodo e seus órgãos auxiliares e aplicamse ao valor de oxidação 632 O tratamento por processo de lodos ativados deve ser precedido pela remoção de sólidos grosseiros e areia podendo ser precedido pela remoção de sólidos sedimen táveis 633 A vazão de dimensionamento para o processo de lodos ativados deve ser a vazão média afluente à ETE não se incluindo a vazão de recirculação de lodo ativado 634 ETE com vazão afluente máxima superior a 250 Ls deve ter mais de um tanque de aeração 635 O tempo de detenção hidráulica não deve ser utilizado como parâmetro de dimensionamento do tanque de aeração 636 O dimensionamento do tanque de aeração deve ser efetuado por um dos parâmetros seguintes a idade do lodo b relação alimento X microorganismos c taxa de utilização de substrato d fator de carga 637 Os valores dos parâmetros de dimensionamento do tanque de aeração devem estar compreendidos nos intervalos a idade do lodo dois dias a 40 dias b relação alimento X microrganismos 007 a 11 kg DBO5kg SSVTAd c taxa de utilização de substrato 006 a 10 kg DBO5kg SSVTAd d fator de carga 005 a 090 kg DBO5kg SSTAd Nota SSVTA sólidos em suspensão voláteis no tanque de aeração SSTA sólidos em suspensão no tanque de aeração 638 A concentração de sólidos em suspensão no in terior do tanque de aeração deve estar compreendida no intervalo de 1500 a 6000 mgL 639 O tempo de detenção hidráulica no tanque de aera ção referido à vazão de dimensionamento deve ser igual ou superior a a 60 min quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é su perior a 015 kg DBO5kg SSVTAd b 15 h quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5SSVTAd 6310 A massa de oxigênio a ser fornecida ao tanque de aeração deve ser igual ou superior a a uma vez e meia a carga de DBO5 aplicada ao tan que de aeração quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é superior a 015 kg DBO5kg SSVTAd b duas vezes e meia a carga de DBO5 aplicada ao tanque de aeração quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd c três vezes a carga de DBO5 aplicada ao tanque de aeração quando é necessária a nitrificação do efluente e não se processa a desnitrificação bio lógica 6311 A concentração de oxigênio dissolvido no tanque de aeração Cl a ser considerada no dimensionamento do equipamento de aeração deve ser a 15 mgL quando a idade do lodo é igual ou supe rior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd ou quando é necessária a nitrificação do efluente e não se processa a desnitrificação biológica b 20 mgL quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de susbtrato é su perior a 015 kg DBO5kg SSVTAd 6312 A geometria do tanque de aeração deve ser estabe lecida em função do tipo potência e capacidade de ho mogeneização do equipamento de aeração escolhido 6313 Para o dimensionamento do equipamento de aera ção superficial a eficiência nominal de transferência de oxigênio para água limpa a 20C isenta de oxigênio dis solvido e ao nível do mar deve ser obtida em ensaio com o equipamento a ser empregado Na impossibilidade de realizar tal ensaio podem ser usados os seguintes valores a equipamento dotado de redutor de velocidade 22 kg O2kWh b equipamento de alta rotação 18 kg O2kWh 6314 A eficiência efetiva Ce de transferência de oxigê nio do equipamento de aeração superficial deve ser obti da corrigindose a eficiência nominal Cn com o fator λ Ce Cn λ kg O2kWh sendo λ α Csw Cl 9171 102T20 Onde α relação entre a taxa de transferência de oxigê nio ao esgoto e a taxa de transferência de oxigê nio à água limpa variando de 08 a 09 Cópia não autorizada 8 NBR 122091992 Csw concentração de saturação de oxigênio no es goto mgL sendo Csw β Cs P β relação entre a concentração de saturação de oxigênio no esgoto e a concentração de satu ração de oxigênio na água limpa variando de 09 a 10 Cs concentração de saturação de oxigênio dis solvido na água limpa na temperatura do esgoto mgL P relação entre a pressão barométrica no local de instalação e a pressão barométrica ao nível do mar Cl concentração de oxigênio a ser mantida no lí quido do tanque de aeração mgL T temperatura do esgoto em C Nota O fator de correção deve ser calculado para as condi ções de operação de verão e de inverno e adotado o de menor valor 6315 Para equipamento de aeração superficial montado sobre suportes fixos o tanque de aeração deve ter dispo sitivo que permita a variação do nível de água para con trole de concentração de oxigênio dissolvido 6316 O número mínimo de aeradores superficiais no tanque de aeração deve ser a dois para vazões médias entre 20 Ls e 100 Ls b três para vazões médias superiores a 100 Ls 6317 A densidade de potência no tanque de aeração dotado de equipamento de aeração superficial deve ser igual ou superior a 10 Wm3 Valores menores devem ser justificados 6318 Para dimensionamento do equipamento de aera ção por ar difuso a eficiência nominal E de transferência de oxigênio deve ser a obtida para água limpa a 20C isenta de oxigênio dissolvido e ao nível do mar 6319 A eficiência efetiva Ef de transferência de oxigênio do equipamento de aeração por ar difuso deve ser obtida corrigindose a eficiência nominal com o fator λ definido em 6314 considerandose a variação de α entre 06 a 09 6320 A aeração por ar difuso pode ser a de bolha grossa com diâmetro superior a 6 mm a eficiência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 15 b de bolha média com diâmetro de 3 mm a 6 mm a eficiência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 25 c de bolha fina com diâmetro inferior a 3 mm a efi ciência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 55 6321 Na aeração por ar difuso a vazão de ar a ser for necida ao tanque de aeração deve ser calculada pela expressão Q N 33408 Ef ρ1 Onde Q vazão de ar à temperatura de 20C e ao nível do mar m3min N massa de oxigênio requerida kg O2d Ef eficiência efetiva de transferência de oxigênio ρ massa específica do ar a 20C e ao nível do mar kgm3 63211 O dimensionamento do equipamento de forneci mento de ar para aeração por ar difuso deve ser feito atendendo às condições de pressão barométrica e tem peratura do ar no local da instalação 6322 A seleção dos tubos para alimentação e distribui ção de ar para aeração por ar difuso deve considerar o seguinte a o material empregado deve ser especificado para as condições de temperatura umidade e pressão piezométrica do ar transportado b nos casos de emprego de bolhas média e fina os tubos devem ser protegidos contra corrosão inter na e externamente c no caso de emprego de bolha grossa podem ser aceitos tubos apenas com proteção externa con tra corrosão 6323 Na aeração por ar difuso no caso de emprego de bolha fina o ar deve ser filtrado e conter no máximo 35 mg de material particulado por 1000 m3 de ar No ca so de emprego de bolha média essa relação pode ser de 15 mg1000 m3 no máximo 6324 O excesso de lodo removido do processo de lodos ativados deve ser considerado estável para fins de desi dratação e encaminhamento ao destino final quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou quando a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd Recomendase a instalação de dispositivo para medição da vazão do excesso de lodo removido do processo Cópia não autorizada NBR 122091992 9 6325 No processo de lodos ativados aplicase o disposto em 61311 6326 No processo de lodos ativados que emprega o valor de oxidação os seguintes parâmetros e condições devem ser aplicados a quando não for empregado decantador final deve ser previsto meio capaz de manter a concentra ção de SSTA em um mínimo de 2500 mgL b idade do lodo 18 dias a 40 dias c relação alimento X microorganismos 007 a 015 kg DBO5kg SSVTAd d fator de carga 005 a 010 kg DBOρkg SSVTAd e o equipamento de aeração além de sua capaci dade de transferência de oxigênio deve manter a massa líquida em movimento com velocidade de translação capaz de impedir a sedimentação de lodo no fundo do valo f o valor de oxidação deve ter o fundo e paredes impermeáveis até 030 m acima do nível máximo de operação 6327 O valor mínimo da relação de recirculação de lodo ativado deve ser a 025 quando a concentração de SSTA é menor que 3000 mgL b 050 quando a concentração de SSTA está com preendida no intervalo de 3000 mgL inclusive a 4500 mgL c 100 quando a concentração de SSTA é igual ou superior a 4500 mgL Nota Deve ser previsto dispositivo de medição da vazão de recirculação de lodo ativado 6328 O decantador final deve ser dimensionado para taxa de escoamento superficial igual ou inferior a a 36 m3m2d quando a concentração de SSTA é menor que 3000 mgL b 24 m3m2d quando a concentração de SSTA está compreendida no intervalo de 3000 mgL inclusi ve a 4500 mgL c 16 m3m2d quando a concentração de SSTA é igual ou superior a 4500 mgL 6329 No decantador final a taxa de aplicação de sólidos obtida pela expressão abaixo deve ser igual ou inferior a 144 kgm2d Ts Q QrA1 X Onde Q vazão média m3d Qr vazão de recirculação de lodo ativado m3d X concentração SSTA kgm3 A área de decantação m2 6330 No decantador final o tempo de detenção hidráuli ca relativo à vazão média deve ser igual ou superior a 15 h 6331 No caso de decantador final com remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6138 exceto alí nea e e mais o seguinte a para decantador final retangular a velocidade de escoamento horizontal deve ser igual ou inferior a 20 mms b decantador final circular com remoção de lodo por raspagem deve ter o fundo com inclinação mínima para o centro na razão de 1 na vertical por 12 na horizontal c decantador final retangular com remoção de lodo por sucção ao longo do tanque deve ter o fundo horizontal 6332 No caso de decantador final sem remoção meca nizada de lodo aplicase o disposto em 6139 exceto alínea e e mais o seguinte a carga hidrostática mínima para a remoção de lodo igual a duas vezes a perda de carga hidráulica para água e não inferior a 050 m b tubulação de descarga de lodo com diâmetro mí nimo de 150 mm 6333 A remoção de lodo do fundo do decantador final por pressão hidrostática ou sucção deve ser feita de mo do a permitir a observação e controle do lodo removido 6334 A taxa de escoamento através do vertedor de saída do decantador final deve ser igual ou inferior a 290 m3dm de vertedor 7 Tratamento de lodos fase sólida 71 Estação elevatória de lodo 711 As tubulações de recalque de lodo devem ter diâme tro mínimo de 150 mm e dispositivo que permita sua desobstrução 712 A perda de carga total a ser considerada nas tubula ções de recalque de lodos primário e misto estabilizados ou não deve ser determinada levando em consideração as características do lodo recalcado 713 No recalque de lodos primário e misto estabilizados ou não é vedado o uso de válvula de gaveta 714 A capacidade da elevatória de recirculação de lodo ativado deve ser no mínimo 50 superior à vazão de recirculação adotada no projeto Cópia não autorizada Cépia nao autorizada 10 NBR 122091992 72 Adensamento por gravidade 733 Em qualquer caso aplicase o disposto em 724 721 A taxa de aplicagao de solidos e o teor de solidos 74 Digestao aerobia em suspensao no lodo adensado utilizados no dimensio rane me cepencem co pe ooo 741 A digestao aerdbia deve ser processada em tanques P abertos com profundidade de 250 ma 1000 m 722 A profundidade minima da unidade de adensamento a deve ser de 30 m e 0 tempo de detencao hidraulica ma 742 Quando o digestor aerobio recebe apenas lodo bio ximo deve ser de 24 h O lodo afluente deve ser diluido logico o tempo de detengao hidraulica deve ser igual ou no caso de incompatibilidade desses valores com a taxa superior a doze dias quando recebe lodo misto o tempo de aplicacado de solidos adotada de detencao hidraulica deve ser igual ou superior a 18 dias 723 O dimensionamento da unidade de adensamento deve prever no lodo efluente uma recuperagao maxima 743 A taxa de aplicacao de SSV deve ser igual ou in de 90 dos sélidos em suspensao do lodo afluente ferior a 35 kgmd 724 O efluente liquido sobrenadante da unidade de won re 744 A massa de oxigénio fornecido deve ser igual ou su adensamento deve ser retornado a entrada da ETE em 4 J perior a 19 kgOkg SSV consumido cujo dimensionamento devem ser considerados o acrés 2 cimo dos sdlidos em suspensao nao recuperados e a carga organica correspondente 745 O equipamento de aeragao deve manter uma concen tragao de oxigénio dissolvido igual a 2 mgOL no inte 725 Unidade de adensamento cuja menor dimensdo rior do digestor aerobio em planta é superior a 30 m deve ser projetada com re mogao mecanizada de lodo 746 No caso de emprego de equipamento de aeragao superficial a densidade de poténcia deve ser igual ou 726 No projeto da unidade de adensamento deve ser superior a 25 Wm observado o disposto em 6136 e 6137 73 Adensamento por flotagao ou cenitrifugagao 747 No caso de emprego de equipamento de ar difuso a taxa de ar fornecido deve ser igual ou superior a 12 m 731 O adensamento de lodo pode também ser proces de ar por hora e por metro cubico do volume Util do di sado através de flotacdo a ar dissolvido ou centrifuga gestor ao com ou sem aplicagao de polimeros 748 Para o dimensionamento do equipamento de aera 732 No caso de flotagao a ar dissolvido os parametros Gao deve ser observado 0 disposto em 6313 e 6314 e de dimensionamento sao os seguintes de 6321 a6323 a taxa de aplicacdo de sdlidos 749 O liquido sobrenadante resultante do adensamen b taxa de escoamento superficial to por gravidade do lodo digerido efetuado no interior do digestor aerobio operado intermitentemente deve ser c relacao arsdlidos retornado a entrada da ETE em cujo dimensionamen to deve ser considerada a carga organica correspon Nota Os valores adotados devem ser justificados dente Tabela Valores maximos para adensamenio por gravidade Maxima taxa de aplicacao Maximo teor de sdlidos em Tipo do lodo de sdlidos suspensao no lodo adensado kg SSmd Lodo primario bruto 150 10 Lodo primario estabilizado 120 10 Lodo bioldgico lodo ativado 30 3 Lodo bioldgico filtro biolégico 50 9 Lodo misto primario bruto lodo ativado 50 8 Lodo misto primario bruto filtro bioldgico 60 9 NBR 122091992 11 75 Digestão anaeróbia 751 A digestão anaeróbia pode ser processada em um único estágio ou em dois estágios em série sendo os di gestores denominados primário e secundário 7511 Na digestão de único estágio o digestor deve ser projetado também para armazenamento e adensamento do lodo e remoção de sobrenadante 7512 O digestor secundário deve ser projetado para armazenamento e adensamento do lodo e remoção de sobrenadante 752 ETE com vazão média afluente igual ou inferior a 20 Ls pode ter a digestão anaeróbia e a decantação pri mária processadas na mesma unidade 753 ETE com vazão média afluente superior a 250 Ls deve ter a digestão anaeróbia processada em mais de um digestor primário ou de único estágio No caso de di gestão em dois estágios admitese apenas um digestor secundário interligado a mais de um digestor primário 754 Digestor com taxa de aplicação de SSV igual ou su perior a 05 kgm3d deve ser homogeneizado 755 A digestão anaeróbia pode ser a convencional quando se processa com taxa de aplicação de SSV sobre o digestor igual ou infe rior a 12 kgm3d b de alta taxa quando se processa com taxa de apli cação de SSV sobre o digestor superior a 12 kgm3d e igual ou inferior a 60 kgm3d 756 Na seleção da taxa de aplicação de SSV deve ser considerada a influência da temperatura interna do diges tor e verificada a necessidade de aquecimento da uni dade 757 O dispositivo de homogeneização por recirculação de lodo pode ser interno ou externo ao digestor e deve recircular o volume total de lodo do digestor em um pe ríodo máximo de 8h 758 O dispositivo de homogeneização que não emprega a recirculação de lodo deve introduzir na massa de lodo uma densidade de potência igual ou superior a 1 Wm3 para digestor convencional e igual ou superior a 5 Wm3 para digestor de alta taxa 759 O tempo de digestão deve ser a para digestor não homogeneizado 45 dias b para digestor convencional homogeneizado 30 dias c para digestor de alta taxa quinze dias Nota A utilização de valores inferiores deve ser justificada 7510 Na digestão em dois estágios o volume útil dos di gestores secundários deve ser igual ou superior a 30 do volume útil dos digestores primários 7511 Para remoção de sobrenadante o digestor deve dispor de tubulação de extravasão e dispositivos de re moção de líquido em vários níveis distribuídos pelo menos na metade superior da sua altura O líquido retirado deve ser encaminhado à entrada da ETE em cujo dimen sionamento deve ser considerada a carga orgânica cor respondente 7512 Tubulações de lodo no digestor devem ter diâme tro mínimo de 200 mm 7513 Todo digestor deve ter facilidade de acesso de pessoas aos dispositivos de operação e controle e dispor de inspeção lateral com dimensão mínima de 080 m 7514 A superfície interna da parte superior do digestor acima do nível do lodo deve ser protegida contra cor rosão 7515 No caso de digestor coberto o gás de digestão quando não aproveitado pode ser eliminado através de queimadores ou dissipado na atmosfera sem queima quando comprovadamente não houver risco de incêndio explosão e problemas de odor devendo a descarga se dar a uma altura não inferior a 30 m acima do topo do digestor 7516 Os queimadores de gás devem ser instalados a uma distância superior a 300 m do digestor ou gasômetro e a uma distância superior a 200 m de qualquer edifício 7517 Nos casos de queima ou aproveitamento do gás de digestão deve ser garantida uma pressão mínima de 1500 Pa 015 mH2O no interior do digestor 7518 A tubulação de transporte do gás de digestão deve ser de material resistente à corrosão dimensionada com velocidade máxima de 400 ms O limite acima referese às tubulações em que não há compressão do gás 7519 A coleta e o transporte do gás de digestão devem dispor de dispositivos de segurança compreendendo removedores de condensados cortachamas regulado res de pressão e limitadores de pressão máxima e sub pressão dotados de alarme 7520 É recomendada a medição da vazão do gás de di gestão em cada digestor 76 Desidratação do lodo 761 A desidratação do lodo pode ser realizada por pro cessos naturais ou artificiais Esta Norma abrange apenas o processo natural de leito de secagem 762 Leito de secagem deve ser empregado apenas para lodo estabilizado 763 A área total de leito de secagem deve ser subdividida em pelo menos duas câmaras A distância máxima de transporte manual do lodo seco no interior do leito de se cagem não deve superar 10 m Cópia não autorizada 12 NBR 122091992 764 A área de leito de secagem deve ser calculada a partir de a produção de lodo b teor de sólidos no lodo aplicado c período de secagem para obtenção do teor de só lidos desejado d altura de lodo sobre o leito de secagem 765 A descarga de lodo no leito de secagem não deve exceder a carga de sólidos em suspensão totais de 15 kgm2 de área de secagem em cada ciclo de operação 766 O fundo do leito de secagem deve promover a remo ção do líquido intersticial através de material drenante constituído por a uma camada de areia com espessura de 75 cm a 15 cm com diâmetro efetivo de 03 mm a 12 mm e coeficiente de uniformidade igual ou inferior a 5 b sob a camada de areia três camadas de brita sendo a inferior de pedra de mão ou brita 4 ca mada suporte a intermediária de brita 3 e 4 com espessura de 20 cm a 30 cm e a superior de brita 1 e 2 com espessura de 10 cm a 15 cm não deve ser permitido o emprego de mantas geotêxteis c sobre a camada de areia devem ser colocados tijolos recozidos ou outros elementos de material resistente à operação de remoção do lodo seco com juntas de 2 cm a 3 cm tomadas com areia da mesma granulometria da usada na camada de areia a área total de drenagem assim formada não deve ser inferior a 15 da área total do leito de secagem d o fundo do leito de secagem deve ser plano e im permeável com inclinação mínima de 1 no sen tido de um coletor principal de escoamento do lí quido drenado Alternativamente pode ter tubos drenos ou material similar de diâmetro mínimo de 100 mm dispostos na camada suporte e distan tes entre si não mais que 300 m 767 O dispositivo de entrada do lodo no leito de secagem deve permitir descarga em queda livre sobre placa de proteção da superfície da camada de areia 768 A altura livre das paredes do leito de secagem acima da camada de areia deve ser de 05 m a 10 m 769 No caso de emprego de processos mecanizados de desidratação do lodo o líquido separado deve retornar ao processo de tratamento da fase líquida em cujo dimensionamento deve ser considerada a carga correspondente Cópia não autorizada
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Copyright 1992 ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede Rio de Janeiro Av Treze de Maio 13 28º andar CEP 20003900 Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro RJ Tel PABX 021 2103122 Fax 021 22017622206436 Endereço Telegráfico NORMATÉCNICA ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas NBR 12209 ABR 1992 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário Palavrachave Esgoto sanitário 12 páginas Origem Projeto 02009270051989 CB02 Comitê Brasileiro de Construção Civil CE0200927 Comissão de Estudo de Projetos de Sistemas de Esgoto Sanitário NBR 12209 Sewage treatment plants design Procedure Reimpressão da NB570 de MAR 1990 Procedimento SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Critérios e disposições 6 Tratamento da fase líquida 7 Tratamento de lodos fase sólida 1 Objetivo 11 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elabo ração de projeto hidráulicosanitário de estações de trata mento de esgoto sanitário ETE observada a regulamen tação específica das entidades responsáveis pelo plane jamento e desenvolvimento do sistema de esgoto sani tário 12 Esta Norma se aplica aos seguintes processos de tratamento a separação de sólidos por meios físicos b filtração biológica c lodos ativados d tratamento de lodo 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar NBR 9648 Estudo de concepção de sistema de es goto sanitário Procedimento NBR 9649 Projeto de redes coletoras de esgoto sa nitário Procedimento NBR 9800 Critérios para lançamento de efluentes líquidos industriais no sistema coletor público de es goto sanitário Procedimento NBR 12207 Projeto de interceptores de esgoto sani tário Procedimento NBR 12208 Projeto de estações elevatórias de es goto sanitário Procedimento 3 Definições Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 31 a 328 31 Acessório válvulas comportas medidores Dispositivo mecânico de regulagem distribuição inter rupção ou medição do fluxo 32 Altura mínima de água Altura da lâmina de líquido contido em uma unidade de tratamento medida a partir da superfície livre até o final do paramento vertical das paredes laterais quando a unidade opera com sua vazão de dimensionamento 33 Eficiência do tratamento Redução percentual dos parâmetros de carga poluidora promovida pelo tratamento Cópia não autorizada 2 NBR 122091992 34 Estação de tratamento de esgoto ETE Conjunto de unidades de tratamento equipamentos órgãos auxiliares acessórios e sistemas de utilidades cuja finalidade é a redução das cargas poluidoras do es goto sanitário e condicionamento da matéria residual re sultante do tratamento 35 Fator de carga Relação entre a massa de demanda bioquímica de oxi gênio DBO5 fornecida por dia ao processo de lodos ati vados e a massa de sólidos em suspensão SS contida no tanque de aeração 36 Idade do lodo ou detenção celular Tempo médio em dias de permanência no processo de uma partícula em suspensão numericamente igual à re lação entre a massa de sólidos em suspensão voláteis SSV ou SS contida no tanque de aeração e a massa de SSV ou SS descartada por dia com o excesso de lodo 37 Lodo Suspensão aquosa de substâncias minerais e orgânicas separadas no processo de tratamento 38 Lodo biológico Lodo produzido em um processo de tratamento biológico 39 Lodo estabilizado Lodo não sujeito à putrefação 310 Lodo misto Mistura de lodo primário e lodo biológico 311 Lodo primário Lodo resultante da remoção de sólidos em suspensão do esgoto afluente à ETE 312 Lodo seco Lodo resultante de uma operação de desidratação 313 Operação unitária Procedimento de que resulta transformação física do es goto ou da matéria residual resultante do tratamento 314 Órgão auxiliar canais caixas vertedores tubulações Dispositivo fixo no qual flui esgoto sanitário ou lodo 315 Processo unitário Procedimento de que resulta transformação química ou biológica do esgoto ou da matéria residual resultante do tratamento 316 Processo de tratamento Conjunto de técnicas aplicadas em uma ETE com preendendo operações unitárias e processos unitários 317 Relação alimento X microorganismos Relação entre a massa de DBO5 fornecida por dia ao processo de lodos ativados e a massa de SSV contida no tanque de aeração 318 Relação de recirculação Relação entre a vazão de recirculação e a vazão média afluente à ETE 319 Sistema de utilidade água potável combate a incêndio distribuição de energia drenagem pluvial Instalação permanente que supre necessidade acessória indispensável à operação da ETE 320 Taxa de aplicação hidráulica Relação entre a vazão afluente a uma unidade de trata mento e a área horizontal sobre a qual é distribuída 321 Taxa de aplicação de sólidos Relação entre a massa de sólidos em suspensão introdu zida numa unidade de tratamento e a área sobre a qual é aplicada por unidade de tempo 322 Taxa de escoamento superficial Relação entre a vazão do efluente líquido de uma unidade de tratamento e a área horizontal sobre a qual é distri buída 323 Taxa de utilização de substrato Relação entre a massa de DBO5 removida por dia no processo e a massa de SSV contida no tanque de aera ção 324 Tempo de detenção hidráulica Relação entre o volume útil de uma unidade de tratamento e a vazão afluente 325 Unidade de tratamento Qualquer das partes de uma ETE cuja função seja a realização de operação unitária ou processo unitário 326 Vazão máxima afluente à ETE Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE avaliada conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207 327 Vazão média afluente à ETE Vazão final de esgoto sanitário encaminhada à ETE ava liada conforme critérios da NBR 9649 e NBR 12207 desprezada a variabilidade do fluxo k1 e k2 328 Vazão de recirculação Vazão que retorna de jusante para montante de qualquer unidade de tratamento Cópia não autorizada NBR 122091992 3 4 Condições gerais 41 Requisitos 411 Relatório do estudo de concepção do sistema de esgoto sanitário elaborado conforme a NBR 9648 412 População atendida e atendível pela ETE nas diver sas etapas do plano 413 Vazões e demais características de esgotos domésti cos e industrial afluentes à ETE nas diversas etapas do plano 414 Características requeridas para o efluente tratado nas diversas etapas do plano 415 Corpo receptor e ponto de lançamento definidos na concepção básica 416 Área selecionada para construção da ETE com le vantamento planialtimétrico em escala de 11000 417 Sondagens preliminares de reconhecimento do subsolo na área selecionada 418 Cota máxima de enchente na área selecionada 419 Padrões de lançamento de efluentes industriais na rede coletora ver NBR 9800 42 Atividades A elaboração do projeto hidráulicosanitário compreende no mínimo as seguintes atividades a seleção e interpretação das informações disponí veis para projeto b definição das opções de processo para a fase lí quida e para a fase sólida c seleção dos parâmetros de dimensionamento e fixação de seus valores d dimensionamento das unidades de tratamento e elaboração dos arranjos em planta das diversas opções definidas f elaboração de perfil hidráulico preliminar das di versas opções g avaliação de custo das diversas opções h comparação técnicoeconômica e escolha da so lução i dimensionamento dos órgãos auxiliares e siste mas de utilidades j seleção dos equipamentos e acessórios l locação definitiva das unidades considerando a circulação de pessoas e veículos e o tratamento arquitetônicopaisagístico melaboração do perfil hidráulico em função do ar ranjo definitivo n elaboração de relatório do projeto hidráulico sanitário justificando as eventuais divergências em relação ao estudo de concepção 5 Critérios e disposições 51 Para o dimensionamento das unidades de tratamento e órgãos auxiliares os parâmetros básicos seguintes de vem ser obtidos para as diversas etapas do plano a vazões afluentes máxima e média b demanda bioquímica de oxigênio DBO ou de manda química de oxigênio DQO c sólidos em suspensão SS 52 Os valores dos parâmetros b e c de 51 devem ser de terminados através de investigação local de validade re conhecida Na ausência dessa determinação podem ser usados os valores de 54 g de DBO5habd e 60 g de SShabd Outros valores adotados devem ser justifi cados 53 Os critérios gerais de dimensionamento das unidades e órgãos auxiliares excetuados os casos explicitados adiante devem ser os seguintes a dimensionados para a vazão máxima estações elevatórias de esgoto bruto canalizações medidores dispositivos de entrada e saída b dimensionados para a vazão média todas as unidades e canalizações precedidas de tanques de acumulação com descarga em regime de vazão constante 54 Deve ser prevista canalização de desvio bypass para isolar a ETE 55 Recomendase que as unidades de tratamento da ETE possuam dispositivos que permitam seu isolamento 56 Deve ser previsto pelo menos o dispositivo de medição da vazão afluente à ETE 57 As canalizações devem ser dimensionadas de modo a evitar deposição de sólidos em função das caracterís ticas do líquido transportado No caso de canalização de transporte de lodo a velocidade de escoamento deve estar compreendida entre 05 ms e 18 ms 58 O acesso às unidades deve ser fácil e adequado às condições de segurança e comodidade da operação Escadas tipo marinheiro não devem ser permitidas Cópia não autorizada 4 NBR 122091992 59 Devem ser previstos condições ou dispositivos de segurança de modo a evitar concentração de gases que possam causar explosão intoxicação ou desconforto 510 O projeto hidráulicosanitário deve incluir o tratamen to e destino final do lodo removido 511 O relatório do projeto hidráulicosanitário da ETE deve incluir a memorial descritivo e justificativo contendo infor mações a respeito do destino a ser dado aos ma teriais residuais retirados da ETE explicitando os meios que devem ser adotados para o seu trans porte e disposição projetandoos quando for o caso b memória de cálculo hidráulico c planta de situação da ETE em relação à área de projeto e ao corpo receptor d planta de locação das unidades e fluxograma do processo e arranjo em planta layout com identificação das unidades de trata mento e dos órgãos auxiliares f perfis hidráulicos das fases líquida e sólida nas diversas etapas g plantas cortes e detalhes h planta de escavações e aterros i especificações de materiais e serviços j especificações de equipamentos e acessórios in dicando os modelos selecionados para elabora ção do projeto l orçamento m manual de operação de processo contendo no mínimo o seguinte descrição simplificada da ETE parâmetros utilizados no projeto fluxograma e arranjo em planta layout da ETE com identificação das unidades e órgãos auxi liares e informações sobre seu funcionamento procedimentos de operação com descrição de cada rotina e sua freqüência identificação dos problemas operacionais mais freqüentes e procedimentos a adotar em cada caso descrição dos procedimentos de segurança do trabalho modelos das fichas de operação a serem preen chidas pelo operador 6 Tratamento da fase líquida 61 Separação de sólidos por meios físicos 611 Gradeamento Devem ser observados os preceitos estipulados na NBR 12208 incluídos os relativos a canais afluentes 612 Desarenação 6121 O desarenador deve ser projetado para remoção mínima de 95 em massa das partículas com diâmetro igual ou superior a 02 mm densidade de 265 6122 A vazão de dimensionamento do desarenador deve ser a vazão máxima afluente à ETE 6123 O desarenador deve ter limpeza mecanizada quan do a vazão de dimensionamento é igual ou superior a 250 Ls 6124 Devem ser previstas pelo menos duas unidades instaladas sendo neste caso uma delas reserva a qual pode ser unidade não mecanizada 6125 No caso de desarenador por gravidade a taxa de escoamento superficial deve estar compreendida entre 600 a 1300 m3m2d 6126 No caso de desarenador tipo canal deve ser obser vado o seguinte a a seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento para a vazão média seja igual a 030 ms não sendo superior a 040 ms para a vazão máxima b no fundo e ao longo do canal deve ser previsto espaço para a acumulação do material sedimen tado com seção transversal mínima de 020 m de profundidade por 020 m de largura no caso de limpeza manual a largura mínima deve ser de 030 m 6127 No caso de desarenador aerado deve ser obser vado o seguinte a a seção transversal deve ser tal que a velocidade de escoamento longitudinal seja inferior a 025 ms para a vazão máxima b a quantidade de ar injetada deve ser regulável c o tempo de detenção hidráulica para a vazão má xima deve ser igual ou superior a 120 s 613 Decantação primária 6131 A vazão de dimensionamento de decantador pri mário deve ser a vazão máxima afluente à ETE exceto no caso da alínea c de 626 6132 A taxa de escoamento superficial deve ser igual ou inferior a a 60 m3m2d quando não precede processo bioló gico Cópia não autorizada NBR 122091992 5 b 80 m3m2d quando precede processo de filtração biológica c 120 m3m2d quando precede processo de lodos ativados 6133 ETE com vazão de dimensionamento superior a 250 Ls deve ter mais de um decantador primário 6134 O tempo de detenção hidráulica para a vazão mé dia deve ser inferior a 6 h e para a vazão máxima su perior a 1 h 6135 A taxa de escoamento através do vertedor de saída não deve exceder a 720 m3dm de vertedor 6136 A tubulação de remoção de lodo deve ter diâmetro mínimo de 150 mm a tubulação de transporte de lodo por gravidade deve ter declividade mínima de 3 a re moção de lodo do fundo deve ser feita de modo a permitir a observação e controle do lodo removido 6137 O poço de acumulação de lodo no fundo do decan tador deve ter paredes com inclinação igual ou supe rior a 15 na vertical para 10 na horizontal terminando em base inferior com dimensão horizontal mínima de 060 m 6138 No caso de decantador primário com remoção mecanizada de lodo deve ser observado o seguinte a o dispositivo de remoção deve ter velocidade igual ou inferior a 20 mms no caso de decantador retan gular e velocidade periférica igual ou inferior a 40 mms no caso de decantador circular b a altura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 20 m c definese o volume útil como o produto da área de decantação pela altura mínima de água d para decantador retangular a relação comprimen toaltura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 41 a relação larguraaltura mínima de água deve ser igual ou superior a 21 a relação compri mentolargura deve ser igual ou superior a 21 e para decantador retangular a velocidade de es coamento horizontal deve ser igual ou inferior a 50 mms quando recebe excesso de lodo ativado a velocidade deve ser igual ou inferior a 20 mms 6139 No caso de decantador primário sem remoção mecanizada de lodo deve ser observado o seguinte a a altura mínima de água deve ser igual ou supe rior a 050 m b o decantador pode ser circular ou quadrado em planta com poço de lado único cônico ou pirami dal de base quadrada descarga de lodo por gra vidade inclinação de paredes igual ou superior a 15 na vertical por 10 na horizontal e diâmetro ou diagonal não superior a 70 m c o decantador pode ser retangular em planta com alimentação pelo lado menor desde que a parte inferior seja totalmente constituída de poços tron copiramidais de bases quadradas e lado não su perior a 50 m com descargas individuais d no caso da alínea b definese o volume útil como sendo o volume de líquido contido no terço supe rior da altura do poço até o nível de água no caso da alínea c definese o volume útil como sendo o produto da área de decantação pela altura míni ma de água e carga hidrostática mínima para a remoção do lodo igual a cinco vezes a perda de carga hidráulica calculada para água e não inferior a 10 m 61310 Recomendase a instalação de dispositivo para a medição da vazão do lodo removido do decantador pri mário 61311 O projeto hidráulicosanitário deve incluir o se guinte a o volume a massa de sólidos em suspensão e o teor de sólidos do lodo removido b as características relativas à estabilidade do lodo removido c o dispositivo utilizado na remoção do lodo Para efeitos práticos consideramse equivalentes nesta Norma os teores de sólidos totais e de sólidos em sus pensão no lodo 62 Filtração biológica 621 A vazão de dimensionamento do filtro biológico deve ser a vazão média afluente à ETE 622 A filtração biológica deve ser precedida de remoção de sólidos grosseiros e areia e de decantação primária ou outra unidade de remoção de sólidos em suspensão 623 O filtro biológico deve dispor de um meio suporte da biomassa constituído de pedra britada seixo rolado ou outros materiais 6231 No caso de utilização de pedra britada esta deve ser brita 4 não sendo permitidas pedras chatas ou com faces planas 624 A aplicação do esgoto em filtro biológico circular de ve ser uniforme sobre a superfície do meio suporte através de distribuidor rotativo quando acionado pela reação dos jatos o distribuidor deve ser projetado para partir Cópia não autorizada 6 NBR 122091992 com carga hidrostática e até 060 m e deve permanecer em movimento com carga mínima de 020 m 625 Filtro biológico que utiliza pedra britada ou seixo ro lado deve ter altura do meio suporte inferior a 60 m e obedecer às seguintes limitações a baixa capacidade carga orgânica igual ou infe rior a 03 kg DBO5dm3 do meio suporte taxa de aplicação hidráulica compreendida entre 08 e 50 m3dm2 da superfície livre do meio suporte b alta capacidade carga orgânica igual ou inferior a 18 kg DBO5dm3 do meio suporte taxa de apli cação hidráulica compreendida entre 100 e 600 m3dm2 da superfície livre do meio suporte c no cálculo da taxa de aplicação hidráulica a va zão de dimensionamento deve ser acrescida da vazão de recirculação 6251 Quando são utilizados outros materiais os parâ metros e critérios para dimensionamento devem ser jus tificados 626 Pode ser admitida a recirculação nos seguintes casos a do efluente do filtro biológico para a sua própria entrada b do efluente do decantador final para a entrada do filtro biológico e neste caso o decantador final deve ser dimensionado para a vazão média acres cida da vazão de recirculação c do efluente do filtro biológico para a entrada do decantador primário e neste caso o decantador primário deve ser dimensionado para vazão má xima acrescida da vazão de recirculação d em qualquer dos casos a relação de recirculação deve ser igual ou inferior a 5 627 Podem ser utilizados filtros biológicos em série des de que seja justificado 628 Deve ser evitado o emprego de filtro biológico cober to devendo ser justificada a sua utilização 629 Para garantir a circulação de ar através do meio su porte do filtro biológico é necessário a que as aberturas para drenagem do efluente do filtro tenham área total igual ou superior a 15 da área horizontal do fundo do filtro b que as extremidades dos drenos que se comuni cam com a atmosfera tenham área total igual ou superior a 1 da área horizontal do fundo do filtro 6210 O filtro biológico coberto deve ter dispositivo de ventilação que garanta o movimento vertical de ar com velocidade mínima de 030 mmin 6211 Na drenagem do líquido percolado através do meio suporte deve ser observado o seguinte a a área do fundo do filtro deve ser inteiramente drenada b a declividade mínima dos drenos deve ser 1 e a velocidade mínima nas canaletas efluentes deve ser de 060 ms c os drenos e as canaletas efluentes devem ser di mensionados com seção molhada igual ou infe rior a 50 da seção transversal para a vazão má xima acrescida da vazão de recirculação 6212 Deve ser previsto o controle do crescimento de moscas preferivelmente por inundação do filtro biológico 6213 A filtração biológica requer o emprego de decan tação final 6214 A vazão de dimensionamento do decantador final deve ser a vazão média exceto para o caso de 626 alínea b 6215 No decantador final a taxa de escoamento superfi cial deve ser igual ou inferior a 36 m3m2d 6216 A taxa de escoamento através do vertedor de saída do decantador final deve ser igual ou inferior a 380 m3dm de vertedor 6217 A tubulação de remoção do lodo do decantador final deve ter diâmetro mínimo de 150 mm a tubulação de transporte de lodo por gravidade deve ter declividade mínima de 2 a remoção de lodo do fundo do decan tador final deve ser feita de modo a permitir a observação e controle do lodo removido 6218 As paredes do decantador final com poço de lodo devem ter inclinação igual ou superior a 15 na vertical para 10 na horizontal terminando em base inferior com dimensão horizontal mínima de 060m 6219 No caso de decantador final com remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6138 exceto alínea e e mais o seguinte para decantador final retangular a velocidade de escoamento horizontal deve ser igual ou inferior a 20 mms 6220 No caso de decantador final sem remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6139 6221 Recomendase a instalação de dispositivos para a medição das vazões de recirculação e do excesso de lodo removido do processo 6222 Na filtração biológica aplicase o disposto em 61311 Cópia não autorizada NBR 122091992 7 63 Lodos ativados 631 As prescrições desta seção abrangem o tanque de aeração o decantador final a recirculação de lodo e seus órgãos auxiliares e aplicamse ao valor de oxidação 632 O tratamento por processo de lodos ativados deve ser precedido pela remoção de sólidos grosseiros e areia podendo ser precedido pela remoção de sólidos sedimen táveis 633 A vazão de dimensionamento para o processo de lodos ativados deve ser a vazão média afluente à ETE não se incluindo a vazão de recirculação de lodo ativado 634 ETE com vazão afluente máxima superior a 250 Ls deve ter mais de um tanque de aeração 635 O tempo de detenção hidráulica não deve ser utilizado como parâmetro de dimensionamento do tanque de aeração 636 O dimensionamento do tanque de aeração deve ser efetuado por um dos parâmetros seguintes a idade do lodo b relação alimento X microorganismos c taxa de utilização de substrato d fator de carga 637 Os valores dos parâmetros de dimensionamento do tanque de aeração devem estar compreendidos nos intervalos a idade do lodo dois dias a 40 dias b relação alimento X microrganismos 007 a 11 kg DBO5kg SSVTAd c taxa de utilização de substrato 006 a 10 kg DBO5kg SSVTAd d fator de carga 005 a 090 kg DBO5kg SSTAd Nota SSVTA sólidos em suspensão voláteis no tanque de aeração SSTA sólidos em suspensão no tanque de aeração 638 A concentração de sólidos em suspensão no in terior do tanque de aeração deve estar compreendida no intervalo de 1500 a 6000 mgL 639 O tempo de detenção hidráulica no tanque de aera ção referido à vazão de dimensionamento deve ser igual ou superior a a 60 min quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é su perior a 015 kg DBO5kg SSVTAd b 15 h quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5SSVTAd 6310 A massa de oxigênio a ser fornecida ao tanque de aeração deve ser igual ou superior a a uma vez e meia a carga de DBO5 aplicada ao tan que de aeração quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é superior a 015 kg DBO5kg SSVTAd b duas vezes e meia a carga de DBO5 aplicada ao tanque de aeração quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd c três vezes a carga de DBO5 aplicada ao tanque de aeração quando é necessária a nitrificação do efluente e não se processa a desnitrificação bio lógica 6311 A concentração de oxigênio dissolvido no tanque de aeração Cl a ser considerada no dimensionamento do equipamento de aeração deve ser a 15 mgL quando a idade do lodo é igual ou supe rior a 18 dias ou a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd ou quando é necessária a nitrificação do efluente e não se processa a desnitrificação biológica b 20 mgL quando a idade do lodo é inferior a 18 dias ou a taxa de utilização de susbtrato é su perior a 015 kg DBO5kg SSVTAd 6312 A geometria do tanque de aeração deve ser estabe lecida em função do tipo potência e capacidade de ho mogeneização do equipamento de aeração escolhido 6313 Para o dimensionamento do equipamento de aera ção superficial a eficiência nominal de transferência de oxigênio para água limpa a 20C isenta de oxigênio dis solvido e ao nível do mar deve ser obtida em ensaio com o equipamento a ser empregado Na impossibilidade de realizar tal ensaio podem ser usados os seguintes valores a equipamento dotado de redutor de velocidade 22 kg O2kWh b equipamento de alta rotação 18 kg O2kWh 6314 A eficiência efetiva Ce de transferência de oxigê nio do equipamento de aeração superficial deve ser obti da corrigindose a eficiência nominal Cn com o fator λ Ce Cn λ kg O2kWh sendo λ α Csw Cl 9171 102T20 Onde α relação entre a taxa de transferência de oxigê nio ao esgoto e a taxa de transferência de oxigê nio à água limpa variando de 08 a 09 Cópia não autorizada 8 NBR 122091992 Csw concentração de saturação de oxigênio no es goto mgL sendo Csw β Cs P β relação entre a concentração de saturação de oxigênio no esgoto e a concentração de satu ração de oxigênio na água limpa variando de 09 a 10 Cs concentração de saturação de oxigênio dis solvido na água limpa na temperatura do esgoto mgL P relação entre a pressão barométrica no local de instalação e a pressão barométrica ao nível do mar Cl concentração de oxigênio a ser mantida no lí quido do tanque de aeração mgL T temperatura do esgoto em C Nota O fator de correção deve ser calculado para as condi ções de operação de verão e de inverno e adotado o de menor valor 6315 Para equipamento de aeração superficial montado sobre suportes fixos o tanque de aeração deve ter dispo sitivo que permita a variação do nível de água para con trole de concentração de oxigênio dissolvido 6316 O número mínimo de aeradores superficiais no tanque de aeração deve ser a dois para vazões médias entre 20 Ls e 100 Ls b três para vazões médias superiores a 100 Ls 6317 A densidade de potência no tanque de aeração dotado de equipamento de aeração superficial deve ser igual ou superior a 10 Wm3 Valores menores devem ser justificados 6318 Para dimensionamento do equipamento de aera ção por ar difuso a eficiência nominal E de transferência de oxigênio deve ser a obtida para água limpa a 20C isenta de oxigênio dissolvido e ao nível do mar 6319 A eficiência efetiva Ef de transferência de oxigênio do equipamento de aeração por ar difuso deve ser obtida corrigindose a eficiência nominal com o fator λ definido em 6314 considerandose a variação de α entre 06 a 09 6320 A aeração por ar difuso pode ser a de bolha grossa com diâmetro superior a 6 mm a eficiência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 15 b de bolha média com diâmetro de 3 mm a 6 mm a eficiência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 25 c de bolha fina com diâmetro inferior a 3 mm a efi ciência nominal de transferência de oxigênio na máxima profundidade do tanque de aeração deve ser inferior a 55 6321 Na aeração por ar difuso a vazão de ar a ser for necida ao tanque de aeração deve ser calculada pela expressão Q N 33408 Ef ρ1 Onde Q vazão de ar à temperatura de 20C e ao nível do mar m3min N massa de oxigênio requerida kg O2d Ef eficiência efetiva de transferência de oxigênio ρ massa específica do ar a 20C e ao nível do mar kgm3 63211 O dimensionamento do equipamento de forneci mento de ar para aeração por ar difuso deve ser feito atendendo às condições de pressão barométrica e tem peratura do ar no local da instalação 6322 A seleção dos tubos para alimentação e distribui ção de ar para aeração por ar difuso deve considerar o seguinte a o material empregado deve ser especificado para as condições de temperatura umidade e pressão piezométrica do ar transportado b nos casos de emprego de bolhas média e fina os tubos devem ser protegidos contra corrosão inter na e externamente c no caso de emprego de bolha grossa podem ser aceitos tubos apenas com proteção externa con tra corrosão 6323 Na aeração por ar difuso no caso de emprego de bolha fina o ar deve ser filtrado e conter no máximo 35 mg de material particulado por 1000 m3 de ar No ca so de emprego de bolha média essa relação pode ser de 15 mg1000 m3 no máximo 6324 O excesso de lodo removido do processo de lodos ativados deve ser considerado estável para fins de desi dratação e encaminhamento ao destino final quando a idade do lodo é igual ou superior a 18 dias ou quando a taxa de utilização de substrato é igual ou inferior a 015 kg DBO5kg SSVTAd Recomendase a instalação de dispositivo para medição da vazão do excesso de lodo removido do processo Cópia não autorizada NBR 122091992 9 6325 No processo de lodos ativados aplicase o disposto em 61311 6326 No processo de lodos ativados que emprega o valor de oxidação os seguintes parâmetros e condições devem ser aplicados a quando não for empregado decantador final deve ser previsto meio capaz de manter a concentra ção de SSTA em um mínimo de 2500 mgL b idade do lodo 18 dias a 40 dias c relação alimento X microorganismos 007 a 015 kg DBO5kg SSVTAd d fator de carga 005 a 010 kg DBOρkg SSVTAd e o equipamento de aeração além de sua capaci dade de transferência de oxigênio deve manter a massa líquida em movimento com velocidade de translação capaz de impedir a sedimentação de lodo no fundo do valo f o valor de oxidação deve ter o fundo e paredes impermeáveis até 030 m acima do nível máximo de operação 6327 O valor mínimo da relação de recirculação de lodo ativado deve ser a 025 quando a concentração de SSTA é menor que 3000 mgL b 050 quando a concentração de SSTA está com preendida no intervalo de 3000 mgL inclusive a 4500 mgL c 100 quando a concentração de SSTA é igual ou superior a 4500 mgL Nota Deve ser previsto dispositivo de medição da vazão de recirculação de lodo ativado 6328 O decantador final deve ser dimensionado para taxa de escoamento superficial igual ou inferior a a 36 m3m2d quando a concentração de SSTA é menor que 3000 mgL b 24 m3m2d quando a concentração de SSTA está compreendida no intervalo de 3000 mgL inclusi ve a 4500 mgL c 16 m3m2d quando a concentração de SSTA é igual ou superior a 4500 mgL 6329 No decantador final a taxa de aplicação de sólidos obtida pela expressão abaixo deve ser igual ou inferior a 144 kgm2d Ts Q QrA1 X Onde Q vazão média m3d Qr vazão de recirculação de lodo ativado m3d X concentração SSTA kgm3 A área de decantação m2 6330 No decantador final o tempo de detenção hidráuli ca relativo à vazão média deve ser igual ou superior a 15 h 6331 No caso de decantador final com remoção mecani zada de lodo aplicase o disposto em 6138 exceto alí nea e e mais o seguinte a para decantador final retangular a velocidade de escoamento horizontal deve ser igual ou inferior a 20 mms b decantador final circular com remoção de lodo por raspagem deve ter o fundo com inclinação mínima para o centro na razão de 1 na vertical por 12 na horizontal c decantador final retangular com remoção de lodo por sucção ao longo do tanque deve ter o fundo horizontal 6332 No caso de decantador final sem remoção meca nizada de lodo aplicase o disposto em 6139 exceto alínea e e mais o seguinte a carga hidrostática mínima para a remoção de lodo igual a duas vezes a perda de carga hidráulica para água e não inferior a 050 m b tubulação de descarga de lodo com diâmetro mí nimo de 150 mm 6333 A remoção de lodo do fundo do decantador final por pressão hidrostática ou sucção deve ser feita de mo do a permitir a observação e controle do lodo removido 6334 A taxa de escoamento através do vertedor de saída do decantador final deve ser igual ou inferior a 290 m3dm de vertedor 7 Tratamento de lodos fase sólida 71 Estação elevatória de lodo 711 As tubulações de recalque de lodo devem ter diâme tro mínimo de 150 mm e dispositivo que permita sua desobstrução 712 A perda de carga total a ser considerada nas tubula ções de recalque de lodos primário e misto estabilizados ou não deve ser determinada levando em consideração as características do lodo recalcado 713 No recalque de lodos primário e misto estabilizados ou não é vedado o uso de válvula de gaveta 714 A capacidade da elevatória de recirculação de lodo ativado deve ser no mínimo 50 superior à vazão de recirculação adotada no projeto Cópia não autorizada Cépia nao autorizada 10 NBR 122091992 72 Adensamento por gravidade 733 Em qualquer caso aplicase o disposto em 724 721 A taxa de aplicagao de solidos e o teor de solidos 74 Digestao aerobia em suspensao no lodo adensado utilizados no dimensio rane me cepencem co pe ooo 741 A digestao aerdbia deve ser processada em tanques P abertos com profundidade de 250 ma 1000 m 722 A profundidade minima da unidade de adensamento a deve ser de 30 m e 0 tempo de detencao hidraulica ma 742 Quando o digestor aerobio recebe apenas lodo bio ximo deve ser de 24 h O lodo afluente deve ser diluido logico o tempo de detengao hidraulica deve ser igual ou no caso de incompatibilidade desses valores com a taxa superior a doze dias quando recebe lodo misto o tempo de aplicacado de solidos adotada de detencao hidraulica deve ser igual ou superior a 18 dias 723 O dimensionamento da unidade de adensamento deve prever no lodo efluente uma recuperagao maxima 743 A taxa de aplicacao de SSV deve ser igual ou in de 90 dos sélidos em suspensao do lodo afluente ferior a 35 kgmd 724 O efluente liquido sobrenadante da unidade de won re 744 A massa de oxigénio fornecido deve ser igual ou su adensamento deve ser retornado a entrada da ETE em 4 J perior a 19 kgOkg SSV consumido cujo dimensionamento devem ser considerados o acrés 2 cimo dos sdlidos em suspensao nao recuperados e a carga organica correspondente 745 O equipamento de aeragao deve manter uma concen tragao de oxigénio dissolvido igual a 2 mgOL no inte 725 Unidade de adensamento cuja menor dimensdo rior do digestor aerobio em planta é superior a 30 m deve ser projetada com re mogao mecanizada de lodo 746 No caso de emprego de equipamento de aeragao superficial a densidade de poténcia deve ser igual ou 726 No projeto da unidade de adensamento deve ser superior a 25 Wm observado o disposto em 6136 e 6137 73 Adensamento por flotagao ou cenitrifugagao 747 No caso de emprego de equipamento de ar difuso a taxa de ar fornecido deve ser igual ou superior a 12 m 731 O adensamento de lodo pode também ser proces de ar por hora e por metro cubico do volume Util do di sado através de flotacdo a ar dissolvido ou centrifuga gestor ao com ou sem aplicagao de polimeros 748 Para o dimensionamento do equipamento de aera 732 No caso de flotagao a ar dissolvido os parametros Gao deve ser observado 0 disposto em 6313 e 6314 e de dimensionamento sao os seguintes de 6321 a6323 a taxa de aplicacdo de sdlidos 749 O liquido sobrenadante resultante do adensamen b taxa de escoamento superficial to por gravidade do lodo digerido efetuado no interior do digestor aerobio operado intermitentemente deve ser c relacao arsdlidos retornado a entrada da ETE em cujo dimensionamen to deve ser considerada a carga organica correspon Nota Os valores adotados devem ser justificados dente Tabela Valores maximos para adensamenio por gravidade Maxima taxa de aplicacao Maximo teor de sdlidos em Tipo do lodo de sdlidos suspensao no lodo adensado kg SSmd Lodo primario bruto 150 10 Lodo primario estabilizado 120 10 Lodo bioldgico lodo ativado 30 3 Lodo bioldgico filtro biolégico 50 9 Lodo misto primario bruto lodo ativado 50 8 Lodo misto primario bruto filtro bioldgico 60 9 NBR 122091992 11 75 Digestão anaeróbia 751 A digestão anaeróbia pode ser processada em um único estágio ou em dois estágios em série sendo os di gestores denominados primário e secundário 7511 Na digestão de único estágio o digestor deve ser projetado também para armazenamento e adensamento do lodo e remoção de sobrenadante 7512 O digestor secundário deve ser projetado para armazenamento e adensamento do lodo e remoção de sobrenadante 752 ETE com vazão média afluente igual ou inferior a 20 Ls pode ter a digestão anaeróbia e a decantação pri mária processadas na mesma unidade 753 ETE com vazão média afluente superior a 250 Ls deve ter a digestão anaeróbia processada em mais de um digestor primário ou de único estágio No caso de di gestão em dois estágios admitese apenas um digestor secundário interligado a mais de um digestor primário 754 Digestor com taxa de aplicação de SSV igual ou su perior a 05 kgm3d deve ser homogeneizado 755 A digestão anaeróbia pode ser a convencional quando se processa com taxa de aplicação de SSV sobre o digestor igual ou infe rior a 12 kgm3d b de alta taxa quando se processa com taxa de apli cação de SSV sobre o digestor superior a 12 kgm3d e igual ou inferior a 60 kgm3d 756 Na seleção da taxa de aplicação de SSV deve ser considerada a influência da temperatura interna do diges tor e verificada a necessidade de aquecimento da uni dade 757 O dispositivo de homogeneização por recirculação de lodo pode ser interno ou externo ao digestor e deve recircular o volume total de lodo do digestor em um pe ríodo máximo de 8h 758 O dispositivo de homogeneização que não emprega a recirculação de lodo deve introduzir na massa de lodo uma densidade de potência igual ou superior a 1 Wm3 para digestor convencional e igual ou superior a 5 Wm3 para digestor de alta taxa 759 O tempo de digestão deve ser a para digestor não homogeneizado 45 dias b para digestor convencional homogeneizado 30 dias c para digestor de alta taxa quinze dias Nota A utilização de valores inferiores deve ser justificada 7510 Na digestão em dois estágios o volume útil dos di gestores secundários deve ser igual ou superior a 30 do volume útil dos digestores primários 7511 Para remoção de sobrenadante o digestor deve dispor de tubulação de extravasão e dispositivos de re moção de líquido em vários níveis distribuídos pelo menos na metade superior da sua altura O líquido retirado deve ser encaminhado à entrada da ETE em cujo dimen sionamento deve ser considerada a carga orgânica cor respondente 7512 Tubulações de lodo no digestor devem ter diâme tro mínimo de 200 mm 7513 Todo digestor deve ter facilidade de acesso de pessoas aos dispositivos de operação e controle e dispor de inspeção lateral com dimensão mínima de 080 m 7514 A superfície interna da parte superior do digestor acima do nível do lodo deve ser protegida contra cor rosão 7515 No caso de digestor coberto o gás de digestão quando não aproveitado pode ser eliminado através de queimadores ou dissipado na atmosfera sem queima quando comprovadamente não houver risco de incêndio explosão e problemas de odor devendo a descarga se dar a uma altura não inferior a 30 m acima do topo do digestor 7516 Os queimadores de gás devem ser instalados a uma distância superior a 300 m do digestor ou gasômetro e a uma distância superior a 200 m de qualquer edifício 7517 Nos casos de queima ou aproveitamento do gás de digestão deve ser garantida uma pressão mínima de 1500 Pa 015 mH2O no interior do digestor 7518 A tubulação de transporte do gás de digestão deve ser de material resistente à corrosão dimensionada com velocidade máxima de 400 ms O limite acima referese às tubulações em que não há compressão do gás 7519 A coleta e o transporte do gás de digestão devem dispor de dispositivos de segurança compreendendo removedores de condensados cortachamas regulado res de pressão e limitadores de pressão máxima e sub pressão dotados de alarme 7520 É recomendada a medição da vazão do gás de di gestão em cada digestor 76 Desidratação do lodo 761 A desidratação do lodo pode ser realizada por pro cessos naturais ou artificiais Esta Norma abrange apenas o processo natural de leito de secagem 762 Leito de secagem deve ser empregado apenas para lodo estabilizado 763 A área total de leito de secagem deve ser subdividida em pelo menos duas câmaras A distância máxima de transporte manual do lodo seco no interior do leito de se cagem não deve superar 10 m Cópia não autorizada 12 NBR 122091992 764 A área de leito de secagem deve ser calculada a partir de a produção de lodo b teor de sólidos no lodo aplicado c período de secagem para obtenção do teor de só lidos desejado d altura de lodo sobre o leito de secagem 765 A descarga de lodo no leito de secagem não deve exceder a carga de sólidos em suspensão totais de 15 kgm2 de área de secagem em cada ciclo de operação 766 O fundo do leito de secagem deve promover a remo ção do líquido intersticial através de material drenante constituído por a uma camada de areia com espessura de 75 cm a 15 cm com diâmetro efetivo de 03 mm a 12 mm e coeficiente de uniformidade igual ou inferior a 5 b sob a camada de areia três camadas de brita sendo a inferior de pedra de mão ou brita 4 ca mada suporte a intermediária de brita 3 e 4 com espessura de 20 cm a 30 cm e a superior de brita 1 e 2 com espessura de 10 cm a 15 cm não deve ser permitido o emprego de mantas geotêxteis c sobre a camada de areia devem ser colocados tijolos recozidos ou outros elementos de material resistente à operação de remoção do lodo seco com juntas de 2 cm a 3 cm tomadas com areia da mesma granulometria da usada na camada de areia a área total de drenagem assim formada não deve ser inferior a 15 da área total do leito de secagem d o fundo do leito de secagem deve ser plano e im permeável com inclinação mínima de 1 no sen tido de um coletor principal de escoamento do lí quido drenado Alternativamente pode ter tubos drenos ou material similar de diâmetro mínimo de 100 mm dispostos na camada suporte e distan tes entre si não mais que 300 m 767 O dispositivo de entrada do lodo no leito de secagem deve permitir descarga em queda livre sobre placa de proteção da superfície da camada de areia 768 A altura livre das paredes do leito de secagem acima da camada de areia deve ser de 05 m a 10 m 769 No caso de emprego de processos mecanizados de desidratação do lodo o líquido separado deve retornar ao processo de tratamento da fase líquida em cujo dimensionamento deve ser considerada a carga correspondente Cópia não autorizada