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Patologia Veterinária

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J. E. van Dijk | E. Gruys | J. M. V. M. Mouwen ATLAS COLORIDO DE PATOLOGIA VETERINÁRIA SAUNDERS ELSEVIER TRADUÇÃO DA 2ª EDIÇÃO Prefácio da segunda edição Já se passaram vinte e quatro anos desde que a edição do Atlas Colorido de Patologia Velerináríá na língua inglesa foi publicada pela primeira vez em 1982. Depois disso, publicaram-se edições nas línguas grega (1982), alemã (1984), japonesa (1983), espanhola (1984), italiana (1984) e francesa (1986). Ainda temos a consciência da necessidade de se manter o objetivo original em termos de compreensão da doença e dos processos patológicos. Na primeira edição, isso foi definido demonstrando-se como a patologia celular, a inflamação, os distúrbios circulatórios e as neoplasias se expressam nos diferentes órgãos e tecidos. Com este intento, empregamos exemplos específicos sobre patologia veterinária, sem tentar fornecer uma visão geral de todas as doenças possíveis. Para tornar isso mais claro, o título desta edição revisada foi ampliado para Atlas Colorido de Patologia Veterinária - Reações morfológicas dos órgãos e tecidos. Como este livro visa atingir os estudantes, acrescentamos introduções gerais abragentes aos diferentes órgãos e sistemas orgânicos. Por fim, há uma grande quantidade de material novo e o número de fotografias foi aumentado. Agradecemos a todos que contribuíram com a alta qualidade deste livro. Em especial, a Harry J. Kurtz, que nos forneceu valiosas orientações para melhorar ainda mais a linguagem do livro. J.E. van Dijk E. Gruys J.M.V.M. Mouwen Julho de 2006 Department of Pathobiology Faculty of Veterinary Medicine University of Utrecht Utrecht, The Netherlands Revisão Científica Paulo César Maiorka Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Mestre e Doutor em Patologia Experimental e Comparada pela Universidade de São Paulo - USP Pós-Doutor em Patologia Molecular pela International Agency for Research on Cancer - IARC - World Health Organization (Organização Mundial da Saúde - OMS) Tradução Fabiana Buassaly Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Paulista - UNIP Graduada em Letras com Habilitação em Tradutor-Intérprete pelo Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero Pós-graduada em Tradução (Inglês/Português) lato sensu pelo Unibero Introdução A patologia constitui a base diagnóstica e conceitual para a clínica e a cirurgia veterinárias. A capacidade de identificar, descrever e diagnosticar as doenças em animais bem como compreender a patogenia das lesões são atributos essenciais do clínico veterinário. A identificação de lesões macroscópicas é basicamente visual e presta-se bem ao registro fotográfico. A segunda edição deste Atlas continua a tradição ilustre do Institute of Veterinary Pathology em Utrecht de apresentar imagens de alta qualidade tanto de lesões micro como macroscópicas. Este Atlas permanece uma fronte inestimável de aprendizado, em conjunto com outras formas de banco de dados eletrônicos e livros-textos, para todos aqueles profissionais que lidam com doenças em animais: estudantes, veterinários e patologistas em todas as fases de seu contínuo desenvolvimento profissional. O ideal de se encontrar um ponto de equilíbrio entre a compreensão dos processos patológicos em termos mecânicos e funcionais, por um lado, e a transmissão de informações úteis sobre a patologia apropriadas para determinadas fases do desenvolvimento profissional, por outro, representa um problema comum para aqueles profissionais envolvidos no ensino da patologia veterinária. Provavelmente, poucos indivíduos ou instituições atingem esse equilíbrio de forma correta e consistente. Nesta segunda edição, os autores apresentam sinopses dos processos patológicos básicos, fornecendo informações sobre o espectro de lesões específicas ilustradas em cada um dos sistemas orgânicos. Na visão deste tipo de leitor, essas sinopses representam um ponto de equilíbrio satisfatório devem ser particularmente úteis para estudantes de veterinária, cujos cursos são muitas vezes sobrecarregados com minúcias referentes à patogenese. As sinopses constituirão pontos de partida úteis para aqueles que necessitam de análises mais detalhadas a respeito dos mecanismos patológicos básicos. Esta é uma prova tanto da experiência dos autores em termos de diagnóstico, pesquisa e ensino da patologia veterinária como da prática sofisticada de registro fotográfico e acesso a lesões raras ou não raras pelo Instituto. Esta edição, assim como a anterior, será indubitavelmente bem recebida por toda a comunidade veterinária e por todos aqueles envolvidos com a aprendizagem e o ensino. Professor Emérito DF Kelly Department of Veterinary Pathology University of Liverpool Prefácio da primeira edição Este Atlas Colorido de Patologia Veterinária é dirigido aos estudantes de medicina veterinária. Durante as duas últimas décadas, o conhecimento a respeito da patologia veterinária aumentou consideravelmente. No momento, um curriculum "abarrotado" impõe grande pressão sobre os estudantes de veterinária. Nos cursos de graduação e pós-graduação em patologia, é imprescindível evitar a inclusão cada vez maior dos fatos já conhecidos são. Agora, mais do que nunca, a principal meta do curso de patologia para os estudantes de veterinária deve ser a compreensão da doença e dos processos patológicos. Contudo, há necessidade de certa habilidade prática e certo conhecimento real, pois, ao contrário dos médicos, espera-se que os veterinários façam exames post mortem rotineiramente. Nosso objetivo foi criar um atlas fotográfico que pudesse ser utilizado em conjunto com os livros-texto atualmente disponíveis sobre patologia. Por essa razão, manteve-se a concisão do texto. Espera-se que este atlas também venha a ser interessante e valioso a estudantes de outras áreas envolvidos com a patobiologia, bem como aos veterinários pós-graduados que trabalham em laboratórios, inspeção de produtos de origem animal (i. e., carne) ou clínica. Organismo exposto a um agente etiológico pode ser afetado de diversas formas; nesse caso, a resposta às influências nocivas e o restabelecimento da homeostasia são atingidos por vários meios, que podem envolver alterações estruturais de órgãos, tecidos e células. Como os órgãos, os tecidos e as células podem ser modificados apenas em termos restritos, inúmeras doenças podem resultar em alterações estruturais idênticas - o conhecimento destas alterações pode contribuir para a compreensão do distúrbio funcional. Como o entendimento da doença e dos processos patológicos constitui o principal objetivo dos cursos de patologia direcionados aos estudantes de veterinária, este atlas colorido trata predominantemente das alterações morfológicas básicas observadas nas doenças de animais domésticos. A coleção do Institute of Veterinary Pathology em Utrecht representa a principal fonte das macro e microfotografias, especialmente de animais domésticos. Essa coleção foi iniciada há cerca de vinte anos pelo nosso mentor, o professor emérito S. van den Akker. Manifestamos nossos agradecimentos ao professor Dr. J. Hoorens, diretor do Institute of Veterinary Pathology da State University of Ghent, Bélgica, pelo fornecimento de algumas fotos essenciais, mas inexistentes em nossa coleção (números 2-31, 3-1, 13-6). Muitas pessoas, tanto os membros atuais como os anteriores do Instituto, contribuíram de forma direta ou indireta com o conteúdo deste livro. Entre a equipe técnica atual, agradecemos particularmente a H. Halsema, J. Heyseke e J. Lek envolvidos na preparação do atlas. Temos ainda uma dívida de gratidão especial a E. C. Firth pela correção da tradução para o inglês. J. M. V. M. Mouwen E. C. B. M. de Groot Setembro de 1982 Institute of Veterinary Pathology Faculty of Veterinary Medicine State University of Utrecht Utrecht, The Netherlands Sumário Introdução vii Prefácio da segunda edição ix Prefácio da primeira edição xi 1 O sistema hematopoético 1 2 O sistema circulatório 15 3 O sistema respiratório 27 4 O sistema urinário 43 5 O fígado 57 6 O trato digestório 73 7 O pâncreas (exócrino) 91 8 O peritônio 95 9 As glândulas endócrinas 99 10 O sistema genital 107 11 O sistema nervoso 121 12 O sistema locomotor 139 13 A pele 161 14 A glândula mamária 177 15 O olho 183 16 A orelha 191 Índice remissivo 193 Capítulo 1 O sistema hematopoético 1-1 Atrofia serosa 3 1-2 Hiperplasia mielóide 3 1-3 Metemoglobinemia 3 1-4 Coágulos sanguíneos 3 1-5 Trombó 4 1-6 Recanalização de trombo 4 1-7 Púrpura trombocitopênica 4 1-8 Coagulação de consumo e hemorragias 4 1-9 Coagulação intravascular disseminada (CID) 5 1-10 Timoma 5 1-11 Hiperplasia linfóide associada a doença (atrofia) 5 1-12 Filtração inespecífica da linfa 5 1-13 Hiperplasia reativa aguda (linfadenite aguda) 6 1-14 Hiperplasia reativa crônica (linfadenite crônica) 6 1-15 Hiperplasia reativa crônica (linfadenite crônica) 6 1-16 Linfadenite abscedante crônica 7 1-17 Linfadenite fibrosa crônica 6 1-18 Linfadenite granulomatosa crônica 7 1-19 Linfadenite piogranulomatosa crônica 8 1-20 Linfadenite piogranulomatosa crônica 8 1-21 Linfadenite piogranulomatosa crônica 8 1-22 Abscessos miliare em linfadenite piogranulomatosa 8 1-23 Deposição de amiloide 8 1-24 Siderofibrose (nódulos de Gamna-Gandy) 8 1-25 Torção 9 1-26 Infartos hemorrágicos 9 1-27 Depleção de folículos e bainha linfóide periarterial 9 1-28 Baço reativo ("lupa o atividade") 9 1-29 Hiperplasia reativa aguda (esplenite hiperêmica aguda, "tumor esplênico agudo") 10 1-30 Hiperplasia reativa crônica (esplenite hiperplásica) 10 1-31 Hiperplasia reativa crônica (esplenite hiperplásica) 10 1-32 Esplenite necrosante, multifocal 10 1-33 Esplenite gangrenosa 11 1-34 Hiperplasia nodular 11 1-35 Linfomas (linfoma maligno, linfossarcoma, leucose linfóide) 11 1-36 Linfomas (linfoma maligno, linfossarcoma, leucose linfóide) 11 1-37 Linfomas (linfoma maligno, linfossarcoma, leucose linfóide) 12 1-38 Linfoma firme 12 1-39 Linfoma (linfoma maligno, linfossarcoma, leucose linfóide) 12 1-40 Mielose eritremica (leucose eritroide) 12 1-41 Leucemia mielóide (leucose mielóide) 13 1-42 Leucemia mielóide (leucose mielóide) 13 1-43 Leucemia mielóide (leucose mielóide) 13 1-44 Metástase de mastocitoma 13 O Sistema Hematopoético O sistema hematopoético inclui os tecidos e órgãos linforreticulares (p. ex., tecido linfóide associado a mucosa [TILAM, baço e linfonodos) e linfopóeticas (p. ex., placas de Peyer, timo, tonsilas e Bolsa de Fabricius); bem como o sangue e a medula óssea. Os componentes celulares do sistema hematopoético proporcionam o transporte de oxigênio (pelos eritrócitos) e conferem proteção periférica contra agentes infecciosos ou não pela formação de células — linfóides, células fagocitárias mononucleares, granulócitos e basófilos de sustentação). Os principais padrões de reatividade do sistema hematopoético incluem: -filtração; -inflamação; -hiperplasia; -neoplasia. Além disso, podem ocorrer alterações degenerativas de eritrócitos, distúrbios circulatórios e depósitos anormais. Atrofia Na caquexia, o tecido hematopoético na medula óssea pode ser substituído por material gelatinoso quase translúcido - a atrofia serosa da medula óssea. Os agentes (não) infecciosos podem induzir a alterações antifílase, seja por "esgotamento" da capacidade de resposta tecidual seja por efeito direto no linfonô de efusão as células efetoras. Os altos níveis de glicocorticóides podem causar linfópezia nos tecidos linfóides. Filtração A filtração da linfa nos linfonodos com a deposição ou o processamento de material filtrado pode revelar informações importantes a respeito de processos patológicos nas fases de desenvolvimento. 2 Capitulo 1 nagem do linfonodo em questao. O mesmo se aplica a filtracao de sangue no bacp. Hiperplasia A linhagem celular do tecido hematopoietico pode expandir-se para a medula ossea, substituindo a medula adiposa. Na maioria das vezes, a linhagem mieloide esta envolvida nas hiperlpiasias, eo processo se mantem asintomatico no sangue periferico. Em termos de relacao de efeitos entre a resposta adaptativa e a nao adaptativa, é frequentemente dificil distinguir uma da outra. Por exemplo, sabendo com base na morfologia citoquimica e imuno- histoquimica, o papel patogenico funcional, a atuacao dos linfocitos e macrofagos para eliminar tanto o agente infecioso quanto os produtos de processamento. No entanto, na maioria dos tecidos em humanos mia. É mais frequentemente observado em tecido subcutaneo com injuriose infeccao. B) Com grandes leucocitos e linfocitos, ou seja, raramente promove perdas de muitos tipos de linfocitos ou megacarioblastos de plaquetas ou processos de esse meio transforma a morfologia em cada tipo de area linfocitos eo megacarioblasto final hemotologico fosse melhor dialisar outros entre essas celulas e dos manipulacao interna dos macorfagos e mieloides no inflamacao mediada pelas celulas hiperlipasticas nespecifica, pois largamente a identidade do agente responsavel.