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Estudo Dirigido Aparelho Respiratório 1 Detalhe as principais estruturas envolvidas no processo respiratório com as respectivas características morfofuncionaisTipos celulares e composição Descreva ainda as funções de cada uma delas dentro da estrutura respiratória 2 Explique o que é acidose e que é alcalose química Apresente processos patológicos que apresentam esses quadros Explique o mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase 3 Explique o transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Estudo dirigido Aparelho Respiratório Discentes Rosana Thalita Letícia Paula Docente Introdução O sistema respiratório é formado por um trato respiratório superior e inferior No superior encontramos a cavidade nasal os seios paranasais a nasofaringe e a laringe que possuem a função de filtrar umedecer e ajustar a temperatura do ar No trato inferior podem ser observados a traqueia e os pulmões os quais contém entre outras estruturas brônquios bronquíolos e os alvéolos Martins 2018 Introdução Figura 1 Anatomia básica do sistema respiratório Fonte Martins 2018 Estruturas Cavidade Nasal Área Vestibular Região anterior as fossas nasais Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso Lamina Própria Tecido Conjuntivo Presença de Vibrissas Presença de Glândulas Sebáceas e Sudoríparas Área Respiratória Maior parte das fossas nasais Mucosa Tecido Epitelial Pseudo estratificado Cilíndrico Ciliado com células Caliciformes Epitélio Respiratório Lamina Própria Presença de glândulas mistas e nas conchas ou cornetos presença de um plexo venoso Área Olfatória Região superior das fossas nasais Mucosa Tecido Neuroepitelial Cilíndrico Pseudo estratificado Epitélio Olfatório ou neuroepitélio Região especializada em captar estímulos olfativos Estruturas Seios Paranasais Mucosa Tecido Epitélio Simples eou Pavimentoso Simples eou Cúbico Simples eou Epitélio Transicional Lâmina Própria Tecido Conjunto com poucas glândulas Funções Assim como a cavidade nasal eles têm a função de ajudar a filtrar o ar que respiramos aquece e umidifica o ar que chegará aos pulmões dá ressonância à voz alivia o peso do crânio fornece a estrutura óssea para o rosto e os olhos Estruturas Faringe Primeira parte da faringe Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Epitélio Respiratório Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Possui glândulas simples Possui fibras elásticas Funções possibilita a passagem do ar e dos alimentos Estruturas Laringe Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso não queratinizado que muda gradativamente para o Epitélio Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Denso Irregular Possui cartilagem hialina e elástica ligamentos e músculo estriado esquelético Exerce função respiratória e fonatória Estruturas Epiglote Possui a forma de asa Possuem duas superfícies anterior com epitélio pavimentoso estratificado e a posterior com epitélio respiratório com glândulas mistas Presença de cartilagem elástica Função impedir a ligação da faringe com a laringe Estruturas Traqueia Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Presença de submucosa com glândulas Peças de cartilagem hialina em forma de C Adventicia Função filtrar umedecer e conduzir o ar aos pulmões Estruturas Brônquios São divididos em brônquios extra pulmonares e intra pulmonares Brônquios Extra pulmonares possuem as mesmas estruturas da traqueia Os demais apresentam Mucosa Tecido Epitelial Cilíndrico Ciliado com células caliciformes nos ramos menores Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada espessa de músculo liso sobre a lamina própria Possui peças de cartilagem envolvidas por tecido conjuntivo com fibras elásticas Possui um acúmulo de linfócitos e nódulos linfáticos Funções responsáveis por fazer a conexão da traqueia com os pulmões conduzindo o ar Estruturas Bronquíolos Não possuem cartilagem glândulas e nódulos linfáticos Mucosa Tecido Epitelial varia até o Epitélio Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada de músculo liso entrelaçada com as fibras elásticas Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares Estruturas Bronquíolos Terminais São semelhantes aos bronquíolos porém possuem a parede mais delgada Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Ciliado ou não Possui as células de clara que secretam proteínas contra poluente ou a agentes inflamatórios e elas também atuam na produção do surfactante Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorre a hematose troca gasosa Estruturas Porção Transitória Entre os Bronquíolos Respiratórios e os Bronquíolos Terminais Possui um tubo curto com numerosas projeções saculiformes que são constituídas por alvéolos para efetuarem as trocas gasosas Apresentam as células de Clara também Estruturas Ductos Alveolares Fazem parte da porção respiratória Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo com poucas fibras elásticas Saco alveolar Conjunto de alvéolos pulmonares existente em cada extremidade dos bronquíolos São revestidos por epitélio planos simples sustentados por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e ricamente suprido por capilares Estruturas Alvéolos São evaginações em forma de saco São as últimas estruturas da árvore brônquica Possuem um aspecto esponjoso Mucosa Tecido Epitelial final Lamina Própria Tecido Conjuntivo Possui ricas redes de capilares Possuem células do tipo I e do tipo II Possuem septos interalveolares Função locais onde ocorrem as trocas gasosas Estruturas Septos Interalveolares São duas camadas de células tipo pneumócito tipo I e II separadas por tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas Possuem células endoteliais dos capilares pneumócitos tipo I e tipo II Citoplasma Permite a troca do oxigênio por gás carbônico Possuem capilares sanguíneos Possuem células do tecido conjuntivo Pneumócito Tipo I É uma das células que forma uma barreira que possibilita a troca de gases e também impede a passagem de líquido Pneumócito Tipo II Responsável por efetuar a produção do surfactante que não permite o colabamento do pulmão Acidose e Alcalose Acidose respiratória Acúmulo de dióxido de carbono no sangue decorrente de função pulmonar insuficiente ou de interrupção da respiração Lewis 2021 Acidose e Alcalose Acidose Processos patológicos Doença pulmonar obstrutiva crônica Pneumonia grave Insuficiência cardíaca Asma Síndrome de GuillainBarré Esclerose lateral amiotrófica Apneia do sono Sintomas iniciais sonolência e cefaleia dor de cabeça Acidose e Alcalose Alcalose respiratória Baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda Acidose e Alcalose Alcalose Processos patológicos Respiração rápida e profunda hiperventilação Ansiedade Dor níveis baixos de oxigênio no sangue febre e superdosagem de aspirina que também pode causar acidose metabólica Irritabilidade Contração muscular e cãibras Formigamento parestesia nos dedos das mãos e dos pés e ao redor dos lábios Se a alcalose for grave espasmos musculares dolorosos tetania podem se desenvolver Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácidobase Liberação do dióxido de carbono ligeiramente ácido dos pulmões O sangue transporta o dióxido de carbono para os pulmões onde é exalado O cérebro regula o volume de dióxido de carbono que é exalado através do controle da velocidade e da profundidade da respiração ventilação Por meio do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração o cérebro e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase Outro mecanismo para controlar o pH sanguíneo envolve o uso de sistemas de tampão químico que protegem contra as alterações repentinas na acidez ou na alcalinidade Os sistemas de tampão de pH são combinações do próprio corpo que ocorrem naturalmente quando há ácidos fracos e bases fracas Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente para minimizar as alterações do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue e os íons de bicarbonato a base fraca correspondente Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase Alterações primárias Exemplo pH do sangue inicial Mecanismo de compensação Alteração compensatória no pH do sangue Acidose respiratória Capacidade diminuída em respirar devido à doença pulmonar crônica grave Muito baixo Excreção aumentada de ácido na urina Aumento de volta ao normal Alcalose respiratória Hiperventilação devido à ansiedade Muito alto Excreção aumentada de álcali na urina Diminuição de volta ao normal Tabela 1 Alterações do equilíbrio ácidobase e a resposta do corpo Fonte Lewis 2021 Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar ele é transportado para os capilares dos tecidos periféricos quase inteiramente em combinação com a hemoglobina permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais oxigênio Cardoso 2019 Nas células dos tecidos corporais o oxigênio reage com nutrientes formando dióxido de carbono Este penetra nos capilares e é transportado de volta aos pulmões ou seja o dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é então expirado Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais O sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração que bombeia o sangue para o resto do corpo O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração através de duas grandes veias a veia cava superior e a veia cava inferior Em seguida o sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Figura 2 Transporte de O2CO2 pelo sangue Fonte Cardoso 2019 Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Figura 3 Troca gasosa entre os espaços alveolares e os vasos capilares Fonte Lewis 2021 Referências CARDOSO E da C Fisiologia respiratória Instituto de saúde de Nova Friburgo Universidade Federal Fluminense 2019 Disponível em httpoleuffbrwpcontentuploadssites358201910Fisiologia dorespiratC3B3riopdf Acesso 11 nov 2023 LEWIS J L Distúrbios hormonais e metabólicos Manual MSD 2021 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrcasadist C3BArbioshormonaisemetabC3B3licos Acesso 11 nov 2023 MARTINS C Sistema respiratório Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Morfologia 2018 Disponível em httpswpufpeledubrhistorepfiles201806ResumodeSistema RespiratC3B3rio2pdf Acesso em 11 nov 2023 Respiração profunda e lenta é provavelmente o melhor remédio ante estresse que temos Estudo dirigido Aparelho Respiratório Alunos Rosana Thalita Letícia Paula 1 INTRODUÇÃO O sistema respiratório é formado por um trato respiratório superior e inferior No superior encontramos a cavidade nasal os seios paranasais a nasofaringe e a laringe que possuem a função de filtrar umedecer e ajustar a temperatura do ar E no trato inferior podem ser observados a traqueia e os pulmões os quais contém entre outras estruturas brônquios bronquíolos e os alvéolos Martins 2018 Como pode ser observado na Figura 1 abaixo Figura 1 Anatomia básica do sistema respiratório Fonte Martins 2018 11 ESTRUTURAS Cavidade Nasal Dividida histologicamente em três regiões Área Vestibular Área Respiratória e Área Olfatória Área Vestibular o Região anterior as fossas nasais o Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso o Lamina Própria Tecido Conjuntivo o Presença de Vibrissas o Presença de Glândulas Sebáceas e Sudoríparas Área Respiratória o Maior parte das fossas nasais o Mucosa Tecido Epitelial Pseudo estratificado Cilíndrico Ciliado com células Caliciformes Epitélio Respiratório o Lamina Própria Presença de glândulas mistas e nas conchas ou cornetos presença de um plexo venoso Área Olfatória o Região superior das fossas nasais o Mucosa Tecido Neuroepitelial Cilíndrico Pseudo estratificado Epitélio Olfatório ou neuroepitélio o Região especializada em captar estímulos olfativos Seios Paranasais Mucosa Tecido Epitélio Simples eou Pavimentoso Simples eou Cúbico Simples eou Epitélio Transicional Lâmina Própria Tecido Conjunto com poucas glândulas Funções Assim como a cavidade nasal eles têm a função de ajudar a filtrar o ar que respiramos aquece e umidifica o ar que chegará aos pulmões dá ressonância à voz alivia o peso do crânio fornece a estrutura óssea para o rosto e os olhos Faringe Primeira parte da faringe Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Epitélio Respiratório Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Possui glândulas simples Possui fibras elásticas Funções possibilita a passagem do ar e dos alimentos Laringe Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso não queratinizado que muda gradativamente para o Epitélio Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Denso Irregular Possui cartilagem hialina e elástica ligamentos e músculo estriado esquelético Exerce função respiratória e fonatória Epiglote Possui a forma de asa Possuem duas superfícies anterior com epitélio pavimentoso estratificado e a posterior com epitélio respiratório com glândulas mistas Presença de cartilagem elástica Função impedir a ligação da faringe com a laringe Traqueia Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Presença de submucosa com glândulas Peças de cartilagem hialina em forma de C Adventicia Função filtrar umedecer e conduzir o ar aos pulmões Brônquios São divididos em brônquios extra pulmonares e intra pulmonares Brônquios Extra pulmonares possuem as mesmas estruturas da traqueia Os demais apresentam Mucosa Tecido Epitelial Cilíndrico Ciliado com células caliciformes nos ramos menores Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada espessa de músculo liso sobre a lamina própria Possui glândulas seromucosas Possui peças de cartilagem envolvidas por tecido conjuntivo com fibras elásticas Possui um acúmulo de linfócitos e nódulos linfáticos Funções responsáveis por fazer a conexão da traqueia com os pulmões conduzindo o ar Bronquíolos Não possuem cartilagem glândulas e nódulos linfáticos Mucosa Tecido Epitelial varia até o Epitélio Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada de músculo liso entrelaçada com as fibras elásticas Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares Bronquíolos Terminais São semelhantes aos bronquíolos porém possuem a parede mais delgada Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Ciliado ou não Possui as células de clara que secretam proteínas contra poluente ou a agentes inflamatórios e elas também atuam na produção do surfactante Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorre a hematose troca gasosa Porção Transitória Entre os Bronquíolos Respiratórios e os Bronquíolos Terminais Possui um tubo curto com numerosas projeções saculiformes que são constituídas por alvéolos para efetuarem as trocas gasosas Apresentam as células de Clara também Ductos Alveolares Fazem parte da porção respiratória Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo com poucas fibras elásticas Saco alveolar Conjunto de alvéolos pulmonares existente em cada extremidade dos bronquíolos São revestidos por epitélio planos simples sustentados por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e ricamente suprido por capilares Alvéolos São evaginações em forma de saco São as últimas estruturas da árvore brônquica Possuem um aspecto esponjoso Mucosa Tecido Epitelial final Lamina Própria Tecido Conjuntivo Possui ricas redes de capilares Possuem células do tipo I e do tipo II Possuem septos interalveolares Função locais onde ocorrem as trocas gasosas Septos Interalveolares São duas camadas de células tipo pneumócito tipo I e II separadas por tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas Possuem células endoteliais dos capilares pneumócitos tipo I e tipo II Citoplasma Permite a troca do oxigênio por gás carbônico Possuem capilares sanguíneos Possuem células do tecido conjuntivo Pneumócito Tipo I É uma das células que forma uma barreira que possibilita a troca de gases e também impede a passagem de líquido Pneumócito Tipo II Responsável por efetuar a produção do surfactante que não permite o colabamento do pulmão 2 ACIDOSE E ALCALOSE 21 Acidose A acidose é provocada por um excesso de produção de ácido que se acumula no sangue ou por uma perda excessiva de bicarbonato no sangue acidose metabólica ou por um acúmulo de dióxido de carbono no sangue decorrente de função pulmonar insuficiente ou de interrupção da respiração acidose respiratória Lewis 2021 211 Processos patológicos A acidose respiratória surge quando os pulmões não expelem dióxido de carbono de forma adequada ventilação inadequada um problema que pode ocorrer em distúrbios que afetam gravemente os pulmões como doença pulmonar obstrutiva crônica pneumonia grave insuficiência cardíaca e asma Lewis 2021 Também pode surgir quando distúrbios do cérebro dos nervos ou dos músculos do tórax como a síndrome de GuillainBarré ou a esclerose lateral amiotrófica dificultam a respiração Além disso é possível que uma pessoa desenvolva acidose respiratória quando ocorre lentificação da respiração devido a sedação excessiva por opioides narcóticos álcool ou medicamentos fortes que induzem o sono sedativos O nível de oxigênio no sangue pode ficar baixo devido ao fato de a respiração estar lenta Lewis 2021 A respiração afetada por distúrbios do sono por exemplo apneia do sono pode fazer com que a pessoa pare de respirar por tempo suficiente para causar acidose respiratória Lewis 2021 A acidose respiratória tem como sintomas iniciais a sonolência e cefaleia dor de cabeça A sonolência pode progredir e transformarse em estupor e coma à medida que os níveis de oxigênio no sangue se tornam inadequados A sonolência e o coma podem evoluir em pouco tempo se a respiração for interrompida ou gravemente prejudicada ou em horas se a respiração for prejudicada menos significativamente Lewis 2021 22 Alcalose A alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue alcalose metabólica ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda alcalose respiratória Lewis 2021 221 Processos patológicos A alcalose respiratória surge quando a respiração rápida e profunda hiperventilação provoca eliminação excessiva de dióxido de carbono da corrente sanguínea A causa mais comum da hiperventilação e por conseguinte da alcalose respiratória é a ansiedade Outras causas da hiperventilação e da consequente alcalose respiratória são dor níveis baixos de oxigênio no sangue febre e superdosagem de aspirina que também pode causar acidose metabólica Lewis 2021 A alcalose pode causar irritabilidade contração muscular e cãibras formigamento nos dedos das mãos e dos pés e ao redor dos lábios O formigamento parestesia é uma queixa comum na hiperventilação devido à ansiedade Às vezes a alcalose não provoca nenhum sintoma Se a alcalose for grave espasmos musculares dolorosos tetania podem se desenvolver Lewis 2021 23 Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácidobase O equilíbrio ácidobase do sangue é controlado com precisão visto que até mesmo um pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos órgãos O corpo utiliza mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio ácidobase do sangue Esses mecanismos envolvem pulmões rins e sistemas de tampão Lewis 2021 Um mecanismo usado pelo corpo para controlar o pH sanguíneo envolve a liberação do dióxido de carbono dos pulmões O dióxido de carbono que é ligeiramente ácido é o produto residual do processamento metabolismo do oxigênio e nutrientes que todas as células necessitam e como tal é constantemente produzido pelas células Depois disso ele passa das células para o sangue O sangue transporta o dióxido de carbono para os pulmões onde é exalado Quando o dióxido de carbono se acumula no sangue o pH sanguíneo diminui aumento da acidez Lewis 2021 O cérebro regula o volume de dióxido de carbono que é exalado através do controle da velocidade e da profundidade da respiração ventilação O volume de dióxido de carbono exalado e consequentemente o pH sanguíneo aumentam quando a respiração se torna mais rápida e mais profunda Por meio do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração o cérebro e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto Lewis 2021 Já outro mecanismo para controlar o pH sanguíneo envolve o uso de sistemas de tampão químico que protegem contra as alterações repentinas na acidez ou na alcalinidade Os sistemas de tampão de pH são combinações do próprio corpo que ocorrem naturalmente quando há ácidos fracos e bases fracas Estes ácidos e bases fracas existem em pares que estão em equilíbrio sob condições de pH normal Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente para minimizar as alterações do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base Lewis 2021 O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue e os íons de bicarbonato a base fraca correspondente Lewis 2021 Mecanismos de regulação do ph para retornar a homeostase podem ser vistos na Tabela 1 Tabela 1 Alterações do equilíbrio ácidobase e a resposta do corpo Alterações primárias Exemplo pH do sangue inicial Mecanismo de compensação Alteração compensatória no pH do sangue Acidose respiratória Capacidade diminuída em respirar devido à doença pulmonar crônica grave Muito baixo Excreção aumentada de ácido na urina Aumento de volta ao normal Alcalose respiratória Hiperventilação devido à ansiedade Muito alto Excreção aumentada de álcali na urina Diminuição de volta ao normal Fonte Lewis 2021 3 TRANSPORTE DE OXIGÊNIO E DE DIÓXIDO DE CARBONO NO SANGUE E NOS LÍQUIDOS TECIDUAIS Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar ele é transportado para os capilares dos tecidos periféricos quase inteiramente em combinação com a hemoglobina permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais oxigênio Nas células dos tecidos corporais o oxigênio reage com nutrientes formando dióxido de carbono Este penetra nos capilares e é transportado de volta aos pulmões ou seja o dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é então expiradoCardoso 2019 O sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração que bombeia o sangue para o resto do corpo O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração através de duas grandes veias a veia cava superior e a veia cava inferior Em seguida o sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono Cardoso 2019 Como pode ser visto na figura 2 Três processos são essenciais para a transferência de oxigênio do ar exterior para o sangue passando pelos pulmões ventilação processo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões difusão movimento espontâneo dos gases sem o uso de energia ou esforço por parte do corpo entre os alvéolos e os capilares nos pulmões e perfusão processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões Cardoso 2019 Figura 2 Transporte de O2CO2 pelo sangue Fonte Cardoso 2019 Figura 3 Troca gasosa entre os espaços alveolares e os vasos capilares Fonte Lewis 2021 REFERÊNCIAS CARDOSO E da C Fisiologia respiratória Instituto de saúde de Nova Friburgo Universidade Federal Fluminense 2019 Disponível em httpoleuffbrwpcontentuploadssites358201910Fisiologiadorespirat C3B3riopdf Acesso 11 nov 2023 LEWIS J L Distúrbios hormonais e metabólicos Manual MSD 2021 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrcasadistC3BArbioshormonaisemetab C3B3licos Acesso 11 nov 2023 MARTINS C Sistema respiratório Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Morfologia 2018 Disponível em httpswpufpeledubrhistorepfiles201806ResumodeSistemaRespirat C3B3rio2pdf Acesso em 11 nov 2023
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Estudo Dirigido Aparelho Respiratório 1 Detalhe as principais estruturas envolvidas no processo respiratório com as respectivas características morfofuncionaisTipos celulares e composição Descreva ainda as funções de cada uma delas dentro da estrutura respiratória 2 Explique o que é acidose e que é alcalose química Apresente processos patológicos que apresentam esses quadros Explique o mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase 3 Explique o transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Estudo dirigido Aparelho Respiratório Discentes Rosana Thalita Letícia Paula Docente Introdução O sistema respiratório é formado por um trato respiratório superior e inferior No superior encontramos a cavidade nasal os seios paranasais a nasofaringe e a laringe que possuem a função de filtrar umedecer e ajustar a temperatura do ar No trato inferior podem ser observados a traqueia e os pulmões os quais contém entre outras estruturas brônquios bronquíolos e os alvéolos Martins 2018 Introdução Figura 1 Anatomia básica do sistema respiratório Fonte Martins 2018 Estruturas Cavidade Nasal Área Vestibular Região anterior as fossas nasais Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso Lamina Própria Tecido Conjuntivo Presença de Vibrissas Presença de Glândulas Sebáceas e Sudoríparas Área Respiratória Maior parte das fossas nasais Mucosa Tecido Epitelial Pseudo estratificado Cilíndrico Ciliado com células Caliciformes Epitélio Respiratório Lamina Própria Presença de glândulas mistas e nas conchas ou cornetos presença de um plexo venoso Área Olfatória Região superior das fossas nasais Mucosa Tecido Neuroepitelial Cilíndrico Pseudo estratificado Epitélio Olfatório ou neuroepitélio Região especializada em captar estímulos olfativos Estruturas Seios Paranasais Mucosa Tecido Epitélio Simples eou Pavimentoso Simples eou Cúbico Simples eou Epitélio Transicional Lâmina Própria Tecido Conjunto com poucas glândulas Funções Assim como a cavidade nasal eles têm a função de ajudar a filtrar o ar que respiramos aquece e umidifica o ar que chegará aos pulmões dá ressonância à voz alivia o peso do crânio fornece a estrutura óssea para o rosto e os olhos Estruturas Faringe Primeira parte da faringe Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Epitélio Respiratório Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Possui glândulas simples Possui fibras elásticas Funções possibilita a passagem do ar e dos alimentos Estruturas Laringe Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso não queratinizado que muda gradativamente para o Epitélio Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Denso Irregular Possui cartilagem hialina e elástica ligamentos e músculo estriado esquelético Exerce função respiratória e fonatória Estruturas Epiglote Possui a forma de asa Possuem duas superfícies anterior com epitélio pavimentoso estratificado e a posterior com epitélio respiratório com glândulas mistas Presença de cartilagem elástica Função impedir a ligação da faringe com a laringe Estruturas Traqueia Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Presença de submucosa com glândulas Peças de cartilagem hialina em forma de C Adventicia Função filtrar umedecer e conduzir o ar aos pulmões Estruturas Brônquios São divididos em brônquios extra pulmonares e intra pulmonares Brônquios Extra pulmonares possuem as mesmas estruturas da traqueia Os demais apresentam Mucosa Tecido Epitelial Cilíndrico Ciliado com células caliciformes nos ramos menores Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada espessa de músculo liso sobre a lamina própria Possui peças de cartilagem envolvidas por tecido conjuntivo com fibras elásticas Possui um acúmulo de linfócitos e nódulos linfáticos Funções responsáveis por fazer a conexão da traqueia com os pulmões conduzindo o ar Estruturas Bronquíolos Não possuem cartilagem glândulas e nódulos linfáticos Mucosa Tecido Epitelial varia até o Epitélio Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada de músculo liso entrelaçada com as fibras elásticas Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares Estruturas Bronquíolos Terminais São semelhantes aos bronquíolos porém possuem a parede mais delgada Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Ciliado ou não Possui as células de clara que secretam proteínas contra poluente ou a agentes inflamatórios e elas também atuam na produção do surfactante Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorre a hematose troca gasosa Estruturas Porção Transitória Entre os Bronquíolos Respiratórios e os Bronquíolos Terminais Possui um tubo curto com numerosas projeções saculiformes que são constituídas por alvéolos para efetuarem as trocas gasosas Apresentam as células de Clara também Estruturas Ductos Alveolares Fazem parte da porção respiratória Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo com poucas fibras elásticas Saco alveolar Conjunto de alvéolos pulmonares existente em cada extremidade dos bronquíolos São revestidos por epitélio planos simples sustentados por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e ricamente suprido por capilares Estruturas Alvéolos São evaginações em forma de saco São as últimas estruturas da árvore brônquica Possuem um aspecto esponjoso Mucosa Tecido Epitelial final Lamina Própria Tecido Conjuntivo Possui ricas redes de capilares Possuem células do tipo I e do tipo II Possuem septos interalveolares Função locais onde ocorrem as trocas gasosas Estruturas Septos Interalveolares São duas camadas de células tipo pneumócito tipo I e II separadas por tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas Possuem células endoteliais dos capilares pneumócitos tipo I e tipo II Citoplasma Permite a troca do oxigênio por gás carbônico Possuem capilares sanguíneos Possuem células do tecido conjuntivo Pneumócito Tipo I É uma das células que forma uma barreira que possibilita a troca de gases e também impede a passagem de líquido Pneumócito Tipo II Responsável por efetuar a produção do surfactante que não permite o colabamento do pulmão Acidose e Alcalose Acidose respiratória Acúmulo de dióxido de carbono no sangue decorrente de função pulmonar insuficiente ou de interrupção da respiração Lewis 2021 Acidose e Alcalose Acidose Processos patológicos Doença pulmonar obstrutiva crônica Pneumonia grave Insuficiência cardíaca Asma Síndrome de GuillainBarré Esclerose lateral amiotrófica Apneia do sono Sintomas iniciais sonolência e cefaleia dor de cabeça Acidose e Alcalose Alcalose respiratória Baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda Acidose e Alcalose Alcalose Processos patológicos Respiração rápida e profunda hiperventilação Ansiedade Dor níveis baixos de oxigênio no sangue febre e superdosagem de aspirina que também pode causar acidose metabólica Irritabilidade Contração muscular e cãibras Formigamento parestesia nos dedos das mãos e dos pés e ao redor dos lábios Se a alcalose for grave espasmos musculares dolorosos tetania podem se desenvolver Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácidobase Liberação do dióxido de carbono ligeiramente ácido dos pulmões O sangue transporta o dióxido de carbono para os pulmões onde é exalado O cérebro regula o volume de dióxido de carbono que é exalado através do controle da velocidade e da profundidade da respiração ventilação Por meio do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração o cérebro e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase Outro mecanismo para controlar o pH sanguíneo envolve o uso de sistemas de tampão químico que protegem contra as alterações repentinas na acidez ou na alcalinidade Os sistemas de tampão de pH são combinações do próprio corpo que ocorrem naturalmente quando há ácidos fracos e bases fracas Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente para minimizar as alterações do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue e os íons de bicarbonato a base fraca correspondente Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase Alterações primárias Exemplo pH do sangue inicial Mecanismo de compensação Alteração compensatória no pH do sangue Acidose respiratória Capacidade diminuída em respirar devido à doença pulmonar crônica grave Muito baixo Excreção aumentada de ácido na urina Aumento de volta ao normal Alcalose respiratória Hiperventilação devido à ansiedade Muito alto Excreção aumentada de álcali na urina Diminuição de volta ao normal Tabela 1 Alterações do equilíbrio ácidobase e a resposta do corpo Fonte Lewis 2021 Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar ele é transportado para os capilares dos tecidos periféricos quase inteiramente em combinação com a hemoglobina permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais oxigênio Cardoso 2019 Nas células dos tecidos corporais o oxigênio reage com nutrientes formando dióxido de carbono Este penetra nos capilares e é transportado de volta aos pulmões ou seja o dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é então expirado Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais O sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração que bombeia o sangue para o resto do corpo O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração através de duas grandes veias a veia cava superior e a veia cava inferior Em seguida o sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Figura 2 Transporte de O2CO2 pelo sangue Fonte Cardoso 2019 Transporte de oxigênio e de dióxido de carbono no sangue e nos líquidos teciduais Figura 3 Troca gasosa entre os espaços alveolares e os vasos capilares Fonte Lewis 2021 Referências CARDOSO E da C Fisiologia respiratória Instituto de saúde de Nova Friburgo Universidade Federal Fluminense 2019 Disponível em httpoleuffbrwpcontentuploadssites358201910Fisiologia dorespiratC3B3riopdf Acesso 11 nov 2023 LEWIS J L Distúrbios hormonais e metabólicos Manual MSD 2021 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrcasadist C3BArbioshormonaisemetabC3B3licos Acesso 11 nov 2023 MARTINS C Sistema respiratório Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Morfologia 2018 Disponível em httpswpufpeledubrhistorepfiles201806ResumodeSistema RespiratC3B3rio2pdf Acesso em 11 nov 2023 Respiração profunda e lenta é provavelmente o melhor remédio ante estresse que temos Estudo dirigido Aparelho Respiratório Alunos Rosana Thalita Letícia Paula 1 INTRODUÇÃO O sistema respiratório é formado por um trato respiratório superior e inferior No superior encontramos a cavidade nasal os seios paranasais a nasofaringe e a laringe que possuem a função de filtrar umedecer e ajustar a temperatura do ar E no trato inferior podem ser observados a traqueia e os pulmões os quais contém entre outras estruturas brônquios bronquíolos e os alvéolos Martins 2018 Como pode ser observado na Figura 1 abaixo Figura 1 Anatomia básica do sistema respiratório Fonte Martins 2018 11 ESTRUTURAS Cavidade Nasal Dividida histologicamente em três regiões Área Vestibular Área Respiratória e Área Olfatória Área Vestibular o Região anterior as fossas nasais o Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso o Lamina Própria Tecido Conjuntivo o Presença de Vibrissas o Presença de Glândulas Sebáceas e Sudoríparas Área Respiratória o Maior parte das fossas nasais o Mucosa Tecido Epitelial Pseudo estratificado Cilíndrico Ciliado com células Caliciformes Epitélio Respiratório o Lamina Própria Presença de glândulas mistas e nas conchas ou cornetos presença de um plexo venoso Área Olfatória o Região superior das fossas nasais o Mucosa Tecido Neuroepitelial Cilíndrico Pseudo estratificado Epitélio Olfatório ou neuroepitélio o Região especializada em captar estímulos olfativos Seios Paranasais Mucosa Tecido Epitélio Simples eou Pavimentoso Simples eou Cúbico Simples eou Epitélio Transicional Lâmina Própria Tecido Conjunto com poucas glândulas Funções Assim como a cavidade nasal eles têm a função de ajudar a filtrar o ar que respiramos aquece e umidifica o ar que chegará aos pulmões dá ressonância à voz alivia o peso do crânio fornece a estrutura óssea para o rosto e os olhos Faringe Primeira parte da faringe Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Epitélio Respiratório Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Possui glândulas simples Possui fibras elásticas Funções possibilita a passagem do ar e dos alimentos Laringe Mucosa Tecido Epitelial Pavimentoso não queratinizado que muda gradativamente para o Epitélio Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Denso Irregular Possui cartilagem hialina e elástica ligamentos e músculo estriado esquelético Exerce função respiratória e fonatória Epiglote Possui a forma de asa Possuem duas superfícies anterior com epitélio pavimentoso estratificado e a posterior com epitélio respiratório com glândulas mistas Presença de cartilagem elástica Função impedir a ligação da faringe com a laringe Traqueia Mucosa Tecido Epitelial Pseudo Estratificado Cilíndrico Ciliado com células caliciformes Lâmina Própria Tecido Conjuntivo Frouxo Presença de submucosa com glândulas Peças de cartilagem hialina em forma de C Adventicia Função filtrar umedecer e conduzir o ar aos pulmões Brônquios São divididos em brônquios extra pulmonares e intra pulmonares Brônquios Extra pulmonares possuem as mesmas estruturas da traqueia Os demais apresentam Mucosa Tecido Epitelial Cilíndrico Ciliado com células caliciformes nos ramos menores Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada espessa de músculo liso sobre a lamina própria Possui glândulas seromucosas Possui peças de cartilagem envolvidas por tecido conjuntivo com fibras elásticas Possui um acúmulo de linfócitos e nódulos linfáticos Funções responsáveis por fazer a conexão da traqueia com os pulmões conduzindo o ar Bronquíolos Não possuem cartilagem glândulas e nódulos linfáticos Mucosa Tecido Epitelial varia até o Epitélio Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo rico em fibras elásticas Possui uma camada de músculo liso entrelaçada com as fibras elásticas Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares Bronquíolos Terminais São semelhantes aos bronquíolos porém possuem a parede mais delgada Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Ciliado ou não Possui as células de clara que secretam proteínas contra poluente ou a agentes inflamatórios e elas também atuam na produção do surfactante Função transportar o ar até os alvéolos pulmonares onde ocorre a hematose troca gasosa Porção Transitória Entre os Bronquíolos Respiratórios e os Bronquíolos Terminais Possui um tubo curto com numerosas projeções saculiformes que são constituídas por alvéolos para efetuarem as trocas gasosas Apresentam as células de Clara também Ductos Alveolares Fazem parte da porção respiratória Mucosa Tecido Epitelial Cúbico Simples Lâmina Própria Tecido Conjuntivo com poucas fibras elásticas Saco alveolar Conjunto de alvéolos pulmonares existente em cada extremidade dos bronquíolos São revestidos por epitélio planos simples sustentados por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e ricamente suprido por capilares Alvéolos São evaginações em forma de saco São as últimas estruturas da árvore brônquica Possuem um aspecto esponjoso Mucosa Tecido Epitelial final Lamina Própria Tecido Conjuntivo Possui ricas redes de capilares Possuem células do tipo I e do tipo II Possuem septos interalveolares Função locais onde ocorrem as trocas gasosas Septos Interalveolares São duas camadas de células tipo pneumócito tipo I e II separadas por tecido conjuntivo com fibras reticulares e elásticas Possuem células endoteliais dos capilares pneumócitos tipo I e tipo II Citoplasma Permite a troca do oxigênio por gás carbônico Possuem capilares sanguíneos Possuem células do tecido conjuntivo Pneumócito Tipo I É uma das células que forma uma barreira que possibilita a troca de gases e também impede a passagem de líquido Pneumócito Tipo II Responsável por efetuar a produção do surfactante que não permite o colabamento do pulmão 2 ACIDOSE E ALCALOSE 21 Acidose A acidose é provocada por um excesso de produção de ácido que se acumula no sangue ou por uma perda excessiva de bicarbonato no sangue acidose metabólica ou por um acúmulo de dióxido de carbono no sangue decorrente de função pulmonar insuficiente ou de interrupção da respiração acidose respiratória Lewis 2021 211 Processos patológicos A acidose respiratória surge quando os pulmões não expelem dióxido de carbono de forma adequada ventilação inadequada um problema que pode ocorrer em distúrbios que afetam gravemente os pulmões como doença pulmonar obstrutiva crônica pneumonia grave insuficiência cardíaca e asma Lewis 2021 Também pode surgir quando distúrbios do cérebro dos nervos ou dos músculos do tórax como a síndrome de GuillainBarré ou a esclerose lateral amiotrófica dificultam a respiração Além disso é possível que uma pessoa desenvolva acidose respiratória quando ocorre lentificação da respiração devido a sedação excessiva por opioides narcóticos álcool ou medicamentos fortes que induzem o sono sedativos O nível de oxigênio no sangue pode ficar baixo devido ao fato de a respiração estar lenta Lewis 2021 A respiração afetada por distúrbios do sono por exemplo apneia do sono pode fazer com que a pessoa pare de respirar por tempo suficiente para causar acidose respiratória Lewis 2021 A acidose respiratória tem como sintomas iniciais a sonolência e cefaleia dor de cabeça A sonolência pode progredir e transformarse em estupor e coma à medida que os níveis de oxigênio no sangue se tornam inadequados A sonolência e o coma podem evoluir em pouco tempo se a respiração for interrompida ou gravemente prejudicada ou em horas se a respiração for prejudicada menos significativamente Lewis 2021 22 Alcalose A alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue alcalose metabólica ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda alcalose respiratória Lewis 2021 221 Processos patológicos A alcalose respiratória surge quando a respiração rápida e profunda hiperventilação provoca eliminação excessiva de dióxido de carbono da corrente sanguínea A causa mais comum da hiperventilação e por conseguinte da alcalose respiratória é a ansiedade Outras causas da hiperventilação e da consequente alcalose respiratória são dor níveis baixos de oxigênio no sangue febre e superdosagem de aspirina que também pode causar acidose metabólica Lewis 2021 A alcalose pode causar irritabilidade contração muscular e cãibras formigamento nos dedos das mãos e dos pés e ao redor dos lábios O formigamento parestesia é uma queixa comum na hiperventilação devido à ansiedade Às vezes a alcalose não provoca nenhum sintoma Se a alcalose for grave espasmos musculares dolorosos tetania podem se desenvolver Lewis 2021 23 Mecanismo de regulação do ph para retornar a homeostase O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácidobase O equilíbrio ácidobase do sangue é controlado com precisão visto que até mesmo um pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos órgãos O corpo utiliza mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio ácidobase do sangue Esses mecanismos envolvem pulmões rins e sistemas de tampão Lewis 2021 Um mecanismo usado pelo corpo para controlar o pH sanguíneo envolve a liberação do dióxido de carbono dos pulmões O dióxido de carbono que é ligeiramente ácido é o produto residual do processamento metabolismo do oxigênio e nutrientes que todas as células necessitam e como tal é constantemente produzido pelas células Depois disso ele passa das células para o sangue O sangue transporta o dióxido de carbono para os pulmões onde é exalado Quando o dióxido de carbono se acumula no sangue o pH sanguíneo diminui aumento da acidez Lewis 2021 O cérebro regula o volume de dióxido de carbono que é exalado através do controle da velocidade e da profundidade da respiração ventilação O volume de dióxido de carbono exalado e consequentemente o pH sanguíneo aumentam quando a respiração se torna mais rápida e mais profunda Por meio do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração o cérebro e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto Lewis 2021 Já outro mecanismo para controlar o pH sanguíneo envolve o uso de sistemas de tampão químico que protegem contra as alterações repentinas na acidez ou na alcalinidade Os sistemas de tampão de pH são combinações do próprio corpo que ocorrem naturalmente quando há ácidos fracos e bases fracas Estes ácidos e bases fracas existem em pares que estão em equilíbrio sob condições de pH normal Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente para minimizar as alterações do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base Lewis 2021 O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue e os íons de bicarbonato a base fraca correspondente Lewis 2021 Mecanismos de regulação do ph para retornar a homeostase podem ser vistos na Tabela 1 Tabela 1 Alterações do equilíbrio ácidobase e a resposta do corpo Alterações primárias Exemplo pH do sangue inicial Mecanismo de compensação Alteração compensatória no pH do sangue Acidose respiratória Capacidade diminuída em respirar devido à doença pulmonar crônica grave Muito baixo Excreção aumentada de ácido na urina Aumento de volta ao normal Alcalose respiratória Hiperventilação devido à ansiedade Muito alto Excreção aumentada de álcali na urina Diminuição de volta ao normal Fonte Lewis 2021 3 TRANSPORTE DE OXIGÊNIO E DE DIÓXIDO DE CARBONO NO SANGUE E NOS LÍQUIDOS TECIDUAIS Quando o oxigênio se difunde dos alvéolos para o sangue pulmonar ele é transportado para os capilares dos tecidos periféricos quase inteiramente em combinação com a hemoglobina permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais oxigênio Nas células dos tecidos corporais o oxigênio reage com nutrientes formando dióxido de carbono Este penetra nos capilares e é transportado de volta aos pulmões ou seja o dióxido de carbono passa do sangue para o interior dos alvéolos e é então expiradoCardoso 2019 O sangue oxigenado viaja dos pulmões passando pelas veias pulmonares até ao lado esquerdo do coração que bombeia o sangue para o resto do corpo O sangue pobre em oxigênio e rico em dióxido de carbono volta para o lado direito do coração através de duas grandes veias a veia cava superior e a veia cava inferior Em seguida o sangue é bombeado pela artéria pulmonar até os pulmões onde ele coleta oxigênio e libera dióxido de carbono Cardoso 2019 Como pode ser visto na figura 2 Três processos são essenciais para a transferência de oxigênio do ar exterior para o sangue passando pelos pulmões ventilação processo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões difusão movimento espontâneo dos gases sem o uso de energia ou esforço por parte do corpo entre os alvéolos e os capilares nos pulmões e perfusão processo pelo qual o sistema cardiovascular bombeia o sangue pelos pulmões Cardoso 2019 Figura 2 Transporte de O2CO2 pelo sangue Fonte Cardoso 2019 Figura 3 Troca gasosa entre os espaços alveolares e os vasos capilares Fonte Lewis 2021 REFERÊNCIAS CARDOSO E da C Fisiologia respiratória Instituto de saúde de Nova Friburgo Universidade Federal Fluminense 2019 Disponível em httpoleuffbrwpcontentuploadssites358201910Fisiologiadorespirat C3B3riopdf Acesso 11 nov 2023 LEWIS J L Distúrbios hormonais e metabólicos Manual MSD 2021 Disponível em httpswwwmsdmanualscomptbrcasadistC3BArbioshormonaisemetab C3B3licos Acesso 11 nov 2023 MARTINS C Sistema respiratório Universidade Federal de Pelotas Instituto de Biologia Departamento de Morfologia 2018 Disponível em httpswpufpeledubrhistorepfiles201806ResumodeSistemaRespirat C3B3rio2pdf Acesso em 11 nov 2023