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Contabilidade de Custos
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Contabilidade de Custos e Industrial Unidade 1 Melhore esta Webaula Visão Geral Apresentação da Disciplina Melhore esta Webaula 2 Apresentação da Disciplina Na disciplina de Contabilidade de Custos Industriais, vamos estudar a classificação e nomenclatura de custos. Estrutura de custos. Custos por processo e por ordem de produção. Análise de custos. Custos diretos e indiretos. Produtos acabados e semielaborados. Formação do preço de venda. Apuração do custo de fabricação. Escrituração contábil de empresas industriais. Plano de contas. Ajustes de custos. Apuração de resultados. Fechamento de balanço. Melhore esta Webaula 3 Objetivos 1. INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS 1.1 Introdução. 1.2 Evolução da Contabilidade de Custos. 1.3 Finalidades da Contabilidade de Custos. 1.4 Terminologia em Custos. 2. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS CUSTOS 2.1 Custos Diretos e Indiretos. 2.2 Custos Fixos e Variáveis. 3. COMPONENTES DO CUSTO 3.1 Materiais. 3.2 Mão de obra. 3.3 CIFs. 4. ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS 4.1 Custo de Produção do Período, Acabada e das Vendas. 4.2 Produtos Acabados e Semiacabados. 4.3 Equivalente de Produção. 5. SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO 5.1 Produção por processo. 5.2 Produção por ordem. 6. DEPARTAMENTALIZAÇÃO 6.1 O que é Departamento. 6.2 Cálculo da Departamentalização. 7. MÉTODOS DE CUSTEIO 7.1 Variável. 7.2 Absorção. 7.3 ABC. 7.4 RKW. 7.5 Target Costing. 8. FORMAÇÃO DE PREÇO DE VENDA 8.1 A importância e os objetivos dos preços de venda. 8.2 Fatores que impactam na formação do preço de venda. 8.3 Formação do preço baseada no custo. Conteúdo Programático Nesta unidade, você vai aprender a: 1- Classificar os custos. 2- Identificar os principais componentes dos custos de produção. 3- Diferenciar e identificar os critérios de custeio. 4- Diferenciar e identificar os sistemas de acumulação de custos. 5- Calcular o custo de produtos acabados e semiacabados. 6- Calcular o preço de venda com base nos custos. Metodologia Os conteúdos programáticos ofertados nessa disciplina serão desenvolvidos por meio das Teleaulas, de forma expositiva e interativa (chat - tira dúvidas em tempo real), Aula Atividade por chat para aprofundamento e reflexão e Webaulas que estarão disponíveis no Ambiente Colaborar, compostas de conteúdos de aprofundamento, reflexão e atividades de aplicação dos conteúdos e avaliação. Serão realizadas, também, atividades de acompanhamento tutorial, atividades práticas e estudos independentes (autoestudo), além do Material do Impresso por disciplina. Avaliação Prevista O sistema de avaliação da disciplina compreende em assistir à teleaula, produção de texto/trabalho no portfólio, realização de duas avaliações virtuais, uma avaliação presencial embasada em todo o material didático, teleaula e webaula da disciplina. Seção 1 Origem, Evolução e Terminologia Aplicável à Contabilidade de Custos Apresentação Olá, seja bem-vindo ao 5º módulo do nosso curso de Ciências Contábeis. Sou o professor Fábio e saibam que estou muito contente em poder estar aqui com vocês, aprofundando um pouquinho mais sobre este tema. Neste módulo, veremos todas as características ligadas à contabilidade aplicada ao ramo industrial, o qual é de grande importância para a economia nacional. A princípio, vamos conhecer a disciplina de Contabilidade de Custos, que trará alguns conhecimentos básicos necessários para um desenvolvimento harmônico ao longo deste módulo. A Contabilidade de Custos é vista, atualmente, como uma das grandes fornecedoras de informações para o processo decisório, por isso, conhecê-la e dominá-la é um fator muito importante para o sucesso profissional na área contábil. A Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos é um dos ramos de aplicação da Contabilidade, sendo esta comumente aplicada nas empresas industriais, no entanto, na atualidade, nota-se, também, a utilização da Contabilidade de Custos em empresas prestadoras de serviços e comerciais, devido a esta fornecer informações valiosas ao processo decisório. Para adentrarmos a este novo segmento dentro da contabilidade, é importante conhecermos sua origem, afinal, de onde vem a Contabilidade de Custos? Será que ela surgiu com a Contabilidade no século XV, ou será que ela se apresentou como uma evolução da Contabilidade? Origem da Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, quando, até então, a Contabilidade existente satisfazia as necessidades dos empresários da época, uma vez que a determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil determinação. Se o empresário comprasse um tecido e pagasse por ele o total de $50,00, esse seria o custo, portanto, deveria vender este tecido, no mínimo, pelo mesmo valor, para não incorrer em prejuízo. Portanto, a determinação do quanto custou uma mercadoria era de fácil mensuração, uma vez que o valor era o objetivo e sem nenhum tipo de arbitrariedade em sua composição. Antes da Revolução Industrial, as produções eram todas realizadas manualmente, em pequenas quantidades e, normalmente, nas próprias residências familiares. Com o advento da Revolução Industrial, os processos de produção passaram a ser mecanizados, produzindo em grandes quantidades produtos padronizados, fazendo uso de enormes estruturas industriais, com máquinas e equipamentos que agilizaram o processo produtivo. A partir daí viu-se o surgimento de uma nova necessidade contábil, a de determinar o quanto custava cada unidade produzida, uma vez que agora esse custo já não era tão facilmente obtido como na era comercial. Assim, a mensuração do custo do produto produzido exigiu da contabilidade uma evolução, o que acabou por incorrer no surgimento da Contabilidade de Custos, que surgiu nessa época visando satisfazer essa necessidade da sociedade empresarial. Trocando em miúdos... Por que, na era comercial, era mais fácil determinar o custo? Para simplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Você é um vendedor de tecidos, e faz disso sua atividade principal. Em determinado momento, você adquire um lote de tecidos por $50,00 o metro. No mesmo dia, um de seus clientes deseja comprar alguns metros de tecido, você então pensa: É fácil! Se paguei $50,00, posso vender para ele por $80,00 o metro e, assim, obter o lucro de $30,00 por metro. O raciocínio está correto, uma vez que você apenas comprou o tecido e o revendeu. "Paguei $50,00 pelo tecido, mas não posso vender só pelo custo do tecido, a mão de obra dos funcionários dos vários departamentos (corte, costura, acabamento etc.) deve ser levada em conta também; tem, ainda, os gastos com linha e botão para confeccionar a blusa, então também devo considerar isso no custo; porém, os equipamentos (máquina de costura, por exemplo) que foram utilizados também se desgastaram, e devo considerar esse desgaste, e tem mais a energia elétrica e o aluguel do prédio. E agora? Como faço para determinar o quanto custou essa blusa? Por quanto vender?" E assim, a partir desta necessidade, surgia a Contabilidade de Custos. Se antes a preocupação era somente o quanto foi pago pelo tecido, agora, essa simplicidade já não é adequada, uma vez que ocorreram outros gastos na produção para deixar o produto completamente pronto e estes, também, deveriam ser considerados na determinação do custo Contabilidade de Custos como uma Importante Ferramenta para a Gestão Empresarial A partir do surgimento da Contabilidade de Custos, as empresas começaram a notar sua importância como ferramenta de gestão, uma vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes para tomar decisões, como: Por quanto vender? Quanto custou o produto? Qual fator do processo produtivo está encarecendo o produto? etc. Nota-se a partir daí que a Contabilidade de Custos estaria trazendo importantes informações para a gestão. Se eu soubesse o quanto custava cada produto, e como era composto seu custo, eu poderia atuar com mais êxito na busca por redução dos custos de produção. Se eu descobrisse que estava gastando mais com o preço da matéria-prima, poderia tentar uma negociação com o fornecedor; se o problema fosse mão de obra ou linha de produção, poderia tentar substituir as máquinas antigas por máquinas mais modernas, ou implantar novas linhas automatizadas, visando diminuir a necessidade de mão de obra. Portanto, a Contabilidade de Custos demonstrou-se como uma ferramenta essencial à gestão empresarial. O que, no início, surgiu só para mensurar o quanto custava um produto, passava então a ser uma das mais importantes ferramentas para a gestão industrial. Para se ter uma ideia da importância da Contabilidade de Custos, assista ao vídeo a seguir, no qual um Gerente Executivo esclarece sobre o Controle de Custos e sua importância para determinar o preço de venda e lucratividade da empresa. Gestão e Negócios Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=lcJALX3Posw>. Acesso em: 05 Mai 2016. Desta forma, devemos nos conscientizar que o controle de custos é fator fundamental para a sobrevivência da empresa no mercado, uma vez que este impacta diretamente no lucro da empresa. Para averiguar os resultados advindos de um adequado controle e análise de custos, assista ao vídeo a seguir, que demonstra o sucesso da implantação em um supermercado. Assim, podemos verificar que a Contabilidade de Custos é uma importante ferramenta para a gestão empresarial, não só para as entidades industriais mas também para empresas comerciais e prestadoras de serviços. Terminologia Aplicada à Contabilidade de Custos A contabilidade de custos utiliza-se de termos simples, não muito distantes de nossa realidade, porém, atribui a cada termo um sentido e uma definição específicos, sendo que, para um profissional de outra área que não a contábil, pode ver ‘custo’ e ‘despesa’ como coisas iguais. No entanto, aprenderemos aqui que, para a contabilidade de custos, são termos que fazem referência a gastos diferentes. Como nomenclaturas comumente utilizadas na Contabilidade de Custos temos as seguintes: gasto, custo, despesa, perda, desembolso e investimento. Gasto: Gasto é representado por toda e qualquer aquisição de bem ou serviço que a empresa faça, sendo assim, tem-se gastos com: luz, água, mão de obra, compra de matérias-primas, entre outros. Esses gastos podem ocorrer não só na produção mas também na área administrativa e de vendas, como gastos com assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado. O termo gasto é bem genérico, podendo ser atribuído a toda e qualquer aquisição realizada pela empresa. Custo: Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço. Sendo assim, todo bem ou serviço que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo. Como exemplo de custos, tem-se o consumo de matéria-prima na produção, salários dos funcionários da fábrica, depreciação, aluguel, energia elétrica utilizada na fábrica, consumo de água, entre outros. Exemplo: na produção de café em pó, temos como matéria-prima o café em grão, que entra no processo produtivo e, depois de industrializado, se torna o café em pó, assim, o café em grão (matéria-prima) é CUSTO na produção de café em pó. Será que entendi, professora? Então custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo? Será que entendi, professora? Então custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo? Sim, isso mesmo, todos os gastos que estiverem relacionados com o processo produtivo serão tratados como custos. Imagine que você compre trigo para fazer farinha, ele será CUSTO porque está relacionado diretamente com o processo produtivo, ele é a matéria-prima que será utilizada para produzir a farinha. E a mão de obra que for utilizada na área de produção da farinha também será CUSTO. O TRIGO É CUSTO NA PRODUÇÃO DE FARINHA Despesa: Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas. As despesas são gastos que a empresa incorre, buscando obter receitas. Exemplos: consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos, depreciação dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone da diretoria, propaganda etc. Perda: Consumo de bem ou serviço de forma involuntária (sem que a empresa desejasse). São gastos que a empresa incorre, porém, tem características de anormalidade ou involuntariedade, ou seja, aconteceu sem a empresa desejar ou sem que pudesse prever. Exemplo: destruição de estoque por incêndio ou enchente, incêndio na empresa, entre outros. Custos Diretos e Indiretos Após definidas as terminologias a serem utilizadas na contabilidade de custos, vamos classificar, agora, os tipos de custos. A primeira classificação que se tem dos custos é em direto e indireto. Custos Diretos: são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas que se tenha uma unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por produto, unidades de embalagem utilizada no produto, horas de mão de obra gastas no produto etc. A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente seus gastos em cada produto, ou seja, pode-se avaliar o quanto de matéria-prima foi utilizada em cada unidade do produto. Custos indiretos: não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária (como custos com supervisão, chefias, aluguel da fábrica). Os salários da supervisão, assim como os de chefes e de equipe, são de difícil alocação para cada produto e, sendo assim, classificados como custos indiretos. Desembolso: É o pagamento pela aquisição de bem ou serviço. O desembolso representa a saída de dinheiro da empresa através do pagamento, sendo assim, essa saída pode ocorrer antes, durante ou depois do bem já entregue ou do serviço já prestado. Investimento: São gastos que a empresa incorre visando, por meio deles, obter benefícios nos períodos futuros. São as aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da empresa. Investimento é todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trarão benefícios à empresa, podendo ser por um longo período, como a compra de um imóvel, que beneficiará a empresa por muito tempo, ou por um curto período, como a compra de estoque. Componentes do Custo Os Custos de Produção são divididos em três categorias: Matéria-Prima: são os materiais incorporados ao produto final. As matérias-primas correspondem a qualquer tipo de material usado no produto final. Mão-de-Obra: são os gastos com os salários dos funcionários da fábrica. Podemos classificar a mão de obra em direta e indireta, sendo direta aquela que está diretamente relacionada ao processo produtivo, ou seja, a dos funcionários que atuam sobre o produto. E indireta, a mão de obra de funcionários, supervisores, carregadores de materiais, seguranças etc., sendo que são funcionários que não se podem definir com exatidão o quanto contribuíram para cada produto. Custos Indiretos de Fabricação (CIFs): incluem todos os custos, exceto matéria-prima direta e mão de obra direta. Os custos gerais de produção abrangem itens, tais como manutenção, reparo de equipamentos de produção, seguro, depreciação etc. Será que entendi, professora? Os custos diretos podem ser alocados diretamente aos produtos e os indiretos devem utilizar algum critério de rateio? Exatamente, os gastos com custos diretos são alocados diretamente ao produto produzido, por exemplo se gastarmos matéria-prima na produção de quatro tipos de produto (A, B, C e D), saberemos, de acordo com as requisições de matéria-prima, o quanto foi gasto em cada produto. Vamos supor que foram gastos em um mês 10.000 kg de matéria-prima, sabendo-se que cada kg custou para a empresa $1,00, e que as quantidades aplicadas nos produtos foram as seguintes: Produto | Qtd. M.P. | $/kg | TOTAL A | 2.000 kg | $1,00/kg | $2.000,00 B | 3.000 kg | $1,00/kg | $3.000,00 C | 4.000 kg | $1,00/kg | $4.000,00 D | 1.000 kg | $1,00/kg | $1.000,00 TOTAL | 10.000 kg | | $10.000,00 Desta maneira, poderemos alocar a cada produto o quanto cada um realmente gastou da matéria-prima. Isso só é possível porque temos uma medida objetiva (quantidade de quilos gastos por produto). Já os gastos com supervisão da fábrica não podem ser alocados diretamente aos produtos, pois não se sabe exatamente quanto tempo de supervisão foi gasto em cada produto, por isso, escolhe-se um critério de rateio para apropriar os custos indiretos aos quatro produtos. Desta forma, vamos supor que tivemos em determinado período gastos de $2.000,00 com supervisão de produção, desta maneira, nos resta alocar esses $2.000,00 aos quatro produtos através de algum critério de rateio. Para simplificar, vamos utilizar o rateio por quantidade de produtos, assim, faremos a divisão dos $2.000,00 pelos quatro produtos, dando a cada um deles valores iguais de rateio dos gastos de supervisão. Assim, ao dividirmos $2.000,00 pelos quatro produtos, teremos a alocação de $500,00 para cada produto. Ao final, teremos o seguinte resultado: Produto Custo Direto Mat. Prima Custo Indireto Supervisão Custo Total de cada Produto A $2.000,00 $500,00 $2.500,00 B $3.000,00 $500,00 $3.500,00 C $4.000,00 $500,00 $4.500,00 D $1.000,00 $500,00 $1.500,00 TOTAL $10.000,00 $2.000,00 $12.000,00 Assim, o Produto A custou para a empresa $2.500,00; o Produto B, $3.500,00; o Produto C, $4.500,00; e o Produto D, $1.500,00. Custos Fixos e Variáveis Além de serem classificados em diretos e indiretos, os custos podem ser classificados, também, em fixos e variáveis. Custos Fixos: são os custos que não variam no período independentemente da quantidade produzida. Eles tem natureza fixa, ou seja, será sempre o mesmo valor se a indústria produzir 100 ou 1.000 unidades. O aluguel é um exemplo de custo fixo, uma vez que todo mês a empresa pagará de aluguel uma determinada quantia, independentemente da quantidade de produtos que esta fabrique. Custos Variáveis: são os custos que guardam relação direta com a quantidade produzida. Assim, estes custos variam de acordo com a variação na produção: quando a produção aumenta, os custos variáveis aumentam; quando a produção diminui, os custos variáveis também diminuem. Vamos imaginar a seguinte situação: nossa fábrica de garrafas plásticas paga de aluguel, todo mês, $10.000,00, e gasta $0,20 de matéria-prima para a produção de cada garrafa. Pensando que no 1º mês produzimos 100.000 garrafas, nossos custos serão os seguintes: CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria-prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $20.000,00 CUSTO TOTAL $30.000,00 Quantidade produzida (em unid.) 100.000 Custo Unitário por garrafa $0,30 Supondo, agora, que no 2º mês foram produzidas 500.000 garrafas, mantendo-se os mesmos custos teremos os seguintes resultados: CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria-prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $100.000,00 CUSTO TOTAL $110.000,00 Quantidade produzida (em unid.) 500.000 Custo Unitário por garrafa $0,22 Podemos notar que, com o aumento da quantidade produzida, o custo da Matéria-prima (custo variável) aumentou, no entanto, o custo do aluguel (custo fixo) não se alterou. Esquema Básico de Contabilidade de Custos Após a definição das nomenclaturas e classificações dos custos, vamos começar a aprender como apurar o custo do produto efetivamente. Vamos acompanhar a empresa “Brasil”, que produz três tipos de produtos (PX, PY e PW) e, em determinado período, teve os seguintes gastos: Item $ Matéria-prima consumida 540.000,00 Material de consumo (escritório da administração) 15.000,00 Comissão de vendedores 30.000,00 Salários dos funcionários da administração 50.000,00 Depreciação dos equipamentos da fábrica 90.000,00 Fretes na entrega dos produtos 30.000,00 Salários dos funcionários da fábrica (mão de obra) 250.000,00 Energia elétrica consumida na fábrica 85.000,00 Seguro da fábrica 10.000,00 Depreciação dos computadores (administração) 25.000,00 Total 1.140.000,00 Nosso 1º passo será exercer nosso aprendizado de classificação dos custos, portanto, primeiramente, vamos dividir os gastos listados em Custos de Produção, Despesas Administrativas e Despesas de Vendas. Custos de Produção $ Matéria-prima consumida 540.000,00 Depreciação dos equipamentos da fábrica 90.000,00 Salários dos funcionários da fábrica (mão de obra) 250.000,00 Energia elétrica consumida na fábrica 85.000,00 Seguro da fábrica 10.000,00 Total 975.000,00
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A Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos é um dos ramos de aplicação da Contabilidade, sendo esta comumente aplicada nas empresas industriais, no entanto, na atualidade, nota-se, também, a utilização da Contabilidade de Custos em empresas prestadoras de serviços e comerciais, devido a esta fornecer informações valiosas ao processo decisório. Para adentrarmos a este novo segmento dentro da contabilidade, é importante conhecermos sua origem, afinal, de onde vem a Contabilidade de Custos? Será que ela surgiu com a Contabilidade no século XV, ou será que ela se apresentou como uma evolução da Contabilidade? Origem da Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no século XVIII, quando, até então, a Contabilidade existente satisfazia as necessidades dos empresários da época, uma vez que a determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil determinação. 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Se antes a preocupação era somente o quanto foi pago pelo tecido, agora, essa simplicidade já não é adequada, uma vez que ocorreram outros gastos na produção para deixar o produto completamente pronto e estes, também, deveriam ser considerados na determinação do custo Contabilidade de Custos como uma Importante Ferramenta para a Gestão Empresarial A partir do surgimento da Contabilidade de Custos, as empresas começaram a notar sua importância como ferramenta de gestão, uma vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes para tomar decisões, como: Por quanto vender? Quanto custou o produto? Qual fator do processo produtivo está encarecendo o produto? etc. Nota-se a partir daí que a Contabilidade de Custos estaria trazendo importantes informações para a gestão. Se eu soubesse o quanto custava cada produto, e como era composto seu custo, eu poderia atuar com mais êxito na busca por redução dos custos de produção. Se eu descobrisse que estava gastando mais com o preço da matéria-prima, poderia tentar uma negociação com o fornecedor; se o problema fosse mão de obra ou linha de produção, poderia tentar substituir as máquinas antigas por máquinas mais modernas, ou implantar novas linhas automatizadas, visando diminuir a necessidade de mão de obra. Portanto, a Contabilidade de Custos demonstrou-se como uma ferramenta essencial à gestão empresarial. O que, no início, surgiu só para mensurar o quanto custava um produto, passava então a ser uma das mais importantes ferramentas para a gestão industrial. Para se ter uma ideia da importância da Contabilidade de Custos, assista ao vídeo a seguir, no qual um Gerente Executivo esclarece sobre o Controle de Custos e sua importância para determinar o preço de venda e lucratividade da empresa. Gestão e Negócios Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=lcJALX3Posw>. Acesso em: 05 Mai 2016. Desta forma, devemos nos conscientizar que o controle de custos é fator fundamental para a sobrevivência da empresa no mercado, uma vez que este impacta diretamente no lucro da empresa. Para averiguar os resultados advindos de um adequado controle e análise de custos, assista ao vídeo a seguir, que demonstra o sucesso da implantação em um supermercado. Assim, podemos verificar que a Contabilidade de Custos é uma importante ferramenta para a gestão empresarial, não só para as entidades industriais mas também para empresas comerciais e prestadoras de serviços. Terminologia Aplicada à Contabilidade de Custos A contabilidade de custos utiliza-se de termos simples, não muito distantes de nossa realidade, porém, atribui a cada termo um sentido e uma definição específicos, sendo que, para um profissional de outra área que não a contábil, pode ver ‘custo’ e ‘despesa’ como coisas iguais. No entanto, aprenderemos aqui que, para a contabilidade de custos, são termos que fazem referência a gastos diferentes. Como nomenclaturas comumente utilizadas na Contabilidade de Custos temos as seguintes: gasto, custo, despesa, perda, desembolso e investimento. Gasto: Gasto é representado por toda e qualquer aquisição de bem ou serviço que a empresa faça, sendo assim, tem-se gastos com: luz, água, mão de obra, compra de matérias-primas, entre outros. Esses gastos podem ocorrer não só na produção mas também na área administrativa e de vendas, como gastos com assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado. O termo gasto é bem genérico, podendo ser atribuído a toda e qualquer aquisição realizada pela empresa. Custo: Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem ou na prestação de um serviço. Sendo assim, todo bem ou serviço que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo. Como exemplo de custos, tem-se o consumo de matéria-prima na produção, salários dos funcionários da fábrica, depreciação, aluguel, energia elétrica utilizada na fábrica, consumo de água, entre outros. Exemplo: na produção de café em pó, temos como matéria-prima o café em grão, que entra no processo produtivo e, depois de industrializado, se torna o café em pó, assim, o café em grão (matéria-prima) é CUSTO na produção de café em pó. Será que entendi, professora? Então custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo? Será que entendi, professora? Então custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o processo produtivo? Sim, isso mesmo, todos os gastos que estiverem relacionados com o processo produtivo serão tratados como custos. Imagine que você compre trigo para fazer farinha, ele será CUSTO porque está relacionado diretamente com o processo produtivo, ele é a matéria-prima que será utilizada para produzir a farinha. E a mão de obra que for utilizada na área de produção da farinha também será CUSTO. O TRIGO É CUSTO NA PRODUÇÃO DE FARINHA Despesa: Bem ou serviço consumido para a obtenção de receitas. As despesas são gastos que a empresa incorre, buscando obter receitas. Exemplos: consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas e administrativos, depreciação dos móveis e equipamentos dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone dos departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone da diretoria, propaganda etc. Perda: Consumo de bem ou serviço de forma involuntária (sem que a empresa desejasse). São gastos que a empresa incorre, porém, tem características de anormalidade ou involuntariedade, ou seja, aconteceu sem a empresa desejar ou sem que pudesse prever. Exemplo: destruição de estoque por incêndio ou enchente, incêndio na empresa, entre outros. Custos Diretos e Indiretos Após definidas as terminologias a serem utilizadas na contabilidade de custos, vamos classificar, agora, os tipos de custos. A primeira classificação que se tem dos custos é em direto e indireto. Custos Diretos: são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas que se tenha uma unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por produto, unidades de embalagem utilizada no produto, horas de mão de obra gastas no produto etc. A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente seus gastos em cada produto, ou seja, pode-se avaliar o quanto de matéria-prima foi utilizada em cada unidade do produto. Custos indiretos: não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, muitas vezes, arbitrária (como custos com supervisão, chefias, aluguel da fábrica). Os salários da supervisão, assim como os de chefes e de equipe, são de difícil alocação para cada produto e, sendo assim, classificados como custos indiretos. Desembolso: É o pagamento pela aquisição de bem ou serviço. O desembolso representa a saída de dinheiro da empresa através do pagamento, sendo assim, essa saída pode ocorrer antes, durante ou depois do bem já entregue ou do serviço já prestado. Investimento: São gastos que a empresa incorre visando, por meio deles, obter benefícios nos períodos futuros. São as aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da empresa. Investimento é todo gasto pela aquisição de produtos ou serviços que trarão benefícios à empresa, podendo ser por um longo período, como a compra de um imóvel, que beneficiará a empresa por muito tempo, ou por um curto período, como a compra de estoque. Componentes do Custo Os Custos de Produção são divididos em três categorias: Matéria-Prima: são os materiais incorporados ao produto final. As matérias-primas correspondem a qualquer tipo de material usado no produto final. Mão-de-Obra: são os gastos com os salários dos funcionários da fábrica. Podemos classificar a mão de obra em direta e indireta, sendo direta aquela que está diretamente relacionada ao processo produtivo, ou seja, a dos funcionários que atuam sobre o produto. E indireta, a mão de obra de funcionários, supervisores, carregadores de materiais, seguranças etc., sendo que são funcionários que não se podem definir com exatidão o quanto contribuíram para cada produto. Custos Indiretos de Fabricação (CIFs): incluem todos os custos, exceto matéria-prima direta e mão de obra direta. Os custos gerais de produção abrangem itens, tais como manutenção, reparo de equipamentos de produção, seguro, depreciação etc. Será que entendi, professora? Os custos diretos podem ser alocados diretamente aos produtos e os indiretos devem utilizar algum critério de rateio? Exatamente, os gastos com custos diretos são alocados diretamente ao produto produzido, por exemplo se gastarmos matéria-prima na produção de quatro tipos de produto (A, B, C e D), saberemos, de acordo com as requisições de matéria-prima, o quanto foi gasto em cada produto. Vamos supor que foram gastos em um mês 10.000 kg de matéria-prima, sabendo-se que cada kg custou para a empresa $1,00, e que as quantidades aplicadas nos produtos foram as seguintes: Produto | Qtd. M.P. | $/kg | TOTAL A | 2.000 kg | $1,00/kg | $2.000,00 B | 3.000 kg | $1,00/kg | $3.000,00 C | 4.000 kg | $1,00/kg | $4.000,00 D | 1.000 kg | $1,00/kg | $1.000,00 TOTAL | 10.000 kg | | $10.000,00 Desta maneira, poderemos alocar a cada produto o quanto cada um realmente gastou da matéria-prima. Isso só é possível porque temos uma medida objetiva (quantidade de quilos gastos por produto). Já os gastos com supervisão da fábrica não podem ser alocados diretamente aos produtos, pois não se sabe exatamente quanto tempo de supervisão foi gasto em cada produto, por isso, escolhe-se um critério de rateio para apropriar os custos indiretos aos quatro produtos. Desta forma, vamos supor que tivemos em determinado período gastos de $2.000,00 com supervisão de produção, desta maneira, nos resta alocar esses $2.000,00 aos quatro produtos através de algum critério de rateio. Para simplificar, vamos utilizar o rateio por quantidade de produtos, assim, faremos a divisão dos $2.000,00 pelos quatro produtos, dando a cada um deles valores iguais de rateio dos gastos de supervisão. Assim, ao dividirmos $2.000,00 pelos quatro produtos, teremos a alocação de $500,00 para cada produto. Ao final, teremos o seguinte resultado: Produto Custo Direto Mat. Prima Custo Indireto Supervisão Custo Total de cada Produto A $2.000,00 $500,00 $2.500,00 B $3.000,00 $500,00 $3.500,00 C $4.000,00 $500,00 $4.500,00 D $1.000,00 $500,00 $1.500,00 TOTAL $10.000,00 $2.000,00 $12.000,00 Assim, o Produto A custou para a empresa $2.500,00; o Produto B, $3.500,00; o Produto C, $4.500,00; e o Produto D, $1.500,00. Custos Fixos e Variáveis Além de serem classificados em diretos e indiretos, os custos podem ser classificados, também, em fixos e variáveis. Custos Fixos: são os custos que não variam no período independentemente da quantidade produzida. Eles tem natureza fixa, ou seja, será sempre o mesmo valor se a indústria produzir 100 ou 1.000 unidades. O aluguel é um exemplo de custo fixo, uma vez que todo mês a empresa pagará de aluguel uma determinada quantia, independentemente da quantidade de produtos que esta fabrique. Custos Variáveis: são os custos que guardam relação direta com a quantidade produzida. Assim, estes custos variam de acordo com a variação na produção: quando a produção aumenta, os custos variáveis aumentam; quando a produção diminui, os custos variáveis também diminuem. Vamos imaginar a seguinte situação: nossa fábrica de garrafas plásticas paga de aluguel, todo mês, $10.000,00, e gasta $0,20 de matéria-prima para a produção de cada garrafa. Pensando que no 1º mês produzimos 100.000 garrafas, nossos custos serão os seguintes: CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria-prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $20.000,00 CUSTO TOTAL $30.000,00 Quantidade produzida (em unid.) 100.000 Custo Unitário por garrafa $0,30 Supondo, agora, que no 2º mês foram produzidas 500.000 garrafas, mantendo-se os mesmos custos teremos os seguintes resultados: CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria-prima): ($0,20 x 100.000 garrafas) $100.000,00 CUSTO TOTAL $110.000,00 Quantidade produzida (em unid.) 500.000 Custo Unitário por garrafa $0,22 Podemos notar que, com o aumento da quantidade produzida, o custo da Matéria-prima (custo variável) aumentou, no entanto, o custo do aluguel (custo fixo) não se alterou. Esquema Básico de Contabilidade de Custos Após a definição das nomenclaturas e classificações dos custos, vamos começar a aprender como apurar o custo do produto efetivamente. Vamos acompanhar a empresa “Brasil”, que produz três tipos de produtos (PX, PY e PW) e, em determinado período, teve os seguintes gastos: Item $ Matéria-prima consumida 540.000,00 Material de consumo (escritório da administração) 15.000,00 Comissão de vendedores 30.000,00 Salários dos funcionários da administração 50.000,00 Depreciação dos equipamentos da fábrica 90.000,00 Fretes na entrega dos produtos 30.000,00 Salários dos funcionários da fábrica (mão de obra) 250.000,00 Energia elétrica consumida na fábrica 85.000,00 Seguro da fábrica 10.000,00 Depreciação dos computadores (administração) 25.000,00 Total 1.140.000,00 Nosso 1º passo será exercer nosso aprendizado de classificação dos custos, portanto, primeiramente, vamos dividir os gastos listados em Custos de Produção, Despesas Administrativas e Despesas de Vendas. Custos de Produção $ Matéria-prima consumida 540.000,00 Depreciação dos equipamentos da fábrica 90.000,00 Salários dos funcionários da fábrica (mão de obra) 250.000,00 Energia elétrica consumida na fábrica 85.000,00 Seguro da fábrica 10.000,00 Total 975.000,00