·
Cursos Gerais ·
Outros
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Texto de pré-visualização
CONSTRUÇÕES E ATERROS EM SOLOS MOLES UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Elaboração Lorayne Cristina da Silva Alves Produção Equipe Técnica de Avaliação Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS 5 CAPÍTULO 1 LANÇAMENTO DE ATERROS EM PONTA 7 CAPÍTULO 2 ATERRO CONSTRUÍDO EM ETAPAS ATERROS COM BERMAS LATERAIS E ATERROS REFORÇADOS 13 CAPÍTULO 3 REMOÇÃO E TRATAMENTO DE SOLOS MOLES 17 REFERÊNCIAS 23 5 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Solos moles normalmente reconhecidos por serem solos argilosos saturados podem ser definidos segundo Gaui Filho 2017 como aqueles materiais que possuem baixíssima resistência ao cisalhamento ademais de baixa permeabilidade e alta compressibilidade Isso significa que se aplicado um carregamento esse tipo de solo apresenta tempo de adensamento muito extenso que pode variar de anos a até mesmo décadas Por isso fazse necessário o estudo de técnicas que podem diminuir ou até mesmo extinguir esse acontecimento e por consequência diminuir os impactos futuros relacionados aos recalques causados por esse fenômeno Para isso diversas soluções podem ser propostas dependendo de inúmeros fatores tais como propriedades geotécnicas do local nível de água prazos e custos adotados e utilização final do local CARDOSO 2013 Gaui Filho 2017 explica que diversas metodologias foram desenvolvidas e melhoradas com o intuito de eliminar ou reduzir os problemas originados pela alta compressibilidade e baixa permeabilidade do solo mole A figura 13 apresenta um esquema dos diversos métodos existentes Almeida e Marques 2010 relatam que a maior parte dos métodos construtivos apresentados na figura empregados em aterros sobre solos moles são associados ao uso de geossintético como material de reforço Figura 13 Metodologias empregadas em aterros sobre solos moles a Aterro reforçado b Bermas laterais e reforço c Construção em etapas d Redução da altura do aterro e Aterros leves f Colunas de brita convencionais e encamisadas g Colunas de solo estabilizado h Aterro sobre estacas i Substituição parcial j Substituição total k Précarregamento por vácuo l Drenos verticais de areia ou geodrenos ou l Drenos verticais parciais m Sobrecarga temporária Estabilidade Recalque Perfil teórico Perfil teórico com recalque aceitável Sem tratamento Fonte Almeida e Marques 2010 6 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Neste capítulo serão apresentadas algumas dessas técnicas Ao final desta unidade dividida em três capítulos o aluno será capaz de aprender sobre as técnicas de lançamentos de aterros em ponta sobrecarga temporária e drenos verticais entender os métodos de construção por etapas emprego de bermas laterais e técnicas de reforço diferenciar os procedimentos de substituição total ou parcial do solo e aterro leve visualizar as diferentes soluções existentes para eliminar ou reduzir os problemas originados pelos solos moles 7 CAPÍTULO 1 LANÇAMENTO DE ATERROS EM PONTA 11 Aterro de ponta Oficina de Textos 20 e Machado 2003 afirmam que no processo de aterros de ponta os solos moles são deslocados pelo próprio peso Consequentemente ocorre a expulsão da camada mole que dá lugar ao aterro embutido O procedimento pode ser complementado com sobrecarga temporária caso ainda se encontrem camadas de solos mole remanescentes maiores que as espessuras requeridas o que tende a evitar os recalques pósconstrutivos A expulsão do solo mole nessa metodologia é feita pelo deslocamento do solo compressível causado pela inserção do material de substituição Vale ressaltar que não deve ocorrer contaminação do material de substituição sendo necessária sua completa retirada caso isso ocorra MACHADO 2012 As etapas de execução do aterro são demonstradas na figura 14 É possível notar que a execução do aterro começa em uma das pontas 1 o que explica o nome dado à metodologia A continuidade obriga a expulsão do solo compressível na outra ponta 2 sendo que ao final do processo o solo compressível se encontra confinado e sofre processo de expulsão por pressão do novo material aterrado 3 Por fim o aterro é finalizado 4 Figura 14 Lançamento de aterro de ponta Fonte Zaeyen et al 2003 8 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Almeida e Marques 2010 e Machado 2012 explicam que essa técnica pode ser empregada na periferia da área de interesse o que possibilita a execução de aterros com maiores espessuras Entretanto o alto volume de solo deslocado para botafora e a dificuldade de disposição desse material em outros locais são considerados desvantagens Ademais visto que não há garantia da eliminação uniforme do material compressível existe a possibilidade de recalques diferenciais e consequentes acidentes a longo prazo Essa metodologia é usualmente empregada em aterros de conquista em solos com baixíssima capacidade de suporte como em locais em que as camadas superficiais são constituídas por solos turfosos ou solos muito moles que estão na maioria das vezes alagados Nesses locais a técnica permite por exemplo a entrada de diversos equipamentos necessários para execução de outras atividades no local Podese também dependendo da resistência do solo reforçálo com geotêxtil MACHADO 2012 Almeida e Marques 2010 apud Machado 2012 explicam que essa metodologia não deve ser empregada bem antes do início da obra já que existe a possibilidade de que esse aterro construído para conquista esteja submerso em alguns meses ocasionado por recalques das camadas superiores de depósitos argilosos Zaeyen et al 2012 apresentam um estudo do comportamento do aterro utilizando a metodologia de aterro de ponta durante a construção da 1ª Etapa da Estação de Tratamento de Esgotos do Sistema SarapuíCEDAE 12 Aterro convencional com sobrecarga temporária Almeida e Marques 2010 e Gaui Filho 2017 elucidam que a sobrecarga temporária no aterro sob solo mole tem como função acelerar o processo de recalque diminuindo esse efeito pósconstrução como ilustrado na figura 15 Nela o recalque sem sobrecarga é representado pela linha tracejada e se estabiliza somente quando atinge Δhf Com a adição de uma sobrecarga no tempo t0 o tempo de estabilização diminui para tt1 instante em que alcança o mesmo Δhf Após esse tempo que é especificado em projeto a sobrecarga pode ser retirada e a compensação do recalque é obtida por parte do corpo do aterro que atua regularmente no local 9 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Figura 15 Redução dos recalques primários hfs hf 0 Δhf Δhfs hf hfs t1 Espessura do aterro Recalque Tempo Aterro Fonte Almeida e Marques 2010 apud Gaui Filho 2017 A sobrecarga segundo Perboni 2003 tem a função de retirar a água intersticial do solo por meio de um carregamento funcionando como um processo de adensamento que acelera o processo de recalque previsto no solo Com a saída da água os grãos do solo se reorganizam e normalmente o solo adquire maior resistência Marangon 2018 elucida que a sobrecarga deve ser compatível com o solo que compõe o aterro Isso significa que caso a resistência do solo seja muito baixa talvez seja necessário realizar a construção de bermas temporárias Ademais caso a espessura da camada de solo compressível seja maior que cinco metros recomendase o emprego dessa técnica associada a drenos verticais para acelerar o processo de recalque Como vantagem da aplicação desse método podese citar o custo relativamente baixo dele se comparado aos outros métodos Entretanto a estabilização dos recalques demora mais tempo se comparado às outras metodologias existentes ocasionado principalmente pela baixa permeabilidade do solo Isso resulta em uma necessidade de monitoramento pósconstrutivo afim de determinar a necessidade de manutenções GAUI FILHO 2017 Ademais como desvantagem podese mencionar a necessidade de grandes volumes de botafora e de empréstimo Vale ressaltar que após a retirada da sobrecarga do aterro existe um alívio de tensões e um aumento de volume não perceptível a olho nu no aterro executado MACHADO 2012 10 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS 13 Drenos verticais Nascimento 2008 explica que a técnica de emprego de drenos sintéticos verticais no solo mole tem como função dissipar as poropressões mais rapidamente e consequentemente acelerar o processo de recalque O emprego de drenos verticais segundo Perboni 2003 está frequentemente associado à técnica de sobrecarga temporária como apresentado na figura 16 O autor elucida que os drenos interferem na trajetória de fluxo das partículas de água diminuindo o tempo necessário para estabilização sem modificar o valor do recalque final Figura 16 Emprego de drenos verticais associado a sobrecarga permanente Δh Sobrecarga temporária Colchão drenante de areia Solo mole Geodrenos Aterro a construir Fonte DNIT 1998 Almeida e Marques 2010 afirmam que os primeiros drenos empregados eram formados de areia sendo depois substituídos por materiais préfabricados nomeados geodrenos ou drenos fibroquímicos Perboni 2008 elucida as características dos dois tipos de drenos empregados sendo elas Drenos verticais de areia compostos por materiais que possuem maior drenabilidade que o solo compressível Tem como desvantagens o maior tempo e execução a possibilidade de rompimento do dreno causada pelo adensamento do solo o risco de colmatação e a maior área de influência Drenos verticais sintéticos geodrenos amplamente utilizados pela facilidade de execução o que gera uma boa relação custobenefício além de se manterem íntegros durante e após o processo de recalques sucessivos 11 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Segundo Perboni 2008 o geodreno ilustrado na figura 17 consiste em um material empregado no processo de drenagem muito empregado para adensamento de solos moles O núcleo constituise de uma malha drenante sintética composta de polietileno polipropileno poliéster ou PVC envolta em um geossintético filtrante normalmente geotêxtil não tecido que impede a colmatação do núcleo p 16 Almeida e Marques 2010 afirmam que esse material possui boa resistência mecânica assegurando sua integridade sob ação de solicitações provenientes de cravações ou de deformações oriundas da massa de solo Figura 17 Geodrenos 5 mm 100 mm Fonte DNIT 1998 A construção da camada drenante também com atribuição de aterro de conquista é normalmente a primeira fase de execução do aterro quando se empregam geodrenos Posteriormente são cravados os drenos e executado o corpo do aterro como ilustrado na figura 18 Figura 18 Sequência para cravação dos drenos em aterros sobre solos moles 6 A 05 m NT NA Argila B Instalação do geotêxtil reforço construtivo Argila NA C D Execução do aterro de conquista Execução dos drenos Argila Argila NA NA h variável Fonte Almeida e Marques 2010 12 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS O DNIT 1998 ressalta a importância de se analisar a drenagem da água dentro do colchão drenante permitindo uma drenagem livre para o escoamento da água A figura 19 apresenta um erro comum de drenagem nos projetos de geodrenos e suas possíveis soluções Figura 19 Solução de drenagem para emprego de geodrenos Erro comum Aterro argiloso Colchão de areia Soluções Bica corrida Dreno Fonte DNIT 1998 O quadro 6 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 6 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias construtivas Características Aterro convencional Estabilização dos recalques é lenta Expulsão de solo com ruptura controlada aterro de ponta Utilizada para depósitos de pequena espessura e muito dependente da experiência local necessária sondagem para aferição da espessura de solo removidoremanescente Drenos verticais e sobrecarga com aterro Utilizados para acelerar recalques com grande experiência acumulada Usase a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Fonte Almeida e Marques 2010 13 CAPÍTULO 2 ATERRO CONSTRUÍDO EM ETAPAS ATERROS COM BERMAS LATERAIS E ATERROS REFORÇADOS 21 Construção por etapas Oficina de Textos 20 afirma que a construção em etapas se dá quando a resistência não drenada das camadas superiores do solo é muito baixa fazendo com que a resistência seja obtida gradativamente Borges 1995 explica que nessa metodologia após a construção de cada etapa é necessário aguardar o tempo de consolidação do aterro para dar continuidade à construção O autor elucida que se recomenda a utilização de um calendário de construção para melhor proveito dessa técnica simulando adequadamente o tempo necessário para que ocorra consolidação da carga na estrutura durante o período de espera Para isso é obrigatório o monitoramento da fundação através de medidas de pressão neutras assentamentos e resistência ao corte não drenada Ademais depois da construção de cada etapa é imprescindível o acompanhando através de instrumentação geotécnica e ensaios de campo com o intuito de verificar a estabilidade do aterro Além disso o ganho de resistência não drenada em cada camada deve ser averiguado através do ensaio de palheta ALMEIDA MARQUES 2010 Apesar do baixo custo o tempo necessário para a completa consolidação das camadas se torna um inconveniente para o emprego dessa metodologia Para resolver esse problema a aceleração do assentamento pode ser feita associandose a outras técnicas de consolidação tais como o emprego de drenos BORGES 1995 22 Bermas laterais Borges 1995 afirma que para casos em que não seja possível a construção da altura total do aterro de uma única vez o uso de bermas laterais com função estabilizantes é uma possível solução a ser empregada O uso de bermas segundo Oficina de Textos 20 tem o intuito de distribuir melhor as tensões durante a construção do aterro permitindo um aumento do fator de segurança quanto à ruptura A figura 20 apresenta o efeito estabilizante do emprego de bermas laterais no aumento do fato de segurança 14 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Figura 20 Efeito estabilizante do emprego de bermas laterais Berma Berma Fator de segurança Altura das bermas Com bermas Sem bermas Altura do aterro Fonte Borges 1995 Gaui Filho 2017 elucida que o uso de bermas pode ser inviável dependendo de restrição do espaço e do acesso ao material para construção do aterro O autor esclarece que essa técnica garante a estabilidade do grupo de maneira que compense os momentos de instabilidade A metodologia de construção segundo Silva 2017 consiste em fazer camadas no aterro de espessuras menores que a altura crítica associadas a bermas laterais de mesma altura com função de contrapeso Ao final do processo de execução a superfície de ruptura ocasionada pela sobrecarga é equilibrada pelas bermas o que proporciona a estabilidade do solo Borges 1995 elucida que o aumento dos custos devido ao maior volume de material necessário na obra e à maior área ocupada são considerados desvantagens do método 23 Técnicas de reforço Cardoso 2013 afirma que as técnicas de reforço têm como objetivo aumentar a resistência e diminuir a deformação no solo por meio da inserção de elementos resistentes Borges 1995 relembra que diferente de técnicas como a sobrecarga drenos verticais e outras em que ocorre o melhoramento das propriedades do solo a inserção de reforços do solo não altera as características do material e somente torna melhor o comportamento global da estrutura pelo aprimoramento da capacidade de transferência de esforços Esses materiais podem ser inseridos tanto no aterro quanto no solo de fundação CARDOSO 2013 Borges 1995 afirma que as técnicas que incluem a introdução de elementos no solo de fundação com função de reforço normalmente são 15 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II indicadas para resistir aos esforços de compressão e de cisalhamento Como exemplo temse as colunas de areia ou de brita estacas de concreto ou madeira dentre outros Em contrapartida os materiais empregados para reforço no aterro são distinguidos pelo material componente e nesse grupo se incluem os geossintéticos os reforços metálicos os gabiões e outros O geossintético por exemplo é um material amplamente empregado em obras de geotecnia como ilustrado na figura 21 Silva 2017 declara que esse material além da praticidade e facilidade de implementação possui como vantagens a economia e a eficiência Figura 21 Emprego de geossintético Geossintético Solo mole Fonte DNIT 1998 O geossintético pode exercer funções tais como drenagem filtragem proteção separação e reforços CARDOSO 2013 Silva 2017 afirma que geossintéticos podem ser definidos como um material industrializado em que ao menos um elemento consiste em um polímero seja ele sintético ou natural Podem ser adquiridos em forma de mantas tiras estruturas tridimensionais entre outros Almeida e Marques 2010 elucidam que existe uma grande variação de polímeros empregados para fabricação do geossintético sendo alguns exemplos o poliéster PET o polipropileno PP o polietileno PE e o álcool de polivinila PVA Os autores explicam que no caso de reforço para aterros moles indicase trabalhar com polímeros de alto módulo de rigidez elevada resistência à tração e pequena susceptibilidade à fluência tais como as geogrelhas ou geotêxteis de tecido de PET ou PVA Para emprego como reforço Silva 2017 diz que os principais geossintéticos empregados são os geotêxteis figura 22a as geogrelhas figura 22b e as geocélulas sendo esses definidos por Almeida e Marques 2010 como sendo geogrelhas material desenvolvido especialmente para reforço em solos com formato de grelha unidirecional ou bidirecional geotêxteis podendo ser tecidos ou não tecidos consistem em um material têxtil com distribuição de fibras ou filamentos 16 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Figura 22 Geossintéticos aplicados aos aterros em solos moles a b Fonte Ribeiro 2019 Ademais Silva 2017 anuncia que esse material pode ser empregado em conjunto com outras metodologias de aceleração de recalque Vale ressaltar que a maioria dos problemas ocorridos em obras que empregam o geossintético como solução são decorrentes de instalação incorreta do elemento CARDOSO 2013 Silva 2017 apresenta um resumo de pesquisas e conclusões acerca do emprego de geossintéticos para obras em solos moles através do quadro 7 O autor ressalta que essa metodologia é a segunda mais empregada como solução em obras sobre aterros moles a mais empregada são os drenos verticais préfabricados Quadro 7 Algumas pesquisas realizadas sobre o uso de geossintéticos em solos moles Referência Finalidade Localização Conclusão Liu 2015 Rodovia Ningbo China 136 do recalque final ocorreu durante o período de construção de aterro e o aterro estava longe de falha Schanaid 2017 Ponte Rio Grande do Sul Brasil Reduziu magnitude dos recalques e a pressão horizontal máxima da terra que atua sobre estruturas adjacentes Zhang 2015 Central nuclear Qinshan China Aumentou o fator de segurança Cheng 2014 Ferrovia Chaoshan China O alongamento da geogrelha aumenta com a altura de construção Fonte adaptado de Silva 2017 O quadro 8 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 8 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias Construtivas Características Construção em etapas Utilizada na maioria dos casos com drenos verticais é necessário monitoramento do ganho de resistência não é favorável para prazos exíguos Drenos verticais e sobrecarga com aterro Utilizados para acelerar recalques com grande experiência acumulada Usase a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Fonte Almeida e Marques 2010 17 CAPÍTULO 3 REMOÇÃO E TRATAMENTO DE SOLOS MOLES 31 Substituição total ou parcial do solo mole Borges 1995 elucida que a remoção do solo mole é uma técnica que consiste na substituição do material compressível por outro com melhores propriedades normalmente areias e saibros O autor reconhece dois mecanismos possíveis para isso sendo eles escavação do local empregando a técnica de dragagem expulsão do solo com possível emprego de explosivos por ação do peso próprio A substituição do solo mole é empregada normalmente quando a espessura da camada de solo compressível é pequena até quatro metros e não ocorrem grandes distâncias de transporte A substituição normalmente acontece com a retirada total ou parcial do solo mole através de dragas ou escavadeiras como ilustrado na figura 23 SGARBI CHIARANI GARCIA 2011 Notase que inicialmente se faz um aterro de conquista para acesso dos equipamentos ao local Após remoção do material a draga preenche a cavidade com solo de maior resistência proveniente da área de empréstimo Figura 23 Sequência da remoção de solos moles Aterro de conquista Fonte Almeida e Marques 2010 18 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Vale ressaltar que o DNIT 1998 somente recomenda o emprego de remoção do solo mole para aterros menores que três metros e com comprimento máximo de 200 metros Ademais o DNIT aprova somente a substituição total da camada de solo compressível Nascimento 2008 diz que a esse solo de maior resistência que substitui o solo compressível devem ser previstas camadas de compactação até a altura de projeto Ademais devese garantir a completa retirada do solo mole ou caso isso não seja possível é preciso prever o comportamento do conjunto restante Vale ressaltar que essa técnica é viável somente quando a espessura da camada de solo mole é pequena já que para maiores camadas é necessário além de uma quantidade maior de mão de obra um volume de terra de preenchimento maior SILVA 2017 A substituição parcial do solo segundo Nascimento 2008 ocorre quando a argila aumenta de resistência ao longo da profundidade Com isso somente as camadas superiores do solo mole são retiradas e o aterro é executado acima das camadas inferiores Massad 2010 declara que para uso de explosivos devese construir uma camada prévia de aterro acima da camada de solo mole São então instalados os explosivos que quando detonados geram a liquefação do solo mole que é expulso do aterro pelo peso próprio da camada superior Entretanto essa técnica pode deixar resíduos de solo compressível abaixo do aterro final Sgarbi Chiarani e Garcia 2011 afirmam que essa metodologia possui como vantagem a diminuição ou completa eliminação dos recalques Entretanto o alto volume de terra gerado que deve ser direcionado para um botafora somado a distâncias de transportes maiores já que normalmente é difícil encontrar esses locais próximos aos centros urbanos pode ocasionar um maior custo final 32 Aterros leves Oficina de Textos 20 informa que aterro leve consiste na inserção de materiais leves no solo o que ocasiona uma diminuição dos recalques Almeida e Marques 2010 esclarecem que a adição de materiais leves no aterro reduz a magnitude dos recalques primários agindo na diminuição das tensões verticais oriundas do aterro construído sobre a camada de solo mole Os autores afirmam que como 19 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II vantagem a técnica proporciona melhoras na estabilidade do conjunto gerando menor prazo de execução DNIT 1998 anuncia que essa metodologia somente é viável quando o aterro for alto e se localizar próximo a um local gerador de um material leve A figura 24 apresenta o funcionamento da adição de materiais leves no corpo do aterro Silva 2017 enuncia que se recomenda o emprego de geodrenos na base do aterro para evitar a elevação do nível de água Ademais os materiais leves devem ser protegidos com o emprego de mantas impermeabilizantes a fim de que não se aproximem de materiais solventes e devem ser fixados com o intuito de impedir deslocamentos Figura 24 Comportamento do assentamento do aterro com adição de material leve A B Geometria Carga Assentamentos Agregado tradicional Material leve Camada de pavimento Fonte Reis e Ramos 2009 apud Silva 2017 Borges 1995 expõe que o material adotado deve ter baixo peso específico boa resistência mecânica e química baixa compressibilidade constância das características no tempo ausência de agressividade em relação ao concreto e ao aço etc e ser não poluentes p 17 Segundo Roza 2012 os materiais usualmente empregados são o poliestireno expandido conhecido usualmente como isopor a argila expandida a serragem os pneus picados entre outros como ilustrados na figura 25 Figura 25 Materiais adicionados na técnica de aterro leves Fonte Roza 2012 20 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS DNIT 1998 apresenta através da tabela 2 alguns materiais usualmente empregados e seus respectivos pesos específicos Tabela 2 Peso específico de materiais empregados nos aterros leves Material do aterro Peso específico kNm3 Poliestireno expandido isopor ou similar 1 a 15 Argila expandida 5 a 10 Serragem 8 a 10 Cinza volante 10 a 14 Fonte DNIT 1998 Sakamoto 2018 apresenta uma proposta para concepção do projeto geotécnico de complementação do aterro de encontro a ponte sobre o rio Luís Alves para a duplicação da Rodovia BR470 empregando a metodologia de aterro leve através da inserção de Poliestireno Expandido EPS O quadro 9 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 9 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias Construtivas Características Remoção da camada mole total ou parcial Eficaz rápido grande impacto ambiental necessária sondagem para aferição da quantidade de solo removidoremanescente Uso de materiais leves Ideal para prazos exíguos custos relativamente elevados sua utilização tem aumentado Fonte Almeida e Marques 2010 Para saber sobre as técnicas de investigação geotécnica não abordadas nesse material sugeremse as seguintes leituras Colunas granulares Cardoso 2013 Aterro estaqueado Gaui Filho 2017 Jet grounting Silva 2017 33 Indicação DNIT O DNIT 1998 divide a título de investigação geotécnica três tipos de aterros em obras rodoviárias sendo eles 21 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Classe I aterros próximos a estruturas rígidas tais como encontros de pontes e de viadutos Vale ressaltar que o aterro deve possuir no mínimo 50 metros para cada lado da interseção Classe II aterros distantes de estruturas sensíveis mas são altos altura maior que três metros Classe III aterros longe de estruturas sensíveis e com alturas menores que três metros O quadro 10 apresenta em função da classe e do tipo de solo a recomendação de metodologia a ser adotada Quadro 10 Recomendações de metodologias conforme classe e tipo de solo Alternativas Classe de aterros Tipo de solo I II III Silte Argila Turfa Aterros leves X X X Substituição total da camada mole X X X X X Bermas de equilíbrio X X X X X Construção por etapas X X X X Précarregamento ou sobrecarga temporária X X X X Geodrenos e sobrecarga temporária X X X Geodrenos e sucção a vácuo X X Aterro estaqueado X X X Aterro reforçado com geossintéticos X X X Fonte DNIT 1998 O quadro 11 apresenta um resumo das características de cada metodologia para construção de aterros sobre solos moles Quadro 11 Resumo das metodologias Técnicas Característica Dados necessários Desvantagens Confiabilidade Comentários Remoção total ou parcial da camada mole Eficaz rápido grandes impactos ambientais sendo necessário realizar sondagens para aferição da quantidade de solo removido Espessura da camada a ser removida Local para disposição do solo removido Boa em casos de total substituição Alto custo sobretudo para camadas espessas em geral maiores que 4 m 22 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Técnicas Característica Dados necessários Desvantagens Confiabilidade Comentários Aterro convencional Estabilização de recalques é lenta Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Limitações quanto à altura do aterro e prazos elevados de execução Baixa Baixo custo porém com restrições de altura de aterro Construção em etapas Utilizada na maioria dos casos com drenos verticais sendo necessário o monitoramento do ganho de resistência da fundação Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Longo prazo se não associado a drenos verticais Boa se executado o devido monitoramento Baixo se não associado a drenos verticais Drenos verticais com sobrecarga Utilizados para acelerar os recalques com grande experiência acumulada Usa se a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Espessura da camada compressibilidade e permeabilidade vertical e horizontal Custo Boa Relativamente caro Bermas de equilíbrio Frequentemente adotadas porém requerem espaço lateral Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Limitação física Boa Grandes volumes de terraplenagem Colunas granulares estacas granulares Aceleração dos recalques devido à natureza drenante das colunas Em geral são instaladas geogrelhas acima das estacas Resistência do solo e módulos de deformabilidade Equipamentos pesados e testes preliminares de campo Boa após análises e testes em campo Alto custo Fonte Almeida e Marques 2010 apud Carvalhais 2017 23 REFERÊNCIAS ALMEIDA M S S MARQUES M E S Aterro sobre solos moles Projeto e desempenho 2ª ed São Paulo Oficina de textos 2010 256 p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10905 MB3122 Solo ensaio de palheta in situ Rio de Janeiro 1989 NBR 6484 Solo Sondagens de simples reconhecimentos com SPT Método de ensaio Rio de Janeiro 2001 NBR 12007 MB3336 Solo Ensaio de adensamento unidimensional Método de ensaio Rio de Janeiro 1990 NBR 6459 Solo Determinação do limite de liquidez Rio de Janeiro 2016 NBR 7180 Solo Determinação do limite de plasticidade Rio de Janeiro 2016 NBR 7181 Solo Análise granulométrica Rio de Janeiro 2016 NBR 6458 Grãos de pedregulho retidos na peneira de abertura 48 mm Determinação da massa específica da massa específica aparente e da absorção de água Rio de Janeiro 2016 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS D2573 Standard Test Method for Field Vane Shear Test In Cohesive Soil Pensilvânia 2008 D4767 Standard Test Method For Consolidated Undrained Triaxial Compression Test For Cohesive Soils Pensilvânia 1995 D2850 Test Method for UnconsolidatedUndrained Triaxial Compression Test on Cohesive Soils Pensilvânia 2015 BELLO M I M C V Estudo de ruptura em aterro sobre solos moles Aterro do galpão localizado na BR101PE 2004 231 f Dissertação Mestrado em Ciências em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2004 BIOPDI Ensaio triaxial estático 20 Disponível em httpsbiopdicomensaiotriaxial estatico Acesso em 17 jul 2020 BRUNO G Origem e formação do solo CNE Concursos 2018 Disponível em httpswww cneconcursoscombrpostorigemeformaC3A7C3A3odossolos Acesso em 14 jun 2020 BORGES J M L Aterros sobre solos moles reforçados com geossintéticos análise e dimensionamento 1995 439 f Dissertação Doutorado em Engenharia Civil Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto 1995 BRASIL Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT IPR719 Manual de pavimentação Rio de Janeiro 2006 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER DNERPRO 38198 Projeto de aterros sobre solos moles para obras viárias Rio de Janeiro 1998 24 REFERÊNCIAS CAPUTO H P Mecânica dos solos e suas aplicações Fundamentos Volume 1 6ª ed Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos Editora SA 1988 244 p CARDOSO M C G Análise de soluções de projeto de aterros sobre solos moles 2013 85 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Instituto Superior Técnico Lisboa 2013 CARVALHAIS R M Comportamento geotécnico de aterros aeroportuários sobre fundações compressíveis estudos e análises do aterro do aeroporto de ItajubáMG 2017 153 f Dissertação Mestrado em Geotecnia Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2017 COLA C SERRANO T J Técnicas construtivas para aterro em solo mole Lyceum online Universidade São Francisco 20 Disponível em httplyceumonlineusfedubrsalavirtual documentos3076pdf Acesso em 14 jun 2020 CONTENCO Ensaio Triaxial em Solos 2020 1 vídeo 2min06s Publicado pelo canal CONTENCO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvQ8p2rdOV4 Acesso em 17 jul 2020 DAMASCOPENNA Vane Test Ensaio de palheta 2016a Disponível em httpswww damascopennacombrGridPortfoliovane Acesso em 15 jun 2020 Ensaios de Piezocone CPTU Detalhes do ensaio 2016b 1 vídeo 3min51s Publicado pelo canal DAMASCO PENNA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvh3HKuvFgU0featureemblogo Acesso em 15 jun 2020 Ensaios dilatométricos DMT 2016c Disponível em httpswwwdamascopenna combrGridPortfoliomarchetti Acesso em 15 jun 2020 DANTAS Adensamento 2016 4 vídeos 14min45s Publicado pelo canal IVNA DANTAS Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvX70WEZtDbM4 Acesso em 17 jul 2020 GAUI FILHO R Obras sobre solos moles e suas respectivas soluções um exemplo prático da obra de um complexo de vacinas em Santa Cruz RJ 2017 85 f Projeto de Graduação Grau em Engenharia Civil Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2017 GEOSEA Ensaio de paleta em situ Vane Test 20 Disponível em httpsgeoseacombr vanetest Acesso em 15 jun 2020 GONÇALVES H H S Aterro sobre solos moles Edisciplinas USP 20 Disponível em httpsedisciplinasuspbrpluginfilephp241703modresourcecontent0Microsoft20 PowerPoint2020aterros20sobre20solos20moles20220Obras20de20Terrapdf Acesso em 30 jul 2020 MACEDO EO Investigação da resistência não drenada in situ através de ensaios de penetração de cilindro 2004 120 f Tese Mestrado em Ciências em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2004 25 REFERÊNCIAS MACHADO L V S S Avaliação do deslocamento vertical de aterro sobre solo mole executado no projeto de duplicação da BR101PE 2012 199 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2012 MARANGON M Compressibilidade e Adensamento dos Solos 2018 33 f Notas de aula Faculdade de Engenharia do Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora Minas Gerais 2018 MASSAD F Obras de terra Curso básico de Geotecnia 2ª ed São Paulo Oficina de Textos 2010 216 p NASCIMENTO C M C Avaliação de alternativas de processos construtivos de ferrovias sobre solos moles 2008 67 f Monografia Especialização em Transporte Ferroviário de Cargas Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro 2008 NISSAN Demonstration of in situ vane shear test 20 1 vídeo 9min23s Publicado pelo canal RANDI WARNCKE NISSEN Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvza MXhUYIoMt283s Acesso em 15 jun 2020 PENA R F A Solo Alunos online 20 Disponível em httpsalunosonlineuolcombrgeografia solohtml Acesso em 14 jun 2020 PEDRONI B Caso de Obra Aterro sobre Solo Mole na Interligação das rodovias Dutra e Carvalho Pinto Geosynthetica 2018 Disponível em httpswwwgeosyntheticanet braterrosobresolomole Acesso em 30 jul 2020 PERBONI J P Análises de estabilidade e de compressibilidade de aterros sobre solos moles Caso dos aterros de encontro da ponte sobre o Rio dos Peixes BR 381 2003 140 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2003 PINTO C S P Curso Básico de Mecânica dos Solos 3ª ed São Paulo Oficina de Textos 2006 363 p PÓVOA L M M Caracterização geotécnica de um depósito de solo mole em área de baixada localizada em MacaéRJ 2016 156 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil com ênfase em Geotecnia Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes 2016 RIBEIRO C F Geogrelhas e geotêxteis geossintéticos mais utilizados no reforço do solo Geocontract 2019 Disponível em httpsgeocontractcombrPost17700geogrelhase geotexteisgeossinteticosmaisutilizadosnoreforcodosolo Acesso em 18 jul 2020 ROZA F C Comportamento de obras sobre solos moles com colunas de brita 2012 184 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2012 SAKAMOTO M Y Solução geotécnica com utilização de EPS em aterro sobre solo mole estudo de caso na complementação do aterro de encontro à ponte sobre o Rio Luís Alves duplicação BR470 2018 192 f Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2018 26 REFERÊNCIAS SILVA E M J O ensaio pressiométrico metodologia de ensaio e calibração do equipamento Curso Sapientia UALg 20 Disponível em httpssapientiaualgpt bitstream10400115211123pdf Acesso em 15 jun 2020 SGARBI B CHIARANI R GARCIA R Pavimentação em terrenos de solos mole a utilização de colunas granulares encamisadas In Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e Encontro Latino Americano de PósGraduação Universidade do Vale do Paraíba 15 e 11 2011 São Jose dos Campos Anais São Jose dos Campos Centro de Planejamento e Desenvolvimento da Educação 2011 pp 16 SUPORTE Método de Investigação do solo Ensaios de penetração do cone CPT e o Piezocone Penetration Test CPTu 2019a Disponível em httpwwwsuportesoloscombr blogmetododeinvestigacaodosoloensaiosdepenetracaodoconecpteopiezoconepenetration testcptu166 Acesso em 15 jun 2020 O Ensaio de Adensamento Edométrico Explicação pelo modelo de Terzaghi Procedimentos 2019b Disponível em httpwwwsuportesoloscombrblogoensaiode adensamentoedometricoexplicacaopelomodelodeterzaghiprocedimentos163 Acesso em 16 jul 2020 Ensaio Triaxial Conheça 5 cinco tipos de ensaios executados com o Triaxial Estático 2020 Disponível em httpwwwsuportesoloscombrblogensaiotriaxialconheca5 cincotiposdeensaiosexecutadoscomotriaxialestatico181textEsse20corpo20de20 prova20C3A9a20realizaC3A7C3A3o20do20Ensaio20Triaxial Acesso em 17 jul 2020 OFICIANA DE TEXTOS Aterros sobre solos moles 20 Disponível em httpswwwofitexto combrcomunitextoaterrossobresolosmoles Acesso em 17 jul 2020 ZAEYEN V D B et al Comportamento do Aterro da Estação de Tratamento de Esgotos de Sarapuí Solos e Rochas São Paulo v 26 n 3 pp 261271 2003
Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora
Texto de pré-visualização
CONSTRUÇÕES E ATERROS EM SOLOS MOLES UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Elaboração Lorayne Cristina da Silva Alves Produção Equipe Técnica de Avaliação Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS 5 CAPÍTULO 1 LANÇAMENTO DE ATERROS EM PONTA 7 CAPÍTULO 2 ATERRO CONSTRUÍDO EM ETAPAS ATERROS COM BERMAS LATERAIS E ATERROS REFORÇADOS 13 CAPÍTULO 3 REMOÇÃO E TRATAMENTO DE SOLOS MOLES 17 REFERÊNCIAS 23 5 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Solos moles normalmente reconhecidos por serem solos argilosos saturados podem ser definidos segundo Gaui Filho 2017 como aqueles materiais que possuem baixíssima resistência ao cisalhamento ademais de baixa permeabilidade e alta compressibilidade Isso significa que se aplicado um carregamento esse tipo de solo apresenta tempo de adensamento muito extenso que pode variar de anos a até mesmo décadas Por isso fazse necessário o estudo de técnicas que podem diminuir ou até mesmo extinguir esse acontecimento e por consequência diminuir os impactos futuros relacionados aos recalques causados por esse fenômeno Para isso diversas soluções podem ser propostas dependendo de inúmeros fatores tais como propriedades geotécnicas do local nível de água prazos e custos adotados e utilização final do local CARDOSO 2013 Gaui Filho 2017 explica que diversas metodologias foram desenvolvidas e melhoradas com o intuito de eliminar ou reduzir os problemas originados pela alta compressibilidade e baixa permeabilidade do solo mole A figura 13 apresenta um esquema dos diversos métodos existentes Almeida e Marques 2010 relatam que a maior parte dos métodos construtivos apresentados na figura empregados em aterros sobre solos moles são associados ao uso de geossintético como material de reforço Figura 13 Metodologias empregadas em aterros sobre solos moles a Aterro reforçado b Bermas laterais e reforço c Construção em etapas d Redução da altura do aterro e Aterros leves f Colunas de brita convencionais e encamisadas g Colunas de solo estabilizado h Aterro sobre estacas i Substituição parcial j Substituição total k Précarregamento por vácuo l Drenos verticais de areia ou geodrenos ou l Drenos verticais parciais m Sobrecarga temporária Estabilidade Recalque Perfil teórico Perfil teórico com recalque aceitável Sem tratamento Fonte Almeida e Marques 2010 6 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Neste capítulo serão apresentadas algumas dessas técnicas Ao final desta unidade dividida em três capítulos o aluno será capaz de aprender sobre as técnicas de lançamentos de aterros em ponta sobrecarga temporária e drenos verticais entender os métodos de construção por etapas emprego de bermas laterais e técnicas de reforço diferenciar os procedimentos de substituição total ou parcial do solo e aterro leve visualizar as diferentes soluções existentes para eliminar ou reduzir os problemas originados pelos solos moles 7 CAPÍTULO 1 LANÇAMENTO DE ATERROS EM PONTA 11 Aterro de ponta Oficina de Textos 20 e Machado 2003 afirmam que no processo de aterros de ponta os solos moles são deslocados pelo próprio peso Consequentemente ocorre a expulsão da camada mole que dá lugar ao aterro embutido O procedimento pode ser complementado com sobrecarga temporária caso ainda se encontrem camadas de solos mole remanescentes maiores que as espessuras requeridas o que tende a evitar os recalques pósconstrutivos A expulsão do solo mole nessa metodologia é feita pelo deslocamento do solo compressível causado pela inserção do material de substituição Vale ressaltar que não deve ocorrer contaminação do material de substituição sendo necessária sua completa retirada caso isso ocorra MACHADO 2012 As etapas de execução do aterro são demonstradas na figura 14 É possível notar que a execução do aterro começa em uma das pontas 1 o que explica o nome dado à metodologia A continuidade obriga a expulsão do solo compressível na outra ponta 2 sendo que ao final do processo o solo compressível se encontra confinado e sofre processo de expulsão por pressão do novo material aterrado 3 Por fim o aterro é finalizado 4 Figura 14 Lançamento de aterro de ponta Fonte Zaeyen et al 2003 8 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Almeida e Marques 2010 e Machado 2012 explicam que essa técnica pode ser empregada na periferia da área de interesse o que possibilita a execução de aterros com maiores espessuras Entretanto o alto volume de solo deslocado para botafora e a dificuldade de disposição desse material em outros locais são considerados desvantagens Ademais visto que não há garantia da eliminação uniforme do material compressível existe a possibilidade de recalques diferenciais e consequentes acidentes a longo prazo Essa metodologia é usualmente empregada em aterros de conquista em solos com baixíssima capacidade de suporte como em locais em que as camadas superficiais são constituídas por solos turfosos ou solos muito moles que estão na maioria das vezes alagados Nesses locais a técnica permite por exemplo a entrada de diversos equipamentos necessários para execução de outras atividades no local Podese também dependendo da resistência do solo reforçálo com geotêxtil MACHADO 2012 Almeida e Marques 2010 apud Machado 2012 explicam que essa metodologia não deve ser empregada bem antes do início da obra já que existe a possibilidade de que esse aterro construído para conquista esteja submerso em alguns meses ocasionado por recalques das camadas superiores de depósitos argilosos Zaeyen et al 2012 apresentam um estudo do comportamento do aterro utilizando a metodologia de aterro de ponta durante a construção da 1ª Etapa da Estação de Tratamento de Esgotos do Sistema SarapuíCEDAE 12 Aterro convencional com sobrecarga temporária Almeida e Marques 2010 e Gaui Filho 2017 elucidam que a sobrecarga temporária no aterro sob solo mole tem como função acelerar o processo de recalque diminuindo esse efeito pósconstrução como ilustrado na figura 15 Nela o recalque sem sobrecarga é representado pela linha tracejada e se estabiliza somente quando atinge Δhf Com a adição de uma sobrecarga no tempo t0 o tempo de estabilização diminui para tt1 instante em que alcança o mesmo Δhf Após esse tempo que é especificado em projeto a sobrecarga pode ser retirada e a compensação do recalque é obtida por parte do corpo do aterro que atua regularmente no local 9 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Figura 15 Redução dos recalques primários hfs hf 0 Δhf Δhfs hf hfs t1 Espessura do aterro Recalque Tempo Aterro Fonte Almeida e Marques 2010 apud Gaui Filho 2017 A sobrecarga segundo Perboni 2003 tem a função de retirar a água intersticial do solo por meio de um carregamento funcionando como um processo de adensamento que acelera o processo de recalque previsto no solo Com a saída da água os grãos do solo se reorganizam e normalmente o solo adquire maior resistência Marangon 2018 elucida que a sobrecarga deve ser compatível com o solo que compõe o aterro Isso significa que caso a resistência do solo seja muito baixa talvez seja necessário realizar a construção de bermas temporárias Ademais caso a espessura da camada de solo compressível seja maior que cinco metros recomendase o emprego dessa técnica associada a drenos verticais para acelerar o processo de recalque Como vantagem da aplicação desse método podese citar o custo relativamente baixo dele se comparado aos outros métodos Entretanto a estabilização dos recalques demora mais tempo se comparado às outras metodologias existentes ocasionado principalmente pela baixa permeabilidade do solo Isso resulta em uma necessidade de monitoramento pósconstrutivo afim de determinar a necessidade de manutenções GAUI FILHO 2017 Ademais como desvantagem podese mencionar a necessidade de grandes volumes de botafora e de empréstimo Vale ressaltar que após a retirada da sobrecarga do aterro existe um alívio de tensões e um aumento de volume não perceptível a olho nu no aterro executado MACHADO 2012 10 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS 13 Drenos verticais Nascimento 2008 explica que a técnica de emprego de drenos sintéticos verticais no solo mole tem como função dissipar as poropressões mais rapidamente e consequentemente acelerar o processo de recalque O emprego de drenos verticais segundo Perboni 2003 está frequentemente associado à técnica de sobrecarga temporária como apresentado na figura 16 O autor elucida que os drenos interferem na trajetória de fluxo das partículas de água diminuindo o tempo necessário para estabilização sem modificar o valor do recalque final Figura 16 Emprego de drenos verticais associado a sobrecarga permanente Δh Sobrecarga temporária Colchão drenante de areia Solo mole Geodrenos Aterro a construir Fonte DNIT 1998 Almeida e Marques 2010 afirmam que os primeiros drenos empregados eram formados de areia sendo depois substituídos por materiais préfabricados nomeados geodrenos ou drenos fibroquímicos Perboni 2008 elucida as características dos dois tipos de drenos empregados sendo elas Drenos verticais de areia compostos por materiais que possuem maior drenabilidade que o solo compressível Tem como desvantagens o maior tempo e execução a possibilidade de rompimento do dreno causada pelo adensamento do solo o risco de colmatação e a maior área de influência Drenos verticais sintéticos geodrenos amplamente utilizados pela facilidade de execução o que gera uma boa relação custobenefício além de se manterem íntegros durante e após o processo de recalques sucessivos 11 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Segundo Perboni 2008 o geodreno ilustrado na figura 17 consiste em um material empregado no processo de drenagem muito empregado para adensamento de solos moles O núcleo constituise de uma malha drenante sintética composta de polietileno polipropileno poliéster ou PVC envolta em um geossintético filtrante normalmente geotêxtil não tecido que impede a colmatação do núcleo p 16 Almeida e Marques 2010 afirmam que esse material possui boa resistência mecânica assegurando sua integridade sob ação de solicitações provenientes de cravações ou de deformações oriundas da massa de solo Figura 17 Geodrenos 5 mm 100 mm Fonte DNIT 1998 A construção da camada drenante também com atribuição de aterro de conquista é normalmente a primeira fase de execução do aterro quando se empregam geodrenos Posteriormente são cravados os drenos e executado o corpo do aterro como ilustrado na figura 18 Figura 18 Sequência para cravação dos drenos em aterros sobre solos moles 6 A 05 m NT NA Argila B Instalação do geotêxtil reforço construtivo Argila NA C D Execução do aterro de conquista Execução dos drenos Argila Argila NA NA h variável Fonte Almeida e Marques 2010 12 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS O DNIT 1998 ressalta a importância de se analisar a drenagem da água dentro do colchão drenante permitindo uma drenagem livre para o escoamento da água A figura 19 apresenta um erro comum de drenagem nos projetos de geodrenos e suas possíveis soluções Figura 19 Solução de drenagem para emprego de geodrenos Erro comum Aterro argiloso Colchão de areia Soluções Bica corrida Dreno Fonte DNIT 1998 O quadro 6 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 6 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias construtivas Características Aterro convencional Estabilização dos recalques é lenta Expulsão de solo com ruptura controlada aterro de ponta Utilizada para depósitos de pequena espessura e muito dependente da experiência local necessária sondagem para aferição da espessura de solo removidoremanescente Drenos verticais e sobrecarga com aterro Utilizados para acelerar recalques com grande experiência acumulada Usase a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Fonte Almeida e Marques 2010 13 CAPÍTULO 2 ATERRO CONSTRUÍDO EM ETAPAS ATERROS COM BERMAS LATERAIS E ATERROS REFORÇADOS 21 Construção por etapas Oficina de Textos 20 afirma que a construção em etapas se dá quando a resistência não drenada das camadas superiores do solo é muito baixa fazendo com que a resistência seja obtida gradativamente Borges 1995 explica que nessa metodologia após a construção de cada etapa é necessário aguardar o tempo de consolidação do aterro para dar continuidade à construção O autor elucida que se recomenda a utilização de um calendário de construção para melhor proveito dessa técnica simulando adequadamente o tempo necessário para que ocorra consolidação da carga na estrutura durante o período de espera Para isso é obrigatório o monitoramento da fundação através de medidas de pressão neutras assentamentos e resistência ao corte não drenada Ademais depois da construção de cada etapa é imprescindível o acompanhando através de instrumentação geotécnica e ensaios de campo com o intuito de verificar a estabilidade do aterro Além disso o ganho de resistência não drenada em cada camada deve ser averiguado através do ensaio de palheta ALMEIDA MARQUES 2010 Apesar do baixo custo o tempo necessário para a completa consolidação das camadas se torna um inconveniente para o emprego dessa metodologia Para resolver esse problema a aceleração do assentamento pode ser feita associandose a outras técnicas de consolidação tais como o emprego de drenos BORGES 1995 22 Bermas laterais Borges 1995 afirma que para casos em que não seja possível a construção da altura total do aterro de uma única vez o uso de bermas laterais com função estabilizantes é uma possível solução a ser empregada O uso de bermas segundo Oficina de Textos 20 tem o intuito de distribuir melhor as tensões durante a construção do aterro permitindo um aumento do fator de segurança quanto à ruptura A figura 20 apresenta o efeito estabilizante do emprego de bermas laterais no aumento do fato de segurança 14 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Figura 20 Efeito estabilizante do emprego de bermas laterais Berma Berma Fator de segurança Altura das bermas Com bermas Sem bermas Altura do aterro Fonte Borges 1995 Gaui Filho 2017 elucida que o uso de bermas pode ser inviável dependendo de restrição do espaço e do acesso ao material para construção do aterro O autor esclarece que essa técnica garante a estabilidade do grupo de maneira que compense os momentos de instabilidade A metodologia de construção segundo Silva 2017 consiste em fazer camadas no aterro de espessuras menores que a altura crítica associadas a bermas laterais de mesma altura com função de contrapeso Ao final do processo de execução a superfície de ruptura ocasionada pela sobrecarga é equilibrada pelas bermas o que proporciona a estabilidade do solo Borges 1995 elucida que o aumento dos custos devido ao maior volume de material necessário na obra e à maior área ocupada são considerados desvantagens do método 23 Técnicas de reforço Cardoso 2013 afirma que as técnicas de reforço têm como objetivo aumentar a resistência e diminuir a deformação no solo por meio da inserção de elementos resistentes Borges 1995 relembra que diferente de técnicas como a sobrecarga drenos verticais e outras em que ocorre o melhoramento das propriedades do solo a inserção de reforços do solo não altera as características do material e somente torna melhor o comportamento global da estrutura pelo aprimoramento da capacidade de transferência de esforços Esses materiais podem ser inseridos tanto no aterro quanto no solo de fundação CARDOSO 2013 Borges 1995 afirma que as técnicas que incluem a introdução de elementos no solo de fundação com função de reforço normalmente são 15 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II indicadas para resistir aos esforços de compressão e de cisalhamento Como exemplo temse as colunas de areia ou de brita estacas de concreto ou madeira dentre outros Em contrapartida os materiais empregados para reforço no aterro são distinguidos pelo material componente e nesse grupo se incluem os geossintéticos os reforços metálicos os gabiões e outros O geossintético por exemplo é um material amplamente empregado em obras de geotecnia como ilustrado na figura 21 Silva 2017 declara que esse material além da praticidade e facilidade de implementação possui como vantagens a economia e a eficiência Figura 21 Emprego de geossintético Geossintético Solo mole Fonte DNIT 1998 O geossintético pode exercer funções tais como drenagem filtragem proteção separação e reforços CARDOSO 2013 Silva 2017 afirma que geossintéticos podem ser definidos como um material industrializado em que ao menos um elemento consiste em um polímero seja ele sintético ou natural Podem ser adquiridos em forma de mantas tiras estruturas tridimensionais entre outros Almeida e Marques 2010 elucidam que existe uma grande variação de polímeros empregados para fabricação do geossintético sendo alguns exemplos o poliéster PET o polipropileno PP o polietileno PE e o álcool de polivinila PVA Os autores explicam que no caso de reforço para aterros moles indicase trabalhar com polímeros de alto módulo de rigidez elevada resistência à tração e pequena susceptibilidade à fluência tais como as geogrelhas ou geotêxteis de tecido de PET ou PVA Para emprego como reforço Silva 2017 diz que os principais geossintéticos empregados são os geotêxteis figura 22a as geogrelhas figura 22b e as geocélulas sendo esses definidos por Almeida e Marques 2010 como sendo geogrelhas material desenvolvido especialmente para reforço em solos com formato de grelha unidirecional ou bidirecional geotêxteis podendo ser tecidos ou não tecidos consistem em um material têxtil com distribuição de fibras ou filamentos 16 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Figura 22 Geossintéticos aplicados aos aterros em solos moles a b Fonte Ribeiro 2019 Ademais Silva 2017 anuncia que esse material pode ser empregado em conjunto com outras metodologias de aceleração de recalque Vale ressaltar que a maioria dos problemas ocorridos em obras que empregam o geossintético como solução são decorrentes de instalação incorreta do elemento CARDOSO 2013 Silva 2017 apresenta um resumo de pesquisas e conclusões acerca do emprego de geossintéticos para obras em solos moles através do quadro 7 O autor ressalta que essa metodologia é a segunda mais empregada como solução em obras sobre aterros moles a mais empregada são os drenos verticais préfabricados Quadro 7 Algumas pesquisas realizadas sobre o uso de geossintéticos em solos moles Referência Finalidade Localização Conclusão Liu 2015 Rodovia Ningbo China 136 do recalque final ocorreu durante o período de construção de aterro e o aterro estava longe de falha Schanaid 2017 Ponte Rio Grande do Sul Brasil Reduziu magnitude dos recalques e a pressão horizontal máxima da terra que atua sobre estruturas adjacentes Zhang 2015 Central nuclear Qinshan China Aumentou o fator de segurança Cheng 2014 Ferrovia Chaoshan China O alongamento da geogrelha aumenta com a altura de construção Fonte adaptado de Silva 2017 O quadro 8 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 8 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias Construtivas Características Construção em etapas Utilizada na maioria dos casos com drenos verticais é necessário monitoramento do ganho de resistência não é favorável para prazos exíguos Drenos verticais e sobrecarga com aterro Utilizados para acelerar recalques com grande experiência acumulada Usase a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Fonte Almeida e Marques 2010 17 CAPÍTULO 3 REMOÇÃO E TRATAMENTO DE SOLOS MOLES 31 Substituição total ou parcial do solo mole Borges 1995 elucida que a remoção do solo mole é uma técnica que consiste na substituição do material compressível por outro com melhores propriedades normalmente areias e saibros O autor reconhece dois mecanismos possíveis para isso sendo eles escavação do local empregando a técnica de dragagem expulsão do solo com possível emprego de explosivos por ação do peso próprio A substituição do solo mole é empregada normalmente quando a espessura da camada de solo compressível é pequena até quatro metros e não ocorrem grandes distâncias de transporte A substituição normalmente acontece com a retirada total ou parcial do solo mole através de dragas ou escavadeiras como ilustrado na figura 23 SGARBI CHIARANI GARCIA 2011 Notase que inicialmente se faz um aterro de conquista para acesso dos equipamentos ao local Após remoção do material a draga preenche a cavidade com solo de maior resistência proveniente da área de empréstimo Figura 23 Sequência da remoção de solos moles Aterro de conquista Fonte Almeida e Marques 2010 18 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Vale ressaltar que o DNIT 1998 somente recomenda o emprego de remoção do solo mole para aterros menores que três metros e com comprimento máximo de 200 metros Ademais o DNIT aprova somente a substituição total da camada de solo compressível Nascimento 2008 diz que a esse solo de maior resistência que substitui o solo compressível devem ser previstas camadas de compactação até a altura de projeto Ademais devese garantir a completa retirada do solo mole ou caso isso não seja possível é preciso prever o comportamento do conjunto restante Vale ressaltar que essa técnica é viável somente quando a espessura da camada de solo mole é pequena já que para maiores camadas é necessário além de uma quantidade maior de mão de obra um volume de terra de preenchimento maior SILVA 2017 A substituição parcial do solo segundo Nascimento 2008 ocorre quando a argila aumenta de resistência ao longo da profundidade Com isso somente as camadas superiores do solo mole são retiradas e o aterro é executado acima das camadas inferiores Massad 2010 declara que para uso de explosivos devese construir uma camada prévia de aterro acima da camada de solo mole São então instalados os explosivos que quando detonados geram a liquefação do solo mole que é expulso do aterro pelo peso próprio da camada superior Entretanto essa técnica pode deixar resíduos de solo compressível abaixo do aterro final Sgarbi Chiarani e Garcia 2011 afirmam que essa metodologia possui como vantagem a diminuição ou completa eliminação dos recalques Entretanto o alto volume de terra gerado que deve ser direcionado para um botafora somado a distâncias de transportes maiores já que normalmente é difícil encontrar esses locais próximos aos centros urbanos pode ocasionar um maior custo final 32 Aterros leves Oficina de Textos 20 informa que aterro leve consiste na inserção de materiais leves no solo o que ocasiona uma diminuição dos recalques Almeida e Marques 2010 esclarecem que a adição de materiais leves no aterro reduz a magnitude dos recalques primários agindo na diminuição das tensões verticais oriundas do aterro construído sobre a camada de solo mole Os autores afirmam que como 19 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II vantagem a técnica proporciona melhoras na estabilidade do conjunto gerando menor prazo de execução DNIT 1998 anuncia que essa metodologia somente é viável quando o aterro for alto e se localizar próximo a um local gerador de um material leve A figura 24 apresenta o funcionamento da adição de materiais leves no corpo do aterro Silva 2017 enuncia que se recomenda o emprego de geodrenos na base do aterro para evitar a elevação do nível de água Ademais os materiais leves devem ser protegidos com o emprego de mantas impermeabilizantes a fim de que não se aproximem de materiais solventes e devem ser fixados com o intuito de impedir deslocamentos Figura 24 Comportamento do assentamento do aterro com adição de material leve A B Geometria Carga Assentamentos Agregado tradicional Material leve Camada de pavimento Fonte Reis e Ramos 2009 apud Silva 2017 Borges 1995 expõe que o material adotado deve ter baixo peso específico boa resistência mecânica e química baixa compressibilidade constância das características no tempo ausência de agressividade em relação ao concreto e ao aço etc e ser não poluentes p 17 Segundo Roza 2012 os materiais usualmente empregados são o poliestireno expandido conhecido usualmente como isopor a argila expandida a serragem os pneus picados entre outros como ilustrados na figura 25 Figura 25 Materiais adicionados na técnica de aterro leves Fonte Roza 2012 20 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS DNIT 1998 apresenta através da tabela 2 alguns materiais usualmente empregados e seus respectivos pesos específicos Tabela 2 Peso específico de materiais empregados nos aterros leves Material do aterro Peso específico kNm3 Poliestireno expandido isopor ou similar 1 a 15 Argila expandida 5 a 10 Serragem 8 a 10 Cinza volante 10 a 14 Fonte DNIT 1998 Sakamoto 2018 apresenta uma proposta para concepção do projeto geotécnico de complementação do aterro de encontro a ponte sobre o rio Luís Alves para a duplicação da Rodovia BR470 empregando a metodologia de aterro leve através da inserção de Poliestireno Expandido EPS O quadro 9 apresenta resumidamente as características dos métodos vistos neste capítulo Quadro 9 Características das técnicas construtivas de aterro em solos moles Metodologias Construtivas Características Remoção da camada mole total ou parcial Eficaz rápido grande impacto ambiental necessária sondagem para aferição da quantidade de solo removidoremanescente Uso de materiais leves Ideal para prazos exíguos custos relativamente elevados sua utilização tem aumentado Fonte Almeida e Marques 2010 Para saber sobre as técnicas de investigação geotécnica não abordadas nesse material sugeremse as seguintes leituras Colunas granulares Cardoso 2013 Aterro estaqueado Gaui Filho 2017 Jet grounting Silva 2017 33 Indicação DNIT O DNIT 1998 divide a título de investigação geotécnica três tipos de aterros em obras rodoviárias sendo eles 21 PROCESSOS CONSTRUTIVOS UNIDADE II Classe I aterros próximos a estruturas rígidas tais como encontros de pontes e de viadutos Vale ressaltar que o aterro deve possuir no mínimo 50 metros para cada lado da interseção Classe II aterros distantes de estruturas sensíveis mas são altos altura maior que três metros Classe III aterros longe de estruturas sensíveis e com alturas menores que três metros O quadro 10 apresenta em função da classe e do tipo de solo a recomendação de metodologia a ser adotada Quadro 10 Recomendações de metodologias conforme classe e tipo de solo Alternativas Classe de aterros Tipo de solo I II III Silte Argila Turfa Aterros leves X X X Substituição total da camada mole X X X X X Bermas de equilíbrio X X X X X Construção por etapas X X X X Précarregamento ou sobrecarga temporária X X X X Geodrenos e sobrecarga temporária X X X Geodrenos e sucção a vácuo X X Aterro estaqueado X X X Aterro reforçado com geossintéticos X X X Fonte DNIT 1998 O quadro 11 apresenta um resumo das características de cada metodologia para construção de aterros sobre solos moles Quadro 11 Resumo das metodologias Técnicas Característica Dados necessários Desvantagens Confiabilidade Comentários Remoção total ou parcial da camada mole Eficaz rápido grandes impactos ambientais sendo necessário realizar sondagens para aferição da quantidade de solo removido Espessura da camada a ser removida Local para disposição do solo removido Boa em casos de total substituição Alto custo sobretudo para camadas espessas em geral maiores que 4 m 22 UNIDADE II PROCESSOS CONSTRUTIVOS Técnicas Característica Dados necessários Desvantagens Confiabilidade Comentários Aterro convencional Estabilização de recalques é lenta Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Limitações quanto à altura do aterro e prazos elevados de execução Baixa Baixo custo porém com restrições de altura de aterro Construção em etapas Utilizada na maioria dos casos com drenos verticais sendo necessário o monitoramento do ganho de resistência da fundação Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Longo prazo se não associado a drenos verticais Boa se executado o devido monitoramento Baixo se não associado a drenos verticais Drenos verticais com sobrecarga Utilizados para acelerar os recalques com grande experiência acumulada Usa se a sobrecarga temporária para diminuir os recalques primários e secundários remanescentes Espessura da camada compressibilidade e permeabilidade vertical e horizontal Custo Boa Relativamente caro Bermas de equilíbrio Frequentemente adotadas porém requerem espaço lateral Espessura da camada compressível e parâmetros geotécnicos de fundação Limitação física Boa Grandes volumes de terraplenagem Colunas granulares estacas granulares Aceleração dos recalques devido à natureza drenante das colunas Em geral são instaladas geogrelhas acima das estacas Resistência do solo e módulos de deformabilidade Equipamentos pesados e testes preliminares de campo Boa após análises e testes em campo Alto custo Fonte Almeida e Marques 2010 apud Carvalhais 2017 23 REFERÊNCIAS ALMEIDA M S S MARQUES M E S Aterro sobre solos moles Projeto e desempenho 2ª ed São Paulo Oficina de textos 2010 256 p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10905 MB3122 Solo ensaio de palheta in situ Rio de Janeiro 1989 NBR 6484 Solo Sondagens de simples reconhecimentos com SPT Método de ensaio Rio de Janeiro 2001 NBR 12007 MB3336 Solo Ensaio de adensamento unidimensional Método de ensaio Rio de Janeiro 1990 NBR 6459 Solo Determinação do limite de liquidez Rio de Janeiro 2016 NBR 7180 Solo Determinação do limite de plasticidade Rio de Janeiro 2016 NBR 7181 Solo Análise granulométrica Rio de Janeiro 2016 NBR 6458 Grãos de pedregulho retidos na peneira de abertura 48 mm Determinação da massa específica da massa específica aparente e da absorção de água Rio de Janeiro 2016 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS D2573 Standard Test Method for Field Vane Shear Test In Cohesive Soil Pensilvânia 2008 D4767 Standard Test Method For Consolidated Undrained Triaxial Compression Test For Cohesive Soils Pensilvânia 1995 D2850 Test Method for UnconsolidatedUndrained Triaxial Compression Test on Cohesive Soils Pensilvânia 2015 BELLO M I M C V Estudo de ruptura em aterro sobre solos moles Aterro do galpão localizado na BR101PE 2004 231 f Dissertação Mestrado em Ciências em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2004 BIOPDI Ensaio triaxial estático 20 Disponível em httpsbiopdicomensaiotriaxial estatico Acesso em 17 jul 2020 BRUNO G Origem e formação do solo CNE Concursos 2018 Disponível em httpswww cneconcursoscombrpostorigemeformaC3A7C3A3odossolos Acesso em 14 jun 2020 BORGES J M L Aterros sobre solos moles reforçados com geossintéticos análise e dimensionamento 1995 439 f Dissertação Doutorado em Engenharia Civil Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto 1995 BRASIL Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT IPR719 Manual de pavimentação Rio de Janeiro 2006 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER DNERPRO 38198 Projeto de aterros sobre solos moles para obras viárias Rio de Janeiro 1998 24 REFERÊNCIAS CAPUTO H P Mecânica dos solos e suas aplicações Fundamentos Volume 1 6ª ed Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos Editora SA 1988 244 p CARDOSO M C G Análise de soluções de projeto de aterros sobre solos moles 2013 85 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Instituto Superior Técnico Lisboa 2013 CARVALHAIS R M Comportamento geotécnico de aterros aeroportuários sobre fundações compressíveis estudos e análises do aterro do aeroporto de ItajubáMG 2017 153 f Dissertação Mestrado em Geotecnia Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2017 COLA C SERRANO T J Técnicas construtivas para aterro em solo mole Lyceum online Universidade São Francisco 20 Disponível em httplyceumonlineusfedubrsalavirtual documentos3076pdf Acesso em 14 jun 2020 CONTENCO Ensaio Triaxial em Solos 2020 1 vídeo 2min06s Publicado pelo canal CONTENCO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvQ8p2rdOV4 Acesso em 17 jul 2020 DAMASCOPENNA Vane Test Ensaio de palheta 2016a Disponível em httpswww damascopennacombrGridPortfoliovane Acesso em 15 jun 2020 Ensaios de Piezocone CPTU Detalhes do ensaio 2016b 1 vídeo 3min51s Publicado pelo canal DAMASCO PENNA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvh3HKuvFgU0featureemblogo Acesso em 15 jun 2020 Ensaios dilatométricos DMT 2016c Disponível em httpswwwdamascopenna combrGridPortfoliomarchetti Acesso em 15 jun 2020 DANTAS Adensamento 2016 4 vídeos 14min45s Publicado pelo canal IVNA DANTAS Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvX70WEZtDbM4 Acesso em 17 jul 2020 GAUI FILHO R Obras sobre solos moles e suas respectivas soluções um exemplo prático da obra de um complexo de vacinas em Santa Cruz RJ 2017 85 f Projeto de Graduação Grau em Engenharia Civil Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2017 GEOSEA Ensaio de paleta em situ Vane Test 20 Disponível em httpsgeoseacombr vanetest Acesso em 15 jun 2020 GONÇALVES H H S Aterro sobre solos moles Edisciplinas USP 20 Disponível em httpsedisciplinasuspbrpluginfilephp241703modresourcecontent0Microsoft20 PowerPoint2020aterros20sobre20solos20moles20220Obras20de20Terrapdf Acesso em 30 jul 2020 MACEDO EO Investigação da resistência não drenada in situ através de ensaios de penetração de cilindro 2004 120 f Tese Mestrado em Ciências em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2004 25 REFERÊNCIAS MACHADO L V S S Avaliação do deslocamento vertical de aterro sobre solo mole executado no projeto de duplicação da BR101PE 2012 199 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2012 MARANGON M Compressibilidade e Adensamento dos Solos 2018 33 f Notas de aula Faculdade de Engenharia do Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora Minas Gerais 2018 MASSAD F Obras de terra Curso básico de Geotecnia 2ª ed São Paulo Oficina de Textos 2010 216 p NASCIMENTO C M C Avaliação de alternativas de processos construtivos de ferrovias sobre solos moles 2008 67 f Monografia Especialização em Transporte Ferroviário de Cargas Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro 2008 NISSAN Demonstration of in situ vane shear test 20 1 vídeo 9min23s Publicado pelo canal RANDI WARNCKE NISSEN Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvza MXhUYIoMt283s Acesso em 15 jun 2020 PENA R F A Solo Alunos online 20 Disponível em httpsalunosonlineuolcombrgeografia solohtml Acesso em 14 jun 2020 PEDRONI B Caso de Obra Aterro sobre Solo Mole na Interligação das rodovias Dutra e Carvalho Pinto Geosynthetica 2018 Disponível em httpswwwgeosyntheticanet braterrosobresolomole Acesso em 30 jul 2020 PERBONI J P Análises de estabilidade e de compressibilidade de aterros sobre solos moles Caso dos aterros de encontro da ponte sobre o Rio dos Peixes BR 381 2003 140 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2003 PINTO C S P Curso Básico de Mecânica dos Solos 3ª ed São Paulo Oficina de Textos 2006 363 p PÓVOA L M M Caracterização geotécnica de um depósito de solo mole em área de baixada localizada em MacaéRJ 2016 156 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil com ênfase em Geotecnia Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes 2016 RIBEIRO C F Geogrelhas e geotêxteis geossintéticos mais utilizados no reforço do solo Geocontract 2019 Disponível em httpsgeocontractcombrPost17700geogrelhase geotexteisgeossinteticosmaisutilizadosnoreforcodosolo Acesso em 18 jul 2020 ROZA F C Comportamento de obras sobre solos moles com colunas de brita 2012 184 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2012 SAKAMOTO M Y Solução geotécnica com utilização de EPS em aterro sobre solo mole estudo de caso na complementação do aterro de encontro à ponte sobre o Rio Luís Alves duplicação BR470 2018 192 f Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2018 26 REFERÊNCIAS SILVA E M J O ensaio pressiométrico metodologia de ensaio e calibração do equipamento Curso Sapientia UALg 20 Disponível em httpssapientiaualgpt bitstream10400115211123pdf Acesso em 15 jun 2020 SGARBI B CHIARANI R GARCIA R Pavimentação em terrenos de solos mole a utilização de colunas granulares encamisadas In Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e Encontro Latino Americano de PósGraduação Universidade do Vale do Paraíba 15 e 11 2011 São Jose dos Campos Anais São Jose dos Campos Centro de Planejamento e Desenvolvimento da Educação 2011 pp 16 SUPORTE Método de Investigação do solo Ensaios de penetração do cone CPT e o Piezocone Penetration Test CPTu 2019a Disponível em httpwwwsuportesoloscombr blogmetododeinvestigacaodosoloensaiosdepenetracaodoconecpteopiezoconepenetration testcptu166 Acesso em 15 jun 2020 O Ensaio de Adensamento Edométrico Explicação pelo modelo de Terzaghi Procedimentos 2019b Disponível em httpwwwsuportesoloscombrblogoensaiode adensamentoedometricoexplicacaopelomodelodeterzaghiprocedimentos163 Acesso em 16 jul 2020 Ensaio Triaxial Conheça 5 cinco tipos de ensaios executados com o Triaxial Estático 2020 Disponível em httpwwwsuportesoloscombrblogensaiotriaxialconheca5 cincotiposdeensaiosexecutadoscomotriaxialestatico181textEsse20corpo20de20 prova20C3A9a20realizaC3A7C3A3o20do20Ensaio20Triaxial Acesso em 17 jul 2020 OFICIANA DE TEXTOS Aterros sobre solos moles 20 Disponível em httpswwwofitexto combrcomunitextoaterrossobresolosmoles Acesso em 17 jul 2020 ZAEYEN V D B et al Comportamento do Aterro da Estação de Tratamento de Esgotos de Sarapuí Solos e Rochas São Paulo v 26 n 3 pp 261271 2003