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CONSTRUÇÕES E ATERROS EM SOLOS MOLES UNIDADE III RECALQUES Elaboração Lorayne Cristina da Silva Alves Produção Equipe Técnica de Avaliação Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE III RECALQUES 5 CAPÍTULO 1 TIPOS DE RECALQUES 6 CAPÍTULO 2 ESTIMATIVA DE DESLOCAMENTOS 11 CAPÍTULO 3 ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DE DESENVOLVIMENTO DOS RECALQUES 16 REFERÊNCIAS 22 5 UNIDADE III RECALQUES Caputo 1988 diz que a compressibilidade do solo é responsável pelo processo de recalques por adensamento chamados também de recalques por consolidação Nessa situação os grãos do solo se reestruturam depois de aplicada uma carga o que acarreta a diminuição do volume total do solo As propriedades dos solos moles na obra referentes à compressibilidade e à estabilidade condicionam os parâmetros adotados de projeto Essas características são escolhidas com base em ensaios de campo e laboratoriais CARVALHAIS 2017 Na Engenharia de Fundações segundo Caputo 1988 o recalque gera problemas principalmente nas estruturas que se apoiam no solo Surge portanto nas estruturas o que se chama de recalque diferencial que tende a produzir esforços adicionais nessas edificações Ao final desta unidade dividida em três capítulos o aluno será capaz de aprender a teoria do adensamento unidimensional entender os tipos de recalques existentes em solos moles calcular os recalques imediatos o adensamento primário e a compressão secundária do solo estimar a velocidade de desenvolvimento dos recalques 6 CAPÍTULO 1 TIPOS DE RECALQUES Pinto 2006 declara que na Engenharia Geotécnica é de grande interesse a determinação das deformações ocasionadas pela aplicação de uma carga principalmente em se tratando de fundações rasas e aterros Essa deformação pode se apresentar de duas maneiras as que ocorrem rapidamente durante ou imediatamente após o período de construção e aquelas que se desenvolvem lentamente estendendose por um tempo bem maior que o da construção Em solos arenosos ou argilosos não saturados é comum a observação de deformações rápidas Entretanto nos solos argilosos saturados a deformação ocorre de maneira lenta devido à demora para saída da água desses solos com baixa permeabilidade 11 Processo de adensamento A figura 26 pode ser empregada para entender melhor o processo de adensamento Ela apresenta uma camada de argila localizada entre uma camada de areia e um leito rochoso impermeável Temse que a pressão no ponto M transmitida pela fundação é igual a p0 e determinada pela equação 7 já que parte dessa pressão é propagada para a água e o restante pelas partículas sólidas CAPUTO 1988 Figura 26 Fundação apoiada sobre camadas de solo NT NA Areia Argila saturada M p0 Rocha Fonte Caputo 1988 7 RECALQUES UNIDADE III Equação 7 0p p u Sendo p pressão efetiva ou pressão grão a grão u sobrepressão hidrostática Visto que a água dos vazios é incompressível segundo Caputo 1988 a aplicação de uma carga resulta no escoamento do líquido no sentido da camada drenante de areia No caso de argilas que possuem baixa permeabilidade esse processo acontece lentamente O autor elucida que em virtude do confinamento lateral da camada compressível considerada a fuga de água intersticial acarreta uma redução do volume de vazios e por conseguinte do volume total que se expressa através da diminuição da altura da camada Esse decrescimento de altura é nomeado como recalque por adensamento Caputo 1988 afirma que portanto a pressão u diminui com o tempo e tende a se anular e a pressão p dos grãos tende a aumentar visto que a pressão no ponto M é igual e não muda como apresentado na equação 8 Equação 8 0p p t u t O modo como ocorre a transferência de pressão neutra para a parte sólida do solo que gera consequentemente uma redução do volume compõe a Teoria do Adensamento Unidimensional desenvolvida por Terzaghi CARVALHAIS 2017 No caso específico das argilas Caputo 1988 salienta que o processo de adensamento pode ser dividido normalmente em três fases Na primeira chamada de compressão primária acontece a alteração da altura da camada de solo Ademais devese considerar a compressão inicial ou imediata correspondente à deformação gerada pela inserção brusca de uma carga e a compressão da fase gasosa caso exista Por fim o efeito secundário chamado também de compressão secundária ou secular gera uma compressão do esqueleto sólido das partículas formadoras do solo 8 UNIDADE III RECALQUES 12 Hipóteses de cálculo Para que se possa aplicar a Teoria do Adensamento Caputo 1988 propõe inúmeras hipóteses sendo elas solo saturado de água espessura constante da camada compressível incompressibilidade da água e grãos do solo homogeneidade do solo da camada compressível escoamento regido pela Lei de Darcy adotandose coeficiente de permeabilidade constante e escoamento em uma direção variação na pressão efetiva do solo gera alteração correspondente no índice de vazios confinamento lateral da camada compressível 13 História de tensões Segundo Carvalhais 2017 a condição de adensamento na qual se encontra o solo estudado é indispensável para se executar uma análise do comportamento do solo Para determinála o parâmetro assumido é o chamado Razão de PréAdensamento RSA ou OCR que consiste na relação entre a máxima tensão vertical efetiva conhecida do solo e a tensão vertical efetiva atual de campo como apresentado na equação 9 Equação 9 0 vm v OCR σ σ Sendo σvm tensão de sobreadensamento determinada pelo ensaio de adensamento oedométrico σv0 tensão vertical efetiva in situ definida com base nos perfis geotécnicos Visto isso Carvalhais 2017 apresenta três opções possíveis sendo elas Pressão de préadensamento igual à pressão do terreno Pa Pc solo normalmente adensado 9 RECALQUES UNIDADE III Pressão de préadensamento maior que pressão do terreno Pa Pc solo préadensado ou seja o solo já aguentou carregamento maior no passado do que o atual Pressão de préadensamento menor que pressão do terreno Pa Pc solo está em fase de adensamento ou seja o carregamento atual é superior ao recebido no passado Almeida e Marques 2010 salientam que podem ser obtidos valores suspeitos de tensão de sobreadensamento σvm para argilas muito moles já que é difícil efetuar uma boa qualidade de amostra nesses solos Por isso é normal a determinação desse valor através de ensaios de campo tais como o teste de palheta Nessa situação a equação 10 é uma alternativa para ser empregada na determinação desse parâmetro Equação 10 0 u v S OCR α σ Sendo α fornecido através de correlação conforme equação 11 Equação 11 048 22 IP α Sendo IP índice de plasticidade 14 Solos moles Massad 2010 elucida que se espera ao longo do tempo que o aterro em solos moles se torne mais rígido devido ao processo de adensamento Isso significa que ocorre um aumento do fator de segurança ao longo do tempo e consequentemente uma diminuição dos recalques Visto isto assumese que o estudo do recalque deve ser feito considerando toda a fase operacional diferente de problemas de estabilidade analisados somente no período construtivo Normalmente para a estimativa dos recalques levamse em consideração os ensaios de adensamento Isso ocorre porque as situações de ensaio ilustram bem a condição 10 UNIDADE III RECALQUES ideal de campo quando o solo se encontra confinado como mostrado na figura 27 Notase que na situação a o solo se situa entre duas camadas de areias e no caso b ele se encontra confinado por uma berma de grande extensão Vale ressaltar que na ocorrência do que se apresenta no item c os efeitos bidimensionais devem ser examinados devido à deformação lateral do solo mole MASSAD 2010 Figura 27 Situações em que o solo se encontra confinado A B C Argila mole Argila mole Argila mole Areia Areia Areia Fonte Massad 2010 Marangon 2018 afirma que para o dimensionamento dos aterros em solos moles é necessário calcular o recalque total e a variação do recalque com o tempo O recalque total segundo Marangon 2018 pode ser separado em três partes sendo elas Recalque não drenado corresponde à parcela de recalque imediato ou seja que é associado a deformações elásticas cisalhantes mantendose um volume constante após inserção do aterro no local de solo mole Recalque por adensamento primário condiz com o recalque de adensamento que normalmente consiste na maior parcela referente ao recalque total Recalque por compressão secundária relacionase com o recalque secundário que não está associado à expulsão da água mas sim com a compressão do esqueleto sólido 11 CAPÍTULO 2 ESTIMATIVA DE DESLOCAMENTOS Caputo 1988 afirma que se recomenda a determinação dos recalques totais na qual a edificação estará sujeita assim como em seu tempo de desenvolvimento O autor afirma que esse cálculo é obtido através dos ensaios de adensamento considerandose a teoria da elasticidade É comum segundo Nascimento 2008 a divisão entre recalques primários e secundários O primeiro tipo é causado pela saída da água intersticial causada pela aplicação de uma carga e consequente diminuição do volume Nesse caso a pressão suportada pela água poropressão passa com o tempo para o esqueleto sólido do solo O segundo modelo de recalque é caracterizado pela redução causada por fenômenos viscosos do solo não referente a variação de poropressões Carvalhais 2017 declara que normalmente se emprega para o adensamento primário a teoria desenvolvida por Terzaghi em se tratando de drenagem vertical e o estudo desenvolvido por Barron para drenagem radial Ademais os princípios de Carillo que considera os dois efeitos simultaneamente também podem ser empregados 21 Deslocamentos horizontais A figura 28 ilustra a divisão comum que é adotada em se tratando de divisão de recalques horizontais sendo eles o recalque imediato Δhi o recalque por adensamento primário Δh e o recalque por compressão secundária Δhsec CARVALHAIS 2017 Figura 28 Situações em que o solo se encontra confinado Espessura do aterro 0 Recalques Tempo t Recalque imediato Δhi Recalque por adensamento primário Δh Δhi Recalques 0 Δh Compressão secundária Δhsec Excesso de poropressão 0 Log de tempo Fonte Almeida e Marques 2010 12 UNIDADE III RECALQUES Almeida e Marques 2010 afirmam que o recalque na construção é formado pelos deslocamentos imediatos somados à parcela de recompressão primária Os recalques por adensamento primário virgem e por compressão secundária são pertinentes ao recalque de longo prazo 22 Teoria da elasticidade A teoria da elasticidade é aplicada para determinação das tensões que operam no interior do solo causadas por um carregamento na superfície Apesar de o solo não possuir características elásticas já que não acontece a reversibilidade das deformações quando a carga muda de sentido a teoria é bem aceita para os casos em que há somente acréscimos de tensão PINTO 2006 Apesar da aplicação da Teoria da Elasticidade para os solos Pinto 2006 expõe dois problemas em sua utilização sendo eles Módulo de elasticidade diferente de cada solo normalmente em função da tensão aplicada não linearidade da relação tensãodeformação e do nível de confinamento do solo Não uniformidade do solo já que ele é composto de camadas que dispõem de compressibilidades diferentes Segundo Carvalhais 2017 o recalque imediato Δhi também nomeado como recalque não drenado elástico ou distorcional acontece concomitantemente à aplicação da carga Almeida e Marques 2010 relembram que o recalque imediato é de baixa magnitude se assemelhado ao recalque por adensamento principalmente nas situações em que se tem grandes dimensões em relação à espessura da camada de solo mole Pinto 2006 e Carvalhais 2017 dizem que o recalque imediato pode ser obtido empregandose a teoria da elasticidade através da equação 12 Equação 12 2 1 i B h E σ ν Segundo Marangon 2018 o solo saturado possui valor de ν νu 05 e E Eu sendo E definido através do ensaio triaxial consolidado não drenado CU ou por meio de correlações Portanto têmse 13 RECALQUES UNIDADE III E e ν parâmetros elásticos do solo de fundação E Eu módulo de elasticidade para a condição não drenada ν νu 05 coeficiente de Poisson para a condição não drenada B semilargura da plataforma do aterro Δσ acréscimo de tensão devido à carga do aterro calculado segundo a equação 13 Equação 13 v at at I h σ γ Sendo γat peso específico do aterro hat espessura do aterro I fator de influência Pinto 2006 afirma que o coeficiente I pondera a forma da superfície e o sistema de aplicação das pressões Carvalhais 2017 propõe o ábaco de Osterberg ilustrado na figura 29 para obtenção desse parâmetro A autora elucida que o ábaco considera uma distribuição trapezoidal semelhante ao seu peso em cada ponto da superfície que sofre o carregamento Para determinação do parâmetro I é necessário conhecer a geometria do aterro e a profundidade na qual será determinada a tensão atuante Figura 29 Ábaco empregado para determinação do fato de influência Fonte Carvalhais 2017 14 UNIDADE III RECALQUES 23 Recalque por adensamento primário Marangon 2018 apresenta a equação 14 para cálculo do adensamento primário Vale relembrar que a equação é válida para um caso de carregamento da condição sobreadensada para a normalmente adensada Equação 14 0 0 0 1 1 vf s vm c arg arg v vm C C h h log h log e e σ σ σ σ Sendo Cs índice de recompressão Cc índice de compressão e0 índice de vazios da subcamada para a tensão vertical efetiva inicial in situ harg espessura da subcamada correspondente σvm tensão de sobreadensamento no meio da subcamada σv0 tensão efetiva vertical in situ no meio da subcamada σvf tensão vertical final no meio da subcamada decorrente da sobrecarga do aterro na superfície estabelecido pela equação 15 Equação 15 0 vf v v σ σ σ 24 Recalque por compressão secundário Podese entender a compressão secundária em solos compressíveis como as deformações que acontecem no fim do adensamento primário e ela pode ser calculada conforme a equação 16 MARTINS 2011 apud CARVALHAIS 2017 Equação 16 15 15 015 vf vf s arg s arg s vf vf h h C log h C log σ σ σ σ Sendo Δhs recalque por compressão secundária 15 RECALQUES UNIDADE III harg espessura da camada de solo mole Cs índice de recompressão σvf tensão efetiva atuante na camada de fundação Martins 2011 apud CARVALHAIS 2017 afirma que para argilas muito moles podese adotar valor de Cs igual a 04 resultando na equação 17 Equação 17 006 s arg h h Almeida e Marques 2010 apresentam maiores explicações acerca das equações empregadas para determinação do recalque por compressão secundária Almeida e Marques 2010 e Carvalhais 2017 apresentam algumas considerações referentes a outras metodologias empregadas em construções e aterros em solos moles sendo elas colunas granulares aterros construídos em etapas 16 CAPÍTULO 3 ESTIMATIVA DA VELOCIDADE DE DESENVOLVIMENTO DOS RECALQUES Segundo Carvalhais 2017 a estimativa do recalque com o tempo pode ser determinada de forma unidimensional em que não há a presença de dispositivos drenantes no meio e por drenagem radial caso ocorra o emprego de drenos verticais 31 Drenagem unidimensional Nessa situação ocorre somente drenagem vertical e a determinação do tempo é feita empregandose a teoria de Terzaghi A equação 18 apresenta fórmula empregada para determinar o cálculo da variação de recalque com o tempo CARVALHAIS 2017 MARANGON 2018 Equação 18 v h t U h Sendo Δht recalque por adensamento em um tempo t qualquer Uv grau de adensamento médio em função do tempo Tv de acordo com o ilustrado na figura 30 e calculado pela equação 19 Figura 30 Relação entre o grau de adensamento e o fator tempo Fonte Carvalhais 2017 17 RECALQUES UNIDADE III Equação 19 2 v v d C t T h Sendo Cv coeficiente de adensamento vertical t tempo para a ocorrência dos recalques hd distância de drenagem Marangon 2018 anuncia que normalmente a distância de drenagem é referente à camada compressiva O autor elucida que no caso de camadas que possuem fronteiras drenantes superior e inferior como a ilustrada na figura 31a hd é igual à metade da espessura h da camada Já na situação apresentada na figura 31b em que há somente uma fronteira drenante a distância de drenagem passa a ser igual à espessura da camada Figura 31 Relação entre o grau de adensamento e o fator tempo NT NT NA NA Permeável Solo compressível FLUXO Hd Hd H Hd H 2 altura de drenagem Permeável A H Hd FLUXO Permeável Solo compressível Impermeável H Hd altura de drenagem B Fonte Carvalhais 2017 Em vez do gráfico exposto na figura 30 Marangon 2018 propõe uma tabela ilustrada na tabela 3 para apresentar a relação entre o grau de adensamento Uv e o fator de tempo Tv O autor ressalta que o quadro deve ser empregado em situações nas quais ocorre excesso de poropressão inicial constante quando esta é linearmente variável situação essa condizendo com a grande parte dos casos práticos Vale relembrar que o gráfico e o quadro devem resultar em valores semelhantes 18 UNIDADE III RECALQUES Tabela 3 Relação entre o fator de tempo T e o grau de adensamento U T U T U T U 0004 714 0083 3251 0400 6979 0008 1009 0100 3568 0500 7640 0012 1236 0125 3989 0600 8156 0020 1596 0150 4370 0700 8559 0028 1888 0175 4718 0800 8874 0036 2140 0200 5041 0900 9120 0048 2472 0250 5622 1000 9313 0060 2764 0300 6132 1500 9800 0072 3028 0350 6282 2000 9942 Fonte Marangon 2018 Marangon 2018 apresenta os passos a serem seguidos para o cálculo da variação de recalque com o tempo sendo eles Cálculo do recalque por adensamento Δh equação 12 Estimativa do valor de Cv a ser adotado Para um dado valor de t cálculo do fator de tempo Tv equação 19 Para o valor de T calculado obtenção na figura 30 ou tabela 3 do valor de U Cálculo do valor de Δht pela equação 18 Repetição das etapas c e para vários valores de tempo t até que seja obtido um valor de U próximo a 90 Em relação ao valor do coeficiente de adensamento Cv empregado na equação 19 Marangon 2018 elucida que esse parâmetro varia em função do nível de tensão aplicado devendo ser empregado o valor médio entre as tensões efetivas in situ e final apresentadas na curva Cv log Cv Entretanto é de conhecimento que as medidas de recalque lidas em laboratório são na maioria das vezes de 5 a 10 vezes menores que a notada in situ Para resolver esse problema recomendase o seguinte procedimento Ensaio de permeabilidade in situ Cálculo de Cv pela equação 20 Equação 20 v v w C k m γ 19 RECALQUES UNIDADE III Sendo k coeficiente de permeabilidade in situ mv coeficiente de compressibilidade volumétrica medido no ensaio de adensamento edométrico para a tensão efetiva média in situ γw peso específico da água 32 Drenagem radial Segundo Almeida e Marques 2010 o emprego de drenos verticais propicia a aceleração de recalques agindo na diminuição do caminho de drenagem dentro da massa de solo compressível A inserção do dreno como ilustrado na figura 32 gera uma mudança de direção do caminhamento da água de vertical para horizontal Figura 32 Sentido de drenagem com a inserção de drenos no solo compressível Areia Geodreno Zona drenada Terreno impermeável Fonte Fundesp 2002 apud Carvalhais 2017 O grau de adensamento pode ser determinado através da equação 21 considerando um cilindro de solo e dreno com seção circular Equação 21 8 Th F n Uh e Sendo Th fator tempo para a drenagem horizontal calculado pela equação 22 20 UNIDADE III RECALQUES Equação 22 2 h h e C t T d Fn função relacionada à densidade de drenos calculado pela equação 23 Equação 23 075 F n ln n Sendo n densidade dos drenos calculado pela equação 24 Equação 24 e w d n d Sendo dw diâmetro do dreno ou diâmetro equivalente de um geodreno de diâmetro de influência do dreno Carvalhais 2017 declara que o parâmetro de que consiste no diâmetro de influência de um dreno está relacionado com o arranjo de sistema que pode ser quadrado ou triangular como apresentado na figura 33 e calculado conforme as equações 25 e 26 Figura 33 Arranjo quadrado e retangular para o sistema de drenos S re S re 0564 S re 0525 S re raio de influência do dreno S espaçamento entre drenos Fonte Almeida e Marques 2010 21 RECALQUES UNIDADE III Equação 25 113 Malhaquadrada de S Equação 26 105 Malhatriangular de S Sendo S espaçamento entre os drenos Ademais Carvalhais 2017 reconhece que os geodrenos de formato retangular de dimensões a e b normalmente de dimensão 10 x 05 cm nesta ordem como apresentado na figura 34 têm diâmetro equivalente dw calculado pela equação 27 Figura 34 Dimensão dw de um geodreno b dw a Fonte Almeida e Marques 2010 apud Carvalhais 2017 Equação 27 2 w a b d π 22 REFERÊNCIAS ALMEIDA M S S MARQUES M E S Aterro sobre solos moles Projeto e desempenho 2ª ed São Paulo Oficina de textos 2010 256 p ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10905 MB3122 Solo ensaio de palheta in situ Rio de Janeiro 1989 NBR 6484 Solo Sondagens de simples reconhecimentos com SPT Método de ensaio Rio de Janeiro 2001 NBR 12007 MB3336 Solo Ensaio de adensamento unidimensional Método de ensaio Rio de Janeiro 1990 NBR 6459 Solo Determinação do limite de liquidez Rio de Janeiro 2016 NBR 7180 Solo Determinação do limite de plasticidade Rio de Janeiro 2016 NBR 7181 Solo Análise granulométrica Rio de Janeiro 2016 NBR 6458 Grãos de pedregulho retidos na peneira de abertura 48 mm Determinação da massa específica da massa específica aparente e da absorção de água Rio de Janeiro 2016 AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS D2573 Standard Test Method for Field Vane Shear Test In Cohesive Soil Pensilvânia 2008 D4767 Standard Test Method For Consolidated Undrained Triaxial Compression Test For Cohesive Soils Pensilvânia 1995 D2850 Test Method for UnconsolidatedUndrained Triaxial Compression Test on Cohesive Soils Pensilvânia 2015 BELLO M I M C V Estudo de ruptura em aterro sobre solos moles Aterro do galpão localizado na BR101PE 2004 231 f Dissertação Mestrado em Ciências em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2004 BIOPDI Ensaio triaxial estático 20 Disponível em httpsbiopdicomensaiotriaxial estatico Acesso em 17 jul 2020 BRUNO G Origem e formação do solo CNE Concursos 2018 Disponível em httpswww cneconcursoscombrpostorigemeformaC3A7C3A3odossolos Acesso em 14 jun 2020 BORGES J M L Aterros sobre solos moles reforçados com geossintéticos análise e dimensionamento 1995 439 f Dissertação Doutorado em Engenharia Civil Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Porto 1995 BRASIL Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT IPR719 Manual de pavimentação Rio de Janeiro 2006 Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNER DNERPRO 38198 Projeto de aterros sobre solos moles para obras viárias Rio de Janeiro 1998 23 REFERÊNCIAS CAPUTO H P Mecânica dos solos e suas aplicações Fundamentos Volume 1 6ª ed Rio de Janeiro Livros Técnicos e Científicos Editora SA 1988 244 p CARDOSO M C G Análise de soluções de projeto de aterros sobre solos moles 2013 85 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Instituto Superior Técnico Lisboa 2013 CARVALHAIS R M Comportamento geotécnico de aterros aeroportuários sobre fundações compressíveis estudos e análises do aterro do aeroporto de ItajubáMG 2017 153 f Dissertação Mestrado em Geotecnia Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2017 COLA C SERRANO T J Técnicas construtivas para aterro em solo mole Lyceum online Universidade São Francisco 20 Disponível em httplyceumonlineusfedubrsalavirtual documentos3076pdf Acesso em 14 jun 2020 CONTENCO Ensaio Triaxial em Solos 2020 1 vídeo 2min06s Publicado pelo canal CONTENCO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvQ8p2rdOV4 Acesso em 17 jul 2020 DAMASCOPENNA Vane Test Ensaio de palheta 2016a Disponível em httpswww damascopennacombrGridPortfoliovane Acesso em 15 jun 2020 Ensaios de Piezocone CPTU Detalhes do ensaio 2016b 1 vídeo 3min51s Publicado pelo canal DAMASCO PENNA Disponível em httpswwwyoutubecom watchvh3HKuvFgU0featureemblogo Acesso em 15 jun 2020 Ensaios dilatométricos DMT 2016c Disponível em httpswwwdamascopenna combrGridPortfoliomarchetti Acesso em 15 jun 2020 DANTAS Adensamento 2016 4 vídeos 14min45s Publicado pelo 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sobre solo mole executado no projeto de duplicação da BR101PE 2012 199 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Pernambuco Recife 2012 MARANGON M Compressibilidade e Adensamento dos Solos 2018 33 f Notas de aula Faculdade de Engenharia do Núcleo de Geotecnia da Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora Minas Gerais 2018 MASSAD F Obras de terra Curso básico de Geotecnia 2ª ed São Paulo Oficina de Textos 2010 216 p NASCIMENTO C M C Avaliação de alternativas de processos construtivos de ferrovias sobre solos moles 2008 67 f Monografia Especialização em Transporte Ferroviário de Cargas Instituto Militar de Engenharia Rio de Janeiro 2008 NISSAN Demonstration of in situ vane shear test 20 1 vídeo 9min23s Publicado pelo canal RANDI WARNCKE NISSEN Disponível em httpswwwyoutubecomwatchvza MXhUYIoMt283s Acesso em 15 jun 2020 PENA R F A Solo Alunos online 20 Disponível em httpsalunosonlineuolcombrgeografia solohtml Acesso em 14 jun 2020 PEDRONI B Caso de Obra Aterro sobre Solo Mole na Interligação das rodovias Dutra e Carvalho Pinto Geosynthetica 2018 Disponível em httpswwwgeosyntheticanet braterrosobresolomole Acesso em 30 jul 2020 PERBONI J P Análises de estabilidade e de compressibilidade de aterros sobre solos moles Caso dos aterros de encontro da ponte sobre o Rio dos Peixes BR 381 2003 140 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2003 PINTO C S P Curso Básico de Mecânica dos Solos 3ª ed São Paulo Oficina de Textos 2006 363 p PÓVOA L M M Caracterização geotécnica de um depósito de solo mole em área de baixada localizada em MacaéRJ 2016 156 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil com ênfase em Geotecnia Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Campos dos Goytacazes 2016 RIBEIRO C F Geogrelhas e geotêxteis geossintéticos mais utilizados no reforço do solo Geocontract 2019 Disponível em httpsgeocontractcombrPost17700geogrelhase geotexteisgeossinteticosmaisutilizadosnoreforcodosolo Acesso em 18 jul 2020 ROZA F C Comportamento de obras sobre solos moles com colunas de brita 2012 184 f Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2012 SAKAMOTO M Y Solução geotécnica com utilização de EPS em aterro sobre solo mole estudo de caso na complementação do aterro de encontro à ponte sobre o Rio Luís Alves duplicação BR470 2018 192 f Trabalho de Conclusão de Curso Graduação em Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis 2018 25 REFERÊNCIAS SILVA E M J O ensaio pressiométrico metodologia de ensaio e calibração do equipamento Curso Sapientia UALg 20 Disponível em httpssapientiaualgpt bitstream10400115211123pdf Acesso em 15 jun 2020 SGARBI B CHIARANI R GARCIA R Pavimentação em terrenos de solos mole a utilização de colunas granulares encamisadas In Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e Encontro Latino Americano de PósGraduação 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