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Medicina Veterinária ·

Anatomia

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OS ACADEMICOS DEVEM FAZER UM TRABALHO NAS NORMAS DA ABNT COM MINIMO DE 15 PAGINAS SEM CONTAR ELEMENTOS PRÉ TEXTUAIS SOBRE O SEGUINTE ASSUNTO MÉTODOS QUIMICOS E FÍSICOS DE CONTENÇÃO EM EQUINOS E BOVINOS NESTE TRABALHO DEVE CONSTAR METODOS FÍSICOS DE CONTENÇÃO DE EQUINOS E BOVINOS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA MÉTODO MÉTODOS QUIMICOS DE CONTENÇÃO DE EQUINOS E BOVINOS INCLUIR FÁRMACOS POSSIVEIS DE UTILIZAÇÃO SUAS CONTRAINDICAÇÕES E DOSES INDICADAS RISCOS DE ANESTESIA A CAMPO DE BOVINOS E EQUINOS BLOQUEIS ANESTÉSICOS LOCAIS DE EQUINOS E BOVINOS INDICAÇÃO DESTES MÉTODOS A ENTREGA DO TRABALHO DEVE SER FEITA EM PDF E INDIVIDUALMENTE CESCAGE FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DANIELLA PEREIRA MÉTODOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE CONTENÇÃO EM EQUINOS E BOVINOS PONTA GROSSA 2023 DANIELLA PEREIRA MÉTODOS QUÍMICOS E FÍSICOS DE CONTENÇÃO EM EQUINOS E BOVINOS Trabalho de Graduação apresentado no curso de Medicina Veterinária da FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS Professor Dr João Luiz PONTA GROSSA 2023 RESUMO Os métodos de contenção de bovinos e equinos são técnicas de imobilização desses animais utilizadas principalmente para a realização de exames administração de medicamentos e outros pontos do atendimento veterinário e cuidados de rotina Com o progresso e o desenvolvimento da pecuária a necessidade de cuidados específicos e acompanhamento da saúde dos animais cresceu Assim essas técnicas de imobilização se desenvolveram junto com os processos como forma de garantir a segurança do animal e dos profissionais durante os procedimentos Quando se leva em conta o agronegócio e a pecuária nacionais e o que estes representam no mercado mundial as ações de rotina ganham peso Isso porque para cuidar da qualidade dos produtos essas ações de rotina são cada vez mais indispensáveis Principalmente levando em consideração como a contenção de bovinos tem um papel chave nos cuidados de saúde desses animais Sumário 1 INTRODUÇÃO 5 2 MÉTODOS FÍSICOS DE CONTENÇÃO 6 3 AVALIAR ANIMAIS APÓS UMA CONTENÇÃO 14 4 MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTENÇÃO 14 5 RISCOS DE ANESTESIA ACAMPO 15 6 TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL EM EQUINOS E BOVINOS 19 REFERENCIAS 22 1 INTRODUÇÃO A contenção de um animal pode ir deste a limitação de seus movimentos podendo ir até mesmo a sua completa imobilização O ser humano vem procurando adaptar os métodos de contenção objetivando facilitar o manejo com os animais bem como manter a segurança na lida com os mesmos Tendo estas primícias em destaque ao manusear com os animais rurais sempre se deve procurar reduzir as possibilidades de acidentes aprimorando e utilizando métodos de contenção que sejam seguros ANDRADE CORREIA PINTO OLIVEIRA 2002 SILVA et al 2012 A contenção dos animais objetiva a imobilização para executar procedimentos de aplicação medicamentosa realizar curativos coletar material biológico para exames dentre outros Esta ação deve proporcionar proteção para o atendimento mantendo o animal imobilizado e viabilizar toda a manipulação necessária com o animal MARTINS 2019 Os métodos empregados para conter e derrubar bovinos diferem segundo o sexo idade raça temperamento e o local no corpo do animal onde se pretende trabalhar Em relação às fêmeas de bovinos devese fazer a aproximação pelo lado direito por onde são ordenhadas Ao contrário dos equinos os bovinos atacam com as extremidades anteriores em sentido lateral descrevendo com elas um semicírculo com movimento para trás MARTINS 2019 SENAR 2017 Alguns animais que possuem orelhas de maior tamanho podem ser contidos com uma apreensão seguida de compressão Inicialmente o animal poderá resistir porem depois de algumas tentativas de resistência em geral permitem a manipulação Os animais que sejam mais arredios podem ser contidos por meios como o cachimbo mão de amigo e pé de amigo travões e método antigo MARTINS 2019 Restringir da maneira eficiente o animal para manipulações é necessário pois o paciente ao ser manipulado poderá se defender com mordeduras coices chifradas eou unhadas Nesta realidade é que se torna importante que o animal esteja adequadamente contido e este trabalho apresenta de forma geral uma melhor compreensão destas técnicas que proporcionam uma ação com os animais de melhor qualidade e segurança 2 MÉTODOS FÍSICOS DE CONTENÇÃO 21 Cabresto O cabresto é uma peça feita de couro que é colocada na cabeça do animal e que auxilia na condução quando não se está montado ou então para deixálo amarrado em algum lugar É um dos métodos de contenção mais comumente usados Os cabrestos com uma corrente na porção do meio do focinho potencializam o método de contenção já que em animais mais agressivos vai provocar dor quando forçado Pois o focinho é um dos pontos mais sensíveis principalmente dos equídeos É utilizado para a condução de animais calmos quando se necessita neles aplicar procedimentos simples e também em conjunto com outros métodos de contenção sendo muito utilizado em animais de pista Nesse caso o animal é preparado para uma exposição leilões ou eventos em que esse bovino será apresentado e caminhará junto ao tratador É possível adquirir no comércio diversos tipos de cabrestos ou ainda é possível confeccionar um deles utilizando se apenas cordas 22 Tronco O Tronco de Contenção ou Brete como é popularmente conhecido é ideal para o manejo e imobilização do animal para a realização de diferentes procedimentos e aplicações Por ser muito útil é importante e deve estar presente em todas as fazendas para garantir a segurança do animal e do veterinário É construído junto ao curral e permite a contenção individual de animais Ainda é considerado um equipamento de custo relativamente alto e pode ser construído em estrutura metálica embora os mais comuns sejam de madeira Existem bretes de diversas marcas e formas diferenciandose pela qualidade do material e quantidade de estruturas de guilhotinas e portinholas É utilizado tanto para animais de aptidão leiteira como de corte e a grande vantagem desse tipo de instalação é permitir a contenção perfeita do animal garantindo muita segurança para o trabalhador Pode ser usado para manipulação individual dos animais identificar fazer curativos aplicar medicamentos coletar sangue realizar a inseminação artificial e fazer exames diversos Alguns bretes também possuem uma guilhotina para a contenção da região abdominal para conter o flanco do animal Obs Normalmente projetada para animais adultos a guilhotina deve ser usada com cuidado para animais jovens ou de porte menor visto que pode pressionar o nervo radial e o animal sair do brete mancando ou com uma lesão de nervo irreversível 23 Contenha o bovino com o laço O laço pode ser usado tanto em bovinos de aptidão leiteira como de corte O uso adequado do laço permite prender o animal pelo pescoço mas o responsável por executar esse procedimento deve possuir treinamento e habilidade para manipulálo É possível utilizar o laço para prender o animal estando a pé ou montado em um cavalo e seu uso pode ocorrer tanto com o animal parado como em movimento Sua utilização pode auxiliar na realização de um curativo simples no isolamento de algum animal do grupo ou como primeira imobilização para aplicar uma técnica de derrubamento O laço deve ser utilizado para realizar procedimentos de curta duração pelo risco de enforcamento dos animais sobretudo naqueles mais agressivos e inquietos 24 Pressão na gengiva superior Esse método de contenção não é muito utilizado Ele consiste em passar uma corda fina em cima da gengiva superior e abaixo do lábio superior e provocar pressão que causara um certo desconforto no animal fazendo com que ele preste atenção na gengiva e deixe o médico veterinário examinar o local necessário 25 Contenha o bovino utilizando a peia A peia é utilizada para a realização da ordenha diária dos animais leiteiros ou como uma contenção auxiliar para uma imobilização mais elaborada O seu uso consiste em contornar com uma corda as pernas dos animais na região acima do jarrete joelho do bovino com uma volta simples e outra cruzada em forma de oito Essa contenção possui uma laçada que é facilmente desatada e permite prender a cauda dos animais nos casos de se ordenhar manualmente as vacas possibilitando assim a redução da contaminação do leite pelo contato com a sujeira que normalmente encontrase aderida na vassoura da cauda A corda deve ter no máximo 15 metros Ao utilizar essa contenção para a ordenha devese prender o rabo da vaca no momento de amarrar para evitar a contaminação do leite A trava imobilizadora também pode ser utilizada para a realização da ordenha diária dos animais leiteiros ou para procedimento simples com animais mansos já que não é possível usar esse equipamento em bovinos ariscos Essa trava é composta por duas placas metálicas que se encaixam nos jarretes dos bovinos além de uma corrente que ajusta e prende as pernas do animal Cuidado com a trava imobilizadora Os animais mais agressivos ou assustados podem se mexer e se soltarem com facilidade lançando essa corrente e machucando o trabalhador 26 Derrube o animal pelo método de Burley cordas cruzadas Essa é uma contenção simples e segura porém o animal a ser contido deve permitir a aproximação não sendo possível realizar esse procedimento em animais hostis ou bravos A contenção utiliza aproximadamente 12 metros de corda e permite uma queda suave do animal Pode ser utilizada em animais dóceis em estágio avançado de gestação ou machos reprodutores já que a técnica das cordas cruzadas não comprime o úbere os testículos ou o pênis 1 O animal deverá deitar com o lado direito para baixo para evitar o timpanismo empanzinamento 2 2 Deverá ser colocada uma mala de saco ou colchão por baixo da escápula pá direita para evitar lesões no nervo e o animal mancar 27 Cachimbo ou pito O cachimbo ou pito é um excelente instrumento para ser usado na grande maioria dos animais não cooperativos pois a sua passagem pelo lábio inferior ou superior com posterior torção induzirá a uma dor considerável o que obrigará o animal a se manter quieto mesmo nos casos de intervenções dolorosas Entretanto alguns animais não deixam que se coloque o cachimbo eou quando permitem irritamse e suam muito Não é recomendável a aplicação do cachimbo com força exagerada já que o cavalo pode ressentirse e tornarse agressivo Apliqueo de maneira firme aumentando a pressão gradativamente até o animal se tornar cooperativo 28 Rosário Colocação do rosário ou colar em equinos é utilizado mais comumente no póscirúrgico na tentativa de evitar lambeduras das soluções de continuidade ou a retirada de suturas 29 Mão de Amigo Outro meio muito usado para manter o animal imobilizado é suspender um membro anterior mão de amigo ou posterior pé de amigo tirandolhe assim o apoio Observação Geralmente os animais não permitem a elevação de um dos membros posteriores por muito tempo devendose em intervalos regulares deixálo descansar O desvio para trás também pode ser feito com a utilização de cordas Se for preciso intervir na parte posterior do animal como no caso de cobertura de éguas passagem de espéculos deve se conter ambos os membros traseiros Para isso duas cordas são fixadas por nós corrediços às canelas ou quartelas nuas ou vestidas com caneleiras trazidas para frente cruzadas sob o peito e puxadas para cima de ambos os lados do pescoço e amarradas na altura da cernelha Quando não se dispuser de uma caneleira os membros devem ser protegidos com faixas para evitar lacerações da pele eou lesões nos tendões e ligamentos 210 Torção de orelha Segura se a orelha o antebraço deve estar apoiado no pescoço do animal e a cabeça do animal deve estar controlada pela outra mão que segurará o cabresto A torção de orelha é utilizada para uma contenção rápida A passagem do cachimbo na orelha deve ser evitada em virtude do provável dano à cartilagem aural o que causará uma alteração irreversível do seu posicionamento orelha pêndula caída com subsequente prejuízo estético 211 Bucal com redinha Utilizado em equinos agressivos e mordedores para o póscirúrgico para evitar lambeduras ou retirada de suturas 212 Método antigo de derrubamento Um dos processos de derrubamento mais fáceis de execução No meio de uma corda bem comprida armase um anel que fica colocado na base do pescoço as duas extremidades cruzando sobre o pescoço passam de volta por dentro do anel dirigemse para trás contornam as quartelas posteriores e são trazidas e puxadas diretamente para trás ou passam novamente pelo anel do pescoço e são direcionadas para trás Utilizase apenas uma corda é feito passandose o meio de uma corda comprida sobre o pescoço bem em sua base de maneira que permaneça à frente da musculatura peitoral as duas extremidades com o mesmo comprimento passamse as extremidades das cordas por baixo do pescoço e entre os membros anteriores e pela região do boleto de ambos os membros posteriores transpassando cada ponta da corda entre a corda que envolve o pescoço do respectivo lado As duas extremidades são direcionadas para a região posterior do animal e dessa forma tracionadas ou puxadas por dois auxiliares A presença de um ajudante na cabeça do animal é importante e não deve ser desprezada 3 AVALIAR ANIMAIS APÓS UMA CONTENÇÃO Após todo o procedimento de contenção o tratador deverá parar por alguns minutos para observar o animal Esse momento é importante para verificar se o animal teve alguma lesão ou trauma oriundo da contenção 31 Verifique se o animal está mancando Dependendo do temperamento do local que o animal foi derrubado do tempo que o animal ficou contido e da proteção do nervo radial nervo da paleta o animal pode se levantar mancando Quando isso acontece pode ser que tenham ocorrido fraturas luxações ou lesão nervosa 4 MÉTODOS QUÍMICOS DE CONTENÇÃO A contenção química é uma prática aliada ao método de contenção física já que facilita manejar o animal e diminui situações de desconforto agitação e dor quando das manipulações clínicas e cirúrgicas As anestesias em bovinos são preferencialmente locais devido às favoráveis condições anatômicas e às características de comportamento Quando contidos no tronco permitem a aplicação de anestesias locais ou regionais inclusive para realizações de laparotomias Esse método é necessário para manipular animais arredios e agressivos ou em situações que se necessita intervenções dolorosas ou invasivas Não se deve utilizar este tipo de contenção quando se inicia o exame físico de um animal doente para preservação dos parâmetros clínicos Existem vários e diferentes fármacos que podem ser utilizados Tranquilizantes deprimem o sistema nervoso central deixando o animal pouco reativo Sedativos além da depressão do sistema nervoso causam diferentes graus de analgesia Exemplos de associações frequentemente utilizadas Acepromazina 00501mgkg tranquilizante que causa sedação leve Xilazina 0510mgkg romefidina 008016mgkg e detomidina 002 004mgkg sedativohipnóticas que causam sedação intensa Butorfanol 00504mgkg opióide causa intensa analgesia 5 RISCOS DE ANESTESIA ACAMPO 51 Bovinos A anestesia a campo em bovinos depende do temperamento do animal Em animais mais dóceis na maioria das vezes pode ser feita uma simples sedação associada a anestesia local Contudo em animais mais reativos dependendo do tipo de cirurgia será necessário utilizar anestesia geral Antes de procedimentos anestésicos ou de sedação a avaliação física é necessária Nessa etapa realizase a ausculta e a frequência cardíaca ausculta pulmonar mensuração da frequência respiratória e dos movimentos peristálticos explica Luís Eugênio Franklin Augusto Médico Veterinário e Professor do VET Profissional que é Mestre em Medicina Veterinária Após a avaliação física o próximo passo é cateterizar a veia do paciente ou fazer a medicação préanestésica MPA A decisão sobre qual procedimento realizar primeiro dependerá de fatores como o temperamento do animal Caso trate de um animal mais dócil não é necessário fazer a prémedicação para realizar o acesso venoso Por outro lado é mais interessante realizar a cateterização da veia antes da medicação para o caso de surgir alguma complicação durante a aplicação da MPA Desse modo já haverá uma via para administrar outro medicamento que se fizer necessário As veias mais utilizadas para realizar a cateterização em bovinos são as veias da orelha a jugular ou as veias coccígeas Após a fixação do cateter e sua acoplação ao soro o próximo passo é realizar a MPA Inicialmente é preciso remover o pelo da região onde se encontram as veias Depois fazse breve assepsia com algodão e álcool e garroteando a veia com a própria mão introduzse o cateter 52 Equinos A anestesia em equinos exige conhecimento e principalmente atenção por conta das particularidades da espécie Embora a anestesiologia veterinária tenha passado por avanços a anestesia em equinos ainda é um procedimento que requer atenção tendo em vista as características da espécie tamanho massa muscular temperamento e sensibilidade ALMEIDA ALMEIDA 2008 Como são animais de grande porte a maioria dos procedimentos é realizada a campo fora do ambiente hospitalar o que exige maiores cuidados Em contrapartida a anestesia possibilita que os procedimentos a campo sejam feitos com segurança tanto para os animais quanto para as pessoas envolvidas Em suma um protocolo anestésico eficiente inclui boa sedação através de uma medicação préanestésica indução sem estresse e segura manutenção estável e recuperação tranquila para que não ocorram acidentes BARROSO 2016 A medicação préanestésica é utilizada para sedar e reduzir o estresse do animal e a indução é feita a partir da combinação de medicamentos Inicialmente é imprescindível fazer uma análise do histórico do equino exames físicos e clínicos para avaliação da saúde para que assim seja realizado um procedimento mais seguro Essa avaliação prévia dos animais deve variar de acordo com o procedimento a ser feito ou seja nos mais simples como na realização de uma radiografia exames do sistema respiratório e do sistema cardiovascular são suficientes Contudo em procedimentos pelos quais a anestesia geral é necessária é imprescindível a realização de um exame físico mais detalhado dos animais o que inclui uma avaliação do sistema cardiorrespiratório TAYLOR CLARKE 2007 HUBBELL 2013 Além disso o animal precisa ser pesado para que seja feito o cálculo correto das medicações É importante que os equinos passem por um período de jejum alimentar de 12 horas por conta do risco de rompimento do estômago durante a queda na indução THURMON SHORT 2013 No caso da medicação préanestésica os medicamentos mais utilizados em equinos são a Xilazina e a Detomidina agonistas alfa2 que conseguem promover sedação analgesia e relaxamento muscular HUBBELL 2013 Para a indução pode ser feita uma associação entre Quetamina e um Benzodiazepínico ou com Éter Gliceril Guaiacol EGG derivado da Resina de Guaiacol DONALDSON 2008 LERCHE 2013 Entre as complicações mais comuns na fase de indução estão traumatismos sedação incorreta hipoventilação intubação inadequada regurgitação e aspiração de conteúdo gástrico Já na fase da manutenção pode haver hipotensão hipoventilação bradicardia e arritmias Por fim no momento da recuperação podem ocorrer traumas miosite pósanestésica edema hipoventilação paralisia nervosa cólica e cegueira temporária ALMEIDA ALMEIDA 2008 Desta forma é importante que um protocolo seguro seja aplicado Protocolo sugestivo Anestesia em equinos Para cirurgias em equinos com duração de até 30 minutos como por exemplo em castrações tenotomias suturas cirurgias podais cirurgias oftálmicas e outras considerando a dosagem para animais com aprximadamente 500 kg de peso corpóreo 1º Passo Sedação do Animal é recomendada a aplicação para cada 100 kg de peso vivo de 1 a 15 mL de Equisedan uma Xilazina 10 usada para tranquilização e sedação de equinos Ou a aplicação do Dettovet uma Detomidina 1 administrando 02 a 06 mL para 100 kg de peso corpóreo por via intravenosa 2º Passo Indução Anestésica Infundir 1 bolsa de 500 mL de EGGPPU sob pressão na veia com agulha grossa até o animal ficar em decúbito lateral não retirar a agulha até que seja administrado 1mlkg 3º Passo Realizar anestesia local 4º Passo Cirurgia Para cirurgias em equinos com duração de até 2 horas em procedimentos como por exemplo enucleações de globo ocular trepanações repulsões de dentes molares laparotomias em decúbito cesarianas reduções de hérnias e cirurgias reparadoras do pênis sugerese o seguinte protocolo para animais com aproximadamente 500 kg de peso corpóreo 1º Passo Sedação do Animal também é indicado o uso do Equisedan Recomendase a aplicação de 1 a 15 mL para cada 100 kg de peso vivo pela via intravenosa Ou o uso do Dettovet administrando 02 a 06 mL para 100 kg de peso corpóreo por via intravenosa 2º Passo Indução Anestésica Aplicar em uma mesma seringa direto na veia 10 mL de Cetamina a 2 10 mL de Midazolan 50 mg 3º Passo Anestesia Geral Intravenosa Triple Drip Após o decúbito infundir na veia por gotejamento 2mLkgh a solução Triple Drip ou Gota Tripla em que se utiliza EGG Quetamina e Xilazina ou Detomidina em infusão contínua por até 2 horas Para o preparo da solução Triple Drip com 1 frasco de 1 litro de solução glicosada a 5 ou a solução fisiológica descartar 500 mL EGGPPU um relaxante muscular de ação central a base de Éter Gliceril Guaiacol 10 mL de Quetamina e 3 mL de Xilazina 10 4º Passo Realizar anestesia local e cirurgia 6 TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL EM EQUINOS E BOVINOS 61 Introdução Os anestésicos locais são utilizados em uma variedade de situações desde a sua aplicação tópica para queimaduras e pequenos cortes até injeções durante tratamento dentário e bloqueio epidural e intratecal espinal durante procedimentos obstétricos e cirurgia de grande porte SCHULMAN STRICHARTZ 2017 A duração da ação da anestesia local é proporcional ao tempo em que o anestésico encontrase em contato com o nervo podendo potencializar a ação do anestésico local sendo administrado concomitantemente um vasoconstritor MONTILLO 2017 A anestesia dispõe de inúmeras técnicas de bloqueio local e o objetivo desse texto é explanar algumas delas Anestesia espinhal peridural simples Para a anestesia local espinhal peridural intercoccígea é feita inicialmente com a antissepsia adequada localizar o espaço intercoccígeo levantando e abaixando a cauda em um movimento que será possível encontrar exatamente o espaço entre a primeira e segunda vértebras intercoccígeas C1 e C2 Introduzir a agulha com mandril 70x8 com inclinação de 45 graus e retirar o mandril Colocar uma gota do anestésico em cima do canhão da agulha para comprovar o espaço negativo Injetar sem remover a agulha lenta e gradativamente o anestésico lidocaína a 1 a 2 dependendo do período cirúrgico requerido ALMEIDA et al 2012 Por ser uma técnica simples e de baixo custo é indicada para realização de cirurgias na cauda cirurgias corretivas de urovagina vulvoplastias parto distócico fetotornia prolapsos de reto ou vagina em casos de dilaceração de reto e períneo pós parto LUNA 1998 Anestesia local paravertebral Na técnica da anestesia local perineural paravertebral sua prática é mais facilitada em animais magros ou de talhe pequeno mas pode ser empregada em animais de grande porte e musculatura volumosa A técnica parece ser complicada porém assim que se localiza anatomicamente a 13ª costela e as apófises transversas L1 L2 L3 e L4 tudo se torna mais fácil A técnica cita fazer a limpeza da pele intensivamente na região paralombar esquerda enxugar e fazer a antissepsia Introduzir uma agulha 40x10 na altura do último nervo torácico entre T13 e L1 ligeiramente cranial ao primeiro processo transverso esquerdo 5 a 8 cm dependendo do talhe do animal da linha dorsal introduzir a agulha entre L1L2 e L2L3 e L3 L4 ligeiramente cranial aos respectivos processos transversos Injetar a lidocaína a 1 com vasoconstritor Ao se injetar o anestésico simultaneamente retirase a agulha ALMEIDA et al 2012 Anestesia em L invertido A técnica anestésica local infiltrativa em L invertido baseiase na interrupção da sensibilidade através das inervações emergenciais da coluna dorsal e responsável pela inervação cutânea Na técnica descrita é feita primeiro à lavagem da região paralombar esquerda enxugar e fazer a antisepsia em seguida introduzir em único ponto cruento uma agulha 100x8 e injetar a lidocaína a 1 com vasoconstritor ALMEIDA et al 2012 A técnica de bloqueio em L invertido é indicada em todas as laparotomias MOSCUZA BECALUBA 2014 A anestesia local é de grande valia pois é a aplicação dos conhecimentos teóricos das técnicas anestésicas de bloqueio local as quais evitam estresse e do animal sentir dor durante quaisquer procedimentos Confirmando que a prática de anestesia local é essencial para o bem estar animal Portanto os médicos veterinários precisam utilizar ela e conscientizar aos proprietários dos grandes animais da importância dos procedimentos que evitam o sofrimento animal 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Garantir o bemestar animal na lida diária das propriedades rurais é uma obrigação dos produtores rurais sobretudo para os produtores brasileiros responsáveis pela maior exportação de carne bovina do mundo Além de ser uma exigência cada vez maior dos compradores internacionais ao conter um bovino com segurança a qualidade do produto carne será preservada e o rendimento desses animais no frigorífico será sempre maior A segurança do trabalhador deve ser prioridade no momento de manejar animais de grande porte como é o caso dos bovinos Mesmo animais mansos podem machucar as pessoas O bovino por natureza não é um animal agressivo contudo pelo seu tamanho e peso é sempre necessário trabalhar com sabedoria utilizando técnicas adequadas de manejo REFERENCIAS ALMEIDA MR e ALMEIDA RM Complicações anestésicas em equinos revisão de literatura PUBVET V2 N27 Art 273 Jul 2 2008 ALMEIDA Erika Yuri Suzuki de et al Técnica anestésica local na região do tronco em grandes animais Revisão Bibliográfica Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária ISSN 16797353 Ano IX Número 18 Janeiro de 2012 Periódicos Semestral BARROSO Camila Goersch Noções de Anestesia em Equinos Uma breve revisão Ciência Animal 2016 Disponível em httpwwwuecebrcienciaanimaldmdocumentsNocoesdeAnestesiaemEquinosCamila Barrosopdf Acesso em 12 de maio de 2022 DONALDSON L Anaesthesia CORLEY K STEPHEN J The equine hospital manual Oxford Blackwell Publishing 2008 cap 4 p 226260 HUBBELL J A E Equinos In TRANQUILLI W J THURMON J C GRIMM K A Lumb Jones Anestesiologia e Analgesia Veterinária Tradução de Carlos Augusto Araújo Valadão 4 ed São Paulo Roca 2013 cap 27 p 780 794 LERCHE P Total Intravenous Anesthesia in Horses Veterinary Clinics of North America Equine Practice v 29 n 1 p 123 129 2013 LUNA Stelio Pacca Loureiro Anestesias perineurais e regionais em equinos Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia v 1 n 1 p 2430 1998 MALAMED Stanley F Manual de anestesia local Elsevier Brasil 2013 MONTILLO Anestesia e anestésicos Disponível em httpmontillodominiotemporariocomdocANESTESIASpdf Acessado em 15 jun 2017 104017 MOSCUZZA C BECALUBA M Anestesias LocoRegionales En El Rumiante Disponível emhttpwwwvetuniceneduarActividadesCurricularesCirugiaGeneralimagesDocument os20 14Teoria2120Anestesia20en20rumianteS202014pdf Acesso em 15 jun 2017122050 SCHULMAN J M STRICHARTZ G R Farmacologia dos Anestésicos Locais Cap 10 Pág 131 2000 TAYLOR P M CLARKE K W Handbook of equine anaesthesia 2 ed Philadelphia Saunders Elsevier 2007 220p THURMON J C SHORT C E História e visão geral da anestesiologia veterinária In TRANQUILLI W J THURMON J C GRIMM K A Lumb Jones Anestesiologia e Analgesia Veterinária Tradução de Carlos Augusto Araújo Valadão 4 ed São Paulo Roca 2013 cap 1 p 337 WHITE K Total and partial intravenous anaesthesia of horses In Practice v 37 n 4 p 189197 2015