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Gerador síncrono II APRESENTAÇÃO Conhecer a maneira como os geradores síncronos funcionam quando conectados à rede elétrica é de grande importância para você como futuro engenheiro eletricista Para isso você deve conhecer como um gerador síncrono pode ser modelado pois com base em um modelo matemático você conseguirá estudar o comportamento dele frente a diversas situações hipotéticas Além disso conhecer o modelo não é somente buscar parâmetros mas também compreender o que significam e como cada um deles influencia no comportamento geral da máquina Uma maneira de visualizar isso é por meio do diagrama fasorial da máquina pelo qual se pode analisar o comportamento do gerador frente a diversas cargas Nesta Unidade de Aprendizagem você saberá como é o circuito equivalente do gerador identificará os principais parâmetros do circuito equivalente e saberá como construir o diagrama fasorial do gerador síncrono sob diversas condições de carga Bons estudos Ao final desta Unidade de Aprendizagem você deve apresentar os seguintes aprendizados Definir o circuito equivalente do gerador síncrono trifásico Reconhecer os parâmetros do circuito equivalente do gerador síncrono trifásico Apresentar a construção do diagrama fasorial do gerador síncrono trifásico DESAFIO A operação diária de usinas de geração elétrica envolve uma série de compromissos com o Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS seja estabelecendo níveis de tensões ou ajustando os pontos de rotação da máquina para atender critérios de frequência ou de tensão Como engenheiro você pode trabalhar no ONS auxiliando na determinação das demandas de despacho energético ou como encarregado de uma usina sendo responsável pela execução dos pedidos oriundos do Operador Nacional Considerando os diferentes aspectos do perfil de consumo atual consulte o site do Operador Na cional do Sistema Elétrico httponsorgbrptpaginasenergiaagoracargaegeracao e verifiq ue como foi o perfil de consumo energético no Brasil Com esse gráfico em mãos assuma que a PCH pela qual você é responsável teve uma oscilação idêntica à nacional Tendo os dados reais em mãos e considerando o diagrama fasorial e os demais aspectos da máq uina síncrona Quais seriam suas ações para ajustar a operação do gerador para que se adeque a esse perfil de c onsumo Além disso considere que no período diurno 6h20h a carga é indutiva e no períod o noturno 20h6h tem característica capacitiva Para responder a esses questionamentos não se preocupe com os detalhes de operação de uma usina hidrelétrica reflita sobre quais parâmetros do gerador síncrono devem ser alterados INFOGRÁFICO O detalhamento de cada componente do circuito equivalente do gerador síncrono é essencial par a que você saiba como estimar calcular ou medir esses parâmetros Isso permite que você constr ua modelos e deles tire conclusões ou mesmo deduza que certas condições são mais ou menos a dequadas Sua atuação como engenheiro reflete a capacidade de empregar dados de forma correta Então n o Infográfico a seguir é apresentado cada um dos componentes do circuito equivalente para que você possa ter uma fonte rápida de consulta COMPONENTES DO CIRCUITO EQUIVALENTE Tensão e corrente de campo Influenciam no fluxo magnético do gerador síncrono Fonte de energia externa que alimenta o circuito de campo Nem sempre é controlável Resistência ôhmica de campo resistência variável para controle da corrente Elemento variável com ação externa capaz de alternar a corrente de campo Elemento que representa a indutância do enrolamento de campo da máquina Impede alterações instantâneas na corrente Autoindutância do enrolamento de campo Autoindutância dos enrolamentos Elemento que representa o valor da indutância dos enrolamentos de armadura Resistência ôhmica dos enrolamentos Elemento que representa as perdas Joule nos enrolamentos de armadura Corrente de carga Seu ângulo determina o fator de potência no qual opera o gerador síncrono Tensão interna do gerador síncrono Depende de fatores construtivos do fluxo magnético e da velocidade de rotação do rotor O ângulo desta tensão informa também o ângulo de carga δ da máquina Tensão terminal do gerador síncrono É o valor de tensão medida CONTEÚDO DO LIVRO Conhecer o circuito equivalente do gerador síncrono é o primeiro passo que você como futuro p rofissional da área de Engenharia Elétrica dará na análise das máquinas síncronas quando em op eração Boa parte das conclusões teóricas a respeito do funcionamento desses geradores dáse po r deduções feitas com base no circuito equivalente do gerador síncrono Além disso com base n o circuito equivalente você inicia o estudo do diagrama fasorial do gerador síncrono primeiro p onto para a análise da influência do fator de potência no funcionamento da máquina No capítulo Gerador síncrono II da obra Máquinas elétricas II você poderá verificar em maiore s detalhes ambas as ideias além de compreender melhor como os parâmetros do circuito equival ente são determinados MÁQUINAS ELÉTRICAS I Vinícius Novicki Obadowski Gerador síncrono II Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto você deve apresentar os seguintes aprendizados Definir o circuito equivalente do gerador síncrono trifásico Reconhecer os parâmetros do circuito equivalente do gerador síncrono trifásico Apresentar a construção do diagrama fasorial do gerador síncrono trifásico Introdução A análise dos componentes de um gerador síncrono é essencial para estudos mais avançados na área de sistemas de energia e máquinas elétricas Por exemplo ao trabalhar com estudos de curtocircuito sistemas de partida e efeitos de saturação magnética é importante que você detenha o conhecimento a respeito do comportamento de cada parâmetro que serve como modelo da máquina Além disso você deve compreender aspectos mais específicos do modelo matemático em especial o circuito equivalente e seus parâmetros os quais são as representações da interação eletromecânica descritas de uma forma objetiva e compacta como será visto nas próximas seções A partir deste capítulo você será capaz de definir o circuito equivalente reconhecer os parâmetros do circuito e apresentar a construção do diagrama fasorial do gerador síncrono Circuito equivalente Tradicionalmente quaisquer estudos que envolvam sistemas ditos elétricos isto é aqueles que interagem com campos eletromagnéticos como sistemas de distribuição de energia usinas solares conversores de frequência etc são realizados por meio de circuitos equivalentes Estes são representações matemáticas da realidade que nos auxiliam na avaliação verificação e análise do comportamento dos sistemas representados Os geradores síncronos também têm uma representação equivalente a qual será estudada nesta seção porém primeiro você deve recapitular alguns conceitos da construção dos geradores pois é a partir deles que se definirá o circuito equivalente Os dois principais componentes da máquina síncrona são estator ele mento fixo e rotor elemento girante No caso de um gerador a tensão do estator também chamada de tensão da armadura é produzida em função da presença de campo magnético no rotor enquanto se aplica um torque ao eixo da máquina Imaginando um estator você percebe que ele é constituído por três bobinas trifásicas Como consequência você pode deduzir que do ponto de vista elétrico existem alguns elementos mínimos nas bobinas do estator resistência do enrolamento e autoindutância das bobinas cuja presença faz com que durante a operação em carga do gerador a tensão dos terminais da máquina seja diferente daquela calculada que surge nas bobinas em função da conversão eletromecânica de energia Neste capítulo você está vendo o modelo considerando um gerador de polos lisos e com circuito de campo disponível O estudo de máquinas síncronas com polos salientes eou com magnetos permanentes normalmente envolve mais detalhes e demanda uma análise do comportamento da distribuição do campo no entreferro Entretanto as equações apresentadas aqui podem ser utilizadas Na prática você verificará que os valores obtidos são imprecisos Segundo Chapman 2013 a tensão EA difere da tensão dos terminais Vϕ em função desses dois elementos e também devido à presença ou não de saliência nos polos Todavia nessa primeira análise a presença desse efeito será negligenciada visto que seu estudo está normalmente contido na análise da dinâmica de máquinas elétricas Outro ponto que merece destaque é a presença da chamada reação da armadura pois como a passagem de corrente pelo estator também provoca um campo magnético este novo campo acaba influenciando o original que produziu a corrente em primeiro lugar Essa influência na verdade provoca uma distorção no campo original matematicamente os modelos de autoin dutância e resistência do enrolamento representam esse efeito Gerador síncrono II 2 Logo podese representar uma das fases da máquina como sendo a tensão interna produzida pela conversão eletromecânica subtraída da tensão de reação da armadura 1 onde Vϕ é a tensão de uma das fases EA é a tensão interna e VRA é a tensão de reação da armadura Conforme apresentado anteriormente essa tensão é a representação simplificada da soma da queda de tensão na autoindutância e na resistência da armadura 2 onde Xs é o valor da reatância indutiva também chamada de reatância síncrona do enrolamento da armadura estator RA é a resistência do enro lamento e IA é a corrente da armadura Você pode perceber que na realidade ao substituir a equação 2 na equação 1 você obterá uma equação 3 que pode ser graficamente representada por um circuito elétrico 3 Porém cabe ressaltar que o gerador síncrono estudado é trifásico e con siderando que todos os três enrolamentos são construídos da mesma forma o circuito equivalente dos três é idêntico A fim de caracterizar isso sempre que você ver a notação 1 2 ou 3 nas variáveis ela se refere à identificação rápida das fases A B e C respectivamente Você deve evitar empregar a notação com letras para variáveis neste momento pois poderia ocasionar alguma confusão com os termos referentes à armadura do gerador Outro ponto que não foi analisado ainda é a estrutura do circuito de campo Nele considerase que o campo magnético é alimentado por uma fonte externa e dispõe de uma resistência variável para efetuar o controle da corrente que passa pelo circuito do rotor Lembrese de que a alimentação do circuito de campo é realizada em corrente contínua Essa modelagem também não discorre sobre a presença de excitatrizes pois dado que a alimentação é externa esse modelo vale tanto para geradores com anéis deslizantes e escovas como aqueles sem escovas A Figura 1 a seguir apresenta o circuito elétrico completo considerando as três fases e o circuito de campo 3 Gerador síncrono II Figura 1 Circuito equivalente por fase do gerador síncrono Fonte Chapman 2013 p 202 No caso de um gerador com magnetos permanentes o circuito equivalente seria o mesmo porém sem a possibilidade de alterar a magnitude da tensão EA por meio da corrente de campo O valor seria constante para qualquer situação de operação Caso tenha interesse sobre esse tema em particular recomendase que consulte Chapman 2013 ou o trabalho de Teixeira 2006 que trata especificamente da modelagem desse tipo de máquina Gerador síncrono II 4 Para deixar mais clara a aplicação do circuito equivalente suponha que você precise realizar uma verificação nos valores de saída do gerador tensão e corrente nominais Ao inspecionar os dados de placa você anota que a reatância síncrona tem valor de 2Ω na frequência nominal e a tensão nominal com conexão em estrela é 380 V Sabendo que essa máquina é de 20 kW e você está realizando essa verificação com o gerador à plena carga e a fator de potência 092 indutivo estime o valor interno da tensão e a corrente nominal Resposta conhecendo o fator de potência e a potência nominal você pode estimar a potência aparente para então calcular a corrente de carga S 2174 kV A P FP 20 092 Como a máquina está conectada em estrela a corrente pode ser expressa como S 3 380 ia ia 3303 A 2174 103 3 380 Tendo em mãos a corrente da armadura podese empregar o circuito equivalente para estimar a tensão interna Lembrandose de que no circuito equivalente usase a tensão de fase e não a de linha Ea jXsia 2200 Ea j2 3303arccos092 2200 Ea j66062563 2200 Ea 281 025 83V 5 Gerador síncrono II Parâmetros do circuito equivalente Na seção anterior você pode perceber como os enrolamentos influenciam na determinação do circuito equivalente Cabe agora entender como esses parâmetros são mensurados e como podem ser empregados em estudos de geradores síncronos O circuito equivalente do enrolamento do estator é composto por três parâmetros tensão interna reatância síncrona e resistência do enrolamento Cada um deles é determinado de uma maneira diferente e são relevantes para determinação de outros valores atinentes às máquinas síncronas Tensão interna reatância síncrona e resistência do enrolamento são utilizadas na determinação de estudos específicos como curtocircuito carga máxima eficiência estabilidade transitória além de vários outros conforme a necessidade de apresentar em seu futuro ambiente de trabalho O primeiro parâmetro a ser avaliado é a tensão interna EA cuja definição vem dos fundamentos das máquinas elétricas com o auxílio da teoria eletro magnética O termo tensão interna é dado em função de esse valor só ser mensurável enquanto não houver corrente circulando pelos enrolamentos da máquina Em uma rápida análise em uma das fases do circuito equivalente da Figura 1 você verá que ao manter o circuito em aberto a tensão Vϕ é igual a EA e ao ser conectada uma carga no circuito a passagem de corrente elétrica faz com que haja uma queda de tensão na impedância síncrona RA jXS também chamada de reação da armadura Logo para uma correta estimativa da tensão interna devese optar pela realização de ensaios sem carga a fim de aferir esses valores Por outro lado a reação da armadura contém informações relevantes para análise do comportamento do gerador quando em carga por exemplo esti mar o efeito sobre o gerador quando submetido a uma sobrecarga pois nessa condição a reação da armadura se sobressai frente à tensão interna mitigando a operação do gerador ou até mesmo colocando em risco a integridade estrutural da máquina Outro ponto relevante é que o conhecimento desses parâmetros Gerador síncrono II 6 auxilia na estimativa das perdas por efeito Joule nos enrolamentos que por sua vez serve como base para estudos de dissipação térmica do gerador No circuito de campo há dois parâmetros principais a resistência total do enrolamento de campo e a indutância de campo O primeiro remete à soma da resistência do enrolamento propriamente dito e à de uma resistência variável usada para controlar o circuito de campo enquanto que o último se refere à indutância mútua do enrolamento dos polos magnéticos empregado somente em estudos transitórios envolvendo o circuito de campo Em estudos qualitativos dos geradores síncronos normalmente é ignorada a resistên cia da armadura pois em geral ela é muitas vezes menor que a reatância síncrona Porém essa hipótese conduz a resultados imprecisos mas com a correta ordem de grandeza Lembrese de usar esse artifício apenas para avaliações rápidas a respeito do comportamento geral da máquina Alguns geradores mais modernos não funcionam com resistências variáveis mas por meio de retificador controlado que permite ao conversor estático regular o nível de tensão do enrolamento de campo Isso que por sua vez limita a corrente e o próprio campo magnético gerado pelos polos Construção do diagrama fasorial Com base no circuito equivalente é possível desenhar o diagrama fasorial do gerador síncrono cuja principal vantagem prover um meio visual para compreensão da influência de variações dos parâmetros nas tensões sem necessariamente requerer o uso de cálculos Além disso ao usar o diagrama fasorial você desenvolve uma visão mais intuitiva de como elementos externos à máquina tais como o fator de potência ou o aumento de carga influenciam na tensão interna e na tensão terminal da máquina 7 Gerador síncrono II A Figura 2 a seguir mostra um circuito equivalente do gerador síncrono por fase Com base nele todas as figuras seguintes serão construídas Figura 2 Circuito equivalente de uma fase do gerador síncrono Fonte Chapman 2013 p 204 Como você pode perceber o circuito é bastante similar àquele apresentado na Figura 1 porque na prática se considera que o gerador contém todas as suas fases balanceadas isto é construídas de forma similar Logo essa simplificação pode ser assumida Você verá três casos distintos de diagrama fasorial considerando a situação do fator de potência adiantado atrasado e unitário Em cada um deles você perceberá que a corrente de carga altera a magnitude da tensão interna mas não o ângulo entre ela e a tensão terminal As Figuras 3 4 e 5 apresentam os diagramas fasoriais para fator de potência unitário atrasado e adiantado respectivamente Figura 3 Diagrama fasorial com fator de potência unitário Fonte Chapman 2013 p 204 Gerador síncrono II 8 Figura 4 Diagrama fasorial com fator de potência atrasado Fonte Chapman 2013 p 205 Figura 5 Diagrama fasorial com fator de potência adiantado Fonte Chapman 2013 p 205 A construção de cada um dos diagramas partiu de um mesmo gerador alterandose somente o ângulo da corrente da carga IA Como em todos os casos apresentados a corrente de campo é a mesma isso significa dizer que o campo magnético também é o mesmo em todos os casos Então como você pode perceber nos dois últimos casos para uma mesma corrente de campo a tensão terminal é menor com o fator de potência atrasado Nesse caso uma das maneiras de se compensar isso é por meio do aumento da magnitude da corrente de campo de forma a aumentar a magnitude da tensão interna Lembrese de que 9 Gerador síncrono II onde ϕ é o valor do fluxo magnético na máquina k é a constante de cons trução e ω é a velocidade do rotor em radianos por segundo Como em um gerador síncrono a velocidade é constante a despeito da carga e a constante de construção não é alterável resta somente o fluxo magnético ser modificado Com isso você poderá ajustar a tensão do gerador adequadamente conforme a carga CHAPMAN S J Fundamentos de máquinas elétricas 5 ed Porto Alegre AMGH 2013 Leituras recomendadas BIM E Máquinas elétricas e acionamento 1 ed Rio de Janeiro Elsevier 2009 INSTALAÇÕES elétricas aula 09 máquinas síncronas I São Paulo UNIVESP 31 maio 2016 1 vídeo 16 min Publicado pelo canal UNIVESP Disponível em httpswww youtubecomwatchvXvpefxDraN4 Acesso em 14 maio 2019 INSTALAÇÕES elétricas aula 10 máquinas síncronas II São Paulo UNIVESP 31 maio 2016 1 vídeo 21 min Publicado pelo canal UNIVESP Disponível em httpswww youtubecomwatchvVgovRhgmzlo Acesso em 14 maio 2019 SADIKU M MUSA S ALEXANDER C Análise de circuitos elétricos com aplicações Porto Alegre AMGH 2014 TEIXEIRA F H P Metodologia para projeto construção e ensaios em máquina síncrona de imã permanente MSIP 2006 Dissertação Mestrado em Engenharia Elétrica Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo São Carlos 2006 Disponível em httpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis1818133tde27112006085220 Acesso em 14 maio 2019 Referência Gerador síncrono II 10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem Na Biblioteca Virtual da Instituição você encontra a obra na íntegra Conteúdo S A G A H SOLUÇÕES EDUCACIONAIS INTEGRADAS DICA DO PROFESSOR Compreender o diagrama fasorial vai além de ser capaz de construílo é saber derivar a partir d ele conclusões que podem ser usadas em sua atuação profissional Em usinas de geração saber a influência das diferentes oscilações de cargas no gerador é de suma importância pois sistemas desenvolvidos para atuar automaticamente em geradores síncronos devem ser capazes de reconh ecer essas alterações e lidar com elas Você pode atuar tanto no desenvolvimento de um sistema desse tipo como empregar um deles em seu dia a dia de trabalho Para consolidar esse conhecimento nesta Dica do Professor você verá algumas situações reais e m que acontecem cada um dos casos de fator de potência e a modificação do diagrama fasorial c omo forma de orientálo a entender o que cada fator significa de forma prática na máquina Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar EXERCÍCIOS 1 O aquecimento durante o funcionamento dos geradores síncronos está relacionado a características de perdas magnéticas e perdas Joule Associando essas perdas àquelas devidas aos atritos rotacionais chegase a uma boa aferição das perdas de um gerado r síncrono Qual componente do circuito equivalente é o responsável pela perda de en ergia na forma de calor no estator A A indutância mútua do rotor B A resistência de campo C A resistência de armadura D A tensão interna E A parte imaginária da tensão terminal 2 Antes de iniciar a operação de qualquer gerador são realizados testes com a máquina que irá funcionar a fim de verificar se atenderá às exigências de operação sendo que uma delas é a variação da tensão dentro de certa amplitude de valores De forma a ga rantir isso um engenheiro faz o levantamento das tensões do gerador sem carga med e sua tensão terminal e afirma que esse valor é igual ao da tensão interna Essa afirm ação está correta Por quê A Sim está correta Ao mensurar a tensão terminal na condição a vazio o engenheiro mediu na realidade a tensão interna pois a reação de armadura nessa condição é zero B Sim está correta Ao verificar a tensão terminal na condição a vazio não ocorreu a variaçã o de tensão de campo implicando em uma reação de armadura igual a zero C Não está incorreta Ao aferir a tensão dessa forma o engenheiro se equivoca ao desconsid erar a corrente da carga D Não está incorreta O engenheiro negligencia as mudanças necessárias na corrente de cam po logo não é possível afirmar que as tensões são iguais E Não está incorreta Para fazer essa verificação é necessário realizar um teste com carga a vazio e carga completa além disso o engenheiro despreza o efeito da reação de armadura 3 Normalmente ao operar na rede básica geradores síncronos são submetidos a divers os níveis de carga ao longo de um dia Isso faz com que seja necessário que o gerador se adeque às diferentes oscilações diárias Uma das premissas de operação das usinas é manter o nível de tensão em um mesmo valor supondo que ocorra uma variação ab rupta na rede e repentinamente o fator de potência da corrente de carga passe de un itário para atrasado Para evitar a perda de magnitude o que os operadores devem fa zer A Aumentar a velocidade da máquina B Diminuir a velocidade da máquina C Adicionar elementos reativos à rede D Diminuir a corrente de campo da máquina E Aumentar a corrente de campo da máquina 4 O uso do diagrama fasorial da máquina síncrona fornece valorosas informações acer ca do comportamento do gerador quando em face da variação da carga Tendo em m ente o diagrama fasorial da máquina ao reduzir a corrente de carga a zero o que se pode inferir desse novo diagrama A O diagrama não se altera A tensão interna é maior que a tensão terminal B O diagrama se altera A tensão interna é maior que a tensão terminal C O diagrama se altera A tensão interna é igual à tensão terminal D O diagrama se altera A tensão interna é menor que a tensão terminal E O diagrama se altera A tensão interna será igual à tensão terminal 5 A geração de energia hidrelétrica domina a matriz energética brasileira Nesses empr eendimentos o número de polos de um gerador é bastante elevado a fim de permitir que mesmo a uma baixa velocidade de rotação se tenha tensão a uma frequência de 60 Hz Enquanto ocorre o oposto em uma usina termelétrica os geradores possuem p oucos polos 2 ou 4 pois as turbinas a vapor e a gás operam em velocidades altas Te ndo isso em mente o que se pode dizer da tensão interna para cada um dos casos Su ponha que as máquinas possuem constantes de construção similares A Na geração hidrelétrica a tensão interna é menor que na geração termelétrica por isso os g eradores síncronos devem produzir uma maior tensão por meio de adição de elementos for necedores de reativos bancos de capacitores à rede da usina Dado que a tensão interna depende de elementos construtivos fluxo magnético e velocidad e da máquina para a geração hidrelétrica será necessário um fluxo magnético superior à ge B ração termelétrica para uma mesma tensão interna C Como a tensão interna depende de elementos construtivos e da velocidade é imprescindív el que na geração hidrelétrica se empreguem máquinas com magnetos permanentes e eletr oímãs de forma a garantir um fluxo magnético adequado D Na geração termelétrica em função da maior velocidade é necessário que os geradores sej am retrabalhados com elementos externos para garantir um fluxo magnético adequado à su a condição de operação de alta velocidade E Tendo em vista que as constantes de construção são similares cabe ao operador certificars e quando instalar cada uma das máquinas de que mesmo sendo de polos diferentes serão capazes de fornecer uma mesma tensão interna a despeito de suas velocidades NA PRÁTICA A chamada cogeração de energia elétrica tem crescido no Brasil nos últimos anos pois com as altas das tarifas energéticas e a maior cobrança por parte de clientes de posturas sustentáveis a s grandes indústrias buscam aproveitar seu próprio processo produtivo para gerar energia elétric a Exemplos são os setores de celulose processamento de canadeaçúcar arroz e fibras em gera l Veja a seguir um exemplo da utilização do gerador síncrono na cogeração de energia elétrica COGERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Em todas estas indústrias setores de celulose processamento de canadeaçúcar arroz e fibras em geral quando instalada uma usina de cogeração buscase aproveitar esse potencial Porém outra vantagem subsidiária da presença de uma planta de geração de energia elétrica é a possibilidade de que ela compense reativos da própria indústria em vez de empregar bancos de capacitores Entretanto essa prática não é aconselhada para todos os casos Planta de biomassa normalmente usada em indústrias arrozeiras e de bagaço de cana para produção de energia elétrica Você deve estar se perguntando o porquê disso Em função do perfil do processo produtivo nem toda planta consegue manter uma operação de energia elétrica 247 o que compromete a estabilidade de fornecimento de reativos Um engenheiro que estivesse em uma indústria com operação intermitente de geração elétrica não recomendaria essa abordagem pois na ausência de geração ainda seriam necessários os bancos de capacitores Além disso seria necessário coordenar a entrada do banco de compensação com o desligamento da geração Por outro lado plantas de cogeração que operem 247 dadas as características do processo produtivo principal podem inclusive auxiliar na estabilidade de tensão do barramento a que estão conectadas Naturalmente essa proposição depende de um acordo com a concessionária de energia e a empresa geradora 1 Logo na prática o gerador síncrono operará na maioria dos casos em fator de potência unitário ou muito próximo dele Isso evita o fluxo de carga reativa dos equipamentos até o gerador minimizando perdas e outros efeitos negativos derivados desse fluxo de potência desnecessário SAIBA Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto veja abaixo as sugestões do professo r Operador Nacional do Sistema Elétrico O ONS é o órgão que coordena e controla a operação das instalações de geração e transmissão d e energia elétrica no Sistema Interligado Nacional SIN Também é de responsabilidade do ON S o planejamento da operação dos sistemas isolados do país sob a fiscalização e regulação da A gência Nacional de Energia Elétrica Aneel No site do ONS é possível verificar a carga e a ger ação de energia em tempo real Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar Análise de circuitos elétricos com aplicações Como material de apoio aos diagramas leia este livro sobre circuitos elétricos que apresenta ess e tópico em diversas situações Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley O livro Máquinas elétricas de Fitzgerald e Kingsley de Umans 2014 provê valorosos conceit os de máquinas elétricas além de uma revisão objetiva a respeito do tema É bastante recomend ado para revisitar conceitos e fundamentos de geradores síncronos e máquinas elétricas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino Instalações elétricas Aula 09 Máquinas síncronas I Assista a uma aula sobre máquinas síncronas com o professor José Roberto Cardoso UNIVES P Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar