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Texto de pré-visualização
FGVIDT Santander Consumer Finance Resumo Uma empresa espanhola precisa decidir se deve se expandir para o fragmentado mercado europeu de financiamento ao consumidor e precisa tomar importantes decisões de estratégia organizacional em meio à crise econômica mundial que se seguiu à crise de crédito dos EUA em 2007 Desde 2002 a agência de financiamento ao consumo do banco espanhol Grupo Santander Santander Consumer Finance SCF tornouse uma das maiores empresas europeias de financiamento ao consumidor capturando o recente crescimento na Europa do mercado de financiamento ao consumidor Em um cenário de crescente preocupação com a sustentabilidade dos níveis de endividamento das famílias na Europa e nos Estados Unidos em 2008 a nova CEO Magda Salarich Fernández de Valderrama teve que decidir se este era o momento certo para expandir ou se deveria se concentrar em consolidação Ela também estava enfrentando importantes decisões de estratégia organizacional Quais funções devem ser deixadas para as afiliadas nacionais decidirem e quais devem ser centralizadas na sede Que processos devem ser padronizados e quais deixados para iniciativas locais Objetivo do aprendizado Identificar e avaliar aspectos da intermediação financeira a partir da análise da Santander Consumer Finance FGVIDT Questões propostas Questão 1 Os intermediários financeiros são agentes legalmente capazes de fazer operações passivas captar recursos e operações ativas emprestar recursos com outros agentes econômicos A intermediação financeira é o objetivo do mercado de crédito Nele desenvolvese a intermediação financeira no estado primário ou seja tomadores de recursos de curto e longo prazos buscam as instituições financeiras fornecedoras de crédito que por sua vez captam recursos de agentes financeiros poupadores No processo de intermediação financeira para as operações de crédito uma instituição pode atuar como sujeito ativo credor de empréstimos de recursos ou como sujeito passivo devedor de recursos captados a Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito passivo como ela capta recursos identificando as fontes de financiamento e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c e 12 b Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito ativo como ela empresta recursos identificando os produtos e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c 7 e 13 FGVIDT Questão 2 Podemos dizer que risco financeiro é a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado de uma intermediação malsucedida São todas as possibilidades que podem levar uma pessoa ou empresa a perder dinheiro seja através de transações financeiras diversas ou investimentos Segundo o Banco Central do Brasil uma estrutura de gerenciamento de riscos eficiente deve ser capaz de identificar mensurar avaliar monitorar reportar controlar e mitigar os seguintes riscos financeiros Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional Risco de Liquidez Risco Social Ambiental e Climático Identifique no texto quatro situações em que a Santander Consumer Finance esteja exposta a um risco financeiro citando o risco e justificando Considere como exemplo a reportagem publicada no site do Valor Econômico em 03032022 abaixo httpsvalorglobocomfinancasnoticia20220303appdoitausaidoaraposbug demovimentacoesrepentinasemcontasghtml App e site do Itaú saem do ar após bug de movimentações repentinas em contas Problema ocorre horas depois de um erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Por Cindy Damasceno Valor Fortaleza 03032022 15h51 Passagem do texto erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Risco Operacional falhas em sistemas processos ou infraestrutura de tecnologia da informação Justificativa aqui você escreve porque a parte selecionada do texto tem relação com o risco identificado FGVIDT 712P04 1 3 D E D E Z E M B R O D E 2 0 1 0 Caso LACC número 712P04 é a versão traduzida para Português do caso número 711015 da HBS Os casos da HBS são desenvolvidos somente como base para discussões em classe Casos não devem servir como aprovação fonte primária de dados ou informação ou como ilustração de um gerenciamento eficaz ou ineficaz Copyright 2011 President and Fellows of Harvard College Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida armazenada em um sistema de dados usada em uma tabela de dados ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico mecânico fotocopiada gravada ou qualquer outra sem a permissão da Harvard Business School G U N N A R T R U M B U L L E L E N A C O R S I A N D R E W B A R R O N Santander Consumer Finance A centralização só tem sentido se o resultado final for melhor do que a simples soma das partes Magda Salarich CEO da Santander Consumer Finance Introdução Dia 25 de março de 2008 Magda Salarich Fernández de Valderrama a Chief Executive Officer CEO da Santander Consumer Finance SCF uma divisão do grupo Santander apreciava o novo campus do banco o Ciudad Financiera logo ao sul de Madri Salarich tinha sido nomeada CEO em janeiro depois de trabalhar 28 anos para a fabricante de carros francesa Citroën onde ela subira na hierarquia até o cargo de gerente de vendas e marketing internacional para a Europa e CEO para a Espanha A SCF havia crescido rapidamente nos últimos cinco anos sob a gestão de seu antigo CEO Juan Rodríguez Inciarte O papel de Salarich seria planejar o caminho a seguir nos dez anos seguintes Embora os Estados Unidos continuassem o maior mercado do mundo de financiamento ao consumidor o setor também estava crescendo na Europa nos últimos 20 anos Inciarte notou a tendência e sob sua gestão 20022008 a SCF passara de um pequeno grupo de unidades que operava na Espanha na Alemanha e na Itália a uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo Além disso desde 2006 Inciarte investia fora da União Europeia nos Estados Unidos na América Latina e na Europa Oriental Em quatro meses Salarich teria que apresentar a nova estratégia e direção da SCF ao presidente e diretor executivo do Santander Emilio BotínSanz de Sautuola y García de los Ríos assim como aos outros membros do Comitê Executivo do grupo incluindo o próprio Inciarte Havia decisões importantes a tomar Seria possível sustentar a alta lucratividade das atividades de empréstimo ao consumidor Seria hora de focar mais em consolidação ou de investir mais em novos mercados e produtos Também havia questões de estratégia organizacional a considerar Que funções deveriam ser delegadas às afiliadas nacionais e quais deveriam ser centralizadas na matriz Que processos deveriam ser padronizados e quais deveriam ser iniciativas locais E todas essas decisões seriam postas num cenário de preocupação crescente com a sustentabilidade dos níveis de endividamento domiciliar na Europa e nos Estados Unidos This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 2 História do grupo Santander O grupo Santander foi fundado em 1857 quando por um decreto real a rainha da Espanha autorizou a criação de um banco na cidade de Santander em Cantábria norte da Espanha Setenta e dois empresários locais se subscreveram ao capital do banco Ao longo dos anos o banco aumentou seus negócios na Espanha e na década de 1950 abriu escritório em alguns países latinoamericanos e em Londres Sob a liderança de Emilio Botín que sucedeu seu pai como Presidente e CEO do grupo em 1986 o banco reforçou sua posição na Espanha lançando produtos como a Supercuenta que dobrou a participação de mercado do banco em depósitos e com a aquisição do Banco Español de Crédito Banesto em 1994 e a fusão com o Banco Central Hispano BCH em 1999 Botín também expandiu os negócios a mercados externos adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina na Europa e nos Estados Unidos Para acompanhar o crescimento acelerado em 2004 o grupo realocou operações do centro de Madri para a Ciudad Financiera Santander um campus financeiro de 160 hectares nos arredores da cidade com instalações de educação e capacitação esportes incluindo um campo de golfe de 18 buracos creche e uma galeria de arte Em 2007 na comemoração de seu 150º aniversário o grupo Santander era um dos maiores bancos do mundo em termos de capitalização de mercado e lucro líquido O grupo operava a maior rede de bancos de varejo no mundo ocidental Figura 1 dados financeiros do grupo e detalhamento por divisão de negócios Também operava atividades bancárias no atacado privadas cartões de crédito gestão de ativos seguros e através da SCF no setor de financiamento ao consumidor História da Santander Consumer Finance A Santander Consumer Finance tem suas raízes em 1987 quando o Banco Santander comprou o Bankhaus Centrale Credit AG CC Bank um banco alemão em operação desde a década de 1950 com 51 filiais especializado em financiamento de veículos Um ano depois o grupo Santander fez uma parceria com o Royal Bank of Scotland para controlar fortalecer e expandir conjuntamente o CC Bank Novas filiais foram abertas e em 1994 o CC Bank lançou também o Direkt Bank um banco sem agências branchless com atendimento por telefone que também oferecia serviços de cartão de crédito O acordo de propriedade compartilhada com o Royal Bank of Scotland vigorou até 1996 quando o Santander comprou a participação de seu parceiro e assumiu o controle total do CC Bank Ao relembrar esses anos Inciarte então CFO do Santander explicou Segundo os termos do acordo de propriedade compartilhada Emilio Botín e eu fazíamos parte do conselho do Royal Bank of Scotland Essa parceria teve muita influência no desenvolvimento dos negócios de financiamento ao cliente do Santander Ela nos ajudou a entender o crescimento do mercado de financiamento ao consumidor no Reino Unido e nos deu muitas informações úteis sobre o negócio O que estava ocorrendo nos Estados Unidos acreditávamos nós podia se espalhar por toda a Europa Fusões subsequentes os expuseram ainda mais ao empréstimo ao consumidor Em 1997 o Santander entrou no mercado italiano assumindo o controle do Finconsumo uma empresa de financiamento ao consumidor em parceria com o Banco San Paolo IMI Em 1999 a fusão do Santander com o BCH agregou o Hispamer Banco Financiero e o Hispamer Financieros ao grupo Nesse ínterim o CC Bank também se expandiu para a Hungria e a Áustria Em 2002 os grupos nacionais de empréstimos ao consumidor foram reunidos sob uma nova divisão interna do Santander a SCF This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 3 Expansão da SCF Sob a liderança de Inciarte a Santander Consumer Finance se concentrou em crescimento Ele lembra Quando o presidente e CEO me pediu para liderar a nova divisão temi que o grupo quisesse se livrar de mim pois era um negócio muito pequeno Não tinha nem ao menos um marca global comum Inciarte primeiro expandiu o negócio para os grandes mercados da Europa Ele explica Alemanha Reino Unido Espanha França Itália e Polônia são os mercados europeus que contam em termos de PIB e população É como nos Estados Unidos se você não estiver no Texas na Flórida em Nova York em Chicago e na Califórnia não conta Queríamos nos tornar europeus Todos os europeus bebem CocaCola compram móveis na IKEA e gostam de carros Parecia relativamente fácil criar uma franquia paneuropeia para financiamento ao consumidor Já estávamos na Alemanha e na Espanha então olhamos para a Itália e compramos uma participação no San Paolo IMI em 2003 Entre 2003 e 2006 houve outras aquisições em outros países europeus Em 2006 a SCF começou a investir fora da União Europeia UE primeiramente nos Estados Unidos com a aquisição da Drive US e depois em 2007 no México e na Rússia Ainda em 2007 Inciarte também investiu em novas instalações para operações no Chile que começaram a funcionar em 2008 Figura 2 resumo das aquisições da SCF Conforme aumentava a cobertura geográfica da SCF Inciarte voltava sua atenção para a organização da divisão e o impacto de sua marca Javier San Félix exChief Operating Officer da SCF que agora liderava uma das áreas de negócios da SCF explicou Quando entrei em 2004 a SCF era uma mera soma de diversas unidades localizadas em diferentes países com diferentes modelos de negócios operações plataforma da TI e abordagens de marketing Queríamos fazer com que o todo valesse mais do que a soma das partes Primeiramente integramos as diferentes marcas A marca SCF não era conhecida fora do grupo Santander pois cada empresa afiliada mantinha seu próprio nome Mudamos seus nomes para SCF Então centralizamos as decisões com relação a financiamento e finalmente centralizamos os centros de dados dos clientes Em junho de 2008 a SCF já operava em 20 países Dentro do Santander correspondia a 5 do total de mão de obra do grupo e gerava quase 8 dos lucros totais do banco O maior mercado continuava sendo a Alemanha Figura 3 dados financeiros da SCF O mercado europeu de financiamento ao consumidor Ainda há grandes diferenças entres os países europeus em termos de tamanho do mercado de crédito ao consumidor relação entre crédito ao consumidor e PIB penetração e mix de produtos ao consumidor Essas diferenças se devem a diferentes níveis de maturidade do mercado desenvolvimento econômico regulamentação local e fatores culturais Salarich Financiamento ao consumidor incluía qualquer tipo de empréstimo para financiar compras do consumidor com exceção de hipoteca para compra de imóveis Essa certamente não era uma invenção do século XX No século XIX lojas ofereciam crédito para vendas a seus clientes regulares e lojas de penhores funcionavam na Europa desde a Idade Média Mas foi o crescimento do setor de This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 4 manufatura de bens duráveis na era entre guerras e pósSegunda Guerra que transformou o crédito ao consumidor em uma característica aceitável da sociedade moderna Inovações em avaliação de risco processamento de dados e financiamento todos esses fatores contribuíam para um boom nos empréstimos começando no final da década de 1980 No final de 2007 empréstimo a varejo aos consumidores exceto hipotecas correspondiam a US 6 trilhões em saldos devedores dos quais 515 estavam nas Américas 30 na Europa e 186 na Ásia1 Os Estados Unidos eram havia tempo e continuavam sendo o maior mercado com US 25 trilhões em empréstimos em aberto Figura 4 números do mercado estadunidense Desde a década de 1980 o setor de empréstimos ao consumidor na Europa tinha crescido em importância econômica e sofisticação2 Figura 5 crédito ao consumidor na Europa San Félix descreveu a mudança O maior propulsor é a semelhança crescente entre os europeus e os estadunidenses em termos de padrões de consumo Estamos consumindo mais e isso leva a um crescimento do crédito ao consumidor No entanto na Europa a penetração do empréstimo ao consumidor começava em um nível bem mais baixo do que nos Estados Unidos É difícil prever se alcançaremos 100 dos níveis estadunidenses Como enfatizou o Diretor de Análise de Investimento da SCF O estadunidense médio ainda tem mais do que duas vezes o valor de endividamento do europeu médio EU15 No final de 2006 empréstimos ao consumidor na Europa representavam cerca de 1 trilhão em empréstimos em aberto3 Embora menor do que o dos EUA o mercado de crédito ao consumidor europeu também tinha características diferenciadas que o tornavam qualitativamente diferente Em primeiro lugar o risco médio de inadimplência dos empréstimos ao consumidor na Europa era geralmente mais baixo Um gerente de área comentou Comparado aos Estados Unidos é como se estivéssemos na terra dos sonhos na Europa Podemos dormir bem todas as noites porque nosso risco é muito previsível Em segundo lugar os empréstimos na Europa eram menos baseados em mutuários subprime de alto risco As taxas de juros normalmente não eram ajustadas para levar em conta o risco individual e uma parte menor dos empréstimos estava em contas rotativasi Um gerente de área explicou Os europeus não brincam com juros Crédito rotativo tende a ser aplicado apenas a cartões de crédito e saques de conta corrente a descoberto Empréstimos pessoais e hipotecas tendem a ter taxas fixas Isso é justo para o cliente Queremos dar uma visão completa ao cliente que vai enfrentar 16 meses de prestações Não queremos surpresas As características institucionais dos mercados de crédito europeus também limitavam as possibilidades de gerir produtos de risco Bureaus de crédito trabalhavam em nível nacional e cada país impunha diferentes padrões para coleta processamento e distribuição de dados Nenhum dos bureaus nacionais oferecia pontuações de crédito Alguns países como a França haviam centralizado bancos de dados de classificação de crédito que registravam apenas episódios negativos Novos empréstimos eram avaliados por meio dessa lista negra mas não havia dados positivos centralizados incluindo volume total de empréstimos em aberto A Alemanha dava algumas informações a mais mas não o suficiente para avaliação do risco de novos clientes Um gerente de área afirmou A agência diz se o cliente está em atraso ou se não terminou de pagar seus empréstimos anteriores Ela não nos dá informação atual e positiva Assim fica difícil ajustar o preço i Empréstimos subprime eram empréstimos com taxa mais alta do que a básica prime uma taxa de juros de referência usada pelos bancos para empréstimos a clientes Precificação com base em risco era a prática de determinar a taxa de juros de um empréstimo analisando também o perfil de risco do mutuário Crédito rotativo era um tipo de crédito que não tinha número fixo de pagamentos This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 5 do empréstimo ao perfil de risco do cliente No Reino Unido onde crédito era dado a mutuários mais arriscados do que na maioria dos países europeus três agências particulares de referência de crédito davam informações positivas aos credores4 mas elas eram explicitamente proibidas de criar uma lista negra de empréstimos e não podiam processar os dados brutos para gerar uma pontuação de crédito Isso deixava aos credores a tarefa de determinar o risco de candidatos com base em seus próprios modelos de risco internos Outras características das economias nacionais criavam diferenças drásticas nos mercados de crédito ao consumidor5 O custo do crédito variava de 6 na Finlândia a 12 em Portugal empréstimos em aberto versus PIB variava de 3 na Hungria na Suíça e na República Tcheca a mais de 10 na Alemanha na Noruega na Suécia e no Reino Unido 20046 e taxas de inadimplência variavam de cerca de 7 na Europa Oriental a cerca de 1 na Alemanha na Dinamarca na Áustria e na Holanda7 Enquanto os mercados da Alemanha e do Reino Unido pareciam estar se aproximando da maturidade outros mercados Grécia e Escandinávia estavam florescendo Figura 6 comparação entre países Um exgerente de área de negócios da SCF acrescentou Os mercados europeus de crédito ao consumidor são muito diferentes entre si em termos de produtos Por exemplo na Alemanha não há cartões de crédito e os alemães em geral dependem bastante de facilidades de saque a descoberto que por sua vez são raros na Espanha e na França onde os cartões de crédito são na maioria cartões de pagamento No Reino Unido onde a dívida é mais do tipo não garantida com taxas variáveis cartões de crédito são principalmente do tipo rotativo A Itália e a Bélgica ao contrário são mercados onde cartões de crédito são menos usados Aqui as pessoas compram menos a crédito e economizam mais Embora o Ato Único Europeu de 1992 tenha removido formalmente as barreiras aos fluxos de capital dentro da Europa empréstimos transfronteiriços continuavam mínimos estimados entre 2 e 5 de todos os empréstimos ao consumidor na Europa em 20028 Bancos e instituições que operavam em mercados externos o faziam através de aquisições de instituições locais abrindo filiais locais ou através de joint ventures O baixo nível de empréstimos intraeuropeus tinha sido atribuído a barreiras culturais naturais e regulatórias9 Do lado da demanda os clientes pareciam confiar mais em fornecedores nacionais próximos a eles com os quais partilhavam a língua e a cultura Diferenças nacionais nos padrões de proteção ao consumidor e ações corretivas na Europa reforçavam a preferência dos clientes pelos fornecedores locais já que aumentavam a incerteza na comparação de crédito entre diferentes países Do lado do fornecimento diferenças regulatórias entre países levavam a altos custos de entrada em novos mercados e complicavam a organização dos negócios para empresas de crédito ao consumidor com aspirações globais Um gerente explicou Em alguns países como na França o governo define o teto da taxa de juros Assim lá não poderíamos promover nossos empréstimos pessoais de forma agressiva pois não poderíamos compensar riscos mais altos Precisamos nos adaptar ao campo A diretiva do crédito ao consumidor Quanto antes se der o processo de integração melhor para nós Atualmente operamos em sete países europeus e esse posicionamento nos permitiria oferecer produtos paneuropeus Salarich This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 6 Num esforço para promover integração em 1987 a Comissão Europeia introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor da União Europeia UE Seu objetivo era estabelecer padrões básicos para procedimentos e relatórios Em janeiro de 2008 após seis anos de negociação foi aprovada uma nova e mais completa diretiva da UE sobre crédito ao consumidor Cobrindo todos os tipos de empréstimos ao consumidor entre 500 e 50000 ii a diretiva dava três passos em direção à integração de mercado Harmonizava o método usado para calcular as taxas percentuais anuais TPA aplicadas a empréstimos permitindo que consumidores comparassem facilmente o custo de um empréstimo com outro Dava aos clientes o direito de receber informações sobre taxas prestações mensais e TPA antes de assinar o contrato e o direito de se retirar de qualquer contrato de crédito nos primeiros 14 dias Proibia taxas sobre pagamentos antecipados que impunham custos adicionais aos consumidores que desejavam quitar empréstimos antes que eles alcançassem maturidade Finalmente dava aos consumidores o direito de se retirar de contratos de crédito se se cancelasse a compra a que estavam associados A diretiva da UE gerou reações negativas O Bureau Européen des Unions de Consommateurs BEUC uma organização de consumo europeia elogiou os passos dados na diretiva para aumentar a transparência mas lamentou o fato de a diretiva não tratar do sobreendividamento do consumidor10 A Eurofinas a federação europeia que representa as associações nacionais de fornecedores de crédito ao consumidor alegou que a nova diretiva da UE era uma oportunidade de integração perdida11 A Federação Bancária Europeia criticou a nova legislação por introduzir uma grande carga de burocracia sem melhorar a escolha do consumidor12 A diretiva da UE também suscitou reações mistas na SCF Houve desapontamento por ela não ter feito mais pela integração dos mercados de crédito da Europa Um gerente observou Como a SCF opera em tantos países um mercado integrado de crédito ao consumidor traria benefícios comerciais fiscais e operacionais Poderíamos estabelecer uma plataforma única para fazer negócios A transparência tinha limites O líder das operações na Alemanha notou Dar mais informações aos consumidores não necessariamente melhora as coisas O consumidor quer saber os preços do seu novo e antigo carro o número de prestações a taxa de juros o valor do empréstimo e talvez a opção de um seguro de vida Qualquer outra informação não aumenta a proteção mas gera confusão Você chega a uma situação em que precisa simplesmente confiar em que o Porsche que você quer tem seis cilindros se o vendedor tiver afirmado isso Para o futuro próximo a SCF faria planos com base no pressuposto de que os mercados de crédito da Europa permaneceriam fragmentados Um exgerente de negócios resumiu Um mercado integrado por enquanto continua sendo uma realidade distante Eu questionaria até mesmo o número dos empréstimos transfronteiriços como 2 do total dos empréstimos ao consumidor Ele provavelmente só reflete o empréstimo aos ingleses para comprar casas na França ou na Espanha Sou cético com relação ao nível de integração que pode ser atingido pelos mercados europeus de crédito ao consumidor Empresas de crédito ao consumidor precisam estar próximas de seus clientes Assim não consigo enxergar nenhuma capacidade para atividade transfronteiriça ii Empréstimos garantidos em propriedade compra ou reforma de imóvel estavam excluídos pois seriam tratados separadamente na Diretiva de Crédito para Hipoteca This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 7 O modelo de negócios da Santander Consumer Finance A maior atividade de empréstimos da Santander Consumer Finance era o financiamento de veículos o fornecimento de empréstimo para clientes de revendedores de automóveis comprarem carros ie empréstimo para a compra de carros no varejo às vezes associado a empréstimo para os revendedores financiarem seus estoques Figura 7 detalhamento das vendas da SCF por produto Em alguns mercados a SCF também atendia varejistas ao financiar crédito para seus clientes ie empréstimos duráveisiii e às vezes para seu próprio estoqueiv Além desses produtos principais e dependendo do mercado a SCF fornecia serviços financeiros relacionados seguro de proteção ao pagamento cartões de crédito e débito cartões de crédito de marca compartilhada cobranded atendimento bancário online empréstimos pessoais depósitos serviços de consolidação de dívidav e hipotecas Figura 8 portfólio de produtos da SCF por país A abordagem da SCF para o mercado variava de acordo com o produto Para empréstimos para bens de consumo duráveis e veículos a varejo a SCF usava uma abordagem indireta e dependia de revendedores de automóveis e varejistas inclusive supermercados lojas de eletrônicos e joalherias para atrair novos clientes e comercializar seu crédito Essa estratégia de ponto de venda PDV mantinha a SCF distante de consumidores individuais mas também dava muita ênfase a seus clientes de PDV É muito importante que façamos boas parcerias com revendedores de carros e varejistas Em primeiro lugar é através deles que oferecemos nossos empréstimos de veículos e bens duráveis É o revendedor ou varejista que oferece ao cliente nosso empréstimo não nossa equipe de vendas Os clientes de PDV nem sabem que estamos por trás de seus empréstimos Para todos os outros produtos a SCF tinha uma abordagem direta que dependia de sua própria equipe de vendas Sua estratégia primária era vender produtos diretos principalmente para seus clientes indiretos de empréstimos para veículos e bens duráveis Figura 9 modelo de negócios da SCF A SCF se referia a esse processo como conversão Depois que o primeiro contato indireto é estabelecido disse José Luis Castañeda antigo Diretor de Análise de Investimentos da SCF começamos a contatar o cliente para oferecer nossos outros produtos A SCF tinha desenvolvido um sistema de aprovação de crédito que podia ser acessado online por revendedores de automóveis e varejistas O processo podia funcionar de duas formas Na primeira revendedores inseriam informações sobre o cliente o carro ou bem durável comprado e o empréstimo desejado online A SCF então possibilitava que os revendedores vissem em tempo real a comissão que receberiam com diferentes variações de contratos de empréstimo que eles podiam acordar com o cliente Na segunda a SCF e o revendedor acordavam apenas uma taxa de juros básica Se os revendedores assegurassem acordos de empréstimo com taxas de juros acima da básica definida eles recebiam a diferença como comissão se fosse abaixo pagavam a diferença para a SCF Nas duas opções a SCF pagava a comissão à vista Isso dava aos revendedores possibilidade de manipulação Thomas Hanswillemenke Diretor da Importer Business Dealer Care Centers na Alemanha comentou Se os clientes finalizarem seus contratos de empréstimo precocemente nós arcamos com o prejuízo Se os revendedores desenvolverem modelos de negócios que incentivam os iii Empréstimos duráveis ao consumidor eram empréstimos para financiar produtos que durassem pelo menos três anos e que fossem comprados numa loja como televisões geladeiras etc iv Empréstimos para financiamento de estoque eram empréstimos para financiar inventários de carros ou bens de consumo de longo prazo ie duráveis de revendedores e varejistas v Serviços de consolidação de dívida permitiam aos clientes pegar um novo empréstimo pessoal ou garantido para cobrir suas várias dívidas incorridas existentes por exemplo de cartões de crédito cartões de loja e empréstimos pessoais This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 8 clientes a pagarem antecipadamente nós lhe pedimos que parem ou pomos um fim à nossa colaboração Após os revendedores preencherem os formulários de empréstimo de seus clientes os dados eram enviados à SCF para processamento Tipicamente uma solicitação de empréstimo individual poderia ser aprovada ou rejeitada pela SCF em pouco mais de três minutos Francisco J Gimeno Jiménez ex Chief Information Officer da SCF explicou A velocidade é crucial no negócio de financiamento de veículos Se os revendedores não conseguirem processar suas solicitações rapidamente os clientes sairão de sua loja para fazer negócios em outro lugar A conversão dos negócios indiretos em diretos Em alguns casos de empréstimo para carro ou bens duráveis o revendedor ou varejista também oferecia outros produtos complementares como seguros No entanto explicou um gerente de área Os funcionários de revendedores de carros e de varejistas vendem de acordo com seus interesses e habilidades Nós fornecemos treinamento mas os interesses dos negociantes e os do credor nem sempre estão alinhados Precisamos de contato face a face com os clientes Além disso os PDV pediam comissão extra para vender outros produtos que eram mais lucrativos para a SCF Figura 10 lucratividade dos produtos da SCF Castañeda comentou A concorrência nos negócios de PDV é muito agressiva com revendedores pedindo sempre comissões mais altas É por isso que nossas margens são baixas nesse negócio Então após atingirmos os clientes via PDV e provarmos que são bons clientes tentamos transformálos de cliente indireto em direto propondo nossos outros produtos com margens maiores Depois que o cliente assinasse o empréstimo de veículo ou bem durável a SCF começava a enviar correspondência promocional sobre outros produtos O exdiretor das operações na Alemanha explicou Cada revendedor ou varejista é um multiplicador capaz de nos fornecer até 5000 tickets de venda por ano Através de nossos canais de venda indiretos asseguramos mais de 100000 novos clientes por mês Temos uma cláusula no nosso contrato de empréstimo que pede permissão para envio de correspondência promocional Se eles concordarem enviamos cartas a cada quatro ou seis semanas para informálos sobre nossos outros produtos Enviamos cerca de 30 milhões de impressos por ano No passado preferíamos ter pouco contato com nossos clientes pois acreditávamos que isso aumentava os custos Ficávamos quase aliviados quando um empréstimo atingia a maturidade Hoje vemos o período típico de 60 meses de um empréstimo para automóvel como uma oportunidade de construir um relacionamento com nossos clientes Segundo um gerente de área em geral era fácil decidir que tipo de produto complementar oferecer aos clientes indiretos Ele disse Por exemplo se os clientes fazem empréstimos para comprar uma TV eles automaticamente se definem como clientes de empréstimo Seu comportamento sugere que não teria sentido oferecer a eles produtos de poupança Analistas de dados envolvidos localmente também minavam os dados coletados pelos revendedores e varejistas para classificar os clientes indiretos em prime baixo risco nearprime médio risco ou subprime alto risco Na Espanha ou na Alemanha a SCF também usava sua rede de filiais para converter clientes indiretos em diretos O chefe do grupo alemão explicou É muito importante sentarmos com clientes This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 9 em potencial em uma das nossas 81 filiais e estabelecermos um contato face a face entre eles e nossos vendedores Outras ferramentas foram desenvolvidas para ajudar na conversão Na Alemanha por exemplo a empresa desenvolvera o AutoDispoPlus um cartão de crédito de marca compartilhada que oferecia facilidades aos clientes de empréstimos de veículos para a compra de peças inspeção de veículos consertos e seguros e que também podia ser usado para saque de dinheiro O cartão era oferecido como um brinde pelo revendedor aos clientes menos arriscados Como um gerente explicou O revendedor oferece o cartão aos clientes depois de preencher a solicitação de empréstimo online Na primeira vez que o cliente usa o cartão ele se torna um cliente direto Nós não ganhamos muito dinheiro com esse cartão mas estabelecemos uma ligação Os revendedores também veem vantagens em distribuir esse produto As taxas de conversão variavam de acordo com o negócio e o país Por exemplo na Alemanha conseguimos converter aproximadamente três em cada 100 clientes de empréstimos para veículos em clientes diretos Entre os clientes de bens duráveis a taxa de conversão é próxima de seis em cada 100 Principais concorrentes Os principais concorrentes da SCF na Europa eram a estadunidense GE Money a francesa BNP Paribas Cetelem e as divisões de financiamento ao consumidor da Crédit Agricole Sofinco e Finaref Figura 11 concorrentes da SCF A divisão também concorria com bancos e instituições financeiras locais e em alguns países com a rede de bancos de varejo do próprio Santander Um ex gerente explicou Nada impede um consumidor britânico de pegar um empréstimo com o Abbey um banco que faz parte do grupo Santander e usar o dinheiro para comprar um carro ao invés de fazer um financiamento de veículo com a SCF britânica Da mesma forma clientes espanhóis podiam financiar suas compras de automóveis ou através da SCF España ou de empréstimos de um banco de varejo do Santander No negócio de financiamento de veículos a empresa operava paralelamente a cativas de montadoras empresas de financiamento geralmente de total propriedade da montadora de veículos e usada para dar crédito a revendedores para adquirir estoque ou financiar para os clientes como a Volkswagen Bank a GMAC Bank a FordBank ou a Peugeot Financement Hanswillemenke explicou No setor automobilístico as cativas são ferramentas de marketing Para uma montadora é muito caro reduzir a capacidade de produção ou receber de volta um carro não vendido As cativas então dão incentivos aos revendedores como empréstimos baratos e prêmios de vendas para aumentar as vendas de carros novos ou de modelos menos procurados Outro gerente de área explicou Imagine um revendedor Ford que venda cerca de 500 carros novos e 5000 carros usados por ano Todo ano a Ford tem que convencer o revendedor a comprar seus carros novos e tem que criar incentivos Através de suas cativas as montadoras podem oferecer aos revendedores formas de financiamento de estoque bem interessantes Com essa concorrência o objetivo da SCF não era substituir as cativas mas ser o segundo financiador de carros novos depois delas e o primeiro financiador de carros usados Um gerente de área explicou Encorajamos os revendedores a se beneficiarem ao máximo dos incentivos das montadoras para financiar seu estoque de novos carros se a oferta for economicamente interessante Os revendedores só devem nos procurar depois de ter explorado esses incentivos ou se não estiverem interessados em adquirir carros novos Da mesma forma a SCF não competia com as cativas nos negócios de financiamento de carros a varejo Ele prosseguiu This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 10 Nesse negócio as cativas podem oferecer aos clientes de PDV empréstimos com taxas baixíssimas Não podemos concorrem com elas É um tipo de crédito subsidiado Ainda assim essas ofertas são geralmente limitadas a modelos de carros específicos e pedem que o cliente pague uma entrada O revendedor vai apresentar nossa oferta ao cliente que não puder pagar a entrada ou não gostar daquele modelo específico No negócio de carros usados a SCF concorria diretamente com as cativas Os fabricantes de automóveis têm menos interesse nesse mercado Aqui as cativas usam armas semelhantes às nossas Estrutura da SCF Para ficar mais próxima dos mercados locais a Santander Consumer Finance tinha adotado uma estrutura descentralizada Um gerente esclareceu Nós nos aproveitamos da força da diversidade e evitamos um modelo de negócio que ofereça o mesmo produto idêntico a todos De uma perspectiva de marketing e preços precisamos nos ajustar ao território local É claro que podemos supervisionar aconselhar e fornecer capital e tecnologia de Madri Mas um fator crítico para o sucesso é ter pessoas que entendam as necessidades locais É difícil identificar essas necessidades de Madri Um exgerente reitera a importância de se concentrar nas necessidades locais O crescimento da SCF foi impulsionado por aquisições e joint ventures com empresas locais assim nossas equipes nacionais são compostas por funcionários locais Não teríamos conseguido crescer tão depressa se tivéssemos liderado nossas operações locais com espanhóis que teriam levado pelo menos um ano para absorver o ambiente e o regulamento locais A SCF estava organizada em quatro áreas geográficas cada uma liderada por um gerente Espanha Portugal Chile e Itália Europa Oriental e os países escandinavos Reino Unido e México Alemanha e Áustria e América do Norte Ainda assim as filias locais gozavam de autonomia considerável Cada filial local tinha uma pessoa responsável pelas questões jurídicas para monitorar regulamentos locais e centros de coleta de dados Recentemente a SCF tinha introduzido na maioria de suas filiais locais um gerente responsável por promover o negócio de seguros As filiais locais também eram responsáveis pelo desenvolvimento de produtos Se um novo produto implicasse novos riscos precisaria da aprovação do comitê central As cobranças eram tratadas diferentemente dependendo do cenário cobranças leves eram terceirizadas na Espanha mas realizadas internamente na Alemanha e na Rússia cobranças pesadas para as quais os padrões jurídicos nacionais diferiam consideravelmente eram sempre terceirizadas Apesar da grande autonomia das filiais locais algumas funções eram centralizadas gestão de riscos controle de custos plataforma de TI monitoramento da satisfação do cliente ie revendedor e financiamento Os bancos de dados com informações de clientes haviam sido parcialmente centralizados mas o processo era complicado devido a diferenças entre padrões de privacidade de dados nacionais Gimeno lembrou Em 2004 a SCF centralizou todas as operações europeias de centro de dados realocando seus 11 centros para dois novos locais em Madri e Londres Foi preciso bastante tempo e muita papelada A Diretiva de Privacidade de Dados de 1995 da UE impedia empresas europeias de enviar dados de clientes para países sem proteção de dados adequada Isso dificultava o trabalho dos bancos de dados da SCF na América Latina nos EUA e na Rússia This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 11 Financiamento Para financiar seus empréstimos a Santander Consumer Finance contava com diversas fontes incluindo dívida privilegiada notas promissórias securitização de ativos e depósitos de clientes Figura 12 fontes de financiamento Quando possível encorajava financiamento de depósitos locais Até 2006 os depósitos de clientes de operações bancárias na Alemanha na Espanha em Portugal e na Itália representavam a maior fonte de financiamento da divisão O Chief Financial Officer CFO da SCF explicou O financiamento local é mais barato pois podemos evitar swaps cambiais A SCF securitizava ainda grupos de empréstimos para carros e essa também estava se tornando uma fonte de financiamento cada vez mais importante para a divisão Nesse ponto no entanto o mercado europeu continuava fragmentado O CFO explicou Devido a restrições regulamentares empréstimos só podem ser securitizados país por país não temos permissão para fazer securitizações internacionais mesmo que isso fosse melhor para nós pois nos permitiria fazer compartilhamento de risco risk pooling em diferentes países Os escritórios nacionais da SCF também recebiam financiamento do grupo Santander O CFO argumentou Receber financiamento do grupo dá uma vantagem à SCF sobre seus concorrentes locais em termos de custos de financiamento O custo de financiamento seria mais alto para as operações locais se as filiais não pertencessem ao grupo As taxas de juros para as filiais nacionais eram ajustadas com base em critérios de risco do país e do negócio se a unidade levava ou não a marca Santander no nome o tamanho do mercado em relação ao negócio da SCF PIB per capita e a classificação de risco de crédito soberano do país Abordagem da SCF para novos países A ampla cobertura geográfica da SCF permitia que ela distribuísse o risco Além disso a SCF esperava aprender com seus diferentes negócios San Félix deu o exemplo dos Estados Unidos Estamos exportando knowhow de nossas operações nos EUA para a Europa Não só sabemos como precificar o produto de acordo com o risco do consumidor uma prática que a Drive já faz há anos e que a Europa está começando a fazer agora mas também aprendemos que o modelo de negócio tem que estar bem alinhado com as necessidades do segmento de risco que atendemos Se você construir um negócio com foco num segmento de risco específico se você tiver ideias claras sobre sua provável taxa de inadimplência o número de carros que recuperará e como os recomercializará então você ganha muito dinheiro Se seu modelo de negócios não tem sentido mesmo que você tenha preços altos para seus produtos você pode perder muito mesmo nos Estados Unidos A abordagem da SCF era cobrir os principais países europeus em termos de PIB per capita e população Castañeda explicou A SCF investe em países com grande população ou com altas taxas de crescimento do PIB per capita ou com boas expectativas de crescimento É claro que países que atendem a esses dois prérequisitos são melhores mas a concorrência neles é em geral maior Um antigo gerente observou que a entrada nos países membros da UE não tinha apresentado grandes dificuldades para a SCF No Leste Europeu crédito é algo novo A mentalidade deles ainda dita que se você deve algo você tem que devolver Além disso querem ser parte da UE Eles querem alcançar os This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 12 outros e ser bons cidadãos Se você for à Polônia ou à República Tcheca hoje verá que eles não são tão ricos quanto os países da Europa Ocidental mas adotaram uma cultura financeira semelhante No entanto como o crédito era algo novo em países antes comunistas algumas instituições não existiam Ele continuou Instituições tão importantes quanto agências de cobrança não existiam ou eram menos desenvolvidas Então em alguns casos tínhamos que fazer isso internamente como por exemplo na Polônia e na Rússia Mas só nos primeiros anos Esforços para se estabelecer em países fora da UE apresentavam desafios adicionais Quando o Santander entrou na Rússia em 2007 o setor bancário ainda estava em transição Pelo regulamento financeiro russo as autoridades bancárias tinham o direito de revogar a licença de qualquer banco que tivesse prejuízos por três meses consecutivos Para um novo credor ao consumidor essa regra criava problemas claros e o Santander escolheu entrar na Rússia como uma firma financeira em vez de banco Apesar desses desafios a SCF via a Rússia como um mercado de grande potencial A maioria dos russos era proprietária de seu apartamento após as privatizações póscomunistas Os salários ainda não eram altos mas a propriedade dava a eles um nível alto de riqueza E o risco de mutuário parecia ser baixo Um gerente acrescentou Cada país europeu apresenta à SCF suas próprias limitações regulamentares específicas Temos que ser extremamente flexíveis não podemos aplicar exatamente o mesmo modelo em todos os países No momento de decidir sobre a entrada ou não em um país consideramos o que podemos e não podemos fazer e depois definimos que modelo de negócio aplicar Figura 13 venda de produtos da SCF por país Na Alemanha por exemplo a SCF tinha um foco menor em hipotecas Hanswillemenke explicou Hipotecas não são convenientes para nós As taxas de juros são baixas Além disso elas limitam nossas possibilidades de vender outros produtos já que os clientes de hipoteca têm que pagar prestações altas e por muito tempo Olhando para o futuro O financiamento ao consumidor é um negócio cíclico Isso é visto nos EUA e na Europa O negócio de financiamento passa por altos e baixos Estamos em um período de baixa Vemos problemas de liquidez no mundo todo as vendas de automóveis estão estáveis ou em queda e em breve teremos uma nova diretiva da UE Há uma pressão sobre as margens volumes decrescentes de financiamento e piora do crédito Mas a SCF vê boas oportunidades em comparação com os concorrentes nesse ambiente devido ao knowhow e por pertencer a um grupo financeiro grande e sólido Salarich Conforme Salarich contemplava o futuro da Santander Consumer Finance três grandes questões se colocavam A primeira lidava com expansão Novos mercados de crédito ao consumidor estavam emergindo no mundo todo deveria o Santander agir para operar nesses novos mercados Um gerente da SCF tinha notado tanto a promessa quanto o desafio que esses novos mercados podiam representar Algumas pessoas veem o PIB per capita para entender para onde irá o financiamento ao consumidor Eu vejo carros por habitante No Brasil a população é quatro vezes maior do que a da Espanha mas o número de carros é o mesmo O crescimento virá de países emergentes This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 13 como o Brasil a Índia e a China Figura 14 alguns números Mas são muito diferentes dos países em que atuamos agora Antes de investir lá precisamos nos certificar de que nosso negócio principal é suficientemente forte O segundo desafio era a consolidação Que funções deveriam ser centralizadas para ganhar eficiências e quais deveriam ser descentralizadas Um gerente observou Inciarte conseguiu encontrar todas essas novas oportunidades e fazer com que a diretoria do banco as aceitasse Identificamos quatro áreas que precisam ser melhoradas financiamento de estoque conversão de clientes cobrança de pagamentos e seguros A discussão é como fazer isso Devemos criar um departamento central que diga aos gerentes locais o que fazer ou devemos contratálos localmente Alguns países já reclamam da pressão que a matriz exerce sobre eles No entanto os produtos têm êxito quando há alguém dedicado a eles e temos muito a aprender sobre o trabalho entre países E por fim Salarich tinha que definir o mix de produtos da SCF Historicamente seu ponto forte e vantagem competitiva residia no negócio de empréstimo para veículos um negócio de baixo risco mas com margens menores Mas experiências recentes tanto nos Estados Unidos quanto com empréstimos ao consumidor para bens que não automóveis tinham mostrado potencial de expandir para negócios de maior retorno Até que ponto eles deveriam se direcionar mais para empréstimos pessoais diretos E poderiam eles aplicar as estratégias de precificação de empréstimos aprendidas com sua subsidiária dos EUA a Drive para mercados automobilísticos europeus Salarich tinha quatro meses para decidir This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 14 Figura 1 Dados importantes do grupo Santander Balanço patrimonial declaração de renda e funcionários do grupo Santander de 2005 a 2007 Dados em milhão de exceto quando especificado 2005 2006 2007 Ativos totais 809 107 833873 912915 Empréstimos ao consumidor 435 829 523346 565477 Fundos de consumidor sob gerenciamento 651 360 739223 784995 Patrimônio dos acionistas 35 841 40062 51945 Total de fundos geridos 961 953 100996 1063892 Resultado líquido de juros 10324 12076 14882 Receita comercial 17541 20184 24096 Receita operacional bruta 19076 22333 27095 Receita operacional líquida 8765 11218 14842 Lucro líquido de atividade ordinária 5411 6674 8518 Lucros atribuíveis ao grupo 6220 7596 9060 Número de funcionários 120047 123731 131819 N de filiais na Europa continental 5389 5772 5976 N Reino Unido 712 712 704 N América Latina 4100 4368 4498 N total de filiais 10201 10852 11178 Notas Todos os dados estão em milhão de exceto quando especificado b Dados principais do grupo Santander por região geográfica 2007 Dados principais do grupo por região geográfica Receita operacional bruta milhão de Receita operacional líquida Lucro para o grupo Funcionários Filiais ROE retorno sobre o patrimônio Europa continental 12843 7736 4423 47838 5976 213 Rede de filiais do Santander 4747 2863 1806 19392 2887 227 Banesto 2282 1312 668 10776 1946 183 Santander Consumer Finance 2638 1867 719 7221 285 341 Portugal 718 672 511 6405 763 286 Reino Unido Abbey 3780 1913 1201 16827 704 323 América Latina 10386 5308 2666 65628 4498 291 Gestão financeira e participações acionárias 86 665 180 1526 Total do grupo 14842 8111 131819 11178 1961 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 15 Figura 2 Datas principais da Santander Consumer Finance 1987 Aquisição da Bankhaus Centrale Credit AG CCBank Alemanha 1990 Aquisição da Hispamer após a fusão Banco Santander Banco Central Hispano 1996 Controle total do CCBank 1997 Propriedade conjunta da Fininconsumo Itália com o Banco San Paolo IMI 2001 Criação da divisão Santander Consumer Finance a partir da Hispamer CC Bank e Finconsumo 2002 Aquisição da AKB Alemanha 2004 Aquisição da Finconsumo Itália 50 restantes 2004 Aquisição do Elcon Bankia Noruega 2004 Aquisição da PTF Polônia 2004 Aquisição da Abfin Países Baixos 2005 Aquisição da SC Reino Unido início de atividades 2006 Aquisição da Unifin Itália 2006 Aquisição do Interbanco Portugal 2006 Aquisição da Drive EUA 2007 Aquisição da México início de atividades 2007 Aquisição do Extrobank Rússia 2007 Chile início operações em 2008 Fonte Dados da empresa Figura 3 Informações financeiras da Santander Consumer Finance total de 267 bilhões Distribuição dos negócios por região geográfica This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 16 b crescimento da SCF This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 17 Figura 3 cont c Balanço patrimonial e declaração de renda 2007 milhão de Balanço patrimonial 2007 Empréstimos e créditos 45731 Devido a instituições de crédito 2912 Ativos intangíveis 839 Outros 1781 Ativos totais 51263 Depósitos de cliente 13883 Títulos de divida negociáveis 18080 Devido a instituições de crédito 14493 Patrimônio de acionistas 2079 Outros 2728 Total de passivos 51263 d Números principais dezembro de 2007 Clientes Clientes Mais de 10 milhões Número de revendedores 106904 Carros financiados 13 milhões de carros Funcionários 6573 Filiais 282 Total em aberto 46 bilhões Lucro antes de impostos 105 bilhão Lucro líquido 737 milhões Custo de receita 296 ROA retorno sobre ativos antes de impostos 242 Fonte Dados da empresa Nota Taxa de inadimplência significa inadimplência 90 diastotal de empréstimos Declaração de renda 2007 Receita líquida de juros 2085 Receita operacional bruta 2638 Custos operacionais 803 Receita operacional líquida 1867 Provisões líquidas para perdas com empréstimos 842 Receita antes de impostos ordinária 1052 Receita líquida consolidada ordinária 737 Receita atribuível ao grupo 719 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 18 Figura 4 Crédito ao consumidor nos Estados Unidos 2003 2004 2005 2006 2007 Crédito concedido ao consumidor ajustado sazonalmente Mudança na taxa anual Total 53 55 43 45 55 Rotativo 29 38 31 61 76 Não rotativo 67 64 49 36 42 Quantia Total 2 0780 2 1913 2 2849 2 3875 2 5176 Rotativo 7705 8000 8250 8754 9418 Não rotativo 1 3075 1 3913 1 4599 1 5121 1 5757 Termos para crédito nos bancos comerciais e empresas financeiras não ajustados sazonalmente Instituição termos e tipo de empréstimo Bancos comerciais Taxas de juros para 48 meses carros novos 69 66 71 77 78 24 meses plano de cartão de crédito pessoal 119 119 120 124 124 Todas as contas 123 127 125 132 134 Juros avaliados de contas 127 132 156 147 147 b empréstimos para carros novos em empresas financeiras Taxas de juros 34 44 55 50 45 Maturidade meses 614 605 600 623 610 Cota de financiamento 95 89 88 91 93 Quantia financiada dólares 26 295 24 888 24 133 25 958 27 911 Fonte Consumer Credit documentos estatísticos do Federal Reserve dos EUA website do Federal Reserve httpwwwfederalreservegovreleasesg19Current acesso em 16 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 19 Figura 5 Crédito ao consumidor na Europa Desenvolvimento do crédito ao consumidor na Europa desde 1995 empréstimos em aberto em milhões de Dez 1995 Dez 1996 Dez 1997 Dez 1998 Dez 1999 Dez 2000 Dez 2001 Dez 2002 Dez 2003 Dez 2004 Áustria 14810 16525 23927 23310 22143 20610 23535 Bélgica 9321 9532 10149 11180 11958 12739 13231 13505 13723 14078 Chipre 499 604 675 729 875 964 952 960 925 936 República Tcheca 150 496 622 561 828 1675 1902 2231 Dinamarca 9103 9363 9862 10855 11308 12496 12243 11877 12339 13084 Estônia 96 75 111 29 54 75 95 172 Finlândia 3256 3275 3014 3123 6386 6706 7324 8048 França 63757 69333 74859 80836 90708 97848 103006 105719 110716 115507 Alemanha 197198 200713 202181 216145 215695 222554 222405 224343 230913 236957 Grécia 5511 7852 9755 12050 17054 Hungria 658 565 619 724 1131 1546 2209 2883 3190 4431 Irlanda 2995 3336 3752 5040 6811 7751 9300 10462 11330 14701 Itália 21557 23828 27139 32312 37112 41181 45244 51298 60980 Letônia 51 84 107 148 220 282 Lituânia 31 30 29 41 94 218 Luxemburgo 500 700 1091 1250 1301 1360 1185 1269 Malta 50 88 83 102 120 133 121 104 84 187 Países Baixos 9365 9893 10864 12266 12848 13831 13903 18647 20442 22523 Polônia 2926 4080 5044 6878 9757 11115 10369 9199 11209 Portugal 5013 6191 6770 8177 8074 7872 8691 9059 Eslováquia 91 75 119 160 217 509 Eslovênia 1100 1086 1073 1174 1410 Espanha 29182 36652 43326 48498 48739 53733 55529 62269 Suécia 22725 20992 22558 22146 26310 29843 29090 31828 32327 34462 Reino Unido 79186 101954 130585 146134 183016 209506 225388 244558 239063 259987 Fonte Statistics Consumer Credit in the EU25 by member states website do European Savings Banks Group ESBG httpwwwesbgeuuploadedFilesPublicationsandResearchESBGonlyStatistics0820Consumer20credit 20in20the20EUxls acesso em 15 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 20 Figura 5 cont b Crédito ao consumidor per capita em países desenvolvidos selecionados em 2007 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 21 Figura 6 Crédito ao consumidor na Europa Comparação entre países 2006 penetração no mercado por produto de crédito ao consumidor na Europa Fonte Jean Coumaros Enrico Sanna e Luca Zuccoli Consumer Finance in Europe Back to Reality Oliver WymanSantander Consumer Finance EFMA Londres 2008 disponível em httpwwwoliverwymancomowpdffiles OWEnFS2008ConsumerFinanceInEuropepdfpdf acesso em setembro de 2010 b Países agrupados por taxas de crescimento de financiamento ao consumidor e tipo de regulamento Dinâmicos Alto nível de inovação concorrência e regulamento liberal suportando grande crescimento mesmo em casos de mercados já muito desenvolvidos Reino Unido Itália Portugal Espanha Hungria República Tcheca Polônia Irrestritos Regulamentos liberais e bom potencial de desenvolvimento Grécia Turquia Finlândia Países Baixos Suécia Irlanda Noruega Limitados Regulamentos rígidos e bem protegidos França Saturados Pouco espaço para desenvolvimento devido a resistências culturais ao endividamento crescimento macroeconômico fraco baixos níveis de concorrência e restrições regulatórias Alemanha Áustria Bélgica Latentes Baixos níveis de concorrência freando o desenvolvimento do mercado Suíça Dinamarca Luxemburgo Nota Estes países foram classificados como Dinâmicos Irrestritos Limitados Saturados e Latentes de acordo com suas taxas de crescimento do mercado de financiamento ao consumidor e regulamentos Fonte Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver Wyman European Credit Research Institute Londres 2005 p6 httpwwwecribenewsystemfilesConsumer FinanceReportMercerOliverWymanECRIpdf acesso em 16 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 22 Figura 7 Detalhamento das vendas da SCF por produto Detalhamento das vendas da Santander Consumer Finance por tipo de produto de 2004 a 2006 em milhão de Vendas da SCF por produto 2004 2005 2006 Financiamento de carros 96152 116848 137799 Empréstimos ao consumidor 15824 17500 20103 Cartões de crédito 20803 27278 32528 Financiamento direto 12433 16957 22993 Hipotecas 6313 9811 13938 Outros 1371 1463 2346 Total de novos negócios 152896 189857 229707 Detalhamento dos novos negócios da Santander Consumer Finance por produto em 2007 total 267 bilhões Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 23 Figura 8 Portfólio de produtos da Santander Consumer Finance em fevereiro de 2008 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 24 Figura 9 O modelo de negócios da Santander Consumer Finance Fonte Dados da empresa Figura 10 Lucratividade de diferentes produtos da Santander Consumer Finance Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 25 Figura 11 Comparação entre a Santander Consumer Finance e seus principais concorrentes 1H07 Empréstimos em aberto Renda líquida Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 26 Figura 12 Fontes de financiamento da Santander Consumer Finance Detalhamento de depósitos provenientes de instituições de crédito por tipo e moeda em milhares de 2006 2005 Tipo Contas recíprocas 593494 113989 Depósitos a prazo 8948628 9143656 Outras contas a vista 175582 54385 9717704 9312030 Moeda Euro 5117470 6446610 Moeda estrangeira 4600234 2865420 Total de passivos financeiros 9717704 9312030 b Detalhamento de depósitos de cliente por tipo região geográfica e moeda em milhares de 2006 2005 Tipo Setor público governo local 11833 263788 Depósitos a vista Contas correntes 6578928 7655314 Contas poupança 2323685 2666719 Outros depósitos a vista 31035 5954 Depósitos a prazo Depósitos a prazo fixo 4350917 2811435 Contas poupança habitação 65743 55673 Outros passivos financeiros associados Com ativos financeiros transferidos 20347 Outros depósitos a prazo 1893 2353707 13364034 15832937 Região geográfica Espanha e Portugal 4001418 3843275 Alemanha 8787073 11415178 Itália 490656 492855 Escandinávia 74234 75953 Resto da Europa 10653 5676 13364034 15832937 Moeda Euros 13284141 15750255 Moeda estrangeira 79893 82682 13364034 15832937 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 27 Figura 12 cont c Títulos de dívida negociáveis por tipo em milhares de 2005 2006 Tipo Títulos e debêntures em aberto 956169 5565655 Títulos de hipotecas 1193952 Notas e outras obrigações2 4731556 5737974 5687725 12497581 Adicionar ajustes de valorização 46368 122103 Dos quais Juros acumulados 46368 152768 Outros itens 30665 5687725 12497581 Fonte Dados da empresa 1 Dessa quantia 139 bilhão and 281 bilhões relacionados a títulos e debêntures emitidos pelo Santander Consumer Bank SpA e Santander Consumer Bank AG respectivamente em 2006 996 milhões e 61 milhões respectivamente em 2005 Além disso em 31 de dezembro de 2006 1350000 e 13125 relacionados a títulos e debêntures emitidos pela FTA Santander Consumer Spain Auto 06 e Altair Finance respectivamente Apêndice I 2 Títulos permitidos para listagem no mercado de títulos da Espanha AIAF totalmente emitidos pelo banco A taxa de juros anual nos títulos de hipoteca é de 3875 e as notas que foram emitidas com desconto tinham taxa de juros anual média de 280 em 2006 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 28 Figura 13 Empréstimos da Santander Consumer Finance por país em 2006 em milhões de Alemanha Espanha Itália Escandi návia EUA Polônia Portugal Outros itens Total Total do portfólio 15988 10950 5033 2831 2230 1529 883 1219 40663 Financiamento de carros 10676 6101 3635 2546 2230 645 706 950 27490 Veículos novos 4145 5520 3146 1448 361 385 526 405 15936 Veículos usados 6531 581 488 1098 1869 261 180 545 11553 Empréstimos ao consumidor e cartões de crédito 1054 1045 544 112 0 0 53 20 2827 Empréstimos ao consumidor 937 500 364 0 0 0 44 1 1845 Cartões de crédito 117 545 180 112 0 0 9 19 983 Diretas 2631 565 768 18 0 51 0 31 4065 Hipotecas 3 2478 0 0 0 787 0 38 3305 Outros 108 492 80 155 0 0 1 7 843 Financiamento de estoque 1517 269 6 0 0 46 123 172 2133 do total 393 269 124 70 55 38 22 30 100 Fonte Dados da empresa Figura 14 Venda de carros e poder aquisitivo em mercados emergentes Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 29 Notas de fim 1 Global Consumer Finance Industry Profile Datamonitor abril de 2008 acessado via OneSource em 8 de junho de 2008 As Américas incluíam Argentina Brasil Canadá Chile Colômbia México Venezuela e Estados Unidos A Europa incluía Bélgica República Tcheca Dinamarca França Alemanha Hungria Itália Países Baixos Noruega Polônia Rússia Espanha Suécia e Reino Unido A Ásia incluía Austrália China Japão Índia Singapura Coreia do Sul e Taiwan 2 Paying the Price of Consumerism in El Pais English Edition Herald Tribune 25 de julho de 2005 acesso via Factiva em 8 de junho de 2008 3 Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver Wyman European Credit Research Institute Londres 2005 4 Eram a Experian Equifaz e Callcredi 5 Karl Lannoo e Almudena de la Mata Muñoz 2003 Integration of the EU Consumer Credit Market Proposal for a More Efficient Regulatory Model Centre for European Policy Studies Bruxelas 6 Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver WymanEuropean Credit Research Institute Londres 2005 7 Ibid 8 Crossborder Lending Promoted by EU Plans International Herald Tribune 14 de janeiro de 2008 em httpwwwihtcomarticles20080114businesscreditphp acesso em 9 de abril de 2008 9 Karl Lannoo e Almudena de la Mata Muñoz 2004 Integration of the EU Consumer Credit Market Proposal for a More Efficient Regulatory Model CEPS Working Document No 213November 2004 Centre for European Policy Studies Bruxelas disponível em httpaeipittedu6647011174213pdf acesso em julho de 2008 10 BEUC Statement on Consumer Credit 18 de janeiro de 2008 em httpwwwbeuceuContentDefaultaspPageID701LanguageCodeEN acesso em 14 de abril de 2008 11 Consumer Credit EurActiv 21 de janeiro de 2008 em httpwwweuractivcomenfinancial servicesconsumercreditarticle146529 acesso em 14 de abril de 2008 12 Ibid This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Questão 1 Os intermediários financeiros são agentes legalmente capazes de fazer operações passivas captar recursos e operações ativas emprestar recursos com outros agentes econômicos A intermediação financeira é o objetivo do mercado de crédito Nele desenvolvese a intermediação financeira no estado primário ou seja tomadores de recursos de curto e longo prazos buscam as instituições financeiras fornecedoras de crédito que por sua vez captam recursos de agentes financeiros poupadores No processo de intermediação financeira para as operações de crédito uma instituição pode atuar como sujeito ativo credor de empréstimos de recursos ou como sujeito passivo devedor de recursos captados a Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito passivo como ela capta recursos identificando as fontes de financiamento e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c e 12 R A Santander Consumer Finance desenvolveu uma estrutura diversificada de captação que evoluiu significativamente ao longo do tempo Em 2007 seu passivo total era de 51263 bilhões composto principalmente por títulos de dívida negociáveis 18080 bilhões 353 e depósitos de clientes 13883 bilhões 271 Os depósitos provinham majoritariamente da Espanha Alemanha Itália e Países Nórdicos Os títulos de dívida incluíam debêntures e notas promissórias Historicamente a Santander Consumer Finance inicialmente dependia do capital do Grupo Santander para sua expansão internacional Até 2006 os depósitos de clientes eram sua principal fonte de captação oferecendo financiamento estável com custos reduzidos Posteriormente sob liderança de Inciarte e Salarich a empresa intensificou o uso da securitização de ativos especialmente de empréstimos para automóveis embora enfrentasse limitações regulatórias no mercado europeu Durante a crise de 2007 a diversificação das fontes e o suporte do Grupo Santander foram essenciais para sua resiliência permitindo equilibrar centralização estratégica com autonomia local nos diferentes mercados de atuação b Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito ativo como ela empresta recursos identificando os produtos e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c 7 e 13 R A Santander Consumer Finance consolidouse como agente ativo no mercado de crédito com um portfólio diversificado Em 2007 empréstimos e créditos representavam 45731 bilhões 89 dos ativos totais O financiamento de veículos mantevese como produto principal entre as vendas de 2004 a 2006 crescendo de 9615 bilhões para 13779 bilhões Cartões de crédito e empréstimos ao consumidor também apresentaram crescimento expressivo indicando diversificação controlada Em 2006 a Alemanha liderava com 393 da carteira 15988 bilhões principalmente em financiamento de carros usados seguida por Espanha 263 e Itália 101 Historicamente a Santander Consumer Finance iniciou suas operações com a aquisição do CC Bank na Alemanha especializado em financiamento veicular Posteriormente expandiuse via aquisições estratégicas pela Europa e mercados como EUA México e Rússia diversificando gradualmente seu portfólio para incluir produtos como hipotecas e seguros A instituição adaptava seus produtos às particularidades locais na Alemanha oferecia o AutoDispoPlus para despesas relacionadas a veículos na Espanha priorizava hipotecas produto evitado na Alemanha devido à baixa rentabilidade Um elemento estratégico era o relacionamento com revendedores de automóveis como canal indireto de captação implementando sistemas de aprovação rápida três minutos e buscando posteriormente converter esses clientes em diretos através de produtos adicionais Questão 2 Podemos dizer que risco financeiro é a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado de uma intermediação malsucedida São todas as possibilidades que podem levar uma pessoa ou empresa a perder dinheiro seja através de transações financeiras diversas ou investimentos Segundo o Banco Central do Brasil uma estrutura de gerenciamento de riscos eficiente deve ser capaz de identificar mensurar avaliar monitorar reportar controlar e mitigar os seguintes riscos financeiros Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional Risco de Liquidez Risco Social Ambiental e Climático Identifique no texto quatro situações em que a Santander Consumer Finance esteja exposta a um risco financeiro citando o risco e justificando Considere como exemplo a reportagem publicada no site do Valor Econômico em 03032022 abaixo httpsvalorglobocomfinancasnoticia20220303appdoitausaidoaraposbugde movimentacoesrepentinasemcontasghtml App e site do Itaú saem do ar após bug de movimentações repentinas em contas Problema ocorre horas depois de um erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Por Cindy Damasceno Valor Fortaleza 03032022 15h51 Passagem do texto erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Risco Operacional falhas em sistemas processos ou infraestrutura de tecnologia da informação Justificativa aqui você escreve porque a parte selecionada do texto tem relação com o risco identificado R 1 Risco de Crédito risco de perda financeira decorrente do não cumprimento de obrigações contratuais pelos tomadores de empréstimos resultando em inadimplência Passagem do texto Novos empréstimos eram avaliados por meio dessa lista negra mas não havia dados positivos centralizados incluindo volume total de empréstimos em aberto A Alemanha dava algumas informações a mais mas não o suficiente para avaliação do risco de novos clientes Justificativa Esse trecho evidencia o risco de crédito associado à falta de informações completas sobre o perfil financeiro dos clientes o que dificulta a avaliação precisa do risco de inadimplência ao conceder novos empréstimos aumentando a possibilidade de perdas financeiras por decisões baseadas em informações insuficientes 2 Risco de Mercado risco de perdas decorrentes de flutuações nos valores de mercado incluindo taxas de juros câmbio preços de commodities e condições econômicas gerais Passagem do texto O financiamento ao consumidor é um negócio cíclico Isso é visto nos EUA e na Europa O negócio de financiamento passa por altos e baixos Estamos em um período de baixa Vemos problemas de liquidez no mundo todo as vendas de automóveis estão estáveis ou em queda e em breve teremos uma nova diretiva da UE Justificativa Esse trecho ilustra o risco de mercado associado à ciclicidade do negócio de financiamento demonstrando como fatores macroeconômicos e tendências do setor podem afetar diretamente o volume de operações e resultados financeiros da empresa exigindo estratégias adaptativas para os diferentes momentos do ciclo econômico 3 Risco Operacional risco de perdas resultantes de processos internos inadequados ou falhos pessoas sistemas ou eventos externos incluindo riscos legais e de conformidade Passagem do texto Bancos de dados da SCF na América Latina nos EUA e na Rússia enfrentavam desafios A Diretiva de Privacidade de Dados de 1995 da UE impedia empresas europeias de enviar dados de clientes para países sem proteção de dados adequada Justificativa Essa passagem demonstra o risco operacional relacionado ao cumprimento regulatório em questões de privacidade de dados A impossibilidade de compartilhar dados entre diferentes regiões devido a restrições regulatórias cria desafios significativos para a integração de sistemas análise consolidada de dados e implementação de controles uniformes aumentando a probabilidade de falhas operacionais e ineficiências 4 Risco de Liquidez risco de a instituição não conseguir honrar suas obrigações financeiras no vencimento sem incorrer em perdas inaceitáveis ou de não conseguir transformar ativos em recursos líquidos quando necessário Passagem do texto O impacto das restrições regulamentares na securitização transnacional de ativos na Europa o que impede a SCF de realizar compartilhamento de risco em diferentes países aumentando a ineficiência no acesso a liquidez Justificativa Esse trecho mostra o risco de liquidez relacionado às limitações na capacidade de transformar ativos em caixa através da securitização internacional As restrições regulatórias que impedem a securitização transnacional reduzem a flexibilidade financeira da empresa e limitam sua capacidade de obter liquidez em momentos de necessidade especialmente em mercados específicos que possam enfrentar condições adversas
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Texto de pré-visualização
FGVIDT Santander Consumer Finance Resumo Uma empresa espanhola precisa decidir se deve se expandir para o fragmentado mercado europeu de financiamento ao consumidor e precisa tomar importantes decisões de estratégia organizacional em meio à crise econômica mundial que se seguiu à crise de crédito dos EUA em 2007 Desde 2002 a agência de financiamento ao consumo do banco espanhol Grupo Santander Santander Consumer Finance SCF tornouse uma das maiores empresas europeias de financiamento ao consumidor capturando o recente crescimento na Europa do mercado de financiamento ao consumidor Em um cenário de crescente preocupação com a sustentabilidade dos níveis de endividamento das famílias na Europa e nos Estados Unidos em 2008 a nova CEO Magda Salarich Fernández de Valderrama teve que decidir se este era o momento certo para expandir ou se deveria se concentrar em consolidação Ela também estava enfrentando importantes decisões de estratégia organizacional Quais funções devem ser deixadas para as afiliadas nacionais decidirem e quais devem ser centralizadas na sede Que processos devem ser padronizados e quais deixados para iniciativas locais Objetivo do aprendizado Identificar e avaliar aspectos da intermediação financeira a partir da análise da Santander Consumer Finance FGVIDT Questões propostas Questão 1 Os intermediários financeiros são agentes legalmente capazes de fazer operações passivas captar recursos e operações ativas emprestar recursos com outros agentes econômicos A intermediação financeira é o objetivo do mercado de crédito Nele desenvolvese a intermediação financeira no estado primário ou seja tomadores de recursos de curto e longo prazos buscam as instituições financeiras fornecedoras de crédito que por sua vez captam recursos de agentes financeiros poupadores No processo de intermediação financeira para as operações de crédito uma instituição pode atuar como sujeito ativo credor de empréstimos de recursos ou como sujeito passivo devedor de recursos captados a Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito passivo como ela capta recursos identificando as fontes de financiamento e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c e 12 b Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito ativo como ela empresta recursos identificando os produtos e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c 7 e 13 FGVIDT Questão 2 Podemos dizer que risco financeiro é a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado de uma intermediação malsucedida São todas as possibilidades que podem levar uma pessoa ou empresa a perder dinheiro seja através de transações financeiras diversas ou investimentos Segundo o Banco Central do Brasil uma estrutura de gerenciamento de riscos eficiente deve ser capaz de identificar mensurar avaliar monitorar reportar controlar e mitigar os seguintes riscos financeiros Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional Risco de Liquidez Risco Social Ambiental e Climático Identifique no texto quatro situações em que a Santander Consumer Finance esteja exposta a um risco financeiro citando o risco e justificando Considere como exemplo a reportagem publicada no site do Valor Econômico em 03032022 abaixo httpsvalorglobocomfinancasnoticia20220303appdoitausaidoaraposbug demovimentacoesrepentinasemcontasghtml App e site do Itaú saem do ar após bug de movimentações repentinas em contas Problema ocorre horas depois de um erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Por Cindy Damasceno Valor Fortaleza 03032022 15h51 Passagem do texto erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Risco Operacional falhas em sistemas processos ou infraestrutura de tecnologia da informação Justificativa aqui você escreve porque a parte selecionada do texto tem relação com o risco identificado FGVIDT 712P04 1 3 D E D E Z E M B R O D E 2 0 1 0 Caso LACC número 712P04 é a versão traduzida para Português do caso número 711015 da HBS Os casos da HBS são desenvolvidos somente como base para discussões em classe Casos não devem servir como aprovação fonte primária de dados ou informação ou como ilustração de um gerenciamento eficaz ou ineficaz Copyright 2011 President and Fellows of Harvard College Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida armazenada em um sistema de dados usada em uma tabela de dados ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico mecânico fotocopiada gravada ou qualquer outra sem a permissão da Harvard Business School G U N N A R T R U M B U L L E L E N A C O R S I A N D R E W B A R R O N Santander Consumer Finance A centralização só tem sentido se o resultado final for melhor do que a simples soma das partes Magda Salarich CEO da Santander Consumer Finance Introdução Dia 25 de março de 2008 Magda Salarich Fernández de Valderrama a Chief Executive Officer CEO da Santander Consumer Finance SCF uma divisão do grupo Santander apreciava o novo campus do banco o Ciudad Financiera logo ao sul de Madri Salarich tinha sido nomeada CEO em janeiro depois de trabalhar 28 anos para a fabricante de carros francesa Citroën onde ela subira na hierarquia até o cargo de gerente de vendas e marketing internacional para a Europa e CEO para a Espanha A SCF havia crescido rapidamente nos últimos cinco anos sob a gestão de seu antigo CEO Juan Rodríguez Inciarte O papel de Salarich seria planejar o caminho a seguir nos dez anos seguintes Embora os Estados Unidos continuassem o maior mercado do mundo de financiamento ao consumidor o setor também estava crescendo na Europa nos últimos 20 anos Inciarte notou a tendência e sob sua gestão 20022008 a SCF passara de um pequeno grupo de unidades que operava na Espanha na Alemanha e na Itália a uma das maiores empresas de financiamento ao consumidor do mundo Além disso desde 2006 Inciarte investia fora da União Europeia nos Estados Unidos na América Latina e na Europa Oriental Em quatro meses Salarich teria que apresentar a nova estratégia e direção da SCF ao presidente e diretor executivo do Santander Emilio BotínSanz de Sautuola y García de los Ríos assim como aos outros membros do Comitê Executivo do grupo incluindo o próprio Inciarte Havia decisões importantes a tomar Seria possível sustentar a alta lucratividade das atividades de empréstimo ao consumidor Seria hora de focar mais em consolidação ou de investir mais em novos mercados e produtos Também havia questões de estratégia organizacional a considerar Que funções deveriam ser delegadas às afiliadas nacionais e quais deveriam ser centralizadas na matriz Que processos deveriam ser padronizados e quais deveriam ser iniciativas locais E todas essas decisões seriam postas num cenário de preocupação crescente com a sustentabilidade dos níveis de endividamento domiciliar na Europa e nos Estados Unidos This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 2 História do grupo Santander O grupo Santander foi fundado em 1857 quando por um decreto real a rainha da Espanha autorizou a criação de um banco na cidade de Santander em Cantábria norte da Espanha Setenta e dois empresários locais se subscreveram ao capital do banco Ao longo dos anos o banco aumentou seus negócios na Espanha e na década de 1950 abriu escritório em alguns países latinoamericanos e em Londres Sob a liderança de Emilio Botín que sucedeu seu pai como Presidente e CEO do grupo em 1986 o banco reforçou sua posição na Espanha lançando produtos como a Supercuenta que dobrou a participação de mercado do banco em depósitos e com a aquisição do Banco Español de Crédito Banesto em 1994 e a fusão com o Banco Central Hispano BCH em 1999 Botín também expandiu os negócios a mercados externos adquirindo bancos e abrindo novos escritórios na América Latina na Europa e nos Estados Unidos Para acompanhar o crescimento acelerado em 2004 o grupo realocou operações do centro de Madri para a Ciudad Financiera Santander um campus financeiro de 160 hectares nos arredores da cidade com instalações de educação e capacitação esportes incluindo um campo de golfe de 18 buracos creche e uma galeria de arte Em 2007 na comemoração de seu 150º aniversário o grupo Santander era um dos maiores bancos do mundo em termos de capitalização de mercado e lucro líquido O grupo operava a maior rede de bancos de varejo no mundo ocidental Figura 1 dados financeiros do grupo e detalhamento por divisão de negócios Também operava atividades bancárias no atacado privadas cartões de crédito gestão de ativos seguros e através da SCF no setor de financiamento ao consumidor História da Santander Consumer Finance A Santander Consumer Finance tem suas raízes em 1987 quando o Banco Santander comprou o Bankhaus Centrale Credit AG CC Bank um banco alemão em operação desde a década de 1950 com 51 filiais especializado em financiamento de veículos Um ano depois o grupo Santander fez uma parceria com o Royal Bank of Scotland para controlar fortalecer e expandir conjuntamente o CC Bank Novas filiais foram abertas e em 1994 o CC Bank lançou também o Direkt Bank um banco sem agências branchless com atendimento por telefone que também oferecia serviços de cartão de crédito O acordo de propriedade compartilhada com o Royal Bank of Scotland vigorou até 1996 quando o Santander comprou a participação de seu parceiro e assumiu o controle total do CC Bank Ao relembrar esses anos Inciarte então CFO do Santander explicou Segundo os termos do acordo de propriedade compartilhada Emilio Botín e eu fazíamos parte do conselho do Royal Bank of Scotland Essa parceria teve muita influência no desenvolvimento dos negócios de financiamento ao cliente do Santander Ela nos ajudou a entender o crescimento do mercado de financiamento ao consumidor no Reino Unido e nos deu muitas informações úteis sobre o negócio O que estava ocorrendo nos Estados Unidos acreditávamos nós podia se espalhar por toda a Europa Fusões subsequentes os expuseram ainda mais ao empréstimo ao consumidor Em 1997 o Santander entrou no mercado italiano assumindo o controle do Finconsumo uma empresa de financiamento ao consumidor em parceria com o Banco San Paolo IMI Em 1999 a fusão do Santander com o BCH agregou o Hispamer Banco Financiero e o Hispamer Financieros ao grupo Nesse ínterim o CC Bank também se expandiu para a Hungria e a Áustria Em 2002 os grupos nacionais de empréstimos ao consumidor foram reunidos sob uma nova divisão interna do Santander a SCF This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 3 Expansão da SCF Sob a liderança de Inciarte a Santander Consumer Finance se concentrou em crescimento Ele lembra Quando o presidente e CEO me pediu para liderar a nova divisão temi que o grupo quisesse se livrar de mim pois era um negócio muito pequeno Não tinha nem ao menos um marca global comum Inciarte primeiro expandiu o negócio para os grandes mercados da Europa Ele explica Alemanha Reino Unido Espanha França Itália e Polônia são os mercados europeus que contam em termos de PIB e população É como nos Estados Unidos se você não estiver no Texas na Flórida em Nova York em Chicago e na Califórnia não conta Queríamos nos tornar europeus Todos os europeus bebem CocaCola compram móveis na IKEA e gostam de carros Parecia relativamente fácil criar uma franquia paneuropeia para financiamento ao consumidor Já estávamos na Alemanha e na Espanha então olhamos para a Itália e compramos uma participação no San Paolo IMI em 2003 Entre 2003 e 2006 houve outras aquisições em outros países europeus Em 2006 a SCF começou a investir fora da União Europeia UE primeiramente nos Estados Unidos com a aquisição da Drive US e depois em 2007 no México e na Rússia Ainda em 2007 Inciarte também investiu em novas instalações para operações no Chile que começaram a funcionar em 2008 Figura 2 resumo das aquisições da SCF Conforme aumentava a cobertura geográfica da SCF Inciarte voltava sua atenção para a organização da divisão e o impacto de sua marca Javier San Félix exChief Operating Officer da SCF que agora liderava uma das áreas de negócios da SCF explicou Quando entrei em 2004 a SCF era uma mera soma de diversas unidades localizadas em diferentes países com diferentes modelos de negócios operações plataforma da TI e abordagens de marketing Queríamos fazer com que o todo valesse mais do que a soma das partes Primeiramente integramos as diferentes marcas A marca SCF não era conhecida fora do grupo Santander pois cada empresa afiliada mantinha seu próprio nome Mudamos seus nomes para SCF Então centralizamos as decisões com relação a financiamento e finalmente centralizamos os centros de dados dos clientes Em junho de 2008 a SCF já operava em 20 países Dentro do Santander correspondia a 5 do total de mão de obra do grupo e gerava quase 8 dos lucros totais do banco O maior mercado continuava sendo a Alemanha Figura 3 dados financeiros da SCF O mercado europeu de financiamento ao consumidor Ainda há grandes diferenças entres os países europeus em termos de tamanho do mercado de crédito ao consumidor relação entre crédito ao consumidor e PIB penetração e mix de produtos ao consumidor Essas diferenças se devem a diferentes níveis de maturidade do mercado desenvolvimento econômico regulamentação local e fatores culturais Salarich Financiamento ao consumidor incluía qualquer tipo de empréstimo para financiar compras do consumidor com exceção de hipoteca para compra de imóveis Essa certamente não era uma invenção do século XX No século XIX lojas ofereciam crédito para vendas a seus clientes regulares e lojas de penhores funcionavam na Europa desde a Idade Média Mas foi o crescimento do setor de This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 4 manufatura de bens duráveis na era entre guerras e pósSegunda Guerra que transformou o crédito ao consumidor em uma característica aceitável da sociedade moderna Inovações em avaliação de risco processamento de dados e financiamento todos esses fatores contribuíam para um boom nos empréstimos começando no final da década de 1980 No final de 2007 empréstimo a varejo aos consumidores exceto hipotecas correspondiam a US 6 trilhões em saldos devedores dos quais 515 estavam nas Américas 30 na Europa e 186 na Ásia1 Os Estados Unidos eram havia tempo e continuavam sendo o maior mercado com US 25 trilhões em empréstimos em aberto Figura 4 números do mercado estadunidense Desde a década de 1980 o setor de empréstimos ao consumidor na Europa tinha crescido em importância econômica e sofisticação2 Figura 5 crédito ao consumidor na Europa San Félix descreveu a mudança O maior propulsor é a semelhança crescente entre os europeus e os estadunidenses em termos de padrões de consumo Estamos consumindo mais e isso leva a um crescimento do crédito ao consumidor No entanto na Europa a penetração do empréstimo ao consumidor começava em um nível bem mais baixo do que nos Estados Unidos É difícil prever se alcançaremos 100 dos níveis estadunidenses Como enfatizou o Diretor de Análise de Investimento da SCF O estadunidense médio ainda tem mais do que duas vezes o valor de endividamento do europeu médio EU15 No final de 2006 empréstimos ao consumidor na Europa representavam cerca de 1 trilhão em empréstimos em aberto3 Embora menor do que o dos EUA o mercado de crédito ao consumidor europeu também tinha características diferenciadas que o tornavam qualitativamente diferente Em primeiro lugar o risco médio de inadimplência dos empréstimos ao consumidor na Europa era geralmente mais baixo Um gerente de área comentou Comparado aos Estados Unidos é como se estivéssemos na terra dos sonhos na Europa Podemos dormir bem todas as noites porque nosso risco é muito previsível Em segundo lugar os empréstimos na Europa eram menos baseados em mutuários subprime de alto risco As taxas de juros normalmente não eram ajustadas para levar em conta o risco individual e uma parte menor dos empréstimos estava em contas rotativasi Um gerente de área explicou Os europeus não brincam com juros Crédito rotativo tende a ser aplicado apenas a cartões de crédito e saques de conta corrente a descoberto Empréstimos pessoais e hipotecas tendem a ter taxas fixas Isso é justo para o cliente Queremos dar uma visão completa ao cliente que vai enfrentar 16 meses de prestações Não queremos surpresas As características institucionais dos mercados de crédito europeus também limitavam as possibilidades de gerir produtos de risco Bureaus de crédito trabalhavam em nível nacional e cada país impunha diferentes padrões para coleta processamento e distribuição de dados Nenhum dos bureaus nacionais oferecia pontuações de crédito Alguns países como a França haviam centralizado bancos de dados de classificação de crédito que registravam apenas episódios negativos Novos empréstimos eram avaliados por meio dessa lista negra mas não havia dados positivos centralizados incluindo volume total de empréstimos em aberto A Alemanha dava algumas informações a mais mas não o suficiente para avaliação do risco de novos clientes Um gerente de área afirmou A agência diz se o cliente está em atraso ou se não terminou de pagar seus empréstimos anteriores Ela não nos dá informação atual e positiva Assim fica difícil ajustar o preço i Empréstimos subprime eram empréstimos com taxa mais alta do que a básica prime uma taxa de juros de referência usada pelos bancos para empréstimos a clientes Precificação com base em risco era a prática de determinar a taxa de juros de um empréstimo analisando também o perfil de risco do mutuário Crédito rotativo era um tipo de crédito que não tinha número fixo de pagamentos This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 5 do empréstimo ao perfil de risco do cliente No Reino Unido onde crédito era dado a mutuários mais arriscados do que na maioria dos países europeus três agências particulares de referência de crédito davam informações positivas aos credores4 mas elas eram explicitamente proibidas de criar uma lista negra de empréstimos e não podiam processar os dados brutos para gerar uma pontuação de crédito Isso deixava aos credores a tarefa de determinar o risco de candidatos com base em seus próprios modelos de risco internos Outras características das economias nacionais criavam diferenças drásticas nos mercados de crédito ao consumidor5 O custo do crédito variava de 6 na Finlândia a 12 em Portugal empréstimos em aberto versus PIB variava de 3 na Hungria na Suíça e na República Tcheca a mais de 10 na Alemanha na Noruega na Suécia e no Reino Unido 20046 e taxas de inadimplência variavam de cerca de 7 na Europa Oriental a cerca de 1 na Alemanha na Dinamarca na Áustria e na Holanda7 Enquanto os mercados da Alemanha e do Reino Unido pareciam estar se aproximando da maturidade outros mercados Grécia e Escandinávia estavam florescendo Figura 6 comparação entre países Um exgerente de área de negócios da SCF acrescentou Os mercados europeus de crédito ao consumidor são muito diferentes entre si em termos de produtos Por exemplo na Alemanha não há cartões de crédito e os alemães em geral dependem bastante de facilidades de saque a descoberto que por sua vez são raros na Espanha e na França onde os cartões de crédito são na maioria cartões de pagamento No Reino Unido onde a dívida é mais do tipo não garantida com taxas variáveis cartões de crédito são principalmente do tipo rotativo A Itália e a Bélgica ao contrário são mercados onde cartões de crédito são menos usados Aqui as pessoas compram menos a crédito e economizam mais Embora o Ato Único Europeu de 1992 tenha removido formalmente as barreiras aos fluxos de capital dentro da Europa empréstimos transfronteiriços continuavam mínimos estimados entre 2 e 5 de todos os empréstimos ao consumidor na Europa em 20028 Bancos e instituições que operavam em mercados externos o faziam através de aquisições de instituições locais abrindo filiais locais ou através de joint ventures O baixo nível de empréstimos intraeuropeus tinha sido atribuído a barreiras culturais naturais e regulatórias9 Do lado da demanda os clientes pareciam confiar mais em fornecedores nacionais próximos a eles com os quais partilhavam a língua e a cultura Diferenças nacionais nos padrões de proteção ao consumidor e ações corretivas na Europa reforçavam a preferência dos clientes pelos fornecedores locais já que aumentavam a incerteza na comparação de crédito entre diferentes países Do lado do fornecimento diferenças regulatórias entre países levavam a altos custos de entrada em novos mercados e complicavam a organização dos negócios para empresas de crédito ao consumidor com aspirações globais Um gerente explicou Em alguns países como na França o governo define o teto da taxa de juros Assim lá não poderíamos promover nossos empréstimos pessoais de forma agressiva pois não poderíamos compensar riscos mais altos Precisamos nos adaptar ao campo A diretiva do crédito ao consumidor Quanto antes se der o processo de integração melhor para nós Atualmente operamos em sete países europeus e esse posicionamento nos permitiria oferecer produtos paneuropeus Salarich This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 6 Num esforço para promover integração em 1987 a Comissão Europeia introduziu a primeira diretiva de crédito ao consumidor da União Europeia UE Seu objetivo era estabelecer padrões básicos para procedimentos e relatórios Em janeiro de 2008 após seis anos de negociação foi aprovada uma nova e mais completa diretiva da UE sobre crédito ao consumidor Cobrindo todos os tipos de empréstimos ao consumidor entre 500 e 50000 ii a diretiva dava três passos em direção à integração de mercado Harmonizava o método usado para calcular as taxas percentuais anuais TPA aplicadas a empréstimos permitindo que consumidores comparassem facilmente o custo de um empréstimo com outro Dava aos clientes o direito de receber informações sobre taxas prestações mensais e TPA antes de assinar o contrato e o direito de se retirar de qualquer contrato de crédito nos primeiros 14 dias Proibia taxas sobre pagamentos antecipados que impunham custos adicionais aos consumidores que desejavam quitar empréstimos antes que eles alcançassem maturidade Finalmente dava aos consumidores o direito de se retirar de contratos de crédito se se cancelasse a compra a que estavam associados A diretiva da UE gerou reações negativas O Bureau Européen des Unions de Consommateurs BEUC uma organização de consumo europeia elogiou os passos dados na diretiva para aumentar a transparência mas lamentou o fato de a diretiva não tratar do sobreendividamento do consumidor10 A Eurofinas a federação europeia que representa as associações nacionais de fornecedores de crédito ao consumidor alegou que a nova diretiva da UE era uma oportunidade de integração perdida11 A Federação Bancária Europeia criticou a nova legislação por introduzir uma grande carga de burocracia sem melhorar a escolha do consumidor12 A diretiva da UE também suscitou reações mistas na SCF Houve desapontamento por ela não ter feito mais pela integração dos mercados de crédito da Europa Um gerente observou Como a SCF opera em tantos países um mercado integrado de crédito ao consumidor traria benefícios comerciais fiscais e operacionais Poderíamos estabelecer uma plataforma única para fazer negócios A transparência tinha limites O líder das operações na Alemanha notou Dar mais informações aos consumidores não necessariamente melhora as coisas O consumidor quer saber os preços do seu novo e antigo carro o número de prestações a taxa de juros o valor do empréstimo e talvez a opção de um seguro de vida Qualquer outra informação não aumenta a proteção mas gera confusão Você chega a uma situação em que precisa simplesmente confiar em que o Porsche que você quer tem seis cilindros se o vendedor tiver afirmado isso Para o futuro próximo a SCF faria planos com base no pressuposto de que os mercados de crédito da Europa permaneceriam fragmentados Um exgerente de negócios resumiu Um mercado integrado por enquanto continua sendo uma realidade distante Eu questionaria até mesmo o número dos empréstimos transfronteiriços como 2 do total dos empréstimos ao consumidor Ele provavelmente só reflete o empréstimo aos ingleses para comprar casas na França ou na Espanha Sou cético com relação ao nível de integração que pode ser atingido pelos mercados europeus de crédito ao consumidor Empresas de crédito ao consumidor precisam estar próximas de seus clientes Assim não consigo enxergar nenhuma capacidade para atividade transfronteiriça ii Empréstimos garantidos em propriedade compra ou reforma de imóvel estavam excluídos pois seriam tratados separadamente na Diretiva de Crédito para Hipoteca This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 7 O modelo de negócios da Santander Consumer Finance A maior atividade de empréstimos da Santander Consumer Finance era o financiamento de veículos o fornecimento de empréstimo para clientes de revendedores de automóveis comprarem carros ie empréstimo para a compra de carros no varejo às vezes associado a empréstimo para os revendedores financiarem seus estoques Figura 7 detalhamento das vendas da SCF por produto Em alguns mercados a SCF também atendia varejistas ao financiar crédito para seus clientes ie empréstimos duráveisiii e às vezes para seu próprio estoqueiv Além desses produtos principais e dependendo do mercado a SCF fornecia serviços financeiros relacionados seguro de proteção ao pagamento cartões de crédito e débito cartões de crédito de marca compartilhada cobranded atendimento bancário online empréstimos pessoais depósitos serviços de consolidação de dívidav e hipotecas Figura 8 portfólio de produtos da SCF por país A abordagem da SCF para o mercado variava de acordo com o produto Para empréstimos para bens de consumo duráveis e veículos a varejo a SCF usava uma abordagem indireta e dependia de revendedores de automóveis e varejistas inclusive supermercados lojas de eletrônicos e joalherias para atrair novos clientes e comercializar seu crédito Essa estratégia de ponto de venda PDV mantinha a SCF distante de consumidores individuais mas também dava muita ênfase a seus clientes de PDV É muito importante que façamos boas parcerias com revendedores de carros e varejistas Em primeiro lugar é através deles que oferecemos nossos empréstimos de veículos e bens duráveis É o revendedor ou varejista que oferece ao cliente nosso empréstimo não nossa equipe de vendas Os clientes de PDV nem sabem que estamos por trás de seus empréstimos Para todos os outros produtos a SCF tinha uma abordagem direta que dependia de sua própria equipe de vendas Sua estratégia primária era vender produtos diretos principalmente para seus clientes indiretos de empréstimos para veículos e bens duráveis Figura 9 modelo de negócios da SCF A SCF se referia a esse processo como conversão Depois que o primeiro contato indireto é estabelecido disse José Luis Castañeda antigo Diretor de Análise de Investimentos da SCF começamos a contatar o cliente para oferecer nossos outros produtos A SCF tinha desenvolvido um sistema de aprovação de crédito que podia ser acessado online por revendedores de automóveis e varejistas O processo podia funcionar de duas formas Na primeira revendedores inseriam informações sobre o cliente o carro ou bem durável comprado e o empréstimo desejado online A SCF então possibilitava que os revendedores vissem em tempo real a comissão que receberiam com diferentes variações de contratos de empréstimo que eles podiam acordar com o cliente Na segunda a SCF e o revendedor acordavam apenas uma taxa de juros básica Se os revendedores assegurassem acordos de empréstimo com taxas de juros acima da básica definida eles recebiam a diferença como comissão se fosse abaixo pagavam a diferença para a SCF Nas duas opções a SCF pagava a comissão à vista Isso dava aos revendedores possibilidade de manipulação Thomas Hanswillemenke Diretor da Importer Business Dealer Care Centers na Alemanha comentou Se os clientes finalizarem seus contratos de empréstimo precocemente nós arcamos com o prejuízo Se os revendedores desenvolverem modelos de negócios que incentivam os iii Empréstimos duráveis ao consumidor eram empréstimos para financiar produtos que durassem pelo menos três anos e que fossem comprados numa loja como televisões geladeiras etc iv Empréstimos para financiamento de estoque eram empréstimos para financiar inventários de carros ou bens de consumo de longo prazo ie duráveis de revendedores e varejistas v Serviços de consolidação de dívida permitiam aos clientes pegar um novo empréstimo pessoal ou garantido para cobrir suas várias dívidas incorridas existentes por exemplo de cartões de crédito cartões de loja e empréstimos pessoais This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 8 clientes a pagarem antecipadamente nós lhe pedimos que parem ou pomos um fim à nossa colaboração Após os revendedores preencherem os formulários de empréstimo de seus clientes os dados eram enviados à SCF para processamento Tipicamente uma solicitação de empréstimo individual poderia ser aprovada ou rejeitada pela SCF em pouco mais de três minutos Francisco J Gimeno Jiménez ex Chief Information Officer da SCF explicou A velocidade é crucial no negócio de financiamento de veículos Se os revendedores não conseguirem processar suas solicitações rapidamente os clientes sairão de sua loja para fazer negócios em outro lugar A conversão dos negócios indiretos em diretos Em alguns casos de empréstimo para carro ou bens duráveis o revendedor ou varejista também oferecia outros produtos complementares como seguros No entanto explicou um gerente de área Os funcionários de revendedores de carros e de varejistas vendem de acordo com seus interesses e habilidades Nós fornecemos treinamento mas os interesses dos negociantes e os do credor nem sempre estão alinhados Precisamos de contato face a face com os clientes Além disso os PDV pediam comissão extra para vender outros produtos que eram mais lucrativos para a SCF Figura 10 lucratividade dos produtos da SCF Castañeda comentou A concorrência nos negócios de PDV é muito agressiva com revendedores pedindo sempre comissões mais altas É por isso que nossas margens são baixas nesse negócio Então após atingirmos os clientes via PDV e provarmos que são bons clientes tentamos transformálos de cliente indireto em direto propondo nossos outros produtos com margens maiores Depois que o cliente assinasse o empréstimo de veículo ou bem durável a SCF começava a enviar correspondência promocional sobre outros produtos O exdiretor das operações na Alemanha explicou Cada revendedor ou varejista é um multiplicador capaz de nos fornecer até 5000 tickets de venda por ano Através de nossos canais de venda indiretos asseguramos mais de 100000 novos clientes por mês Temos uma cláusula no nosso contrato de empréstimo que pede permissão para envio de correspondência promocional Se eles concordarem enviamos cartas a cada quatro ou seis semanas para informálos sobre nossos outros produtos Enviamos cerca de 30 milhões de impressos por ano No passado preferíamos ter pouco contato com nossos clientes pois acreditávamos que isso aumentava os custos Ficávamos quase aliviados quando um empréstimo atingia a maturidade Hoje vemos o período típico de 60 meses de um empréstimo para automóvel como uma oportunidade de construir um relacionamento com nossos clientes Segundo um gerente de área em geral era fácil decidir que tipo de produto complementar oferecer aos clientes indiretos Ele disse Por exemplo se os clientes fazem empréstimos para comprar uma TV eles automaticamente se definem como clientes de empréstimo Seu comportamento sugere que não teria sentido oferecer a eles produtos de poupança Analistas de dados envolvidos localmente também minavam os dados coletados pelos revendedores e varejistas para classificar os clientes indiretos em prime baixo risco nearprime médio risco ou subprime alto risco Na Espanha ou na Alemanha a SCF também usava sua rede de filiais para converter clientes indiretos em diretos O chefe do grupo alemão explicou É muito importante sentarmos com clientes This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 9 em potencial em uma das nossas 81 filiais e estabelecermos um contato face a face entre eles e nossos vendedores Outras ferramentas foram desenvolvidas para ajudar na conversão Na Alemanha por exemplo a empresa desenvolvera o AutoDispoPlus um cartão de crédito de marca compartilhada que oferecia facilidades aos clientes de empréstimos de veículos para a compra de peças inspeção de veículos consertos e seguros e que também podia ser usado para saque de dinheiro O cartão era oferecido como um brinde pelo revendedor aos clientes menos arriscados Como um gerente explicou O revendedor oferece o cartão aos clientes depois de preencher a solicitação de empréstimo online Na primeira vez que o cliente usa o cartão ele se torna um cliente direto Nós não ganhamos muito dinheiro com esse cartão mas estabelecemos uma ligação Os revendedores também veem vantagens em distribuir esse produto As taxas de conversão variavam de acordo com o negócio e o país Por exemplo na Alemanha conseguimos converter aproximadamente três em cada 100 clientes de empréstimos para veículos em clientes diretos Entre os clientes de bens duráveis a taxa de conversão é próxima de seis em cada 100 Principais concorrentes Os principais concorrentes da SCF na Europa eram a estadunidense GE Money a francesa BNP Paribas Cetelem e as divisões de financiamento ao consumidor da Crédit Agricole Sofinco e Finaref Figura 11 concorrentes da SCF A divisão também concorria com bancos e instituições financeiras locais e em alguns países com a rede de bancos de varejo do próprio Santander Um ex gerente explicou Nada impede um consumidor britânico de pegar um empréstimo com o Abbey um banco que faz parte do grupo Santander e usar o dinheiro para comprar um carro ao invés de fazer um financiamento de veículo com a SCF britânica Da mesma forma clientes espanhóis podiam financiar suas compras de automóveis ou através da SCF España ou de empréstimos de um banco de varejo do Santander No negócio de financiamento de veículos a empresa operava paralelamente a cativas de montadoras empresas de financiamento geralmente de total propriedade da montadora de veículos e usada para dar crédito a revendedores para adquirir estoque ou financiar para os clientes como a Volkswagen Bank a GMAC Bank a FordBank ou a Peugeot Financement Hanswillemenke explicou No setor automobilístico as cativas são ferramentas de marketing Para uma montadora é muito caro reduzir a capacidade de produção ou receber de volta um carro não vendido As cativas então dão incentivos aos revendedores como empréstimos baratos e prêmios de vendas para aumentar as vendas de carros novos ou de modelos menos procurados Outro gerente de área explicou Imagine um revendedor Ford que venda cerca de 500 carros novos e 5000 carros usados por ano Todo ano a Ford tem que convencer o revendedor a comprar seus carros novos e tem que criar incentivos Através de suas cativas as montadoras podem oferecer aos revendedores formas de financiamento de estoque bem interessantes Com essa concorrência o objetivo da SCF não era substituir as cativas mas ser o segundo financiador de carros novos depois delas e o primeiro financiador de carros usados Um gerente de área explicou Encorajamos os revendedores a se beneficiarem ao máximo dos incentivos das montadoras para financiar seu estoque de novos carros se a oferta for economicamente interessante Os revendedores só devem nos procurar depois de ter explorado esses incentivos ou se não estiverem interessados em adquirir carros novos Da mesma forma a SCF não competia com as cativas nos negócios de financiamento de carros a varejo Ele prosseguiu This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 10 Nesse negócio as cativas podem oferecer aos clientes de PDV empréstimos com taxas baixíssimas Não podemos concorrem com elas É um tipo de crédito subsidiado Ainda assim essas ofertas são geralmente limitadas a modelos de carros específicos e pedem que o cliente pague uma entrada O revendedor vai apresentar nossa oferta ao cliente que não puder pagar a entrada ou não gostar daquele modelo específico No negócio de carros usados a SCF concorria diretamente com as cativas Os fabricantes de automóveis têm menos interesse nesse mercado Aqui as cativas usam armas semelhantes às nossas Estrutura da SCF Para ficar mais próxima dos mercados locais a Santander Consumer Finance tinha adotado uma estrutura descentralizada Um gerente esclareceu Nós nos aproveitamos da força da diversidade e evitamos um modelo de negócio que ofereça o mesmo produto idêntico a todos De uma perspectiva de marketing e preços precisamos nos ajustar ao território local É claro que podemos supervisionar aconselhar e fornecer capital e tecnologia de Madri Mas um fator crítico para o sucesso é ter pessoas que entendam as necessidades locais É difícil identificar essas necessidades de Madri Um exgerente reitera a importância de se concentrar nas necessidades locais O crescimento da SCF foi impulsionado por aquisições e joint ventures com empresas locais assim nossas equipes nacionais são compostas por funcionários locais Não teríamos conseguido crescer tão depressa se tivéssemos liderado nossas operações locais com espanhóis que teriam levado pelo menos um ano para absorver o ambiente e o regulamento locais A SCF estava organizada em quatro áreas geográficas cada uma liderada por um gerente Espanha Portugal Chile e Itália Europa Oriental e os países escandinavos Reino Unido e México Alemanha e Áustria e América do Norte Ainda assim as filias locais gozavam de autonomia considerável Cada filial local tinha uma pessoa responsável pelas questões jurídicas para monitorar regulamentos locais e centros de coleta de dados Recentemente a SCF tinha introduzido na maioria de suas filiais locais um gerente responsável por promover o negócio de seguros As filiais locais também eram responsáveis pelo desenvolvimento de produtos Se um novo produto implicasse novos riscos precisaria da aprovação do comitê central As cobranças eram tratadas diferentemente dependendo do cenário cobranças leves eram terceirizadas na Espanha mas realizadas internamente na Alemanha e na Rússia cobranças pesadas para as quais os padrões jurídicos nacionais diferiam consideravelmente eram sempre terceirizadas Apesar da grande autonomia das filiais locais algumas funções eram centralizadas gestão de riscos controle de custos plataforma de TI monitoramento da satisfação do cliente ie revendedor e financiamento Os bancos de dados com informações de clientes haviam sido parcialmente centralizados mas o processo era complicado devido a diferenças entre padrões de privacidade de dados nacionais Gimeno lembrou Em 2004 a SCF centralizou todas as operações europeias de centro de dados realocando seus 11 centros para dois novos locais em Madri e Londres Foi preciso bastante tempo e muita papelada A Diretiva de Privacidade de Dados de 1995 da UE impedia empresas europeias de enviar dados de clientes para países sem proteção de dados adequada Isso dificultava o trabalho dos bancos de dados da SCF na América Latina nos EUA e na Rússia This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 11 Financiamento Para financiar seus empréstimos a Santander Consumer Finance contava com diversas fontes incluindo dívida privilegiada notas promissórias securitização de ativos e depósitos de clientes Figura 12 fontes de financiamento Quando possível encorajava financiamento de depósitos locais Até 2006 os depósitos de clientes de operações bancárias na Alemanha na Espanha em Portugal e na Itália representavam a maior fonte de financiamento da divisão O Chief Financial Officer CFO da SCF explicou O financiamento local é mais barato pois podemos evitar swaps cambiais A SCF securitizava ainda grupos de empréstimos para carros e essa também estava se tornando uma fonte de financiamento cada vez mais importante para a divisão Nesse ponto no entanto o mercado europeu continuava fragmentado O CFO explicou Devido a restrições regulamentares empréstimos só podem ser securitizados país por país não temos permissão para fazer securitizações internacionais mesmo que isso fosse melhor para nós pois nos permitiria fazer compartilhamento de risco risk pooling em diferentes países Os escritórios nacionais da SCF também recebiam financiamento do grupo Santander O CFO argumentou Receber financiamento do grupo dá uma vantagem à SCF sobre seus concorrentes locais em termos de custos de financiamento O custo de financiamento seria mais alto para as operações locais se as filiais não pertencessem ao grupo As taxas de juros para as filiais nacionais eram ajustadas com base em critérios de risco do país e do negócio se a unidade levava ou não a marca Santander no nome o tamanho do mercado em relação ao negócio da SCF PIB per capita e a classificação de risco de crédito soberano do país Abordagem da SCF para novos países A ampla cobertura geográfica da SCF permitia que ela distribuísse o risco Além disso a SCF esperava aprender com seus diferentes negócios San Félix deu o exemplo dos Estados Unidos Estamos exportando knowhow de nossas operações nos EUA para a Europa Não só sabemos como precificar o produto de acordo com o risco do consumidor uma prática que a Drive já faz há anos e que a Europa está começando a fazer agora mas também aprendemos que o modelo de negócio tem que estar bem alinhado com as necessidades do segmento de risco que atendemos Se você construir um negócio com foco num segmento de risco específico se você tiver ideias claras sobre sua provável taxa de inadimplência o número de carros que recuperará e como os recomercializará então você ganha muito dinheiro Se seu modelo de negócios não tem sentido mesmo que você tenha preços altos para seus produtos você pode perder muito mesmo nos Estados Unidos A abordagem da SCF era cobrir os principais países europeus em termos de PIB per capita e população Castañeda explicou A SCF investe em países com grande população ou com altas taxas de crescimento do PIB per capita ou com boas expectativas de crescimento É claro que países que atendem a esses dois prérequisitos são melhores mas a concorrência neles é em geral maior Um antigo gerente observou que a entrada nos países membros da UE não tinha apresentado grandes dificuldades para a SCF No Leste Europeu crédito é algo novo A mentalidade deles ainda dita que se você deve algo você tem que devolver Além disso querem ser parte da UE Eles querem alcançar os This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 12 outros e ser bons cidadãos Se você for à Polônia ou à República Tcheca hoje verá que eles não são tão ricos quanto os países da Europa Ocidental mas adotaram uma cultura financeira semelhante No entanto como o crédito era algo novo em países antes comunistas algumas instituições não existiam Ele continuou Instituições tão importantes quanto agências de cobrança não existiam ou eram menos desenvolvidas Então em alguns casos tínhamos que fazer isso internamente como por exemplo na Polônia e na Rússia Mas só nos primeiros anos Esforços para se estabelecer em países fora da UE apresentavam desafios adicionais Quando o Santander entrou na Rússia em 2007 o setor bancário ainda estava em transição Pelo regulamento financeiro russo as autoridades bancárias tinham o direito de revogar a licença de qualquer banco que tivesse prejuízos por três meses consecutivos Para um novo credor ao consumidor essa regra criava problemas claros e o Santander escolheu entrar na Rússia como uma firma financeira em vez de banco Apesar desses desafios a SCF via a Rússia como um mercado de grande potencial A maioria dos russos era proprietária de seu apartamento após as privatizações póscomunistas Os salários ainda não eram altos mas a propriedade dava a eles um nível alto de riqueza E o risco de mutuário parecia ser baixo Um gerente acrescentou Cada país europeu apresenta à SCF suas próprias limitações regulamentares específicas Temos que ser extremamente flexíveis não podemos aplicar exatamente o mesmo modelo em todos os países No momento de decidir sobre a entrada ou não em um país consideramos o que podemos e não podemos fazer e depois definimos que modelo de negócio aplicar Figura 13 venda de produtos da SCF por país Na Alemanha por exemplo a SCF tinha um foco menor em hipotecas Hanswillemenke explicou Hipotecas não são convenientes para nós As taxas de juros são baixas Além disso elas limitam nossas possibilidades de vender outros produtos já que os clientes de hipoteca têm que pagar prestações altas e por muito tempo Olhando para o futuro O financiamento ao consumidor é um negócio cíclico Isso é visto nos EUA e na Europa O negócio de financiamento passa por altos e baixos Estamos em um período de baixa Vemos problemas de liquidez no mundo todo as vendas de automóveis estão estáveis ou em queda e em breve teremos uma nova diretiva da UE Há uma pressão sobre as margens volumes decrescentes de financiamento e piora do crédito Mas a SCF vê boas oportunidades em comparação com os concorrentes nesse ambiente devido ao knowhow e por pertencer a um grupo financeiro grande e sólido Salarich Conforme Salarich contemplava o futuro da Santander Consumer Finance três grandes questões se colocavam A primeira lidava com expansão Novos mercados de crédito ao consumidor estavam emergindo no mundo todo deveria o Santander agir para operar nesses novos mercados Um gerente da SCF tinha notado tanto a promessa quanto o desafio que esses novos mercados podiam representar Algumas pessoas veem o PIB per capita para entender para onde irá o financiamento ao consumidor Eu vejo carros por habitante No Brasil a população é quatro vezes maior do que a da Espanha mas o número de carros é o mesmo O crescimento virá de países emergentes This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 13 como o Brasil a Índia e a China Figura 14 alguns números Mas são muito diferentes dos países em que atuamos agora Antes de investir lá precisamos nos certificar de que nosso negócio principal é suficientemente forte O segundo desafio era a consolidação Que funções deveriam ser centralizadas para ganhar eficiências e quais deveriam ser descentralizadas Um gerente observou Inciarte conseguiu encontrar todas essas novas oportunidades e fazer com que a diretoria do banco as aceitasse Identificamos quatro áreas que precisam ser melhoradas financiamento de estoque conversão de clientes cobrança de pagamentos e seguros A discussão é como fazer isso Devemos criar um departamento central que diga aos gerentes locais o que fazer ou devemos contratálos localmente Alguns países já reclamam da pressão que a matriz exerce sobre eles No entanto os produtos têm êxito quando há alguém dedicado a eles e temos muito a aprender sobre o trabalho entre países E por fim Salarich tinha que definir o mix de produtos da SCF Historicamente seu ponto forte e vantagem competitiva residia no negócio de empréstimo para veículos um negócio de baixo risco mas com margens menores Mas experiências recentes tanto nos Estados Unidos quanto com empréstimos ao consumidor para bens que não automóveis tinham mostrado potencial de expandir para negócios de maior retorno Até que ponto eles deveriam se direcionar mais para empréstimos pessoais diretos E poderiam eles aplicar as estratégias de precificação de empréstimos aprendidas com sua subsidiária dos EUA a Drive para mercados automobilísticos europeus Salarich tinha quatro meses para decidir This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 14 Figura 1 Dados importantes do grupo Santander Balanço patrimonial declaração de renda e funcionários do grupo Santander de 2005 a 2007 Dados em milhão de exceto quando especificado 2005 2006 2007 Ativos totais 809 107 833873 912915 Empréstimos ao consumidor 435 829 523346 565477 Fundos de consumidor sob gerenciamento 651 360 739223 784995 Patrimônio dos acionistas 35 841 40062 51945 Total de fundos geridos 961 953 100996 1063892 Resultado líquido de juros 10324 12076 14882 Receita comercial 17541 20184 24096 Receita operacional bruta 19076 22333 27095 Receita operacional líquida 8765 11218 14842 Lucro líquido de atividade ordinária 5411 6674 8518 Lucros atribuíveis ao grupo 6220 7596 9060 Número de funcionários 120047 123731 131819 N de filiais na Europa continental 5389 5772 5976 N Reino Unido 712 712 704 N América Latina 4100 4368 4498 N total de filiais 10201 10852 11178 Notas Todos os dados estão em milhão de exceto quando especificado b Dados principais do grupo Santander por região geográfica 2007 Dados principais do grupo por região geográfica Receita operacional bruta milhão de Receita operacional líquida Lucro para o grupo Funcionários Filiais ROE retorno sobre o patrimônio Europa continental 12843 7736 4423 47838 5976 213 Rede de filiais do Santander 4747 2863 1806 19392 2887 227 Banesto 2282 1312 668 10776 1946 183 Santander Consumer Finance 2638 1867 719 7221 285 341 Portugal 718 672 511 6405 763 286 Reino Unido Abbey 3780 1913 1201 16827 704 323 América Latina 10386 5308 2666 65628 4498 291 Gestão financeira e participações acionárias 86 665 180 1526 Total do grupo 14842 8111 131819 11178 1961 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 15 Figura 2 Datas principais da Santander Consumer Finance 1987 Aquisição da Bankhaus Centrale Credit AG CCBank Alemanha 1990 Aquisição da Hispamer após a fusão Banco Santander Banco Central Hispano 1996 Controle total do CCBank 1997 Propriedade conjunta da Fininconsumo Itália com o Banco San Paolo IMI 2001 Criação da divisão Santander Consumer Finance a partir da Hispamer CC Bank e Finconsumo 2002 Aquisição da AKB Alemanha 2004 Aquisição da Finconsumo Itália 50 restantes 2004 Aquisição do Elcon Bankia Noruega 2004 Aquisição da PTF Polônia 2004 Aquisição da Abfin Países Baixos 2005 Aquisição da SC Reino Unido início de atividades 2006 Aquisição da Unifin Itália 2006 Aquisição do Interbanco Portugal 2006 Aquisição da Drive EUA 2007 Aquisição da México início de atividades 2007 Aquisição do Extrobank Rússia 2007 Chile início operações em 2008 Fonte Dados da empresa Figura 3 Informações financeiras da Santander Consumer Finance total de 267 bilhões Distribuição dos negócios por região geográfica This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 16 b crescimento da SCF This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 17 Figura 3 cont c Balanço patrimonial e declaração de renda 2007 milhão de Balanço patrimonial 2007 Empréstimos e créditos 45731 Devido a instituições de crédito 2912 Ativos intangíveis 839 Outros 1781 Ativos totais 51263 Depósitos de cliente 13883 Títulos de divida negociáveis 18080 Devido a instituições de crédito 14493 Patrimônio de acionistas 2079 Outros 2728 Total de passivos 51263 d Números principais dezembro de 2007 Clientes Clientes Mais de 10 milhões Número de revendedores 106904 Carros financiados 13 milhões de carros Funcionários 6573 Filiais 282 Total em aberto 46 bilhões Lucro antes de impostos 105 bilhão Lucro líquido 737 milhões Custo de receita 296 ROA retorno sobre ativos antes de impostos 242 Fonte Dados da empresa Nota Taxa de inadimplência significa inadimplência 90 diastotal de empréstimos Declaração de renda 2007 Receita líquida de juros 2085 Receita operacional bruta 2638 Custos operacionais 803 Receita operacional líquida 1867 Provisões líquidas para perdas com empréstimos 842 Receita antes de impostos ordinária 1052 Receita líquida consolidada ordinária 737 Receita atribuível ao grupo 719 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 18 Figura 4 Crédito ao consumidor nos Estados Unidos 2003 2004 2005 2006 2007 Crédito concedido ao consumidor ajustado sazonalmente Mudança na taxa anual Total 53 55 43 45 55 Rotativo 29 38 31 61 76 Não rotativo 67 64 49 36 42 Quantia Total 2 0780 2 1913 2 2849 2 3875 2 5176 Rotativo 7705 8000 8250 8754 9418 Não rotativo 1 3075 1 3913 1 4599 1 5121 1 5757 Termos para crédito nos bancos comerciais e empresas financeiras não ajustados sazonalmente Instituição termos e tipo de empréstimo Bancos comerciais Taxas de juros para 48 meses carros novos 69 66 71 77 78 24 meses plano de cartão de crédito pessoal 119 119 120 124 124 Todas as contas 123 127 125 132 134 Juros avaliados de contas 127 132 156 147 147 b empréstimos para carros novos em empresas financeiras Taxas de juros 34 44 55 50 45 Maturidade meses 614 605 600 623 610 Cota de financiamento 95 89 88 91 93 Quantia financiada dólares 26 295 24 888 24 133 25 958 27 911 Fonte Consumer Credit documentos estatísticos do Federal Reserve dos EUA website do Federal Reserve httpwwwfederalreservegovreleasesg19Current acesso em 16 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 19 Figura 5 Crédito ao consumidor na Europa Desenvolvimento do crédito ao consumidor na Europa desde 1995 empréstimos em aberto em milhões de Dez 1995 Dez 1996 Dez 1997 Dez 1998 Dez 1999 Dez 2000 Dez 2001 Dez 2002 Dez 2003 Dez 2004 Áustria 14810 16525 23927 23310 22143 20610 23535 Bélgica 9321 9532 10149 11180 11958 12739 13231 13505 13723 14078 Chipre 499 604 675 729 875 964 952 960 925 936 República Tcheca 150 496 622 561 828 1675 1902 2231 Dinamarca 9103 9363 9862 10855 11308 12496 12243 11877 12339 13084 Estônia 96 75 111 29 54 75 95 172 Finlândia 3256 3275 3014 3123 6386 6706 7324 8048 França 63757 69333 74859 80836 90708 97848 103006 105719 110716 115507 Alemanha 197198 200713 202181 216145 215695 222554 222405 224343 230913 236957 Grécia 5511 7852 9755 12050 17054 Hungria 658 565 619 724 1131 1546 2209 2883 3190 4431 Irlanda 2995 3336 3752 5040 6811 7751 9300 10462 11330 14701 Itália 21557 23828 27139 32312 37112 41181 45244 51298 60980 Letônia 51 84 107 148 220 282 Lituânia 31 30 29 41 94 218 Luxemburgo 500 700 1091 1250 1301 1360 1185 1269 Malta 50 88 83 102 120 133 121 104 84 187 Países Baixos 9365 9893 10864 12266 12848 13831 13903 18647 20442 22523 Polônia 2926 4080 5044 6878 9757 11115 10369 9199 11209 Portugal 5013 6191 6770 8177 8074 7872 8691 9059 Eslováquia 91 75 119 160 217 509 Eslovênia 1100 1086 1073 1174 1410 Espanha 29182 36652 43326 48498 48739 53733 55529 62269 Suécia 22725 20992 22558 22146 26310 29843 29090 31828 32327 34462 Reino Unido 79186 101954 130585 146134 183016 209506 225388 244558 239063 259987 Fonte Statistics Consumer Credit in the EU25 by member states website do European Savings Banks Group ESBG httpwwwesbgeuuploadedFilesPublicationsandResearchESBGonlyStatistics0820Consumer20credit 20in20the20EUxls acesso em 15 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 20 Figura 5 cont b Crédito ao consumidor per capita em países desenvolvidos selecionados em 2007 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 21 Figura 6 Crédito ao consumidor na Europa Comparação entre países 2006 penetração no mercado por produto de crédito ao consumidor na Europa Fonte Jean Coumaros Enrico Sanna e Luca Zuccoli Consumer Finance in Europe Back to Reality Oliver WymanSantander Consumer Finance EFMA Londres 2008 disponível em httpwwwoliverwymancomowpdffiles OWEnFS2008ConsumerFinanceInEuropepdfpdf acesso em setembro de 2010 b Países agrupados por taxas de crescimento de financiamento ao consumidor e tipo de regulamento Dinâmicos Alto nível de inovação concorrência e regulamento liberal suportando grande crescimento mesmo em casos de mercados já muito desenvolvidos Reino Unido Itália Portugal Espanha Hungria República Tcheca Polônia Irrestritos Regulamentos liberais e bom potencial de desenvolvimento Grécia Turquia Finlândia Países Baixos Suécia Irlanda Noruega Limitados Regulamentos rígidos e bem protegidos França Saturados Pouco espaço para desenvolvimento devido a resistências culturais ao endividamento crescimento macroeconômico fraco baixos níveis de concorrência e restrições regulatórias Alemanha Áustria Bélgica Latentes Baixos níveis de concorrência freando o desenvolvimento do mercado Suíça Dinamarca Luxemburgo Nota Estes países foram classificados como Dinâmicos Irrestritos Limitados Saturados e Latentes de acordo com suas taxas de crescimento do mercado de financiamento ao consumidor e regulamentos Fonte Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver Wyman European Credit Research Institute Londres 2005 p6 httpwwwecribenewsystemfilesConsumer FinanceReportMercerOliverWymanECRIpdf acesso em 16 de julho de 2008 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 22 Figura 7 Detalhamento das vendas da SCF por produto Detalhamento das vendas da Santander Consumer Finance por tipo de produto de 2004 a 2006 em milhão de Vendas da SCF por produto 2004 2005 2006 Financiamento de carros 96152 116848 137799 Empréstimos ao consumidor 15824 17500 20103 Cartões de crédito 20803 27278 32528 Financiamento direto 12433 16957 22993 Hipotecas 6313 9811 13938 Outros 1371 1463 2346 Total de novos negócios 152896 189857 229707 Detalhamento dos novos negócios da Santander Consumer Finance por produto em 2007 total 267 bilhões Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 23 Figura 8 Portfólio de produtos da Santander Consumer Finance em fevereiro de 2008 Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 24 Figura 9 O modelo de negócios da Santander Consumer Finance Fonte Dados da empresa Figura 10 Lucratividade de diferentes produtos da Santander Consumer Finance Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 25 Figura 11 Comparação entre a Santander Consumer Finance e seus principais concorrentes 1H07 Empréstimos em aberto Renda líquida Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 26 Figura 12 Fontes de financiamento da Santander Consumer Finance Detalhamento de depósitos provenientes de instituições de crédito por tipo e moeda em milhares de 2006 2005 Tipo Contas recíprocas 593494 113989 Depósitos a prazo 8948628 9143656 Outras contas a vista 175582 54385 9717704 9312030 Moeda Euro 5117470 6446610 Moeda estrangeira 4600234 2865420 Total de passivos financeiros 9717704 9312030 b Detalhamento de depósitos de cliente por tipo região geográfica e moeda em milhares de 2006 2005 Tipo Setor público governo local 11833 263788 Depósitos a vista Contas correntes 6578928 7655314 Contas poupança 2323685 2666719 Outros depósitos a vista 31035 5954 Depósitos a prazo Depósitos a prazo fixo 4350917 2811435 Contas poupança habitação 65743 55673 Outros passivos financeiros associados Com ativos financeiros transferidos 20347 Outros depósitos a prazo 1893 2353707 13364034 15832937 Região geográfica Espanha e Portugal 4001418 3843275 Alemanha 8787073 11415178 Itália 490656 492855 Escandinávia 74234 75953 Resto da Europa 10653 5676 13364034 15832937 Moeda Euros 13284141 15750255 Moeda estrangeira 79893 82682 13364034 15832937 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 27 Figura 12 cont c Títulos de dívida negociáveis por tipo em milhares de 2005 2006 Tipo Títulos e debêntures em aberto 956169 5565655 Títulos de hipotecas 1193952 Notas e outras obrigações2 4731556 5737974 5687725 12497581 Adicionar ajustes de valorização 46368 122103 Dos quais Juros acumulados 46368 152768 Outros itens 30665 5687725 12497581 Fonte Dados da empresa 1 Dessa quantia 139 bilhão and 281 bilhões relacionados a títulos e debêntures emitidos pelo Santander Consumer Bank SpA e Santander Consumer Bank AG respectivamente em 2006 996 milhões e 61 milhões respectivamente em 2005 Além disso em 31 de dezembro de 2006 1350000 e 13125 relacionados a títulos e debêntures emitidos pela FTA Santander Consumer Spain Auto 06 e Altair Finance respectivamente Apêndice I 2 Títulos permitidos para listagem no mercado de títulos da Espanha AIAF totalmente emitidos pelo banco A taxa de juros anual nos títulos de hipoteca é de 3875 e as notas que foram emitidas com desconto tinham taxa de juros anual média de 280 em 2006 This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 712P04 Santander Consumer Finance 28 Figura 13 Empréstimos da Santander Consumer Finance por país em 2006 em milhões de Alemanha Espanha Itália Escandi návia EUA Polônia Portugal Outros itens Total Total do portfólio 15988 10950 5033 2831 2230 1529 883 1219 40663 Financiamento de carros 10676 6101 3635 2546 2230 645 706 950 27490 Veículos novos 4145 5520 3146 1448 361 385 526 405 15936 Veículos usados 6531 581 488 1098 1869 261 180 545 11553 Empréstimos ao consumidor e cartões de crédito 1054 1045 544 112 0 0 53 20 2827 Empréstimos ao consumidor 937 500 364 0 0 0 44 1 1845 Cartões de crédito 117 545 180 112 0 0 9 19 983 Diretas 2631 565 768 18 0 51 0 31 4065 Hipotecas 3 2478 0 0 0 787 0 38 3305 Outros 108 492 80 155 0 0 1 7 843 Financiamento de estoque 1517 269 6 0 0 46 123 172 2133 do total 393 269 124 70 55 38 22 30 100 Fonte Dados da empresa Figura 14 Venda de carros e poder aquisitivo em mercados emergentes Fonte Dados da empresa This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Santander Consumer Finance 712P04 29 Notas de fim 1 Global Consumer Finance Industry Profile Datamonitor abril de 2008 acessado via OneSource em 8 de junho de 2008 As Américas incluíam Argentina Brasil Canadá Chile Colômbia México Venezuela e Estados Unidos A Europa incluía Bélgica República Tcheca Dinamarca França Alemanha Hungria Itália Países Baixos Noruega Polônia Rússia Espanha Suécia e Reino Unido A Ásia incluía Austrália China Japão Índia Singapura Coreia do Sul e Taiwan 2 Paying the Price of Consumerism in El Pais English Edition Herald Tribune 25 de julho de 2005 acesso via Factiva em 8 de junho de 2008 3 Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver Wyman European Credit Research Institute Londres 2005 4 Eram a Experian Equifaz e Callcredi 5 Karl Lannoo e Almudena de la Mata Muñoz 2003 Integration of the EU Consumer Credit Market Proposal for a More Efficient Regulatory Model Centre for European Policy Studies Bruxelas 6 Jean Coumaros Enrico Sanna Mark Weil e Luca Zuccoli Consumer Credit in Europe Riding the Wave Mercer Oliver WymanEuropean Credit Research Institute Londres 2005 7 Ibid 8 Crossborder Lending Promoted by EU Plans International Herald Tribune 14 de janeiro de 2008 em httpwwwihtcomarticles20080114businesscreditphp acesso em 9 de abril de 2008 9 Karl Lannoo e Almudena de la Mata Muñoz 2004 Integration of the EU Consumer Credit Market Proposal for a More Efficient Regulatory Model CEPS Working Document No 213November 2004 Centre for European Policy Studies Bruxelas disponível em httpaeipittedu6647011174213pdf acesso em julho de 2008 10 BEUC Statement on Consumer Credit 18 de janeiro de 2008 em httpwwwbeuceuContentDefaultaspPageID701LanguageCodeEN acesso em 14 de abril de 2008 11 Consumer Credit EurActiv 21 de janeiro de 2008 em httpwwweuractivcomenfinancial servicesconsumercreditarticle146529 acesso em 14 de abril de 2008 12 Ibid This document is authorized for use only in Rodrigo Lamass Mercado Financeiro GRADTECNOLOGO22 at Fundacao Getulio VargasFGV EBAPE from Mar 2022 to Jun 2022 Questão 1 Os intermediários financeiros são agentes legalmente capazes de fazer operações passivas captar recursos e operações ativas emprestar recursos com outros agentes econômicos A intermediação financeira é o objetivo do mercado de crédito Nele desenvolvese a intermediação financeira no estado primário ou seja tomadores de recursos de curto e longo prazos buscam as instituições financeiras fornecedoras de crédito que por sua vez captam recursos de agentes financeiros poupadores No processo de intermediação financeira para as operações de crédito uma instituição pode atuar como sujeito ativo credor de empréstimos de recursos ou como sujeito passivo devedor de recursos captados a Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito passivo como ela capta recursos identificando as fontes de financiamento e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c e 12 R A Santander Consumer Finance desenvolveu uma estrutura diversificada de captação que evoluiu significativamente ao longo do tempo Em 2007 seu passivo total era de 51263 bilhões composto principalmente por títulos de dívida negociáveis 18080 bilhões 353 e depósitos de clientes 13883 bilhões 271 Os depósitos provinham majoritariamente da Espanha Alemanha Itália e Países Nórdicos Os títulos de dívida incluíam debêntures e notas promissórias Historicamente a Santander Consumer Finance inicialmente dependia do capital do Grupo Santander para sua expansão internacional Até 2006 os depósitos de clientes eram sua principal fonte de captação oferecendo financiamento estável com custos reduzidos Posteriormente sob liderança de Inciarte e Salarich a empresa intensificou o uso da securitização de ativos especialmente de empréstimos para automóveis embora enfrentasse limitações regulatórias no mercado europeu Durante a crise de 2007 a diversificação das fontes e o suporte do Grupo Santander foram essenciais para sua resiliência permitindo equilibrar centralização estratégica com autonomia local nos diferentes mercados de atuação b Analise a Santander Consumer Finance enquanto sujeito ativo como ela empresta recursos identificando os produtos e sua evolução histórica Para tanto você deve focar nas figuras 3c 7 e 13 R A Santander Consumer Finance consolidouse como agente ativo no mercado de crédito com um portfólio diversificado Em 2007 empréstimos e créditos representavam 45731 bilhões 89 dos ativos totais O financiamento de veículos mantevese como produto principal entre as vendas de 2004 a 2006 crescendo de 9615 bilhões para 13779 bilhões Cartões de crédito e empréstimos ao consumidor também apresentaram crescimento expressivo indicando diversificação controlada Em 2006 a Alemanha liderava com 393 da carteira 15988 bilhões principalmente em financiamento de carros usados seguida por Espanha 263 e Itália 101 Historicamente a Santander Consumer Finance iniciou suas operações com a aquisição do CC Bank na Alemanha especializado em financiamento veicular Posteriormente expandiuse via aquisições estratégicas pela Europa e mercados como EUA México e Rússia diversificando gradualmente seu portfólio para incluir produtos como hipotecas e seguros A instituição adaptava seus produtos às particularidades locais na Alemanha oferecia o AutoDispoPlus para despesas relacionadas a veículos na Espanha priorizava hipotecas produto evitado na Alemanha devido à baixa rentabilidade Um elemento estratégico era o relacionamento com revendedores de automóveis como canal indireto de captação implementando sistemas de aprovação rápida três minutos e buscando posteriormente converter esses clientes em diretos através de produtos adicionais Questão 2 Podemos dizer que risco financeiro é a probabilidade de perda em razão de uma exposição ao mercado de uma intermediação malsucedida São todas as possibilidades que podem levar uma pessoa ou empresa a perder dinheiro seja através de transações financeiras diversas ou investimentos Segundo o Banco Central do Brasil uma estrutura de gerenciamento de riscos eficiente deve ser capaz de identificar mensurar avaliar monitorar reportar controlar e mitigar os seguintes riscos financeiros Risco de Crédito Risco de Mercado Risco Operacional Risco de Liquidez Risco Social Ambiental e Climático Identifique no texto quatro situações em que a Santander Consumer Finance esteja exposta a um risco financeiro citando o risco e justificando Considere como exemplo a reportagem publicada no site do Valor Econômico em 03032022 abaixo httpsvalorglobocomfinancasnoticia20220303appdoitausaidoaraposbugde movimentacoesrepentinasemcontasghtml App e site do Itaú saem do ar após bug de movimentações repentinas em contas Problema ocorre horas depois de um erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Por Cindy Damasceno Valor Fortaleza 03032022 15h51 Passagem do texto erro de processamento de dados no sistema do Itaú ter adicionado ou subtraído valores em contas de usuários Risco Operacional falhas em sistemas processos ou infraestrutura de tecnologia da informação Justificativa aqui você escreve porque a parte selecionada do texto tem relação com o risco identificado R 1 Risco de Crédito risco de perda financeira decorrente do não cumprimento de obrigações contratuais pelos tomadores de empréstimos resultando em inadimplência Passagem do texto Novos empréstimos eram avaliados por meio dessa lista negra mas não havia dados positivos centralizados incluindo volume total de empréstimos em aberto A Alemanha dava algumas informações a mais mas não o suficiente para avaliação do risco de novos clientes Justificativa Esse trecho evidencia o risco de crédito associado à falta de informações completas sobre o perfil financeiro dos clientes o que dificulta a avaliação precisa do risco de inadimplência ao conceder novos empréstimos aumentando a possibilidade de perdas financeiras por decisões baseadas em informações insuficientes 2 Risco de Mercado risco de perdas decorrentes de flutuações nos valores de mercado incluindo taxas de juros câmbio preços de commodities e condições econômicas gerais Passagem do texto O financiamento ao consumidor é um negócio cíclico Isso é visto nos EUA e na Europa O negócio de financiamento passa por altos e baixos Estamos em um período de baixa Vemos problemas de liquidez no mundo todo as vendas de automóveis estão estáveis ou em queda e em breve teremos uma nova diretiva da UE Justificativa Esse trecho ilustra o risco de mercado associado à ciclicidade do negócio de financiamento demonstrando como fatores macroeconômicos e tendências do setor podem afetar diretamente o volume de operações e resultados financeiros da empresa exigindo estratégias adaptativas para os diferentes momentos do ciclo econômico 3 Risco Operacional risco de perdas resultantes de processos internos inadequados ou falhos pessoas sistemas ou eventos externos incluindo riscos legais e de conformidade Passagem do texto Bancos de dados da SCF na América Latina nos EUA e na Rússia enfrentavam desafios A Diretiva de Privacidade de Dados de 1995 da UE impedia empresas europeias de enviar dados de clientes para países sem proteção de dados adequada Justificativa Essa passagem demonstra o risco operacional relacionado ao cumprimento regulatório em questões de privacidade de dados A impossibilidade de compartilhar dados entre diferentes regiões devido a restrições regulatórias cria desafios significativos para a integração de sistemas análise consolidada de dados e implementação de controles uniformes aumentando a probabilidade de falhas operacionais e ineficiências 4 Risco de Liquidez risco de a instituição não conseguir honrar suas obrigações financeiras no vencimento sem incorrer em perdas inaceitáveis ou de não conseguir transformar ativos em recursos líquidos quando necessário Passagem do texto O impacto das restrições regulamentares na securitização transnacional de ativos na Europa o que impede a SCF de realizar compartilhamento de risco em diferentes países aumentando a ineficiência no acesso a liquidez Justificativa Esse trecho mostra o risco de liquidez relacionado às limitações na capacidade de transformar ativos em caixa através da securitização internacional As restrições regulatórias que impedem a securitização transnacional reduzem a flexibilidade financeira da empresa e limitam sua capacidade de obter liquidez em momentos de necessidade especialmente em mercados específicos que possam enfrentar condições adversas