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Brasil e China decidem negociar em suas próprias moedas para fugir do Dólar Este sistema permite que as operações de comércio exterior ou financiamento entre os países sejam realizadas por meio da conversão de reais em iuanes e viceversa Por Agência Publicado em 29 de março de 2023 17h57 Atualizado em 29 de março de 2023 21h39 O governo do Brasil anunciou nesta quartafeira 29 um acordo com a China para a realização de transações do comércio bilateral em suas próprias moedas sem a necessidade do dólar informou a agência de exportação brasileira após um fórum econômico realizado em Pequim Este sistema permite que as operações de comércio exterior ou financiamento entre os países sejam realizadas por meio da conversão de reais em iuanes e viceversa evitando a conversão para o dólar que acontece nas transações internacionais A expectativa é reduzir custos fomentar ainda mais o comércio bilateral e facilitar os investimentos no Brasil explicou a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ApexBrasil em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores A China é o principal parceiro comercial do Brasil O comércio bilateral foi de US 1505 bilhões cerca de R 780 bilhões em 2022 um recorde com US 897 bilhões R 467 bilhões aproximadamente em exportações brasileiras Durante a missão das autoridades econômicas do Brasil à China foram designados os dois bancos que tornarão essas operações possíveis o Bank of Communications BBM e o Banco Industrial e Comercial da China Por meio destas duas instituições os exportadores dos dois lados irão receber em sua moeda os pagamentos realizados na moeda do país de origem um passo que permite concretizar um princípio de acordo selado no fim de janeiro lembrou no fórum de Pequim a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda brasileiro Tatiana Rosito citada pela imprensa A exclusão da moeda intermediária será opcional para as empresas A medida se dá em um cenário de influência crescente da economia chinesa e de internacionalização do iuane destacou Tatiana segundo o portal UOL A China que disputa a hegemonia econômica com os Estados Unidos e busca reduzir a dependência do dólar fechou acordos semelhantes com Rússia e Argentina entre outros A missão na China da qual participam cerca de 250 empresários fazia parte da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelada no último domingo O Brasil também é o principal destino dos investimentos chineses na América Latina 48 com US 703 bilhões entre 2007 e 2020 segundo o Conselho Empresarial BrasilChina AFP httpswwwotempocombreconomiabrasilechinadecidemnegociaremsuas propriasmoedasparafugirdodolar12840153 Depois do pesoreal Brasil negocia substituir o dólar em relações comerciais com a China No fim de janeiro os BCs dos dois países assinaram um memorando para estabelecer um banco para fazer a compensação das divisas diretamente Seu Dinheiro 30 de março de 2023 1620 atualizado às 1515 Depois do estudo para criar uma moeda única entre Argentina e Brasil o pesoreal para as relações comerciais o governo brasileiro tenta repetir a ideia com outros parceiros econômicos Nas últimas semanas Brasil e China avançaram nas negociações para que o comércio e os investimentos sejam feitos diretamente entre o real e o yuan a fim de excluir o dólar americano como moeda de referência nas transações No fim de janeiro os bancos centrais dos dois países assinaram um memorando para estabelecer uma clearing house no Brasil Na prática tratase de um banco escolhido pelo governo chinês o ICBC com liquidez na moeda chinesa para fazer a compensação das divisas diretamente O empresário no Brasil receberia em yuan e faria nesse mesmo banco a troca pelo real Segundo relatório lançado em novembro do ano passado pelo Banco do Povo da China PBC o banco central chinês no fim de 2021 existiam 27 bancos de clearing da moeda chinesa fora da China continental em 25 países e regiões diferentes como Canadá Alemanha Reino Unido França Luxemburgo Suíça Catar Taiwan Coreia do Sul Cingapura e Austrália Na América do Sul o Chile possui um acordo similar assim como a Argentina Até mesmo os EUA possuem uma clearing house para fazer a troca direta da moeda indicada pelo BC chinês A medida de afastar o dólar americano nas relações comerciais tem sido adotada pela China em meio ao cenário de disputas geopolíticas e econômicas com os EUA Recentemente o governo do presidente Xi Jinping firmou acordos com Arábia Saudita e Rússia para o uso do yuan no comércio Por fim o yuan tem cerca de 2 de participação nos pagamentos globais em crescimento principalmente no entorno do gigante asiático Câmbio entre Brasil e China A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda Tatiana Rosito afirmou que a maior previsibilidade das taxas de câmbio é muito importante para investidores e comerciantes Segundo ela os impostos sobre transações de câmbio são um dos pontos mais questionados por parceiros chineses no Brasil e o comércio em moeda local poderia contribuir para o incremento das trocas bilaterais A balança comercial entre os dois países alcançou US 150 bilhões no ano passado e os investimentos diretos da China no Brasil chegaram ao acumulado de US 70 bilhões Esses elementos reduzirão os custos de transação para trocas entre real e yuan e são um elemento a mais nesse adensamento das relações disse Rosito que participou do Fórum de Negócios BrasilChina realizado ontem em Pequim com cerca de 523 participantes entre autoridades dos dois governos e empresários Para além disso o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social BNDES também planeja lançar novas linhas de financiamento para o comércio bilateral RealYuan redução do custo Brasil O acordo pode trazer vantagens para exportadores e importadores brasileiros com baixo risco para o Brasil segundo especialistas ouvidos pelo Estadão Na visão de Tulio Cariello diretor de Conteúdo do Conselho Empresarial BrasilChina CEBC as transações diretas permitiriam redução de custos financeiros já que ao passar os pagamentos da moeda chinesa para o dólar e depois para o real ou viceversa há perdas nas taxas de câmbio Em segundo lugar as taxas de câmbio para yuan com maior controle do governo chinês variam menos dando maior previsibilidade para as empresas Pode ser uma alternativa para diminuir o custo de transação para evitar duas conversões afirmou o exsecretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Welber Barral Ele pontua porém que o acordo não deve substituir por completo o uso do dólar nas transações com o gigante asiático Isso porque apesar de o Brasil poder comercializar diretamente por meio de outras moedas chamadas de conversíveis como euro franco suíço e libra esterlina mais de 90 das transações do comércio exterior brasileiro hoje ainda são em dólar Segundo o consultor Sérgio Quadros diretor da SQ Asia Business Consulting outra vantagem das transações diretas para os exportadores brasileiros é a possibilidade de abrir mercado na China já que as regras da política de controle de capitais do governo chinês limitam o acesso dos importadores locais ao dólar Com as transações diretas é possível ir além desses limites Certamente haverá aumento do comércio afirmou Por fim um executivo de um dos maiores frigoríficos do País disse que o acordo poderá ser interessante se o fato de não envolver o dólar permitir o acesso a linhas de financiamento para exportação em bancos chineses com taxas de juros mais baixas Para exportadores do agronegócio nacional o uso do dólar pode ser vantajoso pois além de receberem na moeda americana e terem despesas em real conseguem reduzir os efeitos do chamado custo Brasil As informações são do jornal O Estado de S Paulo httpswwwseudinheirocom2023internacionaldepoisdopesorealbrasilnegocia substituirodolaremrelacoescomerciaiscomachinalils Com a implementação do sistema de Bretton Woods em 1944 ficou definido que o dólar seria a moeda padrão nas negociações comerciais e financeiras no âmbito internacional estabelecendo um equilíbrio entre as políticas monetárias dos países e substituindo o padrãoouro válido até então Desde então grande parte das transações comerciais internacionais é realizada em dólar o que torna os países dependentes da moeda Nas últimas décadas a China tem ganhado relevância no cenário mundial sobretudo na esfera econômica ameaçando a hegemonia dos Estados Unidos que foi instituída a partir do século XX Nessa perspectiva a China tornou se o maior parceiro comercial do Brasil nos últimos anos com comércio de cerca de US 150 bilhões em 2022 substituindo os Estados que até 2010 era o principal parceiro comercial do Brasil e atualmente ocupa a segunda posição O crescimento do comércio bilateral entre Brasil e China levou os países a assinarem no início de 2023 um memorando cujo objetivo era designar um banco para fazer a compensação das divisas diretamente Com isso os Bancos Centrais dos países designaram um banco chinês com liquidez na moeda chinesa yuan para fazer a compensação das divisas de maneira direta possibilitando o empresário brasileiro a receber em yuan e converter para o real no mesmo banco Os bancos que possibilitarão transações desse tipo são o Bank of Communications BBM e o Banco Industrial e Comercial da China O intuito da China com esse mecanismo é reforçar sua hegemonia política e econômica afastando o dólar nas relações comerciais Esse mecanismo evita a conversão para o dólar que atualmente atua como moeda intermediária nas comercializações internacionais entre os países Contudo tratase de uma medida opcional que não exclui totalmente o uso de dólar nas transações internacionais entre os países Dentre os benefícios desse mecanismo destacam se a diminuição de custos das transações ao evitar duas conversões e a previsibilidade em relação às taxas de câmbio uma vez que o yuan está sujeito ao controle por parte do governo chinês Por facilitarem o comércio por meio de transações diretas esse acordo pode aumentar o comércio entre os países além de facilitar os investimentos no Brasil uma vez que o país é o principal destino dos investimentos chineses na América Latina Ademais as transações diretas ao possibilitarem uma abertura do mercado na China pois as regras da política de controle de capitais do governo restringem o acesso dos importadores locais ao dólar acabam beneficiando os exportadores brasileiros Com a implementação do sistema de Bretton Woods em 1944 ficou definido que o dólar seria a moeda padrão nas negociações comerciais e financeiras no âmbito internacional estabelecendo um equilíbrio entre as políticas monetárias dos países e substituindo o padrãoouro válido até então Desde então grande parte das transações comerciais internacionais é realizada em dólar o que torna os países dependentes da moeda Nas últimas décadas a China tem ganhado relevância no cenário mundial sobretudo na esfera econômica ameaçando a hegemonia dos Estados Unidos que foi instituída a partir do século XX Nessa perspectiva a China tornou se o maior parceiro comercial do Brasil nos últimos anos com comércio de cerca de US 150 bilhões em 2022 substituindo os Estados que até 2010 era o principal parceiro comercial do Brasil e atualmente ocupa a segunda posição O crescimento do comércio bilateral entre Brasil e China levou os países a assinarem no início de 2023 um memorando cujo objetivo era designar um banco para fazer a compensação das divisas diretamente Com isso os Bancos Centrais dos países designaram um banco chinês com liquidez na moeda chinesa yuan para fazer a compensação das divisas de maneira direta possibilitando o empresário brasileiro a receber em yuan e converter para o real no mesmo banco Os bancos que possibilitarão transações desse tipo são o Bank of Communications BBM e o Banco Industrial e Comercial da China O intuito da China com esse mecanismo é reforçar sua hegemonia política e econômica afastando o dólar nas relações comerciais Esse mecanismo evita a conversão para o dólar que atualmente atua como moeda intermediária nas comercializações internacionais entre os países Contudo tratase de uma medida opcional que não exclui totalmente o uso de dólar nas transações internacionais entre os países Dentre os benefícios desse mecanismo destacam se a diminuição de custos das transações ao evitar duas conversões e a previsibilidade em relação às taxas de câmbio uma vez que o yuan está sujeito ao controle por parte do governo chinês Por facilitarem o comércio por meio de transações diretas esse acordo pode aumentar o comércio entre os países além de facilitar os investimentos no Brasil uma vez que o país é o principal destino dos investimentos chineses na América Latina Ademais as transações diretas ao possibilitarem uma abertura do mercado na China pois as regras da política de controle de capitais do governo restringem o acesso dos importadores locais ao dólar acabam beneficiando os exportadores brasileiros