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Tratamento de Água e Esgoto
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Texto de pré-visualização
GEORGE MATHEUS DIONISIO DE OLIVEIRA PROPOSTA DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA O MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN NATALRN 2020 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 2 George Matheus Dionísio de Oliveira Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Projeto Técnico em Engenharia submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil Orientador Prof Dr Paulo Eduardo Vieira Cunha Coorientador Profa Dra Silvânia Lucas Dos Santos NatalRN 2020 4 George Matheus Dionisio de Oliveira Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN Trabalho de conclusão de curso na modalidade Projeto Técnico em Engenharia submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil Aprovado em 07 de dezembro de 2020 Prof a Dra Paulo Eduardo Vieira Cunha Profa Dra Silvânia Lucas Dos Santos Amanda Bezerra de Souza Examinadora externa Debora Marina Diogenis Rego do Nascimento Examinadora externa NatalRN 2020 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por guiar a minha vida e me rodear de pessoas que me incentivaram a crescer pessoalmente e profissionalmente Aos meus pais José e Ana pessoas que antes de tudo me educaram e incentivaram a seguir meus sonhos Aos meus irmãos Kamila Nayara e Felipe pelo carinho e companheirismo À minha noiva Luana Araújo pelo apoio e pelo companheirismo Ao meu orientador Prof Dr Paulo Eduardo Vieira Cunha por ter aceitado acompanhar me neste projeto O seu empenho foi essencial para a minha motivação à medida que as dificuldades iam surgindo ao longo do percurso Agradeço a minha coorientadora Profa Dra Silvânia Lucas dos Santos que também aceitou acompanharme neste projeto e me forneceu todas as bases necessárias para a realização deste trabalho Aos amigos feitos durante a graduação que tanto permitiram meu crescimento e que marcaram esses longos anos de estudo com demonstrações de companheirismo e confiança 6 RESUMO Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN O presente trabalho tem como objetivo projetar uma estação de tratamento de esgoto sanitário para atender à área urbana do município de Poço BrancoRN O sistema proposto inclui tratamento preliminar composto por grades manuais e desarenadores seguido por tratamento biológico em reator anaeróbio tipo UASB e pós tratamento em lagoa de polimento Na elaboração desse projeto foram desenvolvidas as seguintes atividades revisão bibliográfica concepção do sistema de tratamento caracterização da área dimensionamento das unidades de tratamento e elaboração das pranchas do projeto De acordo com as estimativas realizadas foi constatado a expectativa de eficiência de remoção de DBO e DQO 8662 mgDQOL e 19705 mgDQOL respectivamente atendendo aos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Em relação a eficiência de remoção organismos patogênicos o sistema foi estimado com concentração efluente de 110 org100mL resultado inferior à requerida pela Resolução 35705 do CONAMA para enquadramento na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Palavraschave Projeto técnico ETE Reator UASB Lagoa de polimento 7 ABSTRACT Proposal for a sewage treatment plant for the city of Poço Branco RN The present work objective design a sanitary sewage treatment plant to serve the urban area of the city of Poço BrancoRN The proposed system includes preliminary treatment consisting of railing and grit chambers followed by biological treatment in a UASB type anaerobic reactor and post treatment in a polishing pond In the elaboration of this project the following activities were developed bibliographic review treatment system design characterization of the area dimensioning of treatment units and elaboration of the project planks According to the estimates made it was found the expectation of removal efficiency for BOD and COD 8662 mgDQO L and 19705 mgDQO L respectively meeting the standards established by environmental legislation Regarding the efficiency of removing pathogenic organisms the system was estimated with an effluent concentration of 110 org 100mL a result lower than that required by CONAMA Resolution 35705 to fit the condition of CT concentration to discharge effluents from treatment systems sanitary sewage Keywords Technical project ETE UASB Reactor Polishing pond 8 INDICE DE FIGURAS Figura 1 Localização do município de Poço BrancoRN 17 Figura 2 Representação esquemática do sistema de tratamento preliminar 21 Figura 3 Representação esquemática de um reator UASB retangular 23 Figura 4 Gradeamento manual da ETE Rio Sorocaba 26 Figura 5 Desarenadores ao centro da ETE Rio Sorocaba 27 Figura 6 Calha Parshall da ETE Capuava 28 Figura 7 Estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em RecifePE 29 Figura 8 Representação esquemática de um sistema de gases 31 Figura 9 Seção transversal esquemática de um leito de secagem 32 9 INDICE DE TABELAS Tabela 1 População residente em área urbana de Poço Branco 33 Tabela 2 Métodos de projeções populacionais 34 Tabela 3 Resultado da projeção populacional 36 Tabela 4 Resultado da estimativa de vazões 38 Tabela 5 Tipo de grade espaçamento e Seção transversal das grades 38 Tabela 6 Resultado do dimensionamento do gradeamento 41 Tabela 7 Dados da calha Parshall 42 Tabela 8 Dimensões para calhas Parshall de pequenas dimensões 44 Tabela 9 Resultado do dimensionamento do desarenador 47 Tabela 10 Tempo de detenção hidráulica em horas 48 Tabela 11 Resultado do dimensionamento do reator UASB 49 Tabela 12 Velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB 50 Tabela 13 Resultado de verificações de carga aplicada e velocidades superficiais 51 Tabela 14 Estimativa de eficiência 52 Tabela 15 Resultado do dimensionamento dos leitos de secagem 56 Tabela 16 Resultado do dimensionamento das lagoas de polimento 62 10 SIMBOLOGIA SÍMBOLO SIGNIFICADO a Abertura da grade Au Área útil do canal Bdes Largura do desarenador CHV Carga hidráulica volumétrica 𝐶𝐶𝐻4 Concentração de metano no biogás Cv DBO DQO Carga orgânica volumétrica Demanda Bioquímica de Oxigênio Demanda Química de Oxigênio DQOCH4 Produção de biogás e Espaçamento da grade 𝐸𝐷𝐵𝑂 Eficiência do reator UASB em termos de remoção de DBO EDQO Eficiência do reator UASB em termos de remoção de DQO Egrade Eficiência da grade 𝑓𝑇 Fator de correção para a temperatura operacional do reator h Altura da lâmina de água no canal hmáx Altura máxima do canal hmín Altura mínima do canal hf Perda de carga Hreator Altura do reator m I Intervalo de limpeza K1 Coeficiente de máxima vazão diária K2 Coeficiente de máxima vazão horária K3 Coeficiente de mínima vazão horária Ka Coeficiente de progressão aritmética KDQO DQO correspondente a 1 mol de CH4 Kg Coeficiente de progressão geométrica Ldes Comprimento do desarenador Lrede Comprimento da rede de esgoto L0 UASBDQO Carga afluente média de DQO 11 P Pressão atmosférica Pop População para idade de projeto QCH4 Produção volumétrica de metano Qinf Vazão de infiltração 𝑄𝑚á𝑥 Vazão máxima 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média 𝑄𝑚í𝑛 Vazão mínima QPC Quota per capita de água R Coeficiente de retorno águaesgoto Rg Constante real dos gases S Área da seção transversal do canal 𝑆0 Concentração de DQO afluente 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 Concentração média de DQO afluente ao reator UASB T Temperatura operacional do reator Tinf Taxa de infiltração tlodo Taxa de remoção de areia v Vazão de passagem V Velocidade de passagem V0 Velocidade imediatamente à montante da grade 𝑣𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 Velocidade superficial do fluxo vh Velocidade do fluxo 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume do reator vs velocidade de sedimentação 𝑌𝑜𝑏𝑠 Coeficiente de produção de sólidos do sistema em termos de DQO Z Rebaixo da calha Parshall 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 14 2 OBJETIVOS 16 3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO 17 4 REVISÃO DA LITERATURA 19 41 Níveis de tratamento 19 411 tratamento preliminar 19 412 Tratamento primário 21 413 Tratamento secundário 21 414 Tratamento terciário 22 42 Reatores UASB 22 43 Lagoa de polimento 24 44 Leito de secagem 24 5 MEMORIAL DESCRITIVO 26 51 Tratamento preliminar 26 511 Gradeamento 26 512 Desarenadores 26 513 Calha Parshall 27 52 Reator UASB 28 521 Materiais para construção 28 522 Compartimento de distribuição do afluente 28 523 Tubos de distribuição 29 524 Separador trifásico 30 525 Coleta do efluente 30 526 Sistema de gases 30 53 Leito de secagem 31 6 DESENVOLVIMENTO 33 61 Estimativa populacional 33 62 Dimensionamento das unidades do tratamento preliminar 38 63 Dimensionamento do reator UASB 47 64 Leito de secagem 54 65 Dimensionamento da lagoa de polimento 57 13 7 RESULTADOS 63 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65 REFERÊNCIAS 66 APÊNDICES 69 14 1 INTRODUÇÃO A implementação de ações voltadas ao saneamento básico no Brasil fazse extremamente necessária tendo em vista o alto déficit de atendimento Segundo a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB 2008 apenas 522 dos municípios brasileiros possuem coleta de esgoto no entanto apenas 688 do que é coletado passa por algum tipo de tratamento Assim parcela do esgoto não tratado ou tratado de forma inadequada é lançado em rios e lagos o que acarreta sérios danos à saúde da população e ao meio ambiente A deposição de dejetos nos corpos aquáticos favorece a proliferação de doenças de veiculação hídrica Segundo o Sistema de Informações Hospitalares do SUS do Ministério da Saúde o número de internações por 100 mil habitantes foi de 656 em 2018 Os gastos despendidos para o tratamento dessas doenças que podem ser evitadas caso haja o fornecimento de serviços de saneamento básico à população afetada são superiores ao dimensionamento e implantação de uma estação de tratamento doméstico a qual poderia atender a população por completo Atualmente segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS a população do município de Poço Branco não possui a coleta e nem tratamento do esgoto gerado A implantação de uma estação de tratamento de esgotos reduziria o número de doenças relacionadas com a deficiência no saneamento básico no município e consequentemente reduziria os custos com internações e promoveria o desenvolvimento econômico e social Um sistema de tratamento que tem ganhado destaque nas últimas décadas é o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo UASB do inglês Upflow Anaerobic Sludge Blanket Este apresenta uma série de vantagens dentre elas sistema compacto com baixa demanda de área baixo custo de implantação e de operação baixa produção de lodo baixo consumo de energia satisfatória eficiência de remoção de DBO e DQO de 65 a 75 Possibilidade de rápido reinício após longa paralisação Elevada concentração e boa desidratabilidade do lodo excedente Van Haandel AC e Lettinga G 1994 Chernicharo 2019 Apesar das suas vantagens esse sistema também apresenta desvantagens sendo as mais relevantes não remove nutrientes nem patógenos satisfatoriamente não atendendo portanto os padrões estabelecidos pelas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA N 3572005 e N 4302011 CONAMA 2005 e 2011 Assim necessita de unidades de póstratamento 15 Dentre as alternativas para o póstratamento encontrase as lagoas de polimento são unidades que tem como principal objetivo a remoção de organismos patogênicos Elas são projetadas com profundidades que variam de 08 a 12 m Nessas lagoas o decaimento bacteriano é influenciado pelo regime hidrodinâmico da lagoa e é influenciado pelo pH pela radiação solar e a baixa disponibilidade de Nutrientes Von Sperling 1996 Cavalcanti 2009 Nesse sentido a junção do Reator UASB com as lagoas de polimento apresentamse como uma excelente alternativa para a implantação em pequenos municípios que visam o lançamento do efluente tratado em corpos receptores ou mesmo para o reuso agrícola Uma vez que as vantagens dos dois sistemas associados podem produzir um efluente de ótima qualidade a um baixo custo O presente trabalho tem por objetivo elaborar um projeto de uma Estação de Tratamento de Esgoto como solução para o município de Poço Branco no Rio Grande do Norte 16 2 OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é projetar uma Estação de Tratamento de Esgoto composta de um reator UASB seguido de uma lagoa de polimento para o município de Poço BrancoRN Para atingir o objetivo geral deste projeto os seguintes objetivos específicos foram estabelecidos Caracterizar a área de estudo Realizar levantamento populacional econômico e social do município de Poço Branco Realizar o levantamento bibliográfico sobre o sistema de tratamento de efluentes domésticos proposto Dimensionar as unidades de tratamento do sistema proposto 17 3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO Poço Branco é um município do Estado do Rio Grande do Norte na Microrregião da Baixa Verde Situado no par de coordenadas geográficas Latitude 5 37 30 Sul Longitude 35 39 41 Oeste O seu principal acesso é pela rodovia RN 51 Localizase a 59 km de distância da capital do Estado Natal A Figura 1 situa a área urbana da cidade de Poço Branco Figura 1 Localização do município de Poço BrancoRN Fonte Prefeitura de Poço Branco Segundo dados do sistema agregador de informações do IBGE denominado Cidades 2017 o município possui 2304 km² e de acordo com o último censo realizado no ano de 2010 ele possuía 13949 habitantes 7417 pessoas residentes na zona urbana e 6532 pessoas na zona rural o que corresponde a 5317 e 4683 respectivamente A densidade demográfica é de 6054 habitantes por km² no território do município Segundo dados obtidos no Climatempo 2020 o município possui um clima tropical chuvoso com verão seco e estação chuvosa adiantandose para o outono precipitação pluviométrica média anual de 7718mm com período chuvoso de março a maio temperatura média anual em torno de 26ºC e umidade relativa média anual de 79 18 As principais atividades econômicas no município são a agropecuária extrativismo e o comércio Segundo dados obtidos no Sistema Nacional de Informações sobre SaneamentoSNIS o município não possui rede de esgotamento sanitário nem tão pouco tratamento de efluentes O município de Poço Branco está situado na Bacia Hidrográfica do Rio CearáMirim Dentro dos limites municipais existem dois corpos hídricos o primeiro é chamado de Riacho América e o segundo rio é chamado de Rio CearáMirim Este é um curso de água que nasce no município de Lajes passa pelo município de Poço Branco e deságua na localidade de Barra do Rio em Extremoz Em Poço Branco ele é represado formando a barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira que possui uma capacidade de armazenamento de água de cento e trinta e seis milhões de metros cúbicos 19 4 REVISÃO DA LITERATURA 41 Níveis de tratamento O tratamento de esgotos sanitários é classificado através dos seguintes níveis preliminar primário secundário e terciário 411 Tratamento preliminar Segundo Von Sperling 2014 o tratamento preliminar tem como principal objetivo à remoção de sólidos grosseiros Ele é composto por duas unidades grade e desarenador Usualmente adotase um medidor de vazões para o controle operacional do sistema O medidor mais comum é a calha Parshall Gradeamento As grades tem como finalidade a remoção dos sólidos grosseiros A operação destas grades pode ser manual ou mecânica Elas são classificadas pelo espaçamento entre as barras podendo ser grossas médias e finas O princípio da remoção consiste em reter o material com dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras A remoção destes sólidos garante a proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos proteção das unidades de tratamento subsequentes e a proteção dos corpos receptores A ABNT NBR 11885 classifica as grades retas segundo os espaçamentos das barras metálicas em a grade fina de 10 mm a 20 mm b grade média de 20 mm a 40 mm c grade grossa de 40 mm a 100 mm Chernicharo 2019 com base em experiências operando reatores UASB tratando esgotos domésticos recomenda para estações de pequeno porte uma grade média seguida de uma grade fina Desarenadores O desarenador é a unidade responsável pela contenção da areia presente nos esgotos A areia é removida por peneiramento ou sedimentação sendo esta última a mais comum Jordão 2009 diz que o fluxo dos esgotos é condicionado a velocidades que permitam separar racionalmente o material pesado que se deseja remover O autor classifica os desarenadores segundo sua forma eles podem ser classificados como prismáticos retangulares ou quadrados ou cilíndricos 20 Jordão 2009 alerta para a velocidade de condicionamento do fluxo horizontal de escoamento Para valores acima de 030ms ocorre o arraste de partículas menores do que se deseja remover Para velocidades próximas a 015 ms ocorre a sedimentação de matéria orgânica que provoca odores desagradáveis devido a sua decomposição Ao projetarse os desarenadores dimensionase um compartimento especificamente projetado para acumular o material arenoso com capacidade suficiente para armazenalo durante o período entre cada limpeza Calha Parshall Uma das principais dificuldades no projeto e na operação da caixa de areia está em se conseguir manter uma velocidade desejada com a variação da vazão JORDÃO 2009 Projeta se seções de controle onde conseguese medição a vazão através de estrangulamento da seção e ressaltos que se pode correlacionar a vazão com a altura do fluido em sua seção de controle As seções de controle mais comuns são Vertedores proporcionais tipo Sutro Calhas tipo Parshall e Calhas tipo Palmer Bowlus Dentre estes tipos de seção de controle a mais empregada consiste do tipo calha Parshall Ela é instalada a jusante do desarenador Atualmente os fabricantes vêm produzindo os medidores Parshall em material plástico reforçado com fibra de vidro com acabamento interno resistente aos efeitos corrosivos do esgoto e a parte externa com nervuras para reforço e estruturação da calha As principais vantagens apontadas por Jordão 2009 para este tipo de medidor são a perda de carga desprezível a capacidade de manter proximamente constante as velocidades de escoamento e a autolimpeza devido à velocidade do fluxo submetido a regime crítico de escoamento A Figura 2 ilustra a representação esquemática do sistema de tratamento preliminar 21 Figura 2 Representação esquemática do sistema de tratamento preliminar Fonte Oliveira 2014 412 Tratamento primário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento primário tem como objetivo à remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica O mecanismo de tratamento predominante para a remoção de poluentes é o físico Como exemplo de unidades de tratamento a nível primário temse os decantadores Eles são unitizados pata reduzir a carga de sólidos sedimentáveis e consequente DBO associada aos sólidos A eficiência de remoção de sólidos sedimentáveis varia de 60 a 70 Quanto a eficiência de remoção de DBO varia de 30 a 40 As unidades de tratamento primário sozinhas não garantem o cumprimento do padrão de lançamento de efluente imposto pela legislação devido à baixa eficiência de remoção 413 Tratamento secundário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento secundário visa a remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes nitrogênio e fósforo O tratamento secundário predomina os mecanismos biológicos em ambiente que favorece o desenvolvimento e atuação de microrganismos Dentre os processos biológicos aeróbios destacamse as unidades de lodos ativados filtros biológicos flotação por ar dissolvido filtros aeróbios submersos e lagoas de alta taxa No tratamento por meio anaeróbio as unidades utilizadas são as lagoas anaeróbias e os reatores anaeróbios dentre eles destacase o reator UASB 22 Segundo Von Sperling 2014 o nível de tratamento secundário apresenta a eficiência de remoção de DBO na faixa de 60 a 99 eficiência de remoção de coliformes entre 60 a 99 e eficiência de remoção de nutrientes variando entre 10 a 50 Geralmente este nível de tratamento se adequa aos padrões de lançamento de efluente Entretanto melhores eficiências de remoção podem ser alcançadas se forem adicionadas alguma etapa de remoção específica no projeto a exemplo da desinfecção que deve ser adicionada 414 Tratamento terciário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento terciário tem como objetivo a remoção de poluentes específicos ou a remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no nível anterior 42 Reatores UASB Os reatores UASB foram desenvolvidos e aplicados inicialmente na Holanda com a finalidade de tratar esgotos concentrados van Haandel e Lettinga 1994 Chernicharo 2019 diz que o processo do reator anaeróbio de manta de lodo consiste de um fluxo ascendente de esgoto através de um leito de lodo denso e de alta atividade Devido à grande densidade dos sólidos o lodo mais denso se acumula próximo do fundo do reator e à medida que se aproxima do topo o lodo se apresenta mais leve e disperso Os reatores UASB possuem dois tipos de configurações circulares ou retangulares Os reatores circulares são mais econômicos e indicados a pequenas populações Os reatores retangulares são indicados quando se é necessário modular devido a grandes populações A Figura 3 ilustra um reator UASB retangular 23 Figura 3 Representação esquemática de um reator UASB retangular Fonte Chernicharo 2019 O processo de tratamento anaeróbio através de reatores se manta de lodo apresenta inúmeras vantagens principalmente quando utilizado em regiões de clima quente como é o caso do nordeste brasileiro Segundo Chernicharo 2019 os reatores UASB são sistemas compactos com baixa demanda de área com baixo custo de implantação e de baixo consumo de energia e produção de lodo O lodo excedente possui elevada concentração e boa desidratabilidade Além destas características eles possuem satisfatória eficiência de remoção de DBO e DQO de 65 a 75 Outra característica positiva destes reatores é a capacidade de suportar altas taxas de carga orgânica e a simplicidade construtiva e os custos operacionais quando comparados com outros reatores de sua geração Chernicharo 2019 aponta algumas desvantagens ao uso dos reatores UASB possibilidade de emanação de maus odores baixa capacidade de tolerar cargas tóxicas elevado intervalo de tempo para a partida do sistema e necessidade de uma etapa de pós tratamento Monteiro 2009 analisou a eficiência de 56 estações de tratamento de esgotos localizados na região metropolitana de Fortaleza Dentre as estações analisadas 14 eram compostas por reatores UASB sendo 3 unidades para reator UASB sem póstratamento e 11 unidades para reator UASB com póstratamento do tipo cloração As eficiências médias de remoção de DQO encontradas para os reatores UASB sem póstratamento estavam entre 664 enquanto os reatores UASB com cloração apresentaram eficiência média de 571 As eficiências determinadas por Monteiro 2009 vão ao encontro 24 com as eficiências de remoção de DQO destes reatores apontados por Chernicharo 2019 eficiência de remoção de DBO e DQO na faixa de 65 a 75 As eficiências médias de remoção de coliformes termotolerantes encontradas por Monteiro 2009 para os reatores UASB sem póstratamento e para os reatores UASB com cloração apresentaram eficiência média de 992867 e 996635 respectivamente Chernicharo 2019 aponta a eficiência de remoção de uma unidade logarítmica o que corresponde a uma eficiência de 90 Logo a eficiência de remoção de coliformes termotolerantes na região metropolitana de Fortaleza no nordeste brasileiro apresentaram resultados acima da expectativa Apesar das grandes vantagens dos reatores UASB a qualidade do efluente final não se enquadra nos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Por este motivo é essencial a implantação de unidades de pós tratamento Neste projeto foi adotado como pós tratamento para o reator UASB lagoa de polimento 43 Lagoa de polimento As lagoas de polimento são unidades em que seu principal objetivo é a remoção de organismos patogênicos Alguns mecanismos são mais efetivos com baixas profundidades de lagoas Por este motivo elas são projetadas para que possuam entre 08 a 12 m de profundidade Os organismos patogênicos possuem sensibilidade ao pH a radiação solar e a escassez de alimentos Devido a sua pequena profundidade estes fatores são mais eficientes e tendem a matar estes organismos Os mecanismos associados a baixa profundidade são alta penetração da radiação solar elevado pH e a elevada concentração de OD Para que as lagoas de polimento possam cumprir os requisitos ou padrões de lançamento em corpo dágua em função da classe a que pertencem elas devem atender a elevadas eficiências na remoção de coliformes Segundo Von Sperling 2009 para maximizar a eficiência de remoção as lagoas de polimento são usualmente projetadas na configuração de três ou quatro lagoas em série ou lagoa única com chicanas 44 Leito de secagem Segundo Jordão 2009 o lodo no interior do reator apresenta um teor de sólidos entre 3 a 5 tendendo a crescer ao longo do tempo assim fazse necessário descarte deste lodo 25 excedente O descarte do lodo em excesso é realizado por meio de tubulações no interior do reator e enviado diretamente para desidratação Para estações de tratamento de pequeno porte os leitos de secagem são a tecnologia mais empregada CHERNICHARO 2019 Os leitos de secagem são unidades responsáveis por processar a redução de umidade do lodo gerado com a drenagem e a evaporação Eles são constituídos por tanques de armazenamento camada drenante e cobertura O tanque de armazenamento são unidades geralmente retangulares podendo ser construídos com alvenaria ou concreto A camada drenante é constituída de uma camada suporte meio filtrante e um sistema de drenagem A camada suporte é constituída de tijolos assentados com espaçamento entre juntas preenchidas com areia grossa como meio filtrante O sistema de drenagem é composto de canalizações dispostas abaixo do meio filtrante para recolher líquido removido do lodo durante a secagem Após a secagem do lodo ele é removido por raspagem geralmente com o uso de pás e realizada a limpeza cuidadosa antes de dar uma nova carga de lodo excedente 26 5 MEMORIAL DESCRITIVO 51 Tratamento preliminar 511 Gradeamento Atendendo a recomendação da NBR 122092011 a remoção de sólidos grosseiros será realizada por meio de uma unidade de grade de limpeza manual com a inclinação de 60º pois a vazão máxima afluente é inferior a 100Ls O material da grade deve ser constituído de material resistente à corrosão e abrasão como ligas de aço inox Em se tratando de uma ETE de pequeno porte com reatores UASB seguindo as recomendações da literatura será adotada no projeto uma grade média seguida de uma grade fina Os espaçamentos adotados entre as barras para as grades média e fina será 20 mm e 10 mm respectivamente A Figura 4 ilustra duas grades manuais em série adotadas na ETE Rio Sorocaba Figura 4 Gradeamento manual da ETE Rio Sorocaba Fonte ARES PCJ 2018 512 Desarenadores Atendendo a recomendação da NBR 122092011 a remoção de areia será realizada através de limpeza manual pois a vazão máxima afluente é inferior a 100Ls 27 Será adotado duas unidades de desarenadores sendo uma unidade reserva para quando for necessário a manutenção da outra O tipo escolhido do desarenador será o canal de fluxo horizontal constante cujo formato será retangular A Figura 5 ilustra dois desarenadores adotados na ETE Rio Sorocaba Figura 5 Desarenadores ao centro da ETE Rio Sorocaba Fonte ARES PCJ 2018 513 Calha Parshall O tipo de vertedor adotado será a Calha Parshall Ela é a opção mais econômica para a medição de vazão A Calha Parshall é fabricada em Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro em dimensões normatizadas conforme norma NBR ISO 9826 A parte interna da calha deve possuir acabamento liso e livre de irregularidades possuir proteção contra a ação de raios ultravioleta e resistente aos efeitos corrosivos do esgoto A parte externa deve possuir nervuras para reforço e estruturação da calha A base de instalação da Calha Parshall é feita de alvenaria e concreto A Figura 6 ilustra uma calha tipo Parshall fabricada em Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro instalada em base de concreto na ETE Capuava 28 Figura 6 Calha Parshall da ETE Capuava Fonte ARES PCJ 2018 52 Reator UASB 521 Materiais para construção Devido ao custo e à facilidade construtiva que o concreto e o aço oferecem eles têm sido utilizados como os principais materiais na construção dos reatores No interior do reator será feita uma proteção à base de epóxi betuminoso Para a proteção da estrutura do reator será utilizado cimento pozolânico concreto com baixa relação águacimento adequada compactação e cura do concreto O separador de gases e sólidos possui elevada exposição ao processo de corrosão O concreto é o material mais utilizado na confecção do separador de gases apesar de possuir problemas de vazamentos de gases e a corrosão Para evitar estes problemas será feita uma proteção à base de epóxi sobre o concreto 522 Compartimento de distribuição do afluente Os compartimentos de distribuição são pequenos compartimentos implantados na parte superior do reator Eles são distribuídos uniformemente no reator A alimentação deles é feita por vertedores Cada compartimento alimenta um único tubo de distribuição que vai até o fundo do reator 29 Além de distribuir uniformemente o esgoto no reator estas caixas permitem visualizar a ocorrência de acréscimos de perda de carga que indicam a existência de obstruções no distribuidor Após a detecção a manutenção é feita com o uso de varões A Figura 7 ilustra a estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em Recife PE composta por tubos de distribuição e caixas de distribuição estruturas cilíndricas na cor branca Figura 7 Estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em RecifePE Fonte Campos 2000 523 Tubos de distribuição Os tubos de distribuição recebem os esgotos dos compartimentos de distribuição e distribuem no fundo do reator O diâmetro dos tubos de distribuição deve ser dimensionado para evitar eventuais problemas no reator O tubo deve ter diâmetro suficiente para promover velocidade descendente do esgoto inferior a 02 ms permitindo que as bolhas de ar possam ascender pelo esgoto evitar que os sólidos do esgoto afluente obstruam os tubos e permitir uma velocidade de fluxo junto ao fundo do reator promovendo a mistura e maior contato com o leito do lodo No caso de existência de obstruções frequentes dos tubos o sistema de gradeamento deve ser substituído por grades com espessura menores Na extremidade inferior do tudo será adotada uma redução da seção da tubulação em atenção à área suficiente para evitar o entupimento A adoção tem como finalidade de aumentar a velocidade de saída do esgoto evitando a deposição de areia no fundo do reator 30 524 Separador trifásico O separador trifásico é um dispositivo característico do reator UASB instalado na parte superior do reator com o objetivo de fazer a separação sólidos gás e líquido Um bom separador de fases garante uma elevada concentração de sólidos dentro do reator aumentando assim sua idade de lodo As dimensões do separador de gases devem ser suficientes para permitir a liberação de gás retido para evitar a flotação do lodo e a perda de biomassa do reator Com a separação dos gases o lodo pode retornar ao compartimento de digestão com o auxílio de defletores taxa de aplicação superficial e tempo de detenção hidráulica adequada no compartimento Os defletores ficam localizados imediatamente abaixo das aberturas para o decantador permitindo que os gases sejam separados do líquido e dos sólidos que se mantém no compartimento de decantação 525 Coleta do efluente A coleta do efluente do reator será realizada na sua parte superior junto ao compartimento de decantação por meio de canaletas com vertedores As saídas deverão ser afogadas para evitar a turbulência do efluente evitando a ocorrência de liberação de gases 526 Sistema de gases O reator UASB tem como característica a produção do biogás no processo de digestão anaeróbia Na composição do biogás existe o gás metano que é combustível e pode ser explosivo em misturas com o gás oxigênio Para evitar o risco o biogás é coletado medido e queimado ou reaproveitado O sistema de retirada do biogás é composto por tubulação de coleta compartimento hermético com selo hídrico e purga de biogás medidor de biogás válvula cortachama e queimador de gases A Figura 8 representa esquematicamente um sistema de gases 31 Figura 8 Representação esquemática de um sistema de gases Fonte Campos 2000 Por medida de segurança o dispositivo cortachama e o queimador de gases devem estar localizados em distância segura do reator 53 Leito de secagem A implantação do leito de secagem deve ser feita em terreno nivelado O fundo deve ser executado em concreto armado devendo ter caimento de no mínimo 1 para o centro conforme projeto para o escoamento dos efluentes que serão drenados pelos tubos em direção a caixa de coleta conforme projeto As muretas laterais e de divisão entre os leitos deverão ser executadas em concreto armado Após a concretagem e cura do fundo e das paredes de cada leito deverá ser realizado a impermeabilização de base cimentícia flexível e véu de poliéster em todos os leitos paredes laterais e fundo No meio de cada leito de secagem será instalado um tubo de PVC corrugado perfurado para a drenagem dos efluentes com diâmetro nominal de 100 mm e caimento de no mínimo 1 Os tubos serão interligados entre si levando os efluentes para a caixa de coleta A caixa de coleta dos efluentes dos leitos de secagem será executada em alvenaria sobre base de concreto armado Será necessária a impermeabilização Após a concretagem o leito de secagem é preenchido por camadas de brita seguidas por uma camada de areia e de tijolos A Figura 9 ilustra a seção transversal de um leito de secagem 32 Figura 9 Seção transversal esquemática de um leito de secagem Fonte Campos 2000 33 6 DESENVOLVIMENTO 61 Estimativa populacional A vida útil de projeto é o período de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender os requisitos de desempenho Para um projeto de estação de tratamento esgoto a vida útil de projeto usualmente utilizada é de 20 anos A tabela 1 apresenta a população residente na área urbana de Poço Branco informada pelos últimos censos realizados pelo IBGE para o município nos anos 2000 e 2010 Tabela 1 População residente em área urbana de Poço Branco Censo Habitantes 2000 6661 2010 7417 Fonte Produção do autor A população foi projetada para o ano de 2040 já que a implantação do projeto é prevista para o ano de 2020 e a estimativa foi realizada para um período de 20 anos A população futura até a data de fim de projeto foi estimada utilizandose os métodos de projeção populacional aritmético geométrico e logístico conforme descrito por Von Sperling 2014 na tabela 2 34 Tabela 2 Métodos de projeções populacionais Método Descrição Fórmula da projeção Coeficientes Projeção aritmética Crescimento populacional segundo uma taxa constante Utilizado para estimativas de menor prazo P1 P0 Ka tt0 Projeção geométrica Crescimento populacional função da população existente a cada instante Utilizado para estimativas de menor prazo Crescimento logístico A população tende assintoticamente a um valor de saturação Condições P0P1P2 e P0P2P1² Fonte Von Sperling 2014 Método aritmético 𝐾𝑎 𝑃2010𝑃2000 𝑡1𝑡0 1 𝐾𝑎 𝑃2010 𝑃2000 𝑡1 𝑡0 7417 6661 2010 2000 756 𝑃2020 𝑃2010 𝐾𝑎𝑡 𝑡0 2 𝑃2020 7417 7562020 2010 8173 hab 𝑃2040 7417 7562040 2010 9685 hab Método geométrico 𝐾𝑔 𝑙𝑛𝑃2𝑙𝑛𝑃1 𝑡2𝑡1 3 35 𝐾𝑔 ln 8173 𝑙𝑛 7417 2020 2010 90086 89115 10 000971 𝑃𝑔 𝑃0𝑒𝐾𝑔𝑡𝑡1 4 𝑃𝑔2040 7417 𝑥 𝑒00097120402010 9926 hab Método crescimento logístico 𝑃𝑠 2𝑃0𝑃1𝑃2𝑃12 𝑃0𝑃2 𝑃0𝑃2𝑃12 5 𝑃𝑠 2 𝑥 6661 𝑥 7417 𝑥 8173 74172 6661 8173 6661 𝑥 8173 74172 𝑃𝑠 14834 hab 𝑐 𝑃𝑠𝑃0 𝑃0 6 𝑐 14834 6661 6661 12270 𝐾1 1 𝑡2𝑡1 ln 𝑃0𝑃𝑠𝑃1 𝑃1𝑃𝑠𝑃0 7 𝐾1 1 20202010 ln 6661148347417 7417148346661 002046 𝑃𝑙 𝑃𝑠 1𝑐 𝑒𝑘1𝑡𝑡0 8 𝑃𝑙2040 14834 1 12270 𝑒00204620402000 9624 hab A tabela 3 apresenta os resultados das projeções populacionais do município de Poço Branco de acordo com o método de projeção populacional 36 Tabela 3 Resultado da projeção populacional MÉTODO POPULAÇÃO URBANA EM 2020 POPULAÇÃO URBANA EM 2040 Aritmético 8173 9685 Geométrico 8173 9926 Crescimento logístico 8173 9624 Fonte Produção do autor Para fins de projeto utilizase as situações mais desfavoráveis Neste caso a situação mais desfavorável são aquelas em que o método de projeção estime a maior população Para o presente projeto o método de projeção que estimou maior população foi o método geométrico Portanto foi adotada a população para o ano de 2020 como o início de projeto de 8173 habitantes Para o fim de projeto no ano de 2040 adotouse 9926 habitantes 51 Caracterização quantitativa dos esgotos afluentes à estação Para realizar o dimensionamento das unidades de uma Estação de Tratamento de Esgoto devemse estimar as vazões mínimas média e máxima O cálculo das vazões domésticas é dado pelas equações apresentada por Von Sperling 2005 𝑄𝑚í𝑛 𝐿 𝑠 𝐾3𝑥𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 9 𝑄𝑚é𝑑 𝐿 𝑠 𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 10 𝑄𝑚á𝑥 𝐿 𝑠 𝐾1𝑥𝐾2𝑥𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 11 Em que Pop população para idade de projeto hab QPC quota per capita de água Lhab dia R Coeficiente de retorno esgotoágua K1 Coeficiente de máxima vazão diária 12 K2 Coeficiente de máxima vazão horária 15 K3 Coeficiente de mínima vazão horária 05 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝑠 𝑇𝑖𝑛𝑓 𝑥 𝐿𝑟𝑒𝑑𝑒 12 Em que Qinf vazão de infiltração Ls Tinf taxa de infiltração Lskm 37 Lred comprimento da rede de esgoto km A vazão de infiltração depende da extensão da rede coletora diâmetro das tubulações área servida tipo de solo profundidade do lençol freático topografia e densidade populacional Segundo a NBR 96491986 a taxa de contribuição de infiltração está situada entre 005 a 1 Lskm Considerando que a rede é nova este projeto adotará a taxa de infiltração de 01 Ls km A extensão da rede do município de Poço Branco foi aproximada como sendo igual a extensão de vias Na falta de informações sobre a extensão de vias na área urbana ela foi obtida através de imagens aéreas do Google Maps em escala real A extensão da rede foi medida com o auxílio de software CAD Esta extensão de rede estimada para a área urbana do município foi 32 km 𝑄𝑚í𝑛 𝐿 𝑠 05 𝑥 8173 𝑥 150 𝑥 08 86400 568 𝐿𝑠 𝑄𝑚é𝑑 2020 𝐿 𝑠 8173 𝑥 150 𝑥 08 86400 1135 𝐿𝑠 𝑄𝑚é𝑑 2040 𝐿 𝑠 9926 𝑥 150 𝑥 08 86400 1379 𝐿𝑠 𝑄𝑚á𝑥 𝐿 𝑠 12 𝑥 15 𝑥 9926 𝑥 150 𝑥 08 86400 2482 𝐿𝑠 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝑠 01 𝑥 32 320 𝐿𝑠 A tabela 4 apresenta o resultado da estimativa de vazões utilizadas para o dimensionamento das unidades do projeto de estação de tratamento de esgoto do município de Poço Branco 38 Tabela 4 Resultado da estimativa de vazões VAZÃO DESCRIÇÃO VALOR Ls VALOR m3h Vazão doméstica mínima Qmin Equação 9 568 2043 Vazão doméstica média 2020 Qmed 2020 Equação 10 1135 4087 Vazão doméstica média 2040 Qmed 2040 Equação 10 1379 4963 Vazão doméstica máxima Qmáx Equação 11 2482 8933 Vazão de infiltração Qinf Equação 12 320 320 Vazão total média Qt med 2040 Qt med 2040 Qmed 2040 Qinf 1699 6115 Vazão total máxima Qt máx Qt máx Qmáx Qinf 2802 10085 Fonte Produção do autor 62 Dimensionamento das unidades do tratamento preliminar Para este projeto foi adotado o gradeamento manual devido a pequena profundidade do canal a facilidade de limpeza e os custos de operação e manutenção Além disso foi adotada uma grade de remoção tipo média e uma grade fina devido sua capacidade de remoção de sólidos grosseiros tais como latinhas plásticos panos e papeis Tabela 5 Tabela 5 Tipo de grade espaçamento e Seção transversal das grades TIPO DE GRADE MATERIAL RETIDO a mm ESPESSURA DAS BARRAS O DAS BARRAS mm Grosseira Galho de árvore restos de mobílias pedaços de colchão etc 40 100 95 x 500 95 x 635 127 x 385 127 x 500 Média Latinhas de cerveja refrigerante plásticos madeiras papel etc 20 40 79 x 500 95 x 381 95 x 500 Fina Fibras de tecido e cabelo etc 10 20 64 x 381 79 x 381 95 x 381 Fonte Adaptada da NBR 122092011 39 A área útil do canal é dada pelo quociente da vazão máxima de fim de projeto pela velocidade de passagem do efluente na grade Em projetos recomendase a utilização de 0 6 ms a 1 2 ms para grades destinada a limpeza mecanizada e de 06 ms a 0 9 ms para a limpeza manual 𝐴𝑢 𝑄𝑚𝑎𝑥 𝑣 13 Em que Qmax vazão máxima de projeto em m³s v vazão de passagem adotada ms 𝐴𝑢 002802 09 00311 𝑚2 No cálculo da área da seção transversal da grade é necessário determinar a eficiência da grade a qual é calculada pela seguinte equação 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑎 𝑎𝑒 𝑥 100 14 Em que a espaçamento da grade e espessura da grade As eficiências da grade média e da grade fina são 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 20 20 10 𝑥 100 6667 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎 10 10 10 𝑥 100 5000 A eficiência global do gradeamento manual pode ser calculada com a equação a seguir 𝐸𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 100𝑥1 1 𝐸𝑛 15 Em que E eficiência de uma unidade em decimais n número de unidades 𝐸 100𝑥 1 1 066671 05 8333 A área da seção transversal S é dada pela equação a seguir 40 𝑆 𝐴𝑢 𝐸 16 Em que Au área útil do canal m² Egrade eficiência da grade em números decimais 𝑆 00311 08333 00374 𝑚2 Definido a área da seção transversal podese determinar a largura do canal L que é determinada pela equação a seguir 𝐿 𝑆 ℎ 17 Em que S área da seção transversal do canal m² h altura do canal determinado pela equação extraída da tabela 4 em m 𝐿 00374 019 020 𝑚 A velocidade imediatamente à montante da grade é determinada pela equação a seguir 𝑉0 𝑄 𝑚𝑎𝑥 𝑠 18 Em que Qmax vazão máxima de projeto m³s S área da seção transversal do canal m² 𝑉0 002802 00374 075 𝑚 𝑠 A perda de carga na grade é determinada pela seguinte equação ℎ𝑓 1432𝑉2𝑉02 2𝑔 19 Em que V velocidade de passagem adotada ms V0 velocidade imediatamente à montante da grade ms ℎ𝑓 1430920752 2𝑥98 020 𝑚 A NBR 122092011 recomenda que a perda de carga mínima a ser considerada para o gradeamento de limpeza manual seja de 015 m Portanto a perda de carga para o gradeamento manual deste projeto atende à norma 41 A tabela 6 apresenta o resultado do dimensionamento do gradeamento manual composto de uma grade média e uma grade fina do sistema de tratamento preliminar da estação de tratamento de esgotos proposto Tabela 6 Resultado do dimensionamento do gradeamento DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Grade média Espaçamento x espessura Tabela 2 20 mm x 10 mm Grade fina Espaçamento x espessura Tabela 2 10 mm x 10 mm Velocidade de passagem Adotado 09 ms Inclinação 40 a 60 Adotado 60 Eficiência global Equação 15 8333 Área útil Au Equação 13 00311 m2 Área da seção transversal Equação 16 00374 m2 Largura do canal Equação 17 020 m Fonte Produção do autor Calha Parshall O dimensionamento de uma calha Parshall é realizado a partir da vazão determinando se a medida da lâmina de água na seção e a seção da garganta Determinase as lâminas máximas e mínimas para definir as condições de escoamento na calha no período de projeto A partir da tabela a seguir extraída da NBR 98262008 determinase o intervalo de operação da vazão 42 Tabela 7 Dados da calha Parshall Calha Parshall nº Largura da garganta b m Equação da vazão 𝑄 𝐶ℎ0 𝑛 m³s Intervalo de altura h0 m Intervalo de vazão Q x 103𝑚3𝑠 Limite modular σ experimental Razão de submergência σ recomendado Mín Máx Mín Máx 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0152 0381ℎ0 1580 003 045 15 100 055 06 2 025 0561ℎ0 1513 003 060 30 250 06 3 030 0679ℎ0 1521 003 075 35 400 062 06 4 045 1038ℎ0 1537 003 075 45 630 064 06 5 060 1403ℎ0 1548 005 075 125 850 066 06 6 075 1772ℎ0 1557 006 075 250 1100 067 06 7 090 2147ℎ0 1565 006 075 300 1250 068 06 8 100 2397ℎ0 1569 006 080 300 1500 07 9 120 2904ℎ0 1577 006 080 350 2000 070 07 10 150 3668ℎ0 1586 006 080 450 2500 072 07 11 180 4440ℎ0 1593 008 080 800 3000 074 07 12 210 5222ℎ0 1599 008 080 950 3600 076 07 13 240 6004ℎ0 1605 008 080 1000 4000 078 07 Fonte NBR ISO 98262008 A estação de tratamento de esgotos irá operar com vazão máxima de 8267 Ls A Calha Parshall nº 1 é adequada para operar com para esta vazão pois o intervalo de operação desta calha é de 15 L a 100 L De posse da equação da vazão e adaptando às vazões mínima e máxima determinase as alturas mínima e máxima do canal ℎ𝑚𝑖𝑛 𝑄𝑚𝑖𝑛 0381 1580 20 ℎ𝑚𝑖𝑛 888 1000 0381 1580 009 𝑚 ℎ𝑚á𝑥 𝑄𝑚á𝑥 0381 1580 21 43 ℎ𝑚á𝑥 2802 1000 0381 1580 019 𝑚 De posse das alturas mínima e máxima do canal calculadas pela equação da vazão correspondente a calha Parshall escolhida calculase o valor do rebaixo a partir da equação a seguir 𝑍 𝑄𝑚á𝑥 𝐻𝑚𝑖𝑛𝑄𝑚𝑖𝑛 𝐻𝑚á𝑥 𝑄𝑚á𝑥𝑄𝑚𝑖𝑛 22 Em que Qmax vazão máxima de projeto m³s Qmin vazão mínima de projeto m³s hmax altura máxima obtida pela equação da vazão m hmin altura mínima obtida pela equação da vazão m 𝑍 2802 𝑥 009888 𝑥 019 2802888 005 𝑚 As dimensões da calha Parshall para as seções a seguir são especificadas pela tabela a seguir 44 Tabela 8 Dimensões para calhas Parshall de pequenas dimensões Calha Parshall nº Garganta Seção de entrada Seção de saída Altura da parede b l X Y hp1 b1 I1 Ie Ia h2 I2 hp2 hc 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 0152 0305 005 0075 0115 040 0610 0622 0415 039 061 0012 0152 2 0250 0600 005 0075 0230 078 1325 1352 0900 055 092 0072 0800 3 0300 0600 005 0075 0230 084 1350 1377 0920 060 092 0072 0900 4 0450 0600 005 0075 0230 102 1425 1454 0967 075 092 0072 0950 5 0600 0600 005 0075 0230 120 1500 1530 1020 090 092 0072 0950 6 0750 0600 005 0075 0230 138 1575 1607 1074 105 092 0072 0950 7 0900 0600 005 0075 0230 156 1650 1683 1121 120 092 0072 0950 8 1000 0600 005 0075 0230 168 1700 1734 1161 130 092 0072 1000 9 1200 0600 005 0075 0230 192 1800 1836 1227 150 092 0072 1000 10 1500 0600 005 0075 0230 228 1950 1989 1329 180 092 0072 1000 11 1800 0600 005 0075 0230 264 2100 2142 1427 210 092 0072 1000 12 2100 0600 005 0075 0230 300 2250 2295 1534 240 092 0072 1000 13 2400 0600 005 0075 0230 336 2400 2448 1632 270 092 0072 1000 Fonte NBR ISO 98262008 Desarenador Segundo recomendação da NBR 122092011 para o projeto de desarenador de fluxo horizontal e seção retangular opção adotada neste projeto deve ser observado que a velocidade de escoamento seja na faixa de 025 a 040 ms e seja previsto um compartimento de acumulação de material sedimentado com profundidade mínima de 020 m Ocorre que se a velocidade de escoamento for inferior a 015ms ocorre o depósito de matéria orgânica na caixa e se a velocidade de escoamento for superior a 04ms ocorre o arraste da areia retida e acumulada no fundo da caixa de areia A largura e o comprimento do desarenador retangular é dada respectivamente pelas equações a seguir 𝐵𝑑𝑒𝑠 𝑄𝑚á𝑥 ℎ𝑧𝑣ℎ 23 𝐿𝑑𝑒𝑠 225ℎ 𝑧 24 Em que h altura da água na caixa m 45 Ldes Comprimento da caixa de areia m vh velocidade do fluxo ms vs velocidade de sedimentação ms 𝐵𝑑𝑒𝑠 002802 01900503 064 𝑚 𝐿𝑑𝑒𝑠 225019 005 315 𝑚 Será realizado o arredondamento das dimensões do desarenador a fim de facilitar a construção Portanto para a largura Bdes e o comprimento Ldes será adota 065 m e 315 m respectivamente A taxa de aplicação superficial no desarenador é pela seguinte equação 𝑞 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 𝑄 𝐵𝑑𝑒𝑠𝐿𝑑𝑒𝑠 25 Em que Q Vazão de projeto m³s Bdes Largura da caixa de areia m Ldes Comprimento da caixa de areia m 𝑞2020 125724 065 𝑥 315 614 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 𝑞2040 242050 065 𝑥 315 1182 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 A NBR 12209 recomenda que a taxa de aplicação superficial no desarenador esteja compreendida na faixa de 600 a 1300 m³m²dia Portanto a taxa de aplicação superficial deste desarenador atende à recomendada por norma A profundidade do compartimento de armazenamento de areia leva em consideração a periodicidade de limpeza do compartimento a vazão média e a quantidade de areia removida Para projetos considerase a remoção de 30L a 40 L de areia a cada 1000 m³ de esgoto Para este projeto adotamos o intervalo de limpeza semanal 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 𝑄𝑚é𝑑 𝑥 𝐼 𝑥 𝑡𝑙𝑜𝑑𝑜 26 onde Qmed Vazão média de projeto m³d I intervalo de limpeza dias 46 tlodo taxa de remoção de areia L1000m³ 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 146760 𝑥 7 𝑥 40 1000 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 41093 𝐿 de areia por semana ℎ𝑐𝑚 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 𝐵𝑑𝑒𝑠 𝑥 𝐿𝑑𝑒𝑠 27 Em que Bdes largura do canal em m Ldes comprimento do canal em m ℎ𝑐 041093 065 𝑥 315 𝑥 020 𝑚 A tabela 9 apresenta o resultado do dimensionamento dos desarenadores 47 Tabela 9 Resultado do dimensionamento do desarenador DIMENSIONAMENTO DOS DESARENADORES DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO h min Equação 20 009 m h máximo Equação 21 019 m Rebaixo Z da Calha Parshall Equação 22 004 m Largura Equação 23 065 m Comprimento Equação 24 315 m Taxa de escoamento superficial em início de projeto Equação 25 614 m³m2dia Taxa de escoamento superficial em fim de projeto Equação 25 1182 m³m2dia Profundidade do compartimento de armazenamento de areia Equação 27 020 m Fonte Produção do autor 63 Dimensionamento do reator UASB A carga afluente média de DQO é obtida pelo produto da concentração média de DQO afluente ao reator pela vazão média diária Segundo Jordão 2009 a concentração de DQO dos esgotos domésticos varia de 200 a 800 mgL Para o dimensionamento deste sistema de tratamento será adotada a concentração de DQO igual a 600 mgL 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂𝑥𝑄𝑚é𝑑 28 Em que 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 Concentração média de DQO afluente ao reator UASB kgm³ 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³d 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 0600 𝑥 146760 88056 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 O volume total de reatores é determinado pelo produto da vazão média diária pelo tempo de detenção hidráulica TDH do esgoto no reator UASB Chernicharo 2019 apresenta algumas diretrizes para a escolha do tempo de detenção hidráulica em projetos de reatores de 48 manta de lodo conforme pode ser observado na tabela a seguir Para a temperatura de esgoto à 25 ºC e vazão média seria necessário o TDH superior a 6 horas porém por segurança será adotado 8 horas Tabela 10 Tempo de detenção hidráulica em horas Temperatura de esgoto C Para 𝑄𝑚é𝑑 Para 𝑄𝑚á𝑥 15 a 18 100 70 18 a 22 80 55 22 a 25 70 45 25 60 40 Fonte Chernicharo 2019 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠𝑚3 𝑄𝑚é𝑑 𝑥 𝑇𝐷𝐻 29 Em que 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³h 𝑇𝐷𝐻 Tempo de detenção hidráulica h 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 6115𝑥 8 48920 𝑚3 A área de cada reator é dada pelo quociente do volume do reator pela altura A altura adotada para cada reator será 45 m 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐻𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 30 Em que 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume do reator m³ 𝐻𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Altura do reator m 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 48920 45 10871 𝑚2 A área necessária para a construção do reator foi estimada em 10871 m² Entretanto optouse por dividir a área requerida em dois módulos com 8 m de comprimento e 7 m de largura totalizando 5600 m² A tabela 11 apresenta o resultado do dimensionamento dos módulos do reator UASB 49 Tabela 11 Resultado do dimensionamento do reator UASB DIMENSIONAMENTO DO REATOR UASB DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Qmd final m³d 146760 Concentração médio de DQOkgm³ Adotado 0600 Carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 Equação 28 88056 Tempo de detenção hidráulica adotado h tabela 10 8 Volume total dos reatores m³ Equação 29 48920 Área estimada total dos reatores m³ Equação 30 10871 Número de módulos de reatores Adotado 2 Volume adotado de cada modulo de reatores em m³ Adotado 250 Adoção da altura do reator 4 a 5m Adotado 450 Área de cada reator m² 25045 5556 Comprimento adotado m Adotado 800 Largura adotado m Adotado 700 Área de cada reator corrigida m² 5600 Volume corrigido m³ 25200 Tempo de detenção corrigido horas 824 Fonte Produção do autor A carga hidráulica volumétrica é determinada pelo quociente entre a vazão média diária e o volume 𝐶𝐻𝑉 𝑚3𝑑 𝑚³ 𝑄𝑚é𝑑𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 31 Em que 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³d 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume de reatores m³ 𝐶𝐻𝑉 146760 2𝑥252 291 𝑚3𝑑 𝑚³ A carga orgânica volumétrica Cv é determinada pelo quociente da carga afluente média de DQO pelo volume Chernicharo 2019 recomenda que a carga orgânica volumétrica esteja na faixa de 25 a 35 kgDQOm³d a fim de evitar velocidades ascensionais excessivas 50 𝐶𝑣 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3𝑑 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 32 onde 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 Volume de reatores m³ 𝐶𝑣 88056 2 𝑥 252 175 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3𝑑 A velocidade superficial do fluxo é calculada pelo quociente da vazão média diária pela área do reator A velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB é dada pela tabela a seguir Tabela 12 Velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB Vazão afluente Velocidade superficial mh Vazão média 05 a 07 Vazão máxima 11 Vazão para picos temporários 15 Fonte Chernicharo 2019 𝑣𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚 ℎ 𝑄𝑚é𝑑 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 33 onde 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³h 𝐴𝑟 Área de reatores m² 𝑣𝑚é𝑑 𝑚 ℎ 6115 2 𝑥 5600 055 𝑚𝑠 𝑣𝑚á𝑥 𝑑 𝑚 ℎ 6115 𝑥 12 2 𝑥 5600 066 𝑚𝑠 𝑣𝑚á𝑥 ℎ 𝑚 ℎ 6115 𝑥 12 𝑥 15 2 𝑥 5600 098 𝑚𝑠 51 Tabela 13 Resultado de verificações de carga aplicada e velocidades superficiais DESCRIÇÃO RESULTADO Verificação da carga hidráulica volumétrica aplicada m³m³d 271 Verificação da carga orgânica volumétrica aplicada kgDQOm³d 176 Verificação da velocidade superficial médio mh 055 Verificação da velocidade superficial máx diário mh 066 Verificação da velocidade superficial máx horário mh 098 Fonte Produção do autor As equações a seguir são apresentadas por Chernicharo 2019 para estimativa da eficiência de remoção de DQO e DBO resultado de modelagem matemática desenvolvido pelo grupo de trabalho da International Water Association IWA para modelagem de processos de digestão anaeróbia 𝐸𝐷𝑄𝑂 100 𝑥 1 068𝑥𝑇𝐷𝐻035 34 𝐸𝐷𝐵𝑂 100 𝑥 1 070𝑥𝑡050 35 Em que 𝑇𝐷𝐻 Tempo de detenção hidráulica h 𝐸𝐷𝑄𝑂 100 𝑥 1 068𝑥8035 6716 𝐷𝑄𝑂 600 06716 𝑥 600 19705 𝑚𝑔 𝐷𝑄𝑂 𝐿 Segundo Jordão 2009 a concentração de DBO dos esgotos domésticos varia de 100 a 400 mgL Para o dimensionamento deste sistema de tratamento será adotada a concentração de DBO equivalente a 300 mgL 𝐸𝐷𝐵𝑂 100 𝑥 1 070𝑥8050 7525 𝐷𝐵𝑂 300 07525 𝑥 300 8662 𝑚𝑔 𝐷𝐵𝑂 𝐿 52 A tabela a seguir apresenta o resultado da estimativa de eficiência de remoção de DBO e DQO segundo a modelagem apresentada Tabela 14 Estimativa de eficiência ESTIMATIVA DE EFICIÊNCIA DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Concentração médio de DQO mgDQOL Adotada 600 Concentração médio de DBO mgDQOL Adotada 300 Tempo de detenção hidráulica h Tabela 10 8 Estimativa da eficiência de remoção de DQO Equação 34 6716 Estimativa da eficiência de remoção de DBO Equação 35 7525 Estimativa da concentração DQO mgDQOL 19705 Estimativa da concentração DBO mgDBOL 8662 Fonte Produção do autor Produção coleta e tratamento de biogás A avaliação da produção de biogás pode ser feita a partir da estimativa de carga de DQO convertida em gás metano 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 𝑄 𝑥 𝑆0 𝑆 𝑌𝑜𝑏𝑠𝑥𝑄𝑥𝑆0 36 Em que Q Vazão de esgoto afluente m³d 𝑆0 Concentração de DQO afluente 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 𝑆 Concentração de DQO efluente 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 𝑌𝑜𝑏𝑠 Coeficiente de produção de sólidos do sistema em termos de DQO 011 𝑎 023 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝑙𝑜𝑑𝑜 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝑎𝑝𝑙 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 146760 𝑥 600 19705 021 𝑥 146750 𝑥 600 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 40645 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 A produção volumétrica de metano é feita a partir da equação seguinte 𝑄𝐶𝐻4 𝑚3 𝑑 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑓𝑇 37 Em que 53 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 Produção de biogás 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 𝑓𝑇 fator de correção para a temperatura operacional do reator 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 O fator de correção para a temperatura operacional do reator é calculado pela expressão a seguir 𝑓𝑇 𝑃 𝑥 𝐾𝐷𝑄𝑂 𝑅 𝑥 273𝑇 38 Em que 𝑃 Pressão atmosférica 1 𝑎𝑡𝑚 𝐾𝐷𝑄𝑂 DQO correspondente a 1 mol de CH4 64 𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚𝑜𝑙 Rg constante dos gases 008206 atmLmolK T Temperatura operacional do reator C 𝑓𝑇 1 𝑥 64 008206 𝑥 27324 263 𝑄𝐶𝐻4 𝑚3 𝑑 40645 263 15478 𝑚3𝑑 A produção total de biogás é calculada pelo quociente da produção volumétrica de biogás pela concentração de metano no biogás Segundo Chernicharo 2019 os teores de metano no biogás são da ordem de 70 a 80 Na condição mais desfavorável será adotado o teor de 70 𝑄𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 𝑚3 𝑑 𝑄𝐶𝐻4 𝐶𝐶𝐻4 39 Em que 𝑄𝐶𝐻4 Produção volumétrica de metano 𝑚3 𝑑 𝐶𝐶𝐻4 Concentração de metano no biogás 𝑄𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 𝑚3 𝑑 15478 080 22111 𝑚3𝑑 54 64 Leito de secagem A estimativa da produção de lodo no reator UASB pode ser feita a partir da seguinte equação Plodo kgSST d Y x L0 UASBDQO 40 Em que 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 Y coeficiente de sólidos no sistema em kgSSTkgDQOaplicada Chernicharo 2019 relata que os valores do coeficiente de sólidos no sistema para o tratamento de esgotos domésticos variam entre 10 a 020 kgSSTkgDQOaplicada Para o presente projeto foi adotado o Y igual a 018 Plodo 018 x 88056 15850 kgSSTd O volume de lodo produzido pelos reatores UASB é dado pelo quociente do lodo produzido pelo produto da densidade e concentração do lodo conforme equação abaixo 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 Plodo 𝛾 𝐶𝑙𝑜𝑑𝑜 41 Em que Plodo estimativa da produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 kgSST d γ densidade do lodo kgSST m3 𝐶lodo concentração esperada do lodo para o descarte 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 15850 1020 𝑥 004 388 𝑚3𝑑 A equação a seguir expressa a massa de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores Usualmente os ciclos de operação dos reatores variam entre 15 a 20 dias O presente projeto adotou 15 dias 𝑀𝑐 Plodo 𝑥 𝑡𝑐 42 Em que 55 Plodo estimativa da produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 kgSST d 𝑡𝑐 ciclo de operação dos leitos de secagem dia 𝑀𝑐 15858 𝑥 15 237751 kgSST Em unidade de volume a equação a seguir expressa o volume de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores 𝑉𝑐 𝑉lodo 𝑥 𝑡𝑐 43 Em que Vlodo volume de lodo produzido pelos reatores UASB m³ 𝑡𝑐 ciclo de operação dos leitos de secagem dia 𝑉𝑐 388 𝑥 15 5827𝑚³ A área necessária de leitos de secagem é dada pelo quociente da massa de lodo retirado dos reatores pela taxa nominal de aplicação de sólidos no leito Segundo Chernicharo 2019 a taxa nominal de aplicação de sólidos no leito varia de 10 a 15 kgSTm² Para o dimensionamento do leite de secagem foi considerado a situação mais desfavorável ou seja foi adotada a taxa nominal de aplicação de 10 kgSTm² 𝐴𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑀𝑐 𝑇𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 44 Em que 𝑀𝑐 massa de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores UASB m³ 𝑇𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 taxa nominal de aplicação de sólidos no leito kgST m2 𝐴𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 237751 10 23775 𝑚² 56 O presente projeto requer 23775m² de área de leito de secagem Optouse dividir a área requerida em 4 células com 12 m de comprimento e 5 m de largura totalizando 60 m² por célula A tabela 15 apresenta o resultado do dimensionamento das células dos leitos de secagem Tabela 15 Resultado do dimensionamento dos leitos de secagem LEITO DE SECAGEM DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 𝑒𝑚 kgSSTd Equação 40 15850 Volume de lodo produzido pelos reatores UASB em m³ Equação 41 388 Ciclo de operação dos leitos de secagem Adotado 15 Massa de lodo produzido pelos reatores UASB em kgSST Equação 42 237751 Volume de lodo produzido pelos reatores UASB em m³ Equação 43 5827 Área necessária de leitos de secagem em m² Equação 44 23775 Número de células Adotado 4 Largura em m² Adotado 500 Comprimento em m² Adotado 1200 Área total de leitos de secagem em m² 24000 Fonte Produção do autor 57 65 Dimensionamento da lagoa de polimento As lagoas de estabilização possuem grande capacidade de amortecimento de vazões Por este motivo a vazão média de projeto é utilizada no seu dimensionamento O volume das lagoas de polimento é dado pelo produto da vazão média diária pelo tempo de detenção hidráulica 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝐷𝐻 𝑥 𝑄𝑚é𝑑 45 Em que TDH tempo de detenção d 𝑄𝑚é𝑑 vazão média m³d 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 12 𝑥 146760 1761120 𝑚³ A área necessária de lagoa de polimento é expressa dividindo o volume calculado anteriormente pela altura da lagoa Para o presente projeto foi adotado a altura da lagoa de polimento igual a 100m 𝐴𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐻 46 Em que 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 volume da lagoa de polimento m³ 𝐻 altura da lagoa de polimento m 𝐴𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1761120 100 1761120 𝑚² Para a análise da melhor alternativa de para remoção de coliformes fecais será realizado o dimensionamento de duas alternativas A primeira alternativa consiste em um sistema de 3 lagoas de polimento em série A segunda alternativa consiste em uma lagoa de polimento com chicanas Sistema de 3 lagoas de polimento em série O presente projeto considerou dividir a área requerida para a lagoa de polimento em 3 lagoas de polimento em série Adotando a relação comprimentolargura aproximadamente igual 58 a 4 as dimensões adotadas foram largura L lagoa 3800 m e o comprimento C lagoa 15500 m O número de dispersão pode ser estimado pela fórmula apresentada por Von Sperling 2017 𝑑 1 Llagoa 𝐵lagoa 47 Em que Llagoa comprimento da lagoa m Blagoa largura da lagoa m 𝑑 1 155 38 025 A equação empírica a seguir determina o coeficiente de decaimento bacteriano para lagoas considerando o fluxo disperso Ela é resultado da experimentação com 82 lagoas facultativas e de maturação no Brasil e no mundo VON SPERLING1993 O autor sugere que seja feita uma correção com o coeficiente de temperatura aproximadamente igual a 7 ou seja Ɵ 107 𝐾𝑏 0542 ℎ1259 48 Em que 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 volume da lagoa de polimento m³ 𝐻 altura da lagoa de polimento em m 𝐾𝑏20 0542 𝑥 11259 0542 𝑑1 𝑎 20 𝐶 A correção do coeficiente de remoção de DBO Kb para diferentes temperaturas Seu valor pode ser corrigido pela equação de Vant HoffArrhenius 𝐾𝑏𝑇 𝐾𝑏20Ɵ𝑇20 49 Em que K20 Coeficiente de remoção de DBO na temperatura do líquido de 20C d1 Ɵ constante de variação de temperatura T temperatura ºC 𝐾𝑏𝑇 0542 𝑥 1072520 076 𝑑1 59 Von Sperling 1993 p119 diz que as concentrações de coliformes fecais CF no esgoto bruto são da ordem de 106 a 109org100ml Este presente projeto visa dimensionar um sistema de tratamento de esgoto doméstico para uma área urbana de Poço Branco que possui uma pequena população para atender por este motivo esperase que o esgoto bruto apresente pequenas concentrações de coliformes fecais Portanto será adotado para o dimensionamento a concentração CF da ordem de 107 Segundo Von Sperling 1993 o reator UASB possui a capacidade de remoção de uma unidade logarítmica de remoção de coliformes A expressão para determinação do número de unidades logarítmica de remoção de coliformes é dada em função da eficiência de remoção 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 log1 𝐸 100 50 𝐸 1001 10𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 51 Em que 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 unidades logarítmicas removidas 𝐸 1001 101 90 A concentração de coliformes fecais no esgoto efluente ao reator UASB pode ser calculada pela seguinte equação N N0 E x N0 52 Em que N0 concentração afluente org100mL E eficiência em decimais N 107 090 x107 106 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 O fluxo disperso melhor representa o regime hidráulico de uma lagoa de estabilização A fórmula a seguir é utilizada para o cálculo da contagem de coliformes efluentes de lagoas para o regime de fluxo disperso N 𝑁0 4 𝑎𝑒12𝑑 1𝑎2𝑒𝑎2𝑑1𝑎2𝑒𝑎2𝑑 53 Em que N0 concentração afluente de coliformes termotolerantes afluente em 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 60 d número de dispersão a coeficiente determinado pela equação 54 𝑎 1 4𝐾𝑏 𝑇𝐷𝐻 𝑑 54 Em que Kb coeficiente de decaimento bacteriano em 𝑑1 TDH tempo de detenção hidráulico em dias d número de dispersão 𝑎 1 4𝑥076𝑥4𝑥 025 201 N 107 4 𝑥 201 𝑒12𝑥025 1 2012𝑥 𝑒2012𝑥025 1 2012𝑥 𝑒2012𝑥025 118𝑥105 A eficiência de uma lagoa de polimento pode ser estimada pela equação abaixo A eficiência global será estimada pela equação 15 𝐸 𝑋𝑋0 𝑋 𝑥 100 55 Em que X valor inicial X0 valor final 𝐸 106118𝑥105 106 𝑥 100 8823 𝐸𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 100𝑥1 1 088233 998369 A concentração de Coliformes Fecais pode ser estimada pela equação 52 N 106 0998369 x 106 1631 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 61 Lagoa de polimento com chicanas Para o dimensionamento da lagoa de polimento com chicanas foi adotado a relação comprimentolargura igual a 1 as dimensões adotadas a largura e comprimento foram 13300 m A lagoa foi dividida em 5 partes por 4 chicanas A largura interna da lagoa chicanada será 2660 m A alta relação comprimentolargura da lagoa adquirida com esta divisão com chicanas permite a aproximação do regime hidráulico para o fluxo em pistão A contagem de coliformes afluente para este regime hidráulico é dado pela expressão abaixo 𝑁 𝑁0𝑒𝐾𝑏𝑇𝑇𝐷𝐻 56 Em que N0 concentração afluente de coliformes termotolerantes afluente 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 KbT coeficiente de remoção de DBO corrigido para a temperatura do líquido em d1 TDH tempo de detenção dia 𝑁 106𝑒076𝑥12 110 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 Com a utilização da equação 55 determinamos a eficiência de remoção de coliformes fecais da lagoa de polimento com chicanas 𝐸 106 110 106 𝑥 100 99989 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 log 1 99989 100 396 Para a análise da melhor alternativa de lagoa de polimento para pós tratamento de efluente faz se necessário realizar a comparação das duas alternativas Tabela 16 dentre elas a lagoa com chicana apresenta melhor eficiência de remoção de coliformes fecais Portanto a lagoa com chicanas é a melhor alternativa 62 Tabela 16 Resultado do dimensionamento das lagoas de polimento DESCRIÇÃO LAGOAS EM SÉRIE LAGOA COM CHICANA Número de lagoas unidade 3 1 Largura adotada m 3800 13300 Comprimento adotado m 15500 13300 Área requerida por lagoa m² 589000 5569600 Área total requerida m² 1767000 1768900 Eficiência de uma lagoa de remoção de CF 8823 999890 Eficiência global de remoção de CF 998369 999890 Concentração de CF afluente 𝐶𝐹 100 𝑚𝑙 1631 110 Fonte Produção do autor 63 7 RESULTADOS Como critério de dimensionamento das unidades do sistema de tratamento de esgotos foi considerado que as concentrações de DBO e DQO eram relativamente baixas 300 mL e 600 mL respectivamente devido às baixas concentrações encontradas em esgotos domésticos de pequenas populações O dimensionamento dos módulos dos reatores UASB apresentou excelentes resultados na estimativa de remoção das concentrações de DBO e DQO Segundo Chernicharo 2019 a eficiência de remoção de DBO e DQO nos reatores UASB se situam na faixa de 65 a 75 O dimensionamento estimou uma concentração efluente de DBO igual a 8662 mgDBOL em termos de eficiência estimouse remoção equivalente a 7525 de carga orgânica Em relação à remoção de DQO o dimensionamento dos reatores UASB estimou a concentração efluente do reator 19705 mgDQOL equivalente a 6716 de eficiência de remoção Portanto os resultados do dimensionamento das unidades se situam na faixa de porcentagem reportados por Chernicharo Apesar dos excelentes resultados encontrados por Monteiro 2009 no monitoramento das eficiências médias de remoção de coliformes termotolerantes na região metropolitana de Fortaleza no dimensionamento desta ETE optouse por considerar a eficiência de 90 apontada por Chernicharo 2019 para o dimensionamento das lagoas de polimento Para a escolha da melhor configuração de lagoas de polimento para a remoção de CF optouse por avaliar duas alternativas o sistema de 3 lagoas de polimento em série e a lagoa com chicanas O critério de escolha foi a melhor eficiência de remoção de CT O sistema de 3 lagoas de polimento em série possui uma relação comprimentolargura de lagoa aproximadamente igual a 4 O regime hidráulico idealizado de uma lagoa foi considerado como fluxo disperso devido à baixa relação comprimentolargura adotado A eficiência de remoção de organismo patogênicos de uma lagoa de polimento para este regime foi estimada em 8823 Em relação à eficiência global das lagoas em série foi estimada a eficiência de 998369 o que resultou em uma concentração efluente de CF igual a 1631 CF100mL Já a lagoa de polimento com chicanas possui uma relação comprimentolargura de lagoa igual a 1 com dimensões iguais a 13300 m O número de chicanas utilizadas foram 4 o que resulta em 5 divisões na lagoa com largura igual a 2660m Devido a adoção destas 5 chicanas a relação comprimentolargura de lagoa resultou em 25 5 chicanas x 133 m 2660 64 m Por este motivo o regime hidráulico idealizado para esta lagoa foi considerado como fluxo em pistão devido à alta relação comprimentolargura encontrada A eficiência de remoção da lagoa de polimento com chicanas para o regime hidráulico em pistão foi estimada em 99989 o que resultou em uma concentração efluente de coliformes termotolerantes CT igual a 110 CT100mL Esta solução se tornou mais atrativa devido a concentração de coliformes efluente ser inferior a alternativa anterior e melhor atender a legislação ambiental Segundo o artigo 15º da Resolução 35705 do CONAMA aplicamse às águas doces de classe 2 as condições e padrões da classe 1 Em relação à concentração de coliformes termotolerantes não deverá ser excedido um limite de 1000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros A concentração de CT estimada do efluente da ETE Poço Branco é inferior à requerida pela resolução Portanto a ETE se enquadra na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Em relação a concentração de DBO o sistema de tratamento de esgoto da ETE Poço Branco resultou em uma concentração DBO efluente igual a 8662 mgDBOL Segundo o artigo 21º da Resolução 43011 do CONAMA o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários deverá obedecer a concentração de DBO 5 dias a 20ºC máximo de 120 mgL Portanto no que se refere à concentração de DBO a ETE se enquadra na legislação 65 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho propôs o tratamento coletivo dos esgotos domésticos da zona urbana do município de Poço BrancoRN que atualmente não possui sistema de esgotamento sanitário coletivo composto por coleta tratamento e disposição final dos efluentes Apesar da inexistência do sistema de coleta o projeto teve como objeto apenas o projeto da Estação de Tratamento de Esgotos sendo que para implantaçãofuncionamento deste componente fazse necessário projetar e construir o sistema de coleta e transporte dos esgotos da área de estudo O local de implantação do sistema de tratamento de esgotos foi escolhido por sua topografia As curvas de nível foram produzidas através de geoprocessamento de imagens de satélite do Google Earth por meio do software Global Mapper 201 Para melhor precisão recomendo a realização de um levantamento topográfico georreferenciado do terreno Após a escolha do local de implantação verificouse que a implantação da lagoa de polimento resultará grandes movimentos de terra Na escolha de uma área para implantar lagoas de estabilização exigese terrenos planos pois os movimentos de terra são onerosos Recomendase que em trabalhos futuros sejam concebidas configurações alternativas de ETEs e realizada uma avaliação técnica e econômica entre os resultados O sistema de tratamento projetado apresentou altas eficiências de remoção de DBO e DQO possibilitando nas condições operacionais impostas alcançar valores médios acima de 90 de remoção da carga orgânica atendendo aos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Em relação a eficiência de remoção de coliformes termotolerantes o sistema obteve resultado inferior à requerida pela Resolução 35705 do CONAMA enquadrandose na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Para assegurar o funcionamento adequado do sistema fazse necessário implementar um programa de monitoramento do sistema O programa de monitoramento possibilitar tanto a verificação dos parâmetros operacionais aqui adotados quanto a otimização da rotina operacional 66 REFERÊNCIAS ARESPCJ AGÊNCIA REGULADORA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA CAPIVARI E JUNDIAÍ Relatório de fiscalização técnica dos sistemas de água e esgoto do município de Cerquilho Relatório R11 Não Conformidades Americana UFMG 2018 37 p Disponível em wwwarespcjcombrarquivos62909CerquilhoR7pdf Acesso em 20 out 2020 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9649 Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário Procedimento Rio de Janeiro 1986 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISO 9826 Medição de vazão de líquido em canais abertos Calhas Parshall e SANIIRI Rio de Janeiro 2008 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 11885 Grade de barras retas de limpeza manual Requisitos gerais Rio de Janeiro 2017 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 12209 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário Rio de Janeiro 2011 CAMPOS José Roberto Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controlada no Solo Coletânea de Trabalhos Técnicos Rio de JaneiroRJ FINEP 2000 443 p Disponível em httpwwwfinepgovbrapoioefinanciamentoexternahistorico deprogramaprosabprodutos Acesso em 3 abr 2020 CAVALCANTI PF Aplicação de reatores UASB e lagoas de polimento no tratamento de esgoto doméstico Gráfica Santa Marta João Pessoa 2009 CHERNICHARO C A L Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias Reatores anaeróbios 5 ed rev atual e aum Belo Horizonte UFMG 2019 v 2 CLIMATEMPO Climatologia em Poço Branco RN 2020 Disponível em httpswwwclimatempocombrclimatologia6320pocobrancorn Acesso em 10 ago 2020 CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução CONAMA nº 357 S l 17 maio 2005 Disponível em httpwwwsiammggovbrsladownloadpdfidNorma2747 Acesso em 10 ago 2020 CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução CONAMA nº 430 S l 13 maio 2011 Disponível em httpwwwsiammggovbrsladownloadpdfidNorma17214 Acesso em 10 ago 2020 67 IBGEINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA Cidades Poço Branco S l 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilrnpoco brancopanorama Acesso em 10 ago 2020 IBGEINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Rio de Janeiro s n 2008 219 p Disponível em 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ESGOTODECIDADESDEPEQUENOPORTEpdf Acesso em 31 jul 2020 SNIS Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos Ministério das cidadesSecretaria Nacional de Saneamento Ambiental Disponível em httpapp4mdrgovbrserieHistorica Acesso em 10 ago 2020 VAN HAANDEL A C LETTINGA G Tratamento anaeróbio de esgotos um manual para regiões de clima quente Campina Grande Epgraf 1994 VON SPERLING Marcos Comparison among the most frequently used systems for wastewater treatment in developing countries Relatório R11 Não Conformidades S l Elsevier 1996 Disponível em 68 httpswwwsciencedirectcomsciencearticleabspii027312239600323X Acesso em 20 out 2020 VON SPERLING Marcos Von Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos Belo Horizonte Editora UFMG 2014 VON SPERLING Marcos Lagoas de estabilização 2 ed aum Belo Horizonte UFMG 1995 95 p v 3 SL 1 LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES SL 2 SL 3 SL 4 SL 5 SL 6 SL 7 SL 8 SL 9 SL 10 SL 11 ST 1 ST 2 ST 3 ST 4 ST 5 ST 6 LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES PLANTA DE LOCAÇÃO ESCALA1500 PLANTA GERAL ESCALA1750 ESCALAS 01 PRANCHA Nº 01 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS OUTUBRO2020 PROJETO DE REATOR UASB SEGUIDO DE LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PLANTA DE LOCAÇÃO E PLANTA DE SITUAÇÃO SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA DE SITUAÇÃO ESCALA17500 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 2000 1000 450 500 500 1000 550 550 450 1000 793 1083 158 270 550 450 1000 1080 810 810 810 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION A A TAMPA EM CONCRETO ARMADO CX TIPO 04 Planta TAMPA EM CONCRETO ARMADO ESCALA125 Planta ESCALAS 01 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PLANTA BAIXA DA LAGOA PLANTA BAIXA DA CHICANA E CORTE AA SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA GERAL PLANTA BAIXA DA CHICANA CORTE AA CAIXA DE ENTRADA CAIXA DE SAÍDA CORTE PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 ESCALAS 02 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PERFIS LONGITUDINAIS SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL SEÇÃO LONGITUDINAL 5 SEÇÃO LONGITUDINAL 6 SEÇÃO LONGITUDINAL 7 SEÇÃO LONGITUDINAL 8 SEÇÃO LONGITUDINAL 9 SEÇÃO LONGITUDINAL 10 PERFIL DA LAGOA LEGENDA PERFIL DO TERRENO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 ESCALAS 03 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PERFIS TRANSVERSAIS SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL SEÇÃO TRANSVERSAL 1 SEÇÃO TRANSVERSAL 2 SEÇÃO TRANSVERSAL 3 SEÇÃO TRANSVERSAL 4 SEÇÃO TRANSVERSAL 5 SEÇÃO TRANSVERSAL 6 PERFIL DA LAGOA LEGENDA PERFIL DO TERRENO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESCALAS 01 PRANCHA Nº 02 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LEITO DE SECAGEM TÍTULO PLANTA BAIXA E DETALHES SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA BAIXA W S N Q E DETALHE 1 CHEGADA DO LODO NO LEITO DETALHE 2 CAMADAS FILTRANTES DETALHE 3 PLACAS PRÉ MOLDADAS PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION LEITOS DE SECAGEM 04 03 02 01 ESCALAS 02 PRANCHA Nº 02 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LEITO DE SECAGEM TÍTULO CORTES E DETALHES SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CORTE A A DETALHE 5 DRENO CORTE B B DETALHE 6 E E DETALHE 7 E E CORTE PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 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Texto de pré-visualização
GEORGE MATHEUS DIONISIO DE OLIVEIRA PROPOSTA DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA O MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN NATALRN 2020 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 2 George Matheus Dionísio de Oliveira Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade Projeto Técnico em Engenharia submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia Civil Orientador Prof Dr Paulo Eduardo Vieira Cunha Coorientador Profa Dra Silvânia Lucas Dos Santos NatalRN 2020 4 George Matheus Dionisio de Oliveira Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN Trabalho de conclusão de curso na modalidade Projeto Técnico em Engenharia submetido ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil Aprovado em 07 de dezembro de 2020 Prof a Dra Paulo Eduardo Vieira Cunha Profa Dra Silvânia Lucas Dos Santos Amanda Bezerra de Souza Examinadora externa Debora Marina Diogenis Rego do Nascimento Examinadora externa NatalRN 2020 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por guiar a minha vida e me rodear de pessoas que me incentivaram a crescer pessoalmente e profissionalmente Aos meus pais José e Ana pessoas que antes de tudo me educaram e incentivaram a seguir meus sonhos Aos meus irmãos Kamila Nayara e Felipe pelo carinho e companheirismo À minha noiva Luana Araújo pelo apoio e pelo companheirismo Ao meu orientador Prof Dr Paulo Eduardo Vieira Cunha por ter aceitado acompanhar me neste projeto O seu empenho foi essencial para a minha motivação à medida que as dificuldades iam surgindo ao longo do percurso Agradeço a minha coorientadora Profa Dra Silvânia Lucas dos Santos que também aceitou acompanharme neste projeto e me forneceu todas as bases necessárias para a realização deste trabalho Aos amigos feitos durante a graduação que tanto permitiram meu crescimento e que marcaram esses longos anos de estudo com demonstrações de companheirismo e confiança 6 RESUMO Proposta de uma estação de tratamento de esgoto para o município de Poço BrancoRN O presente trabalho tem como objetivo projetar uma estação de tratamento de esgoto sanitário para atender à área urbana do município de Poço BrancoRN O sistema proposto inclui tratamento preliminar composto por grades manuais e desarenadores seguido por tratamento biológico em reator anaeróbio tipo UASB e pós tratamento em lagoa de polimento Na elaboração desse projeto foram desenvolvidas as seguintes atividades revisão bibliográfica concepção do sistema de tratamento caracterização da área dimensionamento das unidades de tratamento e elaboração das pranchas do projeto De acordo com as estimativas realizadas foi constatado a expectativa de eficiência de remoção de DBO e DQO 8662 mgDQOL e 19705 mgDQOL respectivamente atendendo aos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Em relação a eficiência de remoção organismos patogênicos o sistema foi estimado com concentração efluente de 110 org100mL resultado inferior à requerida pela Resolução 35705 do CONAMA para enquadramento na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Palavraschave Projeto técnico ETE Reator UASB Lagoa de polimento 7 ABSTRACT Proposal for a sewage treatment plant for the city of Poço Branco RN The present work objective design a sanitary sewage treatment plant to serve the urban area of the city of Poço BrancoRN The proposed system includes preliminary treatment consisting of railing and grit chambers followed by biological treatment in a UASB type anaerobic reactor and post treatment in a polishing pond In the elaboration of this project the following activities were developed bibliographic review treatment system design characterization of the area dimensioning of treatment units and elaboration of the project planks According to the estimates made it was found the expectation of removal efficiency for BOD and COD 8662 mgDQO L and 19705 mgDQO L respectively meeting the standards established by environmental legislation Regarding the efficiency of removing pathogenic organisms the system was estimated with an effluent concentration of 110 org 100mL a result lower than that required by CONAMA Resolution 35705 to fit the condition of CT concentration to discharge effluents from treatment systems sanitary sewage Keywords Technical project ETE UASB Reactor Polishing pond 8 INDICE DE FIGURAS Figura 1 Localização do município de Poço BrancoRN 17 Figura 2 Representação esquemática do sistema de tratamento preliminar 21 Figura 3 Representação esquemática de um reator UASB retangular 23 Figura 4 Gradeamento manual da ETE Rio Sorocaba 26 Figura 5 Desarenadores ao centro da ETE Rio Sorocaba 27 Figura 6 Calha Parshall da ETE Capuava 28 Figura 7 Estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em RecifePE 29 Figura 8 Representação esquemática de um sistema de gases 31 Figura 9 Seção transversal esquemática de um leito de secagem 32 9 INDICE DE TABELAS Tabela 1 População residente em área urbana de Poço Branco 33 Tabela 2 Métodos de projeções populacionais 34 Tabela 3 Resultado da projeção populacional 36 Tabela 4 Resultado da estimativa de vazões 38 Tabela 5 Tipo de grade espaçamento e Seção transversal das grades 38 Tabela 6 Resultado do dimensionamento do gradeamento 41 Tabela 7 Dados da calha Parshall 42 Tabela 8 Dimensões para calhas Parshall de pequenas dimensões 44 Tabela 9 Resultado do dimensionamento do desarenador 47 Tabela 10 Tempo de detenção hidráulica em horas 48 Tabela 11 Resultado do dimensionamento do reator UASB 49 Tabela 12 Velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB 50 Tabela 13 Resultado de verificações de carga aplicada e velocidades superficiais 51 Tabela 14 Estimativa de eficiência 52 Tabela 15 Resultado do dimensionamento dos leitos de secagem 56 Tabela 16 Resultado do dimensionamento das lagoas de polimento 62 10 SIMBOLOGIA SÍMBOLO SIGNIFICADO a Abertura da grade Au Área útil do canal Bdes Largura do desarenador CHV Carga hidráulica volumétrica 𝐶𝐶𝐻4 Concentração de metano no biogás Cv DBO DQO Carga orgânica volumétrica Demanda Bioquímica de Oxigênio Demanda Química de Oxigênio DQOCH4 Produção de biogás e Espaçamento da grade 𝐸𝐷𝐵𝑂 Eficiência do reator UASB em termos de remoção de DBO EDQO Eficiência do reator UASB em termos de remoção de DQO Egrade Eficiência da grade 𝑓𝑇 Fator de correção para a temperatura operacional do reator h Altura da lâmina de água no canal hmáx Altura máxima do canal hmín Altura mínima do canal hf Perda de carga Hreator Altura do reator m I Intervalo de limpeza K1 Coeficiente de máxima vazão diária K2 Coeficiente de máxima vazão horária K3 Coeficiente de mínima vazão horária Ka Coeficiente de progressão aritmética KDQO DQO correspondente a 1 mol de CH4 Kg Coeficiente de progressão geométrica Ldes Comprimento do desarenador Lrede Comprimento da rede de esgoto L0 UASBDQO Carga afluente média de DQO 11 P Pressão atmosférica Pop População para idade de projeto QCH4 Produção volumétrica de metano Qinf Vazão de infiltração 𝑄𝑚á𝑥 Vazão máxima 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média 𝑄𝑚í𝑛 Vazão mínima QPC Quota per capita de água R Coeficiente de retorno águaesgoto Rg Constante real dos gases S Área da seção transversal do canal 𝑆0 Concentração de DQO afluente 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 Concentração média de DQO afluente ao reator UASB T Temperatura operacional do reator Tinf Taxa de infiltração tlodo Taxa de remoção de areia v Vazão de passagem V Velocidade de passagem V0 Velocidade imediatamente à montante da grade 𝑣𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 Velocidade superficial do fluxo vh Velocidade do fluxo 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume do reator vs velocidade de sedimentação 𝑌𝑜𝑏𝑠 Coeficiente de produção de sólidos do sistema em termos de DQO Z Rebaixo da calha Parshall 12 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 14 2 OBJETIVOS 16 3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO 17 4 REVISÃO DA LITERATURA 19 41 Níveis de tratamento 19 411 tratamento preliminar 19 412 Tratamento primário 21 413 Tratamento secundário 21 414 Tratamento terciário 22 42 Reatores UASB 22 43 Lagoa de polimento 24 44 Leito de secagem 24 5 MEMORIAL DESCRITIVO 26 51 Tratamento preliminar 26 511 Gradeamento 26 512 Desarenadores 26 513 Calha Parshall 27 52 Reator UASB 28 521 Materiais para construção 28 522 Compartimento de distribuição do afluente 28 523 Tubos de distribuição 29 524 Separador trifásico 30 525 Coleta do efluente 30 526 Sistema de gases 30 53 Leito de secagem 31 6 DESENVOLVIMENTO 33 61 Estimativa populacional 33 62 Dimensionamento das unidades do tratamento preliminar 38 63 Dimensionamento do reator UASB 47 64 Leito de secagem 54 65 Dimensionamento da lagoa de polimento 57 13 7 RESULTADOS 63 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 65 REFERÊNCIAS 66 APÊNDICES 69 14 1 INTRODUÇÃO A implementação de ações voltadas ao saneamento básico no Brasil fazse extremamente necessária tendo em vista o alto déficit de atendimento Segundo a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB 2008 apenas 522 dos municípios brasileiros possuem coleta de esgoto no entanto apenas 688 do que é coletado passa por algum tipo de tratamento Assim parcela do esgoto não tratado ou tratado de forma inadequada é lançado em rios e lagos o que acarreta sérios danos à saúde da população e ao meio ambiente A deposição de dejetos nos corpos aquáticos favorece a proliferação de doenças de veiculação hídrica Segundo o Sistema de Informações Hospitalares do SUS do Ministério da Saúde o número de internações por 100 mil habitantes foi de 656 em 2018 Os gastos despendidos para o tratamento dessas doenças que podem ser evitadas caso haja o fornecimento de serviços de saneamento básico à população afetada são superiores ao dimensionamento e implantação de uma estação de tratamento doméstico a qual poderia atender a população por completo Atualmente segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNIS a população do município de Poço Branco não possui a coleta e nem tratamento do esgoto gerado A implantação de uma estação de tratamento de esgotos reduziria o número de doenças relacionadas com a deficiência no saneamento básico no município e consequentemente reduziria os custos com internações e promoveria o desenvolvimento econômico e social Um sistema de tratamento que tem ganhado destaque nas últimas décadas é o Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo UASB do inglês Upflow Anaerobic Sludge Blanket Este apresenta uma série de vantagens dentre elas sistema compacto com baixa demanda de área baixo custo de implantação e de operação baixa produção de lodo baixo consumo de energia satisfatória eficiência de remoção de DBO e DQO de 65 a 75 Possibilidade de rápido reinício após longa paralisação Elevada concentração e boa desidratabilidade do lodo excedente Van Haandel AC e Lettinga G 1994 Chernicharo 2019 Apesar das suas vantagens esse sistema também apresenta desvantagens sendo as mais relevantes não remove nutrientes nem patógenos satisfatoriamente não atendendo portanto os padrões estabelecidos pelas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA N 3572005 e N 4302011 CONAMA 2005 e 2011 Assim necessita de unidades de póstratamento 15 Dentre as alternativas para o póstratamento encontrase as lagoas de polimento são unidades que tem como principal objetivo a remoção de organismos patogênicos Elas são projetadas com profundidades que variam de 08 a 12 m Nessas lagoas o decaimento bacteriano é influenciado pelo regime hidrodinâmico da lagoa e é influenciado pelo pH pela radiação solar e a baixa disponibilidade de Nutrientes Von Sperling 1996 Cavalcanti 2009 Nesse sentido a junção do Reator UASB com as lagoas de polimento apresentamse como uma excelente alternativa para a implantação em pequenos municípios que visam o lançamento do efluente tratado em corpos receptores ou mesmo para o reuso agrícola Uma vez que as vantagens dos dois sistemas associados podem produzir um efluente de ótima qualidade a um baixo custo O presente trabalho tem por objetivo elaborar um projeto de uma Estação de Tratamento de Esgoto como solução para o município de Poço Branco no Rio Grande do Norte 16 2 OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é projetar uma Estação de Tratamento de Esgoto composta de um reator UASB seguido de uma lagoa de polimento para o município de Poço BrancoRN Para atingir o objetivo geral deste projeto os seguintes objetivos específicos foram estabelecidos Caracterizar a área de estudo Realizar levantamento populacional econômico e social do município de Poço Branco Realizar o levantamento bibliográfico sobre o sistema de tratamento de efluentes domésticos proposto Dimensionar as unidades de tratamento do sistema proposto 17 3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE PROJETO Poço Branco é um município do Estado do Rio Grande do Norte na Microrregião da Baixa Verde Situado no par de coordenadas geográficas Latitude 5 37 30 Sul Longitude 35 39 41 Oeste O seu principal acesso é pela rodovia RN 51 Localizase a 59 km de distância da capital do Estado Natal A Figura 1 situa a área urbana da cidade de Poço Branco Figura 1 Localização do município de Poço BrancoRN Fonte Prefeitura de Poço Branco Segundo dados do sistema agregador de informações do IBGE denominado Cidades 2017 o município possui 2304 km² e de acordo com o último censo realizado no ano de 2010 ele possuía 13949 habitantes 7417 pessoas residentes na zona urbana e 6532 pessoas na zona rural o que corresponde a 5317 e 4683 respectivamente A densidade demográfica é de 6054 habitantes por km² no território do município Segundo dados obtidos no Climatempo 2020 o município possui um clima tropical chuvoso com verão seco e estação chuvosa adiantandose para o outono precipitação pluviométrica média anual de 7718mm com período chuvoso de março a maio temperatura média anual em torno de 26ºC e umidade relativa média anual de 79 18 As principais atividades econômicas no município são a agropecuária extrativismo e o comércio Segundo dados obtidos no Sistema Nacional de Informações sobre SaneamentoSNIS o município não possui rede de esgotamento sanitário nem tão pouco tratamento de efluentes O município de Poço Branco está situado na Bacia Hidrográfica do Rio CearáMirim Dentro dos limites municipais existem dois corpos hídricos o primeiro é chamado de Riacho América e o segundo rio é chamado de Rio CearáMirim Este é um curso de água que nasce no município de Lajes passa pelo município de Poço Branco e deságua na localidade de Barra do Rio em Extremoz Em Poço Branco ele é represado formando a barragem Engenheiro José Batista do Rego Pereira que possui uma capacidade de armazenamento de água de cento e trinta e seis milhões de metros cúbicos 19 4 REVISÃO DA LITERATURA 41 Níveis de tratamento O tratamento de esgotos sanitários é classificado através dos seguintes níveis preliminar primário secundário e terciário 411 Tratamento preliminar Segundo Von Sperling 2014 o tratamento preliminar tem como principal objetivo à remoção de sólidos grosseiros Ele é composto por duas unidades grade e desarenador Usualmente adotase um medidor de vazões para o controle operacional do sistema O medidor mais comum é a calha Parshall Gradeamento As grades tem como finalidade a remoção dos sólidos grosseiros A operação destas grades pode ser manual ou mecânica Elas são classificadas pelo espaçamento entre as barras podendo ser grossas médias e finas O princípio da remoção consiste em reter o material com dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras A remoção destes sólidos garante a proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos proteção das unidades de tratamento subsequentes e a proteção dos corpos receptores A ABNT NBR 11885 classifica as grades retas segundo os espaçamentos das barras metálicas em a grade fina de 10 mm a 20 mm b grade média de 20 mm a 40 mm c grade grossa de 40 mm a 100 mm Chernicharo 2019 com base em experiências operando reatores UASB tratando esgotos domésticos recomenda para estações de pequeno porte uma grade média seguida de uma grade fina Desarenadores O desarenador é a unidade responsável pela contenção da areia presente nos esgotos A areia é removida por peneiramento ou sedimentação sendo esta última a mais comum Jordão 2009 diz que o fluxo dos esgotos é condicionado a velocidades que permitam separar racionalmente o material pesado que se deseja remover O autor classifica os desarenadores segundo sua forma eles podem ser classificados como prismáticos retangulares ou quadrados ou cilíndricos 20 Jordão 2009 alerta para a velocidade de condicionamento do fluxo horizontal de escoamento Para valores acima de 030ms ocorre o arraste de partículas menores do que se deseja remover Para velocidades próximas a 015 ms ocorre a sedimentação de matéria orgânica que provoca odores desagradáveis devido a sua decomposição Ao projetarse os desarenadores dimensionase um compartimento especificamente projetado para acumular o material arenoso com capacidade suficiente para armazenalo durante o período entre cada limpeza Calha Parshall Uma das principais dificuldades no projeto e na operação da caixa de areia está em se conseguir manter uma velocidade desejada com a variação da vazão JORDÃO 2009 Projeta se seções de controle onde conseguese medição a vazão através de estrangulamento da seção e ressaltos que se pode correlacionar a vazão com a altura do fluido em sua seção de controle As seções de controle mais comuns são Vertedores proporcionais tipo Sutro Calhas tipo Parshall e Calhas tipo Palmer Bowlus Dentre estes tipos de seção de controle a mais empregada consiste do tipo calha Parshall Ela é instalada a jusante do desarenador Atualmente os fabricantes vêm produzindo os medidores Parshall em material plástico reforçado com fibra de vidro com acabamento interno resistente aos efeitos corrosivos do esgoto e a parte externa com nervuras para reforço e estruturação da calha As principais vantagens apontadas por Jordão 2009 para este tipo de medidor são a perda de carga desprezível a capacidade de manter proximamente constante as velocidades de escoamento e a autolimpeza devido à velocidade do fluxo submetido a regime crítico de escoamento A Figura 2 ilustra a representação esquemática do sistema de tratamento preliminar 21 Figura 2 Representação esquemática do sistema de tratamento preliminar Fonte Oliveira 2014 412 Tratamento primário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento primário tem como objetivo à remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria orgânica O mecanismo de tratamento predominante para a remoção de poluentes é o físico Como exemplo de unidades de tratamento a nível primário temse os decantadores Eles são unitizados pata reduzir a carga de sólidos sedimentáveis e consequente DBO associada aos sólidos A eficiência de remoção de sólidos sedimentáveis varia de 60 a 70 Quanto a eficiência de remoção de DBO varia de 30 a 40 As unidades de tratamento primário sozinhas não garantem o cumprimento do padrão de lançamento de efluente imposto pela legislação devido à baixa eficiência de remoção 413 Tratamento secundário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento secundário visa a remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes nitrogênio e fósforo O tratamento secundário predomina os mecanismos biológicos em ambiente que favorece o desenvolvimento e atuação de microrganismos Dentre os processos biológicos aeróbios destacamse as unidades de lodos ativados filtros biológicos flotação por ar dissolvido filtros aeróbios submersos e lagoas de alta taxa No tratamento por meio anaeróbio as unidades utilizadas são as lagoas anaeróbias e os reatores anaeróbios dentre eles destacase o reator UASB 22 Segundo Von Sperling 2014 o nível de tratamento secundário apresenta a eficiência de remoção de DBO na faixa de 60 a 99 eficiência de remoção de coliformes entre 60 a 99 e eficiência de remoção de nutrientes variando entre 10 a 50 Geralmente este nível de tratamento se adequa aos padrões de lançamento de efluente Entretanto melhores eficiências de remoção podem ser alcançadas se forem adicionadas alguma etapa de remoção específica no projeto a exemplo da desinfecção que deve ser adicionada 414 Tratamento terciário Segundo Von Sperling 2014 o tratamento terciário tem como objetivo a remoção de poluentes específicos ou a remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no nível anterior 42 Reatores UASB Os reatores UASB foram desenvolvidos e aplicados inicialmente na Holanda com a finalidade de tratar esgotos concentrados van Haandel e Lettinga 1994 Chernicharo 2019 diz que o processo do reator anaeróbio de manta de lodo consiste de um fluxo ascendente de esgoto através de um leito de lodo denso e de alta atividade Devido à grande densidade dos sólidos o lodo mais denso se acumula próximo do fundo do reator e à medida que se aproxima do topo o lodo se apresenta mais leve e disperso Os reatores UASB possuem dois tipos de configurações circulares ou retangulares Os reatores circulares são mais econômicos e indicados a pequenas populações Os reatores retangulares são indicados quando se é necessário modular devido a grandes populações A Figura 3 ilustra um reator UASB retangular 23 Figura 3 Representação esquemática de um reator UASB retangular Fonte Chernicharo 2019 O processo de tratamento anaeróbio através de reatores se manta de lodo apresenta inúmeras vantagens principalmente quando utilizado em regiões de clima quente como é o caso do nordeste brasileiro Segundo Chernicharo 2019 os reatores UASB são sistemas compactos com baixa demanda de área com baixo custo de implantação e de baixo consumo de energia e produção de lodo O lodo excedente possui elevada concentração e boa desidratabilidade Além destas características eles possuem satisfatória eficiência de remoção de DBO e DQO de 65 a 75 Outra característica positiva destes reatores é a capacidade de suportar altas taxas de carga orgânica e a simplicidade construtiva e os custos operacionais quando comparados com outros reatores de sua geração Chernicharo 2019 aponta algumas desvantagens ao uso dos reatores UASB possibilidade de emanação de maus odores baixa capacidade de tolerar cargas tóxicas elevado intervalo de tempo para a partida do sistema e necessidade de uma etapa de pós tratamento Monteiro 2009 analisou a eficiência de 56 estações de tratamento de esgotos localizados na região metropolitana de Fortaleza Dentre as estações analisadas 14 eram compostas por reatores UASB sendo 3 unidades para reator UASB sem póstratamento e 11 unidades para reator UASB com póstratamento do tipo cloração As eficiências médias de remoção de DQO encontradas para os reatores UASB sem póstratamento estavam entre 664 enquanto os reatores UASB com cloração apresentaram eficiência média de 571 As eficiências determinadas por Monteiro 2009 vão ao encontro 24 com as eficiências de remoção de DQO destes reatores apontados por Chernicharo 2019 eficiência de remoção de DBO e DQO na faixa de 65 a 75 As eficiências médias de remoção de coliformes termotolerantes encontradas por Monteiro 2009 para os reatores UASB sem póstratamento e para os reatores UASB com cloração apresentaram eficiência média de 992867 e 996635 respectivamente Chernicharo 2019 aponta a eficiência de remoção de uma unidade logarítmica o que corresponde a uma eficiência de 90 Logo a eficiência de remoção de coliformes termotolerantes na região metropolitana de Fortaleza no nordeste brasileiro apresentaram resultados acima da expectativa Apesar das grandes vantagens dos reatores UASB a qualidade do efluente final não se enquadra nos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Por este motivo é essencial a implantação de unidades de pós tratamento Neste projeto foi adotado como pós tratamento para o reator UASB lagoa de polimento 43 Lagoa de polimento As lagoas de polimento são unidades em que seu principal objetivo é a remoção de organismos patogênicos Alguns mecanismos são mais efetivos com baixas profundidades de lagoas Por este motivo elas são projetadas para que possuam entre 08 a 12 m de profundidade Os organismos patogênicos possuem sensibilidade ao pH a radiação solar e a escassez de alimentos Devido a sua pequena profundidade estes fatores são mais eficientes e tendem a matar estes organismos Os mecanismos associados a baixa profundidade são alta penetração da radiação solar elevado pH e a elevada concentração de OD Para que as lagoas de polimento possam cumprir os requisitos ou padrões de lançamento em corpo dágua em função da classe a que pertencem elas devem atender a elevadas eficiências na remoção de coliformes Segundo Von Sperling 2009 para maximizar a eficiência de remoção as lagoas de polimento são usualmente projetadas na configuração de três ou quatro lagoas em série ou lagoa única com chicanas 44 Leito de secagem Segundo Jordão 2009 o lodo no interior do reator apresenta um teor de sólidos entre 3 a 5 tendendo a crescer ao longo do tempo assim fazse necessário descarte deste lodo 25 excedente O descarte do lodo em excesso é realizado por meio de tubulações no interior do reator e enviado diretamente para desidratação Para estações de tratamento de pequeno porte os leitos de secagem são a tecnologia mais empregada CHERNICHARO 2019 Os leitos de secagem são unidades responsáveis por processar a redução de umidade do lodo gerado com a drenagem e a evaporação Eles são constituídos por tanques de armazenamento camada drenante e cobertura O tanque de armazenamento são unidades geralmente retangulares podendo ser construídos com alvenaria ou concreto A camada drenante é constituída de uma camada suporte meio filtrante e um sistema de drenagem A camada suporte é constituída de tijolos assentados com espaçamento entre juntas preenchidas com areia grossa como meio filtrante O sistema de drenagem é composto de canalizações dispostas abaixo do meio filtrante para recolher líquido removido do lodo durante a secagem Após a secagem do lodo ele é removido por raspagem geralmente com o uso de pás e realizada a limpeza cuidadosa antes de dar uma nova carga de lodo excedente 26 5 MEMORIAL DESCRITIVO 51 Tratamento preliminar 511 Gradeamento Atendendo a recomendação da NBR 122092011 a remoção de sólidos grosseiros será realizada por meio de uma unidade de grade de limpeza manual com a inclinação de 60º pois a vazão máxima afluente é inferior a 100Ls O material da grade deve ser constituído de material resistente à corrosão e abrasão como ligas de aço inox Em se tratando de uma ETE de pequeno porte com reatores UASB seguindo as recomendações da literatura será adotada no projeto uma grade média seguida de uma grade fina Os espaçamentos adotados entre as barras para as grades média e fina será 20 mm e 10 mm respectivamente A Figura 4 ilustra duas grades manuais em série adotadas na ETE Rio Sorocaba Figura 4 Gradeamento manual da ETE Rio Sorocaba Fonte ARES PCJ 2018 512 Desarenadores Atendendo a recomendação da NBR 122092011 a remoção de areia será realizada através de limpeza manual pois a vazão máxima afluente é inferior a 100Ls 27 Será adotado duas unidades de desarenadores sendo uma unidade reserva para quando for necessário a manutenção da outra O tipo escolhido do desarenador será o canal de fluxo horizontal constante cujo formato será retangular A Figura 5 ilustra dois desarenadores adotados na ETE Rio Sorocaba Figura 5 Desarenadores ao centro da ETE Rio Sorocaba Fonte ARES PCJ 2018 513 Calha Parshall O tipo de vertedor adotado será a Calha Parshall Ela é a opção mais econômica para a medição de vazão A Calha Parshall é fabricada em Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro em dimensões normatizadas conforme norma NBR ISO 9826 A parte interna da calha deve possuir acabamento liso e livre de irregularidades possuir proteção contra a ação de raios ultravioleta e resistente aos efeitos corrosivos do esgoto A parte externa deve possuir nervuras para reforço e estruturação da calha A base de instalação da Calha Parshall é feita de alvenaria e concreto A Figura 6 ilustra uma calha tipo Parshall fabricada em Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro instalada em base de concreto na ETE Capuava 28 Figura 6 Calha Parshall da ETE Capuava Fonte ARES PCJ 2018 52 Reator UASB 521 Materiais para construção Devido ao custo e à facilidade construtiva que o concreto e o aço oferecem eles têm sido utilizados como os principais materiais na construção dos reatores No interior do reator será feita uma proteção à base de epóxi betuminoso Para a proteção da estrutura do reator será utilizado cimento pozolânico concreto com baixa relação águacimento adequada compactação e cura do concreto O separador de gases e sólidos possui elevada exposição ao processo de corrosão O concreto é o material mais utilizado na confecção do separador de gases apesar de possuir problemas de vazamentos de gases e a corrosão Para evitar estes problemas será feita uma proteção à base de epóxi sobre o concreto 522 Compartimento de distribuição do afluente Os compartimentos de distribuição são pequenos compartimentos implantados na parte superior do reator Eles são distribuídos uniformemente no reator A alimentação deles é feita por vertedores Cada compartimento alimenta um único tubo de distribuição que vai até o fundo do reator 29 Além de distribuir uniformemente o esgoto no reator estas caixas permitem visualizar a ocorrência de acréscimos de perda de carga que indicam a existência de obstruções no distribuidor Após a detecção a manutenção é feita com o uso de varões A Figura 7 ilustra a estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em Recife PE composta por tubos de distribuição e caixas de distribuição estruturas cilíndricas na cor branca Figura 7 Estrutura de distribuição do efluente da ETE Mangueira em RecifePE Fonte Campos 2000 523 Tubos de distribuição Os tubos de distribuição recebem os esgotos dos compartimentos de distribuição e distribuem no fundo do reator O diâmetro dos tubos de distribuição deve ser dimensionado para evitar eventuais problemas no reator O tubo deve ter diâmetro suficiente para promover velocidade descendente do esgoto inferior a 02 ms permitindo que as bolhas de ar possam ascender pelo esgoto evitar que os sólidos do esgoto afluente obstruam os tubos e permitir uma velocidade de fluxo junto ao fundo do reator promovendo a mistura e maior contato com o leito do lodo No caso de existência de obstruções frequentes dos tubos o sistema de gradeamento deve ser substituído por grades com espessura menores Na extremidade inferior do tudo será adotada uma redução da seção da tubulação em atenção à área suficiente para evitar o entupimento A adoção tem como finalidade de aumentar a velocidade de saída do esgoto evitando a deposição de areia no fundo do reator 30 524 Separador trifásico O separador trifásico é um dispositivo característico do reator UASB instalado na parte superior do reator com o objetivo de fazer a separação sólidos gás e líquido Um bom separador de fases garante uma elevada concentração de sólidos dentro do reator aumentando assim sua idade de lodo As dimensões do separador de gases devem ser suficientes para permitir a liberação de gás retido para evitar a flotação do lodo e a perda de biomassa do reator Com a separação dos gases o lodo pode retornar ao compartimento de digestão com o auxílio de defletores taxa de aplicação superficial e tempo de detenção hidráulica adequada no compartimento Os defletores ficam localizados imediatamente abaixo das aberturas para o decantador permitindo que os gases sejam separados do líquido e dos sólidos que se mantém no compartimento de decantação 525 Coleta do efluente A coleta do efluente do reator será realizada na sua parte superior junto ao compartimento de decantação por meio de canaletas com vertedores As saídas deverão ser afogadas para evitar a turbulência do efluente evitando a ocorrência de liberação de gases 526 Sistema de gases O reator UASB tem como característica a produção do biogás no processo de digestão anaeróbia Na composição do biogás existe o gás metano que é combustível e pode ser explosivo em misturas com o gás oxigênio Para evitar o risco o biogás é coletado medido e queimado ou reaproveitado O sistema de retirada do biogás é composto por tubulação de coleta compartimento hermético com selo hídrico e purga de biogás medidor de biogás válvula cortachama e queimador de gases A Figura 8 representa esquematicamente um sistema de gases 31 Figura 8 Representação esquemática de um sistema de gases Fonte Campos 2000 Por medida de segurança o dispositivo cortachama e o queimador de gases devem estar localizados em distância segura do reator 53 Leito de secagem A implantação do leito de secagem deve ser feita em terreno nivelado O fundo deve ser executado em concreto armado devendo ter caimento de no mínimo 1 para o centro conforme projeto para o escoamento dos efluentes que serão drenados pelos tubos em direção a caixa de coleta conforme projeto As muretas laterais e de divisão entre os leitos deverão ser executadas em concreto armado Após a concretagem e cura do fundo e das paredes de cada leito deverá ser realizado a impermeabilização de base cimentícia flexível e véu de poliéster em todos os leitos paredes laterais e fundo No meio de cada leito de secagem será instalado um tubo de PVC corrugado perfurado para a drenagem dos efluentes com diâmetro nominal de 100 mm e caimento de no mínimo 1 Os tubos serão interligados entre si levando os efluentes para a caixa de coleta A caixa de coleta dos efluentes dos leitos de secagem será executada em alvenaria sobre base de concreto armado Será necessária a impermeabilização Após a concretagem o leito de secagem é preenchido por camadas de brita seguidas por uma camada de areia e de tijolos A Figura 9 ilustra a seção transversal de um leito de secagem 32 Figura 9 Seção transversal esquemática de um leito de secagem Fonte Campos 2000 33 6 DESENVOLVIMENTO 61 Estimativa populacional A vida útil de projeto é o período de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender os requisitos de desempenho Para um projeto de estação de tratamento esgoto a vida útil de projeto usualmente utilizada é de 20 anos A tabela 1 apresenta a população residente na área urbana de Poço Branco informada pelos últimos censos realizados pelo IBGE para o município nos anos 2000 e 2010 Tabela 1 População residente em área urbana de Poço Branco Censo Habitantes 2000 6661 2010 7417 Fonte Produção do autor A população foi projetada para o ano de 2040 já que a implantação do projeto é prevista para o ano de 2020 e a estimativa foi realizada para um período de 20 anos A população futura até a data de fim de projeto foi estimada utilizandose os métodos de projeção populacional aritmético geométrico e logístico conforme descrito por Von Sperling 2014 na tabela 2 34 Tabela 2 Métodos de projeções populacionais Método Descrição Fórmula da projeção Coeficientes Projeção aritmética Crescimento populacional segundo uma taxa constante Utilizado para estimativas de menor prazo P1 P0 Ka tt0 Projeção geométrica Crescimento populacional função da população existente a cada instante Utilizado para estimativas de menor prazo Crescimento logístico A população tende assintoticamente a um valor de saturação Condições P0P1P2 e P0P2P1² Fonte Von Sperling 2014 Método aritmético 𝐾𝑎 𝑃2010𝑃2000 𝑡1𝑡0 1 𝐾𝑎 𝑃2010 𝑃2000 𝑡1 𝑡0 7417 6661 2010 2000 756 𝑃2020 𝑃2010 𝐾𝑎𝑡 𝑡0 2 𝑃2020 7417 7562020 2010 8173 hab 𝑃2040 7417 7562040 2010 9685 hab Método geométrico 𝐾𝑔 𝑙𝑛𝑃2𝑙𝑛𝑃1 𝑡2𝑡1 3 35 𝐾𝑔 ln 8173 𝑙𝑛 7417 2020 2010 90086 89115 10 000971 𝑃𝑔 𝑃0𝑒𝐾𝑔𝑡𝑡1 4 𝑃𝑔2040 7417 𝑥 𝑒00097120402010 9926 hab Método crescimento logístico 𝑃𝑠 2𝑃0𝑃1𝑃2𝑃12 𝑃0𝑃2 𝑃0𝑃2𝑃12 5 𝑃𝑠 2 𝑥 6661 𝑥 7417 𝑥 8173 74172 6661 8173 6661 𝑥 8173 74172 𝑃𝑠 14834 hab 𝑐 𝑃𝑠𝑃0 𝑃0 6 𝑐 14834 6661 6661 12270 𝐾1 1 𝑡2𝑡1 ln 𝑃0𝑃𝑠𝑃1 𝑃1𝑃𝑠𝑃0 7 𝐾1 1 20202010 ln 6661148347417 7417148346661 002046 𝑃𝑙 𝑃𝑠 1𝑐 𝑒𝑘1𝑡𝑡0 8 𝑃𝑙2040 14834 1 12270 𝑒00204620402000 9624 hab A tabela 3 apresenta os resultados das projeções populacionais do município de Poço Branco de acordo com o método de projeção populacional 36 Tabela 3 Resultado da projeção populacional MÉTODO POPULAÇÃO URBANA EM 2020 POPULAÇÃO URBANA EM 2040 Aritmético 8173 9685 Geométrico 8173 9926 Crescimento logístico 8173 9624 Fonte Produção do autor Para fins de projeto utilizase as situações mais desfavoráveis Neste caso a situação mais desfavorável são aquelas em que o método de projeção estime a maior população Para o presente projeto o método de projeção que estimou maior população foi o método geométrico Portanto foi adotada a população para o ano de 2020 como o início de projeto de 8173 habitantes Para o fim de projeto no ano de 2040 adotouse 9926 habitantes 51 Caracterização quantitativa dos esgotos afluentes à estação Para realizar o dimensionamento das unidades de uma Estação de Tratamento de Esgoto devemse estimar as vazões mínimas média e máxima O cálculo das vazões domésticas é dado pelas equações apresentada por Von Sperling 2005 𝑄𝑚í𝑛 𝐿 𝑠 𝐾3𝑥𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 9 𝑄𝑚é𝑑 𝐿 𝑠 𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 10 𝑄𝑚á𝑥 𝐿 𝑠 𝐾1𝑥𝐾2𝑥𝑃𝑜𝑝 𝑥 𝑄𝑃𝐶 𝑥 𝑅 86400 11 Em que Pop população para idade de projeto hab QPC quota per capita de água Lhab dia R Coeficiente de retorno esgotoágua K1 Coeficiente de máxima vazão diária 12 K2 Coeficiente de máxima vazão horária 15 K3 Coeficiente de mínima vazão horária 05 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝑠 𝑇𝑖𝑛𝑓 𝑥 𝐿𝑟𝑒𝑑𝑒 12 Em que Qinf vazão de infiltração Ls Tinf taxa de infiltração Lskm 37 Lred comprimento da rede de esgoto km A vazão de infiltração depende da extensão da rede coletora diâmetro das tubulações área servida tipo de solo profundidade do lençol freático topografia e densidade populacional Segundo a NBR 96491986 a taxa de contribuição de infiltração está situada entre 005 a 1 Lskm Considerando que a rede é nova este projeto adotará a taxa de infiltração de 01 Ls km A extensão da rede do município de Poço Branco foi aproximada como sendo igual a extensão de vias Na falta de informações sobre a extensão de vias na área urbana ela foi obtida através de imagens aéreas do Google Maps em escala real A extensão da rede foi medida com o auxílio de software CAD Esta extensão de rede estimada para a área urbana do município foi 32 km 𝑄𝑚í𝑛 𝐿 𝑠 05 𝑥 8173 𝑥 150 𝑥 08 86400 568 𝐿𝑠 𝑄𝑚é𝑑 2020 𝐿 𝑠 8173 𝑥 150 𝑥 08 86400 1135 𝐿𝑠 𝑄𝑚é𝑑 2040 𝐿 𝑠 9926 𝑥 150 𝑥 08 86400 1379 𝐿𝑠 𝑄𝑚á𝑥 𝐿 𝑠 12 𝑥 15 𝑥 9926 𝑥 150 𝑥 08 86400 2482 𝐿𝑠 𝑄𝑖𝑛𝑓 𝐿 𝑠 01 𝑥 32 320 𝐿𝑠 A tabela 4 apresenta o resultado da estimativa de vazões utilizadas para o dimensionamento das unidades do projeto de estação de tratamento de esgoto do município de Poço Branco 38 Tabela 4 Resultado da estimativa de vazões VAZÃO DESCRIÇÃO VALOR Ls VALOR m3h Vazão doméstica mínima Qmin Equação 9 568 2043 Vazão doméstica média 2020 Qmed 2020 Equação 10 1135 4087 Vazão doméstica média 2040 Qmed 2040 Equação 10 1379 4963 Vazão doméstica máxima Qmáx Equação 11 2482 8933 Vazão de infiltração Qinf Equação 12 320 320 Vazão total média Qt med 2040 Qt med 2040 Qmed 2040 Qinf 1699 6115 Vazão total máxima Qt máx Qt máx Qmáx Qinf 2802 10085 Fonte Produção do autor 62 Dimensionamento das unidades do tratamento preliminar Para este projeto foi adotado o gradeamento manual devido a pequena profundidade do canal a facilidade de limpeza e os custos de operação e manutenção Além disso foi adotada uma grade de remoção tipo média e uma grade fina devido sua capacidade de remoção de sólidos grosseiros tais como latinhas plásticos panos e papeis Tabela 5 Tabela 5 Tipo de grade espaçamento e Seção transversal das grades TIPO DE GRADE MATERIAL RETIDO a mm ESPESSURA DAS BARRAS O DAS BARRAS mm Grosseira Galho de árvore restos de mobílias pedaços de colchão etc 40 100 95 x 500 95 x 635 127 x 385 127 x 500 Média Latinhas de cerveja refrigerante plásticos madeiras papel etc 20 40 79 x 500 95 x 381 95 x 500 Fina Fibras de tecido e cabelo etc 10 20 64 x 381 79 x 381 95 x 381 Fonte Adaptada da NBR 122092011 39 A área útil do canal é dada pelo quociente da vazão máxima de fim de projeto pela velocidade de passagem do efluente na grade Em projetos recomendase a utilização de 0 6 ms a 1 2 ms para grades destinada a limpeza mecanizada e de 06 ms a 0 9 ms para a limpeza manual 𝐴𝑢 𝑄𝑚𝑎𝑥 𝑣 13 Em que Qmax vazão máxima de projeto em m³s v vazão de passagem adotada ms 𝐴𝑢 002802 09 00311 𝑚2 No cálculo da área da seção transversal da grade é necessário determinar a eficiência da grade a qual é calculada pela seguinte equação 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑎 𝑎𝑒 𝑥 100 14 Em que a espaçamento da grade e espessura da grade As eficiências da grade média e da grade fina são 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 20 20 10 𝑥 100 6667 𝐸𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎 10 10 10 𝑥 100 5000 A eficiência global do gradeamento manual pode ser calculada com a equação a seguir 𝐸𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 100𝑥1 1 𝐸𝑛 15 Em que E eficiência de uma unidade em decimais n número de unidades 𝐸 100𝑥 1 1 066671 05 8333 A área da seção transversal S é dada pela equação a seguir 40 𝑆 𝐴𝑢 𝐸 16 Em que Au área útil do canal m² Egrade eficiência da grade em números decimais 𝑆 00311 08333 00374 𝑚2 Definido a área da seção transversal podese determinar a largura do canal L que é determinada pela equação a seguir 𝐿 𝑆 ℎ 17 Em que S área da seção transversal do canal m² h altura do canal determinado pela equação extraída da tabela 4 em m 𝐿 00374 019 020 𝑚 A velocidade imediatamente à montante da grade é determinada pela equação a seguir 𝑉0 𝑄 𝑚𝑎𝑥 𝑠 18 Em que Qmax vazão máxima de projeto m³s S área da seção transversal do canal m² 𝑉0 002802 00374 075 𝑚 𝑠 A perda de carga na grade é determinada pela seguinte equação ℎ𝑓 1432𝑉2𝑉02 2𝑔 19 Em que V velocidade de passagem adotada ms V0 velocidade imediatamente à montante da grade ms ℎ𝑓 1430920752 2𝑥98 020 𝑚 A NBR 122092011 recomenda que a perda de carga mínima a ser considerada para o gradeamento de limpeza manual seja de 015 m Portanto a perda de carga para o gradeamento manual deste projeto atende à norma 41 A tabela 6 apresenta o resultado do dimensionamento do gradeamento manual composto de uma grade média e uma grade fina do sistema de tratamento preliminar da estação de tratamento de esgotos proposto Tabela 6 Resultado do dimensionamento do gradeamento DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Grade média Espaçamento x espessura Tabela 2 20 mm x 10 mm Grade fina Espaçamento x espessura Tabela 2 10 mm x 10 mm Velocidade de passagem Adotado 09 ms Inclinação 40 a 60 Adotado 60 Eficiência global Equação 15 8333 Área útil Au Equação 13 00311 m2 Área da seção transversal Equação 16 00374 m2 Largura do canal Equação 17 020 m Fonte Produção do autor Calha Parshall O dimensionamento de uma calha Parshall é realizado a partir da vazão determinando se a medida da lâmina de água na seção e a seção da garganta Determinase as lâminas máximas e mínimas para definir as condições de escoamento na calha no período de projeto A partir da tabela a seguir extraída da NBR 98262008 determinase o intervalo de operação da vazão 42 Tabela 7 Dados da calha Parshall Calha Parshall nº Largura da garganta b m Equação da vazão 𝑄 𝐶ℎ0 𝑛 m³s Intervalo de altura h0 m Intervalo de vazão Q x 103𝑚3𝑠 Limite modular σ experimental Razão de submergência σ recomendado Mín Máx Mín Máx 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0152 0381ℎ0 1580 003 045 15 100 055 06 2 025 0561ℎ0 1513 003 060 30 250 06 3 030 0679ℎ0 1521 003 075 35 400 062 06 4 045 1038ℎ0 1537 003 075 45 630 064 06 5 060 1403ℎ0 1548 005 075 125 850 066 06 6 075 1772ℎ0 1557 006 075 250 1100 067 06 7 090 2147ℎ0 1565 006 075 300 1250 068 06 8 100 2397ℎ0 1569 006 080 300 1500 07 9 120 2904ℎ0 1577 006 080 350 2000 070 07 10 150 3668ℎ0 1586 006 080 450 2500 072 07 11 180 4440ℎ0 1593 008 080 800 3000 074 07 12 210 5222ℎ0 1599 008 080 950 3600 076 07 13 240 6004ℎ0 1605 008 080 1000 4000 078 07 Fonte NBR ISO 98262008 A estação de tratamento de esgotos irá operar com vazão máxima de 8267 Ls A Calha Parshall nº 1 é adequada para operar com para esta vazão pois o intervalo de operação desta calha é de 15 L a 100 L De posse da equação da vazão e adaptando às vazões mínima e máxima determinase as alturas mínima e máxima do canal ℎ𝑚𝑖𝑛 𝑄𝑚𝑖𝑛 0381 1580 20 ℎ𝑚𝑖𝑛 888 1000 0381 1580 009 𝑚 ℎ𝑚á𝑥 𝑄𝑚á𝑥 0381 1580 21 43 ℎ𝑚á𝑥 2802 1000 0381 1580 019 𝑚 De posse das alturas mínima e máxima do canal calculadas pela equação da vazão correspondente a calha Parshall escolhida calculase o valor do rebaixo a partir da equação a seguir 𝑍 𝑄𝑚á𝑥 𝐻𝑚𝑖𝑛𝑄𝑚𝑖𝑛 𝐻𝑚á𝑥 𝑄𝑚á𝑥𝑄𝑚𝑖𝑛 22 Em que Qmax vazão máxima de projeto m³s Qmin vazão mínima de projeto m³s hmax altura máxima obtida pela equação da vazão m hmin altura mínima obtida pela equação da vazão m 𝑍 2802 𝑥 009888 𝑥 019 2802888 005 𝑚 As dimensões da calha Parshall para as seções a seguir são especificadas pela tabela a seguir 44 Tabela 8 Dimensões para calhas Parshall de pequenas dimensões Calha Parshall nº Garganta Seção de entrada Seção de saída Altura da parede b l X Y hp1 b1 I1 Ie Ia h2 I2 hp2 hc 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1 0152 0305 005 0075 0115 040 0610 0622 0415 039 061 0012 0152 2 0250 0600 005 0075 0230 078 1325 1352 0900 055 092 0072 0800 3 0300 0600 005 0075 0230 084 1350 1377 0920 060 092 0072 0900 4 0450 0600 005 0075 0230 102 1425 1454 0967 075 092 0072 0950 5 0600 0600 005 0075 0230 120 1500 1530 1020 090 092 0072 0950 6 0750 0600 005 0075 0230 138 1575 1607 1074 105 092 0072 0950 7 0900 0600 005 0075 0230 156 1650 1683 1121 120 092 0072 0950 8 1000 0600 005 0075 0230 168 1700 1734 1161 130 092 0072 1000 9 1200 0600 005 0075 0230 192 1800 1836 1227 150 092 0072 1000 10 1500 0600 005 0075 0230 228 1950 1989 1329 180 092 0072 1000 11 1800 0600 005 0075 0230 264 2100 2142 1427 210 092 0072 1000 12 2100 0600 005 0075 0230 300 2250 2295 1534 240 092 0072 1000 13 2400 0600 005 0075 0230 336 2400 2448 1632 270 092 0072 1000 Fonte NBR ISO 98262008 Desarenador Segundo recomendação da NBR 122092011 para o projeto de desarenador de fluxo horizontal e seção retangular opção adotada neste projeto deve ser observado que a velocidade de escoamento seja na faixa de 025 a 040 ms e seja previsto um compartimento de acumulação de material sedimentado com profundidade mínima de 020 m Ocorre que se a velocidade de escoamento for inferior a 015ms ocorre o depósito de matéria orgânica na caixa e se a velocidade de escoamento for superior a 04ms ocorre o arraste da areia retida e acumulada no fundo da caixa de areia A largura e o comprimento do desarenador retangular é dada respectivamente pelas equações a seguir 𝐵𝑑𝑒𝑠 𝑄𝑚á𝑥 ℎ𝑧𝑣ℎ 23 𝐿𝑑𝑒𝑠 225ℎ 𝑧 24 Em que h altura da água na caixa m 45 Ldes Comprimento da caixa de areia m vh velocidade do fluxo ms vs velocidade de sedimentação ms 𝐵𝑑𝑒𝑠 002802 01900503 064 𝑚 𝐿𝑑𝑒𝑠 225019 005 315 𝑚 Será realizado o arredondamento das dimensões do desarenador a fim de facilitar a construção Portanto para a largura Bdes e o comprimento Ldes será adota 065 m e 315 m respectivamente A taxa de aplicação superficial no desarenador é pela seguinte equação 𝑞 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 𝑄 𝐵𝑑𝑒𝑠𝐿𝑑𝑒𝑠 25 Em que Q Vazão de projeto m³s Bdes Largura da caixa de areia m Ldes Comprimento da caixa de areia m 𝑞2020 125724 065 𝑥 315 614 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 𝑞2040 242050 065 𝑥 315 1182 𝑚3 𝑚2𝑑𝑖𝑎 A NBR 12209 recomenda que a taxa de aplicação superficial no desarenador esteja compreendida na faixa de 600 a 1300 m³m²dia Portanto a taxa de aplicação superficial deste desarenador atende à recomendada por norma A profundidade do compartimento de armazenamento de areia leva em consideração a periodicidade de limpeza do compartimento a vazão média e a quantidade de areia removida Para projetos considerase a remoção de 30L a 40 L de areia a cada 1000 m³ de esgoto Para este projeto adotamos o intervalo de limpeza semanal 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 𝑄𝑚é𝑑 𝑥 𝐼 𝑥 𝑡𝑙𝑜𝑑𝑜 26 onde Qmed Vazão média de projeto m³d I intervalo de limpeza dias 46 tlodo taxa de remoção de areia L1000m³ 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 146760 𝑥 7 𝑥 40 1000 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜𝐿 41093 𝐿 de areia por semana ℎ𝑐𝑚 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 𝐵𝑑𝑒𝑠 𝑥 𝐿𝑑𝑒𝑠 27 Em que Bdes largura do canal em m Ldes comprimento do canal em m ℎ𝑐 041093 065 𝑥 315 𝑥 020 𝑚 A tabela 9 apresenta o resultado do dimensionamento dos desarenadores 47 Tabela 9 Resultado do dimensionamento do desarenador DIMENSIONAMENTO DOS DESARENADORES DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO h min Equação 20 009 m h máximo Equação 21 019 m Rebaixo Z da Calha Parshall Equação 22 004 m Largura Equação 23 065 m Comprimento Equação 24 315 m Taxa de escoamento superficial em início de projeto Equação 25 614 m³m2dia Taxa de escoamento superficial em fim de projeto Equação 25 1182 m³m2dia Profundidade do compartimento de armazenamento de areia Equação 27 020 m Fonte Produção do autor 63 Dimensionamento do reator UASB A carga afluente média de DQO é obtida pelo produto da concentração média de DQO afluente ao reator pela vazão média diária Segundo Jordão 2009 a concentração de DQO dos esgotos domésticos varia de 200 a 800 mgL Para o dimensionamento deste sistema de tratamento será adotada a concentração de DQO igual a 600 mgL 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂𝑥𝑄𝑚é𝑑 28 Em que 𝑆0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 Concentração média de DQO afluente ao reator UASB kgm³ 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³d 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 0600 𝑥 146760 88056 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 O volume total de reatores é determinado pelo produto da vazão média diária pelo tempo de detenção hidráulica TDH do esgoto no reator UASB Chernicharo 2019 apresenta algumas diretrizes para a escolha do tempo de detenção hidráulica em projetos de reatores de 48 manta de lodo conforme pode ser observado na tabela a seguir Para a temperatura de esgoto à 25 ºC e vazão média seria necessário o TDH superior a 6 horas porém por segurança será adotado 8 horas Tabela 10 Tempo de detenção hidráulica em horas Temperatura de esgoto C Para 𝑄𝑚é𝑑 Para 𝑄𝑚á𝑥 15 a 18 100 70 18 a 22 80 55 22 a 25 70 45 25 60 40 Fonte Chernicharo 2019 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠𝑚3 𝑄𝑚é𝑑 𝑥 𝑇𝐷𝐻 29 Em que 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³h 𝑇𝐷𝐻 Tempo de detenção hidráulica h 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 6115𝑥 8 48920 𝑚3 A área de cada reator é dada pelo quociente do volume do reator pela altura A altura adotada para cada reator será 45 m 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 𝐻𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 30 Em que 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume do reator m³ 𝐻𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Altura do reator m 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 48920 45 10871 𝑚2 A área necessária para a construção do reator foi estimada em 10871 m² Entretanto optouse por dividir a área requerida em dois módulos com 8 m de comprimento e 7 m de largura totalizando 5600 m² A tabela 11 apresenta o resultado do dimensionamento dos módulos do reator UASB 49 Tabela 11 Resultado do dimensionamento do reator UASB DIMENSIONAMENTO DO REATOR UASB DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Qmd final m³d 146760 Concentração médio de DQOkgm³ Adotado 0600 Carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 Equação 28 88056 Tempo de detenção hidráulica adotado h tabela 10 8 Volume total dos reatores m³ Equação 29 48920 Área estimada total dos reatores m³ Equação 30 10871 Número de módulos de reatores Adotado 2 Volume adotado de cada modulo de reatores em m³ Adotado 250 Adoção da altura do reator 4 a 5m Adotado 450 Área de cada reator m² 25045 5556 Comprimento adotado m Adotado 800 Largura adotado m Adotado 700 Área de cada reator corrigida m² 5600 Volume corrigido m³ 25200 Tempo de detenção corrigido horas 824 Fonte Produção do autor A carga hidráulica volumétrica é determinada pelo quociente entre a vazão média diária e o volume 𝐶𝐻𝑉 𝑚3𝑑 𝑚³ 𝑄𝑚é𝑑𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 31 Em que 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³d 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟 Volume de reatores m³ 𝐶𝐻𝑉 146760 2𝑥252 291 𝑚3𝑑 𝑚³ A carga orgânica volumétrica Cv é determinada pelo quociente da carga afluente média de DQO pelo volume Chernicharo 2019 recomenda que a carga orgânica volumétrica esteja na faixa de 25 a 35 kgDQOm³d a fim de evitar velocidades ascensionais excessivas 50 𝐶𝑣 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3𝑑 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 32 onde 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 𝑉𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 Volume de reatores m³ 𝐶𝑣 88056 2 𝑥 252 175 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3𝑑 A velocidade superficial do fluxo é calculada pelo quociente da vazão média diária pela área do reator A velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB é dada pela tabela a seguir Tabela 12 Velocidade superficial recomendada para o projeto de reatores UASB Vazão afluente Velocidade superficial mh Vazão média 05 a 07 Vazão máxima 11 Vazão para picos temporários 15 Fonte Chernicharo 2019 𝑣𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑚 ℎ 𝑄𝑚é𝑑 𝐴𝑟𝑒𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 33 onde 𝑄𝑚é𝑑 Vazão média diária m³h 𝐴𝑟 Área de reatores m² 𝑣𝑚é𝑑 𝑚 ℎ 6115 2 𝑥 5600 055 𝑚𝑠 𝑣𝑚á𝑥 𝑑 𝑚 ℎ 6115 𝑥 12 2 𝑥 5600 066 𝑚𝑠 𝑣𝑚á𝑥 ℎ 𝑚 ℎ 6115 𝑥 12 𝑥 15 2 𝑥 5600 098 𝑚𝑠 51 Tabela 13 Resultado de verificações de carga aplicada e velocidades superficiais DESCRIÇÃO RESULTADO Verificação da carga hidráulica volumétrica aplicada m³m³d 271 Verificação da carga orgânica volumétrica aplicada kgDQOm³d 176 Verificação da velocidade superficial médio mh 055 Verificação da velocidade superficial máx diário mh 066 Verificação da velocidade superficial máx horário mh 098 Fonte Produção do autor As equações a seguir são apresentadas por Chernicharo 2019 para estimativa da eficiência de remoção de DQO e DBO resultado de modelagem matemática desenvolvido pelo grupo de trabalho da International Water Association IWA para modelagem de processos de digestão anaeróbia 𝐸𝐷𝑄𝑂 100 𝑥 1 068𝑥𝑇𝐷𝐻035 34 𝐸𝐷𝐵𝑂 100 𝑥 1 070𝑥𝑡050 35 Em que 𝑇𝐷𝐻 Tempo de detenção hidráulica h 𝐸𝐷𝑄𝑂 100 𝑥 1 068𝑥8035 6716 𝐷𝑄𝑂 600 06716 𝑥 600 19705 𝑚𝑔 𝐷𝑄𝑂 𝐿 Segundo Jordão 2009 a concentração de DBO dos esgotos domésticos varia de 100 a 400 mgL Para o dimensionamento deste sistema de tratamento será adotada a concentração de DBO equivalente a 300 mgL 𝐸𝐷𝐵𝑂 100 𝑥 1 070𝑥8050 7525 𝐷𝐵𝑂 300 07525 𝑥 300 8662 𝑚𝑔 𝐷𝐵𝑂 𝐿 52 A tabela a seguir apresenta o resultado da estimativa de eficiência de remoção de DBO e DQO segundo a modelagem apresentada Tabela 14 Estimativa de eficiência ESTIMATIVA DE EFICIÊNCIA DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Concentração médio de DQO mgDQOL Adotada 600 Concentração médio de DBO mgDQOL Adotada 300 Tempo de detenção hidráulica h Tabela 10 8 Estimativa da eficiência de remoção de DQO Equação 34 6716 Estimativa da eficiência de remoção de DBO Equação 35 7525 Estimativa da concentração DQO mgDQOL 19705 Estimativa da concentração DBO mgDBOL 8662 Fonte Produção do autor Produção coleta e tratamento de biogás A avaliação da produção de biogás pode ser feita a partir da estimativa de carga de DQO convertida em gás metano 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 𝑄 𝑥 𝑆0 𝑆 𝑌𝑜𝑏𝑠𝑥𝑄𝑥𝑆0 36 Em que Q Vazão de esgoto afluente m³d 𝑆0 Concentração de DQO afluente 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 𝑆 Concentração de DQO efluente 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 𝑌𝑜𝑏𝑠 Coeficiente de produção de sólidos do sistema em termos de DQO 011 𝑎 023 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝑙𝑜𝑑𝑜 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝑎𝑝𝑙 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 146760 𝑥 600 19705 021 𝑥 146750 𝑥 600 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 40645 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 A produção volumétrica de metano é feita a partir da equação seguinte 𝑄𝐶𝐻4 𝑚3 𝑑 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑓𝑇 37 Em que 53 𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 Produção de biogás 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂𝐶𝐻4 𝑑 𝑓𝑇 fator de correção para a temperatura operacional do reator 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚3 O fator de correção para a temperatura operacional do reator é calculado pela expressão a seguir 𝑓𝑇 𝑃 𝑥 𝐾𝐷𝑄𝑂 𝑅 𝑥 273𝑇 38 Em que 𝑃 Pressão atmosférica 1 𝑎𝑡𝑚 𝐾𝐷𝑄𝑂 DQO correspondente a 1 mol de CH4 64 𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑚𝑜𝑙 Rg constante dos gases 008206 atmLmolK T Temperatura operacional do reator C 𝑓𝑇 1 𝑥 64 008206 𝑥 27324 263 𝑄𝐶𝐻4 𝑚3 𝑑 40645 263 15478 𝑚3𝑑 A produção total de biogás é calculada pelo quociente da produção volumétrica de biogás pela concentração de metano no biogás Segundo Chernicharo 2019 os teores de metano no biogás são da ordem de 70 a 80 Na condição mais desfavorável será adotado o teor de 70 𝑄𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 𝑚3 𝑑 𝑄𝐶𝐻4 𝐶𝐶𝐻4 39 Em que 𝑄𝐶𝐻4 Produção volumétrica de metano 𝑚3 𝑑 𝐶𝐶𝐻4 Concentração de metano no biogás 𝑄𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 𝑚3 𝑑 15478 080 22111 𝑚3𝑑 54 64 Leito de secagem A estimativa da produção de lodo no reator UASB pode ser feita a partir da seguinte equação Plodo kgSST d Y x L0 UASBDQO 40 Em que 𝐿0 𝑈𝐴𝑆𝐵𝐷𝑄𝑂 carga afluente média de DQO 𝑘𝑔𝐷𝑄𝑂 𝑑 Y coeficiente de sólidos no sistema em kgSSTkgDQOaplicada Chernicharo 2019 relata que os valores do coeficiente de sólidos no sistema para o tratamento de esgotos domésticos variam entre 10 a 020 kgSSTkgDQOaplicada Para o presente projeto foi adotado o Y igual a 018 Plodo 018 x 88056 15850 kgSSTd O volume de lodo produzido pelos reatores UASB é dado pelo quociente do lodo produzido pelo produto da densidade e concentração do lodo conforme equação abaixo 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 Plodo 𝛾 𝐶𝑙𝑜𝑑𝑜 41 Em que Plodo estimativa da produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 kgSST d γ densidade do lodo kgSST m3 𝐶lodo concentração esperada do lodo para o descarte 𝑉𝑙𝑜𝑑𝑜 15850 1020 𝑥 004 388 𝑚3𝑑 A equação a seguir expressa a massa de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores Usualmente os ciclos de operação dos reatores variam entre 15 a 20 dias O presente projeto adotou 15 dias 𝑀𝑐 Plodo 𝑥 𝑡𝑐 42 Em que 55 Plodo estimativa da produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 kgSST d 𝑡𝑐 ciclo de operação dos leitos de secagem dia 𝑀𝑐 15858 𝑥 15 237751 kgSST Em unidade de volume a equação a seguir expressa o volume de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores 𝑉𝑐 𝑉lodo 𝑥 𝑡𝑐 43 Em que Vlodo volume de lodo produzido pelos reatores UASB m³ 𝑡𝑐 ciclo de operação dos leitos de secagem dia 𝑉𝑐 388 𝑥 15 5827𝑚³ A área necessária de leitos de secagem é dada pelo quociente da massa de lodo retirado dos reatores pela taxa nominal de aplicação de sólidos no leito Segundo Chernicharo 2019 a taxa nominal de aplicação de sólidos no leito varia de 10 a 15 kgSTm² Para o dimensionamento do leite de secagem foi considerado a situação mais desfavorável ou seja foi adotada a taxa nominal de aplicação de 10 kgSTm² 𝐴𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑀𝑐 𝑇𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 44 Em que 𝑀𝑐 massa de lodo retirado dos reatores por ciclo de operação dos reatores UASB m³ 𝑇𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 taxa nominal de aplicação de sólidos no leito kgST m2 𝐴𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 237751 10 23775 𝑚² 56 O presente projeto requer 23775m² de área de leito de secagem Optouse dividir a área requerida em 4 células com 12 m de comprimento e 5 m de largura totalizando 60 m² por célula A tabela 15 apresenta o resultado do dimensionamento das células dos leitos de secagem Tabela 15 Resultado do dimensionamento dos leitos de secagem LEITO DE SECAGEM DESCRIÇÃO OBSERVAÇÃO RESULTADO Produção de lodo no reator 𝑈𝐴𝑆𝐵 𝑒𝑚 kgSSTd Equação 40 15850 Volume de lodo produzido pelos reatores UASB em m³ Equação 41 388 Ciclo de operação dos leitos de secagem Adotado 15 Massa de lodo produzido pelos reatores UASB em kgSST Equação 42 237751 Volume de lodo produzido pelos reatores UASB em m³ Equação 43 5827 Área necessária de leitos de secagem em m² Equação 44 23775 Número de células Adotado 4 Largura em m² Adotado 500 Comprimento em m² Adotado 1200 Área total de leitos de secagem em m² 24000 Fonte Produção do autor 57 65 Dimensionamento da lagoa de polimento As lagoas de estabilização possuem grande capacidade de amortecimento de vazões Por este motivo a vazão média de projeto é utilizada no seu dimensionamento O volume das lagoas de polimento é dado pelo produto da vazão média diária pelo tempo de detenção hidráulica 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝐷𝐻 𝑥 𝑄𝑚é𝑑 45 Em que TDH tempo de detenção d 𝑄𝑚é𝑑 vazão média m³d 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 12 𝑥 146760 1761120 𝑚³ A área necessária de lagoa de polimento é expressa dividindo o volume calculado anteriormente pela altura da lagoa Para o presente projeto foi adotado a altura da lagoa de polimento igual a 100m 𝐴𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐻 46 Em que 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 volume da lagoa de polimento m³ 𝐻 altura da lagoa de polimento m 𝐴𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1761120 100 1761120 𝑚² Para a análise da melhor alternativa de para remoção de coliformes fecais será realizado o dimensionamento de duas alternativas A primeira alternativa consiste em um sistema de 3 lagoas de polimento em série A segunda alternativa consiste em uma lagoa de polimento com chicanas Sistema de 3 lagoas de polimento em série O presente projeto considerou dividir a área requerida para a lagoa de polimento em 3 lagoas de polimento em série Adotando a relação comprimentolargura aproximadamente igual 58 a 4 as dimensões adotadas foram largura L lagoa 3800 m e o comprimento C lagoa 15500 m O número de dispersão pode ser estimado pela fórmula apresentada por Von Sperling 2017 𝑑 1 Llagoa 𝐵lagoa 47 Em que Llagoa comprimento da lagoa m Blagoa largura da lagoa m 𝑑 1 155 38 025 A equação empírica a seguir determina o coeficiente de decaimento bacteriano para lagoas considerando o fluxo disperso Ela é resultado da experimentação com 82 lagoas facultativas e de maturação no Brasil e no mundo VON SPERLING1993 O autor sugere que seja feita uma correção com o coeficiente de temperatura aproximadamente igual a 7 ou seja Ɵ 107 𝐾𝑏 0542 ℎ1259 48 Em que 𝑉𝐿𝑝𝑜𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 volume da lagoa de polimento m³ 𝐻 altura da lagoa de polimento em m 𝐾𝑏20 0542 𝑥 11259 0542 𝑑1 𝑎 20 𝐶 A correção do coeficiente de remoção de DBO Kb para diferentes temperaturas Seu valor pode ser corrigido pela equação de Vant HoffArrhenius 𝐾𝑏𝑇 𝐾𝑏20Ɵ𝑇20 49 Em que K20 Coeficiente de remoção de DBO na temperatura do líquido de 20C d1 Ɵ constante de variação de temperatura T temperatura ºC 𝐾𝑏𝑇 0542 𝑥 1072520 076 𝑑1 59 Von Sperling 1993 p119 diz que as concentrações de coliformes fecais CF no esgoto bruto são da ordem de 106 a 109org100ml Este presente projeto visa dimensionar um sistema de tratamento de esgoto doméstico para uma área urbana de Poço Branco que possui uma pequena população para atender por este motivo esperase que o esgoto bruto apresente pequenas concentrações de coliformes fecais Portanto será adotado para o dimensionamento a concentração CF da ordem de 107 Segundo Von Sperling 1993 o reator UASB possui a capacidade de remoção de uma unidade logarítmica de remoção de coliformes A expressão para determinação do número de unidades logarítmica de remoção de coliformes é dada em função da eficiência de remoção 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 log1 𝐸 100 50 𝐸 1001 10𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 51 Em que 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 unidades logarítmicas removidas 𝐸 1001 101 90 A concentração de coliformes fecais no esgoto efluente ao reator UASB pode ser calculada pela seguinte equação N N0 E x N0 52 Em que N0 concentração afluente org100mL E eficiência em decimais N 107 090 x107 106 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 O fluxo disperso melhor representa o regime hidráulico de uma lagoa de estabilização A fórmula a seguir é utilizada para o cálculo da contagem de coliformes efluentes de lagoas para o regime de fluxo disperso N 𝑁0 4 𝑎𝑒12𝑑 1𝑎2𝑒𝑎2𝑑1𝑎2𝑒𝑎2𝑑 53 Em que N0 concentração afluente de coliformes termotolerantes afluente em 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 60 d número de dispersão a coeficiente determinado pela equação 54 𝑎 1 4𝐾𝑏 𝑇𝐷𝐻 𝑑 54 Em que Kb coeficiente de decaimento bacteriano em 𝑑1 TDH tempo de detenção hidráulico em dias d número de dispersão 𝑎 1 4𝑥076𝑥4𝑥 025 201 N 107 4 𝑥 201 𝑒12𝑥025 1 2012𝑥 𝑒2012𝑥025 1 2012𝑥 𝑒2012𝑥025 118𝑥105 A eficiência de uma lagoa de polimento pode ser estimada pela equação abaixo A eficiência global será estimada pela equação 15 𝐸 𝑋𝑋0 𝑋 𝑥 100 55 Em que X valor inicial X0 valor final 𝐸 106118𝑥105 106 𝑥 100 8823 𝐸𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 100𝑥1 1 088233 998369 A concentração de Coliformes Fecais pode ser estimada pela equação 52 N 106 0998369 x 106 1631 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 61 Lagoa de polimento com chicanas Para o dimensionamento da lagoa de polimento com chicanas foi adotado a relação comprimentolargura igual a 1 as dimensões adotadas a largura e comprimento foram 13300 m A lagoa foi dividida em 5 partes por 4 chicanas A largura interna da lagoa chicanada será 2660 m A alta relação comprimentolargura da lagoa adquirida com esta divisão com chicanas permite a aproximação do regime hidráulico para o fluxo em pistão A contagem de coliformes afluente para este regime hidráulico é dado pela expressão abaixo 𝑁 𝑁0𝑒𝐾𝑏𝑇𝑇𝐷𝐻 56 Em que N0 concentração afluente de coliformes termotolerantes afluente 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 KbT coeficiente de remoção de DBO corrigido para a temperatura do líquido em d1 TDH tempo de detenção dia 𝑁 106𝑒076𝑥12 110 𝐶𝐹 100𝑚𝑙 Com a utilização da equação 55 determinamos a eficiência de remoção de coliformes fecais da lagoa de polimento com chicanas 𝐸 106 110 106 𝑥 100 99989 𝑈log 𝑟𝑒𝑚𝑜𝑣𝑖𝑑𝑎𝑠 log 1 99989 100 396 Para a análise da melhor alternativa de lagoa de polimento para pós tratamento de efluente faz se necessário realizar a comparação das duas alternativas Tabela 16 dentre elas a lagoa com chicana apresenta melhor eficiência de remoção de coliformes fecais Portanto a lagoa com chicanas é a melhor alternativa 62 Tabela 16 Resultado do dimensionamento das lagoas de polimento DESCRIÇÃO LAGOAS EM SÉRIE LAGOA COM CHICANA Número de lagoas unidade 3 1 Largura adotada m 3800 13300 Comprimento adotado m 15500 13300 Área requerida por lagoa m² 589000 5569600 Área total requerida m² 1767000 1768900 Eficiência de uma lagoa de remoção de CF 8823 999890 Eficiência global de remoção de CF 998369 999890 Concentração de CF afluente 𝐶𝐹 100 𝑚𝑙 1631 110 Fonte Produção do autor 63 7 RESULTADOS Como critério de dimensionamento das unidades do sistema de tratamento de esgotos foi considerado que as concentrações de DBO e DQO eram relativamente baixas 300 mL e 600 mL respectivamente devido às baixas concentrações encontradas em esgotos domésticos de pequenas populações O dimensionamento dos módulos dos reatores UASB apresentou excelentes resultados na estimativa de remoção das concentrações de DBO e DQO Segundo Chernicharo 2019 a eficiência de remoção de DBO e DQO nos reatores UASB se situam na faixa de 65 a 75 O dimensionamento estimou uma concentração efluente de DBO igual a 8662 mgDBOL em termos de eficiência estimouse remoção equivalente a 7525 de carga orgânica Em relação à remoção de DQO o dimensionamento dos reatores UASB estimou a concentração efluente do reator 19705 mgDQOL equivalente a 6716 de eficiência de remoção Portanto os resultados do dimensionamento das unidades se situam na faixa de porcentagem reportados por Chernicharo Apesar dos excelentes resultados encontrados por Monteiro 2009 no monitoramento das eficiências médias de remoção de coliformes termotolerantes na região metropolitana de Fortaleza no dimensionamento desta ETE optouse por considerar a eficiência de 90 apontada por Chernicharo 2019 para o dimensionamento das lagoas de polimento Para a escolha da melhor configuração de lagoas de polimento para a remoção de CF optouse por avaliar duas alternativas o sistema de 3 lagoas de polimento em série e a lagoa com chicanas O critério de escolha foi a melhor eficiência de remoção de CT O sistema de 3 lagoas de polimento em série possui uma relação comprimentolargura de lagoa aproximadamente igual a 4 O regime hidráulico idealizado de uma lagoa foi considerado como fluxo disperso devido à baixa relação comprimentolargura adotado A eficiência de remoção de organismo patogênicos de uma lagoa de polimento para este regime foi estimada em 8823 Em relação à eficiência global das lagoas em série foi estimada a eficiência de 998369 o que resultou em uma concentração efluente de CF igual a 1631 CF100mL Já a lagoa de polimento com chicanas possui uma relação comprimentolargura de lagoa igual a 1 com dimensões iguais a 13300 m O número de chicanas utilizadas foram 4 o que resulta em 5 divisões na lagoa com largura igual a 2660m Devido a adoção destas 5 chicanas a relação comprimentolargura de lagoa resultou em 25 5 chicanas x 133 m 2660 64 m Por este motivo o regime hidráulico idealizado para esta lagoa foi considerado como fluxo em pistão devido à alta relação comprimentolargura encontrada A eficiência de remoção da lagoa de polimento com chicanas para o regime hidráulico em pistão foi estimada em 99989 o que resultou em uma concentração efluente de coliformes termotolerantes CT igual a 110 CT100mL Esta solução se tornou mais atrativa devido a concentração de coliformes efluente ser inferior a alternativa anterior e melhor atender a legislação ambiental Segundo o artigo 15º da Resolução 35705 do CONAMA aplicamse às águas doces de classe 2 as condições e padrões da classe 1 Em relação à concentração de coliformes termotolerantes não deverá ser excedido um limite de 1000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros A concentração de CT estimada do efluente da ETE Poço Branco é inferior à requerida pela resolução Portanto a ETE se enquadra na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Em relação a concentração de DBO o sistema de tratamento de esgoto da ETE Poço Branco resultou em uma concentração DBO efluente igual a 8662 mgDBOL Segundo o artigo 21º da Resolução 43011 do CONAMA o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários deverá obedecer a concentração de DBO 5 dias a 20ºC máximo de 120 mgL Portanto no que se refere à concentração de DBO a ETE se enquadra na legislação 65 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho propôs o tratamento coletivo dos esgotos domésticos da zona urbana do município de Poço BrancoRN que atualmente não possui sistema de esgotamento sanitário coletivo composto por coleta tratamento e disposição final dos efluentes Apesar da inexistência do sistema de coleta o projeto teve como objeto apenas o projeto da Estação de Tratamento de Esgotos sendo que para implantaçãofuncionamento deste componente fazse necessário projetar e construir o sistema de coleta e transporte dos esgotos da área de estudo O local de implantação do sistema de tratamento de esgotos foi escolhido por sua topografia As curvas de nível foram produzidas através de geoprocessamento de imagens de satélite do Google Earth por meio do software Global Mapper 201 Para melhor precisão recomendo a realização de um levantamento topográfico georreferenciado do terreno Após a escolha do local de implantação verificouse que a implantação da lagoa de polimento resultará grandes movimentos de terra Na escolha de uma área para implantar lagoas de estabilização exigese terrenos planos pois os movimentos de terra são onerosos Recomendase que em trabalhos futuros sejam concebidas configurações alternativas de ETEs e realizada uma avaliação técnica e econômica entre os resultados O sistema de tratamento projetado apresentou altas eficiências de remoção de DBO e DQO possibilitando nas condições operacionais impostas alcançar valores médios acima de 90 de remoção da carga orgânica atendendo aos padrões estabelecidos pela legislação ambiental Em relação a eficiência de remoção de coliformes termotolerantes o sistema obteve resultado inferior à requerida pela Resolução 35705 do CONAMA enquadrandose na condição de concentração de CT para lançamento de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários Para assegurar o funcionamento adequado do sistema fazse necessário implementar um programa de monitoramento do sistema O programa de monitoramento possibilitar tanto a verificação dos parâmetros operacionais aqui adotados quanto a otimização da rotina operacional 66 REFERÊNCIAS ARESPCJ AGÊNCIA REGULADORA DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO DAS BACIAS DOS RIOS PIRACICABA CAPIVARI E JUNDIAÍ Relatório de fiscalização técnica dos sistemas de água e esgoto do município de Cerquilho Relatório R11 Não Conformidades Americana UFMG 2018 37 p Disponível em wwwarespcjcombrarquivos62909CerquilhoR7pdf Acesso em 20 out 2020 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9649 Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário Procedimento Rio de Janeiro 1986 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR ISO 9826 Medição de vazão de líquido em canais abertos Calhas Parshall e SANIIRI Rio de Janeiro 2008 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 11885 Grade de barras retas de limpeza manual Requisitos gerais Rio de Janeiro 2017 ABNTASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 12209 Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário Rio de Janeiro 2011 CAMPOS José Roberto Tratamento de Esgotos Sanitários por Processo Anaeróbio e Disposição Controlada no Solo Coletânea de Trabalhos Técnicos Rio de JaneiroRJ FINEP 2000 443 p Disponível em httpwwwfinepgovbrapoioefinanciamentoexternahistorico deprogramaprosabprodutos Acesso em 3 abr 2020 CAVALCANTI PF Aplicação de reatores UASB e lagoas de polimento no tratamento de esgoto doméstico Gráfica Santa Marta João Pessoa 2009 CHERNICHARO C A L Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias Reatores anaeróbios 5 ed rev atual e aum Belo Horizonte UFMG 2019 v 2 CLIMATEMPO Climatologia em Poço Branco RN 2020 Disponível em httpswwwclimatempocombrclimatologia6320pocobrancorn Acesso em 10 ago 2020 CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução CONAMA nº 357 S l 17 maio 2005 Disponível em httpwwwsiammggovbrsladownloadpdfidNorma2747 Acesso em 10 ago 2020 CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Resolução CONAMA nº 430 S l 13 maio 2011 Disponível em httpwwwsiammggovbrsladownloadpdfidNorma17214 Acesso em 10 ago 2020 67 IBGEINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA Cidades Poço Branco S l 2017 Disponível em httpscidadesibgegovbrbrasilrnpoco brancopanorama Acesso em 10 ago 2020 IBGEINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Rio de Janeiro s n 2008 219 p Disponível em httpsbibliotecaibgegovbrindexphpbiblioteca catalogoviewdetalhesid283636 Acesso em 10 ago 2020 JORDÃO E P PESSÔA C A Tratamento de esgotos domésticos 5 5ed Rio de Janeiro ABES 2009 MONTEIRO Carlo Rannyêr Lopes Análise da eficiência e confiabilidade em 56 estações de tratamento de esgotos localizados na região metropolitana de Fortaleza Orientador André Bezerra dos Santos 2009 79 p Dissertação Mestrado em Engenharia Civil Universidade Federal do Ceará Fortaleza 2009 Disponível em httpwwwrepositorioufcbrhandleriufc16482 Acesso em 11 nov 2020 OLIVEIRA Cristiane Mayara Reis Aplicabilidade de sistemas simplificados para estações de tratamento de esgoto de cidades de pequeno porte Orientador Ana Sílvia Pereira Santos 2014 88 p Monografia Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora 2014 Disponível em httpswwwufjfbrengsanitariaeambientalfiles201402APLICABILIDADEDE SISTEMASSIMPLIFICADOSPARAESTAC387C395ESDETRATAMENTODE ESGOTODECIDADESDEPEQUENOPORTEpdf Acesso em 31 jul 2020 SNIS Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos Ministério das cidadesSecretaria Nacional de Saneamento Ambiental Disponível em httpapp4mdrgovbrserieHistorica Acesso em 10 ago 2020 VAN HAANDEL A C LETTINGA G Tratamento anaeróbio de esgotos um manual para regiões de clima quente Campina Grande Epgraf 1994 VON SPERLING Marcos Comparison among the most frequently used systems for wastewater treatment in developing countries Relatório R11 Não Conformidades S l Elsevier 1996 Disponível em 68 httpswwwsciencedirectcomsciencearticleabspii027312239600323X Acesso em 20 out 2020 VON SPERLING Marcos Von Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos Belo Horizonte Editora UFMG 2014 VON SPERLING Marcos Lagoas de estabilização 2 ed aum Belo Horizonte UFMG 1995 95 p v 3 SL 1 LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES SL 2 SL 3 SL 4 SL 5 SL 6 SL 7 SL 8 SL 9 SL 10 SL 11 ST 1 ST 2 ST 3 ST 4 ST 5 ST 6 LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES LEITOS DE SECAGEM PV QUEIMADORES DE GASES FºFºDN 75mm VAI P QUEIMADORES PLANTA DE LOCAÇÃO ESCALA1500 PLANTA GERAL ESCALA1750 ESCALAS 01 PRANCHA Nº 01 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS OUTUBRO2020 PROJETO DE REATOR UASB SEGUIDO DE LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PLANTA DE LOCAÇÃO E PLANTA DE SITUAÇÃO SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA DE SITUAÇÃO ESCALA17500 PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 2000 1000 450 500 500 1000 550 550 450 1000 793 1083 158 270 550 450 1000 1080 810 810 810 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION A A TAMPA EM CONCRETO ARMADO CX TIPO 04 Planta TAMPA EM CONCRETO ARMADO ESCALA125 Planta ESCALAS 01 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PLANTA BAIXA DA LAGOA PLANTA BAIXA DA CHICANA E CORTE AA SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA GERAL PLANTA BAIXA DA CHICANA CORTE AA CAIXA DE ENTRADA CAIXA DE SAÍDA CORTE PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 ESCALAS 02 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PERFIS LONGITUDINAIS SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL SEÇÃO LONGITUDINAL 5 SEÇÃO LONGITUDINAL 6 SEÇÃO LONGITUDINAL 7 SEÇÃO LONGITUDINAL 8 SEÇÃO LONGITUDINAL 9 SEÇÃO LONGITUDINAL 10 PERFIL DA LAGOA LEGENDA PERFIL DO TERRENO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 ESCALAS 03 PRANCHA Nº 03 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LAGOA DE POLIMENTO COM CHICANAS TÍTULO PERFIS TRANSVERSAIS SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL SEÇÃO TRANSVERSAL 1 SEÇÃO TRANSVERSAL 2 SEÇÃO TRANSVERSAL 3 SEÇÃO TRANSVERSAL 4 SEÇÃO TRANSVERSAL 5 SEÇÃO TRANSVERSAL 6 PERFIL DA LAGOA LEGENDA PERFIL DO TERRENO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION ESCALAS 01 PRANCHA Nº 02 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LEITO DE SECAGEM TÍTULO PLANTA BAIXA E DETALHES SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PLANTA BAIXA W S N Q E DETALHE 1 CHEGADA DO LODO NO LEITO DETALHE 2 CAMADAS FILTRANTES DETALHE 3 PLACAS PRÉ MOLDADAS PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION LEITOS DE SECAGEM 04 03 02 01 ESCALAS 02 PRANCHA Nº 02 PROJETO GEORGE MATHEUS DIONÍSIO DE OLIVEIRA DISCENTE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DO MUNICÍPIO DE POÇO BRANCORN DATA INDICADAS NOVEMBRO2020 LEITO DE SECAGEM TÍTULO CORTES E DETALHES SUBTÍTULO CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CORTE A A DETALHE 5 DRENO CORTE B B DETALHE 6 E E DETALHE 7 E E CORTE PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 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