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0 CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS PROREITORIA DE POSGRADUACAO PESQUISA EXTENSAO E ACAO COMUNITARIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MANUAL DE TIPOS DE ESTUDO Anápolis 2019 1 CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS PROREITORIA DE POSGRADUACAO PESQUISA EXTENSAO E ACAO COMUNITARIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MANUAL DE TIPOS DE ESTUDO Anápolis 2019 Produção técnica do programa de pós graduação da odontologia para obtenção da aprovação na disciplina de Métodos e Técnicas de Investigação Científica Francielle N de A Romanowski Mariane Boaventura de Castro Naysa Wink Neris 2 ÍNDICE Introdução 3 Estudo de caso 5 Investigação experimental em laboratório7 Pesquisa populacional 8 Estudos transversais 11 Estudos ecológicos 13 Estudos observacionais 15 Estudos de casocontrole16 Estudos de coorte19 Estudos prospectivos e retrospectivos19 Estudos experimentais Intervencionais21 Ensaio clínico Randomizado22 Ensaio clínico não Randomizado24 Estudo Longitudinal25 Estudos de acurácia26 Estudo in sílico27 Estudo in vivo28 Estudo in situ28 Revisão sistemática e MetaAnálise 30 Revisão Narrativa 32 Considerações finais 34 Referências 35 3 Introdução A base da pesquisa científica de qualidade é um bom delineamento de estudo e a definição do tipo de estudo é fundamental neste processo ESTRELA2018 O pesquisador para planejar um experimento deve seguir a seguinte lógica de raciocínio escolher entre os diversos tipos de pesquisa aquela que se enquadra melhor nos seus objetivos e na população a ser estudada delinear corretamente o estudo para que os objetivos possam ser alcançados FONTELLES2009 De maneira geral os tipos de estudo podem ser classificados da seguinte forma GIL1994 Do ponto de vista de sua natureza Pesquisa básica Gerar conhecimento para avanço da ciência sem aplicação prática prevista Pesquisa aplicada Gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à solução de problemas específicos Do ponto de vista da forma de abordagem do problema Pesquisa quatitativa O que é quantificável Traduzir opiniões e números em informações que serão classificadas e analisadas Pesquisa qualitativa O que não pode ser trazido em números A pesquisa é descritiva o pesquisador avalia seus dados indutivamente FREIRE PATTUSSI2005 4 Do ponto de vista dos objetivos Pesquisa exploratória objetivo de se ter maior familiaridade com o problema Envolve entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e realizando análise de exemplos levantamento bibliográfico assume em geral a forma de pesquisa bibliográfica e estudos de caso Pesquisa descritiva Descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecer relações entre variáveis Envolve técnicas de coleta de dados padronizados tais como questionários observação em geral assume forma de levantamento Pesquisa explicativa Identifica os fatores que determinam fenômenos explica o porquê das coisas assume formas de pesquisa experimental e pesquisa expostfacto o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente que constitui o fator presumível do fenômeno porque ele já ocorreu Do ponto de vista dos procedimentos técnicos Pesquisa bibliográfica a partir de um material já publicado seja livro periódico artigo internet anais etc Pesquisa documental a partir de material que não recebeu tratamento analítico Pesquisa experimental determinase um objeto de estudo selecionando as variáveis que o influenciam definindo as formas de controle e de observação dos efeitos que as variáveis produzem no objeto Levantamento envolve o questionamento direto das pessoas ao qual comportamento se deseja conhecer Estudo de caso estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de modo que se tenha um amplo e detalhado conhecimento Pesquisa expostfacto o experimento se realiza depois dos fatos Pesquisa ação pesquisa associada a uma ação Os participantes e pesquisadores da situação ou problema estão envolvidos de forma cooperativa ou participativa Pesquisa participante desenvolvida pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas Podemos observar que existem várias formas de classificação de uma pesquisa e os autores não são unânimes quanto à padronização desta classificação Propomos então a divisão 5 seguida pelo livro do Professor Carlos Estrela Metodologia Científica Ciência Ensino Pesquisa 2018 para servir como orientação deste manual A disciplina de Métodos e técnicas de investigação científica através deste manual tem como objetivo orientar os acadêmicos de graduação quanto à escolha do melhor tipo de estudo para o desenvolvimento de sua pesquisa Tipos de Estudo Estudo de caso O estudo de caso de caracteriza por uma análise de modo detalhado de um caso individual que explica a dinâmica e a patologia de uma doença dada É entendido como uma metodologia de um objeto de estudo definido pelo interesse em casos individuais Investiga um caso específico bem delimitado contextualizado em tempo e lugar para que se possa realizar uma busca circunstanciada de informações VENTURA 2007 Possui um enfoque qualitativo e exploratório embora possa ser quantificado Geralmente é utilizado em combinação com estudos quantitativos de natureza epidemiológica para compor um quadro mais completo da situação O relato de caso individual pode ser expandido para uma série de casos onde descreve características de um número de pacientes com uma determinada doença ou outro efeito No estudo de caso e de série de casos estão incluídos somente os casos portanto não constituem pesquisas epidemiológicas propriamente ditas mas podem levar à formulação de novas hipóteses FREIRE PATTUSSI 2018 6 Estudo de casoSérie de casos FREIRE PATTUSSI2005 ARAGÃO2009 Exemplo de um artigo científico de Estudo de caso Souza AP et al Dental manifestations of patient with Vitamin Dresistant rickets J Appl Oral Sci 2013 216 601606 7 Principais vantagens e limitações do estudo de caso FREIRE PATTUSSI 2018 VANTAGENS LIMITAÇÕES Facilidade de realização Número reduzido de indivíduos estudados dificultando a inferência para outras populações Baixo custo Subjetividade na apreciação dos fatos Pode se restringir a uma simples descrição ou sugerir explicações sobre elementos pouco conhecidos na etiologia e evolução de doenças Falta de indivíduoscontrole Observação intensiva de cada caso Investigação experimental em laboratório Geralmente realizado em animais o experimento em laboratório também pode ser realizado me seres humanos em casos específicos O experimento em laboratório é útil quando não se consegue por exemplo por condições éticas realizar o estudo em seres humanos FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos in Vitro são realizados buscando simular condições biológicas reais em laboratório fornecendo aos pesquisadores princípios a serem estudos posteriormente Este estudo tem sido bastante utilizado para testar novos materiais ou procedimentos terapêuticos ou preventivos dentro da odontologia restauradora ou endodôntica FREIRE PATTUSSI 2018 A principal limitação da investigação experimental em laboratório é referente à extrapolação de resultados para seres humanos sendo esta uma questão fundamental visto que no caso de estudos em animais diferenças entre as espécies mecanismo metabólico bem como dosagens podem invalidar as generalizações POUND et al2004 8 Exemplo de um artigo científico de Estudo in Vitro Souza E Espindola M Diegoli NM Kuroshima KN Avaliação da alteração de cor de diferentes compósitos restauradores RGO 2006 541 4346 Pesquisa populacional ou epidemiológica A pesquisa epidemiológica tem caráter empírico pois é baseada na sistemática observação coleta de dados ou informações e quantificação sobre os eventos que ocorrem em uma população definida O tratamento numérico dos fatores investigados decorre em três etapas mensuração das variáveis aleatórias estimativa de parâmetros populacionais e testes estatísticos de hipóteses BONITA et al2010 A epidemiologia tem como objeto de estudo a ocorrência distribuição e dos determinantes dos eventos relacionados à saúde nas populações humanas e a aplicação deste conhecimento no controle de problemas de saúde relevantes Fornece subsídios para auxiliar na tomada de decisões tanto em nível coletivo quanto individual PORTA2014 Algumas características diferem os métodos epidemiológicos dos conhecidos como métodos clínicos descritivos 9 Epidemiológico Clínico descritivo Requerem estudo de pessoas doentes e sadias relaciona doença à população na qual ela ocorre Realizados em pacientes Determinam decisões sobre grupo de pessoas podendo ser a base para as políticas de prevenção e o planejamento das ações de saúde Determinam decisão sobre indivíduos FREIRE PATTUSSI 2018 Existem na literatura algumas variações quanto à classificação dos estudos epidemiológicos gerando diferentes terminologias Na classificação tradicional e frequentemente encontrada na literatura os estudos são divididos em descritivos e analíticos BONITA et al 2010 Estudo descritivo Estudo Analítico Descrição da distribuição da doença incluindo consideração sobre população ou subgrupo que desenvolvem ou não a doença em qual localidade geográfica é mais comum e como a frequência da ocorrência varia com o tempo Elucidar os determinantes ou fatores associados à determinada doença testando hipóteses cujo objetivo é julgar se uma exposição está associada se causa ou previne doenças Podem originar questões científicas que forneçam indícios para a formulação de hipóteses epidemiológicas consistentes com o conhecimento existente sobre a ocorrência das doenças Podem gerar ideias para estudos descritivos adicionais assim como novas hipóteses 10 Desenho do estudo Exemplo de um artigo científico epidemiológico Barbato PR Nagano HCM Zanchet FN Boing AF Peres MA Perdas dentárias e fatores sociais demográficos e de serviços associados em adultos brasileiros uma análise dos dados do estudo epidemiológico nacional Projeto SB Brasil 20022003 Cad Saúde Pública 2007 238 18031814 DESCRITIVO ANALÍTICO EXPERIMENTAL OBSERVACIONAL TRANSVERSAL COORTE CASOCONTROLE ECOLÓGICO 11 Estudos Transversais A situação de saúde de uma determinada população é avaliada a partir do estado de cada indivíduo que a compõe Medem a prevalência da doença proporção da população que tem a doença num determinado momento e por isso são frequentemente chamados de estudos de prevalência porém podem ser também chamados seccionais cortetransversal e inquéritos ou surveys É realizado através de amostras aleatórias e representativas da população independentemente da existência da exposição e do desfecho FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos transversais são bons em geral para levantar questões relacionadas à presença de uma associação em vez de testar uma hipótese Permitem estimar a prevalência de uma doença e quando analítico pode fornecer uma estimativa da associação entre os indivíduos expostos comparados aos não expostos Os dados podem ser coletados através de fontes diretas também chamadas de primárias ou a partir de fontes secundárias FREIRE PATTUSSI 2018 FREIRE PATTUSSI 2018 12 FREIRE PATTUSSI 2005 VANTAGENS LIMITAÇÕES Possibilita estudos de prevalência ou prevalência relativa Possibilidade de viés ao se avaliar fatores de risco Úteis para levantar a questão da presença de associações Não estabelece sequência de eventos Pode investigar diversas doenças ou efeitos Não é adequado para doenças raras Pode ser repetida com maior rapidez Não possibilita estudo de incidência Amostras e mensurações controlada Fracas para testar hipóteses Menos dispendiosa Não possibilita o cálculo do risco relativo verdadeiro Rápida Menos precisa nem sempre os grupos comparados são similares FREIRE PATTUSSI 2018 13 Estudos ecológicos Os estudos ecológicos também chamados correlacionados usam dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências da doença ou outro efeito entre diferentes grupos durante um mesmo período de tempo ou na mesma população em diferentes pontos do tempo Os grupos ou agregados pode ser classes em uma escola industrias e áreas geográficas como cidades regiões estados ou países Os estudos ecológicos têm um papel claro quando a variável de interesse é por definição uma medida de grupo ao invés de uma medida individual Alguns exemplos são as variáveis socioeconômicos e ambientais como o nível de renda da população o Índice de Desenvolvimento Humano IDH o nível de escolaridade e o percentual da população com acesso a saneamento básico FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos ecológicos são relativamente rápidos e de baixo custo porque dispensam etapas tais como amostragem e coleta de dados por meio de entrevistas e exames clínicos ou acesso a registros médicos individuais FREIRE PATTUSSI 2018 Os dados a serem analisados nessa modalidade de estudo geralmente são secundários Três tipos de dados ou variáveis podem ser utilizados agregadas ambientais e globais FREIRE PATTUSSI 2018 As fontes de registros de dados rotineiramente geralmente por sistemas e informações oficiais exemplo banco de dados populacionais FREIRE PATTUSSI 2018 Alguns autores classificam os estudos ecológicos em dois subgrupos transversais e longitudinais FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos transversais indicam a frequência com que a determinada doença ou outro efeito de interesse ocorrem em uma determinada população ou área geográfica num determinado momento São feitas análises comparativas entre as variáveis ecológicas geralmente por meio de correlação entre indicadores de condição de vida e indicadores de saúde Os estudos ecológicos longitudinais usam vigilância em andamento ou estudos transversais frequentes para medir a tendência das taxas de doença ao longo do tempo em uma determinada população ou área geográfica Através deste último é possível determinar por exemplo o impacto de mudanças populacionais tais como guerras imigração introdução de vacinas ou antibióticos em suas taxas de doenças FREIRE PATTUSSI 2018 14 Estudos ecológicos permitem obter respostas rápidas Embora sejam uteis para a formulação de hipóteses nem sempre podem ser usados para testálos devido a algumas limitações que lhes são inerentes FREIRE PATTUSSI 2018 Apesar desses problemas os estudos ecológicos têm sido uteis para descrever diferenças em populações e para planejar ações em saúde pública FREIRE PATTUSSI 2018 O uso dessa modalidade de estudo em odontologia tem sido crescente e tem contribuído para evidenciar a determinação social das doenças e agravos bucais FREIRE PATTUSSI 2018 Artigo como exemplo Grasiela P Wilton RM Andressa VC Felipe FE Renata C Danilo SS Mortalidade em Idosos por doenças cardiovasculares Análise comparativa de dois quinquênios Arq Bras Cardiol 2015 1054 371380 15 Estudos observacionais Neste tipo de estudo o investigador atua meramente como expectador de fenômenos ou fatos sem no entanto realizar qualquer intervenção que possa interferir no curso natural eou no desfecho dos mesmos embora possa neste meio tempo realizar medições análises e outros procedimentos para coleta de dados As pesquisas observacionais podem ser conduzidas sob a forma de quatro tipos de estudo conforme o delineamento São eles série de casos estudo de corte transversal estudo de coorte e estudo casocontrole FONTELLES 2009 Embora os estudos experimentais sejam mais adequados para estabelecer a associação causal entre um fator e uma doença os estudos observacionais proporcionam uma grande contribuição para a compreensão de muitas doenças ou outros eventos de interesse Uma das vantagens dos estudos observacionais é que são geralmente realizados em condições mais naturais e com isso a população de estudo é mais representativa da populaçãoalvo Essa característica tem importantes implicações para aqueles que atuam no planejamento das ações de saúde e que baseiam suas decisões parcialmente nos resultados das investigações epidemiológicas FREIRE PATTUSSI 2018 Uma dificuldade inerente a esse tipo de estudo é que os grupos observados geralmente diferem em algumas características além do fator específico que está sendo estudado Devido a essas características chamadas de fatores de confundimento as quais muitas vezes não podem ser medidas o papel de uma determinada exposição sob investigação é mais difícil de demonstrar Para ser considerado um fator de confundimento a variável deve ser associada com a exposição e com o desfecho e não fazer parte da cadeia causal que leva essa exposição ao desfecho FREIRE PATTUSSI 2018 Fatores de confundimento podem ser controlados no planejamento do estudo através da restrição ou pareamento de indivíduos em determinados grupos ou durante a análise dos dados utilizandose métodos estatísticos específicos FREIRE PATTUSSI 2018 16 Exemplo desse tipo de estudo Marcia ACO Vanessa ECS Andreia BFC Maria GQM Michelle AVP Viviane VM Catetetização venosa periférica por profissionais de enfermagem estudo observacional Ver enferm UFPE online Recife 2017 113 12621268 Estudo de casos controle Neste tipo de estudo um grupo ou série de pacientes que têm um determinada doença de interesse caso e um grupo de indivíduos sem a doença controle ou grupo de comparação são selecionados para investigação FREIRE PATTUSSI 2018 O tipo de estudo de caso controle ECC são estudos epidemiológicos observacionais longitudinais retrospectivos e analíticos ² Já que geralmente o investigador está olhando para o passado a partir da doença para uma possível causa e ambos já ocorreram FREIRE PATTUSSI 2018 17 A principal vantagem é a possibilidade de se investigar doenças raras com longo período de indução ou latência sem a necessidade de acompanhamento de uma grande população por um longo período para verificar a ocorrência OLIVEIRA 2015 Além de ser relativamente rápido e barato se comparado a outros estudos analíticos É particularmente apropriado para a investigação de doenças com períodos de latência longos Permite examinar fatores etiológicos múltiplos para uma única doença FREIRE PATTUSSI 2018 Já as limitações são é ineficiente para investigação de exposições raras a menos que o percentual de risco atribuível seja alto Não permite registrar as taxas de incidência da doença em indivíduos expostos e não expostos EM algumas situações e doença pode ser difícil de estabelecer É particularmente sujeito a viés se comparado a outros tipos de estudos analíticos principalmente viés de seleção e observação FREIRE PATTUSSI 2018 Os dados para um caso controle geralmente são coletados diretamente por meio de entrevistas e questionários ou pesquisa em registros de saúde prontuários além de amostras de material biológicos como sangue e saliva FREIRE PATTUSSI 2018 Após a definição de onde se selecionar os controles é importante definirse a proporção de controles para cada caso bem como o número de grupos que serão utilizados para comparação O aumento da proporção de controles para cada caso aumenta o poder do estudo Arguise entretanto que esse ganho ocorre até a proporção de 41 e que a partir daí o ganho estatístico não se justifica em termos de custobenefício A maioria dos ECC é realizada com apenas um 1 grupo controle O aumento do número de grupos dois três pode ser requerido quando se deseja escapar de potencial de viés introduzido por um dado grupo ou quando cada grupo tem deficiências específicas mas nenhum é claramente superior ao outro No entanto o procedimento mais recomendado é a definição cuidadosa do grupo com o qual se pretende trabalhar parente vizinhos amigos o próximo paciente a ser internado e a seleção de um grupo único OLIVEIRA 2015 Uma das técnicas para se proceder a seleção de controles é o pareamento Este procedimento tem como objetivo o controle do desenho do estudo do efeito de variáveis que podem atuar como confundidoras Sua aplicação deve ocorrer quando existirem variáveis que seguramente são fatores de risco para a doença Os controles são selecionados individualmente 18 formando pares trios quartetos Ou seja para cada caso um ou mais controles são relacionados de acordo com regras e critérios previamente definidos OLIVEIRA 2015 Já na técnica de não pareados o não pareamento no desenho do estudo e os fatores de confundimento são controlados na análise dos dados FREIRE PATTUSSI 2018 Esse tipo de delineamento tem sido pouco utilizado em Odontologia Um exemplo é o estudo de base hospitalar que investigou fatores dietéticos associados com o câncer oral Para isso 366 pacientes com câncer de boca ou faringe casos foram comparados com 469 não portadores de câncer ou outras condições associados controles O consumo de arroz e feijão foi mais frequente entre os indivíduos do grupocontrole indicando que esses alimentos são fatores de proteção para o câncer independentemente de outros fatores de risco FREIRE PATTUSSI 2018 Exemplo de artigo sobre casocontrole Josimar SM Maria AAp Maria JCB Maria AAC Maria JCC Estudo casocontrole sobre exposição precoce ao leite de vaca e ocorrência de Diabetes Mellitus tipo 1 em Campina Grande Paraíba Ver Bras Saúde Matern Infant Recife 2003 33 271280 19 Estudo de coorte Um estudo de coorte é um estudo observacional no qual os indivíduos são classificados ou selecionados segundo o status de exposição expostos e não expostos sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo RÊGO 2010 Os estudos de coorte também podem ser utilizados para avaliar riscos e benéficos do uso de determinada medicação Esse tipo de estudo geralmente é chamado de longitudinal pois os dados são coletados em diferentes pontos do tempo FREIRE PATTUSSI 2018 Esses estudos podem ser úteis também para conhecer a história natural das doenças e para avaliar o seu prognóstico FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos prospectivos e retrospectivos Esses termos referemse à relação temporal entre o início do estudo pelo investigador e a ocorrência da doença em estudo FREIRE PATTUSSI 2018 A característica que distingue uma coorte prospectiva de uma retrospectiva é unicamente se a doença de interesse já ocorreu ou se ainda não aconteceu no momento em que o investigador inicia o estudo RÊGO 2010 Assim como o estudo de coorte prospectivo o retrospectivo também pode estabelecer que os possíveis fatores causais precedem a doença ou outro desfecho Pelo fato de os dados serem coletados antes que a doença seja conhecida esse tipo de estudo pode também garantir que as medidas dos prováveis fatores causais não foram influenciados pelo conhecimento de quais indivíduos tiveram a patologia de interesse Esse tipo de estudo apresenta uma vantagem em relação ao estudo de casocontrole já que todos os indivíduos que desenvolveram a doença ou outro desfecho casos e todos aqueles que não desenvolveram controles vêm da mesma população Isso minimiza o potencial de viés ou tendência que pode surgir na seleção de casos e controles de diferentes fontes Contudo como esse tipo de estudo geralmente não é pré planejado o investigador deve buscar dados préexistentes os quais podem não ter sido coletados para aquele fim ou de forma confiável ou estruturada O seguimento também pode 20 ser incompleto Embora coortes retrospectivos possam ser eficientes para identificar exposições raras ou incomuns muitos vieses podem ocorrer FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos de coorte são um tipo específico de desenho de estudo observacional que apresenta um nível de evidência maior que os outros observacionais como série relato de casos casoscontroles e estudos transversais mas menor nível de evidência que os estudos experimentais RÊGO 2010 O estudo de coorte pode ser utilizado com os seguintes propósitos descrever a incidência novos casos de determinadas doenças ou outras condições num intervalo de tempo Por essa razão esse tipo de estudo é também chamado de estudo de incidência ou de seguimento Analisar associações entre fatores de risco e doenças ou outros eventos FREIRE PATTUSSI 2018 As principais vantagens do estudo de coorte são é de grande valor quando a exposição é rara Permite examinar eventos múltiplos de uma única exposição Permite elucidar a relação temporal entre exposição e doença Se o estudo for prospectivo minimiza o viés da determinação da exposição A seleção dos controles é relativamente simples ao contrário dos estudos de casoscontrole Permite medir diretamente a incidência da doença nos grupos exposto e não exposto Não apresenta problemas éticos quanto à exposição dos participantes a fatores de risco ou tratamento como ocorre nos estudos experimentais RÊGO 2010 Quanto as limitações é ineficiente para a investigação de doenças raras a menos que o percentual de risco atribuível seja alto Se o estudo for prospectivo pode ser caro e demorado Se for retrospectivo requer a disponibilidade de registros adequados E a validade dos resultados pode ser seriamente afetada pela perda de casos no seguimento FREIRE PATTUSSI 2018 21 Exemplo de artigo do estudo coorte Franklin D Elizabete JP Ana Marlúcia AO Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia Brasil Cad Saúde Pública 2012 2881614 Estudos Experimentais Intervencionais Os Estudos Experimentais ou Intervencionais são estudos onde o pesquisador além de observar intervém no estudo de alguma forma Exemplo Numa pesquisa onde é pesquisado uma nova medicação para uma determinada doença o pesquisador receita uma medicação padrão ou placebo para o grupo A Grupo controle e a medicação pesquisada para o grupo B Grupo de tratamento NEBEL 2016 Este tipo de estudo pode ser estudo clínico randomizado ou estudos clínicos não randomizado de acordo com os critérios de alocação dos indivíduos nos dois grupos Essa alocação pode ser determinada pelo próprio pesquisador não randomizado ou de forma aleatória Randomizado HOCHMAN 2005 22 Ensaio clínico Randomizado É um estudo considerado como padrãoouro pois os participantes do grupo controle e de intervenção são distribuídos de forma aleatória de tal forma que os grupos sejam compostos pelos participantes com as características mais parecidas Além disso os participantes devem ter a mesma oportunidade de receber ou não a intervenção em ambos os grupos Ainda neste tipo de estudo é possível que haja vários grupos controles para apenas um grupo de tratamento como também um grupo controle em determinado momento pode se tornar um grupo de tratamento posteriormente e viceversa NEBEL 2016 Podem ser subclassificados em unicego apenas a equipe sabe qual grupo em que o participante está duplocego quando nem a equipe nem o participante sabe qual o grupo em que ele pertence NEBEL 2016 Vantagens Limitações Pode produzir a evidência mais forte para causa e efeito Muitas questões de pesquisa não são apropriadas para desenhos experimentais devido a barreiras éticas ou eventos muito raros Pode ser o único desenho possível para algumas questões de pesquisa Intervenções padronizadas podem ser diferentes da prática comum o que reduz a possibilidade de generalização Pode as vezes produzir uma resposta mais rápida e barata à questão de pesquisa do que estudos observacionais Experimentos tendem a restringir a abrangência e estreitar a questão estudada Experimentos são geralmente caros e exigem mais tempo FREIRE PATTUSSI 2018 23 Artigo como exemplo TESTON EF et al Consulta de enfermagem e controle cardiometabólico de diabéticos ensaio clínico randomizado Rev Bras Enferm 2017 70 3 468474 24 Ensaio clínico não randomizado estudo quase experimental É um estudo onde não há uma aleatorização prévia para preenchimento dos grupos de controle e de intervenção Neste tipo de estudo a escolha dos participantes fica a critério do pesquisador É utilizado em estudos de antes e depois Esta é a principal diferença do Estudo clínico Randomizado onde há uma aleatorização dos participantes para preenchimento dos grupos NEBEL 2016 Artigo como exemplo Taets GGC Figueiredo NMA A quaseexperimental nursing study on pain in comatose patients Ver Bras Enferm 2016 695 8716 25 Estudo Longitudinal São estudos que pesquisam a prevalência de novos casos de uma determinada doença numa população podem ser realizados em diferentes intervalos de tempo É aplicado por um tempo maior e possui um custo mais elevado É focado em apenas uma variável FREIRE PATTUSSI 2018 Artigo como exemplo Vicente Filomena Et al Estudo longitudinal dos fatores associados à evolução de sintomas depressivos em idosos institucionalizados J bras Psiquiatr 2014 63 4 308316 26 Estudos de acurácia Estudos diagnóstico São estudos considerados transversais em que avaliam a eficácia dos diagnósticos de determinada doença que estão em estudo Então determinam o melhor método de diagnóstico das patologias HOCHMAN2005 São compostos por dois grupos onde há o grupo de pessoas acometidas pela doença e o outro grupo por pessoas saudáveis utilizase o novo teste diagnóstico em ambas e através dos resultados compara o novo método de diagnóstico com o método de diagnóstico padrão ouro para aquela determinada doença Sendo assim através dos resultados é possível determinar se o novo método apresentou alta sensibilidade de diagnóstico da doença em questão podendo ser validado HOCHMAN2005 Artigo como exemplo Pereira AS Carmo Filho JR Tognim MCB Sader HS Avaliação da acurácia de testes laboratoriais para detecção de amostras de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 2003 394 301308 27 Estudo in sílico São estudos alternativos em que não são utilizados animais são realizadas simulações através do computador Estes testes não eliminam os testes in vivo mas reduzem a quantidade de testes desta maneira GOMES 2010 Estas simulações do computador modelam um processo natural ou de laboratório GOMES 2010 Artigo como exemplo Lima AR Marinho EM Silva J Marinho MM Marinho ES Estudo in sílico do flavonoide antitrombótico ternatin presente nos capítulos florais de egletes viscosa less MaceladaTerra Revista Expressão Católica Saúde 2017 21 28 Estudo in Vivo São estudos realizados dentro de um organismo vivo ou parcialmente morto geralmente animais São fundamentais para estudos onde é necessário que a célula mantenha todos os seus sinais vitais GOMES 2010 Artigo como exemplo Ventin D Topografia de restaurações realizadas através do tratamento restaurador atraumático ART Estudo Piloto in vivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e clínica integrada 2007 73 Estudo in Situ São estudos onde são realizados exatamente no local em que o fenômeno estudado acontece As vantagens desses estudos estão execução na cavidade oral humana ao invés de pesquisas realizadas no laboratório ou em animais facilidade de controle das variáveis e possibilidade de realização de experimentos impossíveis de serem efetuados em ensaios 29 clínicos maior sensibilidade e validade das metodologias menor duração e custo em relação aos ensaios clínicos SANTOS 2014 Artigo como exemplo Morais AP Souza IPR Chevitarese O Estudo in situ do esmalte dental humano após aplicação de tetrafluoreto de titânio Pesq Odont Bras 2000 14 2 137143 30 Revisão Sistemática e Metaanálise A revisão sistemática é uma revisão planejada para responder uma pergunta específica e que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar selecionar e avaliar criticamente os estudos e para coletar e analisar os dados destes estudos incluídos na revisão Os trabalhos de Revisão Sistemática são considerados trabalhos originais pois além de utilizar como fonte dados a literatura sobre determinado tema são elaborados com rigor metodológicos ROTHER 2007 A metodologia para a realização de uma revisão sistemática pode ser encontrada nas publicações Cochrane Handbook produzida pela Colaboração Cochrane e no CDR Report pelo NHS Centre for Reviews and Dissemination ROTHER 2007 No Brasil a Colaboração Cochrane recomenda que a revisão sistemática seja efetuada em sete passos ROTHER 2007 1 Formulação da pergunta a realização de uma revisão sistemática deve ser iniciada com a formulação de uma pergunta onde são definidos os pacientesdoença e a intervenção são a base para decisão do que deve ou não ser incluídos na revisão 2 Localização dos estudos devem ser utilizadas várias fontes de busca para localização e identificação dos estudos devendo ser incluídos estudos relevantes das principais bases de dados eletrônicas Medline Cinahl Embase Lilacs Cochrane Controlled Trials Database SciSearch além de outras fontes de informação como trabalhos publicados em anais de congressos estudos de especialistas e buscas manuais em revistas não disponíveis nas bases de dados Para cada uma dessas fontes utilizadas deve ser detalhada a estratégia de busca utilizada 3 Avaliação crítica dos estudos são critérios para determinar a validade dos estudos selecionados Essa avalição critica permite determinar quais estudos irão ser utilizados na revisão Os que não preencheram os critérios de validade deverão ser citados e explicados o motivo de sua exclusão 4 Coleta de dados todas as variáveis estudadas devem ser observadas nos estudos e resumidas além das características do método dos participantes e dos desfechos clínicos que permitirão determinar a possibilidade de comparar ou não os estudos selecionados 31 5 Analise e apresentação dos dados os estudos deverão ser agrupados na semelhança entre os estudos Cada um desses agrupamentos deverá ser preestabelecido no projeto assim como a forma de apresentação gráfica e numérica para facilitar o entendimento do leitor Quando realizado um método estatístico na alise e síntese dos resultados dos estudos incluídos temse uma revisão sistemática com metaanálise 6 Interpretação dos dados é determinada a força da evidencia encontrada a aplicabilidade dos resultados o custo e a pratica corrente que sejam relevantes determinado claramente os limites entre os benefícios e os riscos 7 Aprimoramento e atualização da revisão uma vez publicada receberá sugestões e críticas que devem ser incorporadas as edições subsequentes caracterizando dinâmica que deve ser atualizada cada vez que surjam novos estudos no tema As orientações do NHSYork sugerem que as revisões sistemáticas sejam feias em nove passos agrupados em três estágios apresentando pequena diferença entre as fases recomendadas pela Colaboração Cochrane Assim a revisão sistemática metodológica utiliza toda essa metodologia e estrutura com o objetivo de evitar viés ou tendenciosidade no resultado A meta análise é o método estatístico utilizado na revisão sistemática para integrar os resultados dos estudos incluídos ROTHER 2007 Em estudos de metanálise ao se combinar amostras de vários estudos aumentase a amostra total melhorando o poder estatístico da análise assim como a precisão da estimativa do efeito do tratamento SAMPAIO 2007 32 Exemplo de artigo revisão sistemática Valéria P Maria Márcia B Erika AS Autoavaliação da saúde por idosos brasileiros revisão sistemática da literatura Rev Panam Salud Publica 2013 334 Revisão Narrativa As revisões narrativas são publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o estado da arte de um determinado assunto sob ponto de vista teórico ou contextual As revisões narrativas não informam as fontes de informação utilizadas a metodologia para buscas das referências nem os critérios utilizados na avaliação e seleção dos trabalhos Constituem basicamente de análise da literatura publicada em livros artigos de 33 revista impressas eou eletrônicas na interpretação e analise critica pessoal do autor ROTHER 2007 Essa categoria de artigos têm um fundamento papel para a educação continuada pois permitem ao leitor adquirir e atualizar o conhecimento sobre uma temática especifica em curto espaço de tempo porém não possuem metodologia que permitam a reprodução dos dados e nem fornecem repostas quantitativas para questões específicas São considerados artigos de revisão narrativas e são qualitativos Um artigo de Revisão Narrativa é constituído de Introdução Desenvolvimento texto dividido em seções definidas pelo autor com títulos definidas pelo autor com títulos e subtítulos de acordo com as abordagens do assunto Comentários e Referências ROTHER 2007 Exemplo de artigo revisão narrativa Ana MCS Dayse MG Mariana S Dor aguda e crônica revisão narrativa da literatura Acta Paul Enferm 201225Número Especial 11504 34 Considerações finais O tipo de estudo e o delineamento de uma pesquisa é decidido de acordo com os objetivos prédeterminados da pesquisa além do tempo e orçamento disponível Um estudo pode ser classificado de várias formas dependendo do ângulo em que é observado Há uma pirâmide de classificação dos artigos de acordo com seu nível de evidência no mundo científico no topo se encontra os artigos de alta qualidade e a base formada pelos artigos de menor qualidade os quais possuem mais erro e viés PAOLUCCI 2007 Figura 1 Pirâmide de nível de evidência científica Fonte Oliveira 2007 35 Referências Ana MCS Dayse MG Mariana S Dor aguda e crônica revisão narrativa da literatura Acta Paul Enferm 201225Número Especial 11504 Aragão J Tavares M Como Preparar Um Relato De Caso Clínico Cadernos UniFOA Volta Redonda ano IV n 9 abril 2009 Disponível em httpwwwunifoaedubrportalpesqcadernoedicao0959pdf Barbato PR Nagano HCM Zanchet FN Boing AF Peres MA Perdas dentárias e fatores sociais demográficos e de serviços associados em adultos brasileiros uma análise dos dados do estudo epidemiológico nacional Projeto SB Brasil 20022003 Cad Saúde Pública 2007 238 18031814 Becker HS Métodos de pesquisa em ciências sociais 2a ed São Paulo HUCITEC 1994 Bonita R Beaglehole R Kjellstrom T Epidemiologia Básica São Paulo Santos 2010 Fontelles MJ Simões MG Farias SH Fontelles RGS Metodologia da pesquisa científica diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa Scientific research methodology guidelines for elaboration of a research protocol Rev Para Med Rev Para Med Impr 233 julset 2009 Franklin D Elizabete JP Ana Marlúcia AO Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia Brasil Cad Saúde Pública 2012 2881614 Freire MCM Pattussi MP Tipos de estudos IN ESTRELA C Metodologia científica Ciência ensino e pesquisa 3ª ed Porto Alegre Artes Médicas 2018 p109127 Gil AC Métodos e técnicas de pesquisa social 4 ed São Paulo Atlas 1994 p 207 36 Gomes M Santos F Santos DV Travassos GH Conte TU Evoluindo uma técnica de avaliação de usabilidade através de Estudos in Vitro e in Vivo IX Simpósio Brasileiro de qualidade de Software 2010 229244 Grasiela P Wilton RM Andressa VC Felipe FE Renata C Danilo SS Mortalidade em Idosos por doenças cardiovasculares Análise comparativa de dois quinquênios Arq Bras Cardiol 2015 1054 371380 Hochman B Nahas FX Oliveira Filho RS Ferreira LM Desenhos de pesquisa São Paulo Acta Cir Bras 2005 20 2 Josimar SM Maria AAp Maria JCB Maria AAC Maria JCC Estudo casocontrole sobre exposição precoce ao leite de vaca e ocorrência de Diabetes Mellitus tipo 1 em Campina Grande Paraíba Ver Bras Saúde Matern Infant Recife 2003 33 271280 Lima AR Marinho EM Silva J Marinho MM Marinho ES Estudo in sílico do flavonoide antitrombótico ternatin presente nos capítulos florais de egletes viscosa less Macelada Terra Revista Expressão Católica Saúde 2017 21 Marcia ACO Vanessa ECS Andreia BFC Maria GQM Michelle AVP Viviane VM Catetetização venosa periférica por profissionais de enfermagem estudo observacional Ver enferm UFPE online Recife 2017 113 12621268 Morais AP Souza IPR Chevitarese O Estudo in situ do esmalte dental humano após aplicação de tetrafluoreto de titânio Pesq Odont Bras 2000 14 2 137143 Nebel WL Os diferentes delineamentos de pesquisa e suas particularidades na terapia intensiva Rev Bras Ter Intensiva 2016283256260 37 Oliveira GJ Oliveira ES Leles CR Tipos de delineamento de pesquisa de estudos publicados em periódicos odontológicos brasileiros Rev Odonto ciência 2007 2255 Oliveira MA Vellarde GC Sá RAM Entendendo a pesquisa clínica III estudos de coorte Femina 2015 433 Paolucci R Como praticar a medicina baseada em evidências J Vasc Bras 2007 6114 Pereira AS Carmo Filho JR Tognim MCB Sader HS Avaliação da acurácia de testes laboratoriais para detecção de amostras de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 2003 394 301 308 Pereira MG Epidemiologia teoria e prática Rio de Janeiro Guanabara Koogan1995 Porta M A dictionary of epidemiology 6th ed New York Oxford University Press 2014 Pound P Ebrahim S Sandercock P Bracken MB Roberts I Where is the evidence that animal research benefits humans Br Med J 32851417 2004 Rêgo MA Estudos casocontrole Uma breve revisão Gaz Méd Bahia 2010 801 101110 Rother ET Revisão sistemática x Revisão narrativa Acta Paul Enferm 2007202 Sampaio RF Mancini MC Estudos de revisão sistemática Um guia para síntese criteriosa da evidência científica Rev Bras Fisioter 2007111 8389 Santos FG Aguiar YPC Cavalcanti AL Caracterização metodológica dos estudos in situ sobre erosão dentária Uma abordagem atual Revista Brasileira de ciência da saúde 2014 171 105112 Souza AP et al Dental manifestations of patient with Vitamin Dresistant rickets J Appl Oral Sci 2013 216 601606 38 Souza E Espindola M Diegoli NM Kuroshima KN Avaliação da alteração de cor de diferentes compósitos restauradores RGO 2006 541 4346 Taets GGC Figueiredo NMA A quaseexperimental nursing study on pain in comatose patients Ver Bras Enferm 2016 695 8716 TESTON EF et al Consulta de enfermagem e controle cardiometabólico de diabéticos ensaio clínico randomizado Rev Bras Enferm 2017 70 3 468474 Valéria P Maria Márcia B Erika AS Autoavaliação da saúde por idosos brasileiros revisão sistemática da literatura Rev Panam Salud Publica 2013 334 Ventin D Topografia de restaurações realizadas através do tratamento restaurador atraumático ART Estudo Piloto in vivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e clínica integrada 2007 73 Ventura MM O Estudo de Caso como Modalidade de Pesquisa Rev SOCERJ205383386 setembrooutubro 2007 Vicente Filomena Et al Estudo longitudinal dos fatores associados à evolução de sintomas depressivos em idosos institucionalizados J bras Psiquiatr 2014 63 4 308316
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0 CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS PROREITORIA DE POSGRADUACAO PESQUISA EXTENSAO E ACAO COMUNITARIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MANUAL DE TIPOS DE ESTUDO Anápolis 2019 1 CENTRO UNIVERSITARIO DE ANAPOLIS PROREITORIA DE POSGRADUACAO PESQUISA EXTENSAO E ACAO COMUNITARIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA MANUAL DE TIPOS DE ESTUDO Anápolis 2019 Produção técnica do programa de pós graduação da odontologia para obtenção da aprovação na disciplina de Métodos e Técnicas de Investigação Científica Francielle N de A Romanowski Mariane Boaventura de Castro Naysa Wink Neris 2 ÍNDICE Introdução 3 Estudo de caso 5 Investigação experimental em laboratório7 Pesquisa populacional 8 Estudos transversais 11 Estudos ecológicos 13 Estudos observacionais 15 Estudos de casocontrole16 Estudos de coorte19 Estudos prospectivos e retrospectivos19 Estudos experimentais Intervencionais21 Ensaio clínico Randomizado22 Ensaio clínico não Randomizado24 Estudo Longitudinal25 Estudos de acurácia26 Estudo in sílico27 Estudo in vivo28 Estudo in situ28 Revisão sistemática e MetaAnálise 30 Revisão Narrativa 32 Considerações finais 34 Referências 35 3 Introdução A base da pesquisa científica de qualidade é um bom delineamento de estudo e a definição do tipo de estudo é fundamental neste processo ESTRELA2018 O pesquisador para planejar um experimento deve seguir a seguinte lógica de raciocínio escolher entre os diversos tipos de pesquisa aquela que se enquadra melhor nos seus objetivos e na população a ser estudada delinear corretamente o estudo para que os objetivos possam ser alcançados FONTELLES2009 De maneira geral os tipos de estudo podem ser classificados da seguinte forma GIL1994 Do ponto de vista de sua natureza Pesquisa básica Gerar conhecimento para avanço da ciência sem aplicação prática prevista Pesquisa aplicada Gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à solução de problemas específicos Do ponto de vista da forma de abordagem do problema Pesquisa quatitativa O que é quantificável Traduzir opiniões e números em informações que serão classificadas e analisadas Pesquisa qualitativa O que não pode ser trazido em números A pesquisa é descritiva o pesquisador avalia seus dados indutivamente FREIRE PATTUSSI2005 4 Do ponto de vista dos objetivos Pesquisa exploratória objetivo de se ter maior familiaridade com o problema Envolve entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e realizando análise de exemplos levantamento bibliográfico assume em geral a forma de pesquisa bibliográfica e estudos de caso Pesquisa descritiva Descrever características de determinada população ou fenômeno ou estabelecer relações entre variáveis Envolve técnicas de coleta de dados padronizados tais como questionários observação em geral assume forma de levantamento Pesquisa explicativa Identifica os fatores que determinam fenômenos explica o porquê das coisas assume formas de pesquisa experimental e pesquisa expostfacto o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente que constitui o fator presumível do fenômeno porque ele já ocorreu Do ponto de vista dos procedimentos técnicos Pesquisa bibliográfica a partir de um material já publicado seja livro periódico artigo internet anais etc Pesquisa documental a partir de material que não recebeu tratamento analítico Pesquisa experimental determinase um objeto de estudo selecionando as variáveis que o influenciam definindo as formas de controle e de observação dos efeitos que as variáveis produzem no objeto Levantamento envolve o questionamento direto das pessoas ao qual comportamento se deseja conhecer Estudo de caso estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de modo que se tenha um amplo e detalhado conhecimento Pesquisa expostfacto o experimento se realiza depois dos fatos Pesquisa ação pesquisa associada a uma ação Os participantes e pesquisadores da situação ou problema estão envolvidos de forma cooperativa ou participativa Pesquisa participante desenvolvida pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas Podemos observar que existem várias formas de classificação de uma pesquisa e os autores não são unânimes quanto à padronização desta classificação Propomos então a divisão 5 seguida pelo livro do Professor Carlos Estrela Metodologia Científica Ciência Ensino Pesquisa 2018 para servir como orientação deste manual A disciplina de Métodos e técnicas de investigação científica através deste manual tem como objetivo orientar os acadêmicos de graduação quanto à escolha do melhor tipo de estudo para o desenvolvimento de sua pesquisa Tipos de Estudo Estudo de caso O estudo de caso de caracteriza por uma análise de modo detalhado de um caso individual que explica a dinâmica e a patologia de uma doença dada É entendido como uma metodologia de um objeto de estudo definido pelo interesse em casos individuais Investiga um caso específico bem delimitado contextualizado em tempo e lugar para que se possa realizar uma busca circunstanciada de informações VENTURA 2007 Possui um enfoque qualitativo e exploratório embora possa ser quantificado Geralmente é utilizado em combinação com estudos quantitativos de natureza epidemiológica para compor um quadro mais completo da situação O relato de caso individual pode ser expandido para uma série de casos onde descreve características de um número de pacientes com uma determinada doença ou outro efeito No estudo de caso e de série de casos estão incluídos somente os casos portanto não constituem pesquisas epidemiológicas propriamente ditas mas podem levar à formulação de novas hipóteses FREIRE PATTUSSI 2018 6 Estudo de casoSérie de casos FREIRE PATTUSSI2005 ARAGÃO2009 Exemplo de um artigo científico de Estudo de caso Souza AP et al Dental manifestations of patient with Vitamin Dresistant rickets J Appl Oral Sci 2013 216 601606 7 Principais vantagens e limitações do estudo de caso FREIRE PATTUSSI 2018 VANTAGENS LIMITAÇÕES Facilidade de realização Número reduzido de indivíduos estudados dificultando a inferência para outras populações Baixo custo Subjetividade na apreciação dos fatos Pode se restringir a uma simples descrição ou sugerir explicações sobre elementos pouco conhecidos na etiologia e evolução de doenças Falta de indivíduoscontrole Observação intensiva de cada caso Investigação experimental em laboratório Geralmente realizado em animais o experimento em laboratório também pode ser realizado me seres humanos em casos específicos O experimento em laboratório é útil quando não se consegue por exemplo por condições éticas realizar o estudo em seres humanos FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos in Vitro são realizados buscando simular condições biológicas reais em laboratório fornecendo aos pesquisadores princípios a serem estudos posteriormente Este estudo tem sido bastante utilizado para testar novos materiais ou procedimentos terapêuticos ou preventivos dentro da odontologia restauradora ou endodôntica FREIRE PATTUSSI 2018 A principal limitação da investigação experimental em laboratório é referente à extrapolação de resultados para seres humanos sendo esta uma questão fundamental visto que no caso de estudos em animais diferenças entre as espécies mecanismo metabólico bem como dosagens podem invalidar as generalizações POUND et al2004 8 Exemplo de um artigo científico de Estudo in Vitro Souza E Espindola M Diegoli NM Kuroshima KN Avaliação da alteração de cor de diferentes compósitos restauradores RGO 2006 541 4346 Pesquisa populacional ou epidemiológica A pesquisa epidemiológica tem caráter empírico pois é baseada na sistemática observação coleta de dados ou informações e quantificação sobre os eventos que ocorrem em uma população definida O tratamento numérico dos fatores investigados decorre em três etapas mensuração das variáveis aleatórias estimativa de parâmetros populacionais e testes estatísticos de hipóteses BONITA et al2010 A epidemiologia tem como objeto de estudo a ocorrência distribuição e dos determinantes dos eventos relacionados à saúde nas populações humanas e a aplicação deste conhecimento no controle de problemas de saúde relevantes Fornece subsídios para auxiliar na tomada de decisões tanto em nível coletivo quanto individual PORTA2014 Algumas características diferem os métodos epidemiológicos dos conhecidos como métodos clínicos descritivos 9 Epidemiológico Clínico descritivo Requerem estudo de pessoas doentes e sadias relaciona doença à população na qual ela ocorre Realizados em pacientes Determinam decisões sobre grupo de pessoas podendo ser a base para as políticas de prevenção e o planejamento das ações de saúde Determinam decisão sobre indivíduos FREIRE PATTUSSI 2018 Existem na literatura algumas variações quanto à classificação dos estudos epidemiológicos gerando diferentes terminologias Na classificação tradicional e frequentemente encontrada na literatura os estudos são divididos em descritivos e analíticos BONITA et al 2010 Estudo descritivo Estudo Analítico Descrição da distribuição da doença incluindo consideração sobre população ou subgrupo que desenvolvem ou não a doença em qual localidade geográfica é mais comum e como a frequência da ocorrência varia com o tempo Elucidar os determinantes ou fatores associados à determinada doença testando hipóteses cujo objetivo é julgar se uma exposição está associada se causa ou previne doenças Podem originar questões científicas que forneçam indícios para a formulação de hipóteses epidemiológicas consistentes com o conhecimento existente sobre a ocorrência das doenças Podem gerar ideias para estudos descritivos adicionais assim como novas hipóteses 10 Desenho do estudo Exemplo de um artigo científico epidemiológico Barbato PR Nagano HCM Zanchet FN Boing AF Peres MA Perdas dentárias e fatores sociais demográficos e de serviços associados em adultos brasileiros uma análise dos dados do estudo epidemiológico nacional Projeto SB Brasil 20022003 Cad Saúde Pública 2007 238 18031814 DESCRITIVO ANALÍTICO EXPERIMENTAL OBSERVACIONAL TRANSVERSAL COORTE CASOCONTROLE ECOLÓGICO 11 Estudos Transversais A situação de saúde de uma determinada população é avaliada a partir do estado de cada indivíduo que a compõe Medem a prevalência da doença proporção da população que tem a doença num determinado momento e por isso são frequentemente chamados de estudos de prevalência porém podem ser também chamados seccionais cortetransversal e inquéritos ou surveys É realizado através de amostras aleatórias e representativas da população independentemente da existência da exposição e do desfecho FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos transversais são bons em geral para levantar questões relacionadas à presença de uma associação em vez de testar uma hipótese Permitem estimar a prevalência de uma doença e quando analítico pode fornecer uma estimativa da associação entre os indivíduos expostos comparados aos não expostos Os dados podem ser coletados através de fontes diretas também chamadas de primárias ou a partir de fontes secundárias FREIRE PATTUSSI 2018 FREIRE PATTUSSI 2018 12 FREIRE PATTUSSI 2005 VANTAGENS LIMITAÇÕES Possibilita estudos de prevalência ou prevalência relativa Possibilidade de viés ao se avaliar fatores de risco Úteis para levantar a questão da presença de associações Não estabelece sequência de eventos Pode investigar diversas doenças ou efeitos Não é adequado para doenças raras Pode ser repetida com maior rapidez Não possibilita estudo de incidência Amostras e mensurações controlada Fracas para testar hipóteses Menos dispendiosa Não possibilita o cálculo do risco relativo verdadeiro Rápida Menos precisa nem sempre os grupos comparados são similares FREIRE PATTUSSI 2018 13 Estudos ecológicos Os estudos ecológicos também chamados correlacionados usam dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências da doença ou outro efeito entre diferentes grupos durante um mesmo período de tempo ou na mesma população em diferentes pontos do tempo Os grupos ou agregados pode ser classes em uma escola industrias e áreas geográficas como cidades regiões estados ou países Os estudos ecológicos têm um papel claro quando a variável de interesse é por definição uma medida de grupo ao invés de uma medida individual Alguns exemplos são as variáveis socioeconômicos e ambientais como o nível de renda da população o Índice de Desenvolvimento Humano IDH o nível de escolaridade e o percentual da população com acesso a saneamento básico FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos ecológicos são relativamente rápidos e de baixo custo porque dispensam etapas tais como amostragem e coleta de dados por meio de entrevistas e exames clínicos ou acesso a registros médicos individuais FREIRE PATTUSSI 2018 Os dados a serem analisados nessa modalidade de estudo geralmente são secundários Três tipos de dados ou variáveis podem ser utilizados agregadas ambientais e globais FREIRE PATTUSSI 2018 As fontes de registros de dados rotineiramente geralmente por sistemas e informações oficiais exemplo banco de dados populacionais FREIRE PATTUSSI 2018 Alguns autores classificam os estudos ecológicos em dois subgrupos transversais e longitudinais FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos transversais indicam a frequência com que a determinada doença ou outro efeito de interesse ocorrem em uma determinada população ou área geográfica num determinado momento São feitas análises comparativas entre as variáveis ecológicas geralmente por meio de correlação entre indicadores de condição de vida e indicadores de saúde Os estudos ecológicos longitudinais usam vigilância em andamento ou estudos transversais frequentes para medir a tendência das taxas de doença ao longo do tempo em uma determinada população ou área geográfica Através deste último é possível determinar por exemplo o impacto de mudanças populacionais tais como guerras imigração introdução de vacinas ou antibióticos em suas taxas de doenças FREIRE PATTUSSI 2018 14 Estudos ecológicos permitem obter respostas rápidas Embora sejam uteis para a formulação de hipóteses nem sempre podem ser usados para testálos devido a algumas limitações que lhes são inerentes FREIRE PATTUSSI 2018 Apesar desses problemas os estudos ecológicos têm sido uteis para descrever diferenças em populações e para planejar ações em saúde pública FREIRE PATTUSSI 2018 O uso dessa modalidade de estudo em odontologia tem sido crescente e tem contribuído para evidenciar a determinação social das doenças e agravos bucais FREIRE PATTUSSI 2018 Artigo como exemplo Grasiela P Wilton RM Andressa VC Felipe FE Renata C Danilo SS Mortalidade em Idosos por doenças cardiovasculares Análise comparativa de dois quinquênios Arq Bras Cardiol 2015 1054 371380 15 Estudos observacionais Neste tipo de estudo o investigador atua meramente como expectador de fenômenos ou fatos sem no entanto realizar qualquer intervenção que possa interferir no curso natural eou no desfecho dos mesmos embora possa neste meio tempo realizar medições análises e outros procedimentos para coleta de dados As pesquisas observacionais podem ser conduzidas sob a forma de quatro tipos de estudo conforme o delineamento São eles série de casos estudo de corte transversal estudo de coorte e estudo casocontrole FONTELLES 2009 Embora os estudos experimentais sejam mais adequados para estabelecer a associação causal entre um fator e uma doença os estudos observacionais proporcionam uma grande contribuição para a compreensão de muitas doenças ou outros eventos de interesse Uma das vantagens dos estudos observacionais é que são geralmente realizados em condições mais naturais e com isso a população de estudo é mais representativa da populaçãoalvo Essa característica tem importantes implicações para aqueles que atuam no planejamento das ações de saúde e que baseiam suas decisões parcialmente nos resultados das investigações epidemiológicas FREIRE PATTUSSI 2018 Uma dificuldade inerente a esse tipo de estudo é que os grupos observados geralmente diferem em algumas características além do fator específico que está sendo estudado Devido a essas características chamadas de fatores de confundimento as quais muitas vezes não podem ser medidas o papel de uma determinada exposição sob investigação é mais difícil de demonstrar Para ser considerado um fator de confundimento a variável deve ser associada com a exposição e com o desfecho e não fazer parte da cadeia causal que leva essa exposição ao desfecho FREIRE PATTUSSI 2018 Fatores de confundimento podem ser controlados no planejamento do estudo através da restrição ou pareamento de indivíduos em determinados grupos ou durante a análise dos dados utilizandose métodos estatísticos específicos FREIRE PATTUSSI 2018 16 Exemplo desse tipo de estudo Marcia ACO Vanessa ECS Andreia BFC Maria GQM Michelle AVP Viviane VM Catetetização venosa periférica por profissionais de enfermagem estudo observacional Ver enferm UFPE online Recife 2017 113 12621268 Estudo de casos controle Neste tipo de estudo um grupo ou série de pacientes que têm um determinada doença de interesse caso e um grupo de indivíduos sem a doença controle ou grupo de comparação são selecionados para investigação FREIRE PATTUSSI 2018 O tipo de estudo de caso controle ECC são estudos epidemiológicos observacionais longitudinais retrospectivos e analíticos ² Já que geralmente o investigador está olhando para o passado a partir da doença para uma possível causa e ambos já ocorreram FREIRE PATTUSSI 2018 17 A principal vantagem é a possibilidade de se investigar doenças raras com longo período de indução ou latência sem a necessidade de acompanhamento de uma grande população por um longo período para verificar a ocorrência OLIVEIRA 2015 Além de ser relativamente rápido e barato se comparado a outros estudos analíticos É particularmente apropriado para a investigação de doenças com períodos de latência longos Permite examinar fatores etiológicos múltiplos para uma única doença FREIRE PATTUSSI 2018 Já as limitações são é ineficiente para investigação de exposições raras a menos que o percentual de risco atribuível seja alto Não permite registrar as taxas de incidência da doença em indivíduos expostos e não expostos EM algumas situações e doença pode ser difícil de estabelecer É particularmente sujeito a viés se comparado a outros tipos de estudos analíticos principalmente viés de seleção e observação FREIRE PATTUSSI 2018 Os dados para um caso controle geralmente são coletados diretamente por meio de entrevistas e questionários ou pesquisa em registros de saúde prontuários além de amostras de material biológicos como sangue e saliva FREIRE PATTUSSI 2018 Após a definição de onde se selecionar os controles é importante definirse a proporção de controles para cada caso bem como o número de grupos que serão utilizados para comparação O aumento da proporção de controles para cada caso aumenta o poder do estudo Arguise entretanto que esse ganho ocorre até a proporção de 41 e que a partir daí o ganho estatístico não se justifica em termos de custobenefício A maioria dos ECC é realizada com apenas um 1 grupo controle O aumento do número de grupos dois três pode ser requerido quando se deseja escapar de potencial de viés introduzido por um dado grupo ou quando cada grupo tem deficiências específicas mas nenhum é claramente superior ao outro No entanto o procedimento mais recomendado é a definição cuidadosa do grupo com o qual se pretende trabalhar parente vizinhos amigos o próximo paciente a ser internado e a seleção de um grupo único OLIVEIRA 2015 Uma das técnicas para se proceder a seleção de controles é o pareamento Este procedimento tem como objetivo o controle do desenho do estudo do efeito de variáveis que podem atuar como confundidoras Sua aplicação deve ocorrer quando existirem variáveis que seguramente são fatores de risco para a doença Os controles são selecionados individualmente 18 formando pares trios quartetos Ou seja para cada caso um ou mais controles são relacionados de acordo com regras e critérios previamente definidos OLIVEIRA 2015 Já na técnica de não pareados o não pareamento no desenho do estudo e os fatores de confundimento são controlados na análise dos dados FREIRE PATTUSSI 2018 Esse tipo de delineamento tem sido pouco utilizado em Odontologia Um exemplo é o estudo de base hospitalar que investigou fatores dietéticos associados com o câncer oral Para isso 366 pacientes com câncer de boca ou faringe casos foram comparados com 469 não portadores de câncer ou outras condições associados controles O consumo de arroz e feijão foi mais frequente entre os indivíduos do grupocontrole indicando que esses alimentos são fatores de proteção para o câncer independentemente de outros fatores de risco FREIRE PATTUSSI 2018 Exemplo de artigo sobre casocontrole Josimar SM Maria AAp Maria JCB Maria AAC Maria JCC Estudo casocontrole sobre exposição precoce ao leite de vaca e ocorrência de Diabetes Mellitus tipo 1 em Campina Grande Paraíba Ver Bras Saúde Matern Infant Recife 2003 33 271280 19 Estudo de coorte Um estudo de coorte é um estudo observacional no qual os indivíduos são classificados ou selecionados segundo o status de exposição expostos e não expostos sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo RÊGO 2010 Os estudos de coorte também podem ser utilizados para avaliar riscos e benéficos do uso de determinada medicação Esse tipo de estudo geralmente é chamado de longitudinal pois os dados são coletados em diferentes pontos do tempo FREIRE PATTUSSI 2018 Esses estudos podem ser úteis também para conhecer a história natural das doenças e para avaliar o seu prognóstico FREIRE PATTUSSI 2018 Estudos prospectivos e retrospectivos Esses termos referemse à relação temporal entre o início do estudo pelo investigador e a ocorrência da doença em estudo FREIRE PATTUSSI 2018 A característica que distingue uma coorte prospectiva de uma retrospectiva é unicamente se a doença de interesse já ocorreu ou se ainda não aconteceu no momento em que o investigador inicia o estudo RÊGO 2010 Assim como o estudo de coorte prospectivo o retrospectivo também pode estabelecer que os possíveis fatores causais precedem a doença ou outro desfecho Pelo fato de os dados serem coletados antes que a doença seja conhecida esse tipo de estudo pode também garantir que as medidas dos prováveis fatores causais não foram influenciados pelo conhecimento de quais indivíduos tiveram a patologia de interesse Esse tipo de estudo apresenta uma vantagem em relação ao estudo de casocontrole já que todos os indivíduos que desenvolveram a doença ou outro desfecho casos e todos aqueles que não desenvolveram controles vêm da mesma população Isso minimiza o potencial de viés ou tendência que pode surgir na seleção de casos e controles de diferentes fontes Contudo como esse tipo de estudo geralmente não é pré planejado o investigador deve buscar dados préexistentes os quais podem não ter sido coletados para aquele fim ou de forma confiável ou estruturada O seguimento também pode 20 ser incompleto Embora coortes retrospectivos possam ser eficientes para identificar exposições raras ou incomuns muitos vieses podem ocorrer FREIRE PATTUSSI 2018 Os estudos de coorte são um tipo específico de desenho de estudo observacional que apresenta um nível de evidência maior que os outros observacionais como série relato de casos casoscontroles e estudos transversais mas menor nível de evidência que os estudos experimentais RÊGO 2010 O estudo de coorte pode ser utilizado com os seguintes propósitos descrever a incidência novos casos de determinadas doenças ou outras condições num intervalo de tempo Por essa razão esse tipo de estudo é também chamado de estudo de incidência ou de seguimento Analisar associações entre fatores de risco e doenças ou outros eventos FREIRE PATTUSSI 2018 As principais vantagens do estudo de coorte são é de grande valor quando a exposição é rara Permite examinar eventos múltiplos de uma única exposição Permite elucidar a relação temporal entre exposição e doença Se o estudo for prospectivo minimiza o viés da determinação da exposição A seleção dos controles é relativamente simples ao contrário dos estudos de casoscontrole Permite medir diretamente a incidência da doença nos grupos exposto e não exposto Não apresenta problemas éticos quanto à exposição dos participantes a fatores de risco ou tratamento como ocorre nos estudos experimentais RÊGO 2010 Quanto as limitações é ineficiente para a investigação de doenças raras a menos que o percentual de risco atribuível seja alto Se o estudo for prospectivo pode ser caro e demorado Se for retrospectivo requer a disponibilidade de registros adequados E a validade dos resultados pode ser seriamente afetada pela perda de casos no seguimento FREIRE PATTUSSI 2018 21 Exemplo de artigo do estudo coorte Franklin D Elizabete JP Ana Marlúcia AO Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia Brasil Cad Saúde Pública 2012 2881614 Estudos Experimentais Intervencionais Os Estudos Experimentais ou Intervencionais são estudos onde o pesquisador além de observar intervém no estudo de alguma forma Exemplo Numa pesquisa onde é pesquisado uma nova medicação para uma determinada doença o pesquisador receita uma medicação padrão ou placebo para o grupo A Grupo controle e a medicação pesquisada para o grupo B Grupo de tratamento NEBEL 2016 Este tipo de estudo pode ser estudo clínico randomizado ou estudos clínicos não randomizado de acordo com os critérios de alocação dos indivíduos nos dois grupos Essa alocação pode ser determinada pelo próprio pesquisador não randomizado ou de forma aleatória Randomizado HOCHMAN 2005 22 Ensaio clínico Randomizado É um estudo considerado como padrãoouro pois os participantes do grupo controle e de intervenção são distribuídos de forma aleatória de tal forma que os grupos sejam compostos pelos participantes com as características mais parecidas Além disso os participantes devem ter a mesma oportunidade de receber ou não a intervenção em ambos os grupos Ainda neste tipo de estudo é possível que haja vários grupos controles para apenas um grupo de tratamento como também um grupo controle em determinado momento pode se tornar um grupo de tratamento posteriormente e viceversa NEBEL 2016 Podem ser subclassificados em unicego apenas a equipe sabe qual grupo em que o participante está duplocego quando nem a equipe nem o participante sabe qual o grupo em que ele pertence NEBEL 2016 Vantagens Limitações Pode produzir a evidência mais forte para causa e efeito Muitas questões de pesquisa não são apropriadas para desenhos experimentais devido a barreiras éticas ou eventos muito raros Pode ser o único desenho possível para algumas questões de pesquisa Intervenções padronizadas podem ser diferentes da prática comum o que reduz a possibilidade de generalização Pode as vezes produzir uma resposta mais rápida e barata à questão de pesquisa do que estudos observacionais Experimentos tendem a restringir a abrangência e estreitar a questão estudada Experimentos são geralmente caros e exigem mais tempo FREIRE PATTUSSI 2018 23 Artigo como exemplo TESTON EF et al Consulta de enfermagem e controle cardiometabólico de diabéticos ensaio clínico randomizado Rev Bras Enferm 2017 70 3 468474 24 Ensaio clínico não randomizado estudo quase experimental É um estudo onde não há uma aleatorização prévia para preenchimento dos grupos de controle e de intervenção Neste tipo de estudo a escolha dos participantes fica a critério do pesquisador É utilizado em estudos de antes e depois Esta é a principal diferença do Estudo clínico Randomizado onde há uma aleatorização dos participantes para preenchimento dos grupos NEBEL 2016 Artigo como exemplo Taets GGC Figueiredo NMA A quaseexperimental nursing study on pain in comatose patients Ver Bras Enferm 2016 695 8716 25 Estudo Longitudinal São estudos que pesquisam a prevalência de novos casos de uma determinada doença numa população podem ser realizados em diferentes intervalos de tempo É aplicado por um tempo maior e possui um custo mais elevado É focado em apenas uma variável FREIRE PATTUSSI 2018 Artigo como exemplo Vicente Filomena Et al Estudo longitudinal dos fatores associados à evolução de sintomas depressivos em idosos institucionalizados J bras Psiquiatr 2014 63 4 308316 26 Estudos de acurácia Estudos diagnóstico São estudos considerados transversais em que avaliam a eficácia dos diagnósticos de determinada doença que estão em estudo Então determinam o melhor método de diagnóstico das patologias HOCHMAN2005 São compostos por dois grupos onde há o grupo de pessoas acometidas pela doença e o outro grupo por pessoas saudáveis utilizase o novo teste diagnóstico em ambas e através dos resultados compara o novo método de diagnóstico com o método de diagnóstico padrão ouro para aquela determinada doença Sendo assim através dos resultados é possível determinar se o novo método apresentou alta sensibilidade de diagnóstico da doença em questão podendo ser validado HOCHMAN2005 Artigo como exemplo Pereira AS Carmo Filho JR Tognim MCB Sader HS Avaliação da acurácia de testes laboratoriais para detecção de amostras de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 2003 394 301308 27 Estudo in sílico São estudos alternativos em que não são utilizados animais são realizadas simulações através do computador Estes testes não eliminam os testes in vivo mas reduzem a quantidade de testes desta maneira GOMES 2010 Estas simulações do computador modelam um processo natural ou de laboratório GOMES 2010 Artigo como exemplo Lima AR Marinho EM Silva J Marinho MM Marinho ES Estudo in sílico do flavonoide antitrombótico ternatin presente nos capítulos florais de egletes viscosa less MaceladaTerra Revista Expressão Católica Saúde 2017 21 28 Estudo in Vivo São estudos realizados dentro de um organismo vivo ou parcialmente morto geralmente animais São fundamentais para estudos onde é necessário que a célula mantenha todos os seus sinais vitais GOMES 2010 Artigo como exemplo Ventin D Topografia de restaurações realizadas através do tratamento restaurador atraumático ART Estudo Piloto in vivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e clínica integrada 2007 73 Estudo in Situ São estudos onde são realizados exatamente no local em que o fenômeno estudado acontece As vantagens desses estudos estão execução na cavidade oral humana ao invés de pesquisas realizadas no laboratório ou em animais facilidade de controle das variáveis e possibilidade de realização de experimentos impossíveis de serem efetuados em ensaios 29 clínicos maior sensibilidade e validade das metodologias menor duração e custo em relação aos ensaios clínicos SANTOS 2014 Artigo como exemplo Morais AP Souza IPR Chevitarese O Estudo in situ do esmalte dental humano após aplicação de tetrafluoreto de titânio Pesq Odont Bras 2000 14 2 137143 30 Revisão Sistemática e Metaanálise A revisão sistemática é uma revisão planejada para responder uma pergunta específica e que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para identificar selecionar e avaliar criticamente os estudos e para coletar e analisar os dados destes estudos incluídos na revisão Os trabalhos de Revisão Sistemática são considerados trabalhos originais pois além de utilizar como fonte dados a literatura sobre determinado tema são elaborados com rigor metodológicos ROTHER 2007 A metodologia para a realização de uma revisão sistemática pode ser encontrada nas publicações Cochrane Handbook produzida pela Colaboração Cochrane e no CDR Report pelo NHS Centre for Reviews and Dissemination ROTHER 2007 No Brasil a Colaboração Cochrane recomenda que a revisão sistemática seja efetuada em sete passos ROTHER 2007 1 Formulação da pergunta a realização de uma revisão sistemática deve ser iniciada com a formulação de uma pergunta onde são definidos os pacientesdoença e a intervenção são a base para decisão do que deve ou não ser incluídos na revisão 2 Localização dos estudos devem ser utilizadas várias fontes de busca para localização e identificação dos estudos devendo ser incluídos estudos relevantes das principais bases de dados eletrônicas Medline Cinahl Embase Lilacs Cochrane Controlled Trials Database SciSearch além de outras fontes de informação como trabalhos publicados em anais de congressos estudos de especialistas e buscas manuais em revistas não disponíveis nas bases de dados Para cada uma dessas fontes utilizadas deve ser detalhada a estratégia de busca utilizada 3 Avaliação crítica dos estudos são critérios para determinar a validade dos estudos selecionados Essa avalição critica permite determinar quais estudos irão ser utilizados na revisão Os que não preencheram os critérios de validade deverão ser citados e explicados o motivo de sua exclusão 4 Coleta de dados todas as variáveis estudadas devem ser observadas nos estudos e resumidas além das características do método dos participantes e dos desfechos clínicos que permitirão determinar a possibilidade de comparar ou não os estudos selecionados 31 5 Analise e apresentação dos dados os estudos deverão ser agrupados na semelhança entre os estudos Cada um desses agrupamentos deverá ser preestabelecido no projeto assim como a forma de apresentação gráfica e numérica para facilitar o entendimento do leitor Quando realizado um método estatístico na alise e síntese dos resultados dos estudos incluídos temse uma revisão sistemática com metaanálise 6 Interpretação dos dados é determinada a força da evidencia encontrada a aplicabilidade dos resultados o custo e a pratica corrente que sejam relevantes determinado claramente os limites entre os benefícios e os riscos 7 Aprimoramento e atualização da revisão uma vez publicada receberá sugestões e críticas que devem ser incorporadas as edições subsequentes caracterizando dinâmica que deve ser atualizada cada vez que surjam novos estudos no tema As orientações do NHSYork sugerem que as revisões sistemáticas sejam feias em nove passos agrupados em três estágios apresentando pequena diferença entre as fases recomendadas pela Colaboração Cochrane Assim a revisão sistemática metodológica utiliza toda essa metodologia e estrutura com o objetivo de evitar viés ou tendenciosidade no resultado A meta análise é o método estatístico utilizado na revisão sistemática para integrar os resultados dos estudos incluídos ROTHER 2007 Em estudos de metanálise ao se combinar amostras de vários estudos aumentase a amostra total melhorando o poder estatístico da análise assim como a precisão da estimativa do efeito do tratamento SAMPAIO 2007 32 Exemplo de artigo revisão sistemática Valéria P Maria Márcia B Erika AS Autoavaliação da saúde por idosos brasileiros revisão sistemática da literatura Rev Panam Salud Publica 2013 334 Revisão Narrativa As revisões narrativas são publicações amplas apropriadas para descrever e discutir o desenvolvimento ou o estado da arte de um determinado assunto sob ponto de vista teórico ou contextual As revisões narrativas não informam as fontes de informação utilizadas a metodologia para buscas das referências nem os critérios utilizados na avaliação e seleção dos trabalhos Constituem basicamente de análise da literatura publicada em livros artigos de 33 revista impressas eou eletrônicas na interpretação e analise critica pessoal do autor ROTHER 2007 Essa categoria de artigos têm um fundamento papel para a educação continuada pois permitem ao leitor adquirir e atualizar o conhecimento sobre uma temática especifica em curto espaço de tempo porém não possuem metodologia que permitam a reprodução dos dados e nem fornecem repostas quantitativas para questões específicas São considerados artigos de revisão narrativas e são qualitativos Um artigo de Revisão Narrativa é constituído de Introdução Desenvolvimento texto dividido em seções definidas pelo autor com títulos definidas pelo autor com títulos e subtítulos de acordo com as abordagens do assunto Comentários e Referências ROTHER 2007 Exemplo de artigo revisão narrativa Ana MCS Dayse MG Mariana S Dor aguda e crônica revisão narrativa da literatura Acta Paul Enferm 201225Número Especial 11504 34 Considerações finais O tipo de estudo e o delineamento de uma pesquisa é decidido de acordo com os objetivos prédeterminados da pesquisa além do tempo e orçamento disponível Um estudo pode ser classificado de várias formas dependendo do ângulo em que é observado Há uma pirâmide de classificação dos artigos de acordo com seu nível de evidência no mundo científico no topo se encontra os artigos de alta qualidade e a base formada pelos artigos de menor qualidade os quais possuem mais erro e viés PAOLUCCI 2007 Figura 1 Pirâmide de nível de evidência científica Fonte Oliveira 2007 35 Referências Ana MCS Dayse MG Mariana S Dor aguda e crônica revisão narrativa da literatura Acta Paul Enferm 201225Número Especial 11504 Aragão J Tavares M Como Preparar Um Relato De Caso Clínico Cadernos UniFOA Volta Redonda ano IV n 9 abril 2009 Disponível em httpwwwunifoaedubrportalpesqcadernoedicao0959pdf Barbato PR Nagano HCM Zanchet FN Boing AF Peres MA Perdas dentárias e fatores sociais demográficos e de serviços associados em adultos brasileiros uma análise dos dados do estudo epidemiológico nacional Projeto SB Brasil 20022003 Cad Saúde Pública 2007 238 18031814 Becker HS Métodos de pesquisa em ciências sociais 2a ed São Paulo HUCITEC 1994 Bonita R Beaglehole R Kjellstrom T Epidemiologia Básica São Paulo Santos 2010 Fontelles MJ Simões MG Farias SH Fontelles RGS Metodologia da pesquisa científica diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa Scientific research methodology guidelines for elaboration of a research protocol Rev Para Med Rev Para Med Impr 233 julset 2009 Franklin D Elizabete JP Ana Marlúcia AO Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia Brasil Cad Saúde Pública 2012 2881614 Freire MCM Pattussi MP Tipos de estudos IN ESTRELA C Metodologia científica Ciência ensino e pesquisa 3ª ed Porto Alegre Artes Médicas 2018 p109127 Gil AC Métodos e técnicas de pesquisa social 4 ed São Paulo Atlas 1994 p 207 36 Gomes M Santos F Santos DV Travassos GH Conte TU Evoluindo uma técnica de avaliação de usabilidade através de Estudos in Vitro e in Vivo IX Simpósio Brasileiro de qualidade de Software 2010 229244 Grasiela P Wilton RM Andressa VC Felipe FE Renata C Danilo SS Mortalidade em Idosos por doenças cardiovasculares Análise comparativa de dois quinquênios Arq Bras Cardiol 2015 1054 371380 Hochman B Nahas FX Oliveira Filho RS Ferreira LM Desenhos de pesquisa São Paulo Acta Cir Bras 2005 20 2 Josimar SM Maria AAp Maria JCB Maria AAC Maria JCC Estudo casocontrole sobre exposição precoce ao leite de vaca e ocorrência de Diabetes Mellitus tipo 1 em Campina Grande Paraíba Ver Bras Saúde Matern Infant Recife 2003 33 271280 Lima AR Marinho EM Silva J Marinho MM Marinho ES Estudo in sílico do flavonoide antitrombótico ternatin presente nos capítulos florais de egletes viscosa less Macelada Terra Revista Expressão Católica Saúde 2017 21 Marcia ACO Vanessa ECS Andreia BFC Maria GQM Michelle AVP Viviane VM Catetetização venosa periférica por profissionais de enfermagem estudo observacional Ver enferm UFPE online Recife 2017 113 12621268 Morais AP Souza IPR Chevitarese O Estudo in situ do esmalte dental humano após aplicação de tetrafluoreto de titânio Pesq Odont Bras 2000 14 2 137143 Nebel WL Os diferentes delineamentos de pesquisa e suas particularidades na terapia intensiva Rev Bras Ter Intensiva 2016283256260 37 Oliveira GJ Oliveira ES Leles CR Tipos de delineamento de pesquisa de estudos publicados em periódicos odontológicos brasileiros Rev Odonto ciência 2007 2255 Oliveira MA Vellarde GC Sá RAM Entendendo a pesquisa clínica III estudos de coorte Femina 2015 433 Paolucci R Como praticar a medicina baseada em evidências J Vasc Bras 2007 6114 Pereira AS Carmo Filho JR Tognim MCB Sader HS Avaliação da acurácia de testes laboratoriais para detecção de amostras de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro estendido Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 2003 394 301 308 Pereira MG Epidemiologia teoria e prática Rio de Janeiro Guanabara Koogan1995 Porta M A dictionary of epidemiology 6th ed New York Oxford University Press 2014 Pound P Ebrahim S Sandercock P Bracken MB Roberts I Where is the evidence that animal research benefits humans Br Med J 32851417 2004 Rêgo MA Estudos casocontrole Uma breve revisão Gaz Méd Bahia 2010 801 101110 Rother ET Revisão sistemática x Revisão narrativa Acta Paul Enferm 2007202 Sampaio RF Mancini MC Estudos de revisão sistemática Um guia para síntese criteriosa da evidência científica Rev Bras Fisioter 2007111 8389 Santos FG Aguiar YPC Cavalcanti AL Caracterização metodológica dos estudos in situ sobre erosão dentária Uma abordagem atual Revista Brasileira de ciência da saúde 2014 171 105112 Souza AP et al Dental manifestations of patient with Vitamin Dresistant rickets J Appl Oral Sci 2013 216 601606 38 Souza E Espindola M Diegoli NM Kuroshima KN Avaliação da alteração de cor de diferentes compósitos restauradores RGO 2006 541 4346 Taets GGC Figueiredo NMA A quaseexperimental nursing study on pain in comatose patients Ver Bras Enferm 2016 695 8716 TESTON EF et al Consulta de enfermagem e controle cardiometabólico de diabéticos ensaio clínico randomizado Rev Bras Enferm 2017 70 3 468474 Valéria P Maria Márcia B Erika AS Autoavaliação da saúde por idosos brasileiros revisão sistemática da literatura Rev Panam Salud Publica 2013 334 Ventin D Topografia de restaurações realizadas através do tratamento restaurador atraumático ART Estudo Piloto in vivo Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e clínica integrada 2007 73 Ventura MM O Estudo de Caso como Modalidade de Pesquisa Rev SOCERJ205383386 setembrooutubro 2007 Vicente Filomena Et al Estudo longitudinal dos fatores associados à evolução de sintomas depressivos em idosos institucionalizados J bras Psiquiatr 2014 63 4 308316