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Instalações Elétricas
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Texto de pré-visualização
MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO MÓDULO VI GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CASA MILITAR DA GOVERNADORIA COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL BRIGADAS ESCOLARES DEFESA CIVIL NA ESCOLA MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 2013 AUTORES 1º Tenente QOBM LUCAS FRATES SIMIANO Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná 1º Sargento QPM 20 LUIZ FERNANDO SILVA BAUMEL Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná Nota importante Este material foi desenvolvido especialmente para o Curso de Formação de Brigadistas Escolares Qualquer informação complementar críticas e contribuições serão sempre bemvindas e podem ser direcionadas à equipe utilizandose o email defesacivilcasamilitar prgovbr A reprodução total ou parcial deste material é permitida desde que citada a fonte Coordenação de Formação Continuada e Educação a Distância Rosângela Menta Mello Design Instrucional Conteúdos para EaD Ana Sueli Vandressen Eliane do Rocio Vieira Marcos Afonso Zanon Marineiva de Mello Suelen Fernanda Machado Valéria Antunes Frederico Wilson Brasílio Coordenação de Mídia Impressa e Web Mônica Schreiber Revisão Textual Cássia Regina C de Freitas Helen Jossania Goltz Tatiane Valéria Rogério de Carvalho Coordenação de Multimeios Eguimara Selma Branco Ilustradores Jocelin José Vianna da Silva Will Stopinski Fotografia Marcio Roberto Neves Padilha Projeto Gráfico William Alberto de Oliveira Diagramação Fernanda Serrer SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO7 2 TEORIA BÁSICA DO FOGO 7 21 CONCEITO DE FOGO7 22 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO7 221 Combustível8 2211 Sólidos 8 2212 Líquidos 9 2213 Gasosos 9 222 Comburente 9 223 Calor 10 224 Reação em cadeia 10 3 FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO 10 31 CONDUÇÃO10 32 CONVECÇÃO 10 33 IRRADIAÇÃO10 4 PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO 10 5 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO 11 51 EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO11 53 EXTINÇÃO ISOLAMENTO12 54 EXTINÇÃO QUÍMICA12 6 CLASSES DE INCÊNDIO12 61 CLASSE A 12 62 CLASSE B 12 63 CLASSE C13 64 CLASSE D13 65 CLASSE K 13 7 EXTINTORES DE INCÊNDIO13 71 EXTINTORES DE ÁGUA14 712 Água Pressurizada14 713 Águagás14 72 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA14 73 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO15 74 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO16 75 EXTINTOR DE PÓ MULTIUSO ABC16 76 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO ESPECIAL17 77 OUTROS AGENTES EXTINTORES17 8 INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS17 81 INCÊNDIOS17 82 CONFINAMENTO PELO FOGO18 83 OUTRAS RECOMENDAÇÕES18 84 DEVERES E OBRIGAÇÕES18 REFERÊNCIAS19 MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 7 1 INTRODUÇÃO Combater princípios de incêndios pode parecer um assunto simples a primeira vista Porém quando verificamos a quantidade de variáveis existentes constatamos a importância de uma base teórica fundamentada e de treinamentos constantes Esta apostila procurará transmitir as informações básicas para que uma pessoa possa agir neste tipo de situação e saiba tomar as providências necessárias também em caso de incêndios de maiores proporções 2 TEORIA BÁSICA DO FOGO Iniciando o estudo é de fundamental importância conhecermos os elementos que compõem o fogo para que possamos entender as relações existentes quanto a formas de propagação e de extinção de incêndios 21 CONCEITO DE FOGO O fogo nada mais é do que uma reação química que libera luz e calor Essa reação química decorre de uma mistura de gases a altas temperaturas que emite radiação geralmente visível Diante disso pode ser que alguém esteja se perguntando nesse momento Gases Mas quando eu vou fazer churrasco eu coloco fogo na madeira e eu vejo ela queimando A explicação para isso é simples Basta entendermos que todo material quando aquecido a determinada temperatura libera gases e são esses gases que de fato pegam fogo 22 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO Sabendo que o fogo é uma reação química devemos conhecer quais são os elementos que compõem essa reação A teoria nos diz que são 3 elementos básicos combustível comburente e calor Esses três elementos reagindo em cadeia dão origem ao fogo A literatura denomina esses elementos bem como a relação entre eles por triângulo do fogo ou tetraedro do fogo este último mais recente considerando também a reação em cadeia Fonte MultimeiosSeed MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 8 Fonte MultimeiosSeed Logo é de extrema importância que seja entendido como age cada um desses elementos e como eles se relacionam 221 Combustível Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de combustíveis e consequentemente à gasolina ao etanol e ao diesel tendo esses líquidos como a única forma existente de combustível Esse pensamento é errôneo É fundamental que se entenda que combustível é toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão Sendo assim podemos ainda classificar combustível como líquidos sólidos e gasosos ao passo que existem substâncias nos mais diferentes estados que atendem ao pressuposto inicial 2211 Sólidos Quanto maior a superfície exposta mais rápido será o aquecimento do material e consequentemente o processo de combustão A madeira o papel os cereais e o algodão são exemplos de combustíveis sólidos Fonte httpwwwglobetaskcomwpcontent uploads201011Newspapersjpg Fontehttpphotographicdictionarycomsites photographicdictionarycomfilesphotosssackjpg Fonte httpuploadwikimediaorgwikipedia commonsthumb88cMadeira136jpg481px Madeira136jpg MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 9 2212 Líquidos Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que podem dificultar a extinção do fogo aumentando o perigo a quem venha o combater Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido ou seja sua capacidade de misturarse com outros líquidos É importante saber que a água e os líquidos derivados do petróleo hidrocarbonetos têm pouca solubilidade ao passo que líquidos como álcool e acetona solventes polares têm grande solubilidade isto é podem ser diluídos até um ponto em que a mistura não seja inflamável Outra propriedade é a volatilidade que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores Também é de grande importância visto que quanto mais volátil for o líquido maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão Quanto à volatilidade os líquidos podem ser classificados em líquidos inflamáveis aqueles que têm ponto de fulgor abaixo dos 38C gasolina álcool acetona e líquidos combustíveis aqueles que têm ponto de fulgor acima dos 38C óleos lubrificantes e vegetais glicerina Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm Se derramados os líquidos tomam a forma do piso fluem e se acumulam nas partes mais baixas Tomando como base o peso da água cujo litro pesa 1 Kgf classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água e portanto flutuam sobre ela 2213 Gasosos Os gases não têm volume definido tendendo rapidamente a ocupar todo o recipiente em que estão contidos Se o peso do gás é menor que o peso do ar no caso do GN o gás tende a subir e dissiparse Mas se o peso do gás é maior que o peso do ar no caso do GLP Gás Liquefeito de Petróleo o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento obedecendo aos contornos do terreno 222 Comburente É o elemento que ativa e dá vida à combustão se combinado com os vapores inflamáveis dos combustíveis O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis Dependendo da concentração que está no ar inferior a 16 fica incapaz de sustentar a combustão Porém além do oxigênio há outros gases que podem se comportar como comburentes para determinados combustíveis Assim o hidrogênio queima no meio do cloro os metais leves lítio sódio potássio magnésio etc queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre O magnésio e o titânio em particular e se finamente divididos podem queimar ainda em atmosfera de gases normalmente inertes como o dióxido de carbono e o azoto MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 10 223 Calor O calor é uma forma de energia É o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague Verificase que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para prover calor necessário para o início de uma combustão 224 Reação em cadeia Os elementos combustível comburente e calor isoladamente não produzem fogo Quando interagem entre si realizam a reação em cadeia gerando a combustão e permitindo que ela se automantenha Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto elemento porém analisando a função dela na combustão verificase que ela nada mais é do que a interação do combustível do comburente e do calor 3 FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO É de importância indiscutível nos trabalhos de extinção ou nos trabalhos de prevenção o conhecimento das maneiras que o calor poderá ser transmitido As formas de transmissão de calor de um corpo para o outro ou para um meio são condução convecção e irradiação Cabe ressaltar que em algumas situações podemos ter mais de uma forma de propagação envolvida na transmissão do fogo 31 CONDUÇÃO É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou em um mesmo corpo de molécula para molécula Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual ou seja molécula a molécula 32 CONVECÇÃO Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida de um ambiente para o outro por meio de compartimentações Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas e em minutos outro edifício que não tem ligação direta nem elemento físico os ligando também começa a pegar fogo Isso geralmente ocorre pela transmissão de calor por massa de ar aquecida 33 IRRADIAÇÃO É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço Um bom exemplo é a transmissão de calor do sol para a terra através dos raios solares 4 PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO Os combustíveis são transformados pelo calor e a partir desta transformação é eles se combinam com o oxigênio resultando na combustão Essa transformação desenvolvese em temperaturas diferentes à medida que o material vai sendo aquecido MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 11 Para melhor entendimento será descrito como se decorre o processo Com o aquecimento de um combustível chegase a uma temperatura em que o material começa a liberar vapores que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor Neste ponto chamado de Ponto de Fulgor as chamas não se mantêm devido à pequena quantidade de vapores Prosseguindo no aquecimento atingese uma temperatura em que os gases desprendidos do material ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor iniciam a combustão e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte Esse ponto é chamado de Ponto de Combustão Continuando o aquecimento atingese um ponto no qual o combustível exposto ao ar entra em combustão sem que haja fonte externa de calor Esse ponto é chamado de Ponto de Ignição O quadro a seguir apresenta os pontos de fulgor e de ignição de alguns combustíveis COMBUSTÍVEL Ponto de Fulgor Ponto de Ignição Éter Álcool Gasolina Óleo Lubrificante Óleo de Linhaça Óleo Diesel 40C 13C 42C 168C 222C 55C 160C 371C 257C 417C 343C 300C 5 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO Considerando a teórica básica do fogo concluímos que o fogo só existe quando estão presentes em proporções ideais o combustível o comburente e o calor reagindo em cadeia Calcado nesses conhecimentos concluímos que quebrando a reação em cadeia e isolando um dos elementos do fogo teremos interrupção da combustão Destes pressupostos retiramos os métodos de extinção do fogo extinção por resfriamento extinção por abafamento extinção por isolamento e extinção química 51 EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO Este método consiste na diminuição da temperatura e consequentemente na diminuição do calor O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e finalmente se apague O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água Fonte httpfireathletebootcampcomwpcontentCimyHeaderImages0 fireathletebootcampslide8jpg MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 12 52 EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO Este método consiste em impedir que o COMBURENTE geralmente o oxigênio permaneça em contato com o combustível numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão Para as combustões alimentadas pelo oxigênio como já observado no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16 a combustão deixará de existir Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo 53 EXTINÇÃO ISOLAMENTO O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação Existem duas técnicas que contemplam esse método através da retirada do material que está queimando através da retirada do material que está próximo ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos de propagação 54 EXTINÇÃO QUÍMICA O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a mistura inflamável vapores liberados do combustível e comburente a fim de tornar essa mistura não inflamável Logo esse método não atua diretamente num elemento do fogo e sim na reação em cadeia como um todo 6 CLASSES DE INCÊNDIO Para se combater um incêndio usando os métodos adequados extinção rápida e segura há a necessidade de entendermos quais são as características que definem os combustíveis Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo do tema sendo elas Classe A sólidos combustíveis Classe B líquidos e gases combustíveis Classe C materiais energizados Classe D metais pirofóricos e classe K óleos e gorduras Já se fala também em uma nova classe a Classe E que representa os materiais químicos e radioativos Como essa nova classe ainda não é reconhecida internacionalmente não nos aprofundaremos nela 61 CLASSE A Definição são os incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis sólidos Características queimam em razão do seu volume isto é em superfície e profundidade Esse tipo de combustível deixa resíduos cinzas ou brasas Exemplos madeira papel borracha cereais tecidos etc Extinção geralmente o incêndio nesse tipo de material é apagado por resfriamento 62 CLASSE B Definição são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou gases combustíveis Características a queima é feita através da sua superfície e não deixa resíduos Exemplos GLP óleos gasolina éter butano etc Extinção por abafamento MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 13 63 CLASSE C Definição são os incêndios ocorridos em materiais energizados Características oferecem alto risco à vida na ação de combate pela presença de eletricidade Quando desconectamos o equipamento da sua fonte de energia se não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia podemos tratar como incêndio em classe A ou classe B Exemplos transformadores motores interruptores etc Extinção agentes extintores que não conduzam eletricidade ficando vedados a água e o gás carbônico 64 CLASSE D Definição são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos Características irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apagados Exemplos rodas de magnésio potássio alumínio em pó titânio sódio etc Extinção através do abafamento não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção desse tipo de incêndio 65 CLASSE K Definição são os incêndios em banha gordura e óleos voltados ao cozimento de alimentos Características é uma classe de muita periculosidade ao passo que o trato de banha gordura e óleos é bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais Exemplos incêndios em cozinhas quando a banha a gordura e os óleos são aquecidos Extinção JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA Essa classe reage perigosamente com água gerando explosões e ferindo quem estiver próximo O método mais indicado de combater o incêndio nessa classe é através do abafamento 7 EXTINTORES DE INCÊNDIO A finalidade do extintor é realizar o combate imediato e rápido em pequenos focos de incêndio Sendo assim o extintor não deve ser considerado como substituto de sistemas de extinção mais complexos mais sim como equipamento adicional É fundamental que o brigadista entenda a diferença entre os tipos de extintores e saiba como deve utilizálos em situações de incêndio Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de incêndio não deve justificar qualquer demora no acionamento no sistema de alarme geral e na mobilização de maiores recursos mesmo quando perecer que o fogo pode ser dominado rapidamente MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 14 Na sequência serão expostos os tipos mais comuns de extintores relacionandoos à finalidade a que se destinam e explicando como devem ser operados 71 EXTINTORES DE ÁGUA Extintor de incêndio do tipo carga de água é aquele cujo agente é a água expelida por meio de um gás Quanto à operação eles podem ser 712 Água Pressurizada É aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás expelente Sua carga é mantida sob pressão permanente 713 Águagás É aquele que possui uma câmara um recipiente de água e um cilindro de alta pressão contendo o gás expelente A pressurização só se dá no momento da operação Os extintores de água são aparelhos destinados a extinguir pequenos focos de incêndio Classe A como por exemplo em madeiras papéis e tecidos Manejo Retirar o extintor do suporte e leválo até o local onde será utilizado Retirar o esguicho do suporte apontando para a direção do fogo Romper o lacre da ampola do gás expelente Abrir totalmente o registro da ampola Dirigir o jato dágua para a base do fogo Manutenção Para que possamos manter o extintor de água em perfeitas condições devemos Inspecionar frequentemente os extintores Recarregar imediatamente após o uso Anualmente verificar a carga e o cilindro Periodicamente verificar o nível da água avarias na junta de borracha selo entupimento da mangueira e do orifício de segurança da tampa Verificação do peso da ampola semestralmente Observação Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma Coloca em risco a vida do operador O alcance do jato é de aproximadamente 08 oito metros 72 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Indicado para princípios de incêndio na Classe B também podendo ser utilizado para combater um incêndio de Classe A porém com menor eficácia MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 15 Neste tipo de aparelho extintor o cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de sódio mais o agente estabilizador A solução de sulfato de alumínio é colocado em um outro recipiente que vai internamente no cilindro separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz Manejo Retirase o aparelho do suporte conduzindoo até as proximidades do incêndio mantendoo sempre na posição vertical procurando evitar movimentos bruscos durante o seu transporte Inverter a sua posição de cabeça para baixo agitandoo de modo a facilitar a reação Dirigir o jato sobre a superfície do combustível procurando principalmente nos líquidos espargir a carga de maneira a formar uma camada em toda a superfície para o abafamento Permanecese com o aparelho na posição invertida até terminar a carga Manutenção Para que possamos ter um extintor de espuma em perfeitas condições de uso é importante saber Deve ser vistoriado mensalmente Sua carga e o poder de reação das soluções devem ser examinados a cada seis meses Sua carga deve ser renovada anualmente mesmo que ele não seja usado Após o uso o extintor de espuma deve tão logo seja possível ser lavado internamente para que os resíduos da reação química não afetem as paredes do cilindro pela corrosão Após o seu uso fazer a recarga o mais breve possível Observação Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma pois coloca em risco a vida do operador 73 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO É um gás inerte sem cheiro e sem cor Devido à sua capacidade condutora ser praticamente nula o CO2 é muito usado em incêndios de Classe C A sua forma de agir é por abafamento podendo também ser utilizado nas classes A somente no seu início e B em ambientes fechados Manejo Para utilizar o extintor de CO2 o operador deve proceder da seguinte maneira Retire o aparelho do suporte e leveo até o local onde será utilizado Retire o grampo de segurança Empunhe o difusor com firmeza Aperte o gatilho Dirija a nuvem de gás para a base da chama fazendo movimentos circulares com o difusor Não encoste o difusor no equipamento MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 16 Manutenção Os extintores de CO2 devem ser inspecionados e pesados mensalmente Se a carga do cilindro apresentar uma perda superior a 10 de sua capacidade deverá ser recarregado A cada 5 anos devem ser submetidos a testes hidrostáticos Este teste deve ser feito por firma especializada de acordo com normas da ABNT Observação Como atua por abafamento o CO2 deve ser aplicado de forma homogênea e rápida pois dissipase com muita facilidade 74 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO Os extintores com pó químico utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio o mais comum ou o bicarbonato de potássio Especialmente indicado para princípios de incêndio das Classes B e C O extintor de pó químico pressurizado utiliza como propelente o nitrogênio que sendo um gás seco e incombustível pode ser acondicionado com o pó no mesmo cilindro O extintor de pó químico a pressurizar utiliza como propelente o gás carbônico CO2 que por ser um gás úmido vem armazenado em uma ampola de aço ligada ao extintor Manejo Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo Pressurizado Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado observar a direção do vento Rompese o lacre Destravase o gatilho comprimindo a trava para a frente com o dedo polegar Acionase o gatinho dirigindo o jato para a base do fogo À Pressurizar Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado observar a direção do vento Acionar a válvula do cilindro de gás Destravase o gatilho comprimindo a trava para frente com o dado polegar Empunhar a pistola difusora Acionase o gatilho dirigindo o jato para a base do fogo Manutenção Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente 75 EXTINTOR DE PÓ MULTIUSO ABC Os extintores com pó químico multiuso são à base de Monofosfato de Amônia siliconizado como agente extintor É indicado para princípios de incêndio das Classes A B e C MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 17 Manejo Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde vai ser usado observar a direção do vento Rompese o lacre Destravase o gatilho comprimindo a trava para frente com o dedo polegar Acionase o gatinho dirigindo o jato para a base do fogo Manutenção Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente 76 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO ESPECIAL É o agente extintor indicado para incêndios da Classe D Ele age por abafamento Assista o vídeo sobre manejo de extintores portáteis acessando o link httpwwwdefesacivilprgovbr modulesvideoshowvideophpvideo7710 77 OUTROS AGENTES EXTINTORES Consideremos que em sua escola você se depara com um incêndio Classe D ou mesmo um incêndio Classe K e não possui um extintor de pó químico especial O que pode ser feito No capítulo 5 verificamos a teoria acerca da extinção de incêndios e foram entendidos quais são os princípios de combate a incêndios Logo compreendendo bem essa teoria podese utilizar dos chamados meios de fortuna Nestes casos meios de fortuna são aqueles em que improvisamos agentes extintores a fim de combater um incêndio com base na teoria de extinção de incêndios Sendo assim se nos depararmos com incêndio Classe D podemos cobrir o combustível com terra cortando o comburente oxigênio e apagar o fogo dessa forma Na cozinha se não houver um extintor específico para a Classe K ao visualizarmos gordura em chamas dentro de uma panela podemos molhar um pano e tampar a superfície cortando o oxigênio Desta forma O CONHECIMENTO DE TODA TEORIA É FUNDAMENTAL ao passo que todos os fatores expostos nessa apostila estão relacionados Somente com todo esse conhecimento em mente e treinamento você estará preparado para atuar no combate a princípio de incêndio 8 INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS1 81 INCÊNDIOS Mantenha a calma Lembrese agora você possui conhecimentos diferenciados sobre incêndios no seu local de trabalho Se existe alguém que possa resolver a situação esse alguém é você Acione o Corpo de Bombeiros ligando 193 1 As informações do tópico 8 sofreram adaptação do conteúdo existente no site httpwwwfundacentrogovbrdominiosctnanexoscdnr10manuais módulo028manual20de20proteção20e20combate20a20incêndiospdf Acesso em ago 2013 MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 18 Acione o botão de alarme mais próximo Use extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo Se não conseguir combater o incêndio faça a retirada de todas as pessoas do local e tente isolar os materiais combustíveis e protejer os equipamentos Desligue o quadro de luz Existindo muita fumaça no ambiente ou no local atingido use um lenço como máscara se possível molhado cobrindo o nariz e a boca Para se proteger do calor irradiado pelo fogo sempre que possível mantenha molhadas as roupas cabelos sapatos ou botas 82 CONFINAMENTO PELO FOGO Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça Mantenhase agachado bem próximo ao chão onde o calor é menor e existe menos fumaça No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo molhe todo o corpo roupas e sapatos encharque uma cortina e enrolese nela Molhe um lenço e amarreo junto à boca e ao nariz e atravesse o mais rápido que puder 83 OUTRAS RECOMENDAÇÕES Não suba as escadas procure sempre descer Não respire pela boca somente pelo nariz Não tire as roupas pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação Se for o caso tire apenas a gravata ou roupas de nylon Se suas roupas se incendiarem joguese no chão e role lentamente Elas se apagarão por abafamento Ao descer escadarias retire sapatos de salto alto e meias escorregadias 84 DEVERES E OBRIGAÇÕES Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho inclusive as rotas de fuga Participe ativamente dos treinamentos teóricos práticos e reciclagens que lhe forem ministrados Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio quando necessário e possível adotadas na Escola MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 19 REFERÊNCIAS FUNDACENTRO Manual de Proteção e Combate a Incêndios Disponível em httpwwwfundacentrogovbr dominiosctnanexoscdNr10ManuaisMódulo028Manual20de20Proteção20e20Combate20a20 Incêndiospdf Acesso em ago 2013 MARIANO Vanderlei Manual de Combate a Incêndio Curso de Formação de Soldados BM Curitiba 1993 NORMA REGULAMENTADORA NR 23 Proteção Contra Incêndios 2011 NORMA BRASILEIRA NBR 14276 Formação de Brigada de Incêndio 2006 PARANÁ Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico Corpo de Bombeiros do Paraná 2011 PARANÁ Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná Manual de Combate a Incêndio Oficiais alunos do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios 2008
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MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO MÓDULO VI GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CASA MILITAR DA GOVERNADORIA COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL BRIGADAS ESCOLARES DEFESA CIVIL NA ESCOLA MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 2013 AUTORES 1º Tenente QOBM LUCAS FRATES SIMIANO Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná 1º Sargento QPM 20 LUIZ FERNANDO SILVA BAUMEL Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná Nota importante Este material foi desenvolvido especialmente para o Curso de Formação de Brigadistas Escolares Qualquer informação complementar críticas e contribuições serão sempre bemvindas e podem ser direcionadas à equipe utilizandose o email defesacivilcasamilitar prgovbr A reprodução total ou parcial deste material é permitida desde que citada a fonte Coordenação de Formação Continuada e Educação a Distância Rosângela Menta Mello Design Instrucional Conteúdos para EaD Ana Sueli Vandressen Eliane do Rocio Vieira Marcos Afonso Zanon Marineiva de Mello Suelen Fernanda Machado Valéria Antunes Frederico Wilson Brasílio Coordenação de Mídia Impressa e Web Mônica Schreiber Revisão Textual Cássia Regina C de Freitas Helen Jossania Goltz Tatiane Valéria Rogério de Carvalho Coordenação de Multimeios Eguimara Selma Branco Ilustradores Jocelin José Vianna da Silva Will Stopinski Fotografia Marcio Roberto Neves Padilha Projeto Gráfico William Alberto de Oliveira Diagramação Fernanda Serrer SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO7 2 TEORIA BÁSICA DO FOGO 7 21 CONCEITO DE FOGO7 22 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO7 221 Combustível8 2211 Sólidos 8 2212 Líquidos 9 2213 Gasosos 9 222 Comburente 9 223 Calor 10 224 Reação em cadeia 10 3 FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO 10 31 CONDUÇÃO10 32 CONVECÇÃO 10 33 IRRADIAÇÃO10 4 PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO 10 5 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO 11 51 EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO11 53 EXTINÇÃO ISOLAMENTO12 54 EXTINÇÃO QUÍMICA12 6 CLASSES DE INCÊNDIO12 61 CLASSE A 12 62 CLASSE B 12 63 CLASSE C13 64 CLASSE D13 65 CLASSE K 13 7 EXTINTORES DE INCÊNDIO13 71 EXTINTORES DE ÁGUA14 712 Água Pressurizada14 713 Águagás14 72 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA14 73 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO15 74 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO16 75 EXTINTOR DE PÓ MULTIUSO ABC16 76 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO ESPECIAL17 77 OUTROS AGENTES EXTINTORES17 8 INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS17 81 INCÊNDIOS17 82 CONFINAMENTO PELO FOGO18 83 OUTRAS RECOMENDAÇÕES18 84 DEVERES E OBRIGAÇÕES18 REFERÊNCIAS19 MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 7 1 INTRODUÇÃO Combater princípios de incêndios pode parecer um assunto simples a primeira vista Porém quando verificamos a quantidade de variáveis existentes constatamos a importância de uma base teórica fundamentada e de treinamentos constantes Esta apostila procurará transmitir as informações básicas para que uma pessoa possa agir neste tipo de situação e saiba tomar as providências necessárias também em caso de incêndios de maiores proporções 2 TEORIA BÁSICA DO FOGO Iniciando o estudo é de fundamental importância conhecermos os elementos que compõem o fogo para que possamos entender as relações existentes quanto a formas de propagação e de extinção de incêndios 21 CONCEITO DE FOGO O fogo nada mais é do que uma reação química que libera luz e calor Essa reação química decorre de uma mistura de gases a altas temperaturas que emite radiação geralmente visível Diante disso pode ser que alguém esteja se perguntando nesse momento Gases Mas quando eu vou fazer churrasco eu coloco fogo na madeira e eu vejo ela queimando A explicação para isso é simples Basta entendermos que todo material quando aquecido a determinada temperatura libera gases e são esses gases que de fato pegam fogo 22 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO Sabendo que o fogo é uma reação química devemos conhecer quais são os elementos que compõem essa reação A teoria nos diz que são 3 elementos básicos combustível comburente e calor Esses três elementos reagindo em cadeia dão origem ao fogo A literatura denomina esses elementos bem como a relação entre eles por triângulo do fogo ou tetraedro do fogo este último mais recente considerando também a reação em cadeia Fonte MultimeiosSeed MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 8 Fonte MultimeiosSeed Logo é de extrema importância que seja entendido como age cada um desses elementos e como eles se relacionam 221 Combustível Muitas pessoas aliam o termo combustível aos postos de combustíveis e consequentemente à gasolina ao etanol e ao diesel tendo esses líquidos como a única forma existente de combustível Esse pensamento é errôneo É fundamental que se entenda que combustível é toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão Sendo assim podemos ainda classificar combustível como líquidos sólidos e gasosos ao passo que existem substâncias nos mais diferentes estados que atendem ao pressuposto inicial 2211 Sólidos Quanto maior a superfície exposta mais rápido será o aquecimento do material e consequentemente o processo de combustão A madeira o papel os cereais e o algodão são exemplos de combustíveis sólidos Fonte httpwwwglobetaskcomwpcontent uploads201011Newspapersjpg Fontehttpphotographicdictionarycomsites photographicdictionarycomfilesphotosssackjpg Fonte httpuploadwikimediaorgwikipedia commonsthumb88cMadeira136jpg481px Madeira136jpg MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 9 2212 Líquidos Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que podem dificultar a extinção do fogo aumentando o perigo a quem venha o combater Uma propriedade a ser considerada é a solubilidade do líquido ou seja sua capacidade de misturarse com outros líquidos É importante saber que a água e os líquidos derivados do petróleo hidrocarbonetos têm pouca solubilidade ao passo que líquidos como álcool e acetona solventes polares têm grande solubilidade isto é podem ser diluídos até um ponto em que a mistura não seja inflamável Outra propriedade é a volatilidade que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores Também é de grande importância visto que quanto mais volátil for o líquido maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão Quanto à volatilidade os líquidos podem ser classificados em líquidos inflamáveis aqueles que têm ponto de fulgor abaixo dos 38C gasolina álcool acetona e líquidos combustíveis aqueles que têm ponto de fulgor acima dos 38C óleos lubrificantes e vegetais glicerina Geralmente os líquidos assumem a forma do recipiente que os contêm Se derramados os líquidos tomam a forma do piso fluem e se acumulam nas partes mais baixas Tomando como base o peso da água cujo litro pesa 1 Kgf classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais pesados É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água e portanto flutuam sobre ela 2213 Gasosos Os gases não têm volume definido tendendo rapidamente a ocupar todo o recipiente em que estão contidos Se o peso do gás é menor que o peso do ar no caso do GN o gás tende a subir e dissiparse Mas se o peso do gás é maior que o peso do ar no caso do GLP Gás Liquefeito de Petróleo o gás permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento obedecendo aos contornos do terreno 222 Comburente É o elemento que ativa e dá vida à combustão se combinado com os vapores inflamáveis dos combustíveis O oxigênio é o comburente comum à imensa maioria dos combustíveis Dependendo da concentração que está no ar inferior a 16 fica incapaz de sustentar a combustão Porém além do oxigênio há outros gases que podem se comportar como comburentes para determinados combustíveis Assim o hidrogênio queima no meio do cloro os metais leves lítio sódio potássio magnésio etc queimam no meio do vapor de água e o cobre queima no meio de vapor de enxofre O magnésio e o titânio em particular e se finamente divididos podem queimar ainda em atmosfera de gases normalmente inertes como o dióxido de carbono e o azoto MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 10 223 Calor O calor é uma forma de energia É o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague Verificase que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para prover calor necessário para o início de uma combustão 224 Reação em cadeia Os elementos combustível comburente e calor isoladamente não produzem fogo Quando interagem entre si realizam a reação em cadeia gerando a combustão e permitindo que ela se automantenha Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto elemento porém analisando a função dela na combustão verificase que ela nada mais é do que a interação do combustível do comburente e do calor 3 FORMAS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO É de importância indiscutível nos trabalhos de extinção ou nos trabalhos de prevenção o conhecimento das maneiras que o calor poderá ser transmitido As formas de transmissão de calor de um corpo para o outro ou para um meio são condução convecção e irradiação Cabe ressaltar que em algumas situações podemos ter mais de uma forma de propagação envolvida na transmissão do fogo 31 CONDUÇÃO É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou em um mesmo corpo de molécula para molécula Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo vem consumindo a madeira do palito de forma gradual ou seja molécula a molécula 32 CONVECÇÃO Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida de um ambiente para o outro por meio de compartimentações Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas e em minutos outro edifício que não tem ligação direta nem elemento físico os ligando também começa a pegar fogo Isso geralmente ocorre pela transmissão de calor por massa de ar aquecida 33 IRRADIAÇÃO É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço Um bom exemplo é a transmissão de calor do sol para a terra através dos raios solares 4 PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO Os combustíveis são transformados pelo calor e a partir desta transformação é eles se combinam com o oxigênio resultando na combustão Essa transformação desenvolvese em temperaturas diferentes à medida que o material vai sendo aquecido MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 11 Para melhor entendimento será descrito como se decorre o processo Com o aquecimento de um combustível chegase a uma temperatura em que o material começa a liberar vapores que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor Neste ponto chamado de Ponto de Fulgor as chamas não se mantêm devido à pequena quantidade de vapores Prosseguindo no aquecimento atingese uma temperatura em que os gases desprendidos do material ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor iniciam a combustão e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte Esse ponto é chamado de Ponto de Combustão Continuando o aquecimento atingese um ponto no qual o combustível exposto ao ar entra em combustão sem que haja fonte externa de calor Esse ponto é chamado de Ponto de Ignição O quadro a seguir apresenta os pontos de fulgor e de ignição de alguns combustíveis COMBUSTÍVEL Ponto de Fulgor Ponto de Ignição Éter Álcool Gasolina Óleo Lubrificante Óleo de Linhaça Óleo Diesel 40C 13C 42C 168C 222C 55C 160C 371C 257C 417C 343C 300C 5 MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO Considerando a teórica básica do fogo concluímos que o fogo só existe quando estão presentes em proporções ideais o combustível o comburente e o calor reagindo em cadeia Calcado nesses conhecimentos concluímos que quebrando a reação em cadeia e isolando um dos elementos do fogo teremos interrupção da combustão Destes pressupostos retiramos os métodos de extinção do fogo extinção por resfriamento extinção por abafamento extinção por isolamento e extinção química 51 EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO Este método consiste na diminuição da temperatura e consequentemente na diminuição do calor O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e finalmente se apague O agente resfriador mais comum e mais utilizado é a água Fonte httpfireathletebootcampcomwpcontentCimyHeaderImages0 fireathletebootcampslide8jpg MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 12 52 EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO Este método consiste em impedir que o COMBURENTE geralmente o oxigênio permaneça em contato com o combustível numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão Para as combustões alimentadas pelo oxigênio como já observado no momento em que a quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16 a combustão deixará de existir Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais desde que esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um determinado tempo 53 EXTINÇÃO ISOLAMENTO O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação Existem duas técnicas que contemplam esse método através da retirada do material que está queimando através da retirada do material que está próximo ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos de propagação 54 EXTINÇÃO QUÍMICA O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a mistura inflamável vapores liberados do combustível e comburente a fim de tornar essa mistura não inflamável Logo esse método não atua diretamente num elemento do fogo e sim na reação em cadeia como um todo 6 CLASSES DE INCÊNDIO Para se combater um incêndio usando os métodos adequados extinção rápida e segura há a necessidade de entendermos quais são as características que definem os combustíveis Existem cinco classes de combustíveis reconhecidas pelos maiores órgãos voltados ao estudo do tema sendo elas Classe A sólidos combustíveis Classe B líquidos e gases combustíveis Classe C materiais energizados Classe D metais pirofóricos e classe K óleos e gorduras Já se fala também em uma nova classe a Classe E que representa os materiais químicos e radioativos Como essa nova classe ainda não é reconhecida internacionalmente não nos aprofundaremos nela 61 CLASSE A Definição são os incêndios ocorridos em materiais fibrosos ou combustíveis sólidos Características queimam em razão do seu volume isto é em superfície e profundidade Esse tipo de combustível deixa resíduos cinzas ou brasas Exemplos madeira papel borracha cereais tecidos etc Extinção geralmente o incêndio nesse tipo de material é apagado por resfriamento 62 CLASSE B Definição são os incêndios ocorridos em combustíveis líquidos ou gases combustíveis Características a queima é feita através da sua superfície e não deixa resíduos Exemplos GLP óleos gasolina éter butano etc Extinção por abafamento MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 13 63 CLASSE C Definição são os incêndios ocorridos em materiais energizados Características oferecem alto risco à vida na ação de combate pela presença de eletricidade Quando desconectamos o equipamento da sua fonte de energia se não houver nenhuma bateria interna ou dispositivo que mantenha energia podemos tratar como incêndio em classe A ou classe B Exemplos transformadores motores interruptores etc Extinção agentes extintores que não conduzam eletricidade ficando vedados a água e o gás carbônico 64 CLASSE D Definição são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos Características irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apagados Exemplos rodas de magnésio potássio alumínio em pó titânio sódio etc Extinção através do abafamento não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção desse tipo de incêndio 65 CLASSE K Definição são os incêndios em banha gordura e óleos voltados ao cozimento de alimentos Características é uma classe de muita periculosidade ao passo que o trato de banha gordura e óleos é bastante comum nas cozinhas residenciais e industriais Exemplos incêndios em cozinhas quando a banha a gordura e os óleos são aquecidos Extinção JAMAIS TENTAR COMBATER COM ÁGUA Essa classe reage perigosamente com água gerando explosões e ferindo quem estiver próximo O método mais indicado de combater o incêndio nessa classe é através do abafamento 7 EXTINTORES DE INCÊNDIO A finalidade do extintor é realizar o combate imediato e rápido em pequenos focos de incêndio Sendo assim o extintor não deve ser considerado como substituto de sistemas de extinção mais complexos mais sim como equipamento adicional É fundamental que o brigadista entenda a diferença entre os tipos de extintores e saiba como deve utilizálos em situações de incêndio Cabe ressaltar que a aplicação dos extintores em princípio de incêndio não deve justificar qualquer demora no acionamento no sistema de alarme geral e na mobilização de maiores recursos mesmo quando perecer que o fogo pode ser dominado rapidamente MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 14 Na sequência serão expostos os tipos mais comuns de extintores relacionandoos à finalidade a que se destinam e explicando como devem ser operados 71 EXTINTORES DE ÁGUA Extintor de incêndio do tipo carga de água é aquele cujo agente é a água expelida por meio de um gás Quanto à operação eles podem ser 712 Água Pressurizada É aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás expelente Sua carga é mantida sob pressão permanente 713 Águagás É aquele que possui uma câmara um recipiente de água e um cilindro de alta pressão contendo o gás expelente A pressurização só se dá no momento da operação Os extintores de água são aparelhos destinados a extinguir pequenos focos de incêndio Classe A como por exemplo em madeiras papéis e tecidos Manejo Retirar o extintor do suporte e leválo até o local onde será utilizado Retirar o esguicho do suporte apontando para a direção do fogo Romper o lacre da ampola do gás expelente Abrir totalmente o registro da ampola Dirigir o jato dágua para a base do fogo Manutenção Para que possamos manter o extintor de água em perfeitas condições devemos Inspecionar frequentemente os extintores Recarregar imediatamente após o uso Anualmente verificar a carga e o cilindro Periodicamente verificar o nível da água avarias na junta de borracha selo entupimento da mangueira e do orifício de segurança da tampa Verificação do peso da ampola semestralmente Observação Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma Coloca em risco a vida do operador O alcance do jato é de aproximadamente 08 oito metros 72 EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA Indicado para princípios de incêndio na Classe B também podendo ser utilizado para combater um incêndio de Classe A porém com menor eficácia MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 15 Neste tipo de aparelho extintor o cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de sódio mais o agente estabilizador A solução de sulfato de alumínio é colocado em um outro recipiente que vai internamente no cilindro separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz Manejo Retirase o aparelho do suporte conduzindoo até as proximidades do incêndio mantendoo sempre na posição vertical procurando evitar movimentos bruscos durante o seu transporte Inverter a sua posição de cabeça para baixo agitandoo de modo a facilitar a reação Dirigir o jato sobre a superfície do combustível procurando principalmente nos líquidos espargir a carga de maneira a formar uma camada em toda a superfície para o abafamento Permanecese com o aparelho na posição invertida até terminar a carga Manutenção Para que possamos ter um extintor de espuma em perfeitas condições de uso é importante saber Deve ser vistoriado mensalmente Sua carga e o poder de reação das soluções devem ser examinados a cada seis meses Sua carga deve ser renovada anualmente mesmo que ele não seja usado Após o uso o extintor de espuma deve tão logo seja possível ser lavado internamente para que os resíduos da reação química não afetem as paredes do cilindro pela corrosão Após o seu uso fazer a recarga o mais breve possível Observação Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma pois coloca em risco a vida do operador 73 EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO É um gás inerte sem cheiro e sem cor Devido à sua capacidade condutora ser praticamente nula o CO2 é muito usado em incêndios de Classe C A sua forma de agir é por abafamento podendo também ser utilizado nas classes A somente no seu início e B em ambientes fechados Manejo Para utilizar o extintor de CO2 o operador deve proceder da seguinte maneira Retire o aparelho do suporte e leveo até o local onde será utilizado Retire o grampo de segurança Empunhe o difusor com firmeza Aperte o gatilho Dirija a nuvem de gás para a base da chama fazendo movimentos circulares com o difusor Não encoste o difusor no equipamento MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 16 Manutenção Os extintores de CO2 devem ser inspecionados e pesados mensalmente Se a carga do cilindro apresentar uma perda superior a 10 de sua capacidade deverá ser recarregado A cada 5 anos devem ser submetidos a testes hidrostáticos Este teste deve ser feito por firma especializada de acordo com normas da ABNT Observação Como atua por abafamento o CO2 deve ser aplicado de forma homogênea e rápida pois dissipase com muita facilidade 74 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO Os extintores com pó químico utilizam os agentes extintores bicarbonato de sódio o mais comum ou o bicarbonato de potássio Especialmente indicado para princípios de incêndio das Classes B e C O extintor de pó químico pressurizado utiliza como propelente o nitrogênio que sendo um gás seco e incombustível pode ser acondicionado com o pó no mesmo cilindro O extintor de pó químico a pressurizar utiliza como propelente o gás carbônico CO2 que por ser um gás úmido vem armazenado em uma ampola de aço ligada ao extintor Manejo Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo Pressurizado Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado observar a direção do vento Rompese o lacre Destravase o gatilho comprimindo a trava para a frente com o dedo polegar Acionase o gatinho dirigindo o jato para a base do fogo À Pressurizar Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado observar a direção do vento Acionar a válvula do cilindro de gás Destravase o gatilho comprimindo a trava para frente com o dado polegar Empunhar a pistola difusora Acionase o gatilho dirigindo o jato para a base do fogo Manutenção Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente 75 EXTINTOR DE PÓ MULTIUSO ABC Os extintores com pó químico multiuso são à base de Monofosfato de Amônia siliconizado como agente extintor É indicado para princípios de incêndio das Classes A B e C MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 17 Manejo Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo Retirase o extintor do suporte e o conduz até o local onde vai ser usado observar a direção do vento Rompese o lacre Destravase o gatilho comprimindo a trava para frente com o dedo polegar Acionase o gatinho dirigindo o jato para a base do fogo Manutenção Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente 76 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO ESPECIAL É o agente extintor indicado para incêndios da Classe D Ele age por abafamento Assista o vídeo sobre manejo de extintores portáteis acessando o link httpwwwdefesacivilprgovbr modulesvideoshowvideophpvideo7710 77 OUTROS AGENTES EXTINTORES Consideremos que em sua escola você se depara com um incêndio Classe D ou mesmo um incêndio Classe K e não possui um extintor de pó químico especial O que pode ser feito No capítulo 5 verificamos a teoria acerca da extinção de incêndios e foram entendidos quais são os princípios de combate a incêndios Logo compreendendo bem essa teoria podese utilizar dos chamados meios de fortuna Nestes casos meios de fortuna são aqueles em que improvisamos agentes extintores a fim de combater um incêndio com base na teoria de extinção de incêndios Sendo assim se nos depararmos com incêndio Classe D podemos cobrir o combustível com terra cortando o comburente oxigênio e apagar o fogo dessa forma Na cozinha se não houver um extintor específico para a Classe K ao visualizarmos gordura em chamas dentro de uma panela podemos molhar um pano e tampar a superfície cortando o oxigênio Desta forma O CONHECIMENTO DE TODA TEORIA É FUNDAMENTAL ao passo que todos os fatores expostos nessa apostila estão relacionados Somente com todo esse conhecimento em mente e treinamento você estará preparado para atuar no combate a princípio de incêndio 8 INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS1 81 INCÊNDIOS Mantenha a calma Lembrese agora você possui conhecimentos diferenciados sobre incêndios no seu local de trabalho Se existe alguém que possa resolver a situação esse alguém é você Acione o Corpo de Bombeiros ligando 193 1 As informações do tópico 8 sofreram adaptação do conteúdo existente no site httpwwwfundacentrogovbrdominiosctnanexoscdnr10manuais módulo028manual20de20proteção20e20combate20a20incêndiospdf Acesso em ago 2013 MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 18 Acione o botão de alarme mais próximo Use extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo Se não conseguir combater o incêndio faça a retirada de todas as pessoas do local e tente isolar os materiais combustíveis e protejer os equipamentos Desligue o quadro de luz Existindo muita fumaça no ambiente ou no local atingido use um lenço como máscara se possível molhado cobrindo o nariz e a boca Para se proteger do calor irradiado pelo fogo sempre que possível mantenha molhadas as roupas cabelos sapatos ou botas 82 CONFINAMENTO PELO FOGO Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça Mantenhase agachado bem próximo ao chão onde o calor é menor e existe menos fumaça No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo molhe todo o corpo roupas e sapatos encharque uma cortina e enrolese nela Molhe um lenço e amarreo junto à boca e ao nariz e atravesse o mais rápido que puder 83 OUTRAS RECOMENDAÇÕES Não suba as escadas procure sempre descer Não respire pela boca somente pelo nariz Não tire as roupas pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação Se for o caso tire apenas a gravata ou roupas de nylon Se suas roupas se incendiarem joguese no chão e role lentamente Elas se apagarão por abafamento Ao descer escadarias retire sapatos de salto alto e meias escorregadias 84 DEVERES E OBRIGAÇÕES Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho inclusive as rotas de fuga Participe ativamente dos treinamentos teóricos práticos e reciclagens que lhe forem ministrados Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio quando necessário e possível adotadas na Escola MÓDULO VI MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE A PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO 19 REFERÊNCIAS FUNDACENTRO Manual de Proteção e Combate a Incêndios Disponível em httpwwwfundacentrogovbr dominiosctnanexoscdNr10ManuaisMódulo028Manual20de20Proteção20e20Combate20a20 Incêndiospdf Acesso em ago 2013 MARIANO Vanderlei Manual de Combate a Incêndio Curso de Formação de Soldados BM Curitiba 1993 NORMA REGULAMENTADORA NR 23 Proteção Contra Incêndios 2011 NORMA BRASILEIRA NBR 14276 Formação de Brigada de Incêndio 2006 PARANÁ Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico Corpo de Bombeiros do Paraná 2011 PARANÁ Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná Manual de Combate a Incêndio Oficiais alunos do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios 2008