·
Medicina Veterinária ·
Anatomia
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Descrição da atividade Faça uma descrição completa sobre o ciclo cardíaco deve ser entregue nas normas da ABNT Para ajudar na pesquisa use os livros de Fisiologia Veterinária indicados no plano da disciplina NOME DA UNIVERSIDADE ZOOTECNIA NOME DO ALUNO CICLO CARDÍACO Cidade Sigla da do estado 2023 NOME DA UNIVERSIDADE ZOOTECNIA CICLO CARDÍACO Trabalho entregue à disciplina Nome da disciplina do curso de Nome do curso como parte dos requisitos de avaliação Alunoa Nome e Sobrenome Professora Nome e Sobrenome Cidade Sigla do estado 2023 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Esquema de ciclo cardíaco de mamíferos3 Figura 2 Discos intercalares os quais possibilitam a comunicação entre células adjacentes4 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS A Átrio AD Átrio direito AE Átrio esquerdo AV Átrioventricular SA Sinoatrial V Ventrículo VD Ventrículo direito VE Ventrículo esquerdo SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO1 2 CICLO CARDÍACO1 3 PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO3 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS6 REFERÊNCIAS7 1 1 INTRODUÇÃO O coração é composto basicamente por dois átrios dois ventrículos e vasos sanguíneos os quais são responsáveis por circular e distribuir o sangue para todos os tecidos a fim de que as células recebem oxigênio nutrientes e outras substâncias necessárias ao seu funcionamento Rubira 2009 O sangue chega ao coração por meio dos átrios e é ejetado para o corpo através dos ventrículos Assim o sistema cardíaco é formado por estruturas de irrigação e bombeamento de sangue sendo o coração a bomba propulsora A cada batimento o órgão impulsiona uma quantidade de sangue a ser distribuído e recebido pelos vasos Rubira 2009 A cada início de um batimento até a ocorrência do próximo denominamos de ciclo cardíaco o qual ocorre uma série de processos fisiológicos responsáveis tanto pelo preenchimento de sangue no coração como ejeção do mesmo 2 CICLO CARDÍACO O ciclo cardíaco tratase da sequência coordenada e alternada de contração e relaxamento de átrios A e ventrículos V para o bombeamento de sangue Ou seja o ciclo é o processo que ocorre no início de um batimento cardíaco e finaliza no início do próximo batimento KenHub sd O ciclo cardíaco será descrito conforme abordado por Klein 2014 em Cunninghan Tratado de Fisiologia Veterinária Sendo assim segundo Klein 2014 o ciclo cardíaco é composto por duas fases a diástole e a sístole Ao se tratar do coração considerase os ventrículos como sendo bombas ventriculares as quais relaxam e contraem para gerar o ciclo Klein 2014 Ao relaxamento dáse o nome de diástole ventricular onde relaxados são preenchidos pelo sangue sendo o esquerdo por aquele proveniente das veias pulmonares do átrio esquerdo AE e o direito pelo sangue proveniente das veias sistêmicas do átrio direito AD Klein 2014 2 Ao final da diástole os ventrículos são contraídos e o sangue presente em seu interior são ejetados para a aorta e artéria pulmonar esquerdo e direito respectivamente O final da sístole dá início a uma nova diástole ventricular assim sucessivamente Klein 2014 No início da sístole a pressão do ventrículo direito VD é baixa e a contração alta o que faz com que haja aumento na pressão do ventrículo esquerdo VE Tal aumento rápido de pressão ocasiona um fluxo de retorno sanguíneo do VE para o AE ocasionando o fechamento da valva mitral atrioventricular esquerda No entanto nesse primeiro momento a valva aorta também se encontra fechada até que a pressão do VE exceda a sua e portanto o sangue não é imediatamente ejetado na primeira fase da sístole A esse evento denominase contração isovolumétrica Klein 2014 Ao se estabelecer uma pressão do VE maior do que a da aorta a valva é então aberta gerando a ejeção rápida de sangue para a mesma durante o momento de pico Ou seja a ejeção rápida de sangue e momentânea e em seguida é reduzida gradativamente até que seja finalizada Ao ser finalizada há refluxo da aorta para o VE momentaneamente que a fecha demarcando então o final da sístole e início da diástole Klein 2014 Ao início da diástole o músculo do ventrículo relaxa e a pressão ventricular esquerda é reduzida alcançando níveis semelhantes a pressão atrial esquerda No entanto a valva mitral ainda se encontra fechada até que a pressão do VE esteja menor que a pressão do AE e portanto não há preenchimento nem ejeção de sangue em um primeiro momento Klein 2014 Ao se obter uma pressão reduzida a níveis inferiores a atrial a valva mitral é aberta e o sangue é percorrido do átrio para o ventrículo Inicialmente há rápido enchimento do ventrículo seguido de redução da velocidade denominando o evento como diástole a qual permanece até que as células do nó sinoatrial exerçam potencial de ação e contração sobre o átrio de forma que esse preencha o restante dos ventrículos os completando Após completamente preenchidos o átrio entra em relaxamento e diminuição de sua pressão e os ventrículos iniciam a contração onde ocasiona refluxo de sangue momentâneo do VE para o AE fechando a valva mitral e demarcando o fim da diástole e início de uma nova sístole Klein 2014 A Figura 1 apresenta o esquema do ciclo cardíaco Por se tratar de um ciclo não 3 necessariamente as etapas apresentadas no esquema se inicia na mesma ordem do exposto acima Fonte Moyes Schulte 2010 3 PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Como dito o ciclo cardíaco corresponde ao processo desde o início de um batimento cardíaco até a ocorrência do próximo Diante disso cada batimento tem seu início em razão do potencial de ação oriundo de uma célula marcapasso do nó sinoatrial SA MirandaVilella sd Figura 1 Esquema de ciclo cardíaco de mamíferos 4 Para compreender o potencial de ação exercido no coração fazse necessário relembrar que as células do musculo cardíaco possuem estruturação semelhante as do músculo esquelético ao que diz respeito a presença de sarcômeros e arranjos de miosina e actina O diferencial se dá em virtude de células cardíacas serem mononucleadas e possuírem ramificações o que permite que haja comunicação entre as células adjacentes por meio de discos intercalares UFC sd conforme representado na Figura 2 Figura 2 Discos intercalares os quais possibilitam a comunicação entre células adjacentes Fonte UFC sd Ainda é sabido que o processo de contração do músculo cardíaco se dá de maneira semelhante se tornando diferenciado ao passo que inicialmente há entrada de cálcio via membrana plasmática e liberação de tal por meio do reticulo sarcoplasmático em quantidades inferiores àquelas observadas em um músculo esquelético UFC sd Sabendo que o início da propagação do potencial de ação se dá no nó AS podese dividir o processo em cinco fases onde Fase 0 Há a abertura de canais de Sódio Na e lentos de Cálcio Ca tendo eles 85 mV e 40 mV respectivamente Fase 1 os canais de Na se fecham cessando o seu fluxo 5 Fase 2 os canais de potássio K se abrem e há continuação do influxo de Ca Fase 3 Ocorre o fechamento dos canais de Ca e continuação do fluxo de K ocorrendo então a repolarização Fase 4 os canais de K são fechados e retornamse o transporte ativo normais de Na e K O cálcio liberado pelo retículo sarcoplasmático é ligado a troponina o que faz com que haja alteração da estrutura e de ligação entre a tropomiosina e a actina Ao se ligar o cálcio torna livre a miosina e actina as quais se unem formando o complexo actinomiosina fazendo com que haja modificações estruturais no sarcômero promovendo a aproximação das linhas Z e consequentemente causando a contração UFC sd A partir disso as estruturas presentes no coração realizam a condução e a excitação do coração UFC sd Quando o potencial de ação é iniciado espontaneamente é propagado para outras células cardíacas por meio dos átrios que se contraem MirandaVilella sd Após isso o potencial é lentamente propagado através de células musculares cardíacas presentes entre os átrios e os ventrículos onde se constitui o nó átrioventricular Nó AV e parte do feixe átrioventricular Feixe de His sendo ambas as vias principais de propagação dos átrios para os ventrículos Klein 2014 Em razão da lenta propagação dessas vias criase um retardo entre as contrações de átrio e ventrículo o que faz com que o potencial de ação entre em um ramo celular especializado em propagação extremamente rápida localizada no interior do Feixe de His o qual possui seus ramos localizados no ápice do ventrículo dividido em redes de fibras de Purkinje responsáveis pela condução do potencial de ação pelas paredes internas do ventrículo para dentro de suas fibras musculares Ao atingir as fibras musculares ventriculares ocorre a contração quase simultânea de todas as fibras do VE e VD Klein 2014 Logo em um padrão de batimentos cardíacos normal ambos os átrios se contraem quase simultaneamente seguido de pequena pausa em razão da propagação lenta e então há contração dos ventrículos Dessa forma o coração entra em relaxamento para novamente ser preenchido de sangue 6 Em suma observase a função especializada das estruturas onde Nó SA é o local onde há a geração do impulso células cardíacas fibras intermodais encaminham o impulso para o nó AV e portanto Feixe de His Nó AV retarda o impulso antes de alcançar os ventrículos Feixe AV conduz o impulso presente no nó AV para os ventrículos Fibras de purkinje o conduzem para toda a estrutura dos ventrículos MirandaVilella sd O retardo no impulso no nó AV ocorre em razão da limitação de junções entre as células das fibras e o potencial de repouso destas serem menores se comparadas as demais fibras musculares Já a ação das fibras de purkinje é unidirecional e portanto impede que haja a propagação do impulso do potencial de ação dos ventrículos para os átrios Além disso tratase de uma propagação de alta velocidade levando em torno de 003 segundos UFC sd 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O ciclo cardíaco é um processo complexo e altamente coordenado que envolve a contração e relaxamento do coração para bombear sangue através do sistema circulatório Ele é essencial para a distribuição de oxigênio nutrientes e outras substâncias para todas as células do corpo garantindo seu funcionamento adequado Esse ciclo é dividido em duas fases principais a diástole que envolve o relaxamento dos ventrículos e o preenchimento de sangue e a sístole que é caracterizada pela contração dos ventrículos e a ejeção de sangue para as artérias O início de cada batimento cardíaco é desencadeado pelo potencial de ação gerado no nó sinoatrial SA que se propaga através das células cardíacas resultando na contração dos átrios e posteriormente dos ventrículos A propagação do potencial de ação segue um padrão definido passando pelo nó atrioventricular AV e pelo feixe de His até alcançar as fibras de Purkinje que promovem a rápida contração das fibras musculares dos ventrículos Esse sistema de condução assegura que os átrios e os ventrículos se contraiam de maneira coordenada permitindo um fluxo eficiente de sangue 7 Além disso o papel do cálcio na regulação da contração muscular cardíaca é fundamental O cálcio desempenha um papel crucial na interação entre a miosina e a actina o que leva à contração muscular A liberação controlada de cálcio pelo retículo sarcoplasmático é fundamental para garantir que a contração ocorra no momento adequado e com a intensidade necessária Em suma ciclo cardíaco é um processo altamente regulado que permite que o coração funcione como uma eficiente bomba de sangue A coordenação precisa das fases diastólica e sistólica juntamente com a propagação controlada do potencial de ação é essencial para manter a circulação sanguínea e consequentemente a saúde de todo o organismo Portanto a compreensão desse processo é fundamental para o estudo da fisiologia cardíaca e o entendimento de muitas condições médicas relacionadas ao coração O coração é um órgão composto por sistemas de irrigação própria sendo constituído pelo nó AS e AV e sistema HisPurkinje O sistema de irrigação possui automaticidade o que significa dizer que não depende de estímulos nervosos externos para seu funcionamento característica dada pela capacidade de as células cardíacas gerarem potenciais de ação espontaneamente MirandaVilella sd Entretanto a atividade do coração é submetida a regulação pelo Sistema Nervoso Autônomo SNA que controla a sua função Tal submissão permite por exemplo responder a necessidades impostas pelo ambiente como de aumento do débito cardíaco MirandaVilella sd REFERÊNCIAS KENHUB Ciclo cardíaco Disponível em httpswwwkenhubcomptlibraryanatomiaciclocardiaco Acesso em 30 de agosto de 2023 KLEIN BG Cunninghan Tratato de fisiologia veterinária 5 ediçao Rio de Janeiro Elsevier 2014 MIRANDAVILELLA AL Introdução geral à fisiologia cardíaca Biologia sd Disponível em httpwwwbiologiabiobrcurso1C2BA20per 8 C3ADodo20FaciplacIntroduC3A7C3A3o 20C3A020fisiologia20cardC3ADacapdf MOYES CD SCHULTE PM Princípios de fisiologia animal 2 ed Porto Alegre Artmed 2010 RUBIRA Juan Carlos García Fisiología cardíaca In Libro de la salud cardiovascular del Hospital Clínico San Carlos y la Fundación BBVA Fundación BBVA 2009 p 4148 Universidade Federal do Ceará UFC Sistema cardiovascular II Roteiro sd Disponível em httpwwwreproducaoufcbrcardiovasciipdf
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é composto basicamente por dois átrios dois ventrículos e vasos sanguíneos os quais são responsáveis por circular e distribuir o sangue para todos os tecidos a fim de que as células recebem oxigênio nutrientes e outras substâncias necessárias ao seu funcionamento Rubira 2009 O sangue chega ao coração por meio dos átrios e é ejetado para o corpo através dos ventrículos Assim o sistema cardíaco é formado por estruturas de irrigação e bombeamento de sangue sendo o coração a bomba propulsora A cada batimento o órgão impulsiona uma quantidade de sangue a ser distribuído e recebido pelos vasos Rubira 2009 A cada início de um batimento até a ocorrência do próximo denominamos de ciclo cardíaco o qual ocorre uma série de processos fisiológicos responsáveis tanto pelo preenchimento de sangue no coração como ejeção do mesmo 2 CICLO CARDÍACO O ciclo cardíaco tratase da sequência coordenada e alternada de contração e relaxamento de átrios A e ventrículos V para o bombeamento de sangue Ou seja o ciclo é o processo que ocorre no início de um batimento cardíaco e finaliza no início do próximo batimento KenHub sd O ciclo cardíaco será descrito conforme abordado por Klein 2014 em Cunninghan Tratado de Fisiologia Veterinária Sendo assim segundo Klein 2014 o ciclo cardíaco é composto por duas fases a diástole e a sístole Ao se tratar do coração considerase os ventrículos como sendo bombas ventriculares as quais relaxam e contraem para gerar o ciclo Klein 2014 Ao relaxamento dáse o nome de diástole ventricular onde relaxados são preenchidos pelo sangue sendo o esquerdo por aquele proveniente das veias pulmonares do átrio esquerdo AE e o direito pelo sangue proveniente das veias sistêmicas do átrio direito AD Klein 2014 2 Ao final da diástole os ventrículos são contraídos e o sangue presente em seu interior são ejetados para a aorta e artéria pulmonar esquerdo e direito respectivamente O final da sístole dá início a uma nova diástole ventricular assim sucessivamente Klein 2014 No início da sístole a pressão do ventrículo direito VD é baixa e a contração alta o que faz com que haja aumento na pressão do ventrículo esquerdo VE Tal aumento rápido de pressão ocasiona um fluxo de retorno sanguíneo do VE para o AE ocasionando o fechamento da valva mitral atrioventricular esquerda No entanto nesse primeiro momento a valva aorta também se encontra fechada até que a pressão do VE exceda a sua e portanto o sangue não é imediatamente ejetado na primeira fase da sístole A esse evento denominase contração isovolumétrica Klein 2014 Ao se estabelecer uma pressão do VE maior do que a da aorta a valva é então aberta gerando a ejeção rápida de sangue para a mesma durante o momento de pico Ou seja a ejeção rápida de sangue e momentânea e em seguida é reduzida gradativamente até que seja finalizada Ao ser finalizada há refluxo da aorta para o VE momentaneamente que a fecha demarcando então o final da sístole e início da diástole Klein 2014 Ao início da diástole o músculo do ventrículo relaxa e a pressão ventricular esquerda é reduzida alcançando níveis semelhantes a pressão atrial esquerda No entanto a valva mitral ainda se encontra fechada até que a pressão do VE esteja menor que a pressão do AE e portanto não há preenchimento nem ejeção de sangue em um primeiro momento Klein 2014 Ao se obter uma pressão reduzida a níveis inferiores a atrial a valva mitral é aberta e o sangue é percorrido do átrio para o ventrículo Inicialmente há rápido enchimento do ventrículo seguido de redução da velocidade denominando o evento como diástole a qual permanece até que as células do nó sinoatrial exerçam potencial de ação e contração sobre o átrio de forma que esse preencha o restante dos ventrículos os completando Após completamente preenchidos o átrio entra em relaxamento e diminuição de sua pressão e os ventrículos iniciam a contração onde ocasiona refluxo de sangue momentâneo do VE para o AE fechando a valva mitral e demarcando o fim da diástole e início de uma nova sístole Klein 2014 A Figura 1 apresenta o esquema do ciclo cardíaco Por se tratar de um ciclo não 3 necessariamente as etapas apresentadas no esquema se inicia na mesma ordem do exposto acima Fonte Moyes Schulte 2010 3 PROPAGAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Como dito o ciclo cardíaco corresponde ao processo desde o início de um batimento cardíaco até a ocorrência do próximo Diante disso cada batimento tem seu início em razão do potencial de ação oriundo de uma célula marcapasso do nó sinoatrial SA MirandaVilella sd Figura 1 Esquema de ciclo cardíaco de mamíferos 4 Para compreender o potencial de ação exercido no coração fazse necessário relembrar que as células do musculo cardíaco possuem estruturação semelhante as do músculo esquelético ao que diz respeito a presença de sarcômeros e arranjos de miosina e actina O diferencial se dá em virtude de células cardíacas serem mononucleadas e possuírem ramificações o que permite que haja comunicação entre as células adjacentes por meio de discos intercalares UFC sd conforme representado na Figura 2 Figura 2 Discos intercalares os quais possibilitam a comunicação entre células adjacentes Fonte UFC sd Ainda é sabido que o processo de contração do músculo cardíaco se dá de maneira semelhante se tornando diferenciado ao passo que inicialmente há entrada de cálcio via membrana plasmática e liberação de tal por meio do reticulo sarcoplasmático em quantidades inferiores àquelas observadas em um músculo esquelético UFC sd Sabendo que o início da propagação do potencial de ação se dá no nó AS podese dividir o processo em cinco fases onde Fase 0 Há a abertura de canais de Sódio Na e lentos de Cálcio Ca tendo eles 85 mV e 40 mV respectivamente Fase 1 os canais de Na se fecham cessando o seu fluxo 5 Fase 2 os canais de potássio K se abrem e há continuação do influxo de Ca Fase 3 Ocorre o fechamento dos canais de Ca e continuação do fluxo de K ocorrendo então a repolarização Fase 4 os canais de K são fechados e retornamse o transporte ativo normais de Na e K O cálcio liberado pelo retículo sarcoplasmático é ligado a troponina o que faz com que haja alteração da estrutura e de ligação entre a tropomiosina e a actina Ao se ligar o cálcio torna livre a miosina e actina as quais se unem formando o complexo actinomiosina fazendo com que haja modificações estruturais no sarcômero promovendo a aproximação das linhas Z e consequentemente causando a contração UFC sd A partir disso as estruturas presentes no coração realizam a condução e a excitação do coração UFC sd Quando o potencial de ação é iniciado espontaneamente é propagado para outras células cardíacas por meio dos átrios que se contraem MirandaVilella sd Após isso o potencial é lentamente propagado através de células musculares cardíacas presentes entre os átrios e os ventrículos onde se constitui o nó átrioventricular Nó AV e parte do feixe átrioventricular Feixe de His sendo ambas as vias principais de propagação dos átrios para os ventrículos Klein 2014 Em razão da lenta propagação dessas vias criase um retardo entre as contrações de átrio e ventrículo o que faz com que o potencial de ação entre em um ramo celular especializado em propagação extremamente rápida localizada no interior do Feixe de His o qual possui seus ramos localizados no ápice do ventrículo dividido em redes de fibras de Purkinje responsáveis pela condução do potencial de ação pelas paredes internas do ventrículo para dentro de suas fibras musculares Ao atingir as fibras musculares ventriculares ocorre a contração quase simultânea de todas as fibras do VE e VD Klein 2014 Logo em um padrão de batimentos cardíacos normal ambos os átrios se contraem quase simultaneamente seguido de pequena pausa em razão da propagação lenta e então há contração dos ventrículos Dessa forma o coração entra em relaxamento para novamente ser preenchido de sangue 6 Em suma observase a função especializada das estruturas onde Nó SA é o local onde há a geração do impulso células cardíacas fibras intermodais encaminham o impulso para o nó AV e portanto Feixe de His Nó AV retarda o impulso antes de alcançar os ventrículos Feixe AV conduz o impulso presente no nó AV para os ventrículos Fibras de purkinje o conduzem para toda a estrutura dos ventrículos MirandaVilella sd O retardo no impulso no nó AV ocorre em razão da limitação de junções entre as células das fibras e o potencial de repouso destas serem menores se comparadas as demais fibras musculares Já a ação das fibras de purkinje é unidirecional e portanto impede que haja a propagação do impulso do potencial de ação dos ventrículos para os átrios Além disso tratase de uma propagação de alta velocidade levando em torno de 003 segundos UFC sd 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O ciclo cardíaco é um processo complexo e altamente coordenado que envolve a contração e relaxamento do coração para bombear sangue através do sistema circulatório Ele é essencial para a distribuição de oxigênio nutrientes e outras substâncias para todas as células do corpo garantindo seu funcionamento adequado Esse ciclo é dividido em duas fases principais a diástole que envolve o relaxamento dos ventrículos e o preenchimento de sangue e a sístole que é caracterizada pela contração dos ventrículos e a ejeção de sangue para as artérias O início de cada batimento cardíaco é desencadeado pelo potencial de ação gerado no nó sinoatrial SA que se propaga através das células cardíacas resultando na contração dos átrios e posteriormente dos ventrículos A propagação do potencial de ação segue um padrão definido passando pelo nó atrioventricular AV e pelo feixe de His até alcançar as fibras de Purkinje que promovem a rápida contração das fibras musculares dos ventrículos Esse sistema de condução assegura que os átrios e os ventrículos se contraiam de maneira coordenada permitindo um fluxo eficiente de sangue 7 Além disso o papel do cálcio na regulação da contração muscular cardíaca é fundamental O cálcio desempenha um papel crucial na interação entre a miosina e a actina o que leva à contração muscular A liberação controlada de cálcio pelo retículo sarcoplasmático é fundamental para garantir que a contração ocorra no momento adequado e com a intensidade necessária Em suma ciclo cardíaco é um processo altamente regulado que permite que o coração funcione como uma eficiente bomba de sangue A coordenação precisa das fases diastólica e sistólica juntamente com a propagação controlada do potencial de ação é essencial para manter a circulação sanguínea e consequentemente a saúde de todo o organismo Portanto a compreensão desse processo é fundamental para o estudo da fisiologia cardíaca e o entendimento de muitas condições médicas relacionadas ao coração O coração é um órgão composto por sistemas de irrigação própria sendo constituído pelo nó AS e AV e sistema HisPurkinje O sistema de irrigação possui automaticidade o que significa dizer que não depende de estímulos nervosos externos para seu funcionamento característica dada pela capacidade de as células cardíacas gerarem potenciais de ação espontaneamente MirandaVilella sd Entretanto a atividade do coração é submetida a regulação pelo Sistema Nervoso Autônomo SNA que controla a sua função Tal submissão permite por exemplo responder a necessidades impostas pelo ambiente como de aumento do débito cardíaco MirandaVilella sd REFERÊNCIAS KENHUB Ciclo cardíaco Disponível em httpswwwkenhubcomptlibraryanatomiaciclocardiaco Acesso em 30 de agosto de 2023 KLEIN BG Cunninghan Tratato de fisiologia veterinária 5 ediçao Rio de Janeiro Elsevier 2014 MIRANDAVILELLA AL Introdução geral à fisiologia cardíaca Biologia sd Disponível em httpwwwbiologiabiobrcurso1C2BA20per 8 C3ADodo20FaciplacIntroduC3A7C3A3o 20C3A020fisiologia20cardC3ADacapdf MOYES CD SCHULTE PM Princípios de fisiologia animal 2 ed Porto Alegre Artmed 2010 RUBIRA Juan Carlos García Fisiología cardíaca In Libro de la salud cardiovascular del Hospital Clínico San Carlos y la Fundación BBVA Fundación BBVA 2009 p 4148 Universidade Federal do Ceará UFC Sistema cardiovascular II Roteiro sd Disponível em httpwwwreproducaoufcbrcardiovasciipdf