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CONCEITUALIZAÇÃO Imagine você formado Tecnólogo em Gerontologia responsável por uma grande ILPI da sua cidade observando que a equipe multidisciplinar que trabalha com você nesta ILPI não realiza de forma adequada a higienização das mãos ou não higieniza as mãos Sendo assim você decide elaborar uma Capacitação para estes colaboradores abordando a importância sobre a HIGIENIZAÇÃO das mãos e ensinandoos a técnica correta de higienização Faça leitura de seu livro de Biossegurança unidade 2 Higienização simples das mãos Em seguida assista um vídeo Sobre o Projeto Paciente Seguro no link httpswwwyoutubecomwatchvo3v9VQrFe2Mt62s REFLEXÃO Os idosos são muito vulneráveis quando pensamos em infecções você percebe a importância desse cuidado e conscientização de toda a equipe Percebe o quanto é importante estes cuidados SIGNIFICAÇÃO Nossas mãos têm papel crucial na garantia do cuidado ao paciente em qualquer serviço de saúde Sem a adesão e técnica correta de higienização as mãos podem ser transmissores de microrganismos e infecções A higienização das mãos no momento correto reduz a transmissão desses microrganismos e aumentam a segurança do paciente institucionalizado EXPERIMENTAÇÃO Sabendo que as mãos são os maiores disseminadores de microrganismos você pode imaginar como uma infecção cruzada pode impactar a vida de um paciente Para essa atividade indicamos que você Olá acadêmicoa do curso Tecnólogo em Gerontologia A atividade proposta corresponde ao MAPA Material de Avaliação Prática da Aprendizagem tem como temática HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO Vamos lá compreender essa temática tão relevante através do ciclo de Aprendizagem PROBLEMATIZAÇÃO Imagine que você administra uma ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos e que familiares e pacientes confiam totalmente no seu serviço e cuidado Sabendo que não trabalhamos sozinhos e que a equipe integra mais profissionais com diferente formação cabe a você sensibilizar a equipe quanto a importância da Higienização da Mãos Agora SIM mão na massa Elabore uma apresentação para estes colaboradores na qual você deverá abordar 1 Explicar a importância da Higienização correta das mãos e quando é indicado a realização deste procedimento 2 Descrever o passo a passo da técnica 3 Citar os antissépticos que podem ser utilizados e a forma de ação destes antimicrobianos 4 Fotografar as etapas da lavagem das mãos e insirir no formulário padrão da atividade HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO TEMA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde Recentemente o termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos englobando a Higienização simples Higienização antiséptica Fricção antiséptica Antisepsia cirúrgica das mãos FINALIDADE A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades Remoção de sujidade suor oleosidade pêlos células descamativas e microbiota da pele interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente Desde o estudo de Semmelweis no século XIX as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto com produtos e equipamentos no ambiente próximo a este como bombas de infusão barras protetoras das camas e estetoscópio entre outros HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS TABELA 1 Microrganismos encontrados na pele Microrganismos Faixa de Prevalência Staphylococcus epidermidis 85100 Staphylococcus aureus 1015 Streptococcus pyogenes grupo A 04 Propionibacterium acnes difteróides anaeróbios 45100 Corinebactérias difteróides aeróbios 55 Candida spp comum Clostridium perfringens especialmente nas extremidades inferiores 4060 Enterobacteriaceae incomum Acinetobacter spp 25 Moraxella spp 515 Mycobacterium spp raro Bactérias Fungos 1 Vírus 2 3 Microorganismos transmitidos Indicações As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais Ao iniciar e terminar o turno de trabalho Antes e após ir ao banheiro Antes e depois das refeições Antes de preparar alimentos Antes de preparar e manipular medicamentos Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas Indicações A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica sob a forma gel ou líquida com 13 de glicerina quando estas não estiverem visivelmente sujas em todas as situações descritas a seguir Antes de ter contato com o paciente Após ter contato com o paciente Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico Após risco de exposição a fluidos corporais Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro limpo durante o cuidado ao paciente Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente Antes e após a remoção das luvas Sabonete comum sem associação de antiséptico Clorexidina 1 Álcool 2 3 PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo Triclosan 4 5 Sabonete comum 1 Em geral a higienização com sabonete COMUM remove a microbiota transitória tornando as mãos limpas Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde A eficácia da higienização simples das mãos com água e sabonete porém depende da técnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente dura em média 8 a 20 segundos ÁLCOOL 2 O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteínas Outros mecanismos associados têm sido reportados como a ruptura da integridade citoplasmática a lise celular e a interferência no metabolismo celular A coagulação das proteínas induzida pelo álcool ocorre na parede celular na membrana citoplasmática e entre várias proteínas plasmáticas Essa interação do álcool com as proteínas levantou a hipótese da interferência de sujidade contendo proteínas na antisepsia e desinfecção ÁLCOOL 2 De modo geral os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida em relação a todos os agentes utilizados na higienização das mãos Soluções alcoólicas entre 60 e 80 são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água Clorexidina 3 A atividade antimicrobiana da clorexidina é atribuída à ligação e subsequente ruptura da membrana citoplasmática resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que a dos álcoois sendo considerada de nível intermediário seu efeito residual porém pela forte afinidade com os tecidos tornao o melhor entre os antisépticos disponíveis Clorexidina 3 A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Grampositivas menor atividade contra bactérias Gram negativas e fungos mínima atividade contra micobactérias e não é esporicida Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo 4 A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular ocorrendo a inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados prejudicando a síntese proteica e alterando as membranas celulares Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo 4 O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Gram positivas e Gramnegativas bacilo da tuberculose fungos e vírus exceto enterovírus possuindo também alguma atividade contra esporos Entretanto em concentrações utilizadas para antisepsia usualmente os iodóforos não têm ação esporicida Triclosan 5 O triclosan cujo nome químico é éter 244tricloro2 hidroxidifenil é um derivado fenólico A ação antimicrobiana do triclosan ocorre por sua difusão na parede bacteriana inibindo a síntese da membrana citoplasmática ácido ribonucléico lipídios e proteínas resultando na inibição ou morte bacteriana Quadro 2 Espectro antimicrobiano e características de agentes antisépticos utilizados para a higienização das mãos Grupo Álcool Clorexidina 2 ou 4 Compostos de iodo Iodóforos Triclosan Bactérias Grampositivas Bactérias Gramnegativas Micobactérias Fungos Vírus Velocidade de ação Rápida Intermediária Intermediária Intermediária Intermediária Comentários Concentração ótima 70 não apresenta efeito residual Apresenta efeito residual raras reações alérgicas Causa queimaduras na pele irritantes quando usados na higienização antiséptica das mãos Irritação da pele menor que a de compostos de iodo apresenta efeito residual aceitabilidade variável Aceitabilidade variável para as mãos excelente bom regular nenhuma ou insuficiente atividade antimicrobiana 33 Etapas Etapas Higienização simples Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele assim como o suor a oleosidade e as células mortas retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos Duração A higienização simples das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos 1 Abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostarse à pia 2 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos seguir a quantidade recomendada pelo fabricante Etapas 3 Ensaboar as palmas das mãos friccionandoas entre si 4 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e viceversa Etapas 5 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais 6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta segurando os dedos com movimento de vaievem e viceversa Etapas 7 Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda realizando movimento circular e viceversa 8 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita fechada em concha fazendo movimento circular e vice versa Etapas 9 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita realizando movimento circular e vice versa 10 Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabonete Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira Etapas 11 Secar as mãos com papel toalha descartável iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos No caso de torneiras com contato manual para fechamento sempre utilizar papel toalha Etapas CREDITS This presentation template was created by Slidesgo including icons by Flaticon and infographics images by Freepik THANKS LAVE SUAS MÃOS Prezado Aluno tudo bem Espero que goste Se possível avaliar minha resolução no SITE MEUGURU Espero que nas próximas atividades me escolha novamente ATT Seu amigo GURU TEMA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO PROPOSTA Elaborar uma apresentação para os colaboradores sobre higienização das mãos contendo 1 Explicar a importância da higienização correta das mãos e indicar quando é indicado a realização deste procedimento 2 Descrever o passo a passo da técnica 3 Citar os antissépticos que podem ser utilizados e a forma de ação destes antimicrobianos 4 Fotografar as etapas de lavagem das mãos e inserir no formulário padrão da atividade TRABALHO ESCRITO MICROBIOTA Para entender os objetivos das diversas abordagens da higienização das mãos o conhecimento da microbiota normal da pele é essencial A estrutura básica da pele inclui da camada externa para a mais interna estrato córneo epiderme derme e hipoderme A barreira à absorção percutânea está no interior do estrato córneo que é o mais fino e menor compartimento da pele A pele é um órgão dinâmico pois a sua formação e integridade estão sob controle homeostático e qualquer alteração resulta em aumento da proliferação de suas células Devido à sua localização e extensa superfície é constantemente exposta a vários tipos de microrganismos do ambiente Assim a pele normal do ser humano é colonizada por bactérias e fungos sendo que diferentes áreas do corpo têm concentração de bactérias variáveis por centímetro quadrado Couro cabeludo 106 UFCcm² Axila 105 UFCcm² Abdômen ou antebraço 104 UFCcm² Mãos dos profissionais de saúde 104 a 106 UFC cm2 Microbiota transitória e microbiota residente Um estudo sobre a quantificação da microbiota da pele dividiu as bactérias isoladas das mãos em duas categorias transitória e residente A microbiota transitória que coloniza a camada superficial da pele sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos com água e sabonete por meio de fricção mecânica É frequentemente adquirida por profissionais de saúde durante contato direto com o paciente colonizado ou infectado ambiente superfícies próximas ao paciente produtos e equipamentos contaminados A microbiota transitória consiste em microrganismos nãopatogênicos ou potencialmente patogênicos tais como bactérias fungos e vírus que raramente se multiplicam na pele No entanto alguns deles podem provocar infecções relacionadas à assistência à saúde As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde Alguns autores documentaram que apesar do número de microrganismos da microbiota transitória e da residente variar consideravelmente de um indivíduo para outro geralmente é constante para uma determinada pessoa Sendo assim a pele pode servir como reservatório de microrganismos que podem ser transmitidos por contato direto pele com pele ou indireto por meio de objetos e superfícies do ambiente Além das microbiotas residente e transitória Rotter 1999 descreve um terceiro tipo de microbiota das mãos denominada microbiota infecciosa Nesse grupo poderiam ser incluídos microrganismos de patogenicidade comprovada que causam infecções específicas como abscessos paroníquia ou eczema infectado das mãos As espécies mais freqüentemente encontradas são Staphylococcus aureus e estreptococos betahemolíticos Devese ressaltar ainda que fungos por exemplo Candida spp e vírus como por exemplo vírus das hepatites A B e C vírus da imunodeficiência humana HIV vírus respiratórios vírus de transmissão fecaloral como o rotavírus vírus do grupo herpes como varicela vírus EpsteinBarr e citomegalovírus podem colonizar transitoriamente a pele principalmente as polpas digitais após contato com pacientes ou superfícies inanimadas podendo ser transmitidos ao hospedeiro suscetível A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente Desde o estudo de Semmelweis no século XIX as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto com produtos e equipamentos no ambiente próximo a este como bombas de infusão barras protetoras das camas e estetoscópio entre outros Bactérias multirresistentes e mesmo fungos como Candida parapsilosis e Rhodotorula spp podem fazer parte da microbiota transitória das mãos e assim se disseminar entre pacientes PRODUTOS UTILIZADOS NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos três elementos são essenciais para essa prática agente tópico com eficácia antimicrobiana procedimento adequado ao utilizálo com técnica adequada e no tempo preconizado e adesão regular ao seu uso nos momentos indicados Sabonete comum sem associação de antiséptico O sabonete comum não contém agentes antimicrobianos ou os contém em baixas concentrações funcionando apenas como conservantes Os sabonetes para uso em serviços de saúde podem ser apresentados sob várias formas em barra em preparações líquidas as mais comuns e em espuma Favorecem a remoção de sujeira de substâncias orgânicas e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica Em geral a higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória tornando as mãos limpas Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde A eficácia da higienização simples das mãos com água e sabonete porém depende da técnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente dura em média 8 a 20 segundos sem contar o tempo necessário para se deslocar até a pia e retornar O processo completo leva muito mais tempo sendo estimado em 40 a 60 segundos Ocasionalmente os sabonetes não associados a antisépticos podem se contaminar causando colonização das mãos dos profissionais de saúde com bactérias Gramnegativas SARTOR et al 2000 O sabonete líquido tornase passível de contaminação ainda caso o seu reservatório seja completado sem esvaziamento Nos serviços de saúde recomendase o uso de sabonete líquido tipo refil devido ao menor risco de contaminação do produto Os sabonetes estão também regulamentados pela Resolução ANVS nº 481 de 23 de setembro de 1999 BRASIL 1999 Conforme essa resolução o resultado deve apresentar ausência de Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus e coliformes totais e fecais em 1 g ou ml do produto e contagem de microrganismos mesófilos aeróbios totais não mais que 103 UFCg ou ml Álcool A atividade antimicrobiana em geral dos álcoois se eleva com o aumento da cadeia de carbono porém a sua solubilidade em água diminui Somente os álcoois alifáticos que são completamente miscíveis em água preferencialmente o etanol o isopropanol e o npropanol são usados como produtos para higienização das mãos A maioria das soluções à base de álcool para a antisepsia das mãos contém etanol álcool etílico isopropanol álcool isopropílico npropanol ou ainda uma combinação de dois destes produtos Embora o npropanol seja utilizado na Europa há vários anos não é listado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA Food and Drugs Administration FDA em sua publicação Tentative Final Monograph TFM for Healthcare Antiseptic Drug Products de 1994 como agente ativo aprovado para a higienização das mãos ou para o preparo précirúrgico das mãos naquele país Por sua vez o etanol é reconhecido como agente antimicrobiano sendo recomendado para o tratamento das mãos desde 1888 Ressaltase que no Brasil é o mais utilizado O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteínas Outros mecanismos associados têm sido reportados como a ruptura da integridade citoplasmática a lise celular e a interferência no metabolismo celular A coagulação das proteínas induzida pelo álcool ocorre na parede celular na membrana citoplasmática e entre várias proteínas plasmáticas Essa interação do álcool com as proteínas levantou a hipótese da interferência de sujidade contendo proteínas na antisepsia e desinfecção De modo geral os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida em relação a todos os agentes utilizados na higienização das mãos Soluções alcoólicas entre 60 e 80 são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água Clorexidina O gluconato de clorexidina bisbiguanida catiônica foi desenvolvido na Inglaterra no início dos anos 1950 e introduzido nos EUA nos anos 70 A base clorexidina é pouco solúvel em água mas a forma digluconato é solúvel em água A atividade antimicrobiana da clorexidina provavelmente é atribuída à ligação e subseqüente ruptura da membrana citoplasmática resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que a dos álcoois sendo considerada de nível intermediário seu efeito residual porém pela forte afinidade com os tecidos tornao o melhor entre os antisépticos disponíveis A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Grampositivas menor atividade contra bactérias Gramnegativas e fungos mínima atividade contra micobactérias e não é esporicida Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo O iodo é um antiséptico reconhecido pela sua efetividade desde 1821 Entretanto devido às propriedades de causar irritação e manchar a pele foi substituído por PVPI ou iodóforos nos anos 60 Iodóforos são moléculas complexas compostas de iodo e de um polímero carreador chamado polivinilpirrolidona cuja combinação aumenta a solubilidade do iodo e provê um reservatório de iodo liberandoo ao ser utilizado e reduzindo o ressecamento da pele A quantidade de iodo molecular presente iodo livre é que determina o nível de atividade antimicrobiana do iodo sendo que as soluções de PVPI a 10 contendo 1 de iodo disponível liberam iodo livre de aproximadamente 1 ppm A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular ocorrendo a inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados prejudicando a síntese protéica e alterando as membranas celulares O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Grampositivas e Gramnegativas bacilo da tuberculose fungos e vírus exceto enterovírus possuindo também alguma atividade contra esporos Entretanto em concentrações utilizadas para antisepsia usualmente os iodóforos não têm ação esporicida Triclosan O triclosan cujo nome químico é éter 244tricloro2hidroxidifenil é um derivado fenólico introduzido em 1965 É incolor pouco solúvel em água mas solúvel em álcool e em detergentes aniônicos A ação antimicrobiana do triclosan ocorre por sua difusão na parede bacteriana inibindo a síntese da membrana citoplasmática ácido ribonucléico lipídios e proteínas resultando na inibição ou morte bacteriana Estudos recentes indicam que a atividade antimicrobiana é decorrente da sua ligação ao sítio ativo da redutase protéica enoilacil bloqueando a síntese lipídica Este antiséptico tem amplo espectro de atividade antimicrobiana sendo bacteriostático com concentrações inibitórias mínimas CIM entre 01 a 10 µg ml entretanto as concentrações bactericidas mínimas são de 25500 µgml por 10 minutos de exposição A atividade bactericida é maior contra bactérias Gram positivas incluindo MRSA do que contra bactérias Gramnegativas particularmente a Pseudomonas aeruginosa Possui atividade razoável contra micobactérias e Candida spp mas é limitada contra fungos filamentosos como Aspergillus spp cuja CIM é 100 µgml HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde LARSON 2001 CDC 2002 Recentemente o termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos englobando a higienização simples a higienização antiséptica a fricção antiséptica e a antisepsia cirúrgica das mãos A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades CDC 2002 BRASIL 2007 remoção de sujidade suor oleosidade pêlos células descamativas e microbiota da pele interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas Indicações As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais Ao iniciar e terminar o turno de trabalho Antes e após ir ao banheiro Antes e depois das refeições Antes de preparar alimentos Antes de preparar e manipular medicamentos Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica sob a forma gel ou líquida com 13 de glicerina quando estas não estiverem visivelmente sujas em todas as situações descritas a seguir Antes de ter contato com o paciente Após ter contato com o paciente Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico Após risco de exposição a fluidos corporais Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro limpo durante o cuidado ao paciente Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente Antes e após a remoção das luvas Técnica Dependendo do objetivo ao qual se destinam as técnicas de higienização das mãos podem ser divididas em Higienização simples Higienização antiséptica Fricção de anti séptico e Antisepsia cirúrgica ou preparo préoperatório A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas é necessário retirar anéis pulseiras e relógios pois tais objetos podem acumular microrganismos Higienização simples Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele assim como o suor a oleosidade e as células mortas retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos Duração A higienização simples das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos Etapas 1 Abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostarse à pia 2 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos seguir a quantidade recomendada pelo fabricante 3 Ensaboar as palmas das mãos friccionandoas entre si 4 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e viceversa 5 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais 6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta segurando os dedos com movimento de vaievem e viceversa 7 Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda realizando movimento circular e viceversa 8 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita fechada em concha fazendo movimento circular e viceversa 9 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita realizando movimento circular e viceversa 10Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabonete Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira 11Secar as mãos com papel toalha descartável iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos No caso de torneiras com contato manual para fechamento sempre utilizar papel toalha REFERÊNCIAS 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do Paciente em Serviços De Saúde Higienização das mãos 2009
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CONCEITUALIZAÇÃO Imagine você formado Tecnólogo em Gerontologia responsável por uma grande ILPI da sua cidade observando que a equipe multidisciplinar que trabalha com você nesta ILPI não realiza de forma adequada a higienização das mãos ou não higieniza as mãos Sendo assim você decide elaborar uma Capacitação para estes colaboradores abordando a importância sobre a HIGIENIZAÇÃO das mãos e ensinandoos a técnica correta de higienização Faça leitura de seu livro de Biossegurança unidade 2 Higienização simples das mãos Em seguida assista um vídeo Sobre o Projeto Paciente Seguro no link httpswwwyoutubecomwatchvo3v9VQrFe2Mt62s REFLEXÃO Os idosos são muito vulneráveis quando pensamos em infecções você percebe a importância desse cuidado e conscientização de toda a equipe Percebe o quanto é importante estes cuidados SIGNIFICAÇÃO Nossas mãos têm papel crucial na garantia do cuidado ao paciente em qualquer serviço de saúde Sem a adesão e técnica correta de higienização as mãos podem ser transmissores de microrganismos e infecções A higienização das mãos no momento correto reduz a transmissão desses microrganismos e aumentam a segurança do paciente institucionalizado EXPERIMENTAÇÃO Sabendo que as mãos são os maiores disseminadores de microrganismos você pode imaginar como uma infecção cruzada pode impactar a vida de um paciente Para essa atividade indicamos que você Olá acadêmicoa do curso Tecnólogo em Gerontologia A atividade proposta corresponde ao MAPA Material de Avaliação Prática da Aprendizagem tem como temática HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO Vamos lá compreender essa temática tão relevante através do ciclo de Aprendizagem PROBLEMATIZAÇÃO Imagine que você administra uma ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos e que familiares e pacientes confiam totalmente no seu serviço e cuidado Sabendo que não trabalhamos sozinhos e que a equipe integra mais profissionais com diferente formação cabe a você sensibilizar a equipe quanto a importância da Higienização da Mãos Agora SIM mão na massa Elabore uma apresentação para estes colaboradores na qual você deverá abordar 1 Explicar a importância da Higienização correta das mãos e quando é indicado a realização deste procedimento 2 Descrever o passo a passo da técnica 3 Citar os antissépticos que podem ser utilizados e a forma de ação destes antimicrobianos 4 Fotografar as etapas da lavagem das mãos e insirir no formulário padrão da atividade HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO TEMA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde Recentemente o termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos englobando a Higienização simples Higienização antiséptica Fricção antiséptica Antisepsia cirúrgica das mãos FINALIDADE A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades Remoção de sujidade suor oleosidade pêlos células descamativas e microbiota da pele interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente Desde o estudo de Semmelweis no século XIX as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto com produtos e equipamentos no ambiente próximo a este como bombas de infusão barras protetoras das camas e estetoscópio entre outros HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS TABELA 1 Microrganismos encontrados na pele Microrganismos Faixa de Prevalência Staphylococcus epidermidis 85100 Staphylococcus aureus 1015 Streptococcus pyogenes grupo A 04 Propionibacterium acnes difteróides anaeróbios 45100 Corinebactérias difteróides aeróbios 55 Candida spp comum Clostridium perfringens especialmente nas extremidades inferiores 4060 Enterobacteriaceae incomum Acinetobacter spp 25 Moraxella spp 515 Mycobacterium spp raro Bactérias Fungos 1 Vírus 2 3 Microorganismos transmitidos Indicações As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais Ao iniciar e terminar o turno de trabalho Antes e após ir ao banheiro Antes e depois das refeições Antes de preparar alimentos Antes de preparar e manipular medicamentos Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas Indicações A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica sob a forma gel ou líquida com 13 de glicerina quando estas não estiverem visivelmente sujas em todas as situações descritas a seguir Antes de ter contato com o paciente Após ter contato com o paciente Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico Após risco de exposição a fluidos corporais Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro limpo durante o cuidado ao paciente Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente Antes e após a remoção das luvas Sabonete comum sem associação de antiséptico Clorexidina 1 Álcool 2 3 PRODUTOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo Triclosan 4 5 Sabonete comum 1 Em geral a higienização com sabonete COMUM remove a microbiota transitória tornando as mãos limpas Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde A eficácia da higienização simples das mãos com água e sabonete porém depende da técnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente dura em média 8 a 20 segundos ÁLCOOL 2 O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteínas Outros mecanismos associados têm sido reportados como a ruptura da integridade citoplasmática a lise celular e a interferência no metabolismo celular A coagulação das proteínas induzida pelo álcool ocorre na parede celular na membrana citoplasmática e entre várias proteínas plasmáticas Essa interação do álcool com as proteínas levantou a hipótese da interferência de sujidade contendo proteínas na antisepsia e desinfecção ÁLCOOL 2 De modo geral os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida em relação a todos os agentes utilizados na higienização das mãos Soluções alcoólicas entre 60 e 80 são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água Clorexidina 3 A atividade antimicrobiana da clorexidina é atribuída à ligação e subsequente ruptura da membrana citoplasmática resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que a dos álcoois sendo considerada de nível intermediário seu efeito residual porém pela forte afinidade com os tecidos tornao o melhor entre os antisépticos disponíveis Clorexidina 3 A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Grampositivas menor atividade contra bactérias Gram negativas e fungos mínima atividade contra micobactérias e não é esporicida Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo 4 A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular ocorrendo a inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados prejudicando a síntese proteica e alterando as membranas celulares Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo 4 O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Gram positivas e Gramnegativas bacilo da tuberculose fungos e vírus exceto enterovírus possuindo também alguma atividade contra esporos Entretanto em concentrações utilizadas para antisepsia usualmente os iodóforos não têm ação esporicida Triclosan 5 O triclosan cujo nome químico é éter 244tricloro2 hidroxidifenil é um derivado fenólico A ação antimicrobiana do triclosan ocorre por sua difusão na parede bacteriana inibindo a síntese da membrana citoplasmática ácido ribonucléico lipídios e proteínas resultando na inibição ou morte bacteriana Quadro 2 Espectro antimicrobiano e características de agentes antisépticos utilizados para a higienização das mãos Grupo Álcool Clorexidina 2 ou 4 Compostos de iodo Iodóforos Triclosan Bactérias Grampositivas Bactérias Gramnegativas Micobactérias Fungos Vírus Velocidade de ação Rápida Intermediária Intermediária Intermediária Intermediária Comentários Concentração ótima 70 não apresenta efeito residual Apresenta efeito residual raras reações alérgicas Causa queimaduras na pele irritantes quando usados na higienização antiséptica das mãos Irritação da pele menor que a de compostos de iodo apresenta efeito residual aceitabilidade variável Aceitabilidade variável para as mãos excelente bom regular nenhuma ou insuficiente atividade antimicrobiana 33 Etapas Etapas Higienização simples Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele assim como o suor a oleosidade e as células mortas retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos Duração A higienização simples das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos 1 Abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostarse à pia 2 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos seguir a quantidade recomendada pelo fabricante Etapas 3 Ensaboar as palmas das mãos friccionandoas entre si 4 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e viceversa Etapas 5 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais 6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta segurando os dedos com movimento de vaievem e viceversa Etapas 7 Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda realizando movimento circular e viceversa 8 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita fechada em concha fazendo movimento circular e vice versa Etapas 9 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita realizando movimento circular e vice versa 10 Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabonete Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira Etapas 11 Secar as mãos com papel toalha descartável iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos No caso de torneiras com contato manual para fechamento sempre utilizar papel toalha Etapas CREDITS This presentation template was created by Slidesgo including icons by Flaticon and infographics images by Freepik THANKS LAVE SUAS MÃOS Prezado Aluno tudo bem Espero que goste Se possível avaliar minha resolução no SITE MEUGURU Espero que nas próximas atividades me escolha novamente ATT Seu amigo GURU TEMA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CUIDADO AO PACIENTE IDOSO PROPOSTA Elaborar uma apresentação para os colaboradores sobre higienização das mãos contendo 1 Explicar a importância da higienização correta das mãos e indicar quando é indicado a realização deste procedimento 2 Descrever o passo a passo da técnica 3 Citar os antissépticos que podem ser utilizados e a forma de ação destes antimicrobianos 4 Fotografar as etapas de lavagem das mãos e inserir no formulário padrão da atividade TRABALHO ESCRITO MICROBIOTA Para entender os objetivos das diversas abordagens da higienização das mãos o conhecimento da microbiota normal da pele é essencial A estrutura básica da pele inclui da camada externa para a mais interna estrato córneo epiderme derme e hipoderme A barreira à absorção percutânea está no interior do estrato córneo que é o mais fino e menor compartimento da pele A pele é um órgão dinâmico pois a sua formação e integridade estão sob controle homeostático e qualquer alteração resulta em aumento da proliferação de suas células Devido à sua localização e extensa superfície é constantemente exposta a vários tipos de microrganismos do ambiente Assim a pele normal do ser humano é colonizada por bactérias e fungos sendo que diferentes áreas do corpo têm concentração de bactérias variáveis por centímetro quadrado Couro cabeludo 106 UFCcm² Axila 105 UFCcm² Abdômen ou antebraço 104 UFCcm² Mãos dos profissionais de saúde 104 a 106 UFC cm2 Microbiota transitória e microbiota residente Um estudo sobre a quantificação da microbiota da pele dividiu as bactérias isoladas das mãos em duas categorias transitória e residente A microbiota transitória que coloniza a camada superficial da pele sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos com água e sabonete por meio de fricção mecânica É frequentemente adquirida por profissionais de saúde durante contato direto com o paciente colonizado ou infectado ambiente superfícies próximas ao paciente produtos e equipamentos contaminados A microbiota transitória consiste em microrganismos nãopatogênicos ou potencialmente patogênicos tais como bactérias fungos e vírus que raramente se multiplicam na pele No entanto alguns deles podem provocar infecções relacionadas à assistência à saúde As mãos dos profissionais de saúde podem ser persistentemente colonizadas por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus bacilos Gramnegativos ou leveduras que em áreas críticas como unidades de terapia intensiva UTIs e unidades com pacientes imunocomprometidos e pacientes cirúrgicos podem ter um importante papel adicional como causa de infecção relacionada à assistência à saúde Alguns autores documentaram que apesar do número de microrganismos da microbiota transitória e da residente variar consideravelmente de um indivíduo para outro geralmente é constante para uma determinada pessoa Sendo assim a pele pode servir como reservatório de microrganismos que podem ser transmitidos por contato direto pele com pele ou indireto por meio de objetos e superfícies do ambiente Além das microbiotas residente e transitória Rotter 1999 descreve um terceiro tipo de microbiota das mãos denominada microbiota infecciosa Nesse grupo poderiam ser incluídos microrganismos de patogenicidade comprovada que causam infecções específicas como abscessos paroníquia ou eczema infectado das mãos As espécies mais freqüentemente encontradas são Staphylococcus aureus e estreptococos betahemolíticos Devese ressaltar ainda que fungos por exemplo Candida spp e vírus como por exemplo vírus das hepatites A B e C vírus da imunodeficiência humana HIV vírus respiratórios vírus de transmissão fecaloral como o rotavírus vírus do grupo herpes como varicela vírus EpsteinBarr e citomegalovírus podem colonizar transitoriamente a pele principalmente as polpas digitais após contato com pacientes ou superfícies inanimadas podendo ser transmitidos ao hospedeiro suscetível A higienização das mãos sempre foi considerada uma medida básica para o cuidado ao paciente Desde o estudo de Semmelweis no século XIX as mãos dos profissionais de saúde vêm sendo implicadas como fonte de transmissão de microrganismos no ambiente hospitalar A contaminação das mãos dos profissionais pode ocorrer durante o contato direto com o paciente ou por meio do contato indireto com produtos e equipamentos no ambiente próximo a este como bombas de infusão barras protetoras das camas e estetoscópio entre outros Bactérias multirresistentes e mesmo fungos como Candida parapsilosis e Rhodotorula spp podem fazer parte da microbiota transitória das mãos e assim se disseminar entre pacientes PRODUTOS UTILIZADOS NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos três elementos são essenciais para essa prática agente tópico com eficácia antimicrobiana procedimento adequado ao utilizálo com técnica adequada e no tempo preconizado e adesão regular ao seu uso nos momentos indicados Sabonete comum sem associação de antiséptico O sabonete comum não contém agentes antimicrobianos ou os contém em baixas concentrações funcionando apenas como conservantes Os sabonetes para uso em serviços de saúde podem ser apresentados sob várias formas em barra em preparações líquidas as mais comuns e em espuma Favorecem a remoção de sujeira de substâncias orgânicas e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica Em geral a higienização com sabonete líquido remove a microbiota transitória tornando as mãos limpas Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde A eficácia da higienização simples das mãos com água e sabonete porém depende da técnica utilizada e do tempo gasto durante o procedimento que normalmente dura em média 8 a 20 segundos sem contar o tempo necessário para se deslocar até a pia e retornar O processo completo leva muito mais tempo sendo estimado em 40 a 60 segundos Ocasionalmente os sabonetes não associados a antisépticos podem se contaminar causando colonização das mãos dos profissionais de saúde com bactérias Gramnegativas SARTOR et al 2000 O sabonete líquido tornase passível de contaminação ainda caso o seu reservatório seja completado sem esvaziamento Nos serviços de saúde recomendase o uso de sabonete líquido tipo refil devido ao menor risco de contaminação do produto Os sabonetes estão também regulamentados pela Resolução ANVS nº 481 de 23 de setembro de 1999 BRASIL 1999 Conforme essa resolução o resultado deve apresentar ausência de Pseudomonas aeruginosa Staphylococcus aureus e coliformes totais e fecais em 1 g ou ml do produto e contagem de microrganismos mesófilos aeróbios totais não mais que 103 UFCg ou ml Álcool A atividade antimicrobiana em geral dos álcoois se eleva com o aumento da cadeia de carbono porém a sua solubilidade em água diminui Somente os álcoois alifáticos que são completamente miscíveis em água preferencialmente o etanol o isopropanol e o npropanol são usados como produtos para higienização das mãos A maioria das soluções à base de álcool para a antisepsia das mãos contém etanol álcool etílico isopropanol álcool isopropílico npropanol ou ainda uma combinação de dois destes produtos Embora o npropanol seja utilizado na Europa há vários anos não é listado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA Food and Drugs Administration FDA em sua publicação Tentative Final Monograph TFM for Healthcare Antiseptic Drug Products de 1994 como agente ativo aprovado para a higienização das mãos ou para o preparo précirúrgico das mãos naquele país Por sua vez o etanol é reconhecido como agente antimicrobiano sendo recomendado para o tratamento das mãos desde 1888 Ressaltase que no Brasil é o mais utilizado O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteínas Outros mecanismos associados têm sido reportados como a ruptura da integridade citoplasmática a lise celular e a interferência no metabolismo celular A coagulação das proteínas induzida pelo álcool ocorre na parede celular na membrana citoplasmática e entre várias proteínas plasmáticas Essa interação do álcool com as proteínas levantou a hipótese da interferência de sujidade contendo proteínas na antisepsia e desinfecção De modo geral os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida em relação a todos os agentes utilizados na higienização das mãos Soluções alcoólicas entre 60 e 80 são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água Clorexidina O gluconato de clorexidina bisbiguanida catiônica foi desenvolvido na Inglaterra no início dos anos 1950 e introduzido nos EUA nos anos 70 A base clorexidina é pouco solúvel em água mas a forma digluconato é solúvel em água A atividade antimicrobiana da clorexidina provavelmente é atribuída à ligação e subseqüente ruptura da membrana citoplasmática resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que a dos álcoois sendo considerada de nível intermediário seu efeito residual porém pela forte afinidade com os tecidos tornao o melhor entre os antisépticos disponíveis A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Grampositivas menor atividade contra bactérias Gramnegativas e fungos mínima atividade contra micobactérias e não é esporicida Iodóforos PVPI Polivinilpirrolidona iodo O iodo é um antiséptico reconhecido pela sua efetividade desde 1821 Entretanto devido às propriedades de causar irritação e manchar a pele foi substituído por PVPI ou iodóforos nos anos 60 Iodóforos são moléculas complexas compostas de iodo e de um polímero carreador chamado polivinilpirrolidona cuja combinação aumenta a solubilidade do iodo e provê um reservatório de iodo liberandoo ao ser utilizado e reduzindo o ressecamento da pele A quantidade de iodo molecular presente iodo livre é que determina o nível de atividade antimicrobiana do iodo sendo que as soluções de PVPI a 10 contendo 1 de iodo disponível liberam iodo livre de aproximadamente 1 ppm A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular ocorrendo a inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados prejudicando a síntese protéica e alterando as membranas celulares O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Grampositivas e Gramnegativas bacilo da tuberculose fungos e vírus exceto enterovírus possuindo também alguma atividade contra esporos Entretanto em concentrações utilizadas para antisepsia usualmente os iodóforos não têm ação esporicida Triclosan O triclosan cujo nome químico é éter 244tricloro2hidroxidifenil é um derivado fenólico introduzido em 1965 É incolor pouco solúvel em água mas solúvel em álcool e em detergentes aniônicos A ação antimicrobiana do triclosan ocorre por sua difusão na parede bacteriana inibindo a síntese da membrana citoplasmática ácido ribonucléico lipídios e proteínas resultando na inibição ou morte bacteriana Estudos recentes indicam que a atividade antimicrobiana é decorrente da sua ligação ao sítio ativo da redutase protéica enoilacil bloqueando a síntese lipídica Este antiséptico tem amplo espectro de atividade antimicrobiana sendo bacteriostático com concentrações inibitórias mínimas CIM entre 01 a 10 µg ml entretanto as concentrações bactericidas mínimas são de 25500 µgml por 10 minutos de exposição A atividade bactericida é maior contra bactérias Gram positivas incluindo MRSA do que contra bactérias Gramnegativas particularmente a Pseudomonas aeruginosa Possui atividade razoável contra micobactérias e Candida spp mas é limitada contra fungos filamentosos como Aspergillus spp cuja CIM é 100 µgml HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde LARSON 2001 CDC 2002 Recentemente o termo lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos englobando a higienização simples a higienização antiséptica a fricção antiséptica e a antisepsia cirúrgica das mãos A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades CDC 2002 BRASIL 2007 remoção de sujidade suor oleosidade pêlos células descamativas e microbiota da pele interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas Indicações As mãos devem ser higienizadas com água e sabonete nas seguintes situações Quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais Ao iniciar e terminar o turno de trabalho Antes e após ir ao banheiro Antes e depois das refeições Antes de preparar alimentos Antes de preparar e manipular medicamentos Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica sob a forma gel ou líquida com 13 de glicerina quando estas não estiverem visivelmente sujas em todas as situações descritas a seguir Antes de ter contato com o paciente Após ter contato com o paciente Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico Após risco de exposição a fluidos corporais Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro limpo durante o cuidado ao paciente Após ter contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente Antes e após a remoção das luvas Técnica Dependendo do objetivo ao qual se destinam as técnicas de higienização das mãos podem ser divididas em Higienização simples Higienização antiséptica Fricção de anti séptico e Antisepsia cirúrgica ou preparo préoperatório A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas é necessário retirar anéis pulseiras e relógios pois tais objetos podem acumular microrganismos Higienização simples Finalidade Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele assim como o suor a oleosidade e as células mortas retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos Duração A higienização simples das mãos deve ter duração de 40 a 60 segundos Etapas 1 Abrir a torneira e molhar as mãos evitando encostarse à pia 2 Aplicar na palma da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir toda a superfície das mãos seguir a quantidade recomendada pelo fabricante 3 Ensaboar as palmas das mãos friccionandoas entre si 4 Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e viceversa 5 Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais 6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta segurando os dedos com movimento de vaievem e viceversa 7 Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda realizando movimento circular e viceversa 8 Friccionar as polpas digitais e as unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita fechada em concha fazendo movimento circular e viceversa 9 Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita realizando movimento circular e viceversa 10Enxaguar as mãos retirando os resíduos de sabonete Evitar contato direto das mãos ensaboadas com a torneira 11Secar as mãos com papel toalha descartável iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos No caso de torneiras com contato manual para fechamento sempre utilizar papel toalha REFERÊNCIAS 1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária Segurança do Paciente em Serviços De Saúde Higienização das mãos 2009