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Biomedicina ·
Microbiologia
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1 Rafaela Pamplona Microbiologia Gram Negativos Atípicos Haemophylos São bastonetes pequenos às vezes pleomórfilos presentes nas membranas mucosas dos seres humanos Fisiologia e Estrutura O crescimento da maioria das espécies de Haemophilus requer suplementação do meio com uma ou ambos dos seguintes fatores de crescimento Hemina Fator X Nicotinamida adenina dinucleotídeo NAD Fator V Ágar chocolate levemente aquecido para isolamento in vitro de Haemophilus Parede é típica de outros bastonetes Gramnegativos parede delgada de peptidioglicanos com proteínas espécieespecificas na membrana externa Proteínas cepa específicas e espécieespecífica são encontradas na membrana externa Patogenia e Imunidade mais comum colonizam o trato respiratório nos primeiros anos de vida Podem se empalhar e causar doenças nos ouvidos otite média nos seios nasais sinusite e no trato respiratório inferior bronquite pneumonia frequente em crianças não vacinadas pentavalente Na ausência de anticorpos opsonizadores responsáveis por identificar e neutralizar direcionados contra a cápsula polissacarídica pode se desenvolver bacteremia intensa Síndromes Clínicas H influenzae do tipo B encapsulado foi causa mais comum de meningite pediátrica mas o quadro foi alterado rapidamente quando as vacinas conjugadas se tornaram amplamente utilizadas 50 das crianças não imunizadas que desenvolvem a doença apresentam danos neurológicos graves Diagnostico Laboratorial Coleta do Espécime Clínico A aspiração direta com seringa deve ser utilizada para o diagnóstico microbiológico de sinusite ou otite O escarro é utilizado no diagnóstico de pneumonia Tanto sangue quanto o LCR devem ser coletados de crianças não imunizadas com o diagnóstico de meningite Os espécimes para detecção de H ducreyi devem ser coletados com um swab umedecido a partir da base ou da margem da úlcera Microscopia Podem ser detectados bastonetes Gramnegativos que variam em forma de cocobacilos a filamentos longos e pleomórficos Detecção de Antígeno É específico para H influenzae Teste de aglutinação de partículas Partículas de látex cobertas com anticorpos são misturadas com o espécime clínico A aglutinação ocorre se o PRP cápsula polissacarídica antifagocitária estiver presente Cultura Ágar Chocolate Meio de Ágar Chocolate é amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes embora cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos 2 Rafaela Pamplona À base do meio é adicionado sangue de cavalo carneiro ou coelho em temperatura alta o que faz com que as hemácias lisem liberando hemina e hematina compostos fundamentais para o crescimento dos microrganismos exigentes As bactérias aparecem como colônias lisas e opacas Devido a meios específicos para detecção do H ducreyi devese indicar investigação direcionada para esta espécie Cultura Satelitismo Meio Ágar Sangue o sangue precisa estar contaminado com S aureus que lisam eritrócitos e proporcionam os fatores de crescimento fator X e fator V Tratamento Infecções graves são tratadas com cefalosporinas de amplo espectro Infecções menos graves azitromicina ou uma fluoroquinolona É recomendado que crianças recebam três doses de vacina contra H influenzae do tipo b antes dos 6 meses de idade seguidas por doses de reforço Helicobacter Bacilos Gram negativos espiralados inflamação crônica do antro gástrico final do piloro Helycobacter pylori helicobactéria gástrica tem sido associado com Gastrite e úlcera péptica Adenocarcinoma gástrico Linfoma de células B do tecido linfóide associado à mucosa gástrica MALT Fisiologia e Estrutura Bacilos gramnegativos associado a inflamação crônica do antro gástrico final do piloro podendo adquirir a forma cocoide em culturas mais velhas curvo e móvel promove mobilidade rápida e em forma de sacarolhas enzima que transforma ureia NH3 CO2 Eleva o pH da mucosa gástrica se tornando básico protegendo o microrganismo dos efeitos deletérios do pH ácido do estômago podendo ter acesso à camada protetora de muco Catalase Positivo Oxidase Positivo não utilizam carboidratos mas utilizam aminoácidos como fonte de energia diminuição do teor de oxigênio e aumento de dióxido de carbono condições microaerófila O crescimento de H pylori requer um meio complexo suplementado com sangue soro carvão amido ou gema de ovo Temperatura variando entre 30ºC e 37ºC Fatores de Virulência Urease Neutraliza ácidos gástricos Estimula a quimiotaxia de monócito e neutrófilos Estimula a produção de citocinas inflamatórias Proteína de Choque Térmico HspB Amplifica a produção de urease Proteína inibidora de ácidos Induz a hipocloridria durante a infecção aguda por bloquear a secreção ácida das células parietais Flagelos Permite a penetração para o interior da camada de muco gástrico e a proteção contra o ambiente ácido Adesinas Medeia a ligação a células do hospedeiro ligação as células gástricas Mucinase Degrada o muco rompe a camada mucosa gástrica Fosfolipases Degrada o muco rompe a camada mucosa gástrica Superóxido dismutase Impede a destruição fagocitaria por neutralizar metabolitos do oxigênio Catalase Impede a desnutrição fagocítica pode neutralizar peróxidos Citotoxina vacuolizante Induz a vacuolização das células epiteliais Estimula a migração de neutrófilos para a mucosa Fatores mal definidos gene cag PAI Estimula a secreção de interleucina8 pelas células epiteliais gástricas que recruta e ativa neutrófilos Estimula células gástricas a produzir fator ativador de plaquetas que estimula a secreção de ácidos gástricos Induz o oxido nítrico sintase em células epiteliais gástricas que medeia a lesão tecidual 3 Rafaela Pamplona Epidemiologia 70 a 100 dos pacientes com gastrites úlcera gástrica ou duodenal estão infectados com H pylori Os seres humanos são os reservatórios primários da infecção Acreditase que a colonização persista por toda a vida a menos que o paciente seja tratado especificamente A transmissão via fecaloral é a mais provável Síndromes Clínicas Colonização por H pylori invariavelmente leva à evidência histológica de gastrite ou seja infiltração de neutrófilos e células mononucleares na mucosa gástrica A fase aguda da gastrite é caracterizada por uma sensação de plenitude náusea vômito e hipocloridria A doença pode evoluir para gastrite crônica confinada ao antro gástrico ou envolver o estômago inteiro Aproximadamente 10 a 15 dos pacientes com gastrite crônica irão desenvolver úlcera péptica H pylori é responsável por 85 das úlceras gástricas e 95 das úlceras duodenais Eventualmente a gastrite crônica leva à substituição da mucosa gástrica normal por fibrose e proliferação do epitélio do tipo intestinal Este processo aumenta cerca de 100 vezes o risco de o paciente desenvolver câncer gástrico Diagnostico Laboratorial Microscopia H pylori é detectado por meio de exame histológico de biópsias de mucosa gástrica Coloração de WarthinStarry com prata é a mais sensível Detecção antigênica Amostras de biópsia também podem ser testadas para a presença da atividade enzimática da urease A grande quantidade de urease produzida permite a detecção de um subproduto alcalino em menos de duas horas A limitação desse método consiste na necessidade de se realizar uma biópsia Teste de Urease Fragmentos da mucosa gástrica são colocados em um meio contendo ureia e um indicador de pH em meio ácido A presença de urease do H pylori promove hidrolise da ureia em amônia que aumenta o pH da solução e modifica a cor da solução Cultura H pylori adere à mucosa gástrica não sendo recuperado de amostras de fezes ou sangue O diagnóstico das infecções causadas por H pylori pode ser realizado por métodos não invasivos ex imunoensaio sendo a cultura reservada para testes de suscetibilidade aos antimicrobianos Os meios de cultura com melhores resultados são os que utilizam agar sangue e ambiente microaerófilo com 5 de O2 e 510 de CO2 Identificação A identificação presuntiva dos microrganismos isolados baseiase em suas características de crescimentos em condições seletivas morfologia microscópica típica e detecção da atividade da oxidase catalase e urease Tratamento Combinação Inibidor da bomba de prótons ex omeprazol Macrolídeo ex claritromicina Betalactâmico ex amoxicilina 4 Rafaela Pamplona Micologia Características Gerais Fungos seres unicelulares ou multicelulares Dividemse em Leveduras unicelular Filamentosos bolores e mofos multi ou pluricelular Amplamente distribuídos na natureza São quimioheterotróficos por absorção produzem e secretam enzimas digestivas para a absorção de nutrientes São aeróbios ou anaeróbios facultativos Algumas espécies de fungos apresentam melanina na sua parede celular demácios conferindo resistência aos raios ultravioletas e as enzimas líticas Hifas Compostas por elementos multicelulares em forma de tubo Micélio conjunto de hifas Tipos de Hifas Podem ser divididas em compartimentos celulares através de septos parciais completos ou perfurados Micélio vegetativo encontrase no interior do substrato conferindo sustentação e obtenção de nutrientes necessários ao desenvolvimento do fungo Micélio aéreo ou reprodutivo quando o micélio se projeta além do substrato que pode se diferenciar em estruturas especializadas na reprodução constituindo portanto o aparelho de frutificação Estrutura e Composição dos Fungos Núcleo características típicas de uma célula eucariótica com tamanho reduzido e menor quantidade de DNA Obs devido a semelhança estrutural das células fúngicas com as células humanas há a toxicidade cruzada O antifúngico acaba atacando tanto os fungos quanto as células humanas não age de forma seletiva por isso há poucos antifúngicos no mercado Nucléolo DNA RNA e proteínas sitio para a síntese de Organelas Citoplasmáticas ribossomos mitocôndrias retículo endoplasmático aparelho de golgi e vacúolos Membrana Plasmática modelo de mosaico fluido presença de ergosterol local de ação de antifúngicos difere da humana que possui colesterol Parede Celular rígida responsável por manter a homeostase e pela fixação do fungo às células hospedeiras Libera antígenos que estimulam a produção de anticorpos É constituída por Polissacarídeos papel enzimático e estrutural representam o maior componente da parede celular Os polissacarídeos ativam a cascata do sistema complemento principalmente a via alternativa desencadeando uma reação inflamatória Proteínas associadas aos polissacarídeos glicoproteínas Lipídios concentração variável podendo constituir 19 do peso seco celular São constituídos de fosfolipídios triglicerídeos e esteróis ergosterol Leveduras Unicelulares não filamentosas caracteristicamente esféricas ou ovais formado e tamanho irregular Reprodução por fissão binária produzindo células iguais ou por brotamento gemulação formando células desiguais Algumas leveduras produzem brotos que não se separam formando uma cadeia de células Formam colônias circulares pastosas ou mucoides Filamentosos Bolor Colônias filamentosas multinucleadas tendo como unidade funcional as Dimórfico Formam estruturas distintas em diferentes temperaturas Apresentam se como bolores no meio externo à temperatura ambiente e como leveduras ou outras estruturas nos tecidos humanos à temperatura corporal Os fungos dimórficos crescem tanto na forma filamentosa quanto na forma de levedura Ocorre dimorfismo principalmente nas O dimorfismo é dependente de TC e nutrientes Aplicações Fornecedores de químicos antibióticos Controle biológico Simbiontes mutualistas Parasitas T Bebidas e alimentos 5 Rafaela Pamplona Biodegradação Biotecnologia Produção de Fármacos Penicilinas Cefalosporinas Penicillium chrysogenum Cephalosporium acremonium Síntese da parede celular Síntese da parede celular ᵦlactâmico ᵦlactâmico Doenças causadas por fungos Causam infeções intoxicações e alergias Classificação das Infecções Micoses superficiais pitiríase versicolor piedra preta piedra branca e tinea nigra Micoses cutâneas dermatofitoses e dermatomicose Dermatofitoses fungos dermatófitos que utilizam a queratina da pele unhas e pelo como alimento Dermatomicoses fungos filamentosos nãoqueratinizados e por leveduras do gênero Cândida Micoses subcutâneas pele e tecido conjuntivo Esporotricose cromomicose lobomicose e rinosporidiose Micoses sistêmicas órgãos internos Paracoccidioidomicose blastomicose hirtoplasmose e coccidioidomicose Micoses oportunistas criptococose candidíase zigomicose hialo hifomicose feohifomicose pneumocistose leveduras micetomas etc Micoses Superficiais Tinea Micose Tinea Versicolor Pano branco Agente etiológico Malassezia furfur Levedura lipofílica faz parte da microbiota normal da pele Quadro clínico lesões acrômicas e pleomorficas sem forma definida ou hiperpigmentadas versicolor bordas delimitadas tórax abdômen pescoço face Micoses das praias pois o sol revela lesões existentes Diagnóstico Observação direta de hifas curtas e não ramificadas e células esféricas Técnica de Porto cola um pedaço de durex no local da lesão e depois coloca na lâmina para reagir com azul de metileno Exame microscópico de pele infectada tratada com KOH a 1020 ou corados com calcofluor micose escura Agente etiológico Exophiala werneckii Prevalência em regiões costeiras quentes Quadro clínico infecção assintomática do extrato córneo palmas das mãos ou planta dos pés com lesões de pigmentação escura Diagnóstico exame microscópico revela hifas septadas ramificadas e células em brotamento com paredes melaninizadas Infecções crônicas e assintomáticas dos pelos axilares pubianos a barba e os cabeloscom formação de nódulos visíveis a olho nu Endêmica nos países tropicais subdesenvolvidos Piedra Negra nódulos escuros e fixos causados por Piedraia hortae Piedra Branca formação de nódulos amarelados de consistência amolecida causada por Trichosporon beigelli Micoses Cutâneas Infecções no tecido queratinizado superficial pele cabelos e unhas Alta prevalência mundial causadas por três gêneros Trichophyton Microsporum Epidermophyton floccosum Infecta cabelos pele e unhas Infecta pelos e pele Infecta pele e unha Colônia achatada aveludada Coloração amarelo acastanhada a verdeoliva Apresentamse na forma de hifas hialinas septadas e ramificadas ou cadeias de artroconídios Adquiridos por contato com solo contaminado animais ou humanos infectados Classificados em geofílicos solo zoofólicos animais ou antropofílicos homem 6 Rafaela Pamplona Patogenia não penetra em tecido vivo limitase aos tecidos mortos da pele queratina do extrato córneo pelo e unhas e produzem metabolitos envolvidos na degradação da queratina Fragmentos de hifas Escoriação préexistente Pele camada córnea Lesão de aspecto circular com vesículas nas bordas Descamação com ou sem resposta inflamatória Parte central curada com liberação de fungos visíveis Pele infectada por fungo fonte de queratina Remoção da cutícula Ganha o pelo Coleta do bulbo capilar Manifestações clínicas o fungo tende a se mover do local para fugir da inflamação ocasionando o lesão em forma de anel Região central esbranquiçada e em descamação região de cicatriz sem processo inflamatório local em que há liberação de substâncias fúngicas responsáveis pela transmissão Região periférica avermelhada devido a parede celular rica em polissacarídeo ativar a via alternativa do sistema complemento gerando um processo inflamatório Localizase em espaços interdigitais nos pés de pessoas que usam sapatos Na forma aguda é pruriginosa vesicular e avermelhada e na crônica ocorre fissuras e descamação micose na unha Localizase nas unhas As unhas tornamse espessadas quebradiças despigmentadas e sem brilho Gêneros mais comuns Trichophyton sp Epidermophyton sp Cândida sp Corporis Cruris Manus Corpo Virilha Mãos Afeta pele lisa e glabra Na cruris as lesões são descamativas e eritématopruriginosas Na corporis são placas circulares bordas avermelhadas e vesiculares pruriginosas com descamação central Gêneros comuns Trichophyton sp e Microsporum sp Capitis Barbae Cabelo Barba As lesões se localizam no couro cabeludo e nos pelos da barba Na capitis são placas circulares de calvície com pontas de cabelo ou cabelo quebrado no folículo Gêneros comuns Microsporun sp e Trichophyton sp Na barbae são eritematosas e edematosas Gênero comum Trichophyton sp Dermatofítide reação de hipersensibilidade Lesões vesiculares a bolhosas pruriginosas Diagnóstico Amostras raspados da pele e de unhas com pelos das áreas afetadas Exame microscópico Cultura meio específico para fungos contendo cloranfenicol e cicloheximida com incubação durante 13 semanas à temperatura ambiente como demora só é pedido quando a suspeita de resistência Técnicas de Identificação Exame direto a fresco Pesquisa estruturas como células leveduriformes e ou esporos Confeccionase em uma lâmina de microscopia colocandose soro fisiológico e a amostra em questão Exame direto clarificado Pesquisa estruturas como células leveduriformes esporos e ou micélios Crescimento circular e centrifugo 7 Rafaela Pamplona Confeccionase em uma lâmina de microscopia colocandose a amostra em questão pelo fio de cabelo unha ou escama epidérmica Adicionase à amostra uma solução de hidróxido de potássio a 10 e colocase uma lamínula sobre o material Técnica de Porto Pesquisa estruturas que identifiquem a Malassezia furfur pano branco Levantase a fita previamente fixada em uma lâmina de microscopia adicionase uma a duas gotas de azul de metileno e levase ao microscópio Cultura Utilizase o meio de Sabouraud acrescido de cloranfenicol promovendo a inoculação da amostra em sete pontos equidistantes ferindo o meio Microcultivo em lâmina Possibilita a identificação de estruturas reprodutivas das culturas isoladas Utilizase uma placa de petri contendo uma lâmina um fragmento de meio Sabouraud um bastão em V e uma lamínula sobreposta a este Obs Devese colocar na placa um chumaço de algodão hidrófilo com água estéril para evitar o ressecamento do meio Outras técnicas utilizadas na micologia médica Prova de perfuração do pelo Repique em tubo Armazenamento em meio com óleo Epidemiologia A incidência é maior em climas quentes e úmidos e em situações de aglomeração A suscetibilidade aumenta com a umidade o calor a composição química específica da pele do sebo e do suor da prematuridade a exposição maciça e predisposição genética Na infecção por dermatófitos geofílicos e zoofílicos os conídios podem permanecer viáveis por longo tempo no ambiente O contato direto e fômites são formas de transmissão das infecções por dermatófitos antropofílicos Micoses Subcutâneas Agente etiológico Sporothrix schenckii Fungo dimórfico que vive em superfícies Cresce na forma de bolor produzindo hifas septadas hialinas ramificadas e conídios 1930C Produção de pequenos tumores subcutâneos A maioria dos indivíduos apresenta anticorpos específicos a esporotriquina Patogenia Trauma na pele Penetração do S schenckii Nódulo granulomatoso Drenagem para linfáticos com espessamento e aspecto em corda Quadro Clínico disseminação por via linfática e hematogênica para fígado baço sistema nervoso pulmões Cutâneo localizada ou dermoepidérmica Resulta de reinfecção cutânea Apresentase como lesões pleomórficas Cutâneolinfática Extrategumentar ou visceral Pode ser adquirida por traumatismo ou inalação Diagnóstico Amostras material de biópsia ou exsudatos de lesões ulcerativas Exame microscópico Direto com KOH 1040 Baixa positividade Corados pelo Giemsa e GRAM Células leveduriformes ovais globosas Sorologia Aglutinação em partículas de látex ELISA FC IF Exame histopatológico Abcesso necrótico central Granuloma zona tuberculóide Tecido granular e fibrosado zona sifilóide Macrocultivo Sabouraud 2530ºC Cultura Período de 4 a 12 dias Verificação de dimorfismo Microcultivo hifas hialinas septadas 8 Rafaela Pamplona Epidemiologia Distribuição mundial mais frequente em clima tropical e temperado Frequente na América do Sul destacandose o Brasil Todas as faixas etárias sem distinção racial Predominância do sexo masculino pessoas com atividades associadas a terra Tratamento Iodeto de potássio VO Itraconazol Fluconazol Terbinafina e Anfotericina B É rara a solicitação de um antifungiograma pois há poucas opções terapêuticas e pela demora na obtenção do resultado Ocorre por inoculação traumática de fungos residentes em solo e vegetações Ocasionada por fungos dematiáceos fungo negro com paredes melaninizadas pode produzir melanina Os agentes são Phialophora verrucosa lesões verrugosas Fonsecaea pedrosoi Rhinocladiella aquaspersa Fonsecaea compacta e Cladosporium carrionii Patogenia Inoculação por traumatismo na pele mesesanos Lesão verrugosa com ulceração e pontos negros hemopurulentos Disseminação linfática local Quadro Clínico Lesões polimórficas caracterizandose por nódulos lesões papulosas eritêmatodescamativas verrucosas com ou sem ulceração Localizamse principalmente nos MMII Diagnóstico Amostras raspados ou biópsia das lesões Exame microscópico direto com KOH 1040 Cultura em meio de Sabouraud por 715 dias Esse meio de cultura deve ser associado a antibiótico como o cloranfenicol para inibir o crescimento bacteriano já que a cultura fúngica necessita de vários dias para proliferar Fonsecaea pedrosoi colônias de maturação lenta 14 dias veludosa marromescuro verdeoliva ou negro plano ou rugoso Cladosporium carrionii colônias de maturação muito lenta 21 dias veludosa marrom ou verdeoliva escuro recobertas por micélio algodonoso e cinza Rhinocladiella aquaspersa colônias de maturação rápida 7 dias veludosa verde escuro ou preto Epidemiologia Distribuição mundial Sexo masculino é mais acometido principalmente em indivíduos com atividades associadas ao campo Infecções crônicas granulomatosas Causadas Actinomicetos bactéria actinomicetoma Fungos eumicetoma agregados de hifas Inoculação por traumatismo ou por saprofitismo Aumento de volume com microabscessos purulentogranuloso Agente etiológico Actinomicetos Actinomyces Nocardia Streptomyces Actinomadura Fungos Madurella Allescheria Cephalosporium Acremonium Grãos brancos fungos hialinos Grãos negros fungos dematiáceos Diagnóstico Material coletado das fístulas centrifugação em salina Exame direto observação de grãos Eumicóticos hifas septadas com clamidoconídios Actinomicóticos hifas finas não septados KOH 1020 e corante Cultivo Sabouraud histopatológico não permite identificação 9 Rafaela Pamplona Tratamento Eumicetoma Cetoconazol diário 400800mg anos Itraconazol 400 mgdia Cirurgia Actinomicetoma terapia combinada Estreptomicina dapsona Sulfametoxazol trimetropim Amicacina sulfametoxazol trimetropim Epidemiologia Tropical e subtropical região quente e úmida Cinturão do micetoma latitudes 15ºS 30ºN Estações secas quentes e úmidas Homens mais afetados faixa etária 2040 anos Não transmissível Micoses Sistêmicas Blastose Sul Americana Agente Paracoccidioides brasilienses Inalação de fezes ou reativação Forma mucocutânea pulmão e mucosa da boca Quadro Clínico Lesões na pele são abscessos ou inflamações granulomatosas com centros necróticos Nos tecidos ou secreções observamse células esféricas ou ovais de tamanhos variáveis com paredes grossas dupla membrana múltiplos brotos ligados por bases estreitas à célulamãe Na forma pulmonar apresenta tosse seca Diagnóstico Exame microscópico direto do espécime clínico pus escarro Células leveduriformes com 10 a 60μm birrefringentes 3 ou mais brotamentos que se ligam a célulamãe por base estreita Birrefringência é uma propriedade óptica de um material que possui diferentes índices de refração para diferentes direções de propagação da luz Agente Cryptococcus neoformans Variação neoformans sorotipo A D AD Variação Gattii sorotipo B C Afeta principalmente as meninges Distribuição mundial Em geral está associada a AIDS neoplasias malignas ou imunossupressão Transmissão inalação fungo encontrado em grande quantidade em fezes secas de pombos Levedura esférica em brotamento com cápsula de polissacarídeos Produtora de urease e fenoloxidase Em cultura forma colônia mucóide esbranquiçada em 23 dias Existem duas variedades de C neoformans C gattii árvores C neoformans aves Patogenia Inalação de células leveduriformes Infecção pulmonar primária semelhante a influenza ou assintomática Resolução espontânea Imunocomprometidos multiplicação Disseminação para outros órgãos SNC pele olhos e próstata Manifestações Clínicas Ocorrem principalmente à nível de SNC produzindo meningite crônica que se caracteriza por remissões e exacerbações espontâneas A história clínica pode ser semelhante à de um tumor ou abscesso cerebral a doença degenerativa do SNC ou a meningite por micobactérias 10 Rafaela Pamplona O paciente pode apresentar cefaleia rigidez de nuca febre vômitos e desorientação A pressão liquórica está aumentada O estudo do LCR revela pleocitose com predomínio de células linfomonocitárias com glicorraquia normal ou baixa e proteinorraquia elevada Todos os casos de meningite criptocócica não tratados são fatais Diagnóstico Análise líquor pus e escarro tinta Nankin coloração específica evidencia a capsula espessa do C neoforman Cultura crescimento de colônias em poucos dias em temperatura ambiente ou a 37C Detecção da produção de urease Em meios contendo substratos difenólicos ocorre a produção de fenol oxidase e impregnação de melanina nas paredes celulares dando uma coloração marrom Sorologia Testes de aglutinação em látex para antígeno criptocócico mostra se positivo em 90 dos casos de Meningite criptocócica Testes com antígenos capsulares Pacientes com AIDS apresentam títulos elevados de antígenos por longos períodos mesmo com o tratamento efetivo Agente Histoplasma capsulatum Inalação do fungo Quadro Clínico Inicial subclínico e assintomático ou semelhante a infecção pulmonar comum viral Calcificações residuais nodulares disseminandose através de células do sistema reticulo endotelial macrófago até baço fígado rins medula óssea e suprarrenais Lesões ulcerativas na mucosa orofaríngea Diagnostico Difícil visualizar direto devido a dificuldade de visualização Esfregaço corado pelo Giensa Células ovaladas dentro do citoplasma em biopsia corada pelo hematoxilina eosina pas grocottsomory Cultura mais seguro e demorado Micoses Oportunistas Causadas por fungos amplamente distribuídos na natureza Causa infecção sistêmica em pacientes imunocomprometidos Há infecções oportunistas por fungos endógenos cândida pertencentes a microbiota normal e exógenos C neoformans encontrados no solo na água e no ar Micose sistêmica mais prevalente Causada por várias espécies de leveduras do gênero Cândida Presente na microbiota da pele mucosas e do trato gastrointestinal Em cultura apresenta na forma de levedura oval com brotamento com isolamento em 24h diferentes dos outros fungos Forma hifas e pseudohifas Em meio de ágar em 24h a temperatura ambiente produz colônias de coloração creme de consistência mole e com odor de levedo A espécie albicans é o patógeno mais comum a Cândida albicans é dimórfica Diferenciase das outras espécies por produzir hifas verdadeiras em meios com nutrição deficiente produz clamidósporos esféricos Estrutura Antigênica Manana substrato da parede celular boa especificidade e baixa sensibilidade Proteases Proteínas de choque térmico A Cândida albicans apresenta dois sorotipos A e B Patogenia Aumento no número de cândida Lesão de pele ou mucosa Invasão local por leveduras e pseudohifas Candidíase superficial cutânea ou mucosa ex dermatofitose vaginite Espécies do gênero Cândida Corrente sanguínea Hospedeiro imunocomprometido Crescimento Disseminação de leveduras micose sistêmica Patologia As lesões cutâneas e mucocutâneas caracterizamse por reações inflamatórias hipersensibilidade do tipo I alergias reações tópicas desde abscessos piogênicos a granulomas crônicos contendo grande quantidade de células leveduriformes em brotamento e pseudohifas 11 Rafaela Pamplona Manifestações Clínicas Fatores de risco gravidez diabetes idosos prematuridade AIDS traumatismo uso de anticoncepcionais orais corticosteróides e antibióticos Candidíase oral sapinho caracterizada por lesão pseudomembranosa esbranquiçada única ou múltipla composta de células epiteliais leveduras e pseudohifas Vulvovaginite caracterizada por irritação prurido e corrimento vaginal Infecção intertriginosa caracterizada por áreas avermelhadas e úmidas podendo evoluir para vesículas principalmente em obesos e diabéticos Infecção dos interdígitos das mãos ocorre após imersão frequente e prolongada em água Caracterizase pelo intumescimento eritematoso e doloroso da prega ungueal podendo evoluir para destruição da unha Fatores de risco uso prolongado de cateteres cirurgia abuso de drogas intravenosas aspiração lesão da pele ou TGI Em pacientes imunocompetentes a candidemia é transitória Candidemia é a infecção da corrente sanguínea causada por leveduras do gênero Cândida Diagnóstico Exame microscópico observação de células em brotamento e pseudo hifas Cultura a diferenciação entre as espécies de Cândida é feita através de testes bioquímicos As culturas de lesões cutâneas confirmam o diagnóstico As culturas de escarro não tem valor diagnóstico porque o fungo pertence a microbiota oral podendo dar falso positivo O valor diagnóstico de uma cultura de urina está na dependência da integridade da amostra e do número de leveduras 1000ufcml Sorologia especificidade e sensibilidade baixa Imunidade A resposta imune mediada por células CD4 é importante para o controle da Candidíase mucocutânea Por isso pacientes imunodeprimidos são mais susceptíveis Os neutrófilos são importantes para a resistência à Candidíase sistêmica Epidemiologia e Controle A Candidíase não é contagiosa O controle efetivo é evitar o desequilíbrio da microbiota e das defesas do hospedeiro 12 Rafaela Pamplona Agentes Antifúngicos Considerações Gerais Tradicionalmente as infeções fúngicas são divididas em duas classes distintas Sistêmicas orais ou parenterais para infecções sistêmicas Tópicos para infecções mucocutâneas Em consequência dessa característica os principais antifúngicos são categorizados como sistêmicos e tópicos Termos Importantes Espectro antifungico variação de atividade de um agente antifungico contra fungos Um agente antifungico de amplo espectro inibe uma ampla variedade de fungos incluindo os fungos leveduriformes e fungos filamentosos enquanto um agente de espectro restrito e ativo somente contra um número limitado de fungos Atividade fungistática nível da atividade antifúngica que inibe o crescimento de um organismo Isto e determinado in vitro testandose uma concentração padronizada de organismos contra uma série de diluições do antifungico A menor concentração da droga que inibe o crescimento do organismo e referida como concentração inibitória mínima CIM Atividade fungicida Habilidade de um agente antifungico para matar um organismo in vitro ou in vivo A menor concentração da droga que mata 999 do teste populacional e denominada concentração fungicida mínima CFM Combinações de agentes antifúngicos As combinações de agentes antifúngicos podem ser utilizadas 1 Para aumentar a eficácia no tratamento de uma infecção fúngica refratária 2 Para ampliar o espectro da terapia antifungico empírica 3 para prevenir a emergência de organismos resistentes 4 Para alcançar um efeito sinérgico Sinergismo antifungico combinações de agentes antifúngicos que têm atividade antifúngica intensificada quando utilizados juntos comparada com a atividade de cada agente isoladamente Antagonismo antifungico Combinação de agentes antifúngicos em que a atividade de um dos agentes interfere na atividade do outro agente Bombas de efluxo Famílias de transportadores de drogas que servem para bombear ativamente agentes antifúngicos para fora das células fúngicas diminuindo assim a quantidade de droga intracelular disponível para se ligar ao seu alvo Agentes Antifúngicos Sistêmicos Foi isolada em 1955 a partir do actinomiceto Streptomyces nodosus tendo sido aprovada em 1965 pela FDA como o primeiro agente antifúngico Filippin e Souza 2006 O nome do fármaco do caráter anfotérico da molécula Apresenta hidrossolubilidade em valores extremos de pH É quase insolúvel em água mas foi formulada para infusão IV através da formação de um complexo com o sal biliar desoxicolato É um polieno macrolídeo anfotérico Polieno contém muitas ligações duplas Macrolídeo contém um grande anel de lactona Apresentações da Anfotericina B ABD Anfotericina desoxicolato Pico sérico menor Reação de infusão com febre e calafrio Nefrotoxicidade pode levar a lesão renal aguda ABL Anfotericina Lipossomal Maior pico sérico Menor nefrotoxicidade Menor reação de infusão Maior incidência de eventos adversos cardiovasculares hepáticos e respiratórios 13 Rafaela Pamplona As principais condições que indicam o uso da ABL são leishmaniose visceral histoplasmose do sistema nervoso central histoplasmose disseminada refratária à ABD blastomicose no sistema nervoso central ou pacientes intolerantes à ABD Mecanismo de Ação A atividade antifúngica da anfotericina B depende de sua ligação a um grupo esterol principalmente ergosterol presente na membrana de fungos sensíveis Em virtude da interação com os esteróis das membranas celulares os agentes poliênicos parecem formar poros ou canais O resultado consiste em aumento da permeabilidade da membrana permitindo o extravasamento de uma variedade de pequenas moléculas Há algum nível de ligação com os esteróis da membrana humana colesterol o que provavelmente contribui para a toxicidade proeminente do fármaco Resistencia Fúngica Os mutantes selecionados in vitro para resistência à anfotericina B substituem o ergosterol por determinados esteróis precursores Também pode ocorrer redução de ergosterol da membrana prejudicando a ligação A absorção de todas as formulações de anfotericina pelo trato gastrointestinal é insignificante São administradas por infusões IV A principal reação adversa à anfotericina B IV consiste em febre calafrios É comum a ocorrência de anemia normocítica hipocrômica Atividade Antifúngica Candida spp Cryptococcus neoformans Blastomyces dermatitidis Coccidioides immitis Paracoccidioides braziliensis Candidíase criptococose coccidiodomicose blastoplasmose histoplasmose aspergilose mucomicose rinocerebral Foi descoberta em 1957 durante uma pesquisa por novos agentes antineoplásicos Embora desprovida de propriedades anticâncer ficou evidente que se tratava de um potente agente antifúngico Seu espectro de ação é muito menor do que o da anfotericina B Atividade Antifúngica A flucitocina tem atividade útil contra Cryptococcus neoformans Candida spp É rapidamente bem absorvida no trato gastrointestinal 90 Havendo comprometimento renal seus níveis aumentam com rapidez e podem provocar reações tóxicas Como efeito adverso pode deprimir a função da medula óssea e levar ao desenvolvimento de leucopenia e trombocitopenia Mecanismo de Ação Não é usada de forma isolada devido ao efeito sinérgico com outros agentes A flucitosina é captada pelas células fúngicas por meio da enzima citosina permease É convertida em nível intracelular primeiramente em 5fluoruracila e em seguida a monofosfato de 5 fluorodeoxiuridina e trifosfato de fluorouridina que inibem a síntese de DNA e RNA respectivamente É utilizada predominantemente em combinação com a anfotericina B A sinergia pode estar relacionada com o aumento da penetração da flucitosina pela membrana das células fúngicas lesionadas pela anfotericina Todos os fungos sensíveis são capazes de desaminar a flucitosina em 5fluorouracil O qual produz um importante metabólito inibidor da timidilato sintetase comprometendo a síntese de DNA As células dos mamíferos não convertem a flucitosina em fluorouracil Esse fato é de suma importância para a ação seletiva desse composto 14 Rafaela Pamplona Ambos compartilham o mesmo espectro antifúngico e o mesmo mecanismo de ação Os triazólicos sistêmicos são metabolizados mais lentamente e exercem menos efeito sobre a síntese de esteróis humanos do que os imidazólicos Devido a essas vantagens os novos congêneres em desenvolvimento são em sua maior parte triazólicos Inibição da síntese de ergosterol Imidazóis cetoconazol miconazol e clotrimazol Tratamento tópico Triazóis Itraconazol fluconazol voriconazol e posaconazol A atividade antifúngica dos azóis resulta da redução da síntese do ergosterol por meio da inibição de enzimas do citocromo P450 fúngicas A toxicidade seletiva dos fármacos azóis resulta de sua maior afinidade pelas enzimas fúngicas do citocromo P450 do que pelas humanas Os imidazóis tem grau menor de seletividade do que os triazóis Bastante utilizados no tratamento da candidíase Quase completamente absorvido pelo trato gastrointestinal A biodisponibilidade não é alterada pela presença de alimentos nem pela acidez gástrica Podese observar a ocorrência de náuseas e vômitos com doses superiores a 200 mgdia Mecanismo de Ação O principal efeito sobre os fungos consiste na inibição da esterol 14α desmetilase Levando ao comprometimento da síntese de ergosterol na membrana citoplasmática Comprometendo as funções de determinados sistemas enzimáticos ligados à membrana como a ATPase e as enzimas do sistema de transporte de elétrons inibindo assim o crescimento dos fungos Atividade Antifúngica Candida albicans Candida tropicalis Candida neoformans Efeitos Colaterais e Interações Medicamentosas São relativamente atóxicos A reação adversa mais comum é o desconforto gastrointestinal Todos os azóis tendem a produzir interações medicamentosas porque afetam o sistema de enzima dos citocromos P450 dos mamíferos em alguma extensão Ex Imidazol cetoconazol efeitos adversos mais comuns consistem em náuseas anorexia e vômitos Enzimaticamente pouco seletivo deixou de ser usado sistematicamente nos EUA Triazol Itraconazol em forma de cápsulas geralmente é bem tolerado em uma dose de 200mgdia Itraconazol Atividade antifúngica potente mas sua efetividade pode ser limitada pela biodisponibilidade reduzida As formulações mais modernas inclusive uma apresentação oral líquida e uma intravenosa utilizam a ciclodextrana como molécula transportadora para aumentar a solubilidade e a biodisponibilidade Muito utilizado no tratamento de dermatofitose e da onicomicose São ativos contra Cândida e Aspergiloses Formam a classe mais nova de agentes antifúngicos São grandes peptídeos cíclicos ligados a um ácido graxo de cadeia longa Caspofungina micafungina e anidulafungina As equinocandinas agem ao nível da parede celular fúngica inibindo a síntese do beta 13 glicano Isso resulta em ruptura da parede celular fúngica e morte celular Blastomyces dermatitidis Paracoccidioides brasiliensis 15 Rafaela Pamplona Oral para infecção mucocutânea Mecanismo de Ação A griseofulvina causa ruptura do fuso mitótico através de sua interação com os microtúbulos polimerizados Perda da integridade da parede celular Fragilidade osmótica Efeito fungicida Usos terapêuticos Doenças micóticas da pele dos cabelos e das unhas causadas por Microsporum Trichophyton ou Epidermophyton Agentes Antifúngicos Tópicos O tratamento tópico é útil em muitas infecções fúngicas superficiais como aquelas confinadas ao extrato córneo à mucosa escamosa ou à córnea Em geral a administração tópica de antifúngicos não tem sucesso para micoses das unhas onicomicose e do cabelo tinea do couto cabeludo Classes de fármacos de uso tópico imidazólicos e triazólicos Aplicação cutânea As preparações para uso cutâneo mostramse eficazes na tinea do corpo na tinea do pé na tinea crural e na tinea cutânea Aplicação vaginal Os cremes os supositórios e os comprimidos vaginais constituem as preparações de escolha na candidíase vaginal Aplicação oral O uso de pastilhas orais de clotrimazol é apropriadamente considerado como terapia tópica candidíase orofaríngea 16 Rafaela Pamplona Vírus Virologia ramo da Biologia que estuda os vírus Os vírus existem desde o início da vida Alguns vírus provavelmente evoluíram com a espécie Agentes não eram visualizados ao microscópio Agentes atravessavam os filtros que filtravam as bactérias de menores dimensões Varíola O aparecimento da varíola ocorreu com a domesticação do gado pois existem registros de cerca de 1000 anos AC na região da Índia e Oriente Médio Em cerca de 700 DC chega à Europa e à América No século XX ocorreram cerca de 300 milhões de mortes por varíola significando uma mortalidade de 3035 Primeira Vacina 1798 Edward Jenner observa que os tratadores de gado em quem a varíola bovina causava uma lesão benigna na mão eram resistentes à varíola humana Decide então vacinar um rapaz James Phipps com pus de uma lesão de varíola bovina e posteriormente quando submetido a inoculação direta da doença James Phipps não apresentava sinais de varíola 1ª Vacinação Variolação Introdução de pus de uma pústula com varíola na pele para provocar o contato e ativar uma resposta do corpo 2 de mortalidade 1898 Beijerink Confirma as observações de Ivanowsky e afirma que o agente patogênico devia ser desconhecido Fluido vivo contagioso 1898 Loeffler e Frosch Observaram que o agente não sobrevivia na ausência de um hospedeiro Febre Amarela O vírus da febre amarela foi o primeiro a ser detectado 1900 1901 Walter Reed Demonstra a natureza viral e Jesse Lazear inoculouse voluntariamente para demonstrar o modo de transmissão 1915 Felix dHerelle Pai da Virologia Bacteriófagos Primeiro método de quantificação viral Descreveu também algumas etapas do processo de replicação viral adsorção lise e liberação Separando coisas vivas e coisas não vivas não pode ser traçada Esse fato serve para aquecer a velha discussão sobre a questão o que e a vida Wendell Meredith Stanley 1904 1971 Características Gerais dos Vírus São estruturas subcelulares com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular sem nenhum metabolismo ativo fora da célula hospedeira Microrganismos que Se multiplicam dentro de células vivas Parasitas Obrigatórios Usam em maior ou menor grau o sistema de síntese das células Induzem a síntese de ácido nucléico viral e proteínas Capazes de auxiliálos a infectar novas células Seu único objetivo é perpetuarse na natureza Vírus X Bactérias Bactérias Vírus Parasita intracelular não S I M Membrana plasmática sim não envelope Divisão binária sim não replicação Possuem DNA e RNA sim não Produção de ATP sim não Ribossomos sim não Sensíveis a antibióticos sim N Ã O Relação de tamanho Os vírus parasitam todos os tipos de células procariotos tais como arqueias e bactérias bacteriófagos e eucariotos como fungos microalgas plantas e animais São bastante pequenos na ordem de 002µm 106 m até 03µm a maioria dos vírus só pode ser visto com auxílio de um microscópio eletrônico Por terem um tamanho muito reduzido o tamanho dos seus genomas também é bastante limitado e codifica apenas algumas poucas proteínas funcionais ex enzimas importantes para a replicação do vírus e estruturais componentes do capsídeo e envelope dependendo em grande parte das enzimas e do metabolismo do hospedeiro 17 Rafaela Pamplona Vírion Partícula viral completa ácido nucléico capsídeo protéico partícula viral infecciosa serve como veiculo na transmissão de um hospedeiro para outro Estrutura Viral informação genética especificidade viral e infecciosidade O genoma viral é constituído por DNA ou RNA ou ambos DNA e RNA em diferentes etapas de seu ciclo de vida formado por capsômeros relacionado a proteção antigenicidade e imunogenicidade Constituído por proteínas virais especificas proteínas ligantes codificadas pelo genoma viral Capsídeo Núcleo nucleocapsídio É uma cobertura formada por proteínas com a função Proteger o ácido nucléico Ligarse a receptores nas células Penetrar na membrana celular Modificar a célula hospedeira alguns efeito citostático Capsídeo esférico simetria cúbicaicosaédrica Capsídeo em bastão simetria helicoidal Capsídeo Complexa glicoproteínas peplômeros relacionado a proteção antigenicidade e imunogenicidade Quando a partícula viral vai ser liberada a membrana plasmática da célula hospedeira é incorporada formando o envelope com proteínas ligantes especificas codificadas pelo genoma viral Essas proteínas são necessárias para que o vírion reconheça a hospedeira e para se ligar a ela Muitas vezes as glicoproteínas formam espículas projeções a partir do envelope Estas espículas proteicas têm função de reconhecimento da célula hospedeira que o vírus vai parasitar Outra forma de formação do envelope é no interior da célula hospedeira através do complexo de golgi ou do REL Podem ser classificados Vírus Nus aqueles que apresentam apenas capsídeo Vírus Envelopados apresentam além do capsídeo um envelope lipoproteico com proteínas especificas Vírus envelopados são mais sensíveis que os vírus nus pois os vírus nus possuem proteínas mais resistentes as mudanças de pH temperatura e a solventes orgânicos como detergentes Essas características permitem que o vírus nu permaneça mais tempo no ambiente e o vírus envelopado H hemaglutinina adsorção N neuraminidase adsorçãopenetração F fusão fusão Resumo Possuem informação genética capsídeo e em alguns casos possuem envelope Não possuem maquinaria específica Não ingerem nutrientes não produzem resíduos e não têm metabolismo No entanto eles replicamse DNA RNA Fita simples Fita simples Fita dupla Fita simples segmentada Fita circular Dita dupla segmentada 18 Rafaela Pamplona Principais Viroses Humanas Caxumba Raiva ou hidrofobia Gripe Varicela Hepatite Sarampo AIDS Arboviroses Poliomielite Varíola Febre amarela SARS Classificação e Taxonomia A nomenclatura ou classificação é atribuída em função dos dados conhecidos na data da descoberta De acordo com as doenças às quais estão associados Ex HIV Alterações histológicas que causam Ex Citomegalovírus Local de isolamento Ex Enterovírus Locais ou pessoas que o descobriram Ex Vírus de Epstein Barr ou Vírus de Nilo Características Bioquímicasgenéticas Ex Retrovírus RNA DNA RNA A classificação taxonômica se baseia em Tipo e forma dos ácidos nucléicos Estrutura Presença ou ausência de Envelope Modo de replicação Organização do genoma ou diferenças antigênicas Estruturas menores que os vírus que causam infecção possui ácido nucléico incompleto necessitando de um outro vírus para completar seu ciclo replicativo estão situados um nível abaixo dos vírus satélites estão associados aos vírus de plantas e até o momento não foram encontrados em humanos geralmente apresentam genomas maiores que os virusóides e causam doenças em plantas partículas que possuem genoma incompleto vírus defeituoso Estabelecem infecções persistentes Ex o vírus da hepatite D HDV necessita do vírus da hepatite B HBV são elementos que se integram no genoma da bactéria são agentes subvirais e se compõem SOMENTE de proteínas PrP e são muito resistentes à inativação por processos químicos e físicos São proteínas infecciosas proteínas modificadas que podem gerar infecções Doenças Príons Transmissão As proteínas anormais interagem com as formas normais reorganizando sua estrutura Proteína X Transmissão familiar doença familiar Transmissão infecciosa Contato com objetos Contato com material biológico transplantes materiais cirúrgicos As evidências sugerem fortemente que a Scapie que nunca foi transmitida para humanos passou para os bovinos causando a Encefalopatia Espongiforme Bovina BSE quando a ração feita com restos de ovinos passou a ser empregada para alimentação de bovinos Os animais doentes esfregam seu corpo contra superfícies rígidas como cercas ou paredes até perderem todo o couro ficando em carne viva Ao mesmo tempo o animal perde o controle muscular e as funções motoras adquire aspecto e comportamento totalmente descoordenado daí o nome vaca louca pelo qual a moléstia ficou conhecida De ocorrência global atinge uma pessoa em um milhão geralmente ao redor dos 60 anos e acaba por causar demência Sabese que 10 a 15 dos casos são familiares Uma certa porcentagem é devida a contaminação decorrente de tratamento médico como transplantes de córnea uso de instrumentos cirúrgicos contaminados ou injeção de hormônio de crescimento extraído de hipófises humanas Foi observada em habitantes de uma tribo da Nova Guiné em que a tribo comia o encéfalo dos líderes após a morte Caracterizase por uma perda da coordenação e mais tarde por demência e é sempre fatal Muito possivelmente os doentes se contaminaram através de rituais de canibalismo os componentes da tribo costumavam honrar seus mortos comendo seus cérebros Biossíntese viral Definição de vírus Seres acelulares sem metabolismo próprio e que são parasitas obrigatórios Infecção penetração replicação Tipos de infecção Infecção produtiva Infecção abortiva Ciclo Replicativo Vírus entra na célula Libera o genoma Síntese proteica 1º Proteínas que asseguram replicação do genoma 2º Responsáveis pelo empacotamento do genoma e as que alteram a estrutura e função da célula hospedeira 19 Rafaela Pamplona Etapas da Replicação Contato com a superfície celular Ligação específica das partículas virais nos receptores das células hospedeiras Proteínas de superfície dos vírions Proteínas do capsídeo vírus nu Glicoproteínas vírus envelopado Receptores celulares Proteínas glicoproteínas Carboidratos Exemplo de receptores 1 Receptor poliovírus PVR 6 Receptor LDL alguns rinovírus 2 CD4 HIV 7 Aminopeptidase N coronavírus 3 Antigeno carcinoembrionico MHV coronavírus 8 Ác Siálico na glicoproteína influenza reovírus rotavírus 4 ICAM1 Rinovírus de 1 4 são todos moléculas da superfamília das imunoglobulinas 9 Transportador de AA catiônico vírus leucemia murina 5 Integrina VLA2 Echoviruses 10 Transportador de FNadependente vírus leucemia macaco gibão Vírus Envelopados Endocitose engloba o vírus e Fusão incorpora o vírus Vírus Não Envelopados Translocação vírus lança o material genético no interior da clélula e Endocitose Desnaturação das proteínas do capsídeo Exposição do genoma para transcriçãotradução e replicação Estar acessível às enzimas A transcrição pode se iniciar sem a dissociação total entre ácido nucleico e proteína vírus helicoidal Vírus Envelopado Fusão degrada o capsídeo e Endocitose enzimas degradam a partícula viral Vírus Não Envelopado Translocação não necessita de desnudamento e Endocitose Vírus carregam informação genética para Assegurar a replicação de seu próprio genoma Assegurar o empacotamento de seu genoma no nucleocapsídio Alterar a estrutura ou função da célula hospedeira DNA RNA geralmente ocorre no núcleo poxvírus Ocorre no citoplasma ortomixovírus Replicação Transcrição produção de RNAm Tradução leitura da informação genética contida no RNAm Proteínas estruturais proteínas do vírus maduro Proteínas nãoestruturais são codificadas pelo vírus e que não são empacotadas na partícula viral madura são regulatórias Funções das proteínas não estruturais Proteger o ácido nucléico Ajudar a replicar o ác nucléico Ligarse a receptores nas células Iniciar o programa de replicação Penetrar na membrana celular Modificar a célula hospedeira 20 Rafaela Pamplona Morfogênese Processo de montagem das partículas virais Ocorre no final do ciclo replicativo Maturação Aquisição da capacidade infectante vírion DNA RNA geralmente ocorre no núcleo ocorre no citoplasma Maturação e liberação Membranas celulares RER Golgi e MP contendo as glicoproteínas virais inseridas darão origem ao envelope Nucleocapsídio brota para o interior das membranas celulares Formação do envelope a membrana plasmática que irá ser incorporada ao vírus sofre modificação devido ao efeito citostático nessa região da membrana há glicoproteínas virais com receptores específicos que permite o vírus infectar novas células Liberação do vírion no ambiente partícula viral completa infecciosa Resumo Adsorção Ligação do vírus à célula Penetração Entrada do vírus na célula Desnudamento Liberação do ácido nucléico Síntese de novos componentes Transcrição RNAm Tradução 1 Proteínas reguladoras 2 Enzimas 3 Proteínas estruturais Replicação Novos ácidos nucléicos Maturação Reunião dos novos componentes Egresso Saída dos vírions Multiplicação Viral ocorre a lise e a morte da célula hospedeira fases Adsorção Penetração Desnudamento Estratégias de Replicação Morfogênesematuração e Liberação a cél hospedeira permanece viva o DNA do vírus se liga ao cromossomo da célula hospedeira e se multiplica juntamente com ele HIV Características Gerais É um retrovírus membro da subfamília Lentivirinae Infecta células do sistema imune A replicação é altamente espécieespecífica TCD4 macrófagos Provoca doença crônica lentamente progressiva É totalmente inativado por tratamento com desinfetante doméstico a 10 etanola 50 isopropanola 35 NonidetP40 1 Lysol a 05 paraformaldeídoa 05 ou H2O2 a 03 por 10 min a temperatura ambiente É inativado por extremos de pH É inativado em líquidos ou soro a 10 por aquecimento a 56C durante 10 min Estrutura Morfológica 100nm diâmetro 72 complexos de glicoproteínas de superfície RNA fita simples não consegue se transformar em RNAm necessitando ser transformado em DNA pela transcriptase reversa Esse DNA então é transformado em RNAm Por isso o HIV é chamado de retrovírus Envelope viral é proveniente da célula hospedeira 21 Rafaela Pamplona Proteína Função p17 Matriz Proteção p24 Capsídeo p9 p6 Nucleocapsídio p10 Protease Enzimas que ajudam na replicação viral p31 Endonuclease p50 Transcriptase reversa gp120 Proteína de envelope Responsáveis pelo processo de adsorção gp41 Proteína de envelope transmembrana p14 Transativação de todas as proteínas do HIV p13 Aumenta a produção de proteínas estruturais Transporta slicedunspliced RNA do núcleo ao citoplasma p23 Necessário para infectividade p27 Retarda replicação do HIV Inicia a produção de esteroides celulares para produção de HIV Obs para o vírus causar infecção é necessário que a proteína superficial gp120 se ligue ao receptor CD4 correceptor CXCR4 Sem o receptor e correceptor o vírus não consegue realizar adsorção e penetração com isso o indivíduo não é infectado Tipos HIV 1 mais frequente 99 nove subtipos AI HIV 2 mais frequente na África 40 homologia com HIV1 cinco subtipos AE Patogenia Características importantes O vírus é transmitido por troca de fluidos orgânicos O vírus apresenta alta taxa de mutação A infecção evolui lentamente através de estágios específicos Às vezes é necessário vários anos para o desenvolvimento da doença Receptores do vírus Receptor CD4 Correceptor CXCR4 As células TCD4 podem ser infectadas de formas latente ou ativa pelo HIV Infecção latente e ativa Nas infecções latentes nenhum gene viral está sendo transcrito e o vírus novos estão sendo formados Nas infecções ativas o DNA proviral controla a síntese de novos vírus que brotam da célula do hospedeiro Evolução da Doença Infecção primaria das células do sangue e mucosa Infecção se estabelece nos tecidos linfoides Ex linfonodos Disseminação da infecção pelo corpo Síndrome aguda Resposta imune Latência AIDS 22 Rafaela Pamplona Infecção de células TCD4 e macrófagos Infecção disseminada Resposta imune específica imunidade humoral imunidade celular Destruição da maior parte dos vírus Alguns persistem Destruição gradual de células TCD4 Desorganização da resposta imune Estágios da Infecção Infecção Primária ocorre replicação viral e viremia detectada em cerca de 812 semanas Disseminação do vírus para órgãos linfóides 50 a 75 desenvolvem síndrome semelhante à Mononucleose aguda em 3 a 6 semanas Latência clínica alta taxa de replicação viral com aparecimento de sintomas ou a doença podendo perdurar por 10 anos Doença clínica expressão elevada do vírus e surgimento de doenças oportunistas Morte Transmissão Mecanismo de infecção Sêmen sangue Sangue sangue Categorias de exposição Contato homossexual masculino Uso de drogas injetáveis Contato heterossexual Transfusõestransplantes Profissionais de saúde Diagnóstico Identificar indivíduos com a infecção Identificar portadores doadores de sangue de órgãos gestantes e parceiros sexuais Confirmar o diagnóstico Detecção de anticorpos Soroplasma ELISA IFI SoroNeutralização Positivo Negativo Repete Se suspeito Positivo Repetir mais adiante e fazer detecção de vírus PCR etc Testes complementares western blot IFI FIP Fazer testes complementares ELISA triagem busca os anticorpos anti gp120 anti gp41 e anti gp24 WesternrBlot padrão ouro confirmatório separa e define as proteínas e busca anticorpos anti gp120 anti gp41 anti gp24 e anti gp31 Detecção de antígenos proteínas de superfície Ex gp120 Cultura viral Amplificação do genoma do vírus RT PCR Prevenção Vacinas contra HIV Agentes antivirais Tratamento Inibidores análogos nucleosídeos TR 2 AZT com 3TC Inibidores análogos nãonucleosídeos TR 1 Efavirenze ou Inibidores de Protease 1 ritonavir Controle Esclarecimento à população sobre as formas de transmissão da infecção Incentivo ao uso de preservativos Esclarecimento quanto ao uso de agulhas e seringas descartáveis Controle do sangue e hemoderivados Adoção de cuidados na exposição ocupacional a material biológico Viroses Os vírus pertencentes à família Herpes viridae são chamados de herpes vírus Apresentam características como formação de vesículas herpes simples e varicelazoster ou de linfadenopatias citomegalovírus e mononucleose 23 Rafaela Pamplona Vírus Herpes simples 1 e 2 HSV1 e HSV2 herpes labial e genital Varicelazoster HHV3 catapora e o herpeszoster Citomegalovírus HCMV citomegalovirose EpsteinBarr mononucleose Herpes Simples 1 e 2 Os vírus de herpes HSV1 e HSV2 causam vesículas recorrentes não evoluindo para a cura HSV 1 HSV 2 Herpes labial Herpes genital Transmissão por contato com secreções das vesículas Transmissão por contato com secreções das vesículas Varicela zoster Agente etiológico vírus varicelazoster A catapora é considerada uma virose da infância Após a catapora o vírus pode ficar em estado latente no organismo e em algum momento da vida desenvolver herpeszoster A catapora e a herpeszoster ocorrem como eventos únicos Varicela catapora Herpes zoster cobreiro Presença de mácula seguida de vesículas eritematosas Dor intensa e vesículas que acompanham o trajeto do nervo afetado Citomegalovirose e Mononucleose Causam linfadenopatias locais ou generalizadas Podem ocorrer de forma assintomática ou com grande manifestação de sintomas Citomegalovirose Mononucleose Casada por citomegalovírus CMV Causada pelo vírus EpsteinBarr EBV Transmissão oral saliva parenteral e sexual Chamada de doença do beijo Não evolui para cura Presença de linfócitos atípicos na circulação Presença de linfadenopatia localizada Inflamação da orofaringe e glândulas salivares Promove fetopatias Linfadenopatia generalizada Gênero da família Flaviviridae Possuem genoma RNA de cadeia simples com sentido positivo São transmitidos por mosquitos outros insetos ou carrapatos As principais flavoviroses são a dengue e a febre amarela As doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes vetores são chamados de arboviroses Dengue DEN Tipo de vírus da dengue descritos DEN1 DEN2 DEN3 DEN4 e DEN 5 São transmitidos no momento do repasto sanguíneo da fêmea do mosquito Aedes aegypti O vírus DEN5 foi descoberto em 2007 e ainda não existem casos epidêmicos relacionados a ele Todos os vírus dengue podem causar desde sintomas inaparentes dengue clássica dengue hemorrágica ou choque por dengue que geralmente evolui para óbito As variações dos quadros de dengue dependem do estado imune do indivíduo e inócuo viral Aspectos Clínicos Período de incubação 3 a 15 dias com média de 5 a 10dias Variações Dengue clássica DC Dengue hemorrágica DH Síndrome de choque por dengue SCD Ciclo biológico As fêmeas do mosquito Aedes aegypti podem transmitir no Brasil diferentes Flavivírus como os vírus que causam dengue febre amarela febre Zika e febre Chikungunya O ciclo do Aedes aegypti possui quatro fases ovo larva pupa e adulto 24 Rafaela Pamplona Uma fêmea pode dar origem a 1500 mosquitos a partir de ovos colocados na parede de recipientes contendo água parada e limpa Os ovos podem permanecer em torno de 450 dias no meio ambiente e caso tenham sido postos por uma fêmea contaminada os mosquitos já nascem contaminados por contaminação transovariana O mosquito possui hábitos diurnos Controle Biológico Febre Amarela É uma doença febril que não ocorre em todo o Brasil mas apresenta gravidade É transmitida pelo Aedes aegypti em ambiente urbano e por outros mosquitos no ambiente silvestre onde animais vertebrados servem de reservatório para o vírus A partir de julho de 2014 o vírus da febre amarela reemergiu no Brasil Em outubro de 2015 foram evidenciados casos na região CentroOeste Os sintomas são febre pele e olhos amarelados icterícia dor de cabeça calafrios náuseas vômito dores no corpo e hemorragias A vacina contra febre amarela está disponível na rede pública em postos regionalizados Zika e Chikungunya Em 2014 e 2015 novos casos de febres causadas por Flavivírus Febre Zika FK e Febre Chikungunya FC Primeiramente os casos de febre Zika e febre Chikungunya foram confundidos como variantes de casos de dengue Os casos foram descritos em todas as regiões geográficas do Brasil Dengue Chikungunya Zika Dor retroorbital Manchas vermelhas Dor muscular Tontura Dor articular intensa Dor articular Manchas vermelhas Dor de cabeça Olhos vermelhos Dor articular Febre alta Dor nas costas Náusea e vômito Dor muscular Febre baixa Perda de peso Fraqueza Dor de cabeça Lesões com pontos brancos e vermelhos na pele Febre alta Sangramento no nariz e gengiva Vírus associados ao sistema respiratório As infecções respiratórias podem ter causas diversas como vírus bactérias fungos protozoários e helmintos Entre os vírus que causam infecções respiratórias temos principalmente Influenza vírus Parainfluenza vírus Coronavírus Vírus Respiratório Sincicial Rinovírus Adenovírus Gripe e Resfriado São infecções virais diferentes entre si Diferem quanto aos agentes etiológicos e também na intensidade das manifestações clínicas Gripe Resfriado Influenza vírus B ou C Rinovírus e outros Febre 38º Dor na garganta Dor de cabeça Malestar Perda de apetite Tosse e espirros Congestão nasal Estado febril 375º Espirros Congestão nasal Leve malestar Sintomas brandos da gripe Pneumonias Virais Os pulmões são alvo de infecção por diversos microrganismos principalmente bactérias e vírus Vírus do sincício respiratório VSR Gripe H1N1 VSR H1N1 Pneumovírus família Paramyxoviridae Influenza vírus família Orthomyxoviridae Infecção respiratória aguda Mais frequente em crianças entre 2 meses a 2 anos Transmissão por gotículas e fômites Formação de sincícios necrose de células do epitélio ciliado respiratório e outras alterações brônquicas Infecção respiratória aguda Sintomas de gripe sazonal B ou C acrescentados de dificuldade na inspiração Transmissão por gotículas ou fômites Possui vacinação Os vírus Influenza H2N2 H3N2 H5N1 e H9N2 também causam infecções respiratórias humanas 25 Rafaela Pamplona SARS COV 2 A expressão não neural de genes de entrada SARSCOV2 no epitélio olfatório sugere mecanismos subjacentes à anosmia em pacientes com COVID19 Hiposmia Anosmia Resposta Imune Disfuncional Resposta Imune Saudável Infiltração excessiva de monócitos macrófagos e células T Células infectadas eliminadas rapidamente Tempestade sistêmica de citocinas Vírus inativado por anticorpos neutralizantes Edema pulmonar e pneumonia Inflamação mínima e dano pulmonar Inflamação generalizada e danos a múltiplos órgãos Hemograma Linfocitopenia relativa Neutrofilia com desvio a esquerda Leucocitose Trombocitopenia leve Hemoglobina baixa Linfocitose LeucócitosNeutrófilos normais Diagnóstico RTPCR swab nasal Sorologia Viroses da Infância Algumas infecções virais são comuns na infância principalmente pelo contato entre crianças compartilhamentos de objetos em unidades educacionais deixandoos mais vulneráveis a infecções No Brasil o Calendário Nacional de Imunizações inclui vacinas obrigatórias para as viroses da infância caxumba catapora rubéola sarampo rotavírus poliomielite e gripes Rubéola Sarampo e Caxumba Sarampo e rubéola precisam ter diagnóstico laboratorial em função de suas semelhanças Vacina MMR Caxumba Rubéola Sarampo Paramixovírus da Família Paramyxoviridae Inflamação e aumento das glândulas parótidas parotidite Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Rubellavírus da Família Togaviridae Exantema pelo corpo e gânglios aumentados e sinais prodrômicos Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Morbillivírus da Família Paramyxoviridae Pontos brancas na boca exantema e sinais prodrômicos Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Hepatites Virais Hepatite distúrbio inflamatório do fígado 26 Rafaela Pamplona Tipos A B C D E Fezes Sangue e derivados Sangue e derivados Sangue e derivados Fezes Fecaloral Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Fecaloral Não cronifica Cronifica Cronifica Cronifica Não cronifica Imunização pré e pós exposição Lavagem de mãos Imunização pré e pós exposição Modificação comportament o de risco Triagem doação de sangue Modificação comportamento de risco Imunização pré e pós exposição Garantia de ingestão de água tratada e alimentos corretamente processados Hepatite A Capsídeo icosaédrico 2732nm Sem envelope RNA fita simples RT PCR Família Picornaviridae gênero Hepatovirus Vírus penetra via TGI hepatócitos Viremia é passageira Vírus começa a ser eliminado nas fezes 2 semanas antes dos sinais clínicos Produz apenas doença aguda Pode evoluir com a forma fulminante Não gera estado de portador ou hepatite crônica Período de incubação 15 45 dias Marcadores sorológicos sorologia IgM antiHAV IgG antiHAV O IgG oferece imunidade protetora Vacinação não faz parte do calendário vacinal 2 doses Hepatite B Gênero Hepadnavirus da Família Hepadnaviridae Vírus envelopado DNA fita dupla circular incompleto Vírus muito estável e resistente o que o torna bastante infecioso Vírus HBV DNA Transmissão parenteral vertical sexual Período de incubação 30 a 180 dias Proporciona ambiente apropriado para o vírus defectivo da hepatite delta Vacina 3 doses 95 produzirão os anticorpos e nestes a proteção contra a hepatite é próxima de 100 Marcadores da Hepatite B Antígeno de superfície do HBV vírus presente sinal de infecção Presente no envelope viral parte externa do vírus sua detecção na sorologia evidencia a presença do vírus mas não determina se há replicação ou não Produz AntiHBs É o marco da infecção pelo HBV Detectado a partir de 1 a 10 semanas após exposição Eliminado dentro de 4 a 6 meses pelos pacientes que se recuperam Persistente nas formas crônicas Anticorpo contra o antígeno de superfície É um anticorpo neutralizante que oferece imunidade protetora contra o HBV Marca a cura da hepatite B junto como desaparecimento do HBsAg A coexistência de ambos é rara forma crônica com antiHBs não neutralizante A ausência de ambos define a janela imunológica Antigeno estrutural que faz parte do capsídeo só é possível detectá lo se o vírus for destruído Na clínica não é solicitada a sorologia para HBcAg pois ele dá muito falso negativo Indica infecção aguda Primeiro anticorpo a ser identificado após a infecção por HBV 1mês após o HBsAg Presente em altas titulações na fase aguda da infecção Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 IgM IgG Sem contato prévio Tem memória Fase aguda Convalescente 27 Rafaela Pamplona Diminui na fase de recuperação ou nos casos que evoluem para infecção crônica Pode persistir em baixas titulações por anos após a infecção aguda Pode aumentar nas fases de exacerbação da hepatite crônica Aumenta na fase de recuperação à medida em que diminuem as titulações de AntiHBc IgM O AntiHBc é o único anticorpo detectável durante o período de janela imunológica Não detecta nenhum antigeno e anticorpos devido a baixa Indicativo de replicação viral e infectividade Surge no período de incubação Presença associada à detecção do HBVDNA É rapidamente eliminado na fase aguda antes do desaparecimento do HBsAg Sua persistência por mais de 6 meses indica tendência à cronicidade Anticorpo contra a replicação viral AntiHBe presente com HBeAg ausente indica bom prognostico PCR exame padrão ouro Interpretação dos Marcadores Sorológicos da Hepatite B Interpretação HBs Ag HBe Ag Anti HBc IgM Anti HBc Anti HBe Anti Hbs Fase de incubação Fase aguda Portador COM replicação viral Portador SEM replicação viral Provável cicatriz sorológica Imunidade pós HepB Imunidade pós HepB Imunidade pós vacina HepB Sem contato prévio Diagnóstico Clínico e provas de função hepática Testes laboratoriais específicos ELIZA para HBsAg Anti HBsAg Anti HBcAg HBeAg Anti HBeAg IgM presente até 6 meses após a infecção Hepatite C Transmissão parenteral vertical e sexual Período de incubação 20 a 90 dias Fase aguda em geral assintomática Não apresenta forma fulminante Alta taxa de progressão para doença crônica e cirrose 85 HCVRNA identificável por PCR simultaneamente à elevação das transaminases AntiHCV anticorpo neutralizante porém parece não conferir imunidade efetiva para infecções subsequentes por HCV 28 Rafaela Pamplona Hepatite D São Vírus Defectivos partículas que possuem genoma incompleto vírus defeituoso Estabelecem infecções persistentes O vírus da hepatite D HDV necessita do vírus da hepatite B HBV Coinfecção HDV HBV Individuo sadio Raro Hepatite fulminante Recuperação com imunidade Hepatite crônica Morte Cirrose Superinfecção HDV Portador HBV Doença fulminante Doença aguda grave Doença crônica Morte Cirrose HDVRNA detectável por PCR antes e nos primeiros dias da doença sintomática aguda AntiHDV IgM indicador infecção recente porém de detecção tardia e curta duração Hepatite E Transmissão fecaloral Incubação é a mesma da HepA Mais comum em adultos jovens e mais grave em gestantes A maioria evolui para a cura A B C D E Vírus HAV HBV HCV HDV HEV Genoma RNA DNA RNA RNA RNA Transmissão Fecaloral Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Fecal oral Incubação 1545 30180 2090 3050 1560 Antigeno HAVAg HBsAg HBcAg HBeAg HDVAg HEVAg Anticorpo AntiHAV AntiHBs AntiHBc AntiHBe AntiHCV AntiHDV AntiHEV Hepatite fulminante 01 a 04 1 a 4 Rara 3 a 4 na coinfecção 03 a 3 20 em gest Cronicidade Não Sim Sim Sim Não Carcinoma hepatocelular Não Sim Sim Não há aumento Não 29 Rafaela Pamplona Agentes Antivirais Não Retrovirais Agentes AntiHerpesvírus A infecção pelo herpesvírus tipo 1 causa tipicamente doenças na boca na face na pele no esôfago ou no cérebro O herpesvírus simples tipo 2 geralmente causa infecção da genitália do reto da pele das mãos ou meninge O Aciclovir é um protótipo de um grupo de agentes antivirais que sofrem fosforilação intracelular por uma cinase viral transformandose em inibidores da síntese do DNA viral Mecanismo de ação Inibe competitivamente as DNA polimerases virais inibindo a síntese de DNA viral Aciclovir Indicado no tratamento de infecções por herpesvírus HSV e nas primeiras 24h de infecção pelo varicelazoster VZV O fanciclovir oral penciclovir tópico e penciclovir intravenoso são aprovados para tratamento de HSV e VZV Mecanismo de ação Inibe a síntese de DNA viral inibindo a incorporação do trifosfato de desoxiguanosina no DNA provocando em última análise a interrupção do alongamento da cadeia de DNA Eficaz no tratamento e na supressão crônica da retinite por citomegalovírus em pacientes imunocomprometidos bem como na prevenção da doença por CMV em pacientes submetidos a transplantes São citocinas potentes com ações antivirais imunomoduladoras e antiproliferativas Os interferons α e β podem ser produzidos por quase todas as células em resposta a infecção viral e a uma variedade de outros estímulos A produção de interferon γ limitase aos linfócitos T e às células destruidoras naturais natural killer que respondem a estímulos antigênicos e citocinas específicas Mecanismo de Ação Os efeitos antivirais do interferon são mediados por Inibição da penetração ou do desnudamento do vírus Síntese de RNA mensageiro Tradução de proteínas virais eou montagem e liberação do vírus A inibição da síntese proteica constitui o principal efeito inibitório sobre muitos vírus Indicação Terapêutica Vírus das Hepatites Papilomavírus Herpesvírus Varicela zoster CMV Retrovirais Princípios Gerais de Terapia Antirretroviral O princípio central da terapia consiste em inibir a replicação viral da maneira mais completa e mais durável possível evitando ao máximo a toxicidade Isso requer a administração simultânea de múltiplos fármacos Resistência aos Fármacos A transcriptase reversa do HIV é altamente sujeita a erros O controle terapêutico incompleto da replicação leva inevitavelmente à seleção de mutantes resistentes aos fármacos Desenvolvimento de Agentes Antirretrovirais Três classes de agentes antiHIV Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa Inibidores nãonucleosídicos da transcriptase reversa Inibidores de protease do HIV A transcriptase reversa converte o RNA viral em DNA próviral antes da sua incorporação ao cromossomo da célula hospedeira Como atuam em uma etapa inicial e essencial da replicação do HIV os agentes dessa classe impedem a infecção aguda das células suscetíveis mas exercem pouco efeito sobre as células já infectadas pelo HIV 30 Rafaela Pamplona Todos os fármacos pertencentes à classe dos inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa são substratos dessa enzima Mecanismo de Ação Interrompe o alongamento da cadeia de DNA ao competir com o trifosfato de timidina pela sua incorporação ao DNA Rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal Os efeitos adversos comuns consistem em anorexia fadiga cefaleia malestar náuseas e insônia Constituem uma classe de compostos sintéticos clinicamente distintos Bloqueiam a atividade da transcriptase reversa por meio de sua ligação adjacente ao local ativo da enzima induzindo alterações na configuração desse local Mostramse ativos apenas contra o HIV1 mas não contra o HIV2 Neviparina Ao se difundir nas células ligase à transcriptase reversa em um local adjacente ao local catalítico Isso induz alterações de configuração que inativam a enzima Bem absorvida por via oral Eventos adversos mais frequentes consistem em febre fadiga cefaleia sonolência náuseas e elevação das enzimas hepáticas Os inibidores de protease atuam através de sua ligação reversível com o local ativo da protease do HIV Essa ligação impede a clivagem da protease do polipeptídio precursor viral e bloqueia a maturação subsequente do vírus Células incubadas na presença de inibidores da protease do HIV geram partículas virais que são imaturas e nãoinfecciosas
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1 Rafaela Pamplona Microbiologia Gram Negativos Atípicos Haemophylos São bastonetes pequenos às vezes pleomórfilos presentes nas membranas mucosas dos seres humanos Fisiologia e Estrutura O crescimento da maioria das espécies de Haemophilus requer suplementação do meio com uma ou ambos dos seguintes fatores de crescimento Hemina Fator X Nicotinamida adenina dinucleotídeo NAD Fator V Ágar chocolate levemente aquecido para isolamento in vitro de Haemophilus Parede é típica de outros bastonetes Gramnegativos parede delgada de peptidioglicanos com proteínas espécieespecificas na membrana externa Proteínas cepa específicas e espécieespecífica são encontradas na membrana externa Patogenia e Imunidade mais comum colonizam o trato respiratório nos primeiros anos de vida Podem se empalhar e causar doenças nos ouvidos otite média nos seios nasais sinusite e no trato respiratório inferior bronquite pneumonia frequente em crianças não vacinadas pentavalente Na ausência de anticorpos opsonizadores responsáveis por identificar e neutralizar direcionados contra a cápsula polissacarídica pode se desenvolver bacteremia intensa Síndromes Clínicas H influenzae do tipo B encapsulado foi causa mais comum de meningite pediátrica mas o quadro foi alterado rapidamente quando as vacinas conjugadas se tornaram amplamente utilizadas 50 das crianças não imunizadas que desenvolvem a doença apresentam danos neurológicos graves Diagnostico Laboratorial Coleta do Espécime Clínico A aspiração direta com seringa deve ser utilizada para o diagnóstico microbiológico de sinusite ou otite O escarro é utilizado no diagnóstico de pneumonia Tanto sangue quanto o LCR devem ser coletados de crianças não imunizadas com o diagnóstico de meningite Os espécimes para detecção de H ducreyi devem ser coletados com um swab umedecido a partir da base ou da margem da úlcera Microscopia Podem ser detectados bastonetes Gramnegativos que variam em forma de cocobacilos a filamentos longos e pleomórficos Detecção de Antígeno É específico para H influenzae Teste de aglutinação de partículas Partículas de látex cobertas com anticorpos são misturadas com o espécime clínico A aglutinação ocorre se o PRP cápsula polissacarídica antifagocitária estiver presente Cultura Ágar Chocolate Meio de Ágar Chocolate é amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes embora cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos 2 Rafaela Pamplona À base do meio é adicionado sangue de cavalo carneiro ou coelho em temperatura alta o que faz com que as hemácias lisem liberando hemina e hematina compostos fundamentais para o crescimento dos microrganismos exigentes As bactérias aparecem como colônias lisas e opacas Devido a meios específicos para detecção do H ducreyi devese indicar investigação direcionada para esta espécie Cultura Satelitismo Meio Ágar Sangue o sangue precisa estar contaminado com S aureus que lisam eritrócitos e proporcionam os fatores de crescimento fator X e fator V Tratamento Infecções graves são tratadas com cefalosporinas de amplo espectro Infecções menos graves azitromicina ou uma fluoroquinolona É recomendado que crianças recebam três doses de vacina contra H influenzae do tipo b antes dos 6 meses de idade seguidas por doses de reforço Helicobacter Bacilos Gram negativos espiralados inflamação crônica do antro gástrico final do piloro Helycobacter pylori helicobactéria gástrica tem sido associado com Gastrite e úlcera péptica Adenocarcinoma gástrico Linfoma de células B do tecido linfóide associado à mucosa gástrica MALT Fisiologia e Estrutura Bacilos gramnegativos associado a inflamação crônica do antro gástrico final do piloro podendo adquirir a forma cocoide em culturas mais velhas curvo e móvel promove mobilidade rápida e em forma de sacarolhas enzima que transforma ureia NH3 CO2 Eleva o pH da mucosa gástrica se tornando básico protegendo o microrganismo dos efeitos deletérios do pH ácido do estômago podendo ter acesso à camada protetora de muco Catalase Positivo Oxidase Positivo não utilizam carboidratos mas utilizam aminoácidos como fonte de energia diminuição do teor de oxigênio e aumento de dióxido de carbono condições microaerófila O crescimento de H pylori requer um meio complexo suplementado com sangue soro carvão amido ou gema de ovo Temperatura variando entre 30ºC e 37ºC Fatores de Virulência Urease Neutraliza ácidos gástricos Estimula a quimiotaxia de monócito e neutrófilos Estimula a produção de citocinas inflamatórias Proteína de Choque Térmico HspB Amplifica a produção de urease Proteína inibidora de ácidos Induz a hipocloridria durante a infecção aguda por bloquear a secreção ácida das células parietais Flagelos Permite a penetração para o interior da camada de muco gástrico e a proteção contra o ambiente ácido Adesinas Medeia a ligação a células do hospedeiro ligação as células gástricas Mucinase Degrada o muco rompe a camada mucosa gástrica Fosfolipases Degrada o muco rompe a camada mucosa gástrica Superóxido dismutase Impede a destruição fagocitaria por neutralizar metabolitos do oxigênio Catalase Impede a desnutrição fagocítica pode neutralizar peróxidos Citotoxina vacuolizante Induz a vacuolização das células epiteliais Estimula a migração de neutrófilos para a mucosa Fatores mal definidos gene cag PAI Estimula a secreção de interleucina8 pelas células epiteliais gástricas que recruta e ativa neutrófilos Estimula células gástricas a produzir fator ativador de plaquetas que estimula a secreção de ácidos gástricos Induz o oxido nítrico sintase em células epiteliais gástricas que medeia a lesão tecidual 3 Rafaela Pamplona Epidemiologia 70 a 100 dos pacientes com gastrites úlcera gástrica ou duodenal estão infectados com H pylori Os seres humanos são os reservatórios primários da infecção Acreditase que a colonização persista por toda a vida a menos que o paciente seja tratado especificamente A transmissão via fecaloral é a mais provável Síndromes Clínicas Colonização por H pylori invariavelmente leva à evidência histológica de gastrite ou seja infiltração de neutrófilos e células mononucleares na mucosa gástrica A fase aguda da gastrite é caracterizada por uma sensação de plenitude náusea vômito e hipocloridria A doença pode evoluir para gastrite crônica confinada ao antro gástrico ou envolver o estômago inteiro Aproximadamente 10 a 15 dos pacientes com gastrite crônica irão desenvolver úlcera péptica H pylori é responsável por 85 das úlceras gástricas e 95 das úlceras duodenais Eventualmente a gastrite crônica leva à substituição da mucosa gástrica normal por fibrose e proliferação do epitélio do tipo intestinal Este processo aumenta cerca de 100 vezes o risco de o paciente desenvolver câncer gástrico Diagnostico Laboratorial Microscopia H pylori é detectado por meio de exame histológico de biópsias de mucosa gástrica Coloração de WarthinStarry com prata é a mais sensível Detecção antigênica Amostras de biópsia também podem ser testadas para a presença da atividade enzimática da urease A grande quantidade de urease produzida permite a detecção de um subproduto alcalino em menos de duas horas A limitação desse método consiste na necessidade de se realizar uma biópsia Teste de Urease Fragmentos da mucosa gástrica são colocados em um meio contendo ureia e um indicador de pH em meio ácido A presença de urease do H pylori promove hidrolise da ureia em amônia que aumenta o pH da solução e modifica a cor da solução Cultura H pylori adere à mucosa gástrica não sendo recuperado de amostras de fezes ou sangue O diagnóstico das infecções causadas por H pylori pode ser realizado por métodos não invasivos ex imunoensaio sendo a cultura reservada para testes de suscetibilidade aos antimicrobianos Os meios de cultura com melhores resultados são os que utilizam agar sangue e ambiente microaerófilo com 5 de O2 e 510 de CO2 Identificação A identificação presuntiva dos microrganismos isolados baseiase em suas características de crescimentos em condições seletivas morfologia microscópica típica e detecção da atividade da oxidase catalase e urease Tratamento Combinação Inibidor da bomba de prótons ex omeprazol Macrolídeo ex claritromicina Betalactâmico ex amoxicilina 4 Rafaela Pamplona Micologia Características Gerais Fungos seres unicelulares ou multicelulares Dividemse em Leveduras unicelular Filamentosos bolores e mofos multi ou pluricelular Amplamente distribuídos na natureza São quimioheterotróficos por absorção produzem e secretam enzimas digestivas para a absorção de nutrientes São aeróbios ou anaeróbios facultativos Algumas espécies de fungos apresentam melanina na sua parede celular demácios conferindo resistência aos raios ultravioletas e as enzimas líticas Hifas Compostas por elementos multicelulares em forma de tubo Micélio conjunto de hifas Tipos de Hifas Podem ser divididas em compartimentos celulares através de septos parciais completos ou perfurados Micélio vegetativo encontrase no interior do substrato conferindo sustentação e obtenção de nutrientes necessários ao desenvolvimento do fungo Micélio aéreo ou reprodutivo quando o micélio se projeta além do substrato que pode se diferenciar em estruturas especializadas na reprodução constituindo portanto o aparelho de frutificação Estrutura e Composição dos Fungos Núcleo características típicas de uma célula eucariótica com tamanho reduzido e menor quantidade de DNA Obs devido a semelhança estrutural das células fúngicas com as células humanas há a toxicidade cruzada O antifúngico acaba atacando tanto os fungos quanto as células humanas não age de forma seletiva por isso há poucos antifúngicos no mercado Nucléolo DNA RNA e proteínas sitio para a síntese de Organelas Citoplasmáticas ribossomos mitocôndrias retículo endoplasmático aparelho de golgi e vacúolos Membrana Plasmática modelo de mosaico fluido presença de ergosterol local de ação de antifúngicos difere da humana que possui colesterol Parede Celular rígida responsável por manter a homeostase e pela fixação do fungo às células hospedeiras Libera antígenos que estimulam a produção de anticorpos É constituída por Polissacarídeos papel enzimático e estrutural representam o maior componente da parede celular Os polissacarídeos ativam a cascata do sistema complemento principalmente a via alternativa desencadeando uma reação inflamatória Proteínas associadas aos polissacarídeos glicoproteínas Lipídios concentração variável podendo constituir 19 do peso seco celular São constituídos de fosfolipídios triglicerídeos e esteróis ergosterol Leveduras Unicelulares não filamentosas caracteristicamente esféricas ou ovais formado e tamanho irregular Reprodução por fissão binária produzindo células iguais ou por brotamento gemulação formando células desiguais Algumas leveduras produzem brotos que não se separam formando uma cadeia de células Formam colônias circulares pastosas ou mucoides Filamentosos Bolor Colônias filamentosas multinucleadas tendo como unidade funcional as Dimórfico Formam estruturas distintas em diferentes temperaturas Apresentam se como bolores no meio externo à temperatura ambiente e como leveduras ou outras estruturas nos tecidos humanos à temperatura corporal Os fungos dimórficos crescem tanto na forma filamentosa quanto na forma de levedura Ocorre dimorfismo principalmente nas O dimorfismo é dependente de TC e nutrientes Aplicações Fornecedores de químicos antibióticos Controle biológico Simbiontes mutualistas Parasitas T Bebidas e alimentos 5 Rafaela Pamplona Biodegradação Biotecnologia Produção de Fármacos Penicilinas Cefalosporinas Penicillium chrysogenum Cephalosporium acremonium Síntese da parede celular Síntese da parede celular ᵦlactâmico ᵦlactâmico Doenças causadas por fungos Causam infeções intoxicações e alergias Classificação das Infecções Micoses superficiais pitiríase versicolor piedra preta piedra branca e tinea nigra Micoses cutâneas dermatofitoses e dermatomicose Dermatofitoses fungos dermatófitos que utilizam a queratina da pele unhas e pelo como alimento Dermatomicoses fungos filamentosos nãoqueratinizados e por leveduras do gênero Cândida Micoses subcutâneas pele e tecido conjuntivo Esporotricose cromomicose lobomicose e rinosporidiose Micoses sistêmicas órgãos internos Paracoccidioidomicose blastomicose hirtoplasmose e coccidioidomicose Micoses oportunistas criptococose candidíase zigomicose hialo hifomicose feohifomicose pneumocistose leveduras micetomas etc Micoses Superficiais Tinea Micose Tinea Versicolor Pano branco Agente etiológico Malassezia furfur Levedura lipofílica faz parte da microbiota normal da pele Quadro clínico lesões acrômicas e pleomorficas sem forma definida ou hiperpigmentadas versicolor bordas delimitadas tórax abdômen pescoço face Micoses das praias pois o sol revela lesões existentes Diagnóstico Observação direta de hifas curtas e não ramificadas e células esféricas Técnica de Porto cola um pedaço de durex no local da lesão e depois coloca na lâmina para reagir com azul de metileno Exame microscópico de pele infectada tratada com KOH a 1020 ou corados com calcofluor micose escura Agente etiológico Exophiala werneckii Prevalência em regiões costeiras quentes Quadro clínico infecção assintomática do extrato córneo palmas das mãos ou planta dos pés com lesões de pigmentação escura Diagnóstico exame microscópico revela hifas septadas ramificadas e células em brotamento com paredes melaninizadas Infecções crônicas e assintomáticas dos pelos axilares pubianos a barba e os cabeloscom formação de nódulos visíveis a olho nu Endêmica nos países tropicais subdesenvolvidos Piedra Negra nódulos escuros e fixos causados por Piedraia hortae Piedra Branca formação de nódulos amarelados de consistência amolecida causada por Trichosporon beigelli Micoses Cutâneas Infecções no tecido queratinizado superficial pele cabelos e unhas Alta prevalência mundial causadas por três gêneros Trichophyton Microsporum Epidermophyton floccosum Infecta cabelos pele e unhas Infecta pelos e pele Infecta pele e unha Colônia achatada aveludada Coloração amarelo acastanhada a verdeoliva Apresentamse na forma de hifas hialinas septadas e ramificadas ou cadeias de artroconídios Adquiridos por contato com solo contaminado animais ou humanos infectados Classificados em geofílicos solo zoofólicos animais ou antropofílicos homem 6 Rafaela Pamplona Patogenia não penetra em tecido vivo limitase aos tecidos mortos da pele queratina do extrato córneo pelo e unhas e produzem metabolitos envolvidos na degradação da queratina Fragmentos de hifas Escoriação préexistente Pele camada córnea Lesão de aspecto circular com vesículas nas bordas Descamação com ou sem resposta inflamatória Parte central curada com liberação de fungos visíveis Pele infectada por fungo fonte de queratina Remoção da cutícula Ganha o pelo Coleta do bulbo capilar Manifestações clínicas o fungo tende a se mover do local para fugir da inflamação ocasionando o lesão em forma de anel Região central esbranquiçada e em descamação região de cicatriz sem processo inflamatório local em que há liberação de substâncias fúngicas responsáveis pela transmissão Região periférica avermelhada devido a parede celular rica em polissacarídeo ativar a via alternativa do sistema complemento gerando um processo inflamatório Localizase em espaços interdigitais nos pés de pessoas que usam sapatos Na forma aguda é pruriginosa vesicular e avermelhada e na crônica ocorre fissuras e descamação micose na unha Localizase nas unhas As unhas tornamse espessadas quebradiças despigmentadas e sem brilho Gêneros mais comuns Trichophyton sp Epidermophyton sp Cândida sp Corporis Cruris Manus Corpo Virilha Mãos Afeta pele lisa e glabra Na cruris as lesões são descamativas e eritématopruriginosas Na corporis são placas circulares bordas avermelhadas e vesiculares pruriginosas com descamação central Gêneros comuns Trichophyton sp e Microsporum sp Capitis Barbae Cabelo Barba As lesões se localizam no couro cabeludo e nos pelos da barba Na capitis são placas circulares de calvície com pontas de cabelo ou cabelo quebrado no folículo Gêneros comuns Microsporun sp e Trichophyton sp Na barbae são eritematosas e edematosas Gênero comum Trichophyton sp Dermatofítide reação de hipersensibilidade Lesões vesiculares a bolhosas pruriginosas Diagnóstico Amostras raspados da pele e de unhas com pelos das áreas afetadas Exame microscópico Cultura meio específico para fungos contendo cloranfenicol e cicloheximida com incubação durante 13 semanas à temperatura ambiente como demora só é pedido quando a suspeita de resistência Técnicas de Identificação Exame direto a fresco Pesquisa estruturas como células leveduriformes e ou esporos Confeccionase em uma lâmina de microscopia colocandose soro fisiológico e a amostra em questão Exame direto clarificado Pesquisa estruturas como células leveduriformes esporos e ou micélios Crescimento circular e centrifugo 7 Rafaela Pamplona Confeccionase em uma lâmina de microscopia colocandose a amostra em questão pelo fio de cabelo unha ou escama epidérmica Adicionase à amostra uma solução de hidróxido de potássio a 10 e colocase uma lamínula sobre o material Técnica de Porto Pesquisa estruturas que identifiquem a Malassezia furfur pano branco Levantase a fita previamente fixada em uma lâmina de microscopia adicionase uma a duas gotas de azul de metileno e levase ao microscópio Cultura Utilizase o meio de Sabouraud acrescido de cloranfenicol promovendo a inoculação da amostra em sete pontos equidistantes ferindo o meio Microcultivo em lâmina Possibilita a identificação de estruturas reprodutivas das culturas isoladas Utilizase uma placa de petri contendo uma lâmina um fragmento de meio Sabouraud um bastão em V e uma lamínula sobreposta a este Obs Devese colocar na placa um chumaço de algodão hidrófilo com água estéril para evitar o ressecamento do meio Outras técnicas utilizadas na micologia médica Prova de perfuração do pelo Repique em tubo Armazenamento em meio com óleo Epidemiologia A incidência é maior em climas quentes e úmidos e em situações de aglomeração A suscetibilidade aumenta com a umidade o calor a composição química específica da pele do sebo e do suor da prematuridade a exposição maciça e predisposição genética Na infecção por dermatófitos geofílicos e zoofílicos os conídios podem permanecer viáveis por longo tempo no ambiente O contato direto e fômites são formas de transmissão das infecções por dermatófitos antropofílicos Micoses Subcutâneas Agente etiológico Sporothrix schenckii Fungo dimórfico que vive em superfícies Cresce na forma de bolor produzindo hifas septadas hialinas ramificadas e conídios 1930C Produção de pequenos tumores subcutâneos A maioria dos indivíduos apresenta anticorpos específicos a esporotriquina Patogenia Trauma na pele Penetração do S schenckii Nódulo granulomatoso Drenagem para linfáticos com espessamento e aspecto em corda Quadro Clínico disseminação por via linfática e hematogênica para fígado baço sistema nervoso pulmões Cutâneo localizada ou dermoepidérmica Resulta de reinfecção cutânea Apresentase como lesões pleomórficas Cutâneolinfática Extrategumentar ou visceral Pode ser adquirida por traumatismo ou inalação Diagnóstico Amostras material de biópsia ou exsudatos de lesões ulcerativas Exame microscópico Direto com KOH 1040 Baixa positividade Corados pelo Giemsa e GRAM Células leveduriformes ovais globosas Sorologia Aglutinação em partículas de látex ELISA FC IF Exame histopatológico Abcesso necrótico central Granuloma zona tuberculóide Tecido granular e fibrosado zona sifilóide Macrocultivo Sabouraud 2530ºC Cultura Período de 4 a 12 dias Verificação de dimorfismo Microcultivo hifas hialinas septadas 8 Rafaela Pamplona Epidemiologia Distribuição mundial mais frequente em clima tropical e temperado Frequente na América do Sul destacandose o Brasil Todas as faixas etárias sem distinção racial Predominância do sexo masculino pessoas com atividades associadas a terra Tratamento Iodeto de potássio VO Itraconazol Fluconazol Terbinafina e Anfotericina B É rara a solicitação de um antifungiograma pois há poucas opções terapêuticas e pela demora na obtenção do resultado Ocorre por inoculação traumática de fungos residentes em solo e vegetações Ocasionada por fungos dematiáceos fungo negro com paredes melaninizadas pode produzir melanina Os agentes são Phialophora verrucosa lesões verrugosas Fonsecaea pedrosoi Rhinocladiella aquaspersa Fonsecaea compacta e Cladosporium carrionii Patogenia Inoculação por traumatismo na pele mesesanos Lesão verrugosa com ulceração e pontos negros hemopurulentos Disseminação linfática local Quadro Clínico Lesões polimórficas caracterizandose por nódulos lesões papulosas eritêmatodescamativas verrucosas com ou sem ulceração Localizamse principalmente nos MMII Diagnóstico Amostras raspados ou biópsia das lesões Exame microscópico direto com KOH 1040 Cultura em meio de Sabouraud por 715 dias Esse meio de cultura deve ser associado a antibiótico como o cloranfenicol para inibir o crescimento bacteriano já que a cultura fúngica necessita de vários dias para proliferar Fonsecaea pedrosoi colônias de maturação lenta 14 dias veludosa marromescuro verdeoliva ou negro plano ou rugoso Cladosporium carrionii colônias de maturação muito lenta 21 dias veludosa marrom ou verdeoliva escuro recobertas por micélio algodonoso e cinza Rhinocladiella aquaspersa colônias de maturação rápida 7 dias veludosa verde escuro ou preto Epidemiologia Distribuição mundial Sexo masculino é mais acometido principalmente em indivíduos com atividades associadas ao campo Infecções crônicas granulomatosas Causadas Actinomicetos bactéria actinomicetoma Fungos eumicetoma agregados de hifas Inoculação por traumatismo ou por saprofitismo Aumento de volume com microabscessos purulentogranuloso Agente etiológico Actinomicetos Actinomyces Nocardia Streptomyces Actinomadura Fungos Madurella Allescheria Cephalosporium Acremonium Grãos brancos fungos hialinos Grãos negros fungos dematiáceos Diagnóstico Material coletado das fístulas centrifugação em salina Exame direto observação de grãos Eumicóticos hifas septadas com clamidoconídios Actinomicóticos hifas finas não septados KOH 1020 e corante Cultivo Sabouraud histopatológico não permite identificação 9 Rafaela Pamplona Tratamento Eumicetoma Cetoconazol diário 400800mg anos Itraconazol 400 mgdia Cirurgia Actinomicetoma terapia combinada Estreptomicina dapsona Sulfametoxazol trimetropim Amicacina sulfametoxazol trimetropim Epidemiologia Tropical e subtropical região quente e úmida Cinturão do micetoma latitudes 15ºS 30ºN Estações secas quentes e úmidas Homens mais afetados faixa etária 2040 anos Não transmissível Micoses Sistêmicas Blastose Sul Americana Agente Paracoccidioides brasilienses Inalação de fezes ou reativação Forma mucocutânea pulmão e mucosa da boca Quadro Clínico Lesões na pele são abscessos ou inflamações granulomatosas com centros necróticos Nos tecidos ou secreções observamse células esféricas ou ovais de tamanhos variáveis com paredes grossas dupla membrana múltiplos brotos ligados por bases estreitas à célulamãe Na forma pulmonar apresenta tosse seca Diagnóstico Exame microscópico direto do espécime clínico pus escarro Células leveduriformes com 10 a 60μm birrefringentes 3 ou mais brotamentos que se ligam a célulamãe por base estreita Birrefringência é uma propriedade óptica de um material que possui diferentes índices de refração para diferentes direções de propagação da luz Agente Cryptococcus neoformans Variação neoformans sorotipo A D AD Variação Gattii sorotipo B C Afeta principalmente as meninges Distribuição mundial Em geral está associada a AIDS neoplasias malignas ou imunossupressão Transmissão inalação fungo encontrado em grande quantidade em fezes secas de pombos Levedura esférica em brotamento com cápsula de polissacarídeos Produtora de urease e fenoloxidase Em cultura forma colônia mucóide esbranquiçada em 23 dias Existem duas variedades de C neoformans C gattii árvores C neoformans aves Patogenia Inalação de células leveduriformes Infecção pulmonar primária semelhante a influenza ou assintomática Resolução espontânea Imunocomprometidos multiplicação Disseminação para outros órgãos SNC pele olhos e próstata Manifestações Clínicas Ocorrem principalmente à nível de SNC produzindo meningite crônica que se caracteriza por remissões e exacerbações espontâneas A história clínica pode ser semelhante à de um tumor ou abscesso cerebral a doença degenerativa do SNC ou a meningite por micobactérias 10 Rafaela Pamplona O paciente pode apresentar cefaleia rigidez de nuca febre vômitos e desorientação A pressão liquórica está aumentada O estudo do LCR revela pleocitose com predomínio de células linfomonocitárias com glicorraquia normal ou baixa e proteinorraquia elevada Todos os casos de meningite criptocócica não tratados são fatais Diagnóstico Análise líquor pus e escarro tinta Nankin coloração específica evidencia a capsula espessa do C neoforman Cultura crescimento de colônias em poucos dias em temperatura ambiente ou a 37C Detecção da produção de urease Em meios contendo substratos difenólicos ocorre a produção de fenol oxidase e impregnação de melanina nas paredes celulares dando uma coloração marrom Sorologia Testes de aglutinação em látex para antígeno criptocócico mostra se positivo em 90 dos casos de Meningite criptocócica Testes com antígenos capsulares Pacientes com AIDS apresentam títulos elevados de antígenos por longos períodos mesmo com o tratamento efetivo Agente Histoplasma capsulatum Inalação do fungo Quadro Clínico Inicial subclínico e assintomático ou semelhante a infecção pulmonar comum viral Calcificações residuais nodulares disseminandose através de células do sistema reticulo endotelial macrófago até baço fígado rins medula óssea e suprarrenais Lesões ulcerativas na mucosa orofaríngea Diagnostico Difícil visualizar direto devido a dificuldade de visualização Esfregaço corado pelo Giensa Células ovaladas dentro do citoplasma em biopsia corada pelo hematoxilina eosina pas grocottsomory Cultura mais seguro e demorado Micoses Oportunistas Causadas por fungos amplamente distribuídos na natureza Causa infecção sistêmica em pacientes imunocomprometidos Há infecções oportunistas por fungos endógenos cândida pertencentes a microbiota normal e exógenos C neoformans encontrados no solo na água e no ar Micose sistêmica mais prevalente Causada por várias espécies de leveduras do gênero Cândida Presente na microbiota da pele mucosas e do trato gastrointestinal Em cultura apresenta na forma de levedura oval com brotamento com isolamento em 24h diferentes dos outros fungos Forma hifas e pseudohifas Em meio de ágar em 24h a temperatura ambiente produz colônias de coloração creme de consistência mole e com odor de levedo A espécie albicans é o patógeno mais comum a Cândida albicans é dimórfica Diferenciase das outras espécies por produzir hifas verdadeiras em meios com nutrição deficiente produz clamidósporos esféricos Estrutura Antigênica Manana substrato da parede celular boa especificidade e baixa sensibilidade Proteases Proteínas de choque térmico A Cândida albicans apresenta dois sorotipos A e B Patogenia Aumento no número de cândida Lesão de pele ou mucosa Invasão local por leveduras e pseudohifas Candidíase superficial cutânea ou mucosa ex dermatofitose vaginite Espécies do gênero Cândida Corrente sanguínea Hospedeiro imunocomprometido Crescimento Disseminação de leveduras micose sistêmica Patologia As lesões cutâneas e mucocutâneas caracterizamse por reações inflamatórias hipersensibilidade do tipo I alergias reações tópicas desde abscessos piogênicos a granulomas crônicos contendo grande quantidade de células leveduriformes em brotamento e pseudohifas 11 Rafaela Pamplona Manifestações Clínicas Fatores de risco gravidez diabetes idosos prematuridade AIDS traumatismo uso de anticoncepcionais orais corticosteróides e antibióticos Candidíase oral sapinho caracterizada por lesão pseudomembranosa esbranquiçada única ou múltipla composta de células epiteliais leveduras e pseudohifas Vulvovaginite caracterizada por irritação prurido e corrimento vaginal Infecção intertriginosa caracterizada por áreas avermelhadas e úmidas podendo evoluir para vesículas principalmente em obesos e diabéticos Infecção dos interdígitos das mãos ocorre após imersão frequente e prolongada em água Caracterizase pelo intumescimento eritematoso e doloroso da prega ungueal podendo evoluir para destruição da unha Fatores de risco uso prolongado de cateteres cirurgia abuso de drogas intravenosas aspiração lesão da pele ou TGI Em pacientes imunocompetentes a candidemia é transitória Candidemia é a infecção da corrente sanguínea causada por leveduras do gênero Cândida Diagnóstico Exame microscópico observação de células em brotamento e pseudo hifas Cultura a diferenciação entre as espécies de Cândida é feita através de testes bioquímicos As culturas de lesões cutâneas confirmam o diagnóstico As culturas de escarro não tem valor diagnóstico porque o fungo pertence a microbiota oral podendo dar falso positivo O valor diagnóstico de uma cultura de urina está na dependência da integridade da amostra e do número de leveduras 1000ufcml Sorologia especificidade e sensibilidade baixa Imunidade A resposta imune mediada por células CD4 é importante para o controle da Candidíase mucocutânea Por isso pacientes imunodeprimidos são mais susceptíveis Os neutrófilos são importantes para a resistência à Candidíase sistêmica Epidemiologia e Controle A Candidíase não é contagiosa O controle efetivo é evitar o desequilíbrio da microbiota e das defesas do hospedeiro 12 Rafaela Pamplona Agentes Antifúngicos Considerações Gerais Tradicionalmente as infeções fúngicas são divididas em duas classes distintas Sistêmicas orais ou parenterais para infecções sistêmicas Tópicos para infecções mucocutâneas Em consequência dessa característica os principais antifúngicos são categorizados como sistêmicos e tópicos Termos Importantes Espectro antifungico variação de atividade de um agente antifungico contra fungos Um agente antifungico de amplo espectro inibe uma ampla variedade de fungos incluindo os fungos leveduriformes e fungos filamentosos enquanto um agente de espectro restrito e ativo somente contra um número limitado de fungos Atividade fungistática nível da atividade antifúngica que inibe o crescimento de um organismo Isto e determinado in vitro testandose uma concentração padronizada de organismos contra uma série de diluições do antifungico A menor concentração da droga que inibe o crescimento do organismo e referida como concentração inibitória mínima CIM Atividade fungicida Habilidade de um agente antifungico para matar um organismo in vitro ou in vivo A menor concentração da droga que mata 999 do teste populacional e denominada concentração fungicida mínima CFM Combinações de agentes antifúngicos As combinações de agentes antifúngicos podem ser utilizadas 1 Para aumentar a eficácia no tratamento de uma infecção fúngica refratária 2 Para ampliar o espectro da terapia antifungico empírica 3 para prevenir a emergência de organismos resistentes 4 Para alcançar um efeito sinérgico Sinergismo antifungico combinações de agentes antifúngicos que têm atividade antifúngica intensificada quando utilizados juntos comparada com a atividade de cada agente isoladamente Antagonismo antifungico Combinação de agentes antifúngicos em que a atividade de um dos agentes interfere na atividade do outro agente Bombas de efluxo Famílias de transportadores de drogas que servem para bombear ativamente agentes antifúngicos para fora das células fúngicas diminuindo assim a quantidade de droga intracelular disponível para se ligar ao seu alvo Agentes Antifúngicos Sistêmicos Foi isolada em 1955 a partir do actinomiceto Streptomyces nodosus tendo sido aprovada em 1965 pela FDA como o primeiro agente antifúngico Filippin e Souza 2006 O nome do fármaco do caráter anfotérico da molécula Apresenta hidrossolubilidade em valores extremos de pH É quase insolúvel em água mas foi formulada para infusão IV através da formação de um complexo com o sal biliar desoxicolato É um polieno macrolídeo anfotérico Polieno contém muitas ligações duplas Macrolídeo contém um grande anel de lactona Apresentações da Anfotericina B ABD Anfotericina desoxicolato Pico sérico menor Reação de infusão com febre e calafrio Nefrotoxicidade pode levar a lesão renal aguda ABL Anfotericina Lipossomal Maior pico sérico Menor nefrotoxicidade Menor reação de infusão Maior incidência de eventos adversos cardiovasculares hepáticos e respiratórios 13 Rafaela Pamplona As principais condições que indicam o uso da ABL são leishmaniose visceral histoplasmose do sistema nervoso central histoplasmose disseminada refratária à ABD blastomicose no sistema nervoso central ou pacientes intolerantes à ABD Mecanismo de Ação A atividade antifúngica da anfotericina B depende de sua ligação a um grupo esterol principalmente ergosterol presente na membrana de fungos sensíveis Em virtude da interação com os esteróis das membranas celulares os agentes poliênicos parecem formar poros ou canais O resultado consiste em aumento da permeabilidade da membrana permitindo o extravasamento de uma variedade de pequenas moléculas Há algum nível de ligação com os esteróis da membrana humana colesterol o que provavelmente contribui para a toxicidade proeminente do fármaco Resistencia Fúngica Os mutantes selecionados in vitro para resistência à anfotericina B substituem o ergosterol por determinados esteróis precursores Também pode ocorrer redução de ergosterol da membrana prejudicando a ligação A absorção de todas as formulações de anfotericina pelo trato gastrointestinal é insignificante São administradas por infusões IV A principal reação adversa à anfotericina B IV consiste em febre calafrios É comum a ocorrência de anemia normocítica hipocrômica Atividade Antifúngica Candida spp Cryptococcus neoformans Blastomyces dermatitidis Coccidioides immitis Paracoccidioides braziliensis Candidíase criptococose coccidiodomicose blastoplasmose histoplasmose aspergilose mucomicose rinocerebral Foi descoberta em 1957 durante uma pesquisa por novos agentes antineoplásicos Embora desprovida de propriedades anticâncer ficou evidente que se tratava de um potente agente antifúngico Seu espectro de ação é muito menor do que o da anfotericina B Atividade Antifúngica A flucitocina tem atividade útil contra Cryptococcus neoformans Candida spp É rapidamente bem absorvida no trato gastrointestinal 90 Havendo comprometimento renal seus níveis aumentam com rapidez e podem provocar reações tóxicas Como efeito adverso pode deprimir a função da medula óssea e levar ao desenvolvimento de leucopenia e trombocitopenia Mecanismo de Ação Não é usada de forma isolada devido ao efeito sinérgico com outros agentes A flucitosina é captada pelas células fúngicas por meio da enzima citosina permease É convertida em nível intracelular primeiramente em 5fluoruracila e em seguida a monofosfato de 5 fluorodeoxiuridina e trifosfato de fluorouridina que inibem a síntese de DNA e RNA respectivamente É utilizada predominantemente em combinação com a anfotericina B A sinergia pode estar relacionada com o aumento da penetração da flucitosina pela membrana das células fúngicas lesionadas pela anfotericina Todos os fungos sensíveis são capazes de desaminar a flucitosina em 5fluorouracil O qual produz um importante metabólito inibidor da timidilato sintetase comprometendo a síntese de DNA As células dos mamíferos não convertem a flucitosina em fluorouracil Esse fato é de suma importância para a ação seletiva desse composto 14 Rafaela Pamplona Ambos compartilham o mesmo espectro antifúngico e o mesmo mecanismo de ação Os triazólicos sistêmicos são metabolizados mais lentamente e exercem menos efeito sobre a síntese de esteróis humanos do que os imidazólicos Devido a essas vantagens os novos congêneres em desenvolvimento são em sua maior parte triazólicos Inibição da síntese de ergosterol Imidazóis cetoconazol miconazol e clotrimazol Tratamento tópico Triazóis Itraconazol fluconazol voriconazol e posaconazol A atividade antifúngica dos azóis resulta da redução da síntese do ergosterol por meio da inibição de enzimas do citocromo P450 fúngicas A toxicidade seletiva dos fármacos azóis resulta de sua maior afinidade pelas enzimas fúngicas do citocromo P450 do que pelas humanas Os imidazóis tem grau menor de seletividade do que os triazóis Bastante utilizados no tratamento da candidíase Quase completamente absorvido pelo trato gastrointestinal A biodisponibilidade não é alterada pela presença de alimentos nem pela acidez gástrica Podese observar a ocorrência de náuseas e vômitos com doses superiores a 200 mgdia Mecanismo de Ação O principal efeito sobre os fungos consiste na inibição da esterol 14α desmetilase Levando ao comprometimento da síntese de ergosterol na membrana citoplasmática Comprometendo as funções de determinados sistemas enzimáticos ligados à membrana como a ATPase e as enzimas do sistema de transporte de elétrons inibindo assim o crescimento dos fungos Atividade Antifúngica Candida albicans Candida tropicalis Candida neoformans Efeitos Colaterais e Interações Medicamentosas São relativamente atóxicos A reação adversa mais comum é o desconforto gastrointestinal Todos os azóis tendem a produzir interações medicamentosas porque afetam o sistema de enzima dos citocromos P450 dos mamíferos em alguma extensão Ex Imidazol cetoconazol efeitos adversos mais comuns consistem em náuseas anorexia e vômitos Enzimaticamente pouco seletivo deixou de ser usado sistematicamente nos EUA Triazol Itraconazol em forma de cápsulas geralmente é bem tolerado em uma dose de 200mgdia Itraconazol Atividade antifúngica potente mas sua efetividade pode ser limitada pela biodisponibilidade reduzida As formulações mais modernas inclusive uma apresentação oral líquida e uma intravenosa utilizam a ciclodextrana como molécula transportadora para aumentar a solubilidade e a biodisponibilidade Muito utilizado no tratamento de dermatofitose e da onicomicose São ativos contra Cândida e Aspergiloses Formam a classe mais nova de agentes antifúngicos São grandes peptídeos cíclicos ligados a um ácido graxo de cadeia longa Caspofungina micafungina e anidulafungina As equinocandinas agem ao nível da parede celular fúngica inibindo a síntese do beta 13 glicano Isso resulta em ruptura da parede celular fúngica e morte celular Blastomyces dermatitidis Paracoccidioides brasiliensis 15 Rafaela Pamplona Oral para infecção mucocutânea Mecanismo de Ação A griseofulvina causa ruptura do fuso mitótico através de sua interação com os microtúbulos polimerizados Perda da integridade da parede celular Fragilidade osmótica Efeito fungicida Usos terapêuticos Doenças micóticas da pele dos cabelos e das unhas causadas por Microsporum Trichophyton ou Epidermophyton Agentes Antifúngicos Tópicos O tratamento tópico é útil em muitas infecções fúngicas superficiais como aquelas confinadas ao extrato córneo à mucosa escamosa ou à córnea Em geral a administração tópica de antifúngicos não tem sucesso para micoses das unhas onicomicose e do cabelo tinea do couto cabeludo Classes de fármacos de uso tópico imidazólicos e triazólicos Aplicação cutânea As preparações para uso cutâneo mostramse eficazes na tinea do corpo na tinea do pé na tinea crural e na tinea cutânea Aplicação vaginal Os cremes os supositórios e os comprimidos vaginais constituem as preparações de escolha na candidíase vaginal Aplicação oral O uso de pastilhas orais de clotrimazol é apropriadamente considerado como terapia tópica candidíase orofaríngea 16 Rafaela Pamplona Vírus Virologia ramo da Biologia que estuda os vírus Os vírus existem desde o início da vida Alguns vírus provavelmente evoluíram com a espécie Agentes não eram visualizados ao microscópio Agentes atravessavam os filtros que filtravam as bactérias de menores dimensões Varíola O aparecimento da varíola ocorreu com a domesticação do gado pois existem registros de cerca de 1000 anos AC na região da Índia e Oriente Médio Em cerca de 700 DC chega à Europa e à América No século XX ocorreram cerca de 300 milhões de mortes por varíola significando uma mortalidade de 3035 Primeira Vacina 1798 Edward Jenner observa que os tratadores de gado em quem a varíola bovina causava uma lesão benigna na mão eram resistentes à varíola humana Decide então vacinar um rapaz James Phipps com pus de uma lesão de varíola bovina e posteriormente quando submetido a inoculação direta da doença James Phipps não apresentava sinais de varíola 1ª Vacinação Variolação Introdução de pus de uma pústula com varíola na pele para provocar o contato e ativar uma resposta do corpo 2 de mortalidade 1898 Beijerink Confirma as observações de Ivanowsky e afirma que o agente patogênico devia ser desconhecido Fluido vivo contagioso 1898 Loeffler e Frosch Observaram que o agente não sobrevivia na ausência de um hospedeiro Febre Amarela O vírus da febre amarela foi o primeiro a ser detectado 1900 1901 Walter Reed Demonstra a natureza viral e Jesse Lazear inoculouse voluntariamente para demonstrar o modo de transmissão 1915 Felix dHerelle Pai da Virologia Bacteriófagos Primeiro método de quantificação viral Descreveu também algumas etapas do processo de replicação viral adsorção lise e liberação Separando coisas vivas e coisas não vivas não pode ser traçada Esse fato serve para aquecer a velha discussão sobre a questão o que e a vida Wendell Meredith Stanley 1904 1971 Características Gerais dos Vírus São estruturas subcelulares com um ciclo de replicação exclusivamente intracelular sem nenhum metabolismo ativo fora da célula hospedeira Microrganismos que Se multiplicam dentro de células vivas Parasitas Obrigatórios Usam em maior ou menor grau o sistema de síntese das células Induzem a síntese de ácido nucléico viral e proteínas Capazes de auxiliálos a infectar novas células Seu único objetivo é perpetuarse na natureza Vírus X Bactérias Bactérias Vírus Parasita intracelular não S I M Membrana plasmática sim não envelope Divisão binária sim não replicação Possuem DNA e RNA sim não Produção de ATP sim não Ribossomos sim não Sensíveis a antibióticos sim N Ã O Relação de tamanho Os vírus parasitam todos os tipos de células procariotos tais como arqueias e bactérias bacteriófagos e eucariotos como fungos microalgas plantas e animais São bastante pequenos na ordem de 002µm 106 m até 03µm a maioria dos vírus só pode ser visto com auxílio de um microscópio eletrônico Por terem um tamanho muito reduzido o tamanho dos seus genomas também é bastante limitado e codifica apenas algumas poucas proteínas funcionais ex enzimas importantes para a replicação do vírus e estruturais componentes do capsídeo e envelope dependendo em grande parte das enzimas e do metabolismo do hospedeiro 17 Rafaela Pamplona Vírion Partícula viral completa ácido nucléico capsídeo protéico partícula viral infecciosa serve como veiculo na transmissão de um hospedeiro para outro Estrutura Viral informação genética especificidade viral e infecciosidade O genoma viral é constituído por DNA ou RNA ou ambos DNA e RNA em diferentes etapas de seu ciclo de vida formado por capsômeros relacionado a proteção antigenicidade e imunogenicidade Constituído por proteínas virais especificas proteínas ligantes codificadas pelo genoma viral Capsídeo Núcleo nucleocapsídio É uma cobertura formada por proteínas com a função Proteger o ácido nucléico Ligarse a receptores nas células Penetrar na membrana celular Modificar a célula hospedeira alguns efeito citostático Capsídeo esférico simetria cúbicaicosaédrica Capsídeo em bastão simetria helicoidal Capsídeo Complexa glicoproteínas peplômeros relacionado a proteção antigenicidade e imunogenicidade Quando a partícula viral vai ser liberada a membrana plasmática da célula hospedeira é incorporada formando o envelope com proteínas ligantes especificas codificadas pelo genoma viral Essas proteínas são necessárias para que o vírion reconheça a hospedeira e para se ligar a ela Muitas vezes as glicoproteínas formam espículas projeções a partir do envelope Estas espículas proteicas têm função de reconhecimento da célula hospedeira que o vírus vai parasitar Outra forma de formação do envelope é no interior da célula hospedeira através do complexo de golgi ou do REL Podem ser classificados Vírus Nus aqueles que apresentam apenas capsídeo Vírus Envelopados apresentam além do capsídeo um envelope lipoproteico com proteínas especificas Vírus envelopados são mais sensíveis que os vírus nus pois os vírus nus possuem proteínas mais resistentes as mudanças de pH temperatura e a solventes orgânicos como detergentes Essas características permitem que o vírus nu permaneça mais tempo no ambiente e o vírus envelopado H hemaglutinina adsorção N neuraminidase adsorçãopenetração F fusão fusão Resumo Possuem informação genética capsídeo e em alguns casos possuem envelope Não possuem maquinaria específica Não ingerem nutrientes não produzem resíduos e não têm metabolismo No entanto eles replicamse DNA RNA Fita simples Fita simples Fita dupla Fita simples segmentada Fita circular Dita dupla segmentada 18 Rafaela Pamplona Principais Viroses Humanas Caxumba Raiva ou hidrofobia Gripe Varicela Hepatite Sarampo AIDS Arboviroses Poliomielite Varíola Febre amarela SARS Classificação e Taxonomia A nomenclatura ou classificação é atribuída em função dos dados conhecidos na data da descoberta De acordo com as doenças às quais estão associados Ex HIV Alterações histológicas que causam Ex Citomegalovírus Local de isolamento Ex Enterovírus Locais ou pessoas que o descobriram Ex Vírus de Epstein Barr ou Vírus de Nilo Características Bioquímicasgenéticas Ex Retrovírus RNA DNA RNA A classificação taxonômica se baseia em Tipo e forma dos ácidos nucléicos Estrutura Presença ou ausência de Envelope Modo de replicação Organização do genoma ou diferenças antigênicas Estruturas menores que os vírus que causam infecção possui ácido nucléico incompleto necessitando de um outro vírus para completar seu ciclo replicativo estão situados um nível abaixo dos vírus satélites estão associados aos vírus de plantas e até o momento não foram encontrados em humanos geralmente apresentam genomas maiores que os virusóides e causam doenças em plantas partículas que possuem genoma incompleto vírus defeituoso Estabelecem infecções persistentes Ex o vírus da hepatite D HDV necessita do vírus da hepatite B HBV são elementos que se integram no genoma da bactéria são agentes subvirais e se compõem SOMENTE de proteínas PrP e são muito resistentes à inativação por processos químicos e físicos São proteínas infecciosas proteínas modificadas que podem gerar infecções Doenças Príons Transmissão As proteínas anormais interagem com as formas normais reorganizando sua estrutura Proteína X Transmissão familiar doença familiar Transmissão infecciosa Contato com objetos Contato com material biológico transplantes materiais cirúrgicos As evidências sugerem fortemente que a Scapie que nunca foi transmitida para humanos passou para os bovinos causando a Encefalopatia Espongiforme Bovina BSE quando a ração feita com restos de ovinos passou a ser empregada para alimentação de bovinos Os animais doentes esfregam seu corpo contra superfícies rígidas como cercas ou paredes até perderem todo o couro ficando em carne viva Ao mesmo tempo o animal perde o controle muscular e as funções motoras adquire aspecto e comportamento totalmente descoordenado daí o nome vaca louca pelo qual a moléstia ficou conhecida De ocorrência global atinge uma pessoa em um milhão geralmente ao redor dos 60 anos e acaba por causar demência Sabese que 10 a 15 dos casos são familiares Uma certa porcentagem é devida a contaminação decorrente de tratamento médico como transplantes de córnea uso de instrumentos cirúrgicos contaminados ou injeção de hormônio de crescimento extraído de hipófises humanas Foi observada em habitantes de uma tribo da Nova Guiné em que a tribo comia o encéfalo dos líderes após a morte Caracterizase por uma perda da coordenação e mais tarde por demência e é sempre fatal Muito possivelmente os doentes se contaminaram através de rituais de canibalismo os componentes da tribo costumavam honrar seus mortos comendo seus cérebros Biossíntese viral Definição de vírus Seres acelulares sem metabolismo próprio e que são parasitas obrigatórios Infecção penetração replicação Tipos de infecção Infecção produtiva Infecção abortiva Ciclo Replicativo Vírus entra na célula Libera o genoma Síntese proteica 1º Proteínas que asseguram replicação do genoma 2º Responsáveis pelo empacotamento do genoma e as que alteram a estrutura e função da célula hospedeira 19 Rafaela Pamplona Etapas da Replicação Contato com a superfície celular Ligação específica das partículas virais nos receptores das células hospedeiras Proteínas de superfície dos vírions Proteínas do capsídeo vírus nu Glicoproteínas vírus envelopado Receptores celulares Proteínas glicoproteínas Carboidratos Exemplo de receptores 1 Receptor poliovírus PVR 6 Receptor LDL alguns rinovírus 2 CD4 HIV 7 Aminopeptidase N coronavírus 3 Antigeno carcinoembrionico MHV coronavírus 8 Ác Siálico na glicoproteína influenza reovírus rotavírus 4 ICAM1 Rinovírus de 1 4 são todos moléculas da superfamília das imunoglobulinas 9 Transportador de AA catiônico vírus leucemia murina 5 Integrina VLA2 Echoviruses 10 Transportador de FNadependente vírus leucemia macaco gibão Vírus Envelopados Endocitose engloba o vírus e Fusão incorpora o vírus Vírus Não Envelopados Translocação vírus lança o material genético no interior da clélula e Endocitose Desnaturação das proteínas do capsídeo Exposição do genoma para transcriçãotradução e replicação Estar acessível às enzimas A transcrição pode se iniciar sem a dissociação total entre ácido nucleico e proteína vírus helicoidal Vírus Envelopado Fusão degrada o capsídeo e Endocitose enzimas degradam a partícula viral Vírus Não Envelopado Translocação não necessita de desnudamento e Endocitose Vírus carregam informação genética para Assegurar a replicação de seu próprio genoma Assegurar o empacotamento de seu genoma no nucleocapsídio Alterar a estrutura ou função da célula hospedeira DNA RNA geralmente ocorre no núcleo poxvírus Ocorre no citoplasma ortomixovírus Replicação Transcrição produção de RNAm Tradução leitura da informação genética contida no RNAm Proteínas estruturais proteínas do vírus maduro Proteínas nãoestruturais são codificadas pelo vírus e que não são empacotadas na partícula viral madura são regulatórias Funções das proteínas não estruturais Proteger o ácido nucléico Ajudar a replicar o ác nucléico Ligarse a receptores nas células Iniciar o programa de replicação Penetrar na membrana celular Modificar a célula hospedeira 20 Rafaela Pamplona Morfogênese Processo de montagem das partículas virais Ocorre no final do ciclo replicativo Maturação Aquisição da capacidade infectante vírion DNA RNA geralmente ocorre no núcleo ocorre no citoplasma Maturação e liberação Membranas celulares RER Golgi e MP contendo as glicoproteínas virais inseridas darão origem ao envelope Nucleocapsídio brota para o interior das membranas celulares Formação do envelope a membrana plasmática que irá ser incorporada ao vírus sofre modificação devido ao efeito citostático nessa região da membrana há glicoproteínas virais com receptores específicos que permite o vírus infectar novas células Liberação do vírion no ambiente partícula viral completa infecciosa Resumo Adsorção Ligação do vírus à célula Penetração Entrada do vírus na célula Desnudamento Liberação do ácido nucléico Síntese de novos componentes Transcrição RNAm Tradução 1 Proteínas reguladoras 2 Enzimas 3 Proteínas estruturais Replicação Novos ácidos nucléicos Maturação Reunião dos novos componentes Egresso Saída dos vírions Multiplicação Viral ocorre a lise e a morte da célula hospedeira fases Adsorção Penetração Desnudamento Estratégias de Replicação Morfogênesematuração e Liberação a cél hospedeira permanece viva o DNA do vírus se liga ao cromossomo da célula hospedeira e se multiplica juntamente com ele HIV Características Gerais É um retrovírus membro da subfamília Lentivirinae Infecta células do sistema imune A replicação é altamente espécieespecífica TCD4 macrófagos Provoca doença crônica lentamente progressiva É totalmente inativado por tratamento com desinfetante doméstico a 10 etanola 50 isopropanola 35 NonidetP40 1 Lysol a 05 paraformaldeídoa 05 ou H2O2 a 03 por 10 min a temperatura ambiente É inativado por extremos de pH É inativado em líquidos ou soro a 10 por aquecimento a 56C durante 10 min Estrutura Morfológica 100nm diâmetro 72 complexos de glicoproteínas de superfície RNA fita simples não consegue se transformar em RNAm necessitando ser transformado em DNA pela transcriptase reversa Esse DNA então é transformado em RNAm Por isso o HIV é chamado de retrovírus Envelope viral é proveniente da célula hospedeira 21 Rafaela Pamplona Proteína Função p17 Matriz Proteção p24 Capsídeo p9 p6 Nucleocapsídio p10 Protease Enzimas que ajudam na replicação viral p31 Endonuclease p50 Transcriptase reversa gp120 Proteína de envelope Responsáveis pelo processo de adsorção gp41 Proteína de envelope transmembrana p14 Transativação de todas as proteínas do HIV p13 Aumenta a produção de proteínas estruturais Transporta slicedunspliced RNA do núcleo ao citoplasma p23 Necessário para infectividade p27 Retarda replicação do HIV Inicia a produção de esteroides celulares para produção de HIV Obs para o vírus causar infecção é necessário que a proteína superficial gp120 se ligue ao receptor CD4 correceptor CXCR4 Sem o receptor e correceptor o vírus não consegue realizar adsorção e penetração com isso o indivíduo não é infectado Tipos HIV 1 mais frequente 99 nove subtipos AI HIV 2 mais frequente na África 40 homologia com HIV1 cinco subtipos AE Patogenia Características importantes O vírus é transmitido por troca de fluidos orgânicos O vírus apresenta alta taxa de mutação A infecção evolui lentamente através de estágios específicos Às vezes é necessário vários anos para o desenvolvimento da doença Receptores do vírus Receptor CD4 Correceptor CXCR4 As células TCD4 podem ser infectadas de formas latente ou ativa pelo HIV Infecção latente e ativa Nas infecções latentes nenhum gene viral está sendo transcrito e o vírus novos estão sendo formados Nas infecções ativas o DNA proviral controla a síntese de novos vírus que brotam da célula do hospedeiro Evolução da Doença Infecção primaria das células do sangue e mucosa Infecção se estabelece nos tecidos linfoides Ex linfonodos Disseminação da infecção pelo corpo Síndrome aguda Resposta imune Latência AIDS 22 Rafaela Pamplona Infecção de células TCD4 e macrófagos Infecção disseminada Resposta imune específica imunidade humoral imunidade celular Destruição da maior parte dos vírus Alguns persistem Destruição gradual de células TCD4 Desorganização da resposta imune Estágios da Infecção Infecção Primária ocorre replicação viral e viremia detectada em cerca de 812 semanas Disseminação do vírus para órgãos linfóides 50 a 75 desenvolvem síndrome semelhante à Mononucleose aguda em 3 a 6 semanas Latência clínica alta taxa de replicação viral com aparecimento de sintomas ou a doença podendo perdurar por 10 anos Doença clínica expressão elevada do vírus e surgimento de doenças oportunistas Morte Transmissão Mecanismo de infecção Sêmen sangue Sangue sangue Categorias de exposição Contato homossexual masculino Uso de drogas injetáveis Contato heterossexual Transfusõestransplantes Profissionais de saúde Diagnóstico Identificar indivíduos com a infecção Identificar portadores doadores de sangue de órgãos gestantes e parceiros sexuais Confirmar o diagnóstico Detecção de anticorpos Soroplasma ELISA IFI SoroNeutralização Positivo Negativo Repete Se suspeito Positivo Repetir mais adiante e fazer detecção de vírus PCR etc Testes complementares western blot IFI FIP Fazer testes complementares ELISA triagem busca os anticorpos anti gp120 anti gp41 e anti gp24 WesternrBlot padrão ouro confirmatório separa e define as proteínas e busca anticorpos anti gp120 anti gp41 anti gp24 e anti gp31 Detecção de antígenos proteínas de superfície Ex gp120 Cultura viral Amplificação do genoma do vírus RT PCR Prevenção Vacinas contra HIV Agentes antivirais Tratamento Inibidores análogos nucleosídeos TR 2 AZT com 3TC Inibidores análogos nãonucleosídeos TR 1 Efavirenze ou Inibidores de Protease 1 ritonavir Controle Esclarecimento à população sobre as formas de transmissão da infecção Incentivo ao uso de preservativos Esclarecimento quanto ao uso de agulhas e seringas descartáveis Controle do sangue e hemoderivados Adoção de cuidados na exposição ocupacional a material biológico Viroses Os vírus pertencentes à família Herpes viridae são chamados de herpes vírus Apresentam características como formação de vesículas herpes simples e varicelazoster ou de linfadenopatias citomegalovírus e mononucleose 23 Rafaela Pamplona Vírus Herpes simples 1 e 2 HSV1 e HSV2 herpes labial e genital Varicelazoster HHV3 catapora e o herpeszoster Citomegalovírus HCMV citomegalovirose EpsteinBarr mononucleose Herpes Simples 1 e 2 Os vírus de herpes HSV1 e HSV2 causam vesículas recorrentes não evoluindo para a cura HSV 1 HSV 2 Herpes labial Herpes genital Transmissão por contato com secreções das vesículas Transmissão por contato com secreções das vesículas Varicela zoster Agente etiológico vírus varicelazoster A catapora é considerada uma virose da infância Após a catapora o vírus pode ficar em estado latente no organismo e em algum momento da vida desenvolver herpeszoster A catapora e a herpeszoster ocorrem como eventos únicos Varicela catapora Herpes zoster cobreiro Presença de mácula seguida de vesículas eritematosas Dor intensa e vesículas que acompanham o trajeto do nervo afetado Citomegalovirose e Mononucleose Causam linfadenopatias locais ou generalizadas Podem ocorrer de forma assintomática ou com grande manifestação de sintomas Citomegalovirose Mononucleose Casada por citomegalovírus CMV Causada pelo vírus EpsteinBarr EBV Transmissão oral saliva parenteral e sexual Chamada de doença do beijo Não evolui para cura Presença de linfócitos atípicos na circulação Presença de linfadenopatia localizada Inflamação da orofaringe e glândulas salivares Promove fetopatias Linfadenopatia generalizada Gênero da família Flaviviridae Possuem genoma RNA de cadeia simples com sentido positivo São transmitidos por mosquitos outros insetos ou carrapatos As principais flavoviroses são a dengue e a febre amarela As doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes vetores são chamados de arboviroses Dengue DEN Tipo de vírus da dengue descritos DEN1 DEN2 DEN3 DEN4 e DEN 5 São transmitidos no momento do repasto sanguíneo da fêmea do mosquito Aedes aegypti O vírus DEN5 foi descoberto em 2007 e ainda não existem casos epidêmicos relacionados a ele Todos os vírus dengue podem causar desde sintomas inaparentes dengue clássica dengue hemorrágica ou choque por dengue que geralmente evolui para óbito As variações dos quadros de dengue dependem do estado imune do indivíduo e inócuo viral Aspectos Clínicos Período de incubação 3 a 15 dias com média de 5 a 10dias Variações Dengue clássica DC Dengue hemorrágica DH Síndrome de choque por dengue SCD Ciclo biológico As fêmeas do mosquito Aedes aegypti podem transmitir no Brasil diferentes Flavivírus como os vírus que causam dengue febre amarela febre Zika e febre Chikungunya O ciclo do Aedes aegypti possui quatro fases ovo larva pupa e adulto 24 Rafaela Pamplona Uma fêmea pode dar origem a 1500 mosquitos a partir de ovos colocados na parede de recipientes contendo água parada e limpa Os ovos podem permanecer em torno de 450 dias no meio ambiente e caso tenham sido postos por uma fêmea contaminada os mosquitos já nascem contaminados por contaminação transovariana O mosquito possui hábitos diurnos Controle Biológico Febre Amarela É uma doença febril que não ocorre em todo o Brasil mas apresenta gravidade É transmitida pelo Aedes aegypti em ambiente urbano e por outros mosquitos no ambiente silvestre onde animais vertebrados servem de reservatório para o vírus A partir de julho de 2014 o vírus da febre amarela reemergiu no Brasil Em outubro de 2015 foram evidenciados casos na região CentroOeste Os sintomas são febre pele e olhos amarelados icterícia dor de cabeça calafrios náuseas vômito dores no corpo e hemorragias A vacina contra febre amarela está disponível na rede pública em postos regionalizados Zika e Chikungunya Em 2014 e 2015 novos casos de febres causadas por Flavivírus Febre Zika FK e Febre Chikungunya FC Primeiramente os casos de febre Zika e febre Chikungunya foram confundidos como variantes de casos de dengue Os casos foram descritos em todas as regiões geográficas do Brasil Dengue Chikungunya Zika Dor retroorbital Manchas vermelhas Dor muscular Tontura Dor articular intensa Dor articular Manchas vermelhas Dor de cabeça Olhos vermelhos Dor articular Febre alta Dor nas costas Náusea e vômito Dor muscular Febre baixa Perda de peso Fraqueza Dor de cabeça Lesões com pontos brancos e vermelhos na pele Febre alta Sangramento no nariz e gengiva Vírus associados ao sistema respiratório As infecções respiratórias podem ter causas diversas como vírus bactérias fungos protozoários e helmintos Entre os vírus que causam infecções respiratórias temos principalmente Influenza vírus Parainfluenza vírus Coronavírus Vírus Respiratório Sincicial Rinovírus Adenovírus Gripe e Resfriado São infecções virais diferentes entre si Diferem quanto aos agentes etiológicos e também na intensidade das manifestações clínicas Gripe Resfriado Influenza vírus B ou C Rinovírus e outros Febre 38º Dor na garganta Dor de cabeça Malestar Perda de apetite Tosse e espirros Congestão nasal Estado febril 375º Espirros Congestão nasal Leve malestar Sintomas brandos da gripe Pneumonias Virais Os pulmões são alvo de infecção por diversos microrganismos principalmente bactérias e vírus Vírus do sincício respiratório VSR Gripe H1N1 VSR H1N1 Pneumovírus família Paramyxoviridae Influenza vírus família Orthomyxoviridae Infecção respiratória aguda Mais frequente em crianças entre 2 meses a 2 anos Transmissão por gotículas e fômites Formação de sincícios necrose de células do epitélio ciliado respiratório e outras alterações brônquicas Infecção respiratória aguda Sintomas de gripe sazonal B ou C acrescentados de dificuldade na inspiração Transmissão por gotículas ou fômites Possui vacinação Os vírus Influenza H2N2 H3N2 H5N1 e H9N2 também causam infecções respiratórias humanas 25 Rafaela Pamplona SARS COV 2 A expressão não neural de genes de entrada SARSCOV2 no epitélio olfatório sugere mecanismos subjacentes à anosmia em pacientes com COVID19 Hiposmia Anosmia Resposta Imune Disfuncional Resposta Imune Saudável Infiltração excessiva de monócitos macrófagos e células T Células infectadas eliminadas rapidamente Tempestade sistêmica de citocinas Vírus inativado por anticorpos neutralizantes Edema pulmonar e pneumonia Inflamação mínima e dano pulmonar Inflamação generalizada e danos a múltiplos órgãos Hemograma Linfocitopenia relativa Neutrofilia com desvio a esquerda Leucocitose Trombocitopenia leve Hemoglobina baixa Linfocitose LeucócitosNeutrófilos normais Diagnóstico RTPCR swab nasal Sorologia Viroses da Infância Algumas infecções virais são comuns na infância principalmente pelo contato entre crianças compartilhamentos de objetos em unidades educacionais deixandoos mais vulneráveis a infecções No Brasil o Calendário Nacional de Imunizações inclui vacinas obrigatórias para as viroses da infância caxumba catapora rubéola sarampo rotavírus poliomielite e gripes Rubéola Sarampo e Caxumba Sarampo e rubéola precisam ter diagnóstico laboratorial em função de suas semelhanças Vacina MMR Caxumba Rubéola Sarampo Paramixovírus da Família Paramyxoviridae Inflamação e aumento das glândulas parótidas parotidite Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Rubellavírus da Família Togaviridae Exantema pelo corpo e gânglios aumentados e sinais prodrômicos Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Morbillivírus da Família Paramyxoviridae Pontos brancas na boca exantema e sinais prodrômicos Transmissão por gotículas de saliva e secreções respiratórias Hepatites Virais Hepatite distúrbio inflamatório do fígado 26 Rafaela Pamplona Tipos A B C D E Fezes Sangue e derivados Sangue e derivados Sangue e derivados Fezes Fecaloral Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Fecaloral Não cronifica Cronifica Cronifica Cronifica Não cronifica Imunização pré e pós exposição Lavagem de mãos Imunização pré e pós exposição Modificação comportament o de risco Triagem doação de sangue Modificação comportamento de risco Imunização pré e pós exposição Garantia de ingestão de água tratada e alimentos corretamente processados Hepatite A Capsídeo icosaédrico 2732nm Sem envelope RNA fita simples RT PCR Família Picornaviridae gênero Hepatovirus Vírus penetra via TGI hepatócitos Viremia é passageira Vírus começa a ser eliminado nas fezes 2 semanas antes dos sinais clínicos Produz apenas doença aguda Pode evoluir com a forma fulminante Não gera estado de portador ou hepatite crônica Período de incubação 15 45 dias Marcadores sorológicos sorologia IgM antiHAV IgG antiHAV O IgG oferece imunidade protetora Vacinação não faz parte do calendário vacinal 2 doses Hepatite B Gênero Hepadnavirus da Família Hepadnaviridae Vírus envelopado DNA fita dupla circular incompleto Vírus muito estável e resistente o que o torna bastante infecioso Vírus HBV DNA Transmissão parenteral vertical sexual Período de incubação 30 a 180 dias Proporciona ambiente apropriado para o vírus defectivo da hepatite delta Vacina 3 doses 95 produzirão os anticorpos e nestes a proteção contra a hepatite é próxima de 100 Marcadores da Hepatite B Antígeno de superfície do HBV vírus presente sinal de infecção Presente no envelope viral parte externa do vírus sua detecção na sorologia evidencia a presença do vírus mas não determina se há replicação ou não Produz AntiHBs É o marco da infecção pelo HBV Detectado a partir de 1 a 10 semanas após exposição Eliminado dentro de 4 a 6 meses pelos pacientes que se recuperam Persistente nas formas crônicas Anticorpo contra o antígeno de superfície É um anticorpo neutralizante que oferece imunidade protetora contra o HBV Marca a cura da hepatite B junto como desaparecimento do HBsAg A coexistência de ambos é rara forma crônica com antiHBs não neutralizante A ausência de ambos define a janela imunológica Antigeno estrutural que faz parte do capsídeo só é possível detectá lo se o vírus for destruído Na clínica não é solicitada a sorologia para HBcAg pois ele dá muito falso negativo Indica infecção aguda Primeiro anticorpo a ser identificado após a infecção por HBV 1mês após o HBsAg Presente em altas titulações na fase aguda da infecção Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 IgM IgG Sem contato prévio Tem memória Fase aguda Convalescente 27 Rafaela Pamplona Diminui na fase de recuperação ou nos casos que evoluem para infecção crônica Pode persistir em baixas titulações por anos após a infecção aguda Pode aumentar nas fases de exacerbação da hepatite crônica Aumenta na fase de recuperação à medida em que diminuem as titulações de AntiHBc IgM O AntiHBc é o único anticorpo detectável durante o período de janela imunológica Não detecta nenhum antigeno e anticorpos devido a baixa Indicativo de replicação viral e infectividade Surge no período de incubação Presença associada à detecção do HBVDNA É rapidamente eliminado na fase aguda antes do desaparecimento do HBsAg Sua persistência por mais de 6 meses indica tendência à cronicidade Anticorpo contra a replicação viral AntiHBe presente com HBeAg ausente indica bom prognostico PCR exame padrão ouro Interpretação dos Marcadores Sorológicos da Hepatite B Interpretação HBs Ag HBe Ag Anti HBc IgM Anti HBc Anti HBe Anti Hbs Fase de incubação Fase aguda Portador COM replicação viral Portador SEM replicação viral Provável cicatriz sorológica Imunidade pós HepB Imunidade pós HepB Imunidade pós vacina HepB Sem contato prévio Diagnóstico Clínico e provas de função hepática Testes laboratoriais específicos ELIZA para HBsAg Anti HBsAg Anti HBcAg HBeAg Anti HBeAg IgM presente até 6 meses após a infecção Hepatite C Transmissão parenteral vertical e sexual Período de incubação 20 a 90 dias Fase aguda em geral assintomática Não apresenta forma fulminante Alta taxa de progressão para doença crônica e cirrose 85 HCVRNA identificável por PCR simultaneamente à elevação das transaminases AntiHCV anticorpo neutralizante porém parece não conferir imunidade efetiva para infecções subsequentes por HCV 28 Rafaela Pamplona Hepatite D São Vírus Defectivos partículas que possuem genoma incompleto vírus defeituoso Estabelecem infecções persistentes O vírus da hepatite D HDV necessita do vírus da hepatite B HBV Coinfecção HDV HBV Individuo sadio Raro Hepatite fulminante Recuperação com imunidade Hepatite crônica Morte Cirrose Superinfecção HDV Portador HBV Doença fulminante Doença aguda grave Doença crônica Morte Cirrose HDVRNA detectável por PCR antes e nos primeiros dias da doença sintomática aguda AntiHDV IgM indicador infecção recente porém de detecção tardia e curta duração Hepatite E Transmissão fecaloral Incubação é a mesma da HepA Mais comum em adultos jovens e mais grave em gestantes A maioria evolui para a cura A B C D E Vírus HAV HBV HCV HDV HEV Genoma RNA DNA RNA RNA RNA Transmissão Fecaloral Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Fecal oral Incubação 1545 30180 2090 3050 1560 Antigeno HAVAg HBsAg HBcAg HBeAg HDVAg HEVAg Anticorpo AntiHAV AntiHBs AntiHBc AntiHBe AntiHCV AntiHDV AntiHEV Hepatite fulminante 01 a 04 1 a 4 Rara 3 a 4 na coinfecção 03 a 3 20 em gest Cronicidade Não Sim Sim Sim Não Carcinoma hepatocelular Não Sim Sim Não há aumento Não 29 Rafaela Pamplona Agentes Antivirais Não Retrovirais Agentes AntiHerpesvírus A infecção pelo herpesvírus tipo 1 causa tipicamente doenças na boca na face na pele no esôfago ou no cérebro O herpesvírus simples tipo 2 geralmente causa infecção da genitália do reto da pele das mãos ou meninge O Aciclovir é um protótipo de um grupo de agentes antivirais que sofrem fosforilação intracelular por uma cinase viral transformandose em inibidores da síntese do DNA viral Mecanismo de ação Inibe competitivamente as DNA polimerases virais inibindo a síntese de DNA viral Aciclovir Indicado no tratamento de infecções por herpesvírus HSV e nas primeiras 24h de infecção pelo varicelazoster VZV O fanciclovir oral penciclovir tópico e penciclovir intravenoso são aprovados para tratamento de HSV e VZV Mecanismo de ação Inibe a síntese de DNA viral inibindo a incorporação do trifosfato de desoxiguanosina no DNA provocando em última análise a interrupção do alongamento da cadeia de DNA Eficaz no tratamento e na supressão crônica da retinite por citomegalovírus em pacientes imunocomprometidos bem como na prevenção da doença por CMV em pacientes submetidos a transplantes São citocinas potentes com ações antivirais imunomoduladoras e antiproliferativas Os interferons α e β podem ser produzidos por quase todas as células em resposta a infecção viral e a uma variedade de outros estímulos A produção de interferon γ limitase aos linfócitos T e às células destruidoras naturais natural killer que respondem a estímulos antigênicos e citocinas específicas Mecanismo de Ação Os efeitos antivirais do interferon são mediados por Inibição da penetração ou do desnudamento do vírus Síntese de RNA mensageiro Tradução de proteínas virais eou montagem e liberação do vírus A inibição da síntese proteica constitui o principal efeito inibitório sobre muitos vírus Indicação Terapêutica Vírus das Hepatites Papilomavírus Herpesvírus Varicela zoster CMV Retrovirais Princípios Gerais de Terapia Antirretroviral O princípio central da terapia consiste em inibir a replicação viral da maneira mais completa e mais durável possível evitando ao máximo a toxicidade Isso requer a administração simultânea de múltiplos fármacos Resistência aos Fármacos A transcriptase reversa do HIV é altamente sujeita a erros O controle terapêutico incompleto da replicação leva inevitavelmente à seleção de mutantes resistentes aos fármacos Desenvolvimento de Agentes Antirretrovirais Três classes de agentes antiHIV Inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa Inibidores nãonucleosídicos da transcriptase reversa Inibidores de protease do HIV A transcriptase reversa converte o RNA viral em DNA próviral antes da sua incorporação ao cromossomo da célula hospedeira Como atuam em uma etapa inicial e essencial da replicação do HIV os agentes dessa classe impedem a infecção aguda das células suscetíveis mas exercem pouco efeito sobre as células já infectadas pelo HIV 30 Rafaela Pamplona Todos os fármacos pertencentes à classe dos inibidores nucleosídicos da transcriptase reversa são substratos dessa enzima Mecanismo de Ação Interrompe o alongamento da cadeia de DNA ao competir com o trifosfato de timidina pela sua incorporação ao DNA Rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal Os efeitos adversos comuns consistem em anorexia fadiga cefaleia malestar náuseas e insônia Constituem uma classe de compostos sintéticos clinicamente distintos Bloqueiam a atividade da transcriptase reversa por meio de sua ligação adjacente ao local ativo da enzima induzindo alterações na configuração desse local Mostramse ativos apenas contra o HIV1 mas não contra o HIV2 Neviparina Ao se difundir nas células ligase à transcriptase reversa em um local adjacente ao local catalítico Isso induz alterações de configuração que inativam a enzima Bem absorvida por via oral Eventos adversos mais frequentes consistem em febre fadiga cefaleia sonolência náuseas e elevação das enzimas hepáticas Os inibidores de protease atuam através de sua ligação reversível com o local ativo da protease do HIV Essa ligação impede a clivagem da protease do polipeptídio precursor viral e bloqueia a maturação subsequente do vírus Células incubadas na presença de inibidores da protease do HIV geram partículas virais que são imaturas e nãoinfecciosas