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Filosofia

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Introdução à Filosofia\n\nProf. Dr. Albeiro Mejia Trujillo PhD\n\nSignificado de Termo Filosofia\n\nA palavra Filosofia tem assumido diversas conotações ao longo da história chegando a perder seu sentido e essência originais. Quando ouvimos falar, na atualidade, da filosofia de uma empresa, grupo organizado, ou de uma pessoa singular devemos entender que se está dizendo política empresarial, ideologia ou formas particulares de entender as coisas e modos de agir que condicionam a práxis cotidiana. Todavia, nenhuma dessas compreensões se aproxima do sentido dado pelos gregos ao termo filosofia, pois este deriva de duas palavras que são: filos e sofos cuja tradução mais usual e aceita tem sido \"amigo da sabedoria\".\n\nA filosofia não pode ser entendida como uma doutrina porque cairia em dogmatismos e em posições fixas que vão contra tudo aquilo que os filósofos gregos, principalmente, pretendiam fazer quando se davam a tarefa de raciocinar e de pensar todos os elementos existentes, inclusive o “nada”. Tampouco se aplica a denominação de ciência à filosofia, embora possua a estrutura interna de qualquer ciência terceiro. É um objeto passível de ser definido como sendo \"seu elemento de estudo\".\n\nDizer que filosofia é \"amor à sabedoria\" não significa que o conhecimento seja o objeto de estudo da filosofia, mesmo que esta se preocupe com o fenômeno do conhecimento. Filosofia é o ponto de partida, interseção e chegada de todas as ciências, configurando-se, desse modo, como o arcabouço de todo saber possível. A rigor o filósofo não é quem conhece doutrinas filosóficas, senão todo aquele que ama o conhecimento e, em qualquer área, torna-se \"amante da sabedoria\", seja qual for o seu interesse de estudo. Filosofia (filos – sofos) é, então, uma atitude que envolve os espíritos mais inquietos e os leva a procurar sempre uma nova resposta e a formular outras questões. Filosofia não é dogma único, mas desconforto plural que nos dá como única certeza a de não sabermos nada. Esquemas dos Grandes Períodos e Escolas Filosóficas\n\nA filosofia para efeitos de estudo tem sido organizada segundo a mesma nomenclatura periodológica da historiografia convencional, embora as datas não coincidam exatamente com os fatos e momentos descritos pela ciência histórica. Para facilitar sua compreensão, a filosofia foi dividida em quatro grandes períodos com seus sub-períodos e/ou escolas de época que são:\n\n História da Filosofia Antiga\n\n a) Período Pré-socrático;\n b) Período Socrático: Sócrates, Platão, Aristóteles;\n c) Período Helênico ou da decadência grega com as escolas: Estoicismo; Epicurismo e Neo-platonismo.\n\n História da Filosofia Medieval\n\na) Patrística ou Período dos Padres da Igreja que se encerra com Santo Agostinho no século IV depois de Cristo;\n\n b) Escolástica ou Período das Escolas: caracterizado pelo surgimento das primeiras universidades.\n\n História da Filosofia Moderna\n\na) Iluminismo;\n b) Empirismo;\n c) Racionalismo;\n d) Idealismo;\n e) Materialismo Marxista.\n\n História da Filosofia Contemporânea\n\na) Positivismo;\n b) Fenomenologia;\n c) Existencialismo: ateu e cristão;\n d) Positivismo Lógico;\n e) Personalismo;\n f) Axiologia;\n g) Neo-marxismo (também identificada com a Escola de Frankfurt);\n h) Desconstrucionismo. Tratados Filosóficos\n\nSeguindo a mesma estrutura de ciências como a Medicina que está dividida em grandes áreas como a Cardiologia, Neurologia, Ortopedia etc.; ou o Direito que tem campos específicos de atuação como a área Penal e Civil, com suas respectivas subdivisões, igualmente a Filosofia possui uma organização básica composta por oito tratados, mais uma série de áreas específicas que se foram desenvolvendo ao longo dos séculos. Os seis tratados que constituem a base da filosofia e sobre os quais se alicerça todo o pensamento racional são:\n\n Metafísica;\n Cosmologia;\n Teologia ou Filosofia da Religião;\n Epistemologia;\n Ética;\n Estética / Filosofia da Arte;\n Filosofia Política;\n Lógica.\n\n Além desses oito tratados que constituem a base de toda a filosofia, foram desenvolvidos uma série de campos de reflexão que vão permitir aprofundar as questões que cada dia angustiam o ser humano ou, então, formular novas questões que dinamizem o potencial cognitivo do homem. Algumas dessas áreas de estudo são:\n\n Filosofia da História;\n Filosofia da Educação;\n Filosofia Social;\n Filosofia da Ciência;\n Filosofia do Direito;\n Filosofia da Linguagem;\n Hermenêutica;\n Filosofia da Mente;\n Fenomenologia;\n Existencialismo;\n Filosofia Oriental;\n Filosofia Latino-americana. Conhecendo o significado do termo \"filosofia\" e sabendo seus diferentes períodos, assim como os tratados que constituem sua estrutura interna podemos conhecer um pouco do legado que nos deixaram os filósofos dos cinco séculos anteriores à era crista.\n\n1. FILOSOFIA ANTIGA (Grega).\n\nPeríodo: século V a.C. até o século V d.C. A História divide-se, normalmente, antes e depois de Cristo.\n\nTema central: O MUNDO FÍSICO. Pergunta do homem pelo elemento fundamental que deu origem ao mundo. Antes das questões racionais as explicações são míticas.\n\nPeríodos da filosofia antiga:\nOs filósofos ou pré - sócraticos.\nOs socráticos: Sócrates - Platão - Aristóteles. (Tema central: O Homem)\nOs pós - socráticos: moralistas.\n\nCaracterística política: Cidade - Estado ou POLIS (na Grécia). Mais tarde, no ano 476, tem seu inicio, expansão e queda do Império Romano.\nDepois que ROMA derrotou ALEXANDRE (Macedônio) impõe a PAZ ROMANA e conclui o HELENISMO SINCRETISTA (reconhecendo a cultura grega como superior).\n\nCaracterística religiosa: Do politeísmo grego passou-se ao politeísmo sincretista dos romanos. Durante o império e no seio do monoteísmo judaico nasce o cristianismo influenciado logo pelos movimentos neo-platônicos. O cristianismo penetra os povos até chegar ao conceito de religião oficial e única em todo o território romano.\n\nPeríodo pré - socrático: Procuram O arque ou causa material do mundo físico. A razão inicia seu processo superando mitos e procurando explicações radicais.\n\nOs filósofos pré-socráticos estavam localizados na costa da Ásia Menor. Principalmente em Mileto, Éfeso, Cleózmemas, Colofon, Samos. Também encontramos nomes importantes no sul da Itália e na Sicília. A filosofia dos pré-socráticos não é propriamente uma filosofia da natureza, mesmo que a reflexão destes tenha se inspirado na realidade que os circundava. O que lhes interessava, na verdade, era o Ser, sua essência e suas leis peculiares. Tratava-se, pois, de Metafísica. Diferentemente das histórias míticas, esta nova forma de raciocinar da origem a um pensamento demonstrativo que não se limita a escutar relatos. O problema central dos pré-socráticos é o princípio de todas as coisas, a origem dos elementos do universo. Quando se fala de origem, não é temporal, mas essencial. O verdadeiro problema era o que as coisas cujo aspecto é variado que a nossa realidade produziram umas das outras? O que aparece aos nossos olhos se refere ao aparência, superfícies, enquanto no interior das coisas aparecem em forma diferente ou não aparecem, tendo seu sido acessível só ao pensamento?\n\nA distinção entre o interior e o exterior, entre o fenômeno perceptível pelos sentidos e o verdadeiro ser se pensava entre o acessório e o essencial acarretava ainda outra distinção: no fenômeno ou aparência exteriorizar cada coisa era algo próprio, individual, mas na essência as causas revelavam quem se, e a essência era comum.\n\nOS FILÓSOFOS DE MILETO: Os três pensadores mileto: Tales, Anaximenes e Anaximandro delineiam explicações para o ser, o existente, a essência, o fenômeno, do universal e do particular. A primeira tentativa dos pré-socráticos de resolver esse problema otacntra-se na dupla conceitual matéria x forma. Os milectos têm a matéria como fundamento de todas as coisas: para Tales é a água, para Anaximedes é o ar e para Anaximandro é o ar.\n\nTales de Mileto: (624-546) E o primeiro dos filósofos pré-socráticos, defende a água como origem de tudo, esta é o próprio elemento, o elemento do qual procedem todas as coisas e a qual tudo retornaria. Não falava, no entanto, do elemento singular, particular, se faz presente em todas as coisas, constituindo-as.\n\nAnaximedes: caracteriza a opinião como o elemento constituinte de tudo quanto existe. Embora este termo signifique \"infinito\", \"indeterminado\", e de indole material, isto sugere uma quantidade ilimitada de matéria, da qual tudo o existente teria recebido a corporeidade, se não diretamente, pelo menos através de diversas transformações. Esta matéria dos milectos é entendida como algo proponente, fundante, eterno e divino e por isso ele não só é materialistas.\n\nAnaximandro: (610-545) considera que o ar é o elemento responsável pelo surgimento de tudo quanto existe. Do mesmo modo que Tales, Anaximandro não fala do ar como simples elemento material, mas como aquele componente vital que se faz presente em suas transformações geradoras de novas formas. constitui explicação suficiente de nossa realidade mundana. Os pitagóricos destacam o conceito oposto à matéria, a forma. Não negam a legitimidade do conceito de matéria, já que concebem este princípio ainda mais exatamente que os Milecios. Os pitagóricos concebem a matéria como algo \"indeterminado\". Mas, justamente, neste ponto, surge como completamente necessária a determinação, o limite.\n\nOs limites que são colocados aquilo que em si é ilimitado dão origem às coisas particulares. Por isso, a distinção das coisas reside já na forma ou no número como falavam os pitagóricos. Junto ao conceito de número aparece com os pitagóricos a ideia de harmonia. As formas que ordenam os seres não surgem por acaso, mas constituem um sistema, um todo que tem sentido, uma harmonia cósmica.\n\nHERÁCLITO DE ÉFESO (544 - 484) E O DEVER: os Milecios e os Pitagóricos apontam a matéria e a forma como causas diferentes da existência do cosmos. No entanto, permanecia um ponto por ser questionado: a mudança que ocorre na matéria e na forma. Segundo Heráclito, o dever é mais princípio que a matéria e a forma. As coisas são o que são porque existe a eterna inquietude do dever. O fogo era colocado como símbolo disto: um fogo vivo, que com medida se aviva e com medida se extingue. O dever não é, por tanto, anárquico, senão que está comandado pela medida: \"tudo flui\".\n\nPARMÊNIDES DE ELÉIA (540 - 470): opõe-se a Heráclito ao negar o dever e colocar no centro de sua filosofia o Ser. O dever é algo que flui, não algo que é, já que não é algo que está em repouso, algo que se mantém. Só os sentidos nos dão a sensação do dever, da multiplicidade, estes constituem o enganoso caminho da opinião e o homem que seguir este caminho corre o risco de se perder em algo que nada tem de especificamente humano, o sensível, já que os animais também têm sentidos. O pensar é o especificamente humano, que nos eleva sobre o mundo da experiência e reúne no homem o único verdadeiro, o Ser mesmo. O Ser é uno e não algo que está sendo.\n\nEMPÉDOCLES DE AGRIGENTO (Sícilia: 492 - 432) Ter sido denominado de mecanicista. Pega dos Milecios o conceito de matéria, mas a apresenta de uma maneira mais precisa. Empédocles descobriu o conceito de elemento. Estabeleceu a existência de quatro elementos \"raizes\": água, terra, fogo e ar. Em Empédocles o caráter especificamente mecanicista consiste em que os quatro elementos, que ele ainda tem algo de demoníaco e divino, seguem em seu comportamento uma lei mais alta, mecanicamente ativo: o jogo alterno do amor e do ódio no rodar do céu dos quatro períodos do mundo. DEMÓCRITO DE ABDERA (460 - 370): o antropomorfismo de Empédocles é totalmente superado e substituído por um puro mecanicismo, que por sua vez é puro materialismo. Para Demócrito, já não há deuses nem classe alguma de representação tomada da vida humana. Seus princípios são os átomos: corpúsculos minúsculos, últimos, indivisíveis, todos da mesma qualidade, embora diferentes na sua magnitude e forma. Como conceitos acessórios, Demócrito utiliza o espaço vazio e o movimento eterno. Segundo ele, os átomos vêm desde a eternidade no espaço vazio e tudo o que existe está composto deles. Desta modo, para nossa percepção, as coisas são diferentes em figura, forma, cor etc. Mas, em si mesmos, compõem-se unicamente de átomos.\n\nPara Demócrito, a natureza não é outra coisa que \"átomos disparados no espaço vazio\". Não é governada por nenhum deus, não existe providência, não há sentido nem finalidade, nem tampouco azar, senão que tudo sucede por si mesmo (automaticamente), por razão das leis que são inerentes ao quantum da matéria.\n\nANAXÁGORAS (500 - 420): Aristóteles objeta a Demócrito ao dizer que quando se fala da eternidade do movimento se esquiva a questão de seu princípio ou razão; pergunta-se se na natureza aparece sempre os mesmos fenômenos, não será que por trás deles um princípio que não se explica materialmente: o da forma? Anaxágoras remete a ambos, à causa do movimento e, ao espírito ou nous. Este é a força que desde constitui a causa do movimento e por isso é que tudo tem sentido. Anaxágoras concebeu a ideia de ordem que, em Anaxágoras, é das últimas partes integrantes das coisas. Estas não são como em Demócrito, diferentes só quantitativamente, senão qualitativamente, de modo que aquilo que uma coisa é em sua totalidade, também o será em cada uma de suas partes. Surge o conceito de teleologia.\n\nA SOFÍSTICA: SUBVERSÃO DOS TERMOS E DOS VALORES\n\nOs sofistas encarregaram-se de demonstrar o quanto pode ser instrumento perigoso o espírito humano: é muito o que este pode fazer. O que pode parecer uma esplêndida virtude pode, igualmente, ser um vício esplêndido. Para penetrar esta verdade faz falta, não só o espírito, mas maturidade de espírito. Os sofistas apareceram em um período em que a Grécia se dispõe a fazer política de alta potência e para isso faltavam peritos. Os sofistas oferecem-se a formar-los. Prometem ensinar a exært. Se traduzimos este termo literalmente por \"virtude\" e entendemos como esta costume ser entendida, resulta precisamente o contrário do que eles pensavam. De fato, atéreté para os sofistas significa são habilidade. Esta nada tem de escrupulosa, era uma habilidade capaz de tudo. De qualquer modo, o essencial para os sofistas é a retórica, a arte de falar, escrever e apresentar-se e é exatamente isso o que necessita um líder político. Para formar os políticos, os sofistas seguiam um princípio perigoso: era necessário aprender a ser algo, a ser o primeiro, a adquirir influência e conservá-la impor-se, possuir o vida e gozar dela. Para isso, tudo estava permitido e dai seu princípio segundo o qual o bom orador deve ser capaz de fazer triunfar a causa pior, não esclarecendo a verdade, senão que à simples persuasão. Assim se explica a contínua crítica de Platão: \"a vocês não lhes importa a coisa mesma, a verdade ou a razão e o direito; só lhes importa o poder e, no fundo, não têm ideia de verdade ou de valores do homem e por isso, não são condutores, senão sedutores\".\n\nOs sofistas possuíam, também, a ideologia do relativismo universal: não existe a verdade, e se existisse, não se poderia conhecer, não se poderia comunicar, como costumava dizer GORGIAS (483 -375). O como pensava outra coisa os sofistas, PROTÁGORAS (481 - 411), tudo é relativo, subjetivo, segundo a posição de cada um: \"uma coisa é para mim como ela me parece a mim, para ti, como te parece a ti\". O homem não se enfrenta a situações objetivas, nem a um direito eterno, nem a deuses eternos, senão que \"o homem é a medida de todas as coisas\".\n\nOs sofistas esforçavam-se, por todos os meios possíveis, em mostrar o relativo do mundo jurídico, da moral ou da religião. Segundo ele, nada é por natureza, isto é, eternamente verdadeiro, senão que tudo deriva de uma instituição e concepção do humano. A lei do direito natural institui que o mais forte tem de dominar ao mais fraco. Resumindo: Os Jônios, na cidade de Mileto, no século VI a. C., Tales, Anaximandro, Anaxímenes, tinham como elementos primordiais a água, o ar e o apeiron ou indeterminado. Os Eleatas: na cidade de Eléia, no século V a.C. Para Xenófanes, Parmênides, Zenão tudo é. Afirmam o ser, único, indivisível, oposto ao nada.\nDemócrito (430-370): A matéria estaria composta de átomos indivisíveis. Sofistas. Na cidade de Atenas dos séculos V – IV aC. Tornam-se famosos por sua retórica que visa ser convincente. Praticam a oratória e a persuasão, ensinam nas praças, e cobram por suas lições. e estas não excluem os bens exteriores, o prestígio e inclusive o prazer que em si não são princípios, não constituem o próprio do bem moral. O próprio é a reta natureza humana, a reta razão, o \"espírito\" reto. Achamos aqui certa semelhança com o chamado caminho das sete grandes verdades pregadas pelo Budismo.\n\nO homem moralmente reto não faz o bem porque lhe proporcione prazer ou vantagens, mas pelo bem em si mesmo. A felicidade virá por acréscimo e, desse modo, cada um terá o tanto de felicidade quanto possuir de virtude e inteligência em atividade, proceda conforme as mesmas. O tipo ideal de homem, moralmente perfeito é o sábio.\n\nA consumação da moralidade terrestre devia ser o Estado. Aristóteles não tem ideia da modernidade antinomia entre política e moral. O bem em grande escala somente poderá ser organizado na comunidade. Com lei, o homem é o ser mais nobre, sem ela, é fera mais selvagem. Assim, pois, quem pela primeira vez estabeleceu o estado, foi o criador dos maiores valores.\n\nPeríodo pós-socrático: Também conhecido como período da decadência grega, haja vista que corresponde à época em que o Império Romano domina a Grécia militantemente, porém, os romanos são \"dominados\" intelectual e culturalmente pela tradição grega, sendo nesse contexto que surgem diversos sistemas filosóficos como o Estoicismo, o Epicurismo e o Neoplatonismo. Em relação a este último sistema, muitas escolas como o nome de \"Academia\" foram fundadas em diversas cidades, e como derivação do platonismo apresentaram, por exemplo, o Gnosticismo e o Cristianismo. O homem é composto de alma e corpo, que constituem dois princípios independentes; o Panteísmo: tudo derivava de um primeiro princípio (Deus) como uma emanção até chegar ao mal e ao inferior. Essas ideias as encontramos em Plotino: 205 - 270 d.C e todos seus seguidores.\n\nO helenismo possuía já uma rica cultura e grande tradição científica. Por isso começa a ser introduzida a especialização. A filosofia já não abrangia como no tempo dos pré-socráticos, as ciências naturais, a medicina, a técnica e a ciência do Ser, senão que se restringe ao estritamente filosófico. Entende-se por filosofia a lógica, a ética e a física, sendo que esta última é basicamente a Metafísica. No período em que desmoronam as antigas mitologias e religiões, a filosofia ocupa-se, à sua maneira de cuidar da salvação do homem.\n\nQuando entra em cena o cristianismo, durante o império romano, essa tarefa passa a ser desempenhada pela nova religião levando a que as escolas filosóficas afundem em crise e fechem as portas: a última delas a fazê-lo foi a Academia de Atenas, em 529 por ordem de Justiniano. Surge uma hostilidade entre filosofia e religião cristã que se faz