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Cursos Gerais ·
Processos de Usinagem
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94 Unidade II Unidade II 5 NOÇÕES SOBRE OPERAÇÕES DE USINAGEM Nem sempre os processos primários conferem à peça as dimensões e os acabamentos que a aplicação requer Após esses processos as peças podem ter de sofrer etapas para a remoção de material a fim de que sejam obtidos o acabamento e as dimensões finais As operações de remoção de material recebem o nome de operações de usinagem Observação O material é removido das peças em pequenas partes conhecidas como cavacos O cavaco é a porção de material retirada da peça pela ferramenta que tem por característica uma forma irregular A rugosidade da superfície é função da operação que foi realizada para obtêla da geometria da ferramenta de corte do movimento da ferramenta de corte em relação à peça das deformações do material processado da vibração da ferramenta de corte Assim é possível dizermos que a rugosidade é o conjunto das irregularidades superficiais de uma peça causadas pelo processo de produção são as marcas deixadas pela ferramenta no processo de fabricação A figura 79 mostra a influência do movimento da ferramenta avanço na impressão deixada pela ferramenta na superfície de uma peça usinada 95 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Ferramenta Ferramenta Ferramenta f f f Movimento da ferramenta Figura 79 Impressões na superfície da peça para diferentes avanços Adaptada de Stemmer 2005 p 188 Na figura 79 de cima para baixo existe redução do avanço f Notamos que o acabamento é melhor quanto menor for o avanço na medida em que a superfície fica mais uniforme e portanto quanto menor for a rugosidade da superfície As operações de usinagem em geral são classificadas em dois tipos as operações de desbaste as operações de acabamento As operações de desbaste são caracterizadas pela grande retirada de material em curto espaço de tempo as superfícies nessa operação são bastante rugosas As operações de acabamento visam a dar à peça suas dimensões finais com o acabamento esperado as superfícies nessa operação não são muito rugosas Nas operações de desbaste os cavacos são grandes quando comparados aos cavacos das operações de acabamento Entre as operações de acabamento mais comuns temos o polimento a lapidação o espelhamento 96 Unidade II O polimento tem por objetivo conferir acabamento liso na superfície com tolerâncias inferiores a 0025 mm A lapidação visa a diminuir essa tolerância O espelhamento objetiva conferir tolerâncias inferiores a 0001 mm A figura 80 mostra esquematicamente uma operação de polimento Rotação do rebolo Peça Rebolo de material abrasivo Figura 80 Operação de polimento Adaptada de Jasinevicius 2016b p 35 As operações de acabamento devem dar contornos finais à peça ou seja não deve existir nenhum tipo de operação após as operações de acabamento Assim qualquer tipo de tratamento que por exemplo endureça a superfície eou aumente o limite de resistência do metal deve ser feito após as operações de desbaste e antes das operações de acabamento 51 Parâmetros da usinagem A remoção de material da peça ocorre pela interferência entre uma ferramenta e a peça Para que isso aconteça a ferramenta deve ser feita com material de dureza e resistência muito superiores à dureza e à resistência do material da peça O estudo da usinagem é baseado na mecânica com estudos de cinemática de atrito e de deformação na termodinâmica com estudos de geração e propagação de calor nas propriedades dos materiais Um parâmetro importante na usinagem é a usinabilidade do material que é definida como a facilidade com que o material pode ser removido sem que haja prejuízo de suas propriedades mecânicas A usinabilidade é o indicador da capacidade dos materiais de se deixarem usinar A usinabilidade não depende somente das condições intrínsecas do material fatores metalúrgicos mas também das condições de usinagem das características da ferramenta das condições de refrigeração da rigidez do sistema máquinaferramenta e do tipo de operação 97 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Máquinaferramenta é o tipo de máquina que será usado em uma operação de usinagem Os tipos de usinagem e as máquinasferramenta correspondentes serão analisados mais à frente A usinabilidade é afetada pela ductilidade do material que favorece a formação dos cavacos diminui os esforços no corte e tem a tendência de provocar a adesão do cavaco na ferramenta formando o que se conhece por aresta postiça na ferramenta Observação As arestas de corte são as linhas de intersecção entre duas ou mais superfícies de uma ferramenta usada em uma usinagem Essas arestas também recebem outros nomes como facas fios ou gumes de corte Esse assunto será estudado mais adiante A figura 81 mostra uma ferramenta na qual durante a usinagem ocorreu adesão de parte do material retirado na ferramenta formando a aresta postiça de corte APC Peça Aresta postiça de corte Ferramenta Figura 81 Aresta postiça de corte em uma operação de usinagem Adaptada de Aula n 3 sdb p 3 Observação Quando o cavaco adere na ferramenta o corte do material da peça deixa de ser feito pela ferramenta e passa a ser executado pelo cavaco aderido em sua superfície 98 Unidade II A usinabilidade também depende da condutividade térmica do material Materiais com grande condutividade térmica dissipam melhor o calor gerado na região da usinagem Com isso há aumento na vida da ferramenta o fio de corte é mantido por mais tempo e redução das distorções geométricas provocadas pela diferença de temperatura entre a região da usinagem e o restante da peça Materiais com dureza superficial mais elevada dificultam a usinagem pois para que o corte ocorra é preciso que a ferramenta penetre na peça Assim materiais mais duros são mais difíceis de usinar do que materiais menos duros Devemos ressaltar entretanto que o acabamento obtido em materiais mais duros é normalmente melhor do que o obtido em materiais mais moles A taxa de encruamento do material da peça é outra propriedade que dificulta a usinabilidade por aumentar o esforço de corte e dificultar a formação de cavacos 52 Índice de usinabilidade A usinabilidade é uma grandeza tecnológica que expressa por meio de um valor numérico comparativo conhecido como índice de usinabilidade IU um conjunto de propriedades de usinagem de um material Ou seja expressa o grau de dificuldade para usinar um material O IU é um índice que estabelecida determinada vida útil para a ferramenta mostra a relação percentual entre a velocidade de corte usada no material da peça e a velocidade de corte usada em um material padrão As vidas usadas para a determinação do IU são de 20 e de 60 minutos Esse índice também pode ser expresso em termos de usinabilidade percentual e de usinabilidade relativa Por exemplo se temos um aço com IU igual a 75 isso significa que a velocidade de corte a ser usada na usinagem desse aço deve ser 75 da velocidade usada na usinagem do material padrão Com isso a vida da ferramenta será a mesma que a vida da ferramenta usada na usinagem do material padrão Para a determinação desse índice usamos como material padrão o aço de corte fácil AISI B1112 Assim quando comparamos dois diferentes tipos de material quanto maior o índice de usinabilidade mais fácil a usinagem da peça Ao contrário quanto menor o índice de usinabilidade mais difícil a usinagem da peça Na tabela a seguir são mostrados os índices de usinabilidade de alguns materiais Eles são distribuídos em quatro classes indicadas como classes I II III e IV Na primeira classe estão os materiais cujo IU é maior do que 70 Na segunda os materiais com IU entre 55 e 65 Na terceira os materiais com IU entre 40 e 50 Na quarta aqueles cujo IU é menor do que 40 99 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 10 Índice de usinabilidade IU de diversos metais ferrosos Classe I Classe II Classe III Classe VI 70 55 a 65 40 a 50 40 Aços HB IU Aços HB IU Aços HB IU Aços HB IU 1109 121 80 1010 150 55 1050 205 50 2515 200 30 1117 170 90 1015 131 60 1070 192 45 3310 196 40 1118 160 80 1020 148 65 1340 200 50 52100 206 30 1120 160 80 1030 190 65 2330 200 50 9315 204 40 1132 183 75 1035 163 65 2340 210 45 8750 212 40 1137 197 75 1040 205 60 3145 208 50 Aço rápido 220 35 1141 212 70 1045 179 55 4150 208 50 FºFº Duro 249 40 1211 163 95 1330 180 55 4340 210 50 1112 160 100 1335 180 55 5150 207 50 1113 170 135 2317 174 55 6120 187 50 FºFº comum 120 110 3120 150 65 6145 207 50 FºFº perlítico 185 90 3130 179 55 FºFº maleável 160 70 3140 197 55 Adaptada de Stemmer 2005 p168 Exemplo de aplicação Usinando barras trefiladas a frio de aço ABNT 1040 em um torno automático com velocidade de corte 35 mmin verificamos que a vida útil da ferramenta é de 3 horas Conhecidos esses dados faça o que se pede a seguir A Determine o índice de usinabilidade para o aço ABNT 1040 B Determine o índice de usinabilidade para o aço ABNT 1137 C Determine a velocidade de corte para que a ferramenta usada na usinagem do ABNT 1040 tenha a mesma vida que a usada na usinagem do aço ABNT 1137 Resolução Os dados do problema estão destacados a seguir Velocidade de corte Vc 35 mmin 35 metros por minuto Vida útil da ferramenta 3 horas 100 Unidade II Item A Utilizando a tabela 10 localizamos o IU do aço ABNT 1040 que é igual a 60 classe II conforme destacado a seguir Classe II 55 a 65 Aços HB IU 1010 150 55 1015 131 60 1020 148 65 1030 190 65 1035 163 65 1040 205 60 1045 179 55 1330 180 55 1335 180 55 2317 174 55 3120 150 65 3130 179 55 3140 197 55 Item B Utilizando a tabela 10 localizamos o IU do aço ABNT 1137 que é igual a 75 classe I conforme destacado a seguir Classe I 70 Aços HB IU 1109 121 80 1117 170 90 1118 160 80 1120 160 80 1132 183 75 1137 197 75 1141 212 70 1211 163 95 1112 160 100 1113 170 135 FºFº comum 120 110 FºFº perlítico 185 90 FºFº maleável 160 70 101 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Item C Com os dados obtidos podemos calcular a velocidade de corte para a usinagem do aço ABNT 1137 da maneira mostrada a seguir Vc m min IU IU Vc m min Vc m min ABNT ABNT 35 35 75 60 35 1137 1040 125 43 75 Vc m min Observação O índice de usinabilidade é tomado como ponto de partida para a determinação das condições de usinagem de uma peça 53 Parâmetros de corte Os parâmetros de corte são grandezas numéricas relacionadas ao deslocamento da ferramenta ou da peça e adequadas ao tipo de trabalho a ser executado ao material a ser usinado e ao material da ferramenta Os parâmetros mais importantes são a velocidade de corte o avanço e a profundidade de corte A velocidade de corte é a relação entre o espaço que a ferramenta percorre cortando um material e o tempo que ela leva para realizálo Vários fatores influenciam na velocidade de corte material da ferramenta material a ser usinado tipo de operação que será realizada condições de refrigeração condições da máquina 102 Unidade II A escolha da velocidade de corte correta é importante para que tenhamos bons resultados quanto à vida útil da ferramenta e ao bom acabamento da superfície usinada Na tabela 11 são apresentadas algumas indicações para a velocidade de corte em função do material a ser usinado e do material da ferramenta Tabela 11 Velocidade de corte mmin em função do material da ferramenta e do material a ser usinado Material Ferramenta de aço rápido Ferramenta de carboneto metálico Desbaste Acabamento Desbaste Acabamento 10201030 25 30 200 300 10451050 15 20 120 160 10601070 12 16 40 60 FoFo maleável 20 25 70 85 FoFo cinzento 15 20 65 95 FoFo duro 10 15 30 50 Bronze 30 40 300 380 Latão 40 50 350 400 Alumínio 60 90 500 700 Adaptada de Medeiros sd Lembrete A indicação FoFo referese ao ferro fundido Observação As ferramentas de aço rápido são construídas a partir de barras ou a partir de blocos de um mesmo material As ferramentas de carboneto metálico têm corpo feito com um material de base e nele são colocados insertos de carboneto A figura 82A mostra uma fresa de topo com insertos de carboneto metálico metal duro A figura 82B mostra uma fresa feita de aço rápido 103 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO B A Inserto de metal duro Figura 82 Fresas de topo com inserto de metal duro e de aço rápido Adaptada de Inácio Costa e Santos 2018 Lembrete Trataremos sobre fresas e fresadoras mais à frente Com relação ao avanço ele nada mais é do que a velocidade de deslocamento na direção perpendicular ao corte O valor do avanço é função dos materiais empregados na usinagem ferramenta e peça e do grau de acabamento desejado para a peça Em geral avanços menores indicam graus de acabamento maiores Isso pode ser observado na figura 79 quando se considera que o movimento da ferramenta é perpendicular ao corte A profundidade de corte também está relacionada aos materiais e ao grau de acabamento O que se sabe é que em materiais mais resistentes a profundidade de corte deve ser menor do que a profundidade usada em materiais menos resistentes Sabese também que nas operações de acabamento a profundidade de corte é menor do que nas operações de desbaste Devemos lembrar que os parâmetros mencionados sofrem influência do tipo de máquina da sua rigidez da potência disponível e do tipo de usinagem a ser executado 104 Unidade II 54 Materiais para as ferramentas de usinagem Com relação aos materiais das ferramentas as exigências básicas são elevada dureza a frio e a quente grande tenacidade para resistir aos esforços de corte e ao impacto boa estabilidade química Esses materiais são agrupados em sete classes nomeadas a seguir Açosferrramenta Aços rápidos Ligas fundidas Carbonetos sinterizados Cermet Cerâmicas Diamantes Do primeiro para o último constituinte das classes citadas existe crescente capacidade de usinar em velocidades de corte cada vez maiores e decrescente capacidade de absorção de impactos Ou seja nessa ordem os materiais são mais resistentes à abrasão mais frágeis e menos tenazes Os aços rápidos cujo desenvolvimento partiu das adições de tungstênio cromo e vanádio como elementos de liga são materiais para ferramentas elaborados para uso em aplicações de corte de metais em alta velocidade Existem duas classificações para esses materiais aços rápidos ao molibdênio grupo M que têm carbono na faixa entre 075 e 152 e molibdênio entre 450 e 110 aços rápidos ao tungstênio grupo T que têm teores similares de carbono aos aços ao molibdênio e teores de tungstênio entre 1175 e 21 A tabela 12 mostra a composição química de vários tipos de aço rápido das classes M e T 105 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 12 Composição de aços rápidos classes M e T Designação Composição AISI UNS C Mn Si Cr Ni Mo W V Co Aços rápidos com molibdênio M1 T11301 078 088 015 040 020 050 350 400 030 máx 820 920 140 210 100 135 M2 T11032 078 088 0095 105 015 040 020 045 375 450 030 máx 450 550 550 675 175 220 M4 T11034 125 140 015 040 020 045 375 475 030 máx 425 550 525 650 375 450 M35 T11335 082 088 015 040 020 045 375 450 030 máx 450 550 550 675 175 220 450 550 M42 T11342 105 115 015 040 015 065 350 425 030 máx 900 1000 115 185 095 135 775 875 M62 T11362 125 135 015 040 015 040 350 400 030 máx 1000 1100 575 650 180 210 Aços rápidos com tungstênio T1 T12001 065 080 010 040 020 040 375 450 030 máx 1725 1875 090 130 T15 T12015 150 160 015 040 015 040 375 500 030 máx 100 máx 1175 1300 450 525 475 525 Todos os aços contêm 025 máx Cu 003 máx P e 003 máx S O enxofre pode ser aumentado para um valor entre 006 e 015 para melhorar a usinabilidade dos grupos M e T Fonte Aços sd Com relação aos carbonetos sintetizados também conhecidos como metais duros no início de seu desenvolvimento as primeiras ligas tinham basicamente tungstênio e cobalto Existe hoje uma gama muito grande de composições químicas Essas composições foram reunidas em grupos de aplicação pela norma ABNT NBR ISO 5132013 versão corrigida 2015 Tal norma estabelece três campos de aplicação designados pelas letras maiúsculas P M e K Esses campos referenciam os tipos de material a serem usinados e recebem os nomes dos grupos de usinagem O campo P é destinado a materiais que produzem cavacos longos como os açoscarbono e os aços de baixa liga O campo M está relacionado principalmente a materiais de difícil usinagem como aços inoxidáveis aços fundidos aços ao manganês e ferro fundido maleável O campo K é indicado para materiais que geram cavacos curtos normalmente conhecidos como cavacos de ruptura como ferros fundidos cinzentos e para materiais não ferrosos e materiais congêneres como latão e bronze O sistema prevê ainda propriedades relevantes para a seleção do material cortante como a resistência ao desgaste dureza e a tenacidade Dentro da classificação cada grupo de usinagem recebe uma graduação numérica segundo as exigências e a severidade da operação Quanto menor o valor da graduação maior a dureza e a resistência ao desgaste do metal duro daquele grupo de usinagem De maneira contrária quanto maior o valor da graduação maior a tenacidade do metal duro dentro do grupo Pastilhas com numeração intermediária como as pastilhas P25 apresentam equilíbrio entre as duas características analisadas e são aplicáveis na maior parte dos casos dentro de seu campo de aplicação 106 Unidade II O quadro 4 mostra a relação entre os tipos de metal duro e as variáveis na usinagem Quadro 4 Relação entre tipos de metal duro e parâmetros da usinagem Cor Classe Velocidade Avanço Resistência Tenacidade Azul P01 P10 P20 P30 P40 P50 Amarelo M01 M10 M20 M30 M40 Vermelho K01 K10 K20 K30 K40 Quanto às ferramentas de cerâmicas elas têm adquirido importância crescente na usinagem na medida em que é possível usinálas com velocidade de corte de quatro a cinco vezes maior do que a velocidade empregada com metal duro Como ferramenta de corte a cerâmica tem as características indicadas a seguir Alta dureza a quente que se mantém até cerca de 1600 C Elevada estabilidade química Altíssima resistência à compressão Baixo coeficiente de atrito As cerâmicas são principalmente indicadas para a usinagem de materiais que apresentam forte efeito abrasivo 55 Operações de usinagem As principais operações de usinagem são torneamento fresamento furação retífica eletroerosão e aplainamento 107 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O torneamento é uma operação que tem como objetivo a obtenção de superfícies de revolução com o auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes Nesse tipo de operação a peça a ser usinada fica em rotação enquanto a ferramenta usada para a usinagem ferramenta de corte executa movimento de translação em um plano que contém o eixo A máquina usada para o torneamento é conhecida como torno A figura 83 mostra a execução de um torneamento externo Rotação da peça Peça Movimentos da ferramenta Ferramenta Figura 83 Operação de torneamento A figura 84 mostra um torno mecânico e suas partes Cabeçote móvel Carro manual transversal Carro de ajunte longitudinal Portaferramenta Bucha de fixação da peça Árvore Cabeçote fixo Caixa de avanços e recâmbio Estrutura Carro longitudinal Vara Fuso Guias Contraponto Freio Figura 84 Torno mecânico Adaptada de Ricardo sd p 6 108 Unidade II O fresamento é uma operação em que a ferramenta executa movimento de rotação e a peça executa movimento de translação Nesse tipo de operação são usadas ferramentas com múltiplas arestas de corte conhecidas como fresas que permitem a obtenção de diferentes formas de superfície A figura 85 mostra operações de fresamento e a figura 86 mostra uma fresadora Fresamento frontal Movimento da peça Profundidade de corte Movimento da ferramenta Avanço Avanço Fresamento radial Ferramenta Ferramenta fz ap fz ae Peça Peça Figura 85 Operações de fresamento Adaptada de Souza 2016 p 224 Eixoárvore Mesa Acionamento do eixo Y Acionamento do eixo Z Torpedo Saída do fluido de corte Alavanca para a troca de velocidade Volante para a movimentação no eixo X Alavanca para a seleção de velocidade Anteparo do fluido de corte Base Coluna Figura 86 Fresadora Adaptada de httpscuttlyFPbPEh3 Acesso em 15 fev 2022 109 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A furação é um processo em que a ferramenta de corte tem dois movimentos um movimento de rotação e um movimento de translação de direção normal ao plano de rotação O principal tipo de máquina utilizado para essa operação é a furadeira A figura 87 representa uma operação de furação e a figura 88 mostra uma furadeira de bancada Movimento da ferramenta Peça Ferramenta B A Figura 87 Operação de furação Motor Cabeçote Alavancas selecionadoras de rotações Alavancas de avanço do eixo portaferramentas Cremalheira Alavanca de movimento da mesa Escala de regulagem da profundidade de corte Eixo portaferramentas Coluna Mesa Base Figura 88 Furadeira de bancada e suas partes Fonte Senai 2016 110 Unidade II A operação de retífica utiliza ferramenta de corte com material abrasivo impregnado em uma matriz aglomerante essa ferramenta é conhecida como rebolo que gira em alta velocidade em relação à peça Nesse tipo de operação a peça pode ter movimento de translação ou movimento de rotação A figura 89 mostra uma peça plana sendo retificada e a figura 90 mostra uma retificadora plana tangencial e suas partes Fluido de corte Eixo de rotação Avanço Superfície de ataque Mesa de trabalho Rotação do rebolo Rebolo Peça Rebolo Peçaobra Figura 89 Operação de retífica Adaptada de Souza 2016 p 262 Comando de movimento vertical Válvula reguladora da velocidade longitudinal Comando de movimento longitudinal Coluna Válvula direcional Mesa Válvula reguladora do avanço transversal Comando de movimento transversal Base Figura 90 Retificadora plana tangencial Adaptada de Muniz sd p 7 111 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A eletroerosão é a remoção de pequenas partículas de material por meio de descarga elétrica de alta frequência a partir do contato de um eletrodo com a peça Os tipos de eletroerosão conhecidos são por penetração e a frio A figura 91 mostra uma máquina para eletroerosão por penetração Figura 91 Máquina de eletroerosão por penetração Fonte Weiland sd p 9 O aplainamento é o processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies geradas por um movimento retilíneo alternativo da ferramenta e um movimento de avanço da peça O aplanamento pode ser vertical ou horizontal A figura 92 mostra uma operação de aplainamento e a figura 93 mostra uma plaina limadora e suas partes 112 Unidade II Cavaco Movimento de corte da ferramenta Movimento de penetração da ferramenta Movimento de recuo da ferramenta Movimento de avanço da ferramenta Figura 92 Operação de aplainamento Adaptada de Aplainamento sd Longitudinal Transversal Vertical A B C D E F Figura 93 Plaina limadora e suas partes A corpo B base C cabeçote móvel ou torpedo movimentase longitudinalmente com velocidades variadas D cabeçote de espera permite ajuste de altura E portaferramenta F mesa na qual a peça é fixada permite movimentos de avanço e ajuste Adaptada de Anjos sdc 113 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre a teoria e os parâmetros da usinagem leia o livro indicado a seguir MACHADO A R et al Teoria da usinagem dos materiais São Paulo Blucher 2015 Além disso assista aos vídeos disponíveis nas indicações a seguir TECNOLOGIA mecânica usinagem essencial aula 2 2013 1 vídeo 249 min Publicado pelo canal Render Cursos Disponível em httpsbitly36pqAPb Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de usinagem 2014 1 vídeo 733 min Publicado pelo canal André Oliveira Disponível em httpsbitly355f36D Acesso em 15 fev 2022 6 TORNEAMENTO FRESAMENTO E FURAÇÃO 61 Torneamento Como já foi mencionado o processo de usinagem é aquele em que a peça executa movimento de rotação que daqui para a frente será chamado de movimento de corte a ferramenta executa movimento de translação movimento de avanço que provoca o avanço da ferramenta que daqui para a frente será chamado de movimento de avanço A figura 94 mostra uma operação de torneamento na qual uma peça que executa movimento de rotação é usinada por uma ferramenta que executa movimento de translação de direção paralela ao eixo da peça avanço Movimento de corte Movimento efetivo Movimento de avanço Ferramenta Peça Ve Vf Vc Figura 94 Parâmetros cinemáticos de uma usinagem Adaptada de Stoeterau sda p 19 114 Unidade II Na figura 94 Vc representa a velocidade de corte velocidade que depende da frequência de rotação da peça Vf representa a velocidade de avanço velocidade com a qual a ferramenta se desloca ao longo do comprimento da peça Ve representa a velocidade efetiva de corte que é a soma vetorial de Vc e Vf Várias são as operações que podem ser feitas no processo de torneamento Na figura 95 são apresentadas as principais operações Operação de torneamento Externo Interno Longitudinal Faceamento Sangramento Plano ou transversal Helicoidal De forma De perfil Figura 95 Operações de torneamento Adaptada de Stoeterau sdc p 45 115 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 611 Máquinasferramenta para torneamento A máquinaferramenta mais usada para as operações de torneamento é o torno mecânico A figura a seguir mostra um torno mecânico e alguns de seus constituintes C B A D E I H G F Figura 96 Constituintes de um torno mecânico A placa B cabeçote fixo C caixa de engrenagens D torre portaferramenta E carro transversal F carro principal G barramento H cabeçote móvel I carro portaferramenta Adaptada de httpscuttlybPny0br Acesso em 15 fev 2022 Uma das partes mais importantes de um torno mecânico é a placa de fixação das peças As placas de fixação estão presas ao eixoárvore do torno e fornecem o movimento de rotação às peças nelas fixadas As placas podem ser de três ou de quatro castanhas autocentrantes ou com castanhas independentes A figura 97 mostra alguns tipos de placa de fixação Castanhas Placa de três castanhas autocentrante Placa de quatro castanhas Figura 97 Placas de fixação usadas em um torno mecânico Adaptada de Jasinevicius sd p 68 116 Unidade II A placa de castanhas independentes é usada para fixar todos os tipos e todas as formas de peças deixandoas centradas com precisão em qualquer ponto da peça Nesse tipo de placa as castanhas como o próprio nome indica são independentes e podem ser colocadas e retiradas uma a uma As placas autocentrantes são movimentadas simultaneamente tendo como referência o centro da placa Além dessas placas temos a placa de arrasto e a placa lisa A placa de arrasto é um acessório que transmite o movimento de rotação do eixo principal às peças que devem ser torneadas entre pontos Ela tem o formato de um disco e apresenta um cone interior e uma rosca externa para fixação A placa lisa fornece uma superfície plana para o apoio de peças de formas irregulares Ela tem várias ranhuras que permitem a utilização de parafusos para fixar a peça É aparafusada na extremidade do cabeçote fixo e é usada para peças cujo centro não é alinhado com outros tipos de suporte A figura 98 mostra uma placa de arrasto e uma placa lisa A Placa de arrasto B Placa lisa Figura 98 Placa de arrasto e placa lisa Adaptada de A Jasinevicius sd p 73 B Milton 2014 p 20 As placas recebem o movimento de rotação de um eixo conhecido como eixoárvore que faz parte do cabeçote fixo do torno O cabeçote fixo é a parte do torno em que está montada a caixa de velocidades Essa caixa permite que sejam estabelecidas e fornecidas várias rotações para o movimento de rotação do eixoárvore por meio de um sistema de engrenagens correias e polias O número de rotações varia com o tipo e o tamanho do torno A figura 99 mostra o cabeçote fixo de um torno em que são apresentadas as alavancas que permitem a mudança de rotação do eixoárvore 117 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Alavancas para a mudança de rotação do eixoárvore Cabeçote fixo Rotações do eixoárvore Placa Figura 99 Cabeçote fixo de um torno Adaptada de Vieira Jr sd p 6 Quando as peças são longas muitas vezes além de serem presas ao cabeçote fixo são apoiadas em um componente chamado de contraponto O contraponto é uma parte do torno chamada de cabeçote móvel A figura 100 mostra um cabeçote móvel Cabeçote fixo Cabeçote móvel Figura 100 Cabeçote móvel de um torno Adaptada de Neves 2017 Quando as peças a serem usinadas são longas e esbeltas podem aparecer flechas Para evitar esse fenômeno são usados apoios entre o cabeçote fixo e o cabeçote móvel Esses apoios são conhecidos como lunetas A figura 101 mostra uma usinagem em torno em que a peça está apoiada com uma luneta 118 Unidade II Luneta Peça Cabeçote fixo Ferramenta presa no cabeçote móvel Figura 101 Usinagem com luneta Adaptada de Ferreira et al 2015 p 114 Para que o torneamento seja feito a ferramenta de usinagem é fixada em um portaferramenta que faz parte do carro principal do torno A figura 102 mostra um portaferramenta também conhecido como castelo preso ao carro transversal que faz parte do carro principal Castelo ou portaferramenta Carro transversal Carro principal Placa Figura 102 Castelo ou portaferramenta Adaptada de Anjos sda p 19 Na figura 102 destacamos o carro principal que fornece o movimento longitudinal à ferramenta e o carro transversal que fornece o movimento perpendicular ao eixo de rotação 119 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Nos torneamentos de barras circulares o movimento longitudinal é o movimento de avanço Nos faceamentos usinagem de faces que estão no plano de rotação o avanço é dado pelo movimento transversal O carro principal é apoiado sobre o que chamamos de barramento do torno É sobre ele que o carro principal se desloca O barramento faz parte da estrutura e suporta além do carro principal toda a carga que irá acontecer na usinagem A precisão de um torno está associada à linearidade e à rigidez do barramento A figura 103 mostra um barramento de torno Placa Cabeçote móvel Barramento Carro principal Figura 103 Barramento de um torno Adaptada de Nascimento sd p 173 Na figura 103 é possível observar a existência de um fuso e de duas barras que atravessam o carro principal São esses elementos que a partir do que chamamos de caixa Norton fornecem o movimento para o carro principal A caixa Norton fica junto ao cabeçote principal que por meio de transmissões feitas por engrenagens transmite movimento ao cabeçote principal pelo fuso e por uma barra lisa Esses movimentos são selecionados por alavancas que ficam na parte frontal do carro principal conhecida como avental A figura 104 mostra um torno em que foi destacada a caixa de avanços o fuso de transmissão para o carro principal e o avental 120 Unidade II Carro de ajunte longitudinal Portaferramenta Bucha de fixação da peça Árvore Cabeçote fixo Caixa de avanços e recâmbio Estrutura Carro longitudinal Fuso Guias Vara Contraponto Freio Avental Carro manual transversal Cabeçote móvel Figura 104 Caixa de avanços fuso de transmissão e avental de um torno Adaptada de Ricardo sd p 6 612 Conceitos básicos sobre movimentos e relações geométricas do processo de usinagem nas operações de torneamento Para iniciarmos o estudo do processo de usinagem nas operações de torneamento vamos observar a forma de uma ferramenta de corte usada nessas operações No torneamento são usadas ferramentas monocortantes cuja forma é semelhante à forma mostrada na figura 105 Direção de corte Direção de avanço Chanfro na face do gume principal Gume principal Flanco principal Chanfro no flanco do gume secundário Face Flanco secundário Gume secundário Quina com raio de arredondamento Chanfro no flanco do gume secundário Haste Figura 105 Forma básica de uma ferramenta para as operações de torneamento Adaptada de Geometria da ferramenta sd p 14 121 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O que foi chamado de gume principal na figura 105 também é conhecido como aresta principal de corte Essa aresta é uma linha da ferramenta de corte que ao encontrar a peça a ser usinada provoca a retirada de material dessa peça Observação Ferramentas monocortantes são aquelas que têm apenas uma aresta de corte Ferramentas multicortantes são aquelas que têm mais do que uma aresta de corte As fresas usadas nas operações de fresamento e as brocas usadas nas operações de furação são ferramentas multicortantes Não podemos esquecer que o corte ocorre em função do movimento de rotação da peça que como já foi mencionado é conhecido como movimento de corte Entretanto caso não exista o movimento de avanço da ferramenta haverá uma única remoção de material e a peça não será usinada Isso significa que a operação de torneamento depende do movimento de corte e do movimento de avanço da ferramenta Na figura 106 podemos ver um torneamento externo em que houve o movimento de avanço da ferramenta Superfície de corte Peça Movimento de avanço Ferramenta Movimento de corte Figura 106 Torneamento externo Na figura 106 além do movimento de corte e do movimento de avanço podemos observar que foi indicada a superfície de corte Essa superfície é a que se forma pela remoção do cavaco A quantidade de cavaco removida da peça por unidade de tempo depende da velocidade de corte e da velocidade de avanço A velocidade de corte Vc é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante segundo a direção e o sentido de corte Esse ponto pertence à aresta cortante e está o mais próximo de sua extremidade junto à peça 122 Unidade II Em uma operação de torneamento a velocidade de corte nada mais é do que a velocidade tangencial da peça a ser usinada Assim considerando que a peça tenha diâmetro d e gire com frequência de rotação n a velocidade de corte Vc é dada por Vc d n π Observação Em geral a velocidade de corte é determinada em metros por minuto Assim quando o diâmetro é fornecido em milímetros e a frequência de rotação é fornecida em revoluções por minuto a velocidade de corte pode ser escrita como d n m Vc 1000 min π Nas operações de torneamento o avanço da ferramenta é definido como a quantidade de deslocamento da ferramenta a cada rotação da peça É o percurso de avanço em cada volta A velocidade de avanço Vf é a velocidade instantânea da ferramenta segundo a direção e o sentido do avanço Essa velocidade é expressa em termos da quantidade de deslocamento da ferramenta por cada volta executada pela rotação da peça A unidade mais usual é mmvolta Como o corte depende da velocidade de corte Vc e da velocidade de avanço Vf a velocidade efetiva de corte Ve é obtida como dissemos pela soma vetorial de Vc e Vf No caso do torneamento cilíndrico a intensidade da velocidade efetiva de corte é Ve Vc Vf 2 2 A figura 107 mostra a velocidade de corte a velocidade de avanço e a velocidade efetiva em uma operação de torneamento externo Movimento de corte Movimento de avanço Ferramenta Vf Ve Vc Peça Figura 107 Velocidade de corte velocidade de avanço e velocidade efetiva em um torneamento externo 123 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Com relação à profundidade de corte p ela é igual à penetração que a ferramenta executa para a remoção de material Assim se chamarmos de d0 o diâmetro inicial da usinagem e de df o diâmetro final a profundidade de corte p pode ser determinada por p d df 0 2 A figura 108 mostra a profundidade de corte em uma peça sendo usinada em um torneamento externo cilíndrico e em um faceamento n p p f f Figura 108 Profundidade de corte em uma peça sendo usinada em um torneamento externo cilíndrico e em um faceamento Adaptada de Carla 2016a p 14 O volume de usinagem V é o volume da camada de material a ser removido da peça O volume de usinagem pode ser por exemplo referido à peça à operação ou à unidade de tempo Nas operações de usinagem o desempenho muitas vezes é medido pela quantidade de material retirado da peça por unidade de tempo A essa grandeza damos o nome de taxa de remoção de material Q No torneamento cilíndrico a taxa de remoção de material Q é calculada por Q p f d n π Normalmente em uma usinagem o acabamento superficial melhora com o aumento da velocidade de corte Essa melhora é mais acentuada abaixo de dado valor de velocidade chamado de velocidade crítica devido à contínua redução do gume postiço formado na ferramenta Com relação ao avanço o acabamento da superfície é mais uniforme quanto menor o avanço da ferramenta A figura 109 é uma representação do acabamento obtido para três diferentes avanços 124 Unidade II f f f Figura 109 Diferentes acabamentos para diferentes avanços Fonte Stemmer 2005 p 188 Na figura 109 de cima para baixo existe redução do avanço f Notamos que o acabamento melhora quanto menor for o avanço na medida em que a superfície fica mais uniforme Com relação à profundidade de corte ela é maior nas operações de desbaste e menor nas operações de acabamento 613 Força e potência de corte nas operações de usinagem A força que atua entre a ferramenta e a peça em um processo de usinagem é conhecida como força de usinagem e é indicada por F O conhecimento da força de usinagem e de seus componentes é a base para o projeto de uma máquinaferramenta para a determinação das condições de corte durante o trabalho e para a avaliação da viabilidade de utilização de uma máquinaferramenta Os componentes da força de usinagem são a força de corte Fc a força de avanço Ff e a força passiva Fp A figura 110 mostra em um processo de torneamento a força de usinagem e seus componentes Fp Fc Ff f F n Profundidade de corte Figura 110 Força de usinagem e seus componentes em um torneamento Adaptada de Stoeterau sda p 34 A força de corte Fc é a força necessária para o arranque do material da peça e consequentemente para a formação do cavaco Essa força é responsável por quase todo o trabalho executado no corte 125 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A força de avanço Ff é a força que a peça exerce na ferramenta no sentido oposto ao seu movimento A força passiva Fp é a força existente na ferramenta na direção da profundidade de corte As forças atuantes na usinagem são influenciadas pelos parâmetros envolvidos no processo de formação do cavaco que são os materiais da peça e da ferramenta a geometria da ferramenta a velocidade de corte o avanço a profundidade de corte Conhecida a profundidade de corte p e conhecido o avanço f a força de corte Fc pode ser determinada por Fc kc p f Na expressão anterior o produto é a área S de corte e kc é conhecido como pressão específica de corte que depende do material da peça e do avanço A tabela 13 mostra alguns valores de kc Tabela 13 Pressão específica de corte para alguns materiais Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 1 St3411 St3711 St4211 ABNT 1015 a 1025 Até 500 3600 2600 1900 1360 2 St5011 ABNT 1030 a 1035 500 a 600 4000 2900 2100 1520 3 St6011 ABNT 1040 a 1045 600 a 700 4200 3000 2200 1560 4 St7011 ABNT 1060 700 a 850 4400 3150 2300 1640 5 St85 ABNT 1095 850 a 1000 4600 3300 2400 1720 6 300 a 350 3200 2300 1700 1240 7 Aço fundido 500 a 700 3600 2600 1900 1360 8 700 3900 2850 2050 1500 9 700 a 850 4700 3400 2450 1760 10 Aço Mn aços CrNi aços CrMo e 850 a 1000 5000 3600 2600 1850 11 outros aços ligados 1000 a 1400 5300 3800 2750 2000 12 1400 a 1800 5700 4100 3000 2150 13 Aço inoxidável 600 a 700 5200 3750 2700 1920 126 Unidade II Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 14 Açoferramenta 1500 a 1800 5700 4100 3000 2150 15 Açomanganês duro 6600 4800 2500 2520 16 Ferro fundido GG12 GG14 HB até 200 1900 1360 1000 720 17 Ferro fundido GG18 GG26 HB 200 a 250 2900 2080 1500 1080 18 Ferro fundido ligado HB 250 a 400 3200 2300 1700 1200 19 Ferro fundido maleável 2400 1750 1250 920 20 Ferro fundido duro Shore 6590 3600 2600 1900 1360 21 Cobre 2100 1520 1100 800 22 Cobre com mica coletores 1900 1360 1000 720 23 Latão HB 80120 1600 1150 850 600 24 Bronze vermelho 10Sn 4Zn 86Cu 1400 1000 700 520 25 Bronze de fundição 3400 2450 1800 1280 26 Ligas de zinco 940 700 560 430 27 Alumínio puro 1050 760 550 400 28 Ligas de Al com alto teor de Si 1113 1400 1000 700 520 29 Ligas para AlSi 11135 Si tenaz 1400 1000 700 520 30 Pistão G AlSi 11135 Si 1250 900 650 480 Fonte Stemmer 2005 p 178 Com isso a força de corte fica Fc kc S Como a força de corte é a principal responsável pelo trabalho executado no corte conhecida a velocidade de corte Vc é possível calcular a potência de corte Pc conforme mostrado a seguir Pc Fc Vc Pc kc S Vc Convém observar que a potência de corte é diferente da potência de acionamento Pa que é a potência fornecida pelo motor à máquinaferramenta A potência fornecida à máquina deve ser maior do que a potência de corte pois existem perdas por atrito nos mancais nas engrenagens nos sistemas de lubrificação e no sistema de avanço que precisam ser vencidas Conhecidas a potência de corte e a potência de acionamento podemos definir o rendimento da máquina η como a relação entre a potência de corte e a potência de acionamento c a P P η 127 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Em média o rendimento para as máquinasferramenta é igual a 075 75 Exemplo de aplicação Os parâmetros de corte são de extrema importância para os cálculos da velocidade do avanço e da profundidade de corte Normalmente nas máquinas com comando numérico computadorizado CNC há muitas variações de rotação mas no caso do exemplo de usinagem aqui estudado as rotações variam de 80 a 90 rpm A potência disponível é de 12 kW Essas limitações estão relacionadas com a construção e o projeto da máquina Com base nos dados fornecidos determine a velocidade de corte no intervalo de rotações mencionado a profundidade de corte considerando que um diâmetro de 90 mm será usinado até que fique igual a 86 mm e a potência de corte se o material a ser usinado é um aço ABNT 1020 que sofre operação de desbaste com avanço de 04 mm por rotação da peça Resolução A velocidade de corte Vc é determinada por d n m Vc 1000 min π Na expressão d é o diâmetro a ser usinado em milímetros e n é a frequência de rotação do eixoárvore Como as rotações variam de 80 a 90 rpm e o diâmetro a ser usinado é 90 mm as velocidades de corte ficam máx máx d n m Vc 1000 min π máx 90 90 m m Vc 2545 1000 min min π mín mín d n m Vc 1000 min π mín 90 80 m m Vc 2262 1000 min min π 128 Unidade II Veja que nos cálculos acima usamos rotação mínima nmín igual a 80 rpm rotação máxima nmáx igual a 90 rpm A profundidade de corte p é dada por p d df 0 2 Na expressão d0 é o diâmetro a ser usinado e df é o diâmetro final da usinagem O problema informa que d0 90 mm e df 86 mm Com isso a profundidade de corte fica p mm mm p mm 90 86 2 2 A potência de corte Pc é determinada por Pc kc S Vc Na expressão Kc é a pressão específica de corte que depende do material a ser usinado e do avanço da ferramenta S é a área de corte e Vc é a velocidade de corte Para determinarmos a pressão específica de corte vamos consultar a tabela 13 Assim para o material ABNT 1020 com velocidade de avanço de 04 mm por rotação temos o que se mostra a seguir Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 1 St3411 St3711 St4211 ABNT 1015 a 1025 até 500 3600 2600 1900 1360 2 St5011 ABNT 1030 a 1035 500 a 600 4000 2900 2100 1520 k N mm c 1900 2 A área de corte S é determinada pelo produto entre a profundidade de corte p e o avanço f Assim para p 2 mm e f 04 mm temos S p f 2 mm 04 mm 08 mm2 129 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Logo para a velocidade de corte de 2262 mmin temos 2 c 2 N m P 1900 08mm 2262min mm Fazendo acertos de unidades temos 6 2 c 6 2 N m P 1900 08 10 m 226260s 10 m c N m P 57304 57304W 057kW s Para a velocidade de corte de 2545 mmin temos 2 c 2 N m P 1900 08mm 2545min mm Fazendo acertos de unidades temos 6 2 c 6 2 N m P 1900 08 10 m 254560s 10 m c N m P 64473 64473W 064kW s Saiba mais Para saber mais sobre os tornos mecânicos e as operações de torneamento leia o capítulo 2 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 Além disso assista ao vídeo indicado a seguir OPERAÇÕES de usinagem torneamento 2009 1 vídeo 327 min Publicado pelo canal GBKDRG Disponível em httpscuttly8PnADkq Acesso em 15 fev 2022 130 Unidade II 62 Fresamento Como já foi mencionado o fresamento é uma operação em que a ferramenta apresenta movimento de rotação e a peça apresenta movimento de translação Nesse tipo de operação são usadas ferramentas com múltiplas arestas de corte conhecidas como fresas Assim é possível a obtenção de diferentes formas de superfície Basicamente há dois tipos de fresamento o fresamento tangencial o fresamento frontal No fresamento tangencial o eixo de rotação da fresa está contido em um plano paralelo ao plano da superfície usinada No fresamento frontal o eixo de rotação da fresa é normal ao plano da superfície usinada A figura 111A mostra o fresamento tangencial e a figura 111B mostra o fresamento frontal Movimento de corte Fresa Fresa Penetração de trabalho Movimento de corte Avanço Avanço Peça Peça A B Profundidade de usinagem Figura 111 Tipos de fresamento Adaptada de Rodrigues sd p 2 Qualquer que seja o tipo de fresamento o movimento pode ser concordante ou discordante Vejamos o que segue No fresamento concordante a força de corte que a fresa provoca tem o mesmo sentido do movimento da peça Nessa situação o cavaco gerado começa na espessura máxima e é reduzido até sua espessura mínima No fresamento discordante a força de corte que a fresa provoca tem sentido oposto ao sentido do movimento da peça Nessa situação a aresta de corte entra na peça na profundidade de corte zero O cavaco começa a se formar na espessura mínima e acaba na espessura máxima 131 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A figura 112A é uma representação do movimento concordante e a figura 112B é uma representação do movimento discordante Direção de rotação da fresa Comprimento do cavaco Comprimento do cavaco Direção de avanço Direção de avanço Peça Peça A B Direção de rotação da fresa Figura 112 Fresamento concordante e fresamento discordante Adaptada de Sgura e Giglio 2017 p 19 Ao fresar com o método discordante a aresta de corte fricciona a peça antes de cortar e o cavaco fino absorve muito pouco o calor As duas condições contribuem para o encruamento da superfície da peça e a redução da vida da ferramenta Além disso os cavacos gerados vão para a frente da fresa e nessa situação eles podem atingir a fresa e a superfície a ser usinada O fresamento concordante é preferível por diversas razões Ele elimina o atrito da aresta de corte conforme faz o corte maximizando a vida da ferramenta e reduzindo a geração de calor A potência da máquina é menor quando comparada à potência necessária para o fresamento discordante e os cavacos caem atrás da fresa o que contribui para melhorar o acabamento da superfície e aumentar a vida da ferramenta Com relação aos parâmetros de usinagem como velocidade de corte avanço e profundidade de corte podemos lembrar o que segue Velocidade de corte A velocidade de corte é calculada da mesma forma que no torneamento Ou seja d n m Vc 1000 min π Na expressão d é o diâmetro da fresa em milímetros n é a frequência de rotação da fresa 132 Unidade II Avanço O avanço é a distância deslocada pela fresa a cada volta completa medida no plano de trabalho Assim a velocidade de avanço é calculada da mesma forma que no torneamento É possível também referenciar o avanço por dente fz ou seja o quanto a peça se desloca por dente da fresa O avanço por dente é dado por fz f z Na expressão f é o avanço em mm z é o número de dentes da fresa Profundidade de corte A profundidade de corte P é igual à penetração da fresa na superfície A figura 113 mostra a profundidade de corte no fresamento radial e no fresamento frontal Ferramenta Ferramenta Peça Peça fz fz p p Figura 113 Profundidade de corte no fresamento Adaptada de Rodrigues sd p 34 Potência de corte A potência de corte é calculada pela expressão c c 6 K p b f P kW 60 10 Na expressão p é a profundidade de corte em mm b é a largura de corte em mm f é a velocidade de avanço em mmminuto e Kc é o coeficiente de força específica encontrado na tabela 14 133 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 14 Coeficiente de força específica Materiais Resistência a tração e dureza MPa Coeficiente de força específica kc Mpa 01 mmdente 02 mmdente 03 mmdente 04 mmdente 05 mmdente Aço de baixo carbono com ligas especiais 520 2200 1950 1820 1700 1580 Aço de baixo carbono 620 1980 1800 1730 1600 1570 Aço duro 720 2520 2200 2040 1850 1740 Açoferramenta 670 1980 1800 1730 1700 1600 Açoferramenta 770 2030 1800 1750 1700 1580 Aço cromomanganês 770 2300 2000 1880 1750 1660 Aço cromomanganês 630 2750 2300 2060 1800 1780 Aço cromomolibdênio 730 2540 2250 2140 2000 1800 Aço cromomolibdênio 600 2180 2000 1860 1800 1670 Aço níquelcromomolibdênio 940 2000 1800 1680 1600 1500 Aço níquelcromomolibdênio 352HB 2100 1900 1760 1700 1530 Aço inoxidável austenítico 155HB 2030 1970 1900 1770 1710 Ferro fundido 520 2800 2500 2320 2200 2040 Ferro fundido Meehanite 46HRC 3000 2700 2500 2400 2200 Ferro fundido duro 360 2180 2000 1750 1600 1470 Ferro fundido cinzento 200HB 1750 1400 1240 1050 970 Latão 500 1150 950 800 700 630 Ligas leves AIMg 160 580 480 400 350 320 Ligas leves AISI 200 700 600 490 450 390 Ligas leves AIZnMgCu 570 880 840 840 810 720 Fonte Krelling sdc p 11 621 Fresas e fresadoras As fresas são ferramentas que têm mais de uma aresta de corte ferramentas multicortantes usadas nas operações de fresamento Elas podem ser classificadas segundo vários critérios como os expostos a seguir Quanto ao método de fresamento Quanto ao tipo de construção Quanto à forma geométrica Quanto ao tipo de flanco ou à superfície de incidência 134 Unidade II Quanto à forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes Quanto ao sentido de corte Quanto à montagem ou fixação das fresas na máquina fresadora Alguns tipos de fresa e suas aplicações estão representados no quadro 5 Quadro 5 Tipos de fresas e seus usos mais comuns Tipo Uso Fresa cilíndrica Fresamento tangencial de superfícies Fresa de disco Abertura de canais Serra Corte Fresa de topo com haste cilíndrica Abertura de canais Fresa de topo com haste cônica Fresamento de superfícies Fresas cilíndrica de haste Abertura de rebaixos Fresa angular com haste cilíndrica Usinagem de guias Adaptado de Fresas sd 135 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre os tipos de fresa suas formas de classificação e suas aplicações acesse a indicação a seguir QUÉ SON y cómo se usan las fresas De máquinas y herramientas 5 jul 2012 Disponível em httpscuttlyNPzV2fS Acesso em 15 fev 2022 As fresadoras são as máquinas usadas nas operações de fresagem Isso significa que deve existir compatibilidade entre a fresadora e a fresa que será usada na operação Basicamente existem três tipos de fresadora fresadora vertical fresadora horizontal fresadora universal A fresadora vertical tem uma coluna vertical posicionada perpendicularmente à mesa Nesse tipo de construção o eixo de acionamento da ferramenta é vertical A figura 114 mostra uma fresadora vertical Eixo de rotação Cabeçote Mesa Figura 114 Fresadora vertical Adaptada de Rodrigues sd p 13 A fresadora vertical é particularmente usada com fresas de topo para fresamento frontal 136 Unidade II A fresadora horizontal como a mostrada na figura 115 tem o eixo de rotação na horizontal paralelo à mesa e é particularmente usada com fresas de disco Caixa de mudança Mesa Cabeçote Eixo de rotação Figura 115 Fresadora horizontal Adaptada de Rodrigues sd p 13 Por fim a fresadora universal é aquela que tem a capacidade de mudar a posição do eixo de rotação Nesse tipo de fresadora o eixo pode ter qualquer posição em relação à mesa A figura 116 é uma fotografia de uma fresadora universal Sistema para inclinação do eixo de rotação Eixo de rotação Mesa Cabeçote Eixo Figura 116 Fresadora universal Adaptada de Almeida 2015 p 110 137 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Na figura 116 podemos observar a existência de um eixo horizontal um eixo vertical e um sistema que permite a inclinação do eixo em relação à mesa A fresadora universal é a mais comumente encontrada nas oficinas e nas empresas de pequeno porte Saiba mais Para saber mais sobre os tipos de fresadora e as operações que são executadas nessas máquinas leia o capítulo 3 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 Leia também os subtítulos 37 e 38 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Ferramentaria de corte dobra e repuxo São Paulo Érica 2015 Além disso assista aos vídeos das indicações a seguir FRESAMENTO concordante e discordante em fresadora convencional parte 4 2017 1 vídeo 1011 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3GPGNti Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de fresa de topo fresamento concordante e discordante parte 1 2017 1 vídeo 350 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3sPKhXG Acesso em 15 fev 2022 63 Furação O processo de furação é um dos processos mecânicos mais utilizados na indústria Dificilmente há um produto que seja na sua própria fabricação seja na fabricação de moldes e de outros elementos não tenha a exigência de um furo para a fabricação Basta lembrar que a presença de um parafuso normalmente requer a existência de um furo prévio A figura 117 mostra uma operação de furação sendo realizada 138 Unidade II Cavaco Furo Furo sendo executado Figura 117 Operação de furação Adaptada de Carla 2016b p 2 Na furação a ferramenta usada é conhecida como uma broca que tem dois movimentos movimento de rotação movimento de corte movimento de translação movimento de avanço O movimento de corte é o movimento que permite que a broca retire o material da peça em uma rotação O movimento de avanço permite que o material seja continuamente retirado enquanto a broca avança para fazer o furo O movimento de avanço tem direção normal ao plano de rotação da broca A figura 118 mostra uma operação de furação com a indicação dos movimentos da peça e de algumas características da ferramenta Peça Movimento de corte A B Movimento de avanço Ferramenta broca Arestas de corte Figura 118 Operação de furação e seus movimentos O conjunto dos movimentos dá para cada ponto da aresta de corte um movimento helicoidal Esse tipo de movimento é o responsável pela formação do tipo de cavaco que é helicoidal 139 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O tipo de cavaco obtido na furação está mostrado na figura 119 Cavaco Broca Peça Figura 119 Cavaco na operação de furação Adaptada de Carla 2016b p 2 Alguns tipos de furação são os que seguem Furação em cheio Furação escalonada Escareamento Furação de centros Trepanação A furação em cheio é uma operação utilizada para a abertura de um furo cilíndrico em uma peça por meio da remoção de material com volume igual ao volume final do furo A furação escalonada é aquela em que é necessário um furo com dois ou mais diâmetros Nesse tipo de furação os dois furos são feitos simultaneamente O escareamento é um processo de furação destinado à abertura de um furo cônico ou cilíndrico na extremidade de um furo preexistente A furação de centros é o processo adotado quando há a necessidade da marcação do centro de uma futura furação Esse tipo de operação é usado quando o furo a ser confeccionado é grande o que dificulta o início do furo com a broca que irá executálo A trepanação é uma operação em que apenas parte do material compreendido no volume final do furo é transformada em cavaco Nesse tipo de operação após a furação há a presença de um núcleo maciço 140 Unidade II A figura 120 apresenta esses tipos de furação Broca Broca Furação em cheio Furação com préfuro Furação de centros Furação escalonada Trepanação Figura 120 Tipos de furação Adaptada de Processos de fabricação mecânica sd p 22 631 Brocas e furadeiras Para cada tipo de furo existe um tipo de broca adequado As brocas são usadas em função do diâmetro e do comprimento do furo e do material a ser usinado A figura 121 mostra alguns tipos de broca Broca para furo de centro Broca escalonada Broca helicoidal comum Figura 121 Tipos de broca Adaptada de Esquivel 2017 141 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Como dissemos a geometria da broca tem relação com o material da broca e com o material a ser usinado As brocas helicoidais comuns têm como parâmetros geométricos o ângulo de ponta σ o ângulo de folga α o ângulo de saída de cavaco γ e o ângulo da aresta transversal ψ Esses ângulos podem ser vistos na figura 122 que representa a extremidade de uma broca helicoidal β γ α ψ σ ε rε Figura 122 Extremidade de uma broca helicoidal comum Adaptada de Jasinevicius 2016a p 23 Os ângulos variam de acordo com o diâmetro da broca como indicado na tabela 15 Tabela 15 Ângulos na extremidade das brocas helicoidais comuns Diâmetro da broca mm α 1 γ 3 ψ 1 σ 1 251 63 12 22 52 118 63 10 10 25 52 118 10 8 30 55 118 Adaptada de Jasinevicius 2016a Com relação às furadeiras os tipos mais comuns usados nas indústrias são furadeira de bancada furadeira de coluna furadeira radial As furadeiras de bancada são furadeiras de pequenas dimensões encontradas nos mais diversos tipos de indústria e oficina próprias para serem apoiadas sobre bancadas A figura 123 mostra uma furadeira de bancada e suas principais partes 142 Unidade II Motor de acionamento Sistema de transmissão Alavancas para o avanço manual Mandril Mesa Base Figura 123 Furadeira de bancada Adaptada de Ferramentas Kennedy 2019 Geralmente nesse tipo de furadeira a mudança de rotação do mandril é feita pela mudança na relação de transmissão de polias com multicanais localizadas na parte superior da furadeira Lembrete O mandril é uma parte utilizada em furadeiras e em outros tipos de ferramenta cuja função é fixar a broca na máquina Ele pode ser aberto e fechado com uma chave ou de maneira manual o que permite o acoplamento de acessórios de diferentes tamanhos e diâmetros A figura 124 mostra o mandril de uma furadeira de bancada Operação de furação Mandril Broca Mesa Figura 124 Mandril em uma furadeira de bancada Adaptada de Jasinevicius 2016a p 11 143 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Outra característica desse tipo de furadeira é o avanço manual Na lateral da furadeira são encontradas alavancas usadas para o avanço da ferramenta na peça que deve ficar presa na mesa A base da furadeira é utilizada para apoiar e prender a furadeira na bancada Normalmente as furadeiras de bancada são acionadas por um motor de ½ kW e são usadas para produzir furos com brocas de até 25 mm de diâmetro Saiba mais Para saber mais sobre as furadeiras de bancada acesse o manual de instruções de uma furadeira de bancada disponível na indicação a seguir FURADEIRA de bancada 16 mm manual de instruções Worker sd Disponível em httpsbitly3LGsc6X Acesso em 15 fev 2022 Outro tipo bastante comum de furadeira é a furadeira de coluna Esse tipo de furadeira é similar à furadeira de bancada mas com dimensões maiores Sua construção é caracterizada por uma coluna que fica na parte de trás da máquina e que sustenta a mesa e o cabeçote como pode ser visto na figura 125 Motor de alimentação Coluna Alavancas para a mudança de rotação Cabeçote Portamandril Mesa Sistema de lubrificação e resfriamento da furação Base Figura 125 Furadeira de coluna Adaptada de Almeida 2014 p 9 Nesse tipo de furadeira existe um sistema de transmissão por engrenagens que permite a mudança de rotação do mandril Além disso tanto o cabeçote quanto a mesa podem ser deslocados ao longo da coluna Outra característica dessa furadeira é a existência de um sistema de avanço automático da ferramenta Em algumas furadeiras de coluna a mesa dispõe de um sistema de movimentação de peça semelhante ao encontrado nas fresadoras Nessa situação muitas vezes a furadeira é conhecida como furadeirafresadora 144 Unidade II A figura 126 mostra uma furadeirafresadora Sistema de movimentação longitudinal da mesa Sistema de movimentação transversal da mesa Mesa Figura 126 Furadeirafresadora Adaptada de Silva 2014 p 14 Com relação às furadeiras radiais são furadeiras empregadas em peças de grandes dimensões e que devem ser furadas em diversos pontos A figura 127 mostra uma furadeira radial Motor para elevação do peso do braço Motor do mandril Cilindro giratório Braço giratório Mandril Base Mesa portapeça Figura 127 Furadeira radial Disponível em httpscuttlynPng2Dt Acesso em 15 fev 2022 145 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O barramento pode deslizar e girar em torno da coluna e o cabeçote pode ser deslocado pelo barramento Esses movimentos em geral são feitos por meio de acionamento elétrico ou hidráulico Além desses tipos de furadeira são encontradas nas oficinas as furadeiras manuais que podem ser usadas com os mais diversos tipos de broca e nas mais diversas aplicações Saiba mais Para saber mais sobre brocas e furadeiras leia a indicação a seguir FITZPATRICK M Introdução aos processos de usinagem Porto Alegre AMGH 2013 Além disso assista aos vídeos indicados a seguir KONE Máquinas furadeira de coluna KA50 2016 1 vídeo 523 min Publicado pelo canal Kone Indústria de Maqs Ltda Disponível em httpsbitly3oU7gja Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de brocas para metal 2019 1 vídeo 1358 min Publicado pelo canal El Ray Maker Soldadura Disponível em httpsbitly3GV63P0 Acesso em 15 fev 2022 632 Parâmetros de corte na furação Nessa parte do capítulo iremos estudar os parâmetros de corte considerando um furo em cheio feito por uma broca helicoidal comum Os parâmetros principais que devemos conhecer na furação são velocidade de corte velocidade de avanço potência necessária para a furação O momento de torção T a ser aplicado na broca para a furação é função do diâmetro da broca do material da peça e do avanço Esse momento é determinado por T 981 C1 DX1 fY1 N mm Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C1 X1 E Y1 são constantes empíricas relativas ao material da peça encontradas na tabela 16 146 Unidade II Tabela 16 Coeficientes C1 X1 e Y1 para alguns tipos de aço Aço C1 X1 Y1 1085 302 05 205 086 1020 151 04 222 076 1065 243 09 205 083 1055 219 03 201 077 1025 379 06 187 077 52100 468 12 197 077 VM 20 486 12 177 072 VND 262 08 213 078 VS 60 109 08 233 070 Adaptada de Mota sda Sabendo o torque que deve ser aplicado à broca é possível determinar a potência de corte P por P 2 T Vc D Na expressão T é o momento de torção e Vc é a velocidade de corte A força de avanço Ff é calculada por Ff 981 C2 DX2 fY2 N Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C2 X2 e Y2 são constantes empíricas relativas ao material da peça e encontradas na tabela 17 Tabela 17 Coeficientes C2 X2 e Y2 para alguns tipos de aços Aço C2 X2 Y2 1085 161 8 102 079 1020 325 04 132 065 1065 496 08 107 054 1055 220 05 132 054 1025 334 00 121 060 52100 419 08 141 066 VM 20 273 06 13 059 VND 551 14 129 072 VS 60 427 10 135 070 Adaptada de Mota sda 147 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Exemplo de aplicação Seja uma peça de aço ABNT 1020 que será furada em cheio com uma broca de 15 mm Sabese que para essa situação a velocidade de corte recomendada é de 25 mmin ver tabela 11 e que o avanço será de 05 mmvolta Determine para essa situação o torque que deve ser aplicado na broca a força de avanço e a potência de corte Resolução Para a determinação do torque aplicado na broca usamos a seguinte expressão T 981 C1 DX1 fY1 N mm Nessa expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C1 X1 e Y1 são constantes empíricas Sabemos que D mm e f mm volta 15 0 5 Consultando a tabela 16 para o aço ABNT 1020 temos o que se mostra a seguir Aço C1 X1 Y1 1085 302 05 205 086 1020 151 04 222 076 C1 151 X1 222 Y1 076 Com isso encontramos T N mm 9 81 15 1 10 15 0 5 3 222 0 76 T 35710 N mm T 35710 N m A força de avanço é determinada por Ff 981 C2 DX2 fY2 N 148 Unidade II Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C2 X2 E Y2 são constantes empíricas Sabemos que D mm e f mm volta 15 0 5 Consultando a tabela 17 para o aço ABNT 1020 temos o que segue Aço C2 X2 Y2 1085 161 8 102 079 1020 325 04 132 065 C2 325 X2 132 Y2 065 Com isso encontramos Ff 981 325 15132 05065 N Ff 7250 N Para determinar a potência de usinagem devemos lembrar que P T Vc D 2 Na expressão T é momento de torção e Vc é a velocidade de corte Sabendo que T 35710 Nm e Vc m min m s m s 25 25 60 0 42 ficamos com P Nm m s m 2 35 710 0 42 15 10 2000 2 2 10 3 6 P W kW P W 149 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 7 CENTROS DE USINAGEM Embora tenhamos abordado os assuntos referentes à usinagem separando as operações em suas máquinas é muito comum encontrarmos nas fábricas o que chamamos de centros de usinagem Os centros de usinagem são máquinas cuja construção permite uma série de operações como torneamento fresagem e furação Neles são feitas as operações especiais que foram citadas além de brochamento aplainamento mandrilhamento abertura de roscas e retificação Saiba mais Para saber mais sobre a usinagem seus tipos e suas características leia o livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 A característica principal de um centro de usinagem é a flexibilidade de operações e a possibilidade da execução de várias operações sem que seja necessário mudar a peça de máquina Isso é possível porque os centros de usinagem têm vários eixos de rotação e um magazine de ferramentas que são usadas em cada operação na peça A figura 128 mostra um centro de usinagem com destaque para o painel de controle e para o magazine de ferramentas Magazine de ferramentas Painel de controle Figura 128 Centro de usinagem Adaptada de Anjos sdb p 28 150 Unidade II Saiba mais Para saber mais sobre como funcionam os centros de usinagem assista ao vídeo indicado a seguir CNC centro de usinagem usinagem perfeita 2016 1 vídeo 857 min Publicado pelo canal Mecânica de Usinagem Disponível em httpsbitly3HYBWaH Acesso em 15 fev 2022 Um fato importante é que os centros de usinagem podem ser considerados uma evolução das máquinas computadorizadas Essas máquinas que surgiram em meados da década de 1970 permitem fazer uma série de operações de um mesmo tipo de usinagem Isso significa por exemplo que em uma operação de torneamento os passes de usinagem são feitos sem que exista a interferência do ser humano A figura 129 mostra um torno CNC controle numérico computadorizado muito comum nas indústrias de transformação Figura 129 Torno CNC Fonte Técnico em metalurgia sd p 2 151 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre as máquinas CNC leia o que se disponibiliza nas indicações a seguir COMO funcionam as máquinas CNC Mecânica industrial sd Disponível em httpsbitly3HaaxkZ Acesso em 15 fev 2022 O QUE É CNC CCV sd Disponível em httpscuttly0PzVAXL Acesso em 15 fev 2022 Leia o capítulo 2 do livro indicado a seguir FITZPATRICK M Introdução aos processos de usinagem com CNC Porto Alegre AMGH 2013 Assista ao vídeo disponível na indicação a seguir CNC vídeo 1 introdução operações básicas 2020 1 vídeo 1955 min Publicado pelo canal Evandro Leite Disponível em httpsbitly3uT6QNW Acesso em 15 fev 2022 Além dos processos que foram abordados neste livro você pode encontrar uma série de outros processos que muitas vezes foram desenvolvidos para situações específicas Cada tipo de indústria requer algumas operações especiais e para elas são propostos métodos sistemas e equipamentos De qualquer forma dificilmente há a produção de um bem sem que operações de usinagem sejam necessárias A usinagem é uma área de estudo que se adapta às necessidades das indústrias e se renova constantemente Fique atento 8 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MATERIAIS PLÁSTICOS Os materiais plásticos são polímeros que podem ser naturais ou sintéticos Entre os polímeros naturais encontramos a borracha e a celulose 152 Unidade II Entre os polímeros sintéticos os mais comuns são os derivados de petróleo como o PET material com que são feitas as garrafas de refrigerante e o PVC material usado na fabricação de tubos para água e esgoto Basicamente podemos organizar os plásticos em dois grandes grupos termoplásticos termorrígidos ou termofixos Os termoplásticos são materiais que podem ser fundidos após a polimerização e os termofixos materiais que não podem ser fundidos nem solubilizados após a polimerização Observação O primeiro polímero sintético usado na indústria foi desenvolvido em 1907 pelo belga Leo Baekeland polímero que em sua homenagem recebeu o nome baquelite Ele é classificado como termofixo e é usado até hoje na fabricação de cabos e pegadores de panelas revestimentos e carcaças de componentes elétricos entre outros itens A figura 130 mostra uma caçarola feita de alumínio com cabo e pegadores de baquelite Note que a caçarola está revestida de PTFE politetrafluoretileno que é um termoplástico Revestimento de PTFE Baquelite Figura 130 Caçarola de alumínio 153 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Os termoplásticos mais comuns são acrílico PMMA acrilonitrila butadieno estireno ABS poliamida PA ácido polilático PLA policarbonato PC polietileno PE polipropileno PP policloreto de vinila PVC Com relação aos termofixos os mais comuns são baquelite éster de cianato epóxi poliéster poliuretano silicone borracha vulcanizada As principais formas de fabricação de peças de plástico são a termoformagem a moldagem por compressão a moldagem por extrusão a moldagem por sopro a moldagem por injeção a rotomoldagem e o processo de adição impressão 3D A escolha do processo está vinculada ao tipo de material que será usado à complexidade geométrica da peça e à quantidade de peças requerida Na figura 131 podemos ver uma relação de materiais plásticos e as respectivas aplicações 154 Unidade II 1 Polietileno tereftalato PET Produtos frascos e garrafas para uso alimentíciohospitalar cosméticos bandejas para microondas filmes para áudio e vídeo fibras têxteis etc 4 Polietileno de baixa densidade PEBD Polietileno linear de baixa densidade PELBD Produtos sacolas para supermercados e lojas filmes para embalar leite e outros alimentos sacaria industrial filmes para fraldas descartáveis bolsa para soro medicinal sacos de lixo etc 2 Polietileno de alta densidade PEAD Produtos embalagens para detergentes e óleos automotivos sacolas de supermercados garrafeiras tampas tambores para tintas potes utilidades domésticas etc 5 Polipropileno PP Produtos filmes para embalagens e alimentos embalagens industriais cordas tubos para água quente fios e cabos frascos caixas de bebidas autopeças fibras para tapetes e utilidades domésticas potes fraldas e seringas descartáveis etc 3 Policloreto de vinila PVC Produtos embalagens para água mineral óleos comestíveis maioneses e sucos perfis para janelas tubulações de água e esgoto mangueiras embalagens para remédios brinquedos bolsas de sangue material hospitalar etc 6 Poliestireno PS Produtos potes para iogurtes sorvetes e doces frascos bandejas de supermercados geladeiras parte interna da porta pratos tampas aparelhos de barbear descartáveis brinquedos etc 7 Outros ABSSAN EVA PA entre outros Produtos solados autopeças chinelos pneus acessórios esportivos e náuticos plásticos especiais e de engenharia CDs eletrodomésticos corpos de computadores etc Figura 131 Tipos de plástico e suas aplicações 81 Processo de termoformagem O processo de termoformagem consiste no aquecimento de uma chapa termoplástica até a sua temperatura de amolecimento tg na posterior conformação por meios mecânicos na aplicação de pressão de ar comprimido e na aplicação de pressões menores do que a pressão atmosférica vácuo Pode haver o emprego simultâneo de mais de um dos processos citados A termoformagem é muito usada na fabricação de embalagens e de produtos descartáveis A figura 132 mostra uma embalagem obtida pelo processo de termoformagem 155 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Figura 132 Embalagem obtida pelo processo de termoformagem Observação Genericamente o processo de termoformagem também é conhecido como vacuum forming embora nem sempre a pressão aplicada seja menor do que a pressão atmosférica No processo de termoformagem em geral o material usado é uma chapa de termoplástico ABS PS PP ou PE sólido de até 12 mm de espessura conforme a capacidade de aquecimento e o vácuo do equipamento Existem vários processos de termoformagem como os citados a seguir Moldagem a vácuo Moldagem a pressão Moldagem com plug Moldagem com contramolde e vácuo Moldagem com balão Moldagem livre Moldagem combinada A figura 133 mostra a sequência de produção de uma peça por termoformagem no processo de moldagem com plug 156 Unidade II Aquecedor Molde V V V V V V V V 2 1 3 Cavidade do molde Sistema de fixação Folha de plástico Orifícios de vácuo Uma folha de plástico é amaciada por aquecimento O sistema de vácuo empurra a folha para a cavidade do molde O plástico endurece em contato com a superfície fria do molde Uma folha amaciada é colocada sobre uma cavidade do molde côncava A peça é removida e as abas são cortadas Sistema de fixação aberto Peça obtida por moldagem Aba Figura 133 Processo de termoformagem com plug Adaptada de Introdução sd p 77 Saiba mais Para saber mais sobre os processos de termoformagem acesse o material disponível na indicação a seguir RODA D T Termoformagem Tudo sobre Plásticos 27 jul 2014 Disponível em httpscuttlyxPzM5fQ Acesso em 15 fev 2022 Assista aos vídeos disponíveis nas indicações a seguir TERMOFORMADORA vacuum forming VF1000 Altmatex moldagem de caixa térmica 2017 1 vídeo 310 min Publicado pelo canal Altmatex Indústria Disponível em httpsbitly34L8XbO Acesso em 15 fev 2022 THERMOFORMING process 2012 1 vídeo 102 min Publicado pelo canal Mark Oribine Disponível em httpsbitly36lRibi Acesso em 15 fev 2022 VACUUMthermal forming explained 2018 1 vídeo 619 min Publicado pelo canal Alejandro Bona Disponível em httpsbitly34NPeIv Acesso em 15 fev 2022 157 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 82 Moldagem por compressão Na moldagem por compressão é usado um molde composto por duas partes que é montado em uma prensa Nesse tipo de moldagem o material a ser moldado que está na forma de pó floco esfera ou tablete é preaquecido e colocado dentro do molde para ser comprimido entre suas duas partes A sequência de fabricação está representada na figura 134 Parte superior do molde Compressão Parte inferior do molde Peça C B A Figura 134 Processo de moldagem por compressão Observando a figura 134 podemos ver que o processo nela ilustrado é semelhante a um processo de fundição Muitos são os produtos obtidos por esse tipo de moldagem A figura 135 mostra alguns desses produtos Figura 135 Peças obtidas pela moldagem por compressão Adaptada de Oliveira sd p 19 Com relação às máquinas empregadas no processo de moldagem por compressão elas são semelhantes a uma prensa utilizada nos processos de estampagem metálica O acionamento dessas máquinas geralmente é hidráulico A figura 136 mostra uma prensa usada na moldagem por compressão 158 Unidade II Figura 136 Prensa usada na moldagem por compressão Adaptada de Oliveira sd p 20 Algumas características da moldagem por compressão são as explicadas a seguir Em função da sua simplicidade tratase de um processo de baixo custo A moldagem por compressão é muito econômica quando comparada a outras técnicas Como pouco material é perdido durante a moldagem tratase de um processo de baixo desperdício Por exemplo a moldagem por compressão não usa portas canais ou recursos de ferramentas exigidos por outros métodos de produção e que resultam em maior desperdício Além disso a moldagem por compressão é um processo adequado para peças de grandes dimensões e bastante complexas Saiba mais Para saber mais sobre os processos de moldagem por compressão acesse o material disponível na indicação a seguir COSTA H N Noções de moldagem de materiais termofixos por compressão transferência e injeção Moldes injeção plásticos 2017 Disponível em httpsbitly3LEdvkV Acesso em 15 fev 2022 Assista ao vídeo indicado a seguir QUEBRAVENTO e peças técnicas em borracha moldagem por compressão como se faz a moldagem 2019 1 vídeo 132 min Publicado pelo canal Acrévea Borrachas e Silicones Disponível em httpsbitly3LBvitf Acesso em 15 fev 2022 159 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 83 Moldagem por extrusão O processo de moldagem por extrusão consiste na passagem forçada e controlada do material plástico por uma cavidade que dará forma ao produto final Esse processo é semelhante ao processo de extrusão destinado aos materiais metálicos A diferença está no fato de que o material plástico é colocado na máquina na forma de grãos Logo a fusão ocorre dentro da própria máquina e a passagem do material fundido pela cavidade é forçada por meio de uma ou duas roscas sem fim Os grãos são transportados ao longo da rosca sem fim que é aquecida entre 200 e 300 C Na primeira parte da rosca chamada de zona de alimentação o plástico ainda está no estado sólido Na segunda parte o material começa a fundir Na terceira parte chamada de zona de compressão há ganho de pressão e o material se funde totalmente Assim as roscas sem fim têm a função de misturar transportar fundir amolecer homogeneizar plastificar e compactar o material plástico através de um cilindro aquecido até encontrar a matriz onde está localizada a cavidade Observação O cilindro aquecido das máquinas extrusoras é conhecido como canhão Quando o polímero fundido atravessa a matriz é produzido um perfil de seção transversal constante Podemos produzir uma variedade grande de perfis como tubos mangueiras filmes chapas fios e cabos A figura 137 é uma representação esquemática de um processo de extrusão de plásticos Cilindrocanhão Alimentação Roscaparafuso Plastificaçãofusão Matriz Compressãosaída Produto Figura 137 Representação esquemática do processo de extrusão Adaptada de Abiplast sd p 13 A figura 138 mostra uma máquina usada no processo de extrusão Esse tipo de máquina é conhecido como máquina extrusora 160 Unidade II Motor do parafuso Alimentador Canhão Matriz Figura 138 Extrusora para plásticos Adaptada de Oliveira sd p 31 Uma variante da moldagem por extrusão é a moldagem por sopro Nesse processo após a formação de um tubo por extrusão há o fechamento das extremidades do tubo dentro de um molde bipartido onde ocorre a injeção de ar sob pressão sopro dentro do tubo fechado o que dá forma ao produto final Uma representação esquemática desse tipo de processo é encontrada na figura 139 Pino do sopro Molde vazado Ar Sopro de ar dentro do molde Molde fechado Extrusora Garrafa Figura 139 Processo de moldagem por sopro Adaptada de Oliveira sd p 23 Observação Ao tubo formado na extrusão damos o nome de parison Alguns produtos produzidos pelo processo de extrusão estão apresentados na figura 140 161 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Embalagem plástica obtida por sopro Filme tubular obtido por extrusão Tubos obtidos por extrusão Figura 140 Produtos obtidos pelo processo de extrusão Adaptada de Oliveira sd p 22 30 e 31 Saiba mais Para saber mais sobre os processos de moldagem por extrusão leia a lição 11 do livro indicado a seguir MICHAELI W et al Tecnologia dos plásticos São Paulo Blucher 2018 Acesse o material disponível na indicação a seguir EXTRUSÃO de materiais plásticos sdb Disponível em httpsbitly3JB7vYw Acesso em 15 fev 2022 Assista aos vídeos indicados a seguir MOLDAGEM de plástico por sopro projetos e produção 2013 1 vídeo 355 min Publicado pelo canal Plásticos Bom Pastor Disponível em httpsbitly3H2TSje Acesso em 15 fev 2022 PLÁSTICO Transforma extrusão 2018 1 vídeo 244 min Publicado pelo canal Plástico Transforma Disponível em httpsbitly3sL2zta Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de extrusão 2017 1 vídeo 138 min Publicado pelo canal ortizlog Disponível em httpsbitly3HVvzF1 Acesso em 15 fev 2022 162 Unidade II 84 Moldagem por injeção Sob certos aspectos o processo de moldagem por injeção assemelhase ao processo de extrusão No entanto na moldagem por injeção a pressão no canhão é maior do que a pressão existente no processo de extrusão Além disso na extremidade do canhão há um molde que será preenchido pelo plástico fundido Outra observação que pode ser feita a respeito desse processo é que ele também é muito parecido com o processo de fundição sob pressão No processo de injeção a máquina é alimentada com material plástico granulado pelo funil Os grãos de material plástico vão para o canhão onde são aquecidos e comprimidos pelo fuso até que ocorra a fusão e o material fundido passe pelo bico de injeção que alimentará o molde Terminado o preenchimento da cavidade do molde ele se afasta do bico de injeção e permanece fechado até que a peça formada na cavidade adquira a rigidez necessária para que ela seja retirada do molde sem sofrer algum dano A figura 141 mostra uma representação do sistema de injeção e a figura 142 mostra uma máquina de injeção usada nas indústrias Colunaguia Resistências Molde Canhão Bico Funil Rosca Figura 141 Sistema de injeção Adaptada de httpscuttly8PnlzdD Acesso em 15 fev 2022 163 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Canhão Funil Molde Figura 142 Máquina de injeção de plásticos Adaptada de Oliveira sd p 38 Observação O processo de sopro apresentado no item 83 referese ao processo de sopro com núcleo contínuo Nele é usada uma extrusora convencional para produzir a préforma ou um tubo chamado de parison Existe também o processo de sopro com núcleo injetado Nele é utilizada uma préforma injetada que é transferida para a estação de sopro As garrafas de refrigerantes conhecidas como garrafas PET são produzidas pelo processo de sopro com núcleo injetado Saiba mais Para saber mais sobre o processo de sopro com núcleo injetado assista ao vídeo indicado a seguir BLOW molding 2013 1 vídeo 1 min Publicado pelo canal PolytekMX Disponível em httpsbitly3v0IMbU Acesso em 15 fev 2022 Vários são os tamanhos de peças que podem ser obtidos pelo processo de injeção Esses tamanhos estão associados ao porte e à capacidade das máquinas 164 Unidade II Os tamanhos das peças produzidas pelo método da injeção são tais que a massa pode variar de 5 g a 85 kg Na figura 143 são apresentadas algumas peças obtidas pelo processo de injeção Caixa de passagem Cotovelo de tubulação Utensílios domésticos Telefone Figura 143 Peças injetadas Adaptada de Oliveira sd p 37 As principais características do processo de injeção são possibilidade de automatização do processo elevada produtividade baixo desperdício de material boa estabilidade dimensional das peças produzidas Saiba mais Para saber mais sobre as máquinas de injeção e sua operação acesse os materiais disponíveis nas indicações a seguir RODA D T A injetora de plásticos Tudo sobre Plásticos 9 jan 2011 Disponível em httpscuttlyHPzMCdx Acesso em 15 fev 2022 LOPES J Como funciona uma máquina injetora de plástico Automata 9 nov 2016 Disponível em httpscuttlydPzrJbE Acesso em 15 fev 2022 OLIVEIRA E Processamento de polímeros sd Disponível em httpscuttly4PzLzPl Acesso em 15 fev 2022 165 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Assista aos vídeos indicados a seguir COMO funciona uma injetora de plásticos 2019 1 vídeo 647 min Publicado pelo canal Router Projetos Disponível em httpsbitly3uSTeSH Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de moldagem por injeção 2017 1 vídeo 110 min Publicado pelo canal Luana Stéphanie Oliveira Disponível em httpsbitly3HQQOI1 Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO moldagem por injeção 2019 1 vídeo 833 min Publicado pelo canal PackTalk Disponível em httpsbitly3LBvtEV Acesso em 15 fev 2022 85 Processos de adição impressão 3D Os processos de adição tiveram início no fim da década de 1980 e consistem na adição de camadas de material até que a peça final seja formada As máquinas responsáveis por esse processo são popularmente conhecidas como impressoras 3D Embora esse tipo de manufatura tenha começado com a realização da deposição de camadas de material plástico hoje são encontradas máquinas que usam tal processo com diversos materiais As características principais desse tipo de processo são as apresentadas a seguir Transição veloz do projeto digital para um modelo físico o que permite que seja feita a prototipagem rápida Baixo custo de obtenção do modelo físico em comparação aos custos de outros tipos de processo Possibilidade de fabricação de peças únicas sem a necessidade de produção de ferramental para isso Possibilidade de fabricação de peças com geometria muito mais complexa do que a oferecida pelas demais formas de fabricação Possibilidade de elaboração de produtos individuais Uso de menos material do que o requerido por outros métodos logo geramse menos resíduos de produção e consomese menos energia elétrica do que se observa nos processos convencionais A figura 144 mostra uma peça obtida pelo processo de adição 166 Unidade II Figura 144 Peça produzida pelo processo de adição Os componentes básicos de uma impressora 3D que usa filamentos plásticos são os mostrados na figura 145 Filamento de plástico ABS Motor e engrenagens da extrusora Motor eixo Z Motor eixo Y Motor eixo X Bico quente Mesa quente Figura 145 Componentes básicos de uma impressora 3D Fonte Lisboa 2017 p 11 167 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Na maioria das impressoras 3D que usam filamentos plásticos os materiais mais comumente utilizados são ABS PLA nylon TPU poliuretano termoplástico e poliacetal Esses filamentos são enviados por um sistema de alimentação para uma bobina de aquecimento de modo que possam ser fundidos e ficar adequados à deposição na bandeja Nas impressoras 3D a velocidade de alimentação do filamento é constante e a formação da peça se dá pela movimentação da mesa em três direções ortogonais Com relação ao tamanho as mais comuns têm volume possível de impressão de 200 200 200 mm3 No entanto há impressoras especiais cujo volume de impressão pode chegar a 1 m3 O que importa é que a impressão 3D é uma forma de obtenção de peças que permite fabricar produtos de maneira rápida e sem a necessidade de moldes e ferramentas Saiba mais Para saber mais sobre as impressoras 3D leia o livro indicado a seguir VOLPATO N org Manufatura aditiva tecnologias e aplicações da impressão 3D São Paulo Blucher 2018 Assista aos vídeos presentes na notícia indicada a seguir COMO funciona uma impressora 3D Fanpeople 14 nov 2018 Disponível em httpsbitly3GWCZGN Acesso em 15 fev 2022 168 Unidade II Resumo Nesta unidade estudamos os processos de usinagem e os processos de transformação usados em materiais poliméricos Com relação aos processos de usinagem definimos os principais métodos empregados na indústria e aprofundamos o estudo dos processos de torneamento fresamento e furação Em cada um desses processos procuramos observar as características da usinagem e as características das máquinas usadas e fizemos uma introdução à determinação dos esforços existentes Devemos salientar que as definições de cada processo são as convencionais encontradas na maioria das publicações da área Isso é importante de ressaltar pois com o desenvolvimento dos centros de usinagem muitas operações que ocorrem nessas máquinas não podem ser estritamente classificadas da maneira como expusemos nesta unidade Precisamos lembrar entretanto que no final do capítulo destinado à usinagem foi feita uma introdução aos equipamentos conhecidos como centros de usinagem Essas máquinas embora tenham suas operações automatizadas e controladas por computador usam muitas vezes ferramentas semelhantes às utilizadas nos processos convencionais Isso permite que encaremos tais operações como combinações das operações básicas estudadas na unidade Além do capítulo destinado à usinagem foi desenvolvido um capítulo relativo às transformações dos materiais plásticos Isso se justifica pelo seguinte cerca de 65 do consumo anual de matérias no mundo é de materiais plásticos Além disso existe previsão de crescimento até o ano 2050 Fizemos uma introdução aos processos de termoformagem compactação extrusão e injeção de plásticos Analisamos como cada processo é realizado quais os tipos de máquina utilizados e quais os tipos de peça obtidos No final da unidade abordamos os processos de adição que em geral usam materiais plásticos 169 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Exercícios Questão 1 Observe na figura a seguir uma definição para o vocábulo usinar Figura Disponível em httpsbitly3vcVmoq Acesso em 15 fev 2022 Com base nos seus conhecimentos sobre a operação de usinagem usinar avalie as afirmativas a seguir e a relação entre elas I A força que atua entre a ferramenta e a peça em um processo de usinagem conhecida como força de usinagem não é um elemento a ser considerado no projeto de uma máquinaferramenta porque II O conhecimento da força de usinagem e dos seus componentes não é requisito para a definição das condições de corte durante um processo de usinagem nem para a avaliação da viabilidade de uso de uma máquinaferramenta 170 Unidade II A respeito dessas afirmativas assinale a opção correta A As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I B As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I C A afirmativa I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A afirmativa I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As afirmativas I e II são proposições falsas Resposta correta alternativa E Análise da questão A afirmativa I é uma proposição falsa pois o projeto de uma máquinaferramenta a ser utilizada em dada operação de usinagem é feito com base no conhecimento da força de usinagem força que age entre a ferramenta e a peça A afirmativa II é uma proposição falsa pois o estabelecimento das condições de corte durante uma operação de usinagem e a avaliação da viabilidade de uso de uma máquinaferramenta estão relacionados com o conhecimento da força de usinagem Questão 2 Enade 2017 adaptada Considere uma situação em que um eixo necessite de uma operação de desbaste seguida por um processo de acabamento para atingir um nível de baixa rugosidade superficial do produto Considere ainda que os parâmetros de corte sejam essenciais para a qualidade final do produto e a viabilidade econômica do processo Com base no exposto e nos seus conhecimentos avalie as afirmativas I As operações de usinagem podem ser de modo amplo classificadas em operações de desbaste e em operações de acabamento II No desbaste a velocidade de avanço da ferramenta deve ser alta a velocidade de rotação do eixo deve ser baixa e a profundidade de corte deve ser baixa III No acabamento a velocidade de avanço da ferramenta deve ser baixa a velocidade de rotação do eixo deve ser alta e a profundidade de corte deve ser alta 171 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO É correto o que se afirma em A I apenas B I e II apenas C I e III apenas D II e III apenas E I II e III Resposta correta alternativa A Análise da questão De modo geral as superfícies das peças apresentam saliências e reentrâncias irregulares na forma e no tamanho Tal conjunto de imperfeições é chamado de rugosidade Logo a rugosidade pode ser vista como uma série de irregularidades superficiais de uma peça geradas pelo processo de fabricação marcas oriundas do uso da ferramenta empregada no processo de fabricação Alguns dos fatores que interferem na rugosidade de peças usinadas são o avanço a vibração e a geometria da ferramenta de corte as deformações do material processado As operações de usinagem em geral são classificadas em dois tipos operações de desbaste operações de acabamento Nas operações de desbaste há elevada retirada de material em curto espaço de tempo Nelas a velocidade de avanço da ferramenta deve ser alta a velocidade de rotação do eixo deve ser baixa e a profundidade de corte deve ser alta Nas operações de acabamento há reduzida retirada de material em intervalo de tempo relativamente maior do que o intervalo de tempo da operação de desbaste Nelas a velocidade de avanço da ferramenta deve ser baixa a velocidade de rotação do eixo deve ser alta e a profundidade de corte deve ser baixa 172 REFERÊNCIAS Audiovisuais 20 ROLL high mill Skoda 2009 1 vídeo 123 min Publicado pelo canal maquitos1 Disponível em httpsbitly3HVUwQt Acesso em 15 fev 2022 AMAZING cast aluminum process using sand mold fast melting metal casting technology working 2018 1 vídeo 1232 min Publicado pelo canal Wet Point Disponível em httpsbitly3LCTgnL Acesso em 15 fev 2022 BLOW molding 2013 1 vídeo 1 min Publicado pelo canal PolytekMX Disponível em httpsbitly3v0IMbU Acesso em 15 fev 2022 CALANDRAGEM de 200 mm de espessura da chapa 2016 1 vídeo 432 min Publicado pelo canal DNC Técnica Disponível em httpscuttlyXPnPmsD Acesso em 15 fev 2022 CNC centro de usinagem usinagem perfeita 2016 1 vídeo 857 min Publicado pelo canal Mecânica de Usinagem Disponível em httpsbitly3HYBWaH Acesso em 15 fev 2022 CNC vídeo 1 introdução operações básicas 2020 1 vídeo 1955 min Publicado pelo canal Evandro Leite Disponível em httpsbitly3uT6QNW Acesso em 15 fev 2022 COMO funciona uma injetora de plásticos 2019 1 vídeo 647 min Publicado pelo canal Router Projetos Disponível em httpsbitly3uSTeSH Acesso em 15 fev 2022 CST laminação 2010 1 vídeo 436 min Publicado pelo canal Ouronegropeg Disponível em httpsbitly3JxSKFJ Acesso em 15 fev 2022 CURVADOR hidráulico de tubos 2012 1 vídeo 322 min Publicado pelo canal Adriano Kanto Disponível em httpscuttlyEPnPZui Acesso em 15 fev 2022 DOBRA dos perfis de aço nas perfiladeiras 2016 1 vídeo 150 min Publicado pelo canal Marretto Soluções Metálicas Disponível em httpscuttlyCPnP4Ab Acesso em 15 fev 2022 EMBUTIMENTO de panela 2014 1 vídeo 1 min Publicado pelo canal Gustavo Simão Disponível em httpsbitly3rV3Mz1 Acesso em 15 fev 2022 A EXTRUSÃO do alumínio 2013 1 vídeo 314 min Publicado pelo canal Poliformas Alumínios e Ferragens Disponível em httpsbitly34IfDaW Acesso em 15 fev 2022 FABRICAÇÃO do tubo de cobre fábrica Eluma 2018 1 vídeo 1548 min Publicado pelo canal Carlos Djones Disponível em httpsbitly3gWX0SM Acesso em 15 fev 2022 173 ORJAMENTO em matriz fechada 2014 1 vídeo 201 min Publicado pelo canal Gustavo Simão Disponível em httpsbitly3545nJz Acesso em 15 fev 2022 FRESAMENTO concordante e discordante em fresadora convencional parte 4 2017 1 vídeo 1011 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3GPGNti Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO em casca shell molding process animation processo shell fundición animación 2019 1 vídeo 136 min Publicado pelo canal Processos de FabricaçãoManufacturing Process Disponível em httpsbitly3BvEafk Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO em coquilha 2013 1 vídeo 150 min Publicado pelo canal Eli Hebert Lima Disponível em httpsbitly355kG52 Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO em moldes de areia 2016 1 vídeo 138 min Publicado pelo canal Mateus Grando Disponível em httpsbitly3rU2W5m Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO FTI do Brasil processo de shell molding 2012 1 vídeo 121 min Publicado pelo canal Agência DOM Disponível em httpsbitly3LFwI5R Acesso em 15 fev 2022 HDC contínua para ligas de cobre Indufor 2015 1 vídeo 226 min Publicado pelo canal Indufor Equipamentos Disponível em httpsbitly3oWI23L Acesso em 15 fev 2022 INJETORA hidráulica Mod 250T injeção em alumínio 2012 1 vídeo 337 min Publicado pelo canal RM Máquinas Hidráulicas Disponível em httpsbitly3HZik67 Acesso em 15 fev 2022 KONE Máquinas furadeira de coluna KA50 2016 1 vídeo 523 min Publicado pelo canal Kone Indústria de Maqs Ltda Disponível em httpsbitly3oU7gja Acesso em 15 fev 2022 MIG welding technique taught by Old Timer sd 1 vídeo 1 min Disponível em httpsbitly3gOtjnb Acesso em 15 fev 2022 MOLDAGEM de plástico por sopro projetos e produção 2013 1 vídeo 355 min Publicado pelo canal Plásticos Bom Pastor Disponível em httpsbitly3H2TSje Acesso em 15 fev 2022 OPERAÇÕES de usinagem torneamento 2009 1 vídeo 327 min Publicado pelo canal GBKDRG Disponível em httpscuttly8PnADkq Acesso em 15 fev 2022 PASSO a passo fundição por cera perdida 2017 1 vídeo 948 min Publicado pelo canal Gold Star Brasil Disponível em httpsbitly3rTHAFg Acesso em 15 fev 2022 PLÁSTICO Transforma extrusão 2018 1 vídeo 244 min Publicado pelo canal Plástico Transforma Disponível em httpsbitly3sL2zta Acesso em 15 fev 2022 174 PNEUMATIC punch press feeder 2011 1 vídeo 204 min Publicado pelo canal mekanizmalar Disponível em httpsbitly3oUYT75 Acesso em 15 fev 2022 PONTADEIRAsolda ponto Fusion Point linha mecânica 2020 1 vídeo 258 min Publicado pelo canal Fusion Point Disponível em httpsbitly33uJIdm Acesso em 15 fev 2022 PRENSA de três cortes 2012 1 vídeo 121 min Publicado pelo canal Precisão Ferramentaria Disponível em httpsbitly3GXh8iv Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de dobra de chapas 2016 1 vídeo 111 min Publicado pelo canal JW Metais Disponível em httpsbitly3v47Kae Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de extrusão 2017 1 vídeo 138 min Publicado pelo canal ortizlog Disponível em httpsbitly3HVvzF1 Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de moldagem por injeção 2017 1 vídeo 110 min Publicado pelo canal Luana Stéphanie Oliveira Disponível em httpsbitly3HQQOI1 Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO moldagem por injeção 2019 1 vídeo 833 min Publicado pelo canal PackTalk Disponível em httpsbitly3LBvtEV Acesso em 15 fev 2022 QUEBRAVENTO e peças técnicas em borracha moldagem por compressão como se faz a moldagem 2019 1 vídeo 132 min Publicado pelo canal Acrévea Borrachas e Silicones Disponível em httpsbitly3LBvitf Acesso em 15 fev 2022 SOLDA por resistência tipo costura conjunto solda e calandra para boiler 2009 1 vídeo 206 min Publicado pelo canal Jack Rocha Disponível em httpsbitly3GTIMwH Acesso em 15 fev 2022 SOLDAGEM por resistência 2013 1 vídeo 322 min Publicado pelo canal Heitor Pinto Coelho Disponível em httpsbitly3rSZGHE Acesso em 15 fev 2022 TECNOLOGIA mecânica usinagem essencial aula 2 2013 1 vídeo 249 min Publicado pelo canal Render Cursos Disponível em httpsbitly36pqAPb Acesso em 15 fev 2022 TERMOFORMADORA vacuum forming VF1000 Altmatex moldagem de caixa térmica 2017 1 vídeo 310 min Publicado pelo canal Altmatex Indústria Disponível em httpsbitly34L8XbO Acesso em 15 fev 2022 THERMOFORMING process 2012 1 vídeo 102 min Publicado pelo canal Mark Oribine Disponível em httpsbitly36lRibi Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de brocas para metal 2019 1 vídeo 1358 min Publicado pelo canal El Ray Maker Soldadura Disponível em httpsbitly3GV63P0 Acesso em 15 fev 2022 175 TIPOS de fresa de topo fresamento concordante e discordante parte 1 2017 1 vídeo 350 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3sPKhXG Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de usinagem 2014 1 vídeo 733 min Publicado pelo canal André Oliveira Disponível em httpsbitly355f36D Acesso em 15 fev 2022 VACUUMthermal forming explained 2018 1 vídeo 619 min Publicado pelo canal Alejandro Bona Disponível em httpsbitly34NPeIv Acesso em 15 fev 2022 Textuais ABAL Laminação Abal sd Disponível em httpsbitly3JwowmD Acesso em 30 ago 2010 ABIPLAST Processos de transformação para materiais plásticos Abiplast sd Disponível em httpsbitly3sLyGsS Acesso em 15 fev 2022 ABNT ABNT NBR ISO 513 classificação e aplicação de metais duros para a usinagem com arestas de corte definidas designação dos grupos principais e grupos de aplicação Rio de Janeiro ABNT 2013 AÇOS rápidos identificados pelas letras T e M CIMM sd Disponível em httpsbitly34NPuHt Acesso em 15 fev 2022 AGOSTINHO O L Engenharia de fabricação mecânica Rio de Janeiro Elsevier 2018 ALMEIDA M S Conformabilidade análise de inconformidades no processo de conformação de chapas metálicas por rolos moldadores 2012 Monografia Graduação em Engenharia Mecânica Centro Universitário do Sul de Minas Varginha 2012 Disponível em httpsbitly3JwNpyv Acesso em 15 fev 2022 ALMEIDA P S Ferramentaria de corte dobra e repuxo São Paulo Érica 2015 ALMEIDA P S Processos de caldeiraria máquinas ferramentas materiais técnicas de traçado e normas de segurança São Paulo Érica 2014 ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 ALVES L Tecnologias de fundição sd Disponível em httpsbitly34G9I6d Acesso em 10 set 2020 ANDRADE D A Processos de usinagem 2015 Disponível em httpsbitly3gPBEqy Acesso em 15 fev 2022 176 ANJOS J M Aula 12 torneamento introdução sda Disponível em httpsbitly3oUbmbh Acesso em 15 fev 2022 ANJOS J M Aula 13 outros processos de usinagem e suas máquinas CNC CADCAM sdb Disponível em httpsbitly3BsDpDE Acesso em 15 fev 2022 ANJOS J M Plainas e aplainamentos sdc Disponível em httpsbitly3HW0m4l Acesso em 15 fev 2022 APLAINAMENTO sd Disponível em httpscuttlywPnrWxk Acesso em 15 fev 2022 AQUINO L Célula de manufatura para automação de um processo de fundição sob pressão LinkedIn 1º fev 2016 Disponível em httpsbitly352CFZV Acesso em 15 fev 2022 ARTMANN V N Projeto de componentes a partir de tecnologia de fundição e fabricação de ferramentas de fundição para ligas de alumínio 2015 Monografia Graduação em Engenharia 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httpsbitly3uYzqNU Acesso em 15 fev 2022 BIELSKIS C T Efeito da tração a ré no torque inicial durante a laminação de tiras a frio 2006 Dissertação Mestrado em Processos Industriais Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo São Paulo 2006 Disponível em httpsbitly34GX7zK Acesso em 15 fev 2022 BRESCIANI FILHO E Conformação plástica dos metais Campinas Unicamp 1997 177 CABRAL D C Como eram produzidos os primeiros objetos metálicos criados pelo homem Superinteressante 3 mar 2009 Disponível em httpsbitly3HWApBV Acesso em 15 fev 2022 CAPELARI T V MAZZAFERRO J A Avaliação da geometria de ferramenta e parâmetros do processo FSW na soldagem da liga de alumínio AA 5052 Soldagem Inspeção São Paulo v 14 n 3 p 215227 julset 2009 Disponível em httpscuttlyAPzifX0 Acesso em 15 fev 2022 CAPÍTULO 7 processos de dobramento e calandragem 2005 Disponível em httpsbitly351c8vR Acesso em 15 fev 2022 CARLA A Usinagem I aula 2 2016a Disponível em httpsbitly3oWsop8 Acesso em 15 fev 2022 CARLA A Usinagem I aula 3 2016b Disponível em httpsbitly3GUMAxJ Acesso em 15 fev 2022 CARRARO G Avaliação da eficiência térmica do processo de soldagem por eletrodos revestidos 2017 Monografia Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Federal de Uberlândia Uberlândia 2017 Disponível em httpsbitly3sL9l29 Acesso em 15 fev 2022 CARVALHO F S G Extrusão a quente de tubos análise experimental da distribuição de tensões residuais na parede do tubo 2013 Dissertação Mestrado em Engenharia Mecânica Universidade Federal de São João DelRei São João DelRei 2013 Disponível em httpsbitly33tgAmP Acesso em 15 fev 2022 CAVALER L C C SCHAEFFER L Fundamentos da estampagem incremental de chapas aplicados ao aço AISI 304L Curitiba Appris 2018 CBA Trefilação CBA sd Disponível em httpsbitly3habzTv Acesso em 30 ago 2010 CHIAVERINI V Tecnologia mecânica São Paulo McGrawHill 1986 v 2 COMO funciona uma impressora 3D Fanpeople 14 nov 2018 Disponível em httpsbitly3GWCZGN Acesso em 15 fev 2022 COMO funcionam as máquinas 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experimento com madeiras brasileiras Per Musi Belo Horizonte n 31 p 108122 jun 2015 Disponível em httpsbitly356XByA Acesso em 15 fev 2022 FITZPATRICK M Introdução aos processos de usinagem com CNC Porto Alegre AMGH 2013 FLORESSAHAGUN T S Processamento de plásticos sd Disponível em httpsbitly3sNiuan Acesso em 15 fev 2022 179 FORJAMENTO sd Disponível em httpsbitly353Jhae Acesso em 15 fev 2022 FRESAS sd Disponível em httpsbitly3rVMuBJ Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO contínua sda Disponível em httpsbitly3BArQKD Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO de precisão 2017 Disponível em httpsbitly3oXqNiJ Acesso em 15 fev 2022 FUNDIÇÃO por centrifugação sdb Disponível em httpsbitly3GZftZH Acesso em 15 fev 2022 FUOCO R Regras básicas para alimentação de peças em ferros fundidos cinzentos e nodulares LinkedIn 18 out 2016 Disponível em httpsbitly3LIUjCM Acesso em 15 fev 2022 FURADEIRA de bancada 16 mm manual de instruções Worker sd Disponível em httpsbitly3LGsc6X Acesso em 15 fev 2022 GEOMETRIA da ferramenta 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15 fev 2022 MARCONDES P Manufatura de chapas metálicas dobramento sdb Disponível em httpscuttlyHPzuwLw Acesso em 15 fev 2022 181 MARCOS F Corte e dobragem de chapas São Paulo Hemus 2007 MARQUES P V MODENESI P J BRACARENSE A Q Soldagem fundamentos e tecnologia Belo Horizonte UFMG 2009 MASCARENHAS FILHO P J C Fundição em areia verde uma abordagem experimental 2016 Monografia Graduação em Ciências Exatas e Tecnológicas Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Cruz das Almas 2016 Disponível em httpscuttly9PzunNH Acesso em 15 fev 2022 MEDEIROS G P Parâmetros de corte sd Disponível em httpscuttlyuPzodOi Acesso em 15 fev 2022 MICHAELI W et al Tecnologia dos plásticos São Paulo Blucher 2018 MILTON Tecnologia de usinagem I torno mecânico 2014 Disponível em httpscuttlyJPnu1ak Acesso em 15 fev 2022 MODENESI P J MARQUES P V Soldagem I introdução aos processos de soldagem Belo Horizonte Universidade Federal de Minas Gerais 2000 Disponível em httpscuttlyIPzoJ7X Acesso em 15 fev 2022 MONTEIRO M C S Estudo e implementação de um simulador de laminador quádruo pelo método dos elementos finitos e método da fundação 2012 Dissertação Mestrado em Modelagem Matemática e Computacional Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Belo Horizonte 2012 MORO N AURAS A P Processos de fabricação conformação mecânica I generalidades laminação e forjamento 2007a Disponível em httpscuttlymPzpFsJ Acesso em 15 fev 2022 MORO N AURAS A P Processo de fabricação fundição 2007b Disponível em httpscuttlyGPzaoyu Acesso em 15 fev 2022 MOTA A F C Furação sda Disponível em httpscuttlyKPzH2Oa Acesso em 15 fev 2022 MOTA A F C Usinabilidade dos materiais sdb Disponível em httpscuttlyMPzJf9d Acesso em 15 fev 2022 MUNIZ J A Retífica Universidade de Pernambuco sd Disponível em httpscuttlynPzJO0S Acesso em 15 fev 2022 NASCIMENTO M O livro prático do torneiro mecânico Senai São Paulo sd Disponível em httpscuttlySPzJ6HV Acesso em 15 fev 2022 NEVES S Torno mecânico UFG 25 maio 2017 Disponível em httpscuttlyUPzKK60 Acesso em 15 fev 2022 182 NOVASKI O Introdução à engenharia de fabricação mecânica São Paulo Blucher 2013 OLIVEIRA B F Fundição Santa Maria UFSM 2013 Disponível em httpscuttlyLPzLpCS Acesso em 15 fev 2022 OLIVEIRA E Processamento de polímeros sd Disponível em httpscuttly4PzLzPl Acesso em 15 fev 2022 OLIVEIRA V Material de produção industrial estampagem sd Disponível em httpscuttly8PzLTEI Acesso em 8 out 2020 OPERAÇÕES de estampagem profunda ou embutimento CIMM sd Disponível em httpscuttlyBPzL1oi Acesso em 15 fev 2022 PALMEIRA A A Processos de dobramento calandragem 2005 Disponível em httpscuttlyMPzZqeB Acesso em 15 fev 2022 PAREDES R S C Tecnologia e processos de fundição sd Disponível em httpscuttly5PzZjRg Acesso em 15 fev 2022 PASSOS A R et al Análise do processo de dobramento de molas de INCONEL 718 do bocal superior do elemento combustível nuclear 16NGF 2016 Disponível em httpscuttlybPzZJz3 Acesso em 15 fev 2022 PENTEADO F Processos de estampagem sd Disponível em httpscuttlyWPzZ59M Acesso em 15 fev 2022 PENTEADO F Processos de fabricação mecânica São Paulo Edição do Autor 2000 PINTO J P R P Forjamento em matriz fechada de peças de aço 2017 Dissertação Mestrado em Engenharia Mecânica Universidade do Porto Porto 2017 Disponível em httpscuttly0PzXmi1 Acesso em 15 fev 2022 PRADO W Usinabilidade dos materiais sd Disponível em httpscuttly4PzCeTg Acesso em 26 out 2020 PROCESSO de estampagem sda Disponível em httpscuttlyKPzCsCi Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de forjamento sdb Disponível em httpscuttly2PzCl91 Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de soldagem MIGMAG GMAW Esab sdc Disponível em httpscuttlyPPzCQRR Acesso em 15 fev 2022 183 PROCESSO de soldagem TIG GTAW Esab sdd Disponível em httpscuttlyhPzCDHY Acesso em 15 fev 2022 PROCESSOS de fabricação mecânica sd Disponível em httpscuttlyoPzCN7j Acesso em 15 fev 2022 PROCESSOS METALÚRGICOS Tecnologia mecânica 2000 Disponível em httpscuttlywPzC8sy Acesso em 15 fev 2022 O QUE É CNC CCV sd Disponível em httpscuttly0PzVAXL Acesso em 15 fev 2022 O QUE É TIG guia completo de soldagem TIG Aventa 14 ago 2018 Disponível em httpscuttlyXPzVXht Acesso em 15 fev 2022 QUÉ SON y cómo se usan las fresas De máquinas y herramientas 5 jul 2012 Disponível em httpscuttlyNPzV2fS Acesso em 15 fev 2022 REGO R FARIA A R Conformação de chapas sda Disponível em httpscuttlyJPzBtNX Acesso em 15 fev 2022 REGO R FARIA A R Extrusão e forjamento sdb Disponível em httpscuttlyoPzBgC3 Acesso em 15 fev 2022 REGO R FARIA A R Introdução sdc Disponível em httpscuttlyCPzBcZz Acesso em 15 fev 2022 REPUXO sd Disponível em httpscuttly5PzBWAQ Acesso em 15 fev 2022 RESINAS Vesuvius 2020 Disponível em httpscuttlyXPzBP4V Acesso em 15 fev 2022 RICARDO E Aula 2 torno mecânico sd Disponível em httpscuttlyMPzB71i Acesso em 15 fev 2022 ROCHA A Guia dos processos de fabricação de plásticos sd Disponível em httpscuttlyGPzMqUX Acesso em 15 fev 2022 ROCHA A S SCHAEFFER L Conformação mecânica cálculos aplicados em processos de fabricação Porto Alegre Imprensa Livre 2000 RODA D T A injetora de plásticos Tudo sobre Plásticos 9 jan 2011 Disponível em httpscuttlyHPzMCdx Acesso em 15 fev 2022 RODA D T Termoformagem Tudo sobre Plásticos 27 jul 2014 Disponível em httpscuttlyxPzM5fQ Acesso em 15 fev 2022 184 RODRIGUES A R Processos de fabricação mecânica sd Disponível em httpscuttlyDPz1yas Acesso em 15 fev 2022 RUCHERT C O F T Fundição sd Disponível em httpscuttlycPz1f9g Acesso em 15 fev 2022 SATYRO R A L et al Soldagem por resistência III sd Disponível em httpscuttlylPz1nfl Acesso em 15 fev 2022 SCHAEFFER L Conformação mecânica Porto Alegre Imprensa Livre 1999 SCHAEFFER L Manufatura por conformação mecânica projetar fabricar e utilizar Porto Alegre Imprensa Livre 2006 SCHAEFFER L NUNES R M BRITO A M G Tecnologia da estampagem de chapas metálicas Porto Alegre Imprensa Livre 2017 SCHMIDT LIGHT METAL A fundição injectada de alumínio princípios e desafios Schmidt Light Metal sd Disponível em httpscuttlyyPz1HZT Acesso em 15 fev 2022 SENAI Fundamentos de soldagem I São Paulo Senai 2015 SENAI Usinagem aplicada à automotiva São Paulo Senai 2016 Ebook SGURA L V GIGLIO R A Influência dos parâmetros de corte nas tensões residuais geradas no fresamento do aço P91 Monografia Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Federal Fluminense Niterói 2017 Disponível em httpscuttlyQPnddWW Acesso em 15 fev 2022 SILVA J J S Processos de fabricação III fundição Rio de Janeiro Uerj 2009 SILVA M C Conversão de uma furadeira fresadora manual em uma fresadora CNC para viabilizar fabricação em série de microtrocadores de calor 2014 Monografia Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro 2014 SIMEI L C Soldagem 2012 Disponível em httpscuttlyLPz0hfI Acesso em 15 fev 2022 SOLDAGEM por resistência tipos de soldagem por resistência InfoSolda 20 fev 2013 Disponível em httpscuttlyJPz0mk8 Acesso em 15 fev 2022 SOLDAGEM TIG Walter sd Disponível em httpscuttlypPz0IZZ Acesso em 15 fev 2022 SOUZA A J Apostila ENG03343 processos de fabricação por usinagem 2016 Disponível em httpscuttly1Pz0Hmc Acesso em 15 fev 2022 185 SOUZA E D Estudo comparativo para fabricação de peças aeronáuticas forjamento usinagem 2015 Monografia Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Estadual Paulista Guaratinguetá 2015 httpscuttlyTPz07zh Acesso em 15 fev 2022 STEMMER C E Ferramentas de corte I Florianópolis UFSC 2005 STOETERAU R L Fundamentos dos processos de usinagem sda Disponível em httpscuttlyiPz9pcJ Acesso em 15 fev 2022 STOETERAU R L Processos de usinagem fabricação por remoção de material sdb Disponível em httpscuttlyUPz9bGB Acesso em 15 fev 2022 STOETERAU R L Usinagem com ferramentas de geometria definida sdc Disponível em httpscuttlyVPz9YQX Acesso em 15 fev 2022 TÉCNICO em metalurgia aula 7 sd Disponível em httpscuttlyRPz98EH Acesso em 15 fev 2022 TESLA Processos de usinagem Tesla sd Disponível em httpscuttlyBPz3vuC Acesso em 29 out 2020 TORRE J Manual prático da fundição e elementos de prevenção da corrosão São Paulo Hemus 2004 TORRES L C Fundamentos do projeto de ferramentais de conformação de chapas sd Disponível em httpscuttlyxPz3BvY Acesso em 15 fev 2022 TREFILAÇÃO introdução CIMM sd Disponível em httpscuttlydPz8yxH Acesso em 15 fev 2022 TUDO o que você precisa saber sobre o processo de soldagem MIGMAG Sumig 23 nov 2018 Disponível em httpscuttlyhPz8dgm Acesso em 15 fev 2022 VERRAN G O O uso da simulação do processo de fundição no desenvolvimento de peças em ferro fundido nodular sd Disponível em httpscuttlyOPz8ln0 Acesso em 8 out 2015 VIEIRA JÚNIOR A F Usinagem tornearia sd Disponível em httpscuttlynPz8FFn Acesso em 15 fev 2022 VOLPATO N org Manufatura aditiva tecnologias e aplicações da impressão 3D São Paulo Blucher 2018 WAINER E BRANDI S D HOMEM DE MELLO F D Soldagem processos e metalurgia São Paulo Blucher 1992 WEILAND A Eletroerosão sd Disponível em httpscuttlygPz4wKN Acesso em 15 fev 2022 Informações wwwsepiunipbr ou 0800 010 9000
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94 Unidade II Unidade II 5 NOÇÕES SOBRE OPERAÇÕES DE USINAGEM Nem sempre os processos primários conferem à peça as dimensões e os acabamentos que a aplicação requer Após esses processos as peças podem ter de sofrer etapas para a remoção de material a fim de que sejam obtidos o acabamento e as dimensões finais As operações de remoção de material recebem o nome de operações de usinagem Observação O material é removido das peças em pequenas partes conhecidas como cavacos O cavaco é a porção de material retirada da peça pela ferramenta que tem por característica uma forma irregular A rugosidade da superfície é função da operação que foi realizada para obtêla da geometria da ferramenta de corte do movimento da ferramenta de corte em relação à peça das deformações do material processado da vibração da ferramenta de corte Assim é possível dizermos que a rugosidade é o conjunto das irregularidades superficiais de uma peça causadas pelo processo de produção são as marcas deixadas pela ferramenta no processo de fabricação A figura 79 mostra a influência do movimento da ferramenta avanço na impressão deixada pela ferramenta na superfície de uma peça usinada 95 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Ferramenta Ferramenta Ferramenta f f f Movimento da ferramenta Figura 79 Impressões na superfície da peça para diferentes avanços Adaptada de Stemmer 2005 p 188 Na figura 79 de cima para baixo existe redução do avanço f Notamos que o acabamento é melhor quanto menor for o avanço na medida em que a superfície fica mais uniforme e portanto quanto menor for a rugosidade da superfície As operações de usinagem em geral são classificadas em dois tipos as operações de desbaste as operações de acabamento As operações de desbaste são caracterizadas pela grande retirada de material em curto espaço de tempo as superfícies nessa operação são bastante rugosas As operações de acabamento visam a dar à peça suas dimensões finais com o acabamento esperado as superfícies nessa operação não são muito rugosas Nas operações de desbaste os cavacos são grandes quando comparados aos cavacos das operações de acabamento Entre as operações de acabamento mais comuns temos o polimento a lapidação o espelhamento 96 Unidade II O polimento tem por objetivo conferir acabamento liso na superfície com tolerâncias inferiores a 0025 mm A lapidação visa a diminuir essa tolerância O espelhamento objetiva conferir tolerâncias inferiores a 0001 mm A figura 80 mostra esquematicamente uma operação de polimento Rotação do rebolo Peça Rebolo de material abrasivo Figura 80 Operação de polimento Adaptada de Jasinevicius 2016b p 35 As operações de acabamento devem dar contornos finais à peça ou seja não deve existir nenhum tipo de operação após as operações de acabamento Assim qualquer tipo de tratamento que por exemplo endureça a superfície eou aumente o limite de resistência do metal deve ser feito após as operações de desbaste e antes das operações de acabamento 51 Parâmetros da usinagem A remoção de material da peça ocorre pela interferência entre uma ferramenta e a peça Para que isso aconteça a ferramenta deve ser feita com material de dureza e resistência muito superiores à dureza e à resistência do material da peça O estudo da usinagem é baseado na mecânica com estudos de cinemática de atrito e de deformação na termodinâmica com estudos de geração e propagação de calor nas propriedades dos materiais Um parâmetro importante na usinagem é a usinabilidade do material que é definida como a facilidade com que o material pode ser removido sem que haja prejuízo de suas propriedades mecânicas A usinabilidade é o indicador da capacidade dos materiais de se deixarem usinar A usinabilidade não depende somente das condições intrínsecas do material fatores metalúrgicos mas também das condições de usinagem das características da ferramenta das condições de refrigeração da rigidez do sistema máquinaferramenta e do tipo de operação 97 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Máquinaferramenta é o tipo de máquina que será usado em uma operação de usinagem Os tipos de usinagem e as máquinasferramenta correspondentes serão analisados mais à frente A usinabilidade é afetada pela ductilidade do material que favorece a formação dos cavacos diminui os esforços no corte e tem a tendência de provocar a adesão do cavaco na ferramenta formando o que se conhece por aresta postiça na ferramenta Observação As arestas de corte são as linhas de intersecção entre duas ou mais superfícies de uma ferramenta usada em uma usinagem Essas arestas também recebem outros nomes como facas fios ou gumes de corte Esse assunto será estudado mais adiante A figura 81 mostra uma ferramenta na qual durante a usinagem ocorreu adesão de parte do material retirado na ferramenta formando a aresta postiça de corte APC Peça Aresta postiça de corte Ferramenta Figura 81 Aresta postiça de corte em uma operação de usinagem Adaptada de Aula n 3 sdb p 3 Observação Quando o cavaco adere na ferramenta o corte do material da peça deixa de ser feito pela ferramenta e passa a ser executado pelo cavaco aderido em sua superfície 98 Unidade II A usinabilidade também depende da condutividade térmica do material Materiais com grande condutividade térmica dissipam melhor o calor gerado na região da usinagem Com isso há aumento na vida da ferramenta o fio de corte é mantido por mais tempo e redução das distorções geométricas provocadas pela diferença de temperatura entre a região da usinagem e o restante da peça Materiais com dureza superficial mais elevada dificultam a usinagem pois para que o corte ocorra é preciso que a ferramenta penetre na peça Assim materiais mais duros são mais difíceis de usinar do que materiais menos duros Devemos ressaltar entretanto que o acabamento obtido em materiais mais duros é normalmente melhor do que o obtido em materiais mais moles A taxa de encruamento do material da peça é outra propriedade que dificulta a usinabilidade por aumentar o esforço de corte e dificultar a formação de cavacos 52 Índice de usinabilidade A usinabilidade é uma grandeza tecnológica que expressa por meio de um valor numérico comparativo conhecido como índice de usinabilidade IU um conjunto de propriedades de usinagem de um material Ou seja expressa o grau de dificuldade para usinar um material O IU é um índice que estabelecida determinada vida útil para a ferramenta mostra a relação percentual entre a velocidade de corte usada no material da peça e a velocidade de corte usada em um material padrão As vidas usadas para a determinação do IU são de 20 e de 60 minutos Esse índice também pode ser expresso em termos de usinabilidade percentual e de usinabilidade relativa Por exemplo se temos um aço com IU igual a 75 isso significa que a velocidade de corte a ser usada na usinagem desse aço deve ser 75 da velocidade usada na usinagem do material padrão Com isso a vida da ferramenta será a mesma que a vida da ferramenta usada na usinagem do material padrão Para a determinação desse índice usamos como material padrão o aço de corte fácil AISI B1112 Assim quando comparamos dois diferentes tipos de material quanto maior o índice de usinabilidade mais fácil a usinagem da peça Ao contrário quanto menor o índice de usinabilidade mais difícil a usinagem da peça Na tabela a seguir são mostrados os índices de usinabilidade de alguns materiais Eles são distribuídos em quatro classes indicadas como classes I II III e IV Na primeira classe estão os materiais cujo IU é maior do que 70 Na segunda os materiais com IU entre 55 e 65 Na terceira os materiais com IU entre 40 e 50 Na quarta aqueles cujo IU é menor do que 40 99 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 10 Índice de usinabilidade IU de diversos metais ferrosos Classe I Classe II Classe III Classe VI 70 55 a 65 40 a 50 40 Aços HB IU Aços HB IU Aços HB IU Aços HB IU 1109 121 80 1010 150 55 1050 205 50 2515 200 30 1117 170 90 1015 131 60 1070 192 45 3310 196 40 1118 160 80 1020 148 65 1340 200 50 52100 206 30 1120 160 80 1030 190 65 2330 200 50 9315 204 40 1132 183 75 1035 163 65 2340 210 45 8750 212 40 1137 197 75 1040 205 60 3145 208 50 Aço rápido 220 35 1141 212 70 1045 179 55 4150 208 50 FºFº Duro 249 40 1211 163 95 1330 180 55 4340 210 50 1112 160 100 1335 180 55 5150 207 50 1113 170 135 2317 174 55 6120 187 50 FºFº comum 120 110 3120 150 65 6145 207 50 FºFº perlítico 185 90 3130 179 55 FºFº maleável 160 70 3140 197 55 Adaptada de Stemmer 2005 p168 Exemplo de aplicação Usinando barras trefiladas a frio de aço ABNT 1040 em um torno automático com velocidade de corte 35 mmin verificamos que a vida útil da ferramenta é de 3 horas Conhecidos esses dados faça o que se pede a seguir A Determine o índice de usinabilidade para o aço ABNT 1040 B Determine o índice de usinabilidade para o aço ABNT 1137 C Determine a velocidade de corte para que a ferramenta usada na usinagem do ABNT 1040 tenha a mesma vida que a usada na usinagem do aço ABNT 1137 Resolução Os dados do problema estão destacados a seguir Velocidade de corte Vc 35 mmin 35 metros por minuto Vida útil da ferramenta 3 horas 100 Unidade II Item A Utilizando a tabela 10 localizamos o IU do aço ABNT 1040 que é igual a 60 classe II conforme destacado a seguir Classe II 55 a 65 Aços HB IU 1010 150 55 1015 131 60 1020 148 65 1030 190 65 1035 163 65 1040 205 60 1045 179 55 1330 180 55 1335 180 55 2317 174 55 3120 150 65 3130 179 55 3140 197 55 Item B Utilizando a tabela 10 localizamos o IU do aço ABNT 1137 que é igual a 75 classe I conforme destacado a seguir Classe I 70 Aços HB IU 1109 121 80 1117 170 90 1118 160 80 1120 160 80 1132 183 75 1137 197 75 1141 212 70 1211 163 95 1112 160 100 1113 170 135 FºFº comum 120 110 FºFº perlítico 185 90 FºFº maleável 160 70 101 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Item C Com os dados obtidos podemos calcular a velocidade de corte para a usinagem do aço ABNT 1137 da maneira mostrada a seguir Vc m min IU IU Vc m min Vc m min ABNT ABNT 35 35 75 60 35 1137 1040 125 43 75 Vc m min Observação O índice de usinabilidade é tomado como ponto de partida para a determinação das condições de usinagem de uma peça 53 Parâmetros de corte Os parâmetros de corte são grandezas numéricas relacionadas ao deslocamento da ferramenta ou da peça e adequadas ao tipo de trabalho a ser executado ao material a ser usinado e ao material da ferramenta Os parâmetros mais importantes são a velocidade de corte o avanço e a profundidade de corte A velocidade de corte é a relação entre o espaço que a ferramenta percorre cortando um material e o tempo que ela leva para realizálo Vários fatores influenciam na velocidade de corte material da ferramenta material a ser usinado tipo de operação que será realizada condições de refrigeração condições da máquina 102 Unidade II A escolha da velocidade de corte correta é importante para que tenhamos bons resultados quanto à vida útil da ferramenta e ao bom acabamento da superfície usinada Na tabela 11 são apresentadas algumas indicações para a velocidade de corte em função do material a ser usinado e do material da ferramenta Tabela 11 Velocidade de corte mmin em função do material da ferramenta e do material a ser usinado Material Ferramenta de aço rápido Ferramenta de carboneto metálico Desbaste Acabamento Desbaste Acabamento 10201030 25 30 200 300 10451050 15 20 120 160 10601070 12 16 40 60 FoFo maleável 20 25 70 85 FoFo cinzento 15 20 65 95 FoFo duro 10 15 30 50 Bronze 30 40 300 380 Latão 40 50 350 400 Alumínio 60 90 500 700 Adaptada de Medeiros sd Lembrete A indicação FoFo referese ao ferro fundido Observação As ferramentas de aço rápido são construídas a partir de barras ou a partir de blocos de um mesmo material As ferramentas de carboneto metálico têm corpo feito com um material de base e nele são colocados insertos de carboneto A figura 82A mostra uma fresa de topo com insertos de carboneto metálico metal duro A figura 82B mostra uma fresa feita de aço rápido 103 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO B A Inserto de metal duro Figura 82 Fresas de topo com inserto de metal duro e de aço rápido Adaptada de Inácio Costa e Santos 2018 Lembrete Trataremos sobre fresas e fresadoras mais à frente Com relação ao avanço ele nada mais é do que a velocidade de deslocamento na direção perpendicular ao corte O valor do avanço é função dos materiais empregados na usinagem ferramenta e peça e do grau de acabamento desejado para a peça Em geral avanços menores indicam graus de acabamento maiores Isso pode ser observado na figura 79 quando se considera que o movimento da ferramenta é perpendicular ao corte A profundidade de corte também está relacionada aos materiais e ao grau de acabamento O que se sabe é que em materiais mais resistentes a profundidade de corte deve ser menor do que a profundidade usada em materiais menos resistentes Sabese também que nas operações de acabamento a profundidade de corte é menor do que nas operações de desbaste Devemos lembrar que os parâmetros mencionados sofrem influência do tipo de máquina da sua rigidez da potência disponível e do tipo de usinagem a ser executado 104 Unidade II 54 Materiais para as ferramentas de usinagem Com relação aos materiais das ferramentas as exigências básicas são elevada dureza a frio e a quente grande tenacidade para resistir aos esforços de corte e ao impacto boa estabilidade química Esses materiais são agrupados em sete classes nomeadas a seguir Açosferrramenta Aços rápidos Ligas fundidas Carbonetos sinterizados Cermet Cerâmicas Diamantes Do primeiro para o último constituinte das classes citadas existe crescente capacidade de usinar em velocidades de corte cada vez maiores e decrescente capacidade de absorção de impactos Ou seja nessa ordem os materiais são mais resistentes à abrasão mais frágeis e menos tenazes Os aços rápidos cujo desenvolvimento partiu das adições de tungstênio cromo e vanádio como elementos de liga são materiais para ferramentas elaborados para uso em aplicações de corte de metais em alta velocidade Existem duas classificações para esses materiais aços rápidos ao molibdênio grupo M que têm carbono na faixa entre 075 e 152 e molibdênio entre 450 e 110 aços rápidos ao tungstênio grupo T que têm teores similares de carbono aos aços ao molibdênio e teores de tungstênio entre 1175 e 21 A tabela 12 mostra a composição química de vários tipos de aço rápido das classes M e T 105 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 12 Composição de aços rápidos classes M e T Designação Composição AISI UNS C Mn Si Cr Ni Mo W V Co Aços rápidos com molibdênio M1 T11301 078 088 015 040 020 050 350 400 030 máx 820 920 140 210 100 135 M2 T11032 078 088 0095 105 015 040 020 045 375 450 030 máx 450 550 550 675 175 220 M4 T11034 125 140 015 040 020 045 375 475 030 máx 425 550 525 650 375 450 M35 T11335 082 088 015 040 020 045 375 450 030 máx 450 550 550 675 175 220 450 550 M42 T11342 105 115 015 040 015 065 350 425 030 máx 900 1000 115 185 095 135 775 875 M62 T11362 125 135 015 040 015 040 350 400 030 máx 1000 1100 575 650 180 210 Aços rápidos com tungstênio T1 T12001 065 080 010 040 020 040 375 450 030 máx 1725 1875 090 130 T15 T12015 150 160 015 040 015 040 375 500 030 máx 100 máx 1175 1300 450 525 475 525 Todos os aços contêm 025 máx Cu 003 máx P e 003 máx S O enxofre pode ser aumentado para um valor entre 006 e 015 para melhorar a usinabilidade dos grupos M e T Fonte Aços sd Com relação aos carbonetos sintetizados também conhecidos como metais duros no início de seu desenvolvimento as primeiras ligas tinham basicamente tungstênio e cobalto Existe hoje uma gama muito grande de composições químicas Essas composições foram reunidas em grupos de aplicação pela norma ABNT NBR ISO 5132013 versão corrigida 2015 Tal norma estabelece três campos de aplicação designados pelas letras maiúsculas P M e K Esses campos referenciam os tipos de material a serem usinados e recebem os nomes dos grupos de usinagem O campo P é destinado a materiais que produzem cavacos longos como os açoscarbono e os aços de baixa liga O campo M está relacionado principalmente a materiais de difícil usinagem como aços inoxidáveis aços fundidos aços ao manganês e ferro fundido maleável O campo K é indicado para materiais que geram cavacos curtos normalmente conhecidos como cavacos de ruptura como ferros fundidos cinzentos e para materiais não ferrosos e materiais congêneres como latão e bronze O sistema prevê ainda propriedades relevantes para a seleção do material cortante como a resistência ao desgaste dureza e a tenacidade Dentro da classificação cada grupo de usinagem recebe uma graduação numérica segundo as exigências e a severidade da operação Quanto menor o valor da graduação maior a dureza e a resistência ao desgaste do metal duro daquele grupo de usinagem De maneira contrária quanto maior o valor da graduação maior a tenacidade do metal duro dentro do grupo Pastilhas com numeração intermediária como as pastilhas P25 apresentam equilíbrio entre as duas características analisadas e são aplicáveis na maior parte dos casos dentro de seu campo de aplicação 106 Unidade II O quadro 4 mostra a relação entre os tipos de metal duro e as variáveis na usinagem Quadro 4 Relação entre tipos de metal duro e parâmetros da usinagem Cor Classe Velocidade Avanço Resistência Tenacidade Azul P01 P10 P20 P30 P40 P50 Amarelo M01 M10 M20 M30 M40 Vermelho K01 K10 K20 K30 K40 Quanto às ferramentas de cerâmicas elas têm adquirido importância crescente na usinagem na medida em que é possível usinálas com velocidade de corte de quatro a cinco vezes maior do que a velocidade empregada com metal duro Como ferramenta de corte a cerâmica tem as características indicadas a seguir Alta dureza a quente que se mantém até cerca de 1600 C Elevada estabilidade química Altíssima resistência à compressão Baixo coeficiente de atrito As cerâmicas são principalmente indicadas para a usinagem de materiais que apresentam forte efeito abrasivo 55 Operações de usinagem As principais operações de usinagem são torneamento fresamento furação retífica eletroerosão e aplainamento 107 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O torneamento é uma operação que tem como objetivo a obtenção de superfícies de revolução com o auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes Nesse tipo de operação a peça a ser usinada fica em rotação enquanto a ferramenta usada para a usinagem ferramenta de corte executa movimento de translação em um plano que contém o eixo A máquina usada para o torneamento é conhecida como torno A figura 83 mostra a execução de um torneamento externo Rotação da peça Peça Movimentos da ferramenta Ferramenta Figura 83 Operação de torneamento A figura 84 mostra um torno mecânico e suas partes Cabeçote móvel Carro manual transversal Carro de ajunte longitudinal Portaferramenta Bucha de fixação da peça Árvore Cabeçote fixo Caixa de avanços e recâmbio Estrutura Carro longitudinal Vara Fuso Guias Contraponto Freio Figura 84 Torno mecânico Adaptada de Ricardo sd p 6 108 Unidade II O fresamento é uma operação em que a ferramenta executa movimento de rotação e a peça executa movimento de translação Nesse tipo de operação são usadas ferramentas com múltiplas arestas de corte conhecidas como fresas que permitem a obtenção de diferentes formas de superfície A figura 85 mostra operações de fresamento e a figura 86 mostra uma fresadora Fresamento frontal Movimento da peça Profundidade de corte Movimento da ferramenta Avanço Avanço Fresamento radial Ferramenta Ferramenta fz ap fz ae Peça Peça Figura 85 Operações de fresamento Adaptada de Souza 2016 p 224 Eixoárvore Mesa Acionamento do eixo Y Acionamento do eixo Z Torpedo Saída do fluido de corte Alavanca para a troca de velocidade Volante para a movimentação no eixo X Alavanca para a seleção de velocidade Anteparo do fluido de corte Base Coluna Figura 86 Fresadora Adaptada de httpscuttlyFPbPEh3 Acesso em 15 fev 2022 109 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A furação é um processo em que a ferramenta de corte tem dois movimentos um movimento de rotação e um movimento de translação de direção normal ao plano de rotação O principal tipo de máquina utilizado para essa operação é a furadeira A figura 87 representa uma operação de furação e a figura 88 mostra uma furadeira de bancada Movimento da ferramenta Peça Ferramenta B A Figura 87 Operação de furação Motor Cabeçote Alavancas selecionadoras de rotações Alavancas de avanço do eixo portaferramentas Cremalheira Alavanca de movimento da mesa Escala de regulagem da profundidade de corte Eixo portaferramentas Coluna Mesa Base Figura 88 Furadeira de bancada e suas partes Fonte Senai 2016 110 Unidade II A operação de retífica utiliza ferramenta de corte com material abrasivo impregnado em uma matriz aglomerante essa ferramenta é conhecida como rebolo que gira em alta velocidade em relação à peça Nesse tipo de operação a peça pode ter movimento de translação ou movimento de rotação A figura 89 mostra uma peça plana sendo retificada e a figura 90 mostra uma retificadora plana tangencial e suas partes Fluido de corte Eixo de rotação Avanço Superfície de ataque Mesa de trabalho Rotação do rebolo Rebolo Peça Rebolo Peçaobra Figura 89 Operação de retífica Adaptada de Souza 2016 p 262 Comando de movimento vertical Válvula reguladora da velocidade longitudinal Comando de movimento longitudinal Coluna Válvula direcional Mesa Válvula reguladora do avanço transversal Comando de movimento transversal Base Figura 90 Retificadora plana tangencial Adaptada de Muniz sd p 7 111 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A eletroerosão é a remoção de pequenas partículas de material por meio de descarga elétrica de alta frequência a partir do contato de um eletrodo com a peça Os tipos de eletroerosão conhecidos são por penetração e a frio A figura 91 mostra uma máquina para eletroerosão por penetração Figura 91 Máquina de eletroerosão por penetração Fonte Weiland sd p 9 O aplainamento é o processo de usinagem destinado à obtenção de superfícies geradas por um movimento retilíneo alternativo da ferramenta e um movimento de avanço da peça O aplanamento pode ser vertical ou horizontal A figura 92 mostra uma operação de aplainamento e a figura 93 mostra uma plaina limadora e suas partes 112 Unidade II Cavaco Movimento de corte da ferramenta Movimento de penetração da ferramenta Movimento de recuo da ferramenta Movimento de avanço da ferramenta Figura 92 Operação de aplainamento Adaptada de Aplainamento sd Longitudinal Transversal Vertical A B C D E F Figura 93 Plaina limadora e suas partes A corpo B base C cabeçote móvel ou torpedo movimentase longitudinalmente com velocidades variadas D cabeçote de espera permite ajuste de altura E portaferramenta F mesa na qual a peça é fixada permite movimentos de avanço e ajuste Adaptada de Anjos sdc 113 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre a teoria e os parâmetros da usinagem leia o livro indicado a seguir MACHADO A R et al Teoria da usinagem dos materiais São Paulo Blucher 2015 Além disso assista aos vídeos disponíveis nas indicações a seguir TECNOLOGIA mecânica usinagem essencial aula 2 2013 1 vídeo 249 min Publicado pelo canal Render Cursos Disponível em httpsbitly36pqAPb Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de usinagem 2014 1 vídeo 733 min Publicado pelo canal André Oliveira Disponível em httpsbitly355f36D Acesso em 15 fev 2022 6 TORNEAMENTO FRESAMENTO E FURAÇÃO 61 Torneamento Como já foi mencionado o processo de usinagem é aquele em que a peça executa movimento de rotação que daqui para a frente será chamado de movimento de corte a ferramenta executa movimento de translação movimento de avanço que provoca o avanço da ferramenta que daqui para a frente será chamado de movimento de avanço A figura 94 mostra uma operação de torneamento na qual uma peça que executa movimento de rotação é usinada por uma ferramenta que executa movimento de translação de direção paralela ao eixo da peça avanço Movimento de corte Movimento efetivo Movimento de avanço Ferramenta Peça Ve Vf Vc Figura 94 Parâmetros cinemáticos de uma usinagem Adaptada de Stoeterau sda p 19 114 Unidade II Na figura 94 Vc representa a velocidade de corte velocidade que depende da frequência de rotação da peça Vf representa a velocidade de avanço velocidade com a qual a ferramenta se desloca ao longo do comprimento da peça Ve representa a velocidade efetiva de corte que é a soma vetorial de Vc e Vf Várias são as operações que podem ser feitas no processo de torneamento Na figura 95 são apresentadas as principais operações Operação de torneamento Externo Interno Longitudinal Faceamento Sangramento Plano ou transversal Helicoidal De forma De perfil Figura 95 Operações de torneamento Adaptada de Stoeterau sdc p 45 115 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 611 Máquinasferramenta para torneamento A máquinaferramenta mais usada para as operações de torneamento é o torno mecânico A figura a seguir mostra um torno mecânico e alguns de seus constituintes C B A D E I H G F Figura 96 Constituintes de um torno mecânico A placa B cabeçote fixo C caixa de engrenagens D torre portaferramenta E carro transversal F carro principal G barramento H cabeçote móvel I carro portaferramenta Adaptada de httpscuttlybPny0br Acesso em 15 fev 2022 Uma das partes mais importantes de um torno mecânico é a placa de fixação das peças As placas de fixação estão presas ao eixoárvore do torno e fornecem o movimento de rotação às peças nelas fixadas As placas podem ser de três ou de quatro castanhas autocentrantes ou com castanhas independentes A figura 97 mostra alguns tipos de placa de fixação Castanhas Placa de três castanhas autocentrante Placa de quatro castanhas Figura 97 Placas de fixação usadas em um torno mecânico Adaptada de Jasinevicius sd p 68 116 Unidade II A placa de castanhas independentes é usada para fixar todos os tipos e todas as formas de peças deixandoas centradas com precisão em qualquer ponto da peça Nesse tipo de placa as castanhas como o próprio nome indica são independentes e podem ser colocadas e retiradas uma a uma As placas autocentrantes são movimentadas simultaneamente tendo como referência o centro da placa Além dessas placas temos a placa de arrasto e a placa lisa A placa de arrasto é um acessório que transmite o movimento de rotação do eixo principal às peças que devem ser torneadas entre pontos Ela tem o formato de um disco e apresenta um cone interior e uma rosca externa para fixação A placa lisa fornece uma superfície plana para o apoio de peças de formas irregulares Ela tem várias ranhuras que permitem a utilização de parafusos para fixar a peça É aparafusada na extremidade do cabeçote fixo e é usada para peças cujo centro não é alinhado com outros tipos de suporte A figura 98 mostra uma placa de arrasto e uma placa lisa A Placa de arrasto B Placa lisa Figura 98 Placa de arrasto e placa lisa Adaptada de A Jasinevicius sd p 73 B Milton 2014 p 20 As placas recebem o movimento de rotação de um eixo conhecido como eixoárvore que faz parte do cabeçote fixo do torno O cabeçote fixo é a parte do torno em que está montada a caixa de velocidades Essa caixa permite que sejam estabelecidas e fornecidas várias rotações para o movimento de rotação do eixoárvore por meio de um sistema de engrenagens correias e polias O número de rotações varia com o tipo e o tamanho do torno A figura 99 mostra o cabeçote fixo de um torno em que são apresentadas as alavancas que permitem a mudança de rotação do eixoárvore 117 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Alavancas para a mudança de rotação do eixoárvore Cabeçote fixo Rotações do eixoárvore Placa Figura 99 Cabeçote fixo de um torno Adaptada de Vieira Jr sd p 6 Quando as peças são longas muitas vezes além de serem presas ao cabeçote fixo são apoiadas em um componente chamado de contraponto O contraponto é uma parte do torno chamada de cabeçote móvel A figura 100 mostra um cabeçote móvel Cabeçote fixo Cabeçote móvel Figura 100 Cabeçote móvel de um torno Adaptada de Neves 2017 Quando as peças a serem usinadas são longas e esbeltas podem aparecer flechas Para evitar esse fenômeno são usados apoios entre o cabeçote fixo e o cabeçote móvel Esses apoios são conhecidos como lunetas A figura 101 mostra uma usinagem em torno em que a peça está apoiada com uma luneta 118 Unidade II Luneta Peça Cabeçote fixo Ferramenta presa no cabeçote móvel Figura 101 Usinagem com luneta Adaptada de Ferreira et al 2015 p 114 Para que o torneamento seja feito a ferramenta de usinagem é fixada em um portaferramenta que faz parte do carro principal do torno A figura 102 mostra um portaferramenta também conhecido como castelo preso ao carro transversal que faz parte do carro principal Castelo ou portaferramenta Carro transversal Carro principal Placa Figura 102 Castelo ou portaferramenta Adaptada de Anjos sda p 19 Na figura 102 destacamos o carro principal que fornece o movimento longitudinal à ferramenta e o carro transversal que fornece o movimento perpendicular ao eixo de rotação 119 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Nos torneamentos de barras circulares o movimento longitudinal é o movimento de avanço Nos faceamentos usinagem de faces que estão no plano de rotação o avanço é dado pelo movimento transversal O carro principal é apoiado sobre o que chamamos de barramento do torno É sobre ele que o carro principal se desloca O barramento faz parte da estrutura e suporta além do carro principal toda a carga que irá acontecer na usinagem A precisão de um torno está associada à linearidade e à rigidez do barramento A figura 103 mostra um barramento de torno Placa Cabeçote móvel Barramento Carro principal Figura 103 Barramento de um torno Adaptada de Nascimento sd p 173 Na figura 103 é possível observar a existência de um fuso e de duas barras que atravessam o carro principal São esses elementos que a partir do que chamamos de caixa Norton fornecem o movimento para o carro principal A caixa Norton fica junto ao cabeçote principal que por meio de transmissões feitas por engrenagens transmite movimento ao cabeçote principal pelo fuso e por uma barra lisa Esses movimentos são selecionados por alavancas que ficam na parte frontal do carro principal conhecida como avental A figura 104 mostra um torno em que foi destacada a caixa de avanços o fuso de transmissão para o carro principal e o avental 120 Unidade II Carro de ajunte longitudinal Portaferramenta Bucha de fixação da peça Árvore Cabeçote fixo Caixa de avanços e recâmbio Estrutura Carro longitudinal Fuso Guias Vara Contraponto Freio Avental Carro manual transversal Cabeçote móvel Figura 104 Caixa de avanços fuso de transmissão e avental de um torno Adaptada de Ricardo sd p 6 612 Conceitos básicos sobre movimentos e relações geométricas do processo de usinagem nas operações de torneamento Para iniciarmos o estudo do processo de usinagem nas operações de torneamento vamos observar a forma de uma ferramenta de corte usada nessas operações No torneamento são usadas ferramentas monocortantes cuja forma é semelhante à forma mostrada na figura 105 Direção de corte Direção de avanço Chanfro na face do gume principal Gume principal Flanco principal Chanfro no flanco do gume secundário Face Flanco secundário Gume secundário Quina com raio de arredondamento Chanfro no flanco do gume secundário Haste Figura 105 Forma básica de uma ferramenta para as operações de torneamento Adaptada de Geometria da ferramenta sd p 14 121 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O que foi chamado de gume principal na figura 105 também é conhecido como aresta principal de corte Essa aresta é uma linha da ferramenta de corte que ao encontrar a peça a ser usinada provoca a retirada de material dessa peça Observação Ferramentas monocortantes são aquelas que têm apenas uma aresta de corte Ferramentas multicortantes são aquelas que têm mais do que uma aresta de corte As fresas usadas nas operações de fresamento e as brocas usadas nas operações de furação são ferramentas multicortantes Não podemos esquecer que o corte ocorre em função do movimento de rotação da peça que como já foi mencionado é conhecido como movimento de corte Entretanto caso não exista o movimento de avanço da ferramenta haverá uma única remoção de material e a peça não será usinada Isso significa que a operação de torneamento depende do movimento de corte e do movimento de avanço da ferramenta Na figura 106 podemos ver um torneamento externo em que houve o movimento de avanço da ferramenta Superfície de corte Peça Movimento de avanço Ferramenta Movimento de corte Figura 106 Torneamento externo Na figura 106 além do movimento de corte e do movimento de avanço podemos observar que foi indicada a superfície de corte Essa superfície é a que se forma pela remoção do cavaco A quantidade de cavaco removida da peça por unidade de tempo depende da velocidade de corte e da velocidade de avanço A velocidade de corte Vc é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante segundo a direção e o sentido de corte Esse ponto pertence à aresta cortante e está o mais próximo de sua extremidade junto à peça 122 Unidade II Em uma operação de torneamento a velocidade de corte nada mais é do que a velocidade tangencial da peça a ser usinada Assim considerando que a peça tenha diâmetro d e gire com frequência de rotação n a velocidade de corte Vc é dada por Vc d n π Observação Em geral a velocidade de corte é determinada em metros por minuto Assim quando o diâmetro é fornecido em milímetros e a frequência de rotação é fornecida em revoluções por minuto a velocidade de corte pode ser escrita como d n m Vc 1000 min π Nas operações de torneamento o avanço da ferramenta é definido como a quantidade de deslocamento da ferramenta a cada rotação da peça É o percurso de avanço em cada volta A velocidade de avanço Vf é a velocidade instantânea da ferramenta segundo a direção e o sentido do avanço Essa velocidade é expressa em termos da quantidade de deslocamento da ferramenta por cada volta executada pela rotação da peça A unidade mais usual é mmvolta Como o corte depende da velocidade de corte Vc e da velocidade de avanço Vf a velocidade efetiva de corte Ve é obtida como dissemos pela soma vetorial de Vc e Vf No caso do torneamento cilíndrico a intensidade da velocidade efetiva de corte é Ve Vc Vf 2 2 A figura 107 mostra a velocidade de corte a velocidade de avanço e a velocidade efetiva em uma operação de torneamento externo Movimento de corte Movimento de avanço Ferramenta Vf Ve Vc Peça Figura 107 Velocidade de corte velocidade de avanço e velocidade efetiva em um torneamento externo 123 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Com relação à profundidade de corte p ela é igual à penetração que a ferramenta executa para a remoção de material Assim se chamarmos de d0 o diâmetro inicial da usinagem e de df o diâmetro final a profundidade de corte p pode ser determinada por p d df 0 2 A figura 108 mostra a profundidade de corte em uma peça sendo usinada em um torneamento externo cilíndrico e em um faceamento n p p f f Figura 108 Profundidade de corte em uma peça sendo usinada em um torneamento externo cilíndrico e em um faceamento Adaptada de Carla 2016a p 14 O volume de usinagem V é o volume da camada de material a ser removido da peça O volume de usinagem pode ser por exemplo referido à peça à operação ou à unidade de tempo Nas operações de usinagem o desempenho muitas vezes é medido pela quantidade de material retirado da peça por unidade de tempo A essa grandeza damos o nome de taxa de remoção de material Q No torneamento cilíndrico a taxa de remoção de material Q é calculada por Q p f d n π Normalmente em uma usinagem o acabamento superficial melhora com o aumento da velocidade de corte Essa melhora é mais acentuada abaixo de dado valor de velocidade chamado de velocidade crítica devido à contínua redução do gume postiço formado na ferramenta Com relação ao avanço o acabamento da superfície é mais uniforme quanto menor o avanço da ferramenta A figura 109 é uma representação do acabamento obtido para três diferentes avanços 124 Unidade II f f f Figura 109 Diferentes acabamentos para diferentes avanços Fonte Stemmer 2005 p 188 Na figura 109 de cima para baixo existe redução do avanço f Notamos que o acabamento melhora quanto menor for o avanço na medida em que a superfície fica mais uniforme Com relação à profundidade de corte ela é maior nas operações de desbaste e menor nas operações de acabamento 613 Força e potência de corte nas operações de usinagem A força que atua entre a ferramenta e a peça em um processo de usinagem é conhecida como força de usinagem e é indicada por F O conhecimento da força de usinagem e de seus componentes é a base para o projeto de uma máquinaferramenta para a determinação das condições de corte durante o trabalho e para a avaliação da viabilidade de utilização de uma máquinaferramenta Os componentes da força de usinagem são a força de corte Fc a força de avanço Ff e a força passiva Fp A figura 110 mostra em um processo de torneamento a força de usinagem e seus componentes Fp Fc Ff f F n Profundidade de corte Figura 110 Força de usinagem e seus componentes em um torneamento Adaptada de Stoeterau sda p 34 A força de corte Fc é a força necessária para o arranque do material da peça e consequentemente para a formação do cavaco Essa força é responsável por quase todo o trabalho executado no corte 125 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A força de avanço Ff é a força que a peça exerce na ferramenta no sentido oposto ao seu movimento A força passiva Fp é a força existente na ferramenta na direção da profundidade de corte As forças atuantes na usinagem são influenciadas pelos parâmetros envolvidos no processo de formação do cavaco que são os materiais da peça e da ferramenta a geometria da ferramenta a velocidade de corte o avanço a profundidade de corte Conhecida a profundidade de corte p e conhecido o avanço f a força de corte Fc pode ser determinada por Fc kc p f Na expressão anterior o produto é a área S de corte e kc é conhecido como pressão específica de corte que depende do material da peça e do avanço A tabela 13 mostra alguns valores de kc Tabela 13 Pressão específica de corte para alguns materiais Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 1 St3411 St3711 St4211 ABNT 1015 a 1025 Até 500 3600 2600 1900 1360 2 St5011 ABNT 1030 a 1035 500 a 600 4000 2900 2100 1520 3 St6011 ABNT 1040 a 1045 600 a 700 4200 3000 2200 1560 4 St7011 ABNT 1060 700 a 850 4400 3150 2300 1640 5 St85 ABNT 1095 850 a 1000 4600 3300 2400 1720 6 300 a 350 3200 2300 1700 1240 7 Aço fundido 500 a 700 3600 2600 1900 1360 8 700 3900 2850 2050 1500 9 700 a 850 4700 3400 2450 1760 10 Aço Mn aços CrNi aços CrMo e 850 a 1000 5000 3600 2600 1850 11 outros aços ligados 1000 a 1400 5300 3800 2750 2000 12 1400 a 1800 5700 4100 3000 2150 13 Aço inoxidável 600 a 700 5200 3750 2700 1920 126 Unidade II Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 14 Açoferramenta 1500 a 1800 5700 4100 3000 2150 15 Açomanganês duro 6600 4800 2500 2520 16 Ferro fundido GG12 GG14 HB até 200 1900 1360 1000 720 17 Ferro fundido GG18 GG26 HB 200 a 250 2900 2080 1500 1080 18 Ferro fundido ligado HB 250 a 400 3200 2300 1700 1200 19 Ferro fundido maleável 2400 1750 1250 920 20 Ferro fundido duro Shore 6590 3600 2600 1900 1360 21 Cobre 2100 1520 1100 800 22 Cobre com mica coletores 1900 1360 1000 720 23 Latão HB 80120 1600 1150 850 600 24 Bronze vermelho 10Sn 4Zn 86Cu 1400 1000 700 520 25 Bronze de fundição 3400 2450 1800 1280 26 Ligas de zinco 940 700 560 430 27 Alumínio puro 1050 760 550 400 28 Ligas de Al com alto teor de Si 1113 1400 1000 700 520 29 Ligas para AlSi 11135 Si tenaz 1400 1000 700 520 30 Pistão G AlSi 11135 Si 1250 900 650 480 Fonte Stemmer 2005 p 178 Com isso a força de corte fica Fc kc S Como a força de corte é a principal responsável pelo trabalho executado no corte conhecida a velocidade de corte Vc é possível calcular a potência de corte Pc conforme mostrado a seguir Pc Fc Vc Pc kc S Vc Convém observar que a potência de corte é diferente da potência de acionamento Pa que é a potência fornecida pelo motor à máquinaferramenta A potência fornecida à máquina deve ser maior do que a potência de corte pois existem perdas por atrito nos mancais nas engrenagens nos sistemas de lubrificação e no sistema de avanço que precisam ser vencidas Conhecidas a potência de corte e a potência de acionamento podemos definir o rendimento da máquina η como a relação entre a potência de corte e a potência de acionamento c a P P η 127 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Observação Em média o rendimento para as máquinasferramenta é igual a 075 75 Exemplo de aplicação Os parâmetros de corte são de extrema importância para os cálculos da velocidade do avanço e da profundidade de corte Normalmente nas máquinas com comando numérico computadorizado CNC há muitas variações de rotação mas no caso do exemplo de usinagem aqui estudado as rotações variam de 80 a 90 rpm A potência disponível é de 12 kW Essas limitações estão relacionadas com a construção e o projeto da máquina Com base nos dados fornecidos determine a velocidade de corte no intervalo de rotações mencionado a profundidade de corte considerando que um diâmetro de 90 mm será usinado até que fique igual a 86 mm e a potência de corte se o material a ser usinado é um aço ABNT 1020 que sofre operação de desbaste com avanço de 04 mm por rotação da peça Resolução A velocidade de corte Vc é determinada por d n m Vc 1000 min π Na expressão d é o diâmetro a ser usinado em milímetros e n é a frequência de rotação do eixoárvore Como as rotações variam de 80 a 90 rpm e o diâmetro a ser usinado é 90 mm as velocidades de corte ficam máx máx d n m Vc 1000 min π máx 90 90 m m Vc 2545 1000 min min π mín mín d n m Vc 1000 min π mín 90 80 m m Vc 2262 1000 min min π 128 Unidade II Veja que nos cálculos acima usamos rotação mínima nmín igual a 80 rpm rotação máxima nmáx igual a 90 rpm A profundidade de corte p é dada por p d df 0 2 Na expressão d0 é o diâmetro a ser usinado e df é o diâmetro final da usinagem O problema informa que d0 90 mm e df 86 mm Com isso a profundidade de corte fica p mm mm p mm 90 86 2 2 A potência de corte Pc é determinada por Pc kc S Vc Na expressão Kc é a pressão específica de corte que depende do material a ser usinado e do avanço da ferramenta S é a área de corte e Vc é a velocidade de corte Para determinarmos a pressão específica de corte vamos consultar a tabela 13 Assim para o material ABNT 1020 com velocidade de avanço de 04 mm por rotação temos o que se mostra a seguir Materiais σr Nmm² ou dureza kc Nmm² Avanço em mmrot 01 02 04 08 1 St3411 St3711 St4211 ABNT 1015 a 1025 até 500 3600 2600 1900 1360 2 St5011 ABNT 1030 a 1035 500 a 600 4000 2900 2100 1520 k N mm c 1900 2 A área de corte S é determinada pelo produto entre a profundidade de corte p e o avanço f Assim para p 2 mm e f 04 mm temos S p f 2 mm 04 mm 08 mm2 129 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Logo para a velocidade de corte de 2262 mmin temos 2 c 2 N m P 1900 08mm 2262min mm Fazendo acertos de unidades temos 6 2 c 6 2 N m P 1900 08 10 m 226260s 10 m c N m P 57304 57304W 057kW s Para a velocidade de corte de 2545 mmin temos 2 c 2 N m P 1900 08mm 2545min mm Fazendo acertos de unidades temos 6 2 c 6 2 N m P 1900 08 10 m 254560s 10 m c N m P 64473 64473W 064kW s Saiba mais Para saber mais sobre os tornos mecânicos e as operações de torneamento leia o capítulo 2 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 Além disso assista ao vídeo indicado a seguir OPERAÇÕES de usinagem torneamento 2009 1 vídeo 327 min Publicado pelo canal GBKDRG Disponível em httpscuttly8PnADkq Acesso em 15 fev 2022 130 Unidade II 62 Fresamento Como já foi mencionado o fresamento é uma operação em que a ferramenta apresenta movimento de rotação e a peça apresenta movimento de translação Nesse tipo de operação são usadas ferramentas com múltiplas arestas de corte conhecidas como fresas Assim é possível a obtenção de diferentes formas de superfície Basicamente há dois tipos de fresamento o fresamento tangencial o fresamento frontal No fresamento tangencial o eixo de rotação da fresa está contido em um plano paralelo ao plano da superfície usinada No fresamento frontal o eixo de rotação da fresa é normal ao plano da superfície usinada A figura 111A mostra o fresamento tangencial e a figura 111B mostra o fresamento frontal Movimento de corte Fresa Fresa Penetração de trabalho Movimento de corte Avanço Avanço Peça Peça A B Profundidade de usinagem Figura 111 Tipos de fresamento Adaptada de Rodrigues sd p 2 Qualquer que seja o tipo de fresamento o movimento pode ser concordante ou discordante Vejamos o que segue No fresamento concordante a força de corte que a fresa provoca tem o mesmo sentido do movimento da peça Nessa situação o cavaco gerado começa na espessura máxima e é reduzido até sua espessura mínima No fresamento discordante a força de corte que a fresa provoca tem sentido oposto ao sentido do movimento da peça Nessa situação a aresta de corte entra na peça na profundidade de corte zero O cavaco começa a se formar na espessura mínima e acaba na espessura máxima 131 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A figura 112A é uma representação do movimento concordante e a figura 112B é uma representação do movimento discordante Direção de rotação da fresa Comprimento do cavaco Comprimento do cavaco Direção de avanço Direção de avanço Peça Peça A B Direção de rotação da fresa Figura 112 Fresamento concordante e fresamento discordante Adaptada de Sgura e Giglio 2017 p 19 Ao fresar com o método discordante a aresta de corte fricciona a peça antes de cortar e o cavaco fino absorve muito pouco o calor As duas condições contribuem para o encruamento da superfície da peça e a redução da vida da ferramenta Além disso os cavacos gerados vão para a frente da fresa e nessa situação eles podem atingir a fresa e a superfície a ser usinada O fresamento concordante é preferível por diversas razões Ele elimina o atrito da aresta de corte conforme faz o corte maximizando a vida da ferramenta e reduzindo a geração de calor A potência da máquina é menor quando comparada à potência necessária para o fresamento discordante e os cavacos caem atrás da fresa o que contribui para melhorar o acabamento da superfície e aumentar a vida da ferramenta Com relação aos parâmetros de usinagem como velocidade de corte avanço e profundidade de corte podemos lembrar o que segue Velocidade de corte A velocidade de corte é calculada da mesma forma que no torneamento Ou seja d n m Vc 1000 min π Na expressão d é o diâmetro da fresa em milímetros n é a frequência de rotação da fresa 132 Unidade II Avanço O avanço é a distância deslocada pela fresa a cada volta completa medida no plano de trabalho Assim a velocidade de avanço é calculada da mesma forma que no torneamento É possível também referenciar o avanço por dente fz ou seja o quanto a peça se desloca por dente da fresa O avanço por dente é dado por fz f z Na expressão f é o avanço em mm z é o número de dentes da fresa Profundidade de corte A profundidade de corte P é igual à penetração da fresa na superfície A figura 113 mostra a profundidade de corte no fresamento radial e no fresamento frontal Ferramenta Ferramenta Peça Peça fz fz p p Figura 113 Profundidade de corte no fresamento Adaptada de Rodrigues sd p 34 Potência de corte A potência de corte é calculada pela expressão c c 6 K p b f P kW 60 10 Na expressão p é a profundidade de corte em mm b é a largura de corte em mm f é a velocidade de avanço em mmminuto e Kc é o coeficiente de força específica encontrado na tabela 14 133 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Tabela 14 Coeficiente de força específica Materiais Resistência a tração e dureza MPa Coeficiente de força específica kc Mpa 01 mmdente 02 mmdente 03 mmdente 04 mmdente 05 mmdente Aço de baixo carbono com ligas especiais 520 2200 1950 1820 1700 1580 Aço de baixo carbono 620 1980 1800 1730 1600 1570 Aço duro 720 2520 2200 2040 1850 1740 Açoferramenta 670 1980 1800 1730 1700 1600 Açoferramenta 770 2030 1800 1750 1700 1580 Aço cromomanganês 770 2300 2000 1880 1750 1660 Aço cromomanganês 630 2750 2300 2060 1800 1780 Aço cromomolibdênio 730 2540 2250 2140 2000 1800 Aço cromomolibdênio 600 2180 2000 1860 1800 1670 Aço níquelcromomolibdênio 940 2000 1800 1680 1600 1500 Aço níquelcromomolibdênio 352HB 2100 1900 1760 1700 1530 Aço inoxidável austenítico 155HB 2030 1970 1900 1770 1710 Ferro fundido 520 2800 2500 2320 2200 2040 Ferro fundido Meehanite 46HRC 3000 2700 2500 2400 2200 Ferro fundido duro 360 2180 2000 1750 1600 1470 Ferro fundido cinzento 200HB 1750 1400 1240 1050 970 Latão 500 1150 950 800 700 630 Ligas leves AIMg 160 580 480 400 350 320 Ligas leves AISI 200 700 600 490 450 390 Ligas leves AIZnMgCu 570 880 840 840 810 720 Fonte Krelling sdc p 11 621 Fresas e fresadoras As fresas são ferramentas que têm mais de uma aresta de corte ferramentas multicortantes usadas nas operações de fresamento Elas podem ser classificadas segundo vários critérios como os expostos a seguir Quanto ao método de fresamento Quanto ao tipo de construção Quanto à forma geométrica Quanto ao tipo de flanco ou à superfície de incidência 134 Unidade II Quanto à forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes Quanto ao sentido de corte Quanto à montagem ou fixação das fresas na máquina fresadora Alguns tipos de fresa e suas aplicações estão representados no quadro 5 Quadro 5 Tipos de fresas e seus usos mais comuns Tipo Uso Fresa cilíndrica Fresamento tangencial de superfícies Fresa de disco Abertura de canais Serra Corte Fresa de topo com haste cilíndrica Abertura de canais Fresa de topo com haste cônica Fresamento de superfícies Fresas cilíndrica de haste Abertura de rebaixos Fresa angular com haste cilíndrica Usinagem de guias Adaptado de Fresas sd 135 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre os tipos de fresa suas formas de classificação e suas aplicações acesse a indicação a seguir QUÉ SON y cómo se usan las fresas De máquinas y herramientas 5 jul 2012 Disponível em httpscuttlyNPzV2fS Acesso em 15 fev 2022 As fresadoras são as máquinas usadas nas operações de fresagem Isso significa que deve existir compatibilidade entre a fresadora e a fresa que será usada na operação Basicamente existem três tipos de fresadora fresadora vertical fresadora horizontal fresadora universal A fresadora vertical tem uma coluna vertical posicionada perpendicularmente à mesa Nesse tipo de construção o eixo de acionamento da ferramenta é vertical A figura 114 mostra uma fresadora vertical Eixo de rotação Cabeçote Mesa Figura 114 Fresadora vertical Adaptada de Rodrigues sd p 13 A fresadora vertical é particularmente usada com fresas de topo para fresamento frontal 136 Unidade II A fresadora horizontal como a mostrada na figura 115 tem o eixo de rotação na horizontal paralelo à mesa e é particularmente usada com fresas de disco Caixa de mudança Mesa Cabeçote Eixo de rotação Figura 115 Fresadora horizontal Adaptada de Rodrigues sd p 13 Por fim a fresadora universal é aquela que tem a capacidade de mudar a posição do eixo de rotação Nesse tipo de fresadora o eixo pode ter qualquer posição em relação à mesa A figura 116 é uma fotografia de uma fresadora universal Sistema para inclinação do eixo de rotação Eixo de rotação Mesa Cabeçote Eixo Figura 116 Fresadora universal Adaptada de Almeida 2015 p 110 137 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Na figura 116 podemos observar a existência de um eixo horizontal um eixo vertical e um sistema que permite a inclinação do eixo em relação à mesa A fresadora universal é a mais comumente encontrada nas oficinas e nas empresas de pequeno porte Saiba mais Para saber mais sobre os tipos de fresadora e as operações que são executadas nessas máquinas leia o capítulo 3 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 Leia também os subtítulos 37 e 38 do livro indicado a seguir ALMEIDA P S Ferramentaria de corte dobra e repuxo São Paulo Érica 2015 Além disso assista aos vídeos das indicações a seguir FRESAMENTO concordante e discordante em fresadora convencional parte 4 2017 1 vídeo 1011 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3GPGNti Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de fresa de topo fresamento concordante e discordante parte 1 2017 1 vídeo 350 min Publicado pelo canal Matrix Ferramentas AF Disponível em httpsbitly3sPKhXG Acesso em 15 fev 2022 63 Furação O processo de furação é um dos processos mecânicos mais utilizados na indústria Dificilmente há um produto que seja na sua própria fabricação seja na fabricação de moldes e de outros elementos não tenha a exigência de um furo para a fabricação Basta lembrar que a presença de um parafuso normalmente requer a existência de um furo prévio A figura 117 mostra uma operação de furação sendo realizada 138 Unidade II Cavaco Furo Furo sendo executado Figura 117 Operação de furação Adaptada de Carla 2016b p 2 Na furação a ferramenta usada é conhecida como uma broca que tem dois movimentos movimento de rotação movimento de corte movimento de translação movimento de avanço O movimento de corte é o movimento que permite que a broca retire o material da peça em uma rotação O movimento de avanço permite que o material seja continuamente retirado enquanto a broca avança para fazer o furo O movimento de avanço tem direção normal ao plano de rotação da broca A figura 118 mostra uma operação de furação com a indicação dos movimentos da peça e de algumas características da ferramenta Peça Movimento de corte A B Movimento de avanço Ferramenta broca Arestas de corte Figura 118 Operação de furação e seus movimentos O conjunto dos movimentos dá para cada ponto da aresta de corte um movimento helicoidal Esse tipo de movimento é o responsável pela formação do tipo de cavaco que é helicoidal 139 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O tipo de cavaco obtido na furação está mostrado na figura 119 Cavaco Broca Peça Figura 119 Cavaco na operação de furação Adaptada de Carla 2016b p 2 Alguns tipos de furação são os que seguem Furação em cheio Furação escalonada Escareamento Furação de centros Trepanação A furação em cheio é uma operação utilizada para a abertura de um furo cilíndrico em uma peça por meio da remoção de material com volume igual ao volume final do furo A furação escalonada é aquela em que é necessário um furo com dois ou mais diâmetros Nesse tipo de furação os dois furos são feitos simultaneamente O escareamento é um processo de furação destinado à abertura de um furo cônico ou cilíndrico na extremidade de um furo preexistente A furação de centros é o processo adotado quando há a necessidade da marcação do centro de uma futura furação Esse tipo de operação é usado quando o furo a ser confeccionado é grande o que dificulta o início do furo com a broca que irá executálo A trepanação é uma operação em que apenas parte do material compreendido no volume final do furo é transformada em cavaco Nesse tipo de operação após a furação há a presença de um núcleo maciço 140 Unidade II A figura 120 apresenta esses tipos de furação Broca Broca Furação em cheio Furação com préfuro Furação de centros Furação escalonada Trepanação Figura 120 Tipos de furação Adaptada de Processos de fabricação mecânica sd p 22 631 Brocas e furadeiras Para cada tipo de furo existe um tipo de broca adequado As brocas são usadas em função do diâmetro e do comprimento do furo e do material a ser usinado A figura 121 mostra alguns tipos de broca Broca para furo de centro Broca escalonada Broca helicoidal comum Figura 121 Tipos de broca Adaptada de Esquivel 2017 141 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Como dissemos a geometria da broca tem relação com o material da broca e com o material a ser usinado As brocas helicoidais comuns têm como parâmetros geométricos o ângulo de ponta σ o ângulo de folga α o ângulo de saída de cavaco γ e o ângulo da aresta transversal ψ Esses ângulos podem ser vistos na figura 122 que representa a extremidade de uma broca helicoidal β γ α ψ σ ε rε Figura 122 Extremidade de uma broca helicoidal comum Adaptada de Jasinevicius 2016a p 23 Os ângulos variam de acordo com o diâmetro da broca como indicado na tabela 15 Tabela 15 Ângulos na extremidade das brocas helicoidais comuns Diâmetro da broca mm α 1 γ 3 ψ 1 σ 1 251 63 12 22 52 118 63 10 10 25 52 118 10 8 30 55 118 Adaptada de Jasinevicius 2016a Com relação às furadeiras os tipos mais comuns usados nas indústrias são furadeira de bancada furadeira de coluna furadeira radial As furadeiras de bancada são furadeiras de pequenas dimensões encontradas nos mais diversos tipos de indústria e oficina próprias para serem apoiadas sobre bancadas A figura 123 mostra uma furadeira de bancada e suas principais partes 142 Unidade II Motor de acionamento Sistema de transmissão Alavancas para o avanço manual Mandril Mesa Base Figura 123 Furadeira de bancada Adaptada de Ferramentas Kennedy 2019 Geralmente nesse tipo de furadeira a mudança de rotação do mandril é feita pela mudança na relação de transmissão de polias com multicanais localizadas na parte superior da furadeira Lembrete O mandril é uma parte utilizada em furadeiras e em outros tipos de ferramenta cuja função é fixar a broca na máquina Ele pode ser aberto e fechado com uma chave ou de maneira manual o que permite o acoplamento de acessórios de diferentes tamanhos e diâmetros A figura 124 mostra o mandril de uma furadeira de bancada Operação de furação Mandril Broca Mesa Figura 124 Mandril em uma furadeira de bancada Adaptada de Jasinevicius 2016a p 11 143 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Outra característica desse tipo de furadeira é o avanço manual Na lateral da furadeira são encontradas alavancas usadas para o avanço da ferramenta na peça que deve ficar presa na mesa A base da furadeira é utilizada para apoiar e prender a furadeira na bancada Normalmente as furadeiras de bancada são acionadas por um motor de ½ kW e são usadas para produzir furos com brocas de até 25 mm de diâmetro Saiba mais Para saber mais sobre as furadeiras de bancada acesse o manual de instruções de uma furadeira de bancada disponível na indicação a seguir FURADEIRA de bancada 16 mm manual de instruções Worker sd Disponível em httpsbitly3LGsc6X Acesso em 15 fev 2022 Outro tipo bastante comum de furadeira é a furadeira de coluna Esse tipo de furadeira é similar à furadeira de bancada mas com dimensões maiores Sua construção é caracterizada por uma coluna que fica na parte de trás da máquina e que sustenta a mesa e o cabeçote como pode ser visto na figura 125 Motor de alimentação Coluna Alavancas para a mudança de rotação Cabeçote Portamandril Mesa Sistema de lubrificação e resfriamento da furação Base Figura 125 Furadeira de coluna Adaptada de Almeida 2014 p 9 Nesse tipo de furadeira existe um sistema de transmissão por engrenagens que permite a mudança de rotação do mandril Além disso tanto o cabeçote quanto a mesa podem ser deslocados ao longo da coluna Outra característica dessa furadeira é a existência de um sistema de avanço automático da ferramenta Em algumas furadeiras de coluna a mesa dispõe de um sistema de movimentação de peça semelhante ao encontrado nas fresadoras Nessa situação muitas vezes a furadeira é conhecida como furadeirafresadora 144 Unidade II A figura 126 mostra uma furadeirafresadora Sistema de movimentação longitudinal da mesa Sistema de movimentação transversal da mesa Mesa Figura 126 Furadeirafresadora Adaptada de Silva 2014 p 14 Com relação às furadeiras radiais são furadeiras empregadas em peças de grandes dimensões e que devem ser furadas em diversos pontos A figura 127 mostra uma furadeira radial Motor para elevação do peso do braço Motor do mandril Cilindro giratório Braço giratório Mandril Base Mesa portapeça Figura 127 Furadeira radial Disponível em httpscuttlynPng2Dt Acesso em 15 fev 2022 145 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO O barramento pode deslizar e girar em torno da coluna e o cabeçote pode ser deslocado pelo barramento Esses movimentos em geral são feitos por meio de acionamento elétrico ou hidráulico Além desses tipos de furadeira são encontradas nas oficinas as furadeiras manuais que podem ser usadas com os mais diversos tipos de broca e nas mais diversas aplicações Saiba mais Para saber mais sobre brocas e furadeiras leia a indicação a seguir FITZPATRICK M Introdução aos processos de usinagem Porto Alegre AMGH 2013 Além disso assista aos vídeos indicados a seguir KONE Máquinas furadeira de coluna KA50 2016 1 vídeo 523 min Publicado pelo canal Kone Indústria de Maqs Ltda Disponível em httpsbitly3oU7gja Acesso em 15 fev 2022 TIPOS de brocas para metal 2019 1 vídeo 1358 min Publicado pelo canal El Ray Maker Soldadura Disponível em httpsbitly3GV63P0 Acesso em 15 fev 2022 632 Parâmetros de corte na furação Nessa parte do capítulo iremos estudar os parâmetros de corte considerando um furo em cheio feito por uma broca helicoidal comum Os parâmetros principais que devemos conhecer na furação são velocidade de corte velocidade de avanço potência necessária para a furação O momento de torção T a ser aplicado na broca para a furação é função do diâmetro da broca do material da peça e do avanço Esse momento é determinado por T 981 C1 DX1 fY1 N mm Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C1 X1 E Y1 são constantes empíricas relativas ao material da peça encontradas na tabela 16 146 Unidade II Tabela 16 Coeficientes C1 X1 e Y1 para alguns tipos de aço Aço C1 X1 Y1 1085 302 05 205 086 1020 151 04 222 076 1065 243 09 205 083 1055 219 03 201 077 1025 379 06 187 077 52100 468 12 197 077 VM 20 486 12 177 072 VND 262 08 213 078 VS 60 109 08 233 070 Adaptada de Mota sda Sabendo o torque que deve ser aplicado à broca é possível determinar a potência de corte P por P 2 T Vc D Na expressão T é o momento de torção e Vc é a velocidade de corte A força de avanço Ff é calculada por Ff 981 C2 DX2 fY2 N Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C2 X2 e Y2 são constantes empíricas relativas ao material da peça e encontradas na tabela 17 Tabela 17 Coeficientes C2 X2 e Y2 para alguns tipos de aços Aço C2 X2 Y2 1085 161 8 102 079 1020 325 04 132 065 1065 496 08 107 054 1055 220 05 132 054 1025 334 00 121 060 52100 419 08 141 066 VM 20 273 06 13 059 VND 551 14 129 072 VS 60 427 10 135 070 Adaptada de Mota sda 147 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Exemplo de aplicação Seja uma peça de aço ABNT 1020 que será furada em cheio com uma broca de 15 mm Sabese que para essa situação a velocidade de corte recomendada é de 25 mmin ver tabela 11 e que o avanço será de 05 mmvolta Determine para essa situação o torque que deve ser aplicado na broca a força de avanço e a potência de corte Resolução Para a determinação do torque aplicado na broca usamos a seguinte expressão T 981 C1 DX1 fY1 N mm Nessa expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C1 X1 e Y1 são constantes empíricas Sabemos que D mm e f mm volta 15 0 5 Consultando a tabela 16 para o aço ABNT 1020 temos o que se mostra a seguir Aço C1 X1 Y1 1085 302 05 205 086 1020 151 04 222 076 C1 151 X1 222 Y1 076 Com isso encontramos T N mm 9 81 15 1 10 15 0 5 3 222 0 76 T 35710 N mm T 35710 N m A força de avanço é determinada por Ff 981 C2 DX2 fY2 N 148 Unidade II Na expressão D é o diâmetro da broca em mm f é o avanço em mm e C2 X2 E Y2 são constantes empíricas Sabemos que D mm e f mm volta 15 0 5 Consultando a tabela 17 para o aço ABNT 1020 temos o que segue Aço C2 X2 Y2 1085 161 8 102 079 1020 325 04 132 065 C2 325 X2 132 Y2 065 Com isso encontramos Ff 981 325 15132 05065 N Ff 7250 N Para determinar a potência de usinagem devemos lembrar que P T Vc D 2 Na expressão T é momento de torção e Vc é a velocidade de corte Sabendo que T 35710 Nm e Vc m min m s m s 25 25 60 0 42 ficamos com P Nm m s m 2 35 710 0 42 15 10 2000 2 2 10 3 6 P W kW P W 149 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 7 CENTROS DE USINAGEM Embora tenhamos abordado os assuntos referentes à usinagem separando as operações em suas máquinas é muito comum encontrarmos nas fábricas o que chamamos de centros de usinagem Os centros de usinagem são máquinas cuja construção permite uma série de operações como torneamento fresagem e furação Neles são feitas as operações especiais que foram citadas além de brochamento aplainamento mandrilhamento abertura de roscas e retificação Saiba mais Para saber mais sobre a usinagem seus tipos e suas características leia o livro indicado a seguir ALMEIDA P S Processos de usinagem utilização e aplicações das principais máquinas operatrizes São Paulo Érica 2017 A característica principal de um centro de usinagem é a flexibilidade de operações e a possibilidade da execução de várias operações sem que seja necessário mudar a peça de máquina Isso é possível porque os centros de usinagem têm vários eixos de rotação e um magazine de ferramentas que são usadas em cada operação na peça A figura 128 mostra um centro de usinagem com destaque para o painel de controle e para o magazine de ferramentas Magazine de ferramentas Painel de controle Figura 128 Centro de usinagem Adaptada de Anjos sdb p 28 150 Unidade II Saiba mais Para saber mais sobre como funcionam os centros de usinagem assista ao vídeo indicado a seguir CNC centro de usinagem usinagem perfeita 2016 1 vídeo 857 min Publicado pelo canal Mecânica de Usinagem Disponível em httpsbitly3HYBWaH Acesso em 15 fev 2022 Um fato importante é que os centros de usinagem podem ser considerados uma evolução das máquinas computadorizadas Essas máquinas que surgiram em meados da década de 1970 permitem fazer uma série de operações de um mesmo tipo de usinagem Isso significa por exemplo que em uma operação de torneamento os passes de usinagem são feitos sem que exista a interferência do ser humano A figura 129 mostra um torno CNC controle numérico computadorizado muito comum nas indústrias de transformação Figura 129 Torno CNC Fonte Técnico em metalurgia sd p 2 151 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Saiba mais Para saber mais sobre as máquinas CNC leia o que se disponibiliza nas indicações a seguir COMO funcionam as máquinas CNC Mecânica industrial sd Disponível em httpsbitly3HaaxkZ Acesso em 15 fev 2022 O QUE É CNC CCV sd Disponível em httpscuttly0PzVAXL Acesso em 15 fev 2022 Leia o capítulo 2 do livro indicado a seguir FITZPATRICK M Introdução aos processos de usinagem com CNC Porto Alegre AMGH 2013 Assista ao vídeo disponível na indicação a seguir CNC vídeo 1 introdução operações básicas 2020 1 vídeo 1955 min Publicado pelo canal Evandro Leite Disponível em httpsbitly3uT6QNW Acesso em 15 fev 2022 Além dos processos que foram abordados neste livro você pode encontrar uma série de outros processos que muitas vezes foram desenvolvidos para situações específicas Cada tipo de indústria requer algumas operações especiais e para elas são propostos métodos sistemas e equipamentos De qualquer forma dificilmente há a produção de um bem sem que operações de usinagem sejam necessárias A usinagem é uma área de estudo que se adapta às necessidades das indústrias e se renova constantemente Fique atento 8 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MATERIAIS PLÁSTICOS Os materiais plásticos são polímeros que podem ser naturais ou sintéticos Entre os polímeros naturais encontramos a borracha e a celulose 152 Unidade II Entre os polímeros sintéticos os mais comuns são os derivados de petróleo como o PET material com que são feitas as garrafas de refrigerante e o PVC material usado na fabricação de tubos para água e esgoto Basicamente podemos organizar os plásticos em dois grandes grupos termoplásticos termorrígidos ou termofixos Os termoplásticos são materiais que podem ser fundidos após a polimerização e os termofixos materiais que não podem ser fundidos nem solubilizados após a polimerização Observação O primeiro polímero sintético usado na indústria foi desenvolvido em 1907 pelo belga Leo Baekeland polímero que em sua homenagem recebeu o nome baquelite Ele é classificado como termofixo e é usado até hoje na fabricação de cabos e pegadores de panelas revestimentos e carcaças de componentes elétricos entre outros itens A figura 130 mostra uma caçarola feita de alumínio com cabo e pegadores de baquelite Note que a caçarola está revestida de PTFE politetrafluoretileno que é um termoplástico Revestimento de PTFE Baquelite Figura 130 Caçarola de alumínio 153 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Os termoplásticos mais comuns são acrílico PMMA acrilonitrila butadieno estireno ABS poliamida PA ácido polilático PLA policarbonato PC polietileno PE polipropileno PP policloreto de vinila PVC Com relação aos termofixos os mais comuns são baquelite éster de cianato epóxi poliéster poliuretano silicone borracha vulcanizada As principais formas de fabricação de peças de plástico são a termoformagem a moldagem por compressão a moldagem por extrusão a moldagem por sopro a moldagem por injeção a rotomoldagem e o processo de adição impressão 3D A escolha do processo está vinculada ao tipo de material que será usado à complexidade geométrica da peça e à quantidade de peças requerida Na figura 131 podemos ver uma relação de materiais plásticos e as respectivas aplicações 154 Unidade II 1 Polietileno tereftalato PET Produtos frascos e garrafas para uso alimentíciohospitalar cosméticos bandejas para microondas filmes para áudio e vídeo fibras têxteis etc 4 Polietileno de baixa densidade PEBD Polietileno linear de baixa densidade PELBD Produtos sacolas para supermercados e lojas filmes para embalar leite e outros alimentos sacaria industrial filmes para fraldas descartáveis bolsa para soro medicinal sacos de lixo etc 2 Polietileno de alta densidade PEAD Produtos embalagens para detergentes e óleos automotivos sacolas de supermercados garrafeiras tampas tambores para tintas potes utilidades domésticas etc 5 Polipropileno PP Produtos filmes para embalagens e alimentos embalagens industriais cordas tubos para água quente fios e cabos frascos caixas de bebidas autopeças fibras para tapetes e utilidades domésticas potes fraldas e seringas descartáveis etc 3 Policloreto de vinila PVC Produtos embalagens para água mineral óleos comestíveis maioneses e sucos perfis para janelas tubulações de água e esgoto mangueiras embalagens para remédios brinquedos bolsas de sangue material hospitalar etc 6 Poliestireno PS Produtos potes para iogurtes sorvetes e doces frascos bandejas de supermercados geladeiras parte interna da porta pratos tampas aparelhos de barbear descartáveis brinquedos etc 7 Outros ABSSAN EVA PA entre outros Produtos solados autopeças chinelos pneus acessórios esportivos e náuticos plásticos especiais e de engenharia CDs eletrodomésticos corpos de computadores etc Figura 131 Tipos de plástico e suas aplicações 81 Processo de termoformagem O processo de termoformagem consiste no aquecimento de uma chapa termoplástica até a sua temperatura de amolecimento tg na posterior conformação por meios mecânicos na aplicação de pressão de ar comprimido e na aplicação de pressões menores do que a pressão atmosférica vácuo Pode haver o emprego simultâneo de mais de um dos processos citados A termoformagem é muito usada na fabricação de embalagens e de produtos descartáveis A figura 132 mostra uma embalagem obtida pelo processo de termoformagem 155 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Figura 132 Embalagem obtida pelo processo de termoformagem Observação Genericamente o processo de termoformagem também é conhecido como vacuum forming embora nem sempre a pressão aplicada seja menor do que a pressão atmosférica No processo de termoformagem em geral o material usado é uma chapa de termoplástico ABS PS PP ou PE sólido de até 12 mm de espessura conforme a capacidade de aquecimento e o vácuo do equipamento Existem vários processos de termoformagem como os citados a seguir Moldagem a vácuo Moldagem a pressão Moldagem com plug Moldagem com contramolde e vácuo Moldagem com balão Moldagem livre Moldagem combinada A figura 133 mostra a sequência de produção de uma peça por termoformagem no processo de moldagem com plug 156 Unidade II Aquecedor Molde V V V V V V V V 2 1 3 Cavidade do molde Sistema de fixação Folha de plástico Orifícios de vácuo Uma folha de plástico é amaciada por aquecimento O sistema de vácuo empurra a folha para a cavidade do molde O plástico endurece em contato com a superfície fria do molde Uma folha amaciada é colocada sobre uma cavidade do molde côncava A peça é removida e as abas são cortadas Sistema de fixação aberto Peça obtida por moldagem Aba Figura 133 Processo de termoformagem com plug Adaptada de Introdução sd p 77 Saiba mais Para saber mais sobre os processos de termoformagem acesse o material disponível na indicação a seguir RODA D T Termoformagem Tudo sobre Plásticos 27 jul 2014 Disponível em httpscuttlyxPzM5fQ Acesso em 15 fev 2022 Assista aos vídeos disponíveis nas indicações a seguir TERMOFORMADORA vacuum forming VF1000 Altmatex moldagem de caixa térmica 2017 1 vídeo 310 min Publicado pelo canal Altmatex Indústria Disponível em httpsbitly34L8XbO Acesso em 15 fev 2022 THERMOFORMING process 2012 1 vídeo 102 min Publicado pelo canal Mark Oribine Disponível em httpsbitly36lRibi Acesso em 15 fev 2022 VACUUMthermal forming explained 2018 1 vídeo 619 min Publicado pelo canal Alejandro Bona Disponível em httpsbitly34NPeIv Acesso em 15 fev 2022 157 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 82 Moldagem por compressão Na moldagem por compressão é usado um molde composto por duas partes que é montado em uma prensa Nesse tipo de moldagem o material a ser moldado que está na forma de pó floco esfera ou tablete é preaquecido e colocado dentro do molde para ser comprimido entre suas duas partes A sequência de fabricação está representada na figura 134 Parte superior do molde Compressão Parte inferior do molde Peça C B A Figura 134 Processo de moldagem por compressão Observando a figura 134 podemos ver que o processo nela ilustrado é semelhante a um processo de fundição Muitos são os produtos obtidos por esse tipo de moldagem A figura 135 mostra alguns desses produtos Figura 135 Peças obtidas pela moldagem por compressão Adaptada de Oliveira sd p 19 Com relação às máquinas empregadas no processo de moldagem por compressão elas são semelhantes a uma prensa utilizada nos processos de estampagem metálica O acionamento dessas máquinas geralmente é hidráulico A figura 136 mostra uma prensa usada na moldagem por compressão 158 Unidade II Figura 136 Prensa usada na moldagem por compressão Adaptada de Oliveira sd p 20 Algumas características da moldagem por compressão são as explicadas a seguir Em função da sua simplicidade tratase de um processo de baixo custo A moldagem por compressão é muito econômica quando comparada a outras técnicas Como pouco material é perdido durante a moldagem tratase de um processo de baixo desperdício Por exemplo a moldagem por compressão não usa portas canais ou recursos de ferramentas exigidos por outros métodos de produção e que resultam em maior desperdício Além disso a moldagem por compressão é um processo adequado para peças de grandes dimensões e bastante complexas Saiba mais Para saber mais sobre os processos de moldagem por compressão acesse o material disponível na indicação a seguir COSTA H N Noções de moldagem de materiais termofixos por compressão transferência e injeção Moldes injeção plásticos 2017 Disponível em httpsbitly3LEdvkV Acesso em 15 fev 2022 Assista ao vídeo indicado a seguir QUEBRAVENTO e peças técnicas em borracha moldagem por compressão como se faz a moldagem 2019 1 vídeo 132 min Publicado pelo canal Acrévea Borrachas e Silicones Disponível em httpsbitly3LBvitf Acesso em 15 fev 2022 159 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 83 Moldagem por extrusão O processo de moldagem por extrusão consiste na passagem forçada e controlada do material plástico por uma cavidade que dará forma ao produto final Esse processo é semelhante ao processo de extrusão destinado aos materiais metálicos A diferença está no fato de que o material plástico é colocado na máquina na forma de grãos Logo a fusão ocorre dentro da própria máquina e a passagem do material fundido pela cavidade é forçada por meio de uma ou duas roscas sem fim Os grãos são transportados ao longo da rosca sem fim que é aquecida entre 200 e 300 C Na primeira parte da rosca chamada de zona de alimentação o plástico ainda está no estado sólido Na segunda parte o material começa a fundir Na terceira parte chamada de zona de compressão há ganho de pressão e o material se funde totalmente Assim as roscas sem fim têm a função de misturar transportar fundir amolecer homogeneizar plastificar e compactar o material plástico através de um cilindro aquecido até encontrar a matriz onde está localizada a cavidade Observação O cilindro aquecido das máquinas extrusoras é conhecido como canhão Quando o polímero fundido atravessa a matriz é produzido um perfil de seção transversal constante Podemos produzir uma variedade grande de perfis como tubos mangueiras filmes chapas fios e cabos A figura 137 é uma representação esquemática de um processo de extrusão de plásticos Cilindrocanhão Alimentação Roscaparafuso Plastificaçãofusão Matriz Compressãosaída Produto Figura 137 Representação esquemática do processo de extrusão Adaptada de Abiplast sd p 13 A figura 138 mostra uma máquina usada no processo de extrusão Esse tipo de máquina é conhecido como máquina extrusora 160 Unidade II Motor do parafuso Alimentador Canhão Matriz Figura 138 Extrusora para plásticos Adaptada de Oliveira sd p 31 Uma variante da moldagem por extrusão é a moldagem por sopro Nesse processo após a formação de um tubo por extrusão há o fechamento das extremidades do tubo dentro de um molde bipartido onde ocorre a injeção de ar sob pressão sopro dentro do tubo fechado o que dá forma ao produto final Uma representação esquemática desse tipo de processo é encontrada na figura 139 Pino do sopro Molde vazado Ar Sopro de ar dentro do molde Molde fechado Extrusora Garrafa Figura 139 Processo de moldagem por sopro Adaptada de Oliveira sd p 23 Observação Ao tubo formado na extrusão damos o nome de parison Alguns produtos produzidos pelo processo de extrusão estão apresentados na figura 140 161 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Embalagem plástica obtida por sopro Filme tubular obtido por extrusão Tubos obtidos por extrusão Figura 140 Produtos obtidos pelo processo de extrusão Adaptada de Oliveira sd p 22 30 e 31 Saiba mais Para saber mais sobre os processos de moldagem por extrusão leia a lição 11 do livro indicado a seguir MICHAELI W et al Tecnologia dos plásticos São Paulo Blucher 2018 Acesse o material disponível na indicação a seguir EXTRUSÃO de materiais plásticos sdb Disponível em httpsbitly3JB7vYw Acesso em 15 fev 2022 Assista aos vídeos indicados a seguir MOLDAGEM de plástico por sopro projetos e produção 2013 1 vídeo 355 min Publicado pelo canal Plásticos Bom Pastor Disponível em httpsbitly3H2TSje Acesso em 15 fev 2022 PLÁSTICO Transforma extrusão 2018 1 vídeo 244 min Publicado pelo canal Plástico Transforma Disponível em httpsbitly3sL2zta Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de extrusão 2017 1 vídeo 138 min Publicado pelo canal ortizlog Disponível em httpsbitly3HVvzF1 Acesso em 15 fev 2022 162 Unidade II 84 Moldagem por injeção Sob certos aspectos o processo de moldagem por injeção assemelhase ao processo de extrusão No entanto na moldagem por injeção a pressão no canhão é maior do que a pressão existente no processo de extrusão Além disso na extremidade do canhão há um molde que será preenchido pelo plástico fundido Outra observação que pode ser feita a respeito desse processo é que ele também é muito parecido com o processo de fundição sob pressão No processo de injeção a máquina é alimentada com material plástico granulado pelo funil Os grãos de material plástico vão para o canhão onde são aquecidos e comprimidos pelo fuso até que ocorra a fusão e o material fundido passe pelo bico de injeção que alimentará o molde Terminado o preenchimento da cavidade do molde ele se afasta do bico de injeção e permanece fechado até que a peça formada na cavidade adquira a rigidez necessária para que ela seja retirada do molde sem sofrer algum dano A figura 141 mostra uma representação do sistema de injeção e a figura 142 mostra uma máquina de injeção usada nas indústrias Colunaguia Resistências Molde Canhão Bico Funil Rosca Figura 141 Sistema de injeção Adaptada de httpscuttly8PnlzdD Acesso em 15 fev 2022 163 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Canhão Funil Molde Figura 142 Máquina de injeção de plásticos Adaptada de Oliveira sd p 38 Observação O processo de sopro apresentado no item 83 referese ao processo de sopro com núcleo contínuo Nele é usada uma extrusora convencional para produzir a préforma ou um tubo chamado de parison Existe também o processo de sopro com núcleo injetado Nele é utilizada uma préforma injetada que é transferida para a estação de sopro As garrafas de refrigerantes conhecidas como garrafas PET são produzidas pelo processo de sopro com núcleo injetado Saiba mais Para saber mais sobre o processo de sopro com núcleo injetado assista ao vídeo indicado a seguir BLOW molding 2013 1 vídeo 1 min Publicado pelo canal PolytekMX Disponível em httpsbitly3v0IMbU Acesso em 15 fev 2022 Vários são os tamanhos de peças que podem ser obtidos pelo processo de injeção Esses tamanhos estão associados ao porte e à capacidade das máquinas 164 Unidade II Os tamanhos das peças produzidas pelo método da injeção são tais que a massa pode variar de 5 g a 85 kg Na figura 143 são apresentadas algumas peças obtidas pelo processo de injeção Caixa de passagem Cotovelo de tubulação Utensílios domésticos Telefone Figura 143 Peças injetadas Adaptada de Oliveira sd p 37 As principais características do processo de injeção são possibilidade de automatização do processo elevada produtividade baixo desperdício de material boa estabilidade dimensional das peças produzidas Saiba mais Para saber mais sobre as máquinas de injeção e sua operação acesse os materiais disponíveis nas indicações a seguir RODA D T A injetora de plásticos Tudo sobre Plásticos 9 jan 2011 Disponível em httpscuttlyHPzMCdx Acesso em 15 fev 2022 LOPES J Como funciona uma máquina injetora de plástico Automata 9 nov 2016 Disponível em httpscuttlydPzrJbE Acesso em 15 fev 2022 OLIVEIRA E Processamento de polímeros sd Disponível em httpscuttly4PzLzPl Acesso em 15 fev 2022 165 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Assista aos vídeos indicados a seguir COMO funciona uma injetora de plásticos 2019 1 vídeo 647 min Publicado pelo canal Router Projetos Disponível em httpsbitly3uSTeSH Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO de moldagem por injeção 2017 1 vídeo 110 min Publicado pelo canal Luana Stéphanie Oliveira Disponível em httpsbitly3HQQOI1 Acesso em 15 fev 2022 PROCESSO moldagem por injeção 2019 1 vídeo 833 min Publicado pelo canal PackTalk Disponível em httpsbitly3LBvtEV Acesso em 15 fev 2022 85 Processos de adição impressão 3D Os processos de adição tiveram início no fim da década de 1980 e consistem na adição de camadas de material até que a peça final seja formada As máquinas responsáveis por esse processo são popularmente conhecidas como impressoras 3D Embora esse tipo de manufatura tenha começado com a realização da deposição de camadas de material plástico hoje são encontradas máquinas que usam tal processo com diversos materiais As características principais desse tipo de processo são as apresentadas a seguir Transição veloz do projeto digital para um modelo físico o que permite que seja feita a prototipagem rápida Baixo custo de obtenção do modelo físico em comparação aos custos de outros tipos de processo Possibilidade de fabricação de peças únicas sem a necessidade de produção de ferramental para isso Possibilidade de fabricação de peças com geometria muito mais complexa do que a oferecida pelas demais formas de fabricação Possibilidade de elaboração de produtos individuais Uso de menos material do que o requerido por outros métodos logo geramse menos resíduos de produção e consomese menos energia elétrica do que se observa nos processos convencionais A figura 144 mostra uma peça obtida pelo processo de adição 166 Unidade II Figura 144 Peça produzida pelo processo de adição Os componentes básicos de uma impressora 3D que usa filamentos plásticos são os mostrados na figura 145 Filamento de plástico ABS Motor e engrenagens da extrusora Motor eixo Z Motor eixo Y Motor eixo X Bico quente Mesa quente Figura 145 Componentes básicos de uma impressora 3D Fonte Lisboa 2017 p 11 167 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Na maioria das impressoras 3D que usam filamentos plásticos os materiais mais comumente utilizados são ABS PLA nylon TPU poliuretano termoplástico e poliacetal Esses filamentos são enviados por um sistema de alimentação para uma bobina de aquecimento de modo que possam ser fundidos e ficar adequados à deposição na bandeja Nas impressoras 3D a velocidade de alimentação do filamento é constante e a formação da peça se dá pela movimentação da mesa em três direções ortogonais Com relação ao tamanho as mais comuns têm volume possível de impressão de 200 200 200 mm3 No entanto há impressoras especiais cujo volume de impressão pode chegar a 1 m3 O que importa é que a impressão 3D é uma forma de obtenção de peças que permite fabricar produtos de maneira rápida e sem a necessidade de moldes e ferramentas Saiba mais Para saber mais sobre as impressoras 3D leia o livro indicado a seguir VOLPATO N org Manufatura aditiva tecnologias e aplicações da impressão 3D São Paulo Blucher 2018 Assista aos vídeos presentes na notícia indicada a seguir COMO funciona uma impressora 3D Fanpeople 14 nov 2018 Disponível em httpsbitly3GWCZGN Acesso em 15 fev 2022 168 Unidade II Resumo Nesta unidade estudamos os processos de usinagem e os processos de transformação usados em materiais poliméricos Com relação aos processos de usinagem definimos os principais métodos empregados na indústria e aprofundamos o estudo dos processos de torneamento fresamento e furação Em cada um desses processos procuramos observar as características da usinagem e as características das máquinas usadas e fizemos uma introdução à determinação dos esforços existentes Devemos salientar que as definições de cada processo são as convencionais encontradas na maioria das publicações da área Isso é importante de ressaltar pois com o desenvolvimento dos centros de usinagem muitas operações que ocorrem nessas máquinas não podem ser estritamente classificadas da maneira como expusemos nesta unidade Precisamos lembrar entretanto que no final do capítulo destinado à usinagem foi feita uma introdução aos equipamentos conhecidos como centros de usinagem Essas máquinas embora tenham suas operações automatizadas e controladas por computador usam muitas vezes ferramentas semelhantes às utilizadas nos processos convencionais Isso permite que encaremos tais operações como combinações das operações básicas estudadas na unidade Além do capítulo destinado à usinagem foi desenvolvido um capítulo relativo às transformações dos materiais plásticos Isso se justifica pelo seguinte cerca de 65 do consumo anual de matérias no mundo é de materiais plásticos Além disso existe previsão de crescimento até o ano 2050 Fizemos uma introdução aos processos de termoformagem compactação extrusão e injeção de plásticos Analisamos como cada processo é realizado quais os tipos de máquina utilizados e quais os tipos de peça obtidos No final da unidade abordamos os processos de adição que em geral usam materiais plásticos 169 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Exercícios Questão 1 Observe na figura a seguir uma definição para o vocábulo usinar Figura Disponível em httpsbitly3vcVmoq Acesso em 15 fev 2022 Com base nos seus conhecimentos sobre a operação de usinagem usinar avalie as afirmativas a seguir e a relação entre elas I A força que atua entre a ferramenta e a peça em um processo de usinagem conhecida como força de usinagem não é um elemento a ser considerado no projeto de uma máquinaferramenta porque II O conhecimento da força de usinagem e dos seus componentes não é requisito para a definição das condições de corte durante um processo de usinagem nem para a avaliação da viabilidade de uso de uma máquinaferramenta 170 Unidade II A respeito dessas afirmativas assinale a opção correta A As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I B As afirmativas I e II são proposições verdadeiras e a II não justifica a I C A afirmativa I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa D A afirmativa I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira E As afirmativas I e II são proposições falsas Resposta correta alternativa E Análise da questão A afirmativa I é uma proposição falsa pois o projeto de uma máquinaferramenta a ser utilizada em dada operação de usinagem é feito com base no conhecimento da força de usinagem força que age entre a ferramenta e a peça A afirmativa II é uma proposição falsa pois o estabelecimento das condições de corte durante uma operação de usinagem e a avaliação da viabilidade de uso de uma máquinaferramenta estão relacionados com o conhecimento da força de usinagem Questão 2 Enade 2017 adaptada Considere uma situação em que um eixo necessite de uma operação de desbaste seguida por um processo de acabamento para atingir um nível de baixa rugosidade superficial do produto Considere ainda que os parâmetros de corte sejam essenciais para a qualidade final do produto e a viabilidade econômica do processo Com base no exposto e nos seus conhecimentos avalie as afirmativas I As operações de usinagem podem ser de modo amplo classificadas em operações de desbaste e em operações de acabamento II No desbaste a velocidade de avanço da ferramenta deve ser alta a velocidade de rotação do eixo deve ser baixa e a profundidade de corte deve ser baixa III No acabamento a velocidade de avanço da ferramenta deve ser baixa a velocidade de rotação do eixo deve ser alta e a profundidade de corte deve ser alta 171 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ENGENHARIA DE PRODUÇÃO É correto o que se afirma em A I apenas B I e II apenas C I e III apenas D II e III apenas E I II e III Resposta correta alternativa A Análise da questão De modo geral as superfícies das peças apresentam saliências e reentrâncias irregulares na forma e no tamanho Tal conjunto de imperfeições é chamado de rugosidade Logo a rugosidade pode ser vista como uma série de irregularidades superficiais de uma peça geradas pelo processo de fabricação marcas oriundas do uso da ferramenta empregada no processo de fabricação Alguns dos fatores que interferem na rugosidade de peças usinadas são o avanço a vibração e a geometria da ferramenta de corte as deformações do material processado As operações de usinagem em geral são classificadas em dois tipos operações de desbaste operações de acabamento Nas operações de desbaste há elevada retirada de material em curto espaço de tempo Nelas a velocidade de avanço da ferramenta deve ser alta a velocidade de rotação do eixo deve ser baixa e a profundidade de corte deve ser alta Nas operações de acabamento há reduzida retirada de material em intervalo de tempo relativamente maior do que o intervalo de tempo da operação de desbaste Nelas a velocidade de avanço da ferramenta deve ser baixa a velocidade de rotação do eixo deve ser alta e a profundidade de corte deve ser baixa 172 REFERÊNCIAS Audiovisuais 20 ROLL high mill Skoda 2009 1 vídeo 123 min Publicado pelo canal maquitos1 Disponível em httpsbitly3HVUwQt Acesso em 15 fev 2022 AMAZING cast aluminum process using sand mold fast melting metal casting technology working 2018 1 vídeo 1232 min Publicado pelo canal Wet Point Disponível em httpsbitly3LCTgnL Acesso em 15 fev 2022 BLOW molding 2013 1 vídeo 1 min Publicado pelo canal PolytekMX Disponível em httpsbitly3v0IMbU Acesso em 15 fev 2022 CALANDRAGEM de 200 mm de espessura da chapa 2016 1 vídeo 432 min Publicado pelo canal DNC Técnica Disponível em httpscuttlyXPnPmsD Acesso em 15 fev 2022 CNC centro de usinagem usinagem perfeita 2016 1 vídeo 857 min Publicado pelo canal Mecânica de Usinagem Disponível em httpsbitly3HYBWaH Acesso em 15 fev 2022 CNC vídeo 1 introdução operações básicas 2020 1 vídeo 1955 min Publicado pelo canal Evandro 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