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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 1 RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT 2012 A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas com poucas possibilidades de erros Assim têmse como benefícios da normalização a melhoria na comunicação entre fabricante e cliente a redução no tempo de projeto no custo da produção e do produto final a melhoria da qualidade do produto a utilização adequada dos recursos equipamentos materiais e mão de obra a uniformização da produção a facilitação do treinamento da mão de obra melhorando seu nível técnico a possibilidade de registro do conhecimento tecnológico melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia redução do consumo de materiais e do desperdício padronização de equipamentos e componentes redução da variedade de produtos fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos aumento de produtividade melhoria da qualidade controle de processos Há várias instituições nacionais e internacionais que definem e produzem normas sobre diversos assuntos Como exemplo temse a organização européia ISO International Organization for Standardization a americana ANSI American National Standards Institute e a brasileira ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas A ABNT é responsável pela normalização técnica no país fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro e é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais ISO IEC International Eletrotechnical Comission e das entidades de normalização regional COPANT Comissão Panamericana de Normas Técnicas e a AMN Associação Mercosul de Normalização O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho tais como formatos de papel representação de UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 2 desenho linhas e suas espessuras escala caligrafia técnica cotas legendas dobramento de folhas dentre outros Para cada um destes temas há uma NBR específica que fixa as regras referentes à cada assunto NBR 81961999 Desenho Técnico Emprego de Escalas Esta Norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos A designação completa de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou a abreviatura ESC seguida da indicação da relação a ESCALA 11 para escala natural dimensão do objeto representado é igual a dimensão real 11 b ESCALA X1 para escala de ampliação X 1 quando a dimensão do objeto no desenho é maior que sua dimensão real X1 Ex 21 51 101 c ESCALA 1X para escala de redução X 1 quando a dimensão do objeto representado no papel é menor que sua dimensão real Ex 12 15 110 A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho além da escala geral estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem na legenda deve constar a escala geral A escolha da escala é feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser representado Devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho NBR 100681987 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos Além de apresentar o layout da folha do desenho técnico O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 e de lados medindo 841 mm x 1189 mm isto é guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal xy 1212 A partir deste formato denominado A0 derivamse os demais formatos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 3 A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação clareza do desenho devendose escolher formatos menores sempre que possível As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro O quadro limita o espaço para o desenho A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento por isso tem dimensão maior que as margens restantes Tabela 1 Formatos da série A Formatos Dimensões mm Margem mm Largura linha do quadro mm Comprimento da legenda mm Esquerda Outras A0 841 x 1189 25 10 14 175 A1 594 x 841 25 10 10 175 A2 420 x 594 25 7 07 178 A3 297 x 420 25 7 05 178 A4 210 x 297 25 7 05 178 A legenda é representada dentro da margem no canto inferior direito da folha A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho A legenda contém informações sobre o desenho título escala unidade dimensional utilizada data de realização do desenho número de registro etc nome da empresa proprietária nome do desenhista ou projetista número da folha e total de folhas A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4 A3 e A2 e 175 mm nos formatos A1 e A0 Nas folhas de formatos de série A devem ser executadas quatro marcas de centros Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria horizontal e vertical à folha NBR 84021994 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são a legibilidade b uniformidade c reprodução de desenhos sem perda da qualidade As dimensões dos caracteres largura espaçamento entre caracteres linhas e palavras espessura da linha são definidas com base na altura da letra maiúscula A razão entre estas alturas é 212 mesma razão usada nos formatos de papel da serie A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 4 Deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas E os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem aproximadamente em ângulo reto A norma NBR 8402 apresenta ainda uma tabela com as proporções e dimensões dos caracteres Figura 1 Características da forma de escrita Tabela 2 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Características Relação Dimensões mm Altura das Letras Maiúsculas h 1010h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das Letras Minúsculas c 710h 25 35 5 7 10 14 Distância Mínima entre Caracteres a 210h 05 07 1 14 2 28 4 Distância Mínima entre Linhas de Base b 1410h 35 5 7 10 14 20 28 Distância Mínima entre Palavras e 610h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da Linha d 110h 025 035 05 07 1 14 2 NBR 84031984 Aplicação de Linhas em Desenho Tipos de Linhas e Larguras das linhas Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes As espessuras das linhas correspondem ao mesmo escalonamento 212 que os formatos de papel Desta forma ao se reduzir ou ampliar um desenho são mantidas as larguras originais das linhas As espessuras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão e escala do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200 mm As espessuras devem ser mantidas para todos os desenhos na mesma escala UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 5 A NBR 8403 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras que devem ser utilizadas de modo a facilitar a interpretação e compreensão dos desenhos São elas Tabela 3 Tipos de Linhas em Desenho Linha Denominação Aplicação Geral A Contínua larga A1 contornos visíveis A2 arestas visíveis B Contínua estreita B1 linhas de interseção imaginárias B2 linhas de cotas B3 linhas auxiliares B4 linhas de chamadas B5 hachuras B6 contorno de seções rebatidas na própria vista B7 linhas de centros curtas C D Contínua estreita à mão livre Contínua estreita em ziguezague C1 limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traços e ponto D1 Esta linha destinase a desenhos confeccionados por máquinas E F Tracejada larga Tracejada estreita E1 contornos não visíveis E2 arestas não visíveis F1 contornos não visíveis F2 arestas não visíveis G Traço e ponto estreita G1 linhas de centro G2 linhas de simetrias G3 trajetórias H Traço e ponto estreita larga nas extremidades e na mudança de direção H1 planos de cortes J Traço e ponto larga J1 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K Traço dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes K2 posição limite de peças móveis K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação K5 detalhes situados antes do plano de corte se existirem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 6 NBR 101261987 Cotagem em Desenho Técnico Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento através de linhas símbolos nota e valor numérico numa unidade de medida Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente clara e completamente deve ser representada diretamente no desenho A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade por exemplo milímetro para todas as cotas sem o emprego da unidade Se for necessário para evitar mal entendimento o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda Quando outras unidades forem empregadas como parte na especificação do desenho o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota Os elementos de cotagem são a linha auxiliar a linha de cota limite da cota e cota As linhas auxiliares e de cotas são desenhadas como linhas estreitas contínuas A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e linha auxiliar As linhas auxiliares e de cota sempre que possível não devem cruzar com outras linhas A linha de cota não deve ser interrompida mesmo que o elemento o seja O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados porém se isso ocorrer as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento A linha de centro e a linha de contorno não devem ser usadas como linha de cota porém podem ser usadas como linha auxiliar A linha de centro quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto Figura 2 Elementos de cotagem UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 7 A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho e é feita por meio de setas cheias desenho mecânico desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15 e colocadas entre as linhas de chamada apontando para fora traços oblíquos ou pontos desenho arquitetônico desenhado com uma linha curta e inclinado a 45 Figura 3 Indicações dos limites de linha de cota Quando houver espaço disponível as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota desenhado com esta finalidade Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio Pode ser dentro ou fora do contorno ou linha auxiliar dependendo do elemento apresentado Figura 4 Cotas entre os limites de cota Figura 5 Cotas no prolongamento da linha de cota As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade tanto no original como nas reproduções efetuadas nos microfilmes NBR 84021994 As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho sendo a primeira mais recomendada 1 as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base eou lado direito do desenho Na cotagem angular o número deve ser centralizado sobre a linha de cota ou ser escrito na horizontal UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 8 Figura 6 Exemplos de cotas alinhadas às linhas de cota 2 as cotas devem ser lidas da base da folha de papel As linhas de cotas devem ser interrompidas preferivelmente no meio para inscrição da cota Na cotagem angular o número é colocado no centro da linha de cota sendo esta interrompida Figura 7 Exemplos de cotas lidas da base da folha A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias situações Portanto por exemplo as cotas podem estar a no centro submetido da linha de cota quando a peça é desenhada em meia peça Figura 8 Cota no centro submetido da linha de cota UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 9 b sobre o prolongamento da linha de cota quando o espaço for limitado Figura 9 Cota no prolongamento da linha de cota c sobre o prolongamento horizontal da linha de cota quando o espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal Figura 10 Cota no prolongamento da horizontal da linha de cota Os seguintes símbolos são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada Os símbolos devem preceder à cota Ø Diâmetro Ø ESF Diâmetro esférico R Raio R ESF Raio esférico e Quadrado Figura 11 Exemplos de cotas utilizando símbolos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 10 As cotas podem ser dispostas em um desenho de várias formas 1 cotagem em cadeia Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes Figura 12 Cotas em cadeia 2 cotagem por elemento de referência é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota Figura 13 Cotas em paralelo cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de nterpretação A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade da linha auxiliar Figura 14 Cotas aditivas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 11 3 cotagem por coordenadas 4 cotagem combinada cotagem simples cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser combinadas no desenho 5 cotagem de cordas arcos ângulos e raios quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco quando o tamanho do raio for definido por outras cotas ele deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota 6 cotagem de elementos eqüidistantes onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada se houver alguma possibilidade de confusão entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos um espaço deve ser cotado espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados de forma similar aos espaçamentos lineares espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente dando o número de elementos e seu diâmetro 7 cotagem de elementos repetidos se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim evitar de repetir a mesma cota eles podem ser cotados uma única vez Figura 15 Cotas de elementos repetidos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 12 8 cotagem de chanfros e escareados devem ser cotados a profundidade e ângulo dos chanfros Nos chanfros de 45 a cotagem pode ser simplificada em uma única cota representado a profundidade e o ângulo Figura 16 Cotas de chanfros 9 outras indicações normalmente não se cota em conjunto porém quando for cotado o grupo de cotas específico para cada objeto deve permanecer tanto quanto possível separados NBR 105821988 Apresentação da folha para desenho técnico Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho espaço para texto e espaço para legenda e respectivos conteúdos nas falhas de desenhos técnicos A folha para o desenho deve conter a espaço para desenho b espaço para texto e c espaço para legenda Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical O desenho principal se houver é colocado acima e à esquerda no espaço para desenho Os desenhos são executados se possível levando em consideração o dobramento das cópias do padrão de desenho conforme formato A4 Figura 17 Espaços da folha de desenho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 13 Espaço para o texto Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas conforme NBR 84021994 O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão de desenho Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior a altura varia conforme a natureza do serviço A largura de espaço para texto é igual a largura da legenda ou no mínimo 100 mm O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas levando em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho conforme formato A4 O espaço para texto deve conter as seguintes informações a explanação informações necessárias a leitura de desenho tais como símbolos especiais designação abreviaturas e tipos de dimensões b instrução informações necessárias a execução do desenho Quando são feitos vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto tais como lista de material estado de superfície local de montagem e número de peças c referência informações referentes a outros desenhos eou outros documentos d tábua de revisão usada para registrar a correção alteração eou acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez A tábua de revisão tem dimensões 100 mm com linhas de até 5 mm de altura e contém as seguintes informações designação da revisão nº ou letra que determina a seqüência da revisão referência da malha NBR 10068 informação do assunto da revisão assinatura do responsável pela revisão e data da revisão Legenda A legenda é usada para informação indicação e identificação do desenho e deve ser traçada conforme a NBR 100681987 As informações contidas na legenda são as seguintes a designação da firma b projetista desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho c local data e assinatura d nome e localização do projeto e conteúdo do desenho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 14 f escala conforme NBR 81961999 g número do desenho e da revisão colocado no canto direito do padrão de desenho h designação da revisão i indicação do método de projeção conforme NBR 100671995 j unidade utilizada no desenho conforme a NBR 101261987 NBR 131421999 Dobramento de cópia Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho técnico O formato final do dobramento de cópias de desenhos nos formatos A0 A1 A2 e A3 deve ser o formato A4 As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 100681987 As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda NBR 105821998 O dobramento deve ser feito a partir do lado direito em dobras verticais mantendo a dimensão da legenda como base para a dobra Quando as cópias de desenho formato A0 A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento deve ser dobrado para trás o canto superior esquerdo Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 15 Figura 18 Dobramento Formato A0 Figura 19 Dobramento Formato A1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 16 Figura 20 Dobramento Formato A2 Figura 21 Dobramento Formato A3 NBR 64921994 Representação de projetos de arquitetura Esta norma fixa as condições exigíveis para a representação de projetos de arquitetura Em relação ao TIPO DE PAPEL a escolha deve ser feita levando em consideração o objetivo o tipo de projeto e a reprodução de desenho A norma recomenda utilizar papel transparente como por exemplo papel vegetal ou sulfurizê ou papel opaco como por exemplo o papel sulfite Em relação ao FORMATO DO PAPEL devese respeitar a NBR 100681987 Tabela 1 A área útil de desenho é delimitada por uma margem de 10 mm a partir das bordas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 17 inferior superior e direita do papel e de 25 mm a partir da borda esquerda Notase que para o formato A4 as margens inferior superior e esquerda deve ser de 7 mm No canto inferior esquerdo junto à margem deve ser deixada uma área para o carimbo ou legenda conforme descrito na NBR 100681987 As regras de dobramento das cópias de desenho são fixadas pela NBR 131421999 sendo que o formato final deve ser o A4 de modo que a legenda fique visível As ESCALAS NBR 81961999 utilizadas em desenho de arquitetura geralmente são as escalas de redução 1X com X 1 isto é o objeto é representado em dimensão menor que a dimensão real Em algumas situações como na representação de detalhes podese utilizar a escala real 11 ou escala de ampliação X1 com X 1 A escolha da escala deve ter em vista o tamanho do objeto a ser representado as dimensões do papel e a clareza do desenho As escalas mais utilizadas em desenho de arquitetura são 150 175 1100 1200 1250 e 1500 podendo também ser utilizadas as escalas 15 110 120 e 125 As regras de ESCRITA TÉCNICA são fixadas pela NBR 84021994 porém a NBR 64921994 apresenta no anexo os tipos de letras e números para o desenho de arquitetura A escrita deve ser sempre com letras em caixa alta maiúsculas e não inclinadas Os números também devem ser grafados sem inclinação Dimensão entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm As alturas das letras e números devem ser definidas em função da escala do desenho sendo adotadas as alturas de 2 mm régua 80 CL pena 02 mm 25 mm régua 100 CL pena 03 mm 35 mm régua 140 CL pena 04 mm 45 mm régua 175 CL pena 08 mm Em relação aos TIPOS DE LINHAS a norma NBR 84031984 dispões sobre a aplicação de linhas sendo que na NBR 64921994 estão apresentados às aplicações e os tipos de linhas mais utilizados em desenho de arquitetura As espessuras das linhas variam em função da escala usualmente adotase LINHAS CONTÍNUAS GROSSAS 06 ou 07 mm linhas de contorno UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 18 LINHAS CONTÍNUAS MÉDIAS 04 ou 05 mm linhas internas linhas de indicação e chamada LINHAS CONTÍNUAS FINAS 02 ou 03 mm linhas internas linhas de cota linhas auxiliares LINHAS TRACEJADAS 04 ou 05 mm linhas situadas além do plano do desenho LINHAS TRAÇO E PONTO 02 ou 03 mm linhas de eixo ou coordenadas REPRESENTAÇÃO NORTE Figura 22 Exemplo de representação do Norte INDICAÇÃO DOS ACESSOS Figura 23 Exemplo de indicação dos acessos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 19 INDICAÇÃO SENTIDO ESCADAS E RAMPAS Figura 24 Exemplo de indicação de sentido de escadas e rampas INDICAÇÃO INCLINAÇÃO DE TELHADOS E PISOS Figura 25 Exemplo de indicação de inclinação de telhados e pisos COTAS linhas de cota devem estar sempre fora do desenho salvo em casos de impossibilidades Figura 26 Exemplo de cotagem UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 20 linhas de chamada devem parar 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado os números devem ter 3 mm de altura e espaço entre número de linha de cota deve ser de no mínimo 15 mm quando não for possível escrever o valor da cota dentro das linhas de chamada colocase a cota logo ao lado nos cortes são indicadas somente cotas verticais evitar a duplicação de cotas a indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho e é feita por meio de pontos ou traços oblíquos desenhados com uma linha curta e inclinados a 45 As cotas de nível são sempre em metro sendo representadas em planta e em corte da seguinte maneira Figura 27 Exemplo de cotas de nível em corte e em planta INDICAÇÃO E MARCAÇÃO DE CORTES A marcação do corte deve ser feita de forma clara e com traçado forte para evitar dúvidas sobre sua localização A linha de corte termina com traço do tipo traço e ponto grosso e com a indicação do corte UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 21 Figura 28 Exemplo de indicação de corte INDICAÇÃO DE FACHADAS E ELEVAÇÕES Figura 29 Exemplo de indicação de elevação DESIGNAÇÃO DE PORTAS E ESQUADRIAS Utilizar para portas P01 P02 etc e para janelas J01 J02 etc Figura 30 Exemplos de indicação de esquadrias REPRESENTAÇÃO DOS MATERIAIS MAIS USADOS Figura 31 Representação de concreto em vista e em corte UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 22 Figura 32 Representação de mármoregranito em vista e em corte Figura 33 Representação de madeira em vista e em corte Figura 34 Representação de aço em corte Figura 35 Representação de isolamento térmico UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 23 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8196 Desenho Técnico emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 13142 Desenho Técnico dobramento de cópias Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 6492 Representação de Projetos de Arquitetura Rio de Janeiro ABNT 1994 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8402 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico Rio de Janeiro ABNT 1994 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico Rio de Janeiro ABNT 1988 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões Rio de Janeiro ABNT 1987 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10126 Cotagem em Desenho Técnico Rio de Janeiro ABNT 1987 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho Tipos de Linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro ABNT 1984
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 1 RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT 2012 A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico permitindo reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas com poucas possibilidades de erros Assim têmse como benefícios da normalização a melhoria na comunicação entre fabricante e cliente a redução no tempo de projeto no custo da produção e do produto final a melhoria da qualidade do produto a utilização adequada dos recursos equipamentos materiais e mão de obra a uniformização da produção a facilitação do treinamento da mão de obra melhorando seu nível técnico a possibilidade de registro do conhecimento tecnológico melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia redução do consumo de materiais e do desperdício padronização de equipamentos e componentes redução da variedade de produtos fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos aumento de produtividade melhoria da qualidade controle de processos Há várias instituições nacionais e internacionais que definem e produzem normas sobre diversos assuntos Como exemplo temse a organização européia ISO International Organization for Standardization a americana ANSI American National Standards Institute e a brasileira ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas A ABNT é responsável pela normalização técnica no país fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro e é a representante oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais ISO IEC International Eletrotechnical Comission e das entidades de normalização regional COPANT Comissão Panamericana de Normas Técnicas e a AMN Associação Mercosul de Normalização O conjunto de normas brasileiras que regem o desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho tais como formatos de papel representação de UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 2 desenho linhas e suas espessuras escala caligrafia técnica cotas legendas dobramento de folhas dentre outros Para cada um destes temas há uma NBR específica que fixa as regras referentes à cada assunto NBR 81961999 Desenho Técnico Emprego de Escalas Esta Norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos A designação completa de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou a abreviatura ESC seguida da indicação da relação a ESCALA 11 para escala natural dimensão do objeto representado é igual a dimensão real 11 b ESCALA X1 para escala de ampliação X 1 quando a dimensão do objeto no desenho é maior que sua dimensão real X1 Ex 21 51 101 c ESCALA 1X para escala de redução X 1 quando a dimensão do objeto representado no papel é menor que sua dimensão real Ex 12 15 110 A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho além da escala geral estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se referem na legenda deve constar a escala geral A escolha da escala é feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser representado Devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de desenho NBR 100681987 Folha de Desenho Leiaute e Dimensões Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos Além de apresentar o layout da folha do desenho técnico O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 e de lados medindo 841 mm x 1189 mm isto é guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal xy 1212 A partir deste formato denominado A0 derivamse os demais formatos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 3 A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a representação clareza do desenho devendose escolher formatos menores sempre que possível As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro O quadro limita o espaço para o desenho A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento por isso tem dimensão maior que as margens restantes Tabela 1 Formatos da série A Formatos Dimensões mm Margem mm Largura linha do quadro mm Comprimento da legenda mm Esquerda Outras A0 841 x 1189 25 10 14 175 A1 594 x 841 25 10 10 175 A2 420 x 594 25 7 07 178 A3 297 x 420 25 7 05 178 A4 210 x 297 25 7 05 178 A legenda é representada dentro da margem no canto inferior direito da folha A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho A legenda contém informações sobre o desenho título escala unidade dimensional utilizada data de realização do desenho número de registro etc nome da empresa proprietária nome do desenhista ou projetista número da folha e total de folhas A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4 A3 e A2 e 175 mm nos formatos A1 e A0 Nas folhas de formatos de série A devem ser executadas quatro marcas de centros Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria horizontal e vertical à folha NBR 84021994 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e documentos semelhantes As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são a legibilidade b uniformidade c reprodução de desenhos sem perda da qualidade As dimensões dos caracteres largura espaçamento entre caracteres linhas e palavras espessura da linha são definidas com base na altura da letra maiúscula A razão entre estas alturas é 212 mesma razão usada nos formatos de papel da serie A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 4 Deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e minúsculas E os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se toquem aproximadamente em ângulo reto A norma NBR 8402 apresenta ainda uma tabela com as proporções e dimensões dos caracteres Figura 1 Características da forma de escrita Tabela 2 Proporções e dimensões de símbolos gráficos Características Relação Dimensões mm Altura das Letras Maiúsculas h 1010h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das Letras Minúsculas c 710h 25 35 5 7 10 14 Distância Mínima entre Caracteres a 210h 05 07 1 14 2 28 4 Distância Mínima entre Linhas de Base b 1410h 35 5 7 10 14 20 28 Distância Mínima entre Palavras e 610h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da Linha d 110h 025 035 05 07 1 14 2 NBR 84031984 Aplicação de Linhas em Desenho Tipos de Linhas e Larguras das linhas Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes As espessuras das linhas correspondem ao mesmo escalonamento 212 que os formatos de papel Desta forma ao se reduzir ou ampliar um desenho são mantidas as larguras originais das linhas As espessuras das linhas devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão e escala do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200 mm As espessuras devem ser mantidas para todos os desenhos na mesma escala UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 5 A NBR 8403 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras que devem ser utilizadas de modo a facilitar a interpretação e compreensão dos desenhos São elas Tabela 3 Tipos de Linhas em Desenho Linha Denominação Aplicação Geral A Contínua larga A1 contornos visíveis A2 arestas visíveis B Contínua estreita B1 linhas de interseção imaginárias B2 linhas de cotas B3 linhas auxiliares B4 linhas de chamadas B5 hachuras B6 contorno de seções rebatidas na própria vista B7 linhas de centros curtas C D Contínua estreita à mão livre Contínua estreita em ziguezague C1 limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se o limite não coincidir com linhas traços e ponto D1 Esta linha destinase a desenhos confeccionados por máquinas E F Tracejada larga Tracejada estreita E1 contornos não visíveis E2 arestas não visíveis F1 contornos não visíveis F2 arestas não visíveis G Traço e ponto estreita G1 linhas de centro G2 linhas de simetrias G3 trajetórias H Traço e ponto estreita larga nas extremidades e na mudança de direção H1 planos de cortes J Traço e ponto larga J1 indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K Traço dois pontos estreita K1 contornos de peças adjacentes K2 posição limite de peças móveis K3 linhas de centro de gravidade K4 cantos antes da conformação K5 detalhes situados antes do plano de corte se existirem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 6 NBR 101261987 Cotagem em Desenho Técnico Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento através de linhas símbolos nota e valor numérico numa unidade de medida Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente clara e completamente deve ser representada diretamente no desenho A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade por exemplo milímetro para todas as cotas sem o emprego da unidade Se for necessário para evitar mal entendimento o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho deve ser incluído na legenda Quando outras unidades forem empregadas como parte na especificação do desenho o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota Os elementos de cotagem são a linha auxiliar a linha de cota limite da cota e cota As linhas auxiliares e de cotas são desenhadas como linhas estreitas contínuas A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e linha auxiliar As linhas auxiliares e de cota sempre que possível não devem cruzar com outras linhas A linha de cota não deve ser interrompida mesmo que o elemento o seja O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados porém se isso ocorrer as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento A linha de centro e a linha de contorno não devem ser usadas como linha de cota porém podem ser usadas como linha auxiliar A linha de centro quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto Figura 2 Elementos de cotagem UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 7 A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho e é feita por meio de setas cheias desenho mecânico desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15 e colocadas entre as linhas de chamada apontando para fora traços oblíquos ou pontos desenho arquitetônico desenhado com uma linha curta e inclinado a 45 Figura 3 Indicações dos limites de linha de cota Quando houver espaço disponível as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota desenhado com esta finalidade Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio Pode ser dentro ou fora do contorno ou linha auxiliar dependendo do elemento apresentado Figura 4 Cotas entre os limites de cota Figura 5 Cotas no prolongamento da linha de cota As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade tanto no original como nas reproduções efetuadas nos microfilmes NBR 84021994 As cotas devem ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho sendo a primeira mais recomendada 1 as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base eou lado direito do desenho Na cotagem angular o número deve ser centralizado sobre a linha de cota ou ser escrito na horizontal UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 8 Figura 6 Exemplos de cotas alinhadas às linhas de cota 2 as cotas devem ser lidas da base da folha de papel As linhas de cotas devem ser interrompidas preferivelmente no meio para inscrição da cota Na cotagem angular o número é colocado no centro da linha de cota sendo esta interrompida Figura 7 Exemplos de cotas lidas da base da folha A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias situações Portanto por exemplo as cotas podem estar a no centro submetido da linha de cota quando a peça é desenhada em meia peça Figura 8 Cota no centro submetido da linha de cota UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 9 b sobre o prolongamento da linha de cota quando o espaço for limitado Figura 9 Cota no prolongamento da linha de cota c sobre o prolongamento horizontal da linha de cota quando o espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal Figura 10 Cota no prolongamento da horizontal da linha de cota Os seguintes símbolos são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho Os símbolos de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada Os símbolos devem preceder à cota Ø Diâmetro Ø ESF Diâmetro esférico R Raio R ESF Raio esférico e Quadrado Figura 11 Exemplos de cotas utilizando símbolos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 10 As cotas podem ser dispostas em um desenho de várias formas 1 cotagem em cadeia Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes Figura 12 Cotas em cadeia 2 cotagem por elemento de referência é usado onde o número de cotas da mesma direção se relacionar a um elemento de referência Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota Figura 13 Cotas em paralelo cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de nterpretação A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade da linha auxiliar Figura 14 Cotas aditivas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 11 3 cotagem por coordenadas 4 cotagem combinada cotagem simples cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser combinadas no desenho 5 cotagem de cordas arcos ângulos e raios quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível a linha de cota do raio deve ser quebrada ou interrompida conforme a necessidade de localizar ou não o centro do arco quando o tamanho do raio for definido por outras cotas ele deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota 6 cotagem de elementos eqüidistantes onde os elementos equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada se houver alguma possibilidade de confusão entre o comprimento do espaço e o número de espaçamentos um espaço deve ser cotado espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados de forma similar aos espaçamentos lineares espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente dando o número de elementos e seu diâmetro 7 cotagem de elementos repetidos se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim evitar de repetir a mesma cota eles podem ser cotados uma única vez Figura 15 Cotas de elementos repetidos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 12 8 cotagem de chanfros e escareados devem ser cotados a profundidade e ângulo dos chanfros Nos chanfros de 45 a cotagem pode ser simplificada em uma única cota representado a profundidade e o ângulo Figura 16 Cotas de chanfros 9 outras indicações normalmente não se cota em conjunto porém quando for cotado o grupo de cotas específico para cada objeto deve permanecer tanto quanto possível separados NBR 105821988 Apresentação da folha para desenho técnico Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço para desenho espaço para texto e espaço para legenda e respectivos conteúdos nas falhas de desenhos técnicos A folha para o desenho deve conter a espaço para desenho b espaço para texto e c espaço para legenda Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical O desenho principal se houver é colocado acima e à esquerda no espaço para desenho Os desenhos são executados se possível levando em consideração o dobramento das cópias do padrão de desenho conforme formato A4 Figura 17 Espaços da folha de desenho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 13 Espaço para o texto Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas conforme NBR 84021994 O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão de desenho Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior a altura varia conforme a natureza do serviço A largura de espaço para texto é igual a largura da legenda ou no mínimo 100 mm O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas levando em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho conforme formato A4 O espaço para texto deve conter as seguintes informações a explanação informações necessárias a leitura de desenho tais como símbolos especiais designação abreviaturas e tipos de dimensões b instrução informações necessárias a execução do desenho Quando são feitos vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para texto tais como lista de material estado de superfície local de montagem e número de peças c referência informações referentes a outros desenhos eou outros documentos d tábua de revisão usada para registrar a correção alteração eou acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez A tábua de revisão tem dimensões 100 mm com linhas de até 5 mm de altura e contém as seguintes informações designação da revisão nº ou letra que determina a seqüência da revisão referência da malha NBR 10068 informação do assunto da revisão assinatura do responsável pela revisão e data da revisão Legenda A legenda é usada para informação indicação e identificação do desenho e deve ser traçada conforme a NBR 100681987 As informações contidas na legenda são as seguintes a designação da firma b projetista desenhista ou outro responsável pelo conteúdo do desenho c local data e assinatura d nome e localização do projeto e conteúdo do desenho UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 14 f escala conforme NBR 81961999 g número do desenho e da revisão colocado no canto direito do padrão de desenho h designação da revisão i indicação do método de projeção conforme NBR 100671995 j unidade utilizada no desenho conforme a NBR 101261987 NBR 131421999 Dobramento de cópia Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho técnico O formato final do dobramento de cópias de desenhos nos formatos A0 A1 A2 e A3 deve ser o formato A4 As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 100681987 As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda NBR 105821998 O dobramento deve ser feito a partir do lado direito em dobras verticais mantendo a dimensão da legenda como base para a dobra Quando as cópias de desenho formato A0 A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento deve ser dobrado para trás o canto superior esquerdo Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 15 Figura 18 Dobramento Formato A0 Figura 19 Dobramento Formato A1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 16 Figura 20 Dobramento Formato A2 Figura 21 Dobramento Formato A3 NBR 64921994 Representação de projetos de arquitetura Esta norma fixa as condições exigíveis para a representação de projetos de arquitetura Em relação ao TIPO DE PAPEL a escolha deve ser feita levando em consideração o objetivo o tipo de projeto e a reprodução de desenho A norma recomenda utilizar papel transparente como por exemplo papel vegetal ou sulfurizê ou papel opaco como por exemplo o papel sulfite Em relação ao FORMATO DO PAPEL devese respeitar a NBR 100681987 Tabela 1 A área útil de desenho é delimitada por uma margem de 10 mm a partir das bordas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 17 inferior superior e direita do papel e de 25 mm a partir da borda esquerda Notase que para o formato A4 as margens inferior superior e esquerda deve ser de 7 mm No canto inferior esquerdo junto à margem deve ser deixada uma área para o carimbo ou legenda conforme descrito na NBR 100681987 As regras de dobramento das cópias de desenho são fixadas pela NBR 131421999 sendo que o formato final deve ser o A4 de modo que a legenda fique visível As ESCALAS NBR 81961999 utilizadas em desenho de arquitetura geralmente são as escalas de redução 1X com X 1 isto é o objeto é representado em dimensão menor que a dimensão real Em algumas situações como na representação de detalhes podese utilizar a escala real 11 ou escala de ampliação X1 com X 1 A escolha da escala deve ter em vista o tamanho do objeto a ser representado as dimensões do papel e a clareza do desenho As escalas mais utilizadas em desenho de arquitetura são 150 175 1100 1200 1250 e 1500 podendo também ser utilizadas as escalas 15 110 120 e 125 As regras de ESCRITA TÉCNICA são fixadas pela NBR 84021994 porém a NBR 64921994 apresenta no anexo os tipos de letras e números para o desenho de arquitetura A escrita deve ser sempre com letras em caixa alta maiúsculas e não inclinadas Os números também devem ser grafados sem inclinação Dimensão entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm As alturas das letras e números devem ser definidas em função da escala do desenho sendo adotadas as alturas de 2 mm régua 80 CL pena 02 mm 25 mm régua 100 CL pena 03 mm 35 mm régua 140 CL pena 04 mm 45 mm régua 175 CL pena 08 mm Em relação aos TIPOS DE LINHAS a norma NBR 84031984 dispões sobre a aplicação de linhas sendo que na NBR 64921994 estão apresentados às aplicações e os tipos de linhas mais utilizados em desenho de arquitetura As espessuras das linhas variam em função da escala usualmente adotase LINHAS CONTÍNUAS GROSSAS 06 ou 07 mm linhas de contorno UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 18 LINHAS CONTÍNUAS MÉDIAS 04 ou 05 mm linhas internas linhas de indicação e chamada LINHAS CONTÍNUAS FINAS 02 ou 03 mm linhas internas linhas de cota linhas auxiliares LINHAS TRACEJADAS 04 ou 05 mm linhas situadas além do plano do desenho LINHAS TRAÇO E PONTO 02 ou 03 mm linhas de eixo ou coordenadas REPRESENTAÇÃO NORTE Figura 22 Exemplo de representação do Norte INDICAÇÃO DOS ACESSOS Figura 23 Exemplo de indicação dos acessos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 19 INDICAÇÃO SENTIDO ESCADAS E RAMPAS Figura 24 Exemplo de indicação de sentido de escadas e rampas INDICAÇÃO INCLINAÇÃO DE TELHADOS E PISOS Figura 25 Exemplo de indicação de inclinação de telhados e pisos COTAS linhas de cota devem estar sempre fora do desenho salvo em casos de impossibilidades Figura 26 Exemplo de cotagem UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 20 linhas de chamada devem parar 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado os números devem ter 3 mm de altura e espaço entre número de linha de cota deve ser de no mínimo 15 mm quando não for possível escrever o valor da cota dentro das linhas de chamada colocase a cota logo ao lado nos cortes são indicadas somente cotas verticais evitar a duplicação de cotas a indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho e é feita por meio de pontos ou traços oblíquos desenhados com uma linha curta e inclinados a 45 As cotas de nível são sempre em metro sendo representadas em planta e em corte da seguinte maneira Figura 27 Exemplo de cotas de nível em corte e em planta INDICAÇÃO E MARCAÇÃO DE CORTES A marcação do corte deve ser feita de forma clara e com traçado forte para evitar dúvidas sobre sua localização A linha de corte termina com traço do tipo traço e ponto grosso e com a indicação do corte UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 21 Figura 28 Exemplo de indicação de corte INDICAÇÃO DE FACHADAS E ELEVAÇÕES Figura 29 Exemplo de indicação de elevação DESIGNAÇÃO DE PORTAS E ESQUADRIAS Utilizar para portas P01 P02 etc e para janelas J01 J02 etc Figura 30 Exemplos de indicação de esquadrias REPRESENTAÇÃO DOS MATERIAIS MAIS USADOS Figura 31 Representação de concreto em vista e em corte UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 22 Figura 32 Representação de mármoregranito em vista e em corte Figura 33 Representação de madeira em vista e em corte Figura 34 Representação de aço em corte Figura 35 Representação de isolamento térmico UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICADEGRAF RESUMO NORMAS TÉCNICAS SOBRE DESENHO TÉCNICO E REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Profª Drª Francine Aidie Rossi 23 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8196 Desenho Técnico emprego de escalas Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 13142 Desenho Técnico dobramento de cópias Rio de Janeiro ABNT 1999 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 6492 Representação de Projetos de Arquitetura Rio de Janeiro ABNT 1994 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8402 Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico Rio de Janeiro ABNT 1994 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10582 Apresentação da folha para desenho técnico Rio de Janeiro ABNT 1988 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10068 Folha de desenho leiaute e dimensões Rio de Janeiro ABNT 1987 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 10126 Cotagem em Desenho Técnico Rio de Janeiro ABNT 1987 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 8403 Aplicação de Linhas em Desenho Tipos de Linhas Larguras das linhas Rio de Janeiro ABNT 1984