5
Fisiologia Humana
USS
7
Fisiologia Humana
USS
1
Fisiologia Humana
USS
8
Fisiologia Humana
USS
Texto de pré-visualização
379 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 Hormônio do crescimento humano e a perspectiva futura em Odontologia Human growth hormone and the future perspective in Dentistry Rogério Miranda Pagnoncelli Alexandre da Silveira Gerzson Renata Stifelman Camilotti Juliana Jasper Fernanda Böing Professor Doutor dos cursos de Graduação em Odontologia Lato Sensu e Stricto Senso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil Ulbra Canoas RS Brasil doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF e mestranda em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF mestranda em Estomatologia Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Mestra em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil httpdxdoiorg105335rfov19i33613 tante contribuinte na evolução desse conceito Dessa forma pesquisas e testes de associação com outros bio materiais com características osteocondutoras são de grande interesse para a área da Odontologia Palavraschave Hormônio do crescimento Remodela ção óssea Fatores de crescimento Cirurgia maxilofa cial Biomateriais Introdução As reconstruções ósseas são frequentes na roti na de cirurgias bucomaxilofaciais podendo ser in dicadas em traumas de face patologias cirurgia or tognática e diversas situações em Implantodontia Os enxertos autógenos devido à sua capaci dade osteogênica osteoindutora e osteocondutora mesmo causando maior morbidade pósoperatória e apresentando limite quanto à quantidade de osso disponível ainda são a melhor alternativa para reconstruções ósseas nos maxilares sendo consi derados padrão ouro1 Apesar de perderem a sua vitalidade celular sofrem revascularização e incor poramse ao sítio receptor permitindo a instalação de implantes dentários2 Objetivo este trabalho busca demonstrar a partir de uma revisão da literatura as possibilidades de utiliza ção do hormônio de crescimento GH em tratamen tos e procedimentos na área das ciências da saúde e as perspectivas na Odontologia Revisão de literatura reconstruções ósseas são frequentes na rotina de cirur gias bucomaxilofaciais indicadas em traumas de face patologias cirurgia ortognática e implantodontia Bio materiais osteoindutores apresentam benefícios na rea lização de enxertos ósseos devido à menor morbidade à grande disponibilidade e à quantidade de materiais além de maior aceitação pelo paciente Os fatores de crescimento podem surgir como uma alternativa inte ressante na reconstrução de tecidos destacandose o GH o qual é um regulador do crescimento e responsá vel pelo remodelamento ósseo que tem um papel fun damental exercendo efeito sobre os condrócitos oste oclastos e osteoblastos Atua também como um fator de crescimento produzido localmente sendo secretado por diversos tipos de células Na literatura encontrou se o uso de GH relacionado a reparo de fraturas ósse as implantes dentários regeneração óssea guiada tra tamento de nanismo de mulibrey enxertos ósseos com biomateriais reparo de feridas preservação de alvéolo e em ATM Considerações finais os biomateriais estão presentes nas mais diversas reconstruções ósseas em Odontologia Substitutos ósseos de diferentes origens são utilizados em grande volume na prática cirúrgica O GH parece ser em um futuro próximo um impor RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 380 O uso de substitutos ósseos xenógenos e alo plásticos associados ao uso ou não de membranas absorvíveis com o objetivo de barreira em enxertos ósseos de seio maxilar preservação de alvéolo pós exodontia regeneração óssea guiada ROG e como materiais de preenchimento em implantes imedia tos pósexodontia estão bem documentados na li teratura com indicações e resultados previsíveis39 Um biomaterial osteoindutor seria de grande benefício para a realização de enxertos ósseos pois as vantagens inerentes a essa atividade estariam associadas à menor morbidade à disponibilidade de grandes quantidades de material e à maior acei tação pelo paciente Nesse contexto os fatores de crescimento podem surgir como uma alternativa in teressante na reconstrução de tecidos Moléculas osteoindutoras são caracterizadas por sua habilidade em promover a formação óssea As moléculas osteoindutoras em sua grande parte são citocinas as quais constituem proteínas extra celulares ou peptídeos que medeiam a sinalização de uma célula para outra As proteínas morfogené ticas ósseas e alguns fatores de crescimento e dife renciação celular são exemplos de citocinas osteoin dutoras10 Esta revisão de literatura tem por objetivo de monstrar as possibilidades de utilização do GH em tratamentos e em procedimentos na área das ciên cias da saúde e as perspectivas na Odontologia Revisão de literatura Dentre os fatores de crescimento GFs desta case o hormônio do crescimento growth hormone GH que é um regulador fundamental do cresci mento ósseo pósnatal e do remodelamento ósseo Na infância e na puberdade há um grande aumen to na massa óssea via formação óssea endocondral Observase ainda um aumento gradual na massa óssea até se atingir um pico em torno de 20 a 30 anos de idade11 Subsequentemente a massa óssea vai dimi nuindo de maneira acelerada nas mulheres após a menopausa O remodelamento ósseo é regulado pelo balanço entre a reabsorção e a formação óssea Nes se processo o GH tem um papel fundamental Esse hormônio exerce efeito sobre os osteoclastos e mais acentuadamente sobre os osteoblastos criando a base teórica para o seu possível efeito de anabolis mo no esqueleto1114 Dentre as principais ações metabólicas do GH destacamse o aumento do anabolismo de proteínas do catabolismo de ácidos graxos e a redução da utili zação de glicose como fonte de energia Assim esse hormônio é um poupador de aminoácidos No tecido ósseo observase que a sua ação promove a deposi ção aumentada de proteínas pelos condrócitos em osteoblastos15 O hormônio do crescimento GH é um peptídeo com 191 aminoácidos secretado pela glândula pitui tária anterior1619 que estimula o processo de cres cimento atuando como um regulador metabólico e mitogênico Esse hormônio afeta o desenvolvimento de vários órgãos e tecidos como o fígado os rins os músculos e os ossos13 Seus efeitos são mediados principalmente pelo fator de crescimento semelhan te à insulina I IGFI1625 um peptídeo de setenta aminoácidos que é sintetizado em quase todos os te cidos mas fundamentalmente no fígado e no tecido condral sob estimulação do GH O GH é uma das substâncias que regulam o crescimento e a remodelação óssea in vivo18 po dendo também atuar como um fator de crescimento produzido localmente sendo secretado por vários tipos de células exercendo efeitos endócrinos as sim como parácrinos e autócrinos1621 O GH é capaz de estimular o crescimento ósseo por meio da esti mulação direta dos condrócitos e dos osteoblastos tanto in vivo como in vitro1820 Tal hormônio é con siderado um dos principais reguladores sistêmicos do crescimento longitudinal do osso que aumenta também a síntese do IGFI e do IGFII que estimu la a proliferação e a diferenciação dos osteoblastos5 Consequentemente é capaz de estimular a síntese de proteínas aumentar a remodelação e a minera lização óssea18 22 O GH tem efeitos cruciais no cres cimento longitudinal de crianças e adolescentes e sua deficiência em adultos tem sido associada à perda óssea e ao aumento do risco de fraturas Ao contrário disso em pacientes com acromegalia um aumento da massa óssea e uma diminuição do risco de fraturas têm sido observados Em crianvad com retardo de crescimento prénatal diagnosticadas com nanismo de Mulibrey músculofígadocérebro olho observouse deficiência parcial de GH Um estudo comprovou que tratamento com GH nesses indivíduos foi seguro e melhorou o crescimento em curto prazo23 A hipotese que se tem é de que o GH deve apre sentar uma importância no reparo de fraturas Alguns estudos em animais têm demonstrado que esse hormônio estimula a formação óssea enquanto outros mostram que não existe tal resposta Essa discrepância é explicada pela variedade de métodos experimentais realizados pelas diferentes dosagens de GH e pelas várias espécies animais utilizadas26 Discussão Perspectivas da utilização do GH na Odontologia Em estudos passados foi observado que a ad ministração local do GH quando liberado a partir de um biomaterial carreador tipo fosfato é capaz de melhorar o processo de substituição do biomaterial por osso pela aceleração do processo de remodelação 381 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 óssea23 Avaliouse que a administração local do GH como uma dose única no momento cirúrgico do im plante pode acelerar o processo de osseointegação16 Realizouse um estudo em porcos avaliando o reparo de feridas administrandose o GH local mente o que revelou que há um maior aumento na produção do IGFI e de colágeno tipo 1 no grupo experimental quando comparado ao grupo controle sugerindo que o tratamento local com GH efetiva mente acelera o reparo22 Na área médica há uma linha que preconiza o uso de fatores de crescimento BMPs em fraturas de tíbia por exemplo Susten tase que esses fatores são uma alternativa ao uso de enxertos exceto o autógeno pois esses exerce riam a função de osteoindução nesses casos Sugere se o seu uso em reconstruções de grandes defeitos inclusive27 Nesse contexto podemos pensar que o GH possa ter uma ação interessante nas fraturas do complexo bucomaxilofacial principalmente em situações com perda de substância Pesquisas nessa área pode riam contribuir significativamente para um maior esclarecimento dessa questão Em um estudo em cães após avaliarem histolo gicamente o efeito do uso do GH ao redor de implan tes colocados imediatamente em alvéolos pósexo dontia concluíram que a densidade óssea foi maior e com uma melhor orientação das fibras colágenas no sítio em que o GH foi administrado28 Em situações de implante em alvéolo pósexo dontia os padrões de remodelação óssea e procedi mentos cirúrgicos reconstrutivos para a manuten ção dos níveis ósseos são bastante discutidos na literatura com indicações de preenchimento do gap entre implantealvéolo dentário7 ou preservação do alvéolo após a exodontia6 com substitutos ósseos e membranas de colágeno que são alternativas de tratamento frequentemente recomendadas A utili zação do GH poderia ser uma alternativa coadjuvan te em implantes dentários reconstruções de alvéolo e outros procedimentos reconstrutivos tais como en xertos em bloco de seio maxilar interposicionais e outras aplicações de regeneração óssea guiada Em estudo de 2009 autores mostraram que a aplicação tópica de 4UI de GH na superfície de im plantes apresentou um aumento na formação óssea Isso pode ser interpretado como um efeito direto do hormônio em células progenitoras mesenquimais es timulando linhagens de osteoblastos Sugerese que o efeito positivo se dá durante o processo de integração óssea precoce Assim a possibilidade de aplicação do GH no momento da inserção dos implantes poderia potencializar a previsibilidade do tratamento Ainda há a necessidade de avaliar no caso de GH o seu uso na presença de doença periodontal29 Outro trabalho evidenciou melhores resultados de defeitos ósseos críticos tratados com biomaterial associado ao GH Foram realizados defeitos ósseos em cães e o grupo do TCP biomaterial associado ao GH mostrou melhores resultados e estrutura na formação óssea sugerindo ser uma opção em casos de regeneração óssea guiada30 A ação do hormônio do crescimento tem sido es tudada em articulações e vem demonstrando bons resultados3133 Na ATM a aplicação intraarticular de fatores de crescimento demonstraram boa capaci dade de regeneração cartilaginosa dos espécimes34 porém não há relato da utilização de GH na arti culação temporomandibular em estudos clínicos O tratamento com GH está indicado em todo indivíduo que apresentar deficiência da produção de GH pela hipófise independentemente da faixa etária O médico endocrinologista pode utilizar o tratamento com o hormônio de forma benéfica em situações de deficiência de GH com início na infân cia nanismo hipofisário ou na vida adulta em con sequência de alguma alteração sistêmica ou após um tumor na hipófise por exemplo entre outras situações1314 O tratamento com GH é feito por meio de inje ções diárias aplicadas ao deitar por via subcutâ nea ou por inalador nasal Quando bem indicado e sob orientação médica é bem tolerado sem maiores complicações ou efeitos adversos13 Como uma consideração geral hormônios utili zados em níveis fisiológicos produzem efeitos bené ficos com poucos efeitos adversos Em casos de su plementação com HGH em altas doses e por longos períodos de tempo podese induzir à acromegalia à hipoglicemia baixa concentração de açúcar no san gue à disfunção hepática e à trigliceridemia aumen tada aumento do risco para doenças vasculares14 Mas em nenhum dos estudos experimentais para uso em Odontologia temse relatado tais efeitos Em Odontologia a utilização do GH seria asso ciado com um biomaterial em dose única e de apli cação local o que reduz ainda mais o risco de efeitos adversos Nos últimos anos várias substâncias têm sido usadas para melhorar a resposta do reparo ósseo em enxertos ósseos e na osseointegação Proteína morfogenética fatores de crescimento e mais re centemente hormônios tais como o GH Autores demonstraram que o uso local de GH foi capaz de melhorar a resposta óssea em implantes colocados em tíbias de coelho jovem em um nível estatistica mente significativo16 Considerações finais Os biomateriais estão presentes nas mais di versas reconstruções ósseas em Odontologia sen do aplicados com muita frequência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e Implantodontia Substitutos ósseos de diferentes origens sintéticos ou naturais xenógenos ou homógenos membranas de colágeno para barreira e substitutos de tecidos moles são utilizados em grande volume na prática cirúrgica RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 382 Os fatores de crescimento e osteoindutores são os próximos a serem incorporados na rotina do ci rurgiãodentista e para isso é necessário um maior número de pesquisas a fim de sustentar protocolos clínicos Um biomaterial que além de ter atividade os teocondutora possa ser osteoindutor e de fácil apli cação seria de grande utilidade O GH parece ser em um futuro próximo um importante contribuinte na evolução desse conceito Dessa forma pesquisas e testes de associação com outros biomateriais com características osteocondutoras arcabouço são de grande interesse para a Odontologia Abstract Objective this study aims to demonstrate based on a literature review the possibilities of using GH in treat ments and procedures in the field of health sciences and perspectives in Dentistry Literature review bone reconstructions are common in oral and maxillofacial surgery routines indicated in facial trauma pathology orthognathic surgery and Implantology Osteoinduc tive biomaterials present benefits in the performance of bone grafts due to lower morbidity wide availabil ity and quantity of materials and greater patient ac ceptance Growth factors may emerge as an interesting alternative in the reconstruction of tissues highlighting the growth hormone GH a regulator of bone growth and remodeling which plays a key role affecting chon drocytes osteoclasts and osteoblasts It also acts as a growth factor locally produced and secreted by several cell types Literature showed the use of GH related to bone fractures repairing dental implants guided bone regeneration Mulibrey nanism treatment bone grafts with biomaterials wound repair socket preservation and in Temporomandibular Joint Final considerations biomaterials are present in several bone reconstructions in Dentistry Bone substitutes from different origins are extensively used in surgical practice The GH seems to be in the near future an important contributor to the evolution of this concept Thus research and testing of association with other biomaterials with osteoconduc tive features are of great interest in Dentistry Keywords Growth hormone Bone remodeling Growth factor Maxillofacial surgery Biomaterials Referências 1 Wheeler SL Holmes RE Calhoun CJ Sixyear clinical and histologic study of sinuslift grafts Int J Oral Maxillofac Im plants 1996 1112634 2 Paleckis LGP Picosse LR Vasconcelos LW Carvalho PSP Enxerto ósseo autógeno por que e como utilizálo Implant News 2005 2436974 3 Hämmerle CH Jung RE Bone augmentation by means of barrier membranes Periodontology 2000 2003 333653 4 Froum AJ Wallace SS Cho SC Elian N Tarnow D His tomorphometric comparison of a biphasic bone ceramic to anorganic bovine bone for sinus augmentation 6 to 8 month postsurgical assesment of vital bone formation A pilot study Int J Periodontics Restorative Dent 2008 28327381 5 Buser D 20 years of guided bone regeneration in implant dentistry 2010 2 ed New Malden Quintessence Publishing Co Ltd 2009 6 Mardas N Chadha V Donos N Alveolar ridge preservation with guided bone regeneration and a synthetic bone substi tute or a bovinederived xenograft a randomized controlled clinical trial Clin Oral Impl Res 2010 21768898 7 Araújo M Linder E Lindhe J BioOss Collagen in the buccal gap at immediate implants a 6month study in the dog Clin Oral Impl Res 2011 2218 8 Jensen T Schou S Stavropoulos A Terheyden H Holmstrup P Maxillary sinus floor augmentation with BioOss or Bio Oss mixed with autogenous bone as graft a systematic re view Int J Oral Maxillofac Surg 2012 41111420 9 Lindgren C Mordenfeld A Hallman M A prospective 1year clinical and radiographic study of implants placed after ma xillary sinus floor augmentation with synthetic biphasic cal cium phosphate or deproteinized bovine bone Clin Implant Dent Relat Res 2012 1414150 10 Yoon ST Boden SD Osteoinductive molecules in orthopae dics basic science and preclinical studies Clin Orthop Relat Res 2002 3953343 11 Guyton AC Hall JE Textbook of Medical Physilogy 11 ed Philadelphia Saunders 2006 12 Eriksen EF Kassen M Langdhl B Growth hormone insu linlike growth factors and bone remodeling Eur J Clin In vestig 1996 2622534 13 Varkey M Gittens SA Uludag H Growth factor delivery for bone tissue repair an update Expert Opin Drug Deliv 2004 111936 14 Simpson AH Mills L Noble B The role of growth factors and related agents in accelerating fracture healing J Bone Joint Surg Br 2006 88 67015 15 Kolbeck S Bail H Schmidmaier G Alquiza M RaunK Ka ppelgard A et al Homologous growth hormone accelerates bone healing a biomechanical and histological study Bone 2003 3362837 16 Tresguerres IF Blanco L Clemente C Tresguerres JA Effects of local administration of growth hormone in peri implant bone an experimental study with implants in rab bit tibiae Int J Oral Maxillofac Implants 2003 18680711 17 Kato Y Murakami Y Sohmiya M Nishiki M Regulation of human growth hormone secretion and its disorders Intern Med 2002 411713 18 Yang S Cao L Cai S Yuan J Wang J A systematic review of growth hormone for hip fractures Growth Horm IGF Res 2012 22397101 19 Litsas G Growth hormone therapy and craniofacial bones a comprehensive review Oral Dis 2013 19655967 20 Livne E Laufer D Blumenfeld I Comparison of in vitro res ponse to growth hormone by chondrocytes from mandibular condyle cartilage of young and old mice Calcif Tissue Int 1997 6116267 21 Hajjar D Santos MF Kimura ET Propulsive appliance sti mulates the synthesis of insulinlike growth factors I and II in the mandibular condylar cartilage of young rats Arch Oral Biol 2003 48963542 22 Kim SH Heo EJ Lee SW The effect of topically applied recombinant human growth hormone on wound healing in pigs Wounds periódico online 2009 Citado 2009 Jun 1 216 15863 Disponível em URL httpwwwwoundsrese 383 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 archcomfileswoundspdfsKimpA2W07Staffpdf Karl berg N Jalanko H LipsanenNyman M Growth and growth hormone therapy in subjects with mulibrey nanism Pedia trics 2007 1201e10311 23 Guicheux J Gauthier O Aguado E Pilet P Couillaud S Je gou D et al Human growth hormone locally released in bone sites by calciumphosphate bio material stimulates ceramic bone substitution without systemic effects a rabbit study J Bone Miner Res 1998 13473948 24 RamirezYañez GO Young WG Daley TJ Waters MJ In fluence of growth hormone on the mandibular condylar car tilage of rats Arch Oral Biol 2004 497585 25 Raschke M Rasmussen MH Govender S Segal D Suntum M Christiansen JS Effects of growth hormone in patients with tibial fracture a randomised doubleblind placebocon trolled clinical trial Eur J Endocrinol 2007 156334151 26 Giannoudis PV Dinopoulos HT Autologous bone graft when shall we add growth factors Orthop Clin North Am 2010 4118594 27 Hossam Eldein AM Elghamrawy SH Osman SM Elhak AR Histological evaluation of the effect of using growth hormo ne around immediate dental implants in fresh extraction so ckets an experimental study Implant Dent 2011 2014755 28 GomesMoreno G Cutando A Arana C Worf CV Guardia J Muñoz F et alPeña The effects of growth hormone on the ini tial bone formation around implants Int J Oral Maxillofac Implants 2009 246106873 29 Weng D Poehling S Pippig S Bell M Richter EJ Zuhr O et al The effects of recombinant human growthdifferentiation factor 5 RhGDF on bone regeneration around titanium dental implants in barrier membrane protected defects a pilot study in the mandibule of beagles dogs Int J Oral Ma xillofac Implants 2009 241317 30 Halbrecht J Carlstedt CA Parsons JR Grande DA The influence of growth hormone on the reversibility of articu lar cartilage degeneration in rabbits Clin Orthop Relat Res 1990 25924555 31 Bail H Klein P Kolbeck S Krummrey G Weiler Schmid maier AG et al Systemic application of growth hormone enhances the early healing phase of osteochondral defects a preliminary study in micropigs Bone 2003 325 45767 32 Man C Zhu S Zhang B Hu J Protection of articular car tilage from degeneration by injection of transforming gro wth factorbeta in temporomandibular joint osteoarthritis Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2009 103333540 33 Suzuki T Bessho K Fujimura K Okubo Y Segami N Iizuka T Regeneration of defects in the articular cartilage in rabbit temporomandibular joints by bone morphogenetic protein2 Br J Oral Maxillofac Surg 2002 4032016 34 Takafuji H Suzuki T Okubo Y Fujimura K Bessho K Re generation of articular cartilage defects in the temporoman dibular joint of rabbits by fibroblast growth factor2 a pilot study Int J Oral Maxillofac Surg 2007 361093437 Endereço para correspondência Rogério Miranda Pagnoncelli Av Ipiranga 6681 Bairro Partenon 90619900 Porto AlegreRS Fone 51 9964 6524 51 3337 1526 Email rogeriopagnoncellipucrsbr rogeriomirandacorreioscombr Recebido 10112013 Aceito 25112014 Categoria I 9 DISFUNÇÕES DA GLÂNDULA TIREOIDE E ODONTOLOGIA Orientador NARDI Anderson Pesquisadores PERONDI Tailine PEGORARO Gabriela BENEDETTI Maite GUARAGNI Natalia Schumann WERONKA Pâmela Sabrina Curso Odontologia Área do conhecimento Área das Ciências da Vida A glândula tireoide é responsável pela produção dos hormônios triiodotironina T3 e tiroxina T4 os quais são importantes ao crescimento desenvolvimento e metabolismo celular O hi potireoidismo é um estado clínico resultante de quantidades insuficientes ou ausência de hor mônios tireoidianos circulantes e o hipertireoidismo é um estado hipermetabólico causado pelo aumento da função da glândula tireoide e dos seus hormônios Os objetivos neste trabalho são descrever as alterações que as disfunções da tireoide provocam na cavidade oral e demonstrar as implicações na odontologia do tratamento medicamentoso do hipo e do hipertireoidismo O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PubMed SciELO e EBSCO e em livros de farmacologia e terapêutica Entre as manifestações orais mais comuns relacionadas ao hipertireoidismo estão alterações nos tecidos ósseos da face osteoporose do osso alveolar os dentes e maxilares se desenvolvem rapidamente perda prematura dos dentes decíduos erupção precoce dos dentes permanentes cáries dentárias e doença periodontal As alterações bucais encontradas no hipotireoidismo são hipoplasia condilar atresia maxilar ou mandibular prog natismo maxilar maloclusão hipoplasia de esmalte e dentina retardo na erupção dentária e no desenvolvimento radicular hipossalivação macroglossia demora maior na reparação dos teci dos e cicatrização de úlceras em boca Uma das abordagens terapêuticas mais utilizadas é por meio dos medicamentos sejam eles para repor hormônios no caso do hipotireoidismo levotiro xina ou para inibir a síntese deles no caso do hipertireoidismo propiltiouracila O cirurgião dentista deve atentar para os pacientes hipotireóideos que fazem reposição hormonal porque toleram menos os analgésicos opióides e para os pacientes com hipertireoidismo tratados com propiltiouracila porque podem se queixar de parotidites e úlceras bucais e apresentar quadros de agranulocitose Os pacientes com hipertireoidismo não controlado são altamente sensíveis à adrenalina e neles o emprego de anestésicos locais com adrenalina é formalmente contraindi cado com o risco de surgimento de crise tireotóxica Palavraschave Hipertireoidismo Hipotireoidismo Odontologia tailineperondihotmailcom andersonnardiunoescedubr COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 1 A IMPORTÂNCIA DA VITAMINA D NA SUA SAÚDE UMA REVISÃO DE LITERATURA THE IMPORTANCE OF VITAMIN D IN YOUR HEALTH A LITERATURE REVIEW Guilherme Vargas Gomes Almeida Russo Especialista em Ortodontia Associação Brasileira de odontologia ABORJ SEDE Thiago Spinelli Nobre Especialista em Implantodontia CLIVO Mônica Diuana Calasans Maia Professora de Cirurgia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense Correspondência Rua General Artigas 331 apto 202 leblon Rio de Janeiro Tel 21 972737253 Email gvgarussogmailcom Palavras chaves Vitamina D Luz Solar Osseointegração Keyswords Vitamin D Sunlight Osseointegration RESUMO A vitamina D vem sendo uma das principais e mais estudadas substâncias do nosso organismo Vários estudos apontam para a sua importância não somente no metabolismo ósseo mas para sua correlação com os demais órgãos e tecidos e suas implicações em doenças nãoósseas Esse é um fato relevante visto que historicamente a indicação clássica do uso da vitamina D é para a prevenção de doenças ósseas como osteoporose osteopenia entre outras O confronto de pesquisas e estudos sobre a influência da vitamina D na odontologia vem a cada dia tomando mais força no mercado nacional e internacional principalmente sobre a relação de osseointegração e qualidade óssea associada a hipovitaminose ou a hipervitaminose Tais estudos levam a crer que a vitamina D é uma das mais importantes vitaminas para nosso corpo e participa ativamente no processo de reparo ósseo 1 INTRODUÇÃO COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 3 A importância das vitaminas já é conhecida há muito tempo a partir de diversos estudos e pesquisas Refletindo não somente na saúde geral do ser humano as vitaminas têm diversos aspectos que influenciam na saúde bucal No caso discutiremos mais informações sobre a vitamina D e sua relação com o reparo ósseo BINKLEY et al 2007 A vitamina D tem influência direta na fisiologia óssea influenciando na formação de osso no indivíduo Em geral é responsável pela regulação de cálcio no sangue a sua deficiência é capaz de causar doenças como osteoporose e raquitismo Sendo encontrada com maior frequência nas formas de vitamina D2 Ergocalciferol e D3 Colecalciferol de origem vegetal e animal respectivamente a vitamina D está presente em alimentos como gema do ovo salmão óleo de fígado de peixe sardinhas Shitake fresco ou seco produtos fortificados iogurte leite manteiga dentre outros Porém para se ter uma ideia de quanto se precisa para suprir a necessidade de vitamina D pela dieta é preciso comer peixe 3 ou 4 vezes na semana hoje sendo considerado que só 10 a 20 dos valores diários recomendados podem ser obtidos através dos alimentos PONCHON DELUCA 1969 A luz solar também participa no processo de sintetização da vitamina D pois este ativa e estimula sua função no organismo quando a pele é exposta a luz solar A exposição tendo 18 da pele sem protetor solar por 5 a 10 minutos 3 vezes na semana podem garantir a necessidade suficiente da vitamina D BISCHOFFFERRARI et al 2004 PENILDON 1980 Definida por ser essencial para a homeostase essa vitamina é responsável pela absorção de cálcio e também de fósforo na região do intestino grosso direcionada para os ossos e os rins principalmente Garante o funcionamento correto de músculos crescimento celular nervos utilização de energia coagulação sanguínea além também de ser importante na secreção de insulina na resposta imunológica e outros aspectos e funções corporais KAWAKAMI YAMAMOTO 2004 A carência da vitamina D em indivíduos normais pode estar contribuindo para a formação de doenças como Osteoporose Fibromialgia Hipertensão Doenças cardiovasculares Intolerância à glicose Diabetes Tipo I e II Correlação inversa entre Síndrome Metabólica e níveis adequados de Vitamina D Certas doenças infecciosas Tuberculose trato respiratório superior Doenças autoimunes Esclerose múltipla asma COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 4 artrite reumatoide Doença de Crohn Cânceres mais comuns Intestino mamas e próstata Alterações no desenvolvimento e funções cerebrais Esquizofrenia Carência de VD na gestação Autismo Déficit cognitivo Depressão Baixo nível sérico de VD e alto nível sérico de HPT Doença de Alzheimer Condições associadas à mortalidade infantil Nascimento de bebes com baixo peso Hiperparatireoidismo secundário e primário Urist et al 1983 A presença de Vitamina D em exagero no organismo também causa prejuízos Alguns estudos realizados em universidades dos Estados Unidos revelaram que tanto o seu excesso quanto a sua deficiência é capaz de aumentar o risco do indivíduo a inflamações cardíacas e nos vasos sanguíneos Sendo assim é preciso realmente observar a necessidade de suplementações vitamínicas não somente no caso da vitamina D sempre sendo indicado acompanhamento médico ABE et al 1981 O objetivo desta revisão é demonstrar o impacto negativo da deficiência de vitamina D e seu lado positivo na formação de osso cortical periimplantar Para ela no entanto ainda são necessárias muitas pesquisas incluindo investigações clínicas que possam elucidar melhor os mecanismos de ação da vitamina D nos processos de metabolismo ósseo e osseointegração Até que esse futuro se torne presente cabe a nós CirurgiõesDentistas atentos às tendências científicas mundiais fornecer compensações vantajosas aos nossos pacientes Dentro desse contexto a suplementação diária da vitamina D e do cálcio além da recomendação da exposição solar nos primeiros horários da manhã até às 10h e depois das 16h tornase de extrema importância para os pacientes que serão submetidos a implantes ou para aqueles pacientes que utilizam bifosfonatos alendronatos 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Deficiência de vitamina D também afeta saúde bucal A deficiência desta vitamina também pode acarretar problemas para a saúde bucal a vitamina D calciferol está intimamente ligada ao metabolismo ósseo a literatura científica aborda a má influência dos baixos níveis de vitamina D em pacientes submetidos à colocação de implantes dentários Os implantes de titânio cicatrizam no osso através de um processo de osseointegração traduzido pelo íntimo contato do osso com a superfície do implante em um processo totalmente COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 5 biocompatível Isso significa que na ausência da quantidade necessária de vitamina D no corpo o paciente submetido a um implante dentário tem prejuízo na integração do osso com a superfície do implante Reddi 1992 Outro prejuízo que podemos obter pela deficiência de vitamina D no corpo é a halitose A falta de vitamina D no organismo é responsável por descamar em excesso as células que estão presentes na mucosa bucal consequentemente há o acúmulo dessas células na boca e com o tempo o mau cheiro é liberado pelo apodrecimento das células descamadas e o consequente favorecimento do aumento da placa bacteriana Burwell 1969 Dentro desse contexto em muitos casos de tratamento odontológico envolvendo o controle de doenças bucais infecciosas eou procedimentos cirúrgicos com ou sem implantes é prudente investigar as deficiências vitamínicas e suplementar as vitaminas de forma racional e adequada Bab et al 1988 A eficácia do tratamento com implantes dentários é elevada girando em torno dos 98 mas que as falhas quando ocorrem denunciam sérios problemas muitas vezes provocados por fatores sistêmicos como a deficiência de estrógeno nas mulheres em menopausa a osteoporose o diabetes o tabagismo ou etilismo GARLAND et al 2007 3 DISCUSSÃO Os achados das pesquisas são compatíveis com o que se observa na prática clínica no Brasil Embora seja um país com abundância de dias ensolarados o sol é a principal fonte de vitamina D as características da vida moderna nas grandes cidades o sedentarismo o receio dos danos do sol à pele e o uso de protetor solar tem dificultado a correta exposição ao sol comprometendo a síntese adequada de vitamina D Em alguns grupos de pessoas afrodescendentes com insuficiência renal ou hepática idosos e obesos o risco para a deficiência é ainda maior do que na população em geral Arunabh et al 2003 Embora haja poucos estudos sobre a influência da deficiência de vitamina D na saúde bucal há algumas que apontam a associação entre a carência da vitamina e o prejuízo na cicatrização óssea de cirurgias periodontais e de fraturas Quando há carência leve de vitamina D o organismo pode reagir através da hipocalcemia leve COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 6 hiperparatireoidismo compensatório perda de osso trabecular e redução na absorção intestinal de fosfato gerando hipofosfatemia Se o quadro de carência da vitamina se prolongar e agravar para a deficiência de maneira que o organismo não consiga compensar a falta dela pode surgir hipocalcemia severa com prejuízos ósseos musculares imunológicos e metabólicos No caso de suspeita de deficiência de vitamina D convém aos profissionais da saúde encaminhar o paciente ao médico que analisará a existência real da hipovitaminose e a indicação de uma suplementação vitamínica mudanças de hábitos alimentares maior exposição ao sol entre outras abordagens ABE et al 1981 HOLICK 2003 Outros estudos apontam que a falta da vitamina D acarreta uma série de enfermidades não apenas relacionadas aos ossos mas também doenças autoimunes cardíacas artrite reumatoide entre outras O principal efeito da vitamina D é aumentar a absorção intestinal de cálcio e promover uma mineralização adequada dos ossos evitando baixa estatura nas crianças e osteoporose na terceira idade Além disso já estão bem conhecidas suas outras ações sobretudo na melhora do sistema imunológico na apropriada secreção de insulina pelo pâncreas na função muscular e na prevenção de tumores Nos idosos níveis adequados de vitamina D reduzem os riscos de fratura não apenas por melhorar a calcificação dos ossos mas também por contribuir com a força muscular e o equilíbrio Em homens estudos demonstram que a carência de vitamina D está relacionada a uma menor produção de testosterona podendo causar redução da libido e disfunção erétil ABE et al 1981 Estudo recente aponta uma prevalência em torno de 50 de deficiência de vitamina D na América Latina incluindo países como Brasil Chile México e Argentina o que representaria um problema de saúde pública A vitamina D está presente na gema de ovo manteiga óleo de fígado de bacalhau salmão e arenque Porém estas fontes alimentares além de escassas em nossa dieta habitual contêm quantidades insuficientes para preencher a necessidade diária do organismo Assim a nossa principal fonte de vitamina D é a produção pela pele estimulada pelos raios solares No Brasil a oferta de alimentos enriquecidos laticínios e cereais por exemplo com a vitamina D ainda é pequena diferentemente de outros países principalmente aqueles de clima mais frio e baixa incidência de sol BURCHARDT et al 1983 GARLAND et al 2007 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 7 Considerando essa escassez de vitamina D nos alimentos os perigos da recomendação de um aumento sistemático à exposição solar e ao mesmo tempo a alta prevalência da carência desta vitamina nas pessoas a recomendação feita com o endosso de diversas pesquisas para que se estabeleça uma dosagem anual de vitamina D sobretudo em pessoas com maior risco de deficiência Confirmado o diagnóstico de deficiência ou de insuficiência em crianças em fase de crescimento ou pessoas de risco para fraturas ou osteoporose está indicada sua suplementação diária com medicação contendo vitamina D Esta suplementação vitamínica feita por via oral é segura e não apresenta efeitos colaterais O ajuste da dose é feito por exames periódicos de sangue Após a normalização dos exames doses semanais ou mensais de manutenção podem ser indicadas A intoxicação por vitamina D é uma situação muito rara causada por doses excessivas com duração prolongada e sem os exames regulares para ajuste de dose ABE et al 1981 ARUNABH et al 2003 GARLAND et al 2007 4 CONCLUSÃO Concluímos que a vitamina D é uma fonte de equilíbrio de nutrientes e da distribuição dos mesmos pelo nosso corpo sendo tanto a sua deficiência como o seu excesso prejudiciais à saúde A avaliação da dosagem de Vitamina D deve ser solicitada pelo CirurgiãoDentista previamente à realização de um procedimento cirúrgico ósseo a fim de que uma deficiência prejudique o reparo ósseo 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BINKLEY et al Low Vitamin D Status despite Abundant Sun Exposure The Journal of Clinical Endocrinology Metabolism 92621305 2007 by The Endocrine Society doi 101210jc20062250 2 BISCHOFFFERRARI et al Higher 25hydroxyvitamin D concentrations are associated with better lowerextremity function in both active and inactive persons aged or 60 y Am J Clin Nutr 2004 Sep8037528 3 ABE E MIYAURA C SAKAGAMI H TAKEDA M KONNO K YAMAZAKI T et al Differentiation of mouse myeloid leukemia cells induced by 1alpha25 dihydroxyvitamin D3 Proc Natl Acad Sci USA 19817849904 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 8 4 ARUNABH S POLLACK S YEH J ALOIA JF Body fat content and 25 hydroxyvitamin D levels in healthy women J Clin Endocrinol Metab 200388115761 5 GARLAND et al Vitamin D and prevention of breast cancer pooled analysis J Steroid Biochem Mol Biol 2007 Mar1033570811 6 HOLICK M Vitamin D A Millenium Perspective Journal of Cellular Biochemistry 88296307 2003 7 KAWAKAMI M TAKANOYAMAMOTO T Local injection of 125dihydroxyvitamin D3 enhanced bone formation for tooth stabilization after experimental tooth movement in rats J Bone Miner Metab 2004 22541546 DOI 101007s0077400405213 8 COLLINS MK SINCLAIR PM The local use of vitamin D to increase the rate of orthodontic tooth movement Bedford and Dallas Texas Am J Orthod Dentofac Orthop October 1988 94427884 9 KALE S ANKARA I KOCADERELI TI ATILLA P ESIN AS Comparison of the effects of 125 dihydroxycholecalciferol and prostaglandin E2 on orthodontic tooth movement Am J Orthod Dentofacial Orthop 200412560714 10 URIST MR DELANGE RJ FINERMAN GAM Bone cell differentiation and growth factors Science 1983 22 680686 11 BURWELL RG The fate of bone graft In Recent advances in orthopaedics Baltimore 1969 12 BAB I PASSIEVEN L GAZIT D et al Osteogenesis in vivo diffusion chamber cultures of human marrow cells Bone Miner 1988 4 373386 13 REDDI AH Regulation of cartilage and bone differentiation by bone morphogenetic proteins Curr Opin Cell Biol 1992 4 850 14 BURCHARDT H The biology of bone graft repair Clin Orthop Rel Res 1983 174 4 2842 15 PENILDON S Farmacologia Ed Guanabara Koogan 1980 16 PONGRON G KENNAN AL DELUCA HF Activation of Vitamin D by the Liver From the Departments of Biochemistry and Obstetrics and Gynecology University of Wisconsin Madison Wisconsin 53706 The Journal of Clinical Investigation Volume 48 1969 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 9 17 PONCHON G DELUCA HF The Role of the Liver in the Metabolism of Vitamin DFrom the Department of Biochemistry University of Wisconsin Madison Wisconsin 53706 The Journal of Clinical Investigation Volume 48 1969 18 BAYLINK D STAUFFER M WERGEDAL J RIAU C Formation Mineralization and Resorption of Bone in Vitamin DDeficient Rats From the University of Washington School of Medicine and Veterans Administration Hospital Seattle Washington 98108 The Journal of Clinical Investigation Volume 49 1970 BUCCAL ATTENDANCE OF THE PATIENT WITH DIABETES MELLITUS A REVISION OF LITERATURE RESUMO ABSTRACT O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Uma Revisão da Literatura 71 Renata Rolim de SOUSA Ricardo Dias de CASTRO Cristine Hirsch MONTEIRO Severino Celestino da SILVA Adriana Bezerra NUNES Aluna da Graduação do curso de MedicinaUFPB Bolsista PIBICCNPqUFPB Aluno da Graduação do curso de OdontologiaUFPB Bolsista PIBICCNPqUFPB Mestre em Bioquímica e Imunologia Doutora em Bioquímica e Imunologia Professora Adjunta da Disciplina de Imunologia do Departamento de Fisiologia e Patologia CCSUFPB Especialista em Periodontia Mestre em Clínica Odontológica Doutor em Odontologia Preventiva e Social Professor Adjunto da Disciplina de Periodontia do Departamento de Clínica e Odontologia Social CCSUFPB Especialista em Endocrinologia Mestre em Genética Doutora em Endocrinologia Professora Adjunta da Disciplina de Endocrinologia do Departamento de Medicina Interna CCSUFPB O diabetes mellitus abrange um grupo de distúrbios metabólicos que podem levar à hiperglicemia Os principais sintomas são polidpsia poliúria polifagia e perda de peso Há insuficiência vascular periférica provocando distúrbios de cicatrização e alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica aumentando a susceptibilidade às infecções 3 a 4 dos pacientes adultos que se submetem a tratamento odontológico são diabéticos Dentre as alterações bucais desses pacientes estão a hipoplasia a hipocalcificação do esmalte diminuição do fluxo e aumento da acidez e da viscosidade salivar que são fatores de risco para cárie O maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e fatores irritantes nos tecidos Ocorre xerostomia glossodínia ardor na língua eritema e distúrbios de gustação A doença periodontal é a manifestação odontológica mais comum estando presente em 75 destes pacientes Além disso emergências como a hipoglicemia e a cetoacidose metabólica podem ocorrer durante o atendimento e o cirurgiãodentista deve estar atento para suspeitar previamente de um diabetes mellitus não diagnosticado O objetivo dessa revisão é esclarecer as principais correlações entre o diabetes mellitus e essas manifestações evidenciando as condutas indicadas a serem tomadas pelo cirurgião dentista e ressaltar a importância do diálogo mais efetivo entre odontologia e medicina elevando os índices de sucesso terapêutico DESCRITORES Odontologia Diabetes Mellitus Periodontia Diabetes mellitus encloses a group of metabolic riots that can lead to the hiperglicemia The main symptoms are intense headquarters urine and hunger and loss of weight It has peripheral vascularinsufficience provoking riots of healing and physiological alterations that diminish the imunological capacity increasing the easiness to have infections 3 or 4 of the adult patients whom will submit the odontological treatment are diabetic Amongst the buccal alterations of these patients there are the hipoplasia the hipocalcificação of the enamel reduction of the flow and increase of the salivas acidity and viscosity that are factors of risk for caries The biggest content of glucose and calcium in the saliva favors the irritating increase in the amount of calculations and factors in fabrics It occurs xerostomia glossalgia pain in the mouth and riots of gustation The periodontal illness is the more common odontological manifestation being present in 75 of these patients Moreover emergencies as the hipoglicemia and cetoacidose metabolic can occur during the attendance and the surgeon dentist must be intent to previously suspect of one diabetes mellitus not diagnosised The objective of this revision is to clarify the main correlations between diabetes mellitus and these manifestations being evidenced the indicated behaviors to be taken for the surgeondentist and to stand out the importance of the dialogue most effective between dentistry and medicine being raised the indices of therapeutical success DESCRIPTORS Dentistry Diabetes Mellitus Periodontics Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 72 INTRODUÇÃO O diabetes mellitus afeta 17 em cada 1000 pessoas entre os 25 e 44 anos e 79 indivíduos a cada 1000 em idade acima de 65 anos Assim aproximadamente 3 a 4 dos pacientes adultos que se submetem a tratamento odontológico são diabéticos SONIS FAZIO FANG 1996 Ele abrange um grupo de distúrbios metabólicos que compartilham o fenótipo da hiperglicemia aumento expressivo da concentração de glicose sanguínea Estes distúrbios podem incluir redução na secreção de insulina diminuição da utilização da glicose e aumento da produção de glicose HARRISON et al 2002 Algumas definições consideram a tríade de sintomas poliúria polidpsia e polifagia como sintomatologia obrigatória do diabetes Tais definições não são completamente corretas visto que muitos pacientes podem apresentar diagnóstico de diabetes mellitus e não apresentar o quadro clínico tradicional principalmente pacientes com alterações discretas do metabolismo Outras definições consideramno uma doença decorrente de deficiência absoluta ou parcial da insulina mas sabese que há pacientes com produção regular de insulina que desenvolvem resistência tecidual a este hormônio apresentando quadro clínico semelhante BARCELLOS et al 2000 CASTRO et al 2000 JUSTINO 1988 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ROSA SOUZA 1996 O paciente diabético apresenta muitas alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica e a resposta inflamatória aumentando a susceptibilidade às infecções BANDEIRA et al 2003 CASTILHO RESENDE 1999 Dentre as afecções sistêmicas que podem estar presentes nesses pacientes estão inúmeras alterações bucais sendo o objetivo dessa revisão esclarecer as principais correlações entre diabetes mellitus e essas manifestações evidenciando as condutas a serem tomadas pelo cirurgiãodentista frente a esta situação FISIOPATOLOGIA A insulina é um hormônio peptídico secretado pelas células pancreáticas necessário para o transporte transmembrana de glicose e aminoácidos para a formação de glicogênio no fígado e músculos esqueléticos e para promover a conversão da glicose em triglicerídios e a síntese de ácidos nucléicos e de proteínas processos estes que em sua maioria diminuem a concentração da glicose no sangue COTRAN COLLINS KUMAR 2000 Pacientes que apresentam resistência à ação da insulina têm a utilização da glicose diminuída o que facilita o desenvolvimento de hiperglicemias Um dos fatores que levam ao desenvolvimento dessa resistência é a obesidade Já o aumento da produção da glicose pode ocorrer como conseqüência da intolerância à insulina a partir do fígado e dos músculos onde inibiria a gliconeogênese resultando também em hiperglicemia BANDEIRA et al 2003 HARRISON et al 2002 No indivíduo normal a concentração de glicose no sangue é rigorosamente controlada estando entre 80 a 90mgdL de sangue no indivíduo em jejum Essa concentração aumenta para 120 a 140mgdL durante a primeira hora ou mais após uma refeição retornando aos níveis de controle habitualmente dentro de 2 horas GUYTON HALL 2002 O exame laboratorial utilizado com maior freqüência para obter a glicemia capilar é realizado colhendose uma gota de sangue resultante de um pique com estilete na extremidade interna do dedo indicador do paciente O sangue é colocado sobre uma fita reagente que é introduzida no glicosímetro onde será lido o valor da glicemia Se se suspeitar de diabetes deve ser feito um teste de glicemia em jejum PRICHARD 1982 Podese dosar também a glicemia dos pacientes após as refeições Pode ser solicitado o teste de tolerância à glicose oral em que é feita uma curva glicêmica após ser ingerida uma solução rica em glicose ao paciente e observase sua depuração A avaliação dos níveis de hemoglobina glicosilada pode indicar o grau de cronicidade de um estado de hiperglicemia BARCELLOS et al 2000 GREGORI COSTA CAMPOS 1999 Foram definidas duas formas de diabetes a partir da dependência de insulina pelo paciente Tipo 1 e Tipo 2 Dos pacientes com diabetes 90 possuem diabetes tipo 2 que normalmente se desenvolve a partir dos 40 anos O diabetes tipo 1 ocorre em 10 dos diabéticos que desenvolvem a doença antes de alcançar 25 anos de idade Essa classificação não determina quem precisa ou não utilizar insulina já que em pacientes com o tipo 2 que não conseguem compensar o metabolismo ou seja atingir os níveis aceitáveis de glicose utilizando medicação hipoglicemiante oral ou que apresentam diminuição da secreção endógena de insulina devido a um diabetes secundário a desordens autoimunes que possam afetar o pâncreas é necessário que se faça o uso de insulina SONIS FAZIO FANG 1996 DIAGÓSTICO E QUADRO CLÍNICO O diagnóstico do diabetes em adultos com exceção das gestantes baseiase na demonstração de uma glicemia ocasional igual ou superior a 200 mgdL ou glicemia de jejum em pelo menos duas ocasiões de SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 73 126mgdL ou mais O tratamento consiste em um programa de exercícios e dieta fixos uso de agentes hipoglicemiantes orais eou insulinoterapia MC DERMOTT 1997 Os principais sintomas são polidpsia poliúria polifagia e perda de peso Antes de ser iniciado o tratamento a incapacidade de reabsorção de todo o excesso de glicose pelos rins resulta em glicosúria que desencadeia diurese osmótica e poliúria A hiperglicemia resulta em anormalidades microcirculatórias nefropatia retinopatias a qual pode resultar em cegueira e neuropatias periféricas com perda sensorial importante que favorece a ocorrência de trauma acidental causando ulcerações ou alterações gangrenosas nos dedos mãos e pés Ocorrem ainda distúrbios no processo de cicatrização e aterosclerose cerebrovascular cardiovascular e de vasos periféricos CASTRO et al 2000 GREGORI COSTA CAMPOS 1999 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 MANSON ELEY 1999 SONIS FAZIO FANG 1996 Em 1993 a OMS incluiu a doença periodontal DP como sendo a 6ª complicação clássica do diabetes KAWAMURA 2002 ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA HIPERGLICEMIA Distúrbios da imunidade Existem alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica e a resposta inflamatória desses pacientes aumentando a susceptibilidade às infecções O controle glicêmico está envolvido na patogênese dessas alterações Há disfunções nos leucócitos com anormalidades na aderência quimiotaxia fagocitose e destruição intracelular Há diminuição também da ativação espontânea e da resposta neutrofílica quando comparados aos pacientes controles não diabéticos BANDEIRA et al 2003 Existem teorias de que a hiperglicemia ou a presença dos produtos finais da glicosilação levam a um estado de persistente ativação dos polimorfonucleares o que induz a ativação espontânea de cadeia oxidativa e liberação de mieloperoxidase elastase e outros componentes dos grânulos neutrofílicos causando danos em duas vias BANDEIRA et al 2003 CASTILHO RESENDE 1999 1 Pode tornar os polimorfonucleares tolerantes isto é com resposta menos efetiva quando estimulados por patógenos 2 Pode iniciar um processo patológico levando à injúria vascular O aumento da expressão das moléculas de adesão nos polimorfonucleares é importante na patogênese da aterosclerose A piora do controle glicêmico leva à inflamação e ruptura das placas ateromatosas Distúrbios vasculares Quanto às alterações vasculares do diabético podemos afirmar que BANDEIRA et al 2003 1 A diminuição da insulina e a hiperglicemia elevam os níveis de lipídeos potencialmente aterogênicos 2 Ocorre glicosilação de apoproteínas responsáveis pela captação desses lipídeos que permanecem na circulação 3 Aumenta a glicosilação do colágeno da parede dos vasos 4 Defeitos na agregação plaquetária que aumentam a agregação das plaquetas e a vasoconstricção levando a tromboembolismos e deficiência na circulação periférica 5 Proliferação de células musculares lisas da parede arterial que aumentam sua contração promovendo insuficiência vascular periférica ALTERAÇÕES BUCAIS DOS PACIENTES DIABÉTICOS Pucci 1939 afirmava que o diabetes especialmente em crianças estava associado à perda de cálcio pelo organismo podendo levar à descalcificação óssea alveolar Hoje sabese que além dessa descalcificação são muitas as afecções bucais que podem se manifestar nesses pacientes Segundo Sonis Fazio e Fang 1996 a hipoplasia e a hipocalcificação do esmalte podem estar associadas a uma grande quantidade de cáries Monteiro 2001 observou que há um aumento na excreção e conseqüentemente da concentração do íon cálcio na saliva de portadores de diabetes mellitus sem que haja modificações nas concentrações dos íons sódio e potássio Mudanças alimentares e a diminuição de açúcares na dieta junto com o maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e de fatores irritantes nos tecidos enquanto a atrofia alveolar difusa está aumentada nesses pacientes SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Dentre as principais manifestações bucais e aspectos dentais dos pacientes com diabetes estão a xerostomia glossodínia ardor na língua eritema e distúrbios de gustação O diabetes mellitus leva a um aumento da acidez do meio bucal aumento da viscosidade e diminuição do fluxo salivar os quais são fatores de risco para cárie SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Apesar de terem restrições quanto ao uso de açúcar e da secreção deficiente de imunoglobulinas na saliva esses pacientes têm a mesma suscetibilidade à cárie e doenças relacionadas à placa dentária dos indivíduos normais MOIMAZ et al 2000 Um estudo realizado por Novaes Júnior 1991 mostrou que o índice de placa foi maior nos pacientes diabéticos que no grupo controle e que atingia mais SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 74 mulheres que homens diabéticos não havendo essa variação quanto ao gênero no grupo controle Manifestações menos freqüentes são a tumefação de glândula parótida candidíase oral e queilite angular resultantes de modificações na flora bucal aftas recidivantes e focos de infecções Pacientes com controle inadequado do diabetes têm significativamente mais sangramento gengival e gengivite do que aqueles com controle moderado e bom e do que pacientes que não apresentam a doença Os tecidos periodontais dos pacientes diabéticos tipo 2 quando comparados aos pacientes saudáveis apresentam maior grau de vascularização maior grau de espessamento de parede vascular obliteração total e parcial de luz vascular alterações vasculares nos tecidos gengivais e estas parecem estar relacionadas ao caráter hiperinflamatório desses pacientes BARCELLOS et al 2000 CASTRO et al 2000 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ROSA SOUZA 1996 SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 SOUZA 2001 A xerostomia além do desconforto pode provocar doenças bucais severas A saliva é importante pois dificulta o desenvolvimento de cáries e umedece o rebordo alveolar residual sobre o qual se apóiam as bases das próteses parciais removíveis e totais devendo por isso ser preservado ao longo do tempo para não sofrer traumas durante os processos mastigatórios BATISTA MOTTA NETO 1999 S ã o c o n t r a i n d i c a d o s o s i m p l a n t e s osseointegrados nesses pacientes pois a síntese de colágeno está prejudicada principalmente em pacientes com diabetes tipo 1 e descompensados do tipo 2 Existe um impasse sobre a utilização do implante em pacientes tipo 2 compensados Lauda Silveira e Guimarães 1998 afirmam que são contraindicados já que o problema do diabetes não está na fase reparacional ou cirúrgica e sim na formação e remodelação da interface A doença periodontal processo infeccioso que resulta em uma potente resposta inflamatória MONTEIRO ARAÚJO GOMES FILHO 2002 é a manifestação odontológica mais comum em pacientes diabéticos mal controlados Aproximadamente 75 destes pacientes possuem doença periodontal com aumento de reabsorção alveolar e alterações inflamatórias gengivais SONIS FAZIO FANG 1996 A profundidade de sondagem e o número de dentes perdidos em sextantes com bolsas profundas são maiores nos diabéticos Foram observadas modificações da microbiota em placas bacterianas flutuantes ou aderidas na base da bolsa periodontal devidas aos níveis elevados de glicose no fluido sulcular mas alguns estudos afirmam que não existe diferença da microbiota entre esses pacientes e o grupo controle Ocorre inflamação gengival desenvolvimento de bolsas periodontais ativas abscessos recorrentes perda óssea rápida e progressiva havendo também osteoporose trabecular e cicatrização lenta do tecido periodontal É observada menor queratinização epitelial retardos na biossíntese do colágeno e da velocidade de maturação do fibroblasto do ligamento periodontal que dificulta a reparação póstratamento embora Pilatti Toledo e El Guindy 1995 não tenham observado diferença na capacidade de reparação tecidual frente ao tratamento periodontal não cirúrgico Numa comparação entre irmãos diabéticos e não diabéticos a prevalência de doença periodontal é extremamente superior entre aqueles com o distúrbio metabólico e da mesma forma a maior duração do diabetes também é associada aos indivíduos com doença periodontal severa CASTRO et al 2000 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ORSO PAGNONCELLI 2002 A progressão da doença periodontal é maior em diabéticos que apresentam a doença há muito tempo particularmente naqueles que demonstram complicações sistêmicas e diabéticos com doença periodontal avançada sofrem mais com complicações do tipo abscessos que pacientes que não apresentam a doença MANSON ELEY 1999 O grau de controle dos níveis glicêmicos a duração da doença alterações vasculares alteração no metabolismo do colágeno fatores genéticos HLA Complexo de Histocompatibilidade Humana e a idade dos pacientes são fatores aparentemente correlacionados de maneira positiva com a severidade e prevalência da doença periodontal independentemente do tipo de diabetes SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 TRAMONTINA et al 1997 A presença de infecções leva à estimulação da resposta inflamatória resultando em situação de estresse que aumenta a resistência dos tecidos à insulina piorando o controle do diabetes Observouse que a terapia periodontal reduziu as necessidades de administração de insulina pelo diabético Os procedimentos dentários cirúrgicos causam bacteremias em mais de 80 dos pacientes e o tratamento periodontal quando precedido da administração sistêmica de antibióticos melhora o controle metabólico dos pacientes De forma geral a necessidade ou não da medicação depende do controle metabólico do paciente mas a escolha da medicação dose e via de administração são usualmente as mesmas recomendadas para indivíduos não diabéticos Estes pacientes requerem vigilância particular durante o tratamento de infecções odontogênicas A amoxicilina é o antibiótico de escolha No caso de infecção dental aguda em pacientes diabéticos não controlados a utilização do antibiótico deverá se iniciar antes do SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 75 procedimento invasivo e continuar por vários dias após a drenagem e o controle primário Para os pacientes com bom controle metabólico os riscos são semelhantes àqueles que correm os pacientes normais e o antibiótico terá as mesmas indicações para ambos Contudo um enfoque terapêutico inicial deve ser direcionado para a prevenção do início da doença periodontal em pacientes diabéticos Os antibióticos não devem ser usados como rotina no tratamento periodontal de pacientes diabéticos mas podem ser administrados na presença de infecçöes e associados aos procedimentos periodontais invasivos com a finalidade de minimizar as complicações pósoperatórias O uso de cloredixina como agente antiplaca mostrouse efetivo como coadjuvante no tratamento periodontal de pacientes diabéticos CASTRO et al 2000 GREGHI et al 2002 PILATTI TOLEDO EL GUINDY 1995 A alta prevalência de uma ou mais doenças sistêmicas crônicas como o diabetes mellitus doenças coronarianas e osteoporose em pacientes idosos requer uma conduta terapêutica periodontal mais cuidadosa e multidisciplinar CUNHA MELO 2001 O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO Uma emergência comum durante o atendimento odontológico nesses pacientes é a hipoglicemia situação em que a glicemia no sangue cai abaixo de 45 mg acompanhado de sinais e sintomas que quando reconhecidos devem ser imediatamente tratados fazendose com que o paciente ingira açúcar puro água com açúcar balas chocolate etc Os sinais e sintomas podem ser de dois tipos básicos 1 Sintomas adrenérgicos semelhantes aos causados por sustos medo ou raiva como desmaio fraqueza palidez nervosismo suor frio irritabilidade fome palpitações e ansiedade 2 Sintomas neuroglicopênicos conseqüentes da deficiência no aporte de glicose ao cérebro visão turva diplopia sonolência dor de cabeça perda de concentração paralisia distúrbios da memória confusão mental incoordenação motora disfunção sensorial podendo também chegar à manifestação de convulsões e estados de coma No caso de perda de consciência a administração de 2cc de glicose a 20 IV geralmente reverte o quadro GREGORI COSTA CAMPOS 1999 Já paciente hiperglicêmicos com glicemias superiores a 400mg devem ser encaminhados para o médico O paciente pode revelar sinais e sintomas característicos de cetoacidose metabólica como a presença de hálito cetônico náuseas vômitos e respiração de Kussmaul BARCELLOS et al 2000 O cirurgiãodentista deve estar atento para suspeitar previamente de um diabetes mellitus não diagnosticado devendo a história dental incluir perguntas relativas à poliúria polifagia polidipsia e perda de peso Pacientes que apresentarem história positiva devem ser encaminhados a um laboratório de análise clínica ou ao médico para uma avaliação adicional antes de ser iniciado o tratamento dentário As células do epitélio bucal de pacientes diabéticos em estudo realizado por Alberti 2002 exibiram figuras de binucleaçäo e ocasionais cariorrexe em todas as camadas Tais resultados aliados à observação clínica sugerem que o diabetes mellitus é capaz de produzir alterações em células do epitélio bucal detectáveis pela microscopia e citomorfometria podendo ser utilizadas no diagnóstico desta doença O paciente que sabe ser portador de diabetes deve informar o tipo a terapia que está sendo empregada o nível de controle metabólico e a presença de complicações secundárias da doença Deve ser questionado especificamente sobre a duração da doença a ocorrência de hipoglicemias a história de hospitalização póscetoacidose e modificações no regime terapêutico SONIS FAZIO FANG 1996 A maioria dos autores afirma que pacientes diabéticos bem controlados podem ser tratados de maneira similar ao paciente não diabético na maioria dos procedimentos dentários de rotina Pacientes com bom controle metabólico respondem de forma favorável à terapia periodontal nãocirúrgica similarmente aos pacientes nãodiabéticos GREGHI et al 2002 SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Justino 1988 sugere uma conduta odontológica a ser tomada pelos profissionais diante de pacientes diabéticos Visando reduzir a tensão devem ser realizadas consultas curtas no início da manhã pois os níveis endógenos de corticosteróides neste período são geralmente altos e os procedimentos estressantes podem ser mais bem tolerados e técnicas de sedação auxiliar quando apropriadas Sobre a dieta do paciente aconselhase que o paciente continue a se alimentar normalmente antes do tratamento Em caso de consulta demorada especialmente se esta se prolongar pelo tempo da refeição normal interromper o trabalho para uma refeição ligeira Àqueles pacientes aos quais se prevê dificuldades na ingestão de alimentos sólidos depois do tratamento devese prescrever dieta de alimentos pastosos e líquidos Para diminuir os riscos de infecção devem ser realizados exames laboratoriais e indicase a SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 76 profilaxia antibiótica As infecções periodontais agudas devem ser tratadas energicamente O uso profilático de antibióticos no pósoperatório deve ser considerado O Quadro 1 ilustra a conduta recomendada de acordo com o grau de risco do paciente para os procedimentos nãocirúrgicos e cirúrgicos Quadro 1 Conduta do cirurgião dentista recomendada de acordo com o grau de risco do paciente diabético Paciente Procedimentos NãoCirúrgicos Procedimentos Cirúrgicos Pequeno risco Bom controle metabólico com regime médico estável ausência de história de cetoacidose ou hipoglicemia nenhuma complicação glicosúria mínima traços a 1 e glicemia em jejum inferior a 200 mgdl taxa de hemoglobina glicosilada de 7 Com precauções devidas Acrescidos de sedação auxiliar e adequação da dose de insulina Risco Moderado Controle metabólico razoável com regime médico estável ausência de história recente de cetoacidose ou hipoglicemia poucas complicações glicosúria entre 0 e 3 sem cetonas glicemia em jejum abaixo de 250 mgdl taxa de hemoglobina glicosilada entre 7 e 9 Com possível uso de sedação auxiliar Cirurgias menores ajuste da insulina e possibilidade de internação Grande risco Controle metabólico deficiente sintomas freqüentes problemas freqüentes com cetoacidose e hipoglicemia múltiplas complicações glicosúria significativa 4 ou cetonúria glicemia em jejum superior a 250 mgdl taxa de hemoglobin a glicosilada acima de 9 Tratamentos devem ser paliativos Deve se adiar o tratamento até as condições metabólicas se equilibrarem Controle enérgico das infecções bucais Fonte SONIS S T FAZIO R C FANG L 1996 Pacientes nãohospitalizados devem ser instruídos a tomar sua dosagem normal de hipoglicemiantes antes dos procedimentos dentários O médico deve ser consultado para informar sobre a gravidade e o grau de controle e ser envolvido nas decisões sobre a cobertura com insulina durante o tratamento dentário O uso de lidocaína como solução anestésica local não é a melhor escolha por ser considerado um anestésico de curta duração de ação Os anestésicos de longa duração também não são de melhor escolha porque têm influência no miocárdio A anestesia de bloqueio deve ser preferida evitandose o uso de soluções que contenham vasoconstrictor à base de adrenalina pois esta promove a quebra de glicogênio em glicose podendo determinar hiperglicemias BARCELLOS et al 2000 ROSA SOUZA 1996 CONCLUSÕES 1 O cirurgiãodentista deve conhecer as alterações bucais e sistêmicas dos pacientes diabéticos 2 No caso de suspeita de diabetes o cirurgião dentista deve solicitar exames laboratoriais para avaliar a glicemia dos pacientes encaminhandoo para o serviço médico caso estes se apresentem alterados 3 Pacientes já sabidamente diabéticos necessitam de cuidados especiais sendo importante o contato com o médico que o acompanha principalmente diante de procedimentos cirúrgicos mais complicados que exijam boas condições metabólicas desses pacientes 4 Está comprovada a relação entre a doença periodontal e o quadro clínico de diabetes sendo importante que o diagnóstico de diabetes seja cuidadosamente determinado ou descartado 5 Dentre os fatores que influenciam a progressão e agressividade a doença periodontal em pacientes diabéticos estão idade tempo de duração controle metabólico microbiota periodontal alterações vasculares alteração no metabolismo do colágeno fatores genéticos e alterações da resposta inflamatória 6 A posologia e tipos de medicamentos dentre eles antibióticos analgésicos e tranqüilizantes deverão ser prescritos de acordo com cada caso e principalmente a gravidade 7 Pacientes diabéticos bem controlados podem ser tratados como pacientes normais 8 É necessário que haja diálogo mais efetivo entre odontologia e medicina para que o paciente seja enfim visto como um todo elevando os índices de sucesso terapêutico nas duas profissões REFERÊNCIAS ALBERTI S Citologia esfoliativa da mucosa bucal em pacientes diabéticos tipo II morfologia e citomorfometria 81 f Dissertação Mestrado Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de São Paulo Bauru 2002 BANDEIRA F et al Endocrinologia e diabetes Rio de Janeiro Medsi 2003 1109p BARCELLOS I F et al Conduta odontológica em paciente diabético R Bras Odontol Rio de Janeiro v 57 n 6 p 407 410 novdez 2000 BATISTA A A MOTTA NETO J Manifestações da diabete na cavidade bucal em pacientes portadores de próteses J Bras Clin Estét Odontol Curitiba v 3 n 14 p 7072 1999 CASTILHO L S RESENDE V L S Profilaxia antibiótica quem necessita R do CROMG Belo Horizonte v 5 n 3 p 146150 setdez 1999 CASTRO M V M et al Atendimento clínico conjunto entre o periodontista e o médico Parte I diabetes e doenças isquêmicas ROBRAC Goiânia v 9 n 28 p 5558 dez 2000 COTRAN R S COLLINS T KUMAR V Robbins patologia estrutural e funcional 6 ed Rio de Janeiro Guanabara SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 77 Koogan p 817829 2000 CUNHA MELO C F Periodontia na terceira idade 54f Monografia Especialização Faculdade de Odontologia Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2001 GREGHI et al Relação entre diabetes Mellitus e doença periodontal R APCD São Paulo v 56 n4 p 265 julago 2002 GREGORI C COSTA A A CAMPOS A C O paciente com diabetes melito RPG São Paulo v 6 n 2 p 166174 abrjun 1999 GUYTON A C HALL J E Tratado de fisiologia médica 10 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 836 2002 HARRISON T R et al Medicina Interna 15 edRio de Janeiro Mc GrawHill v 1 2002 JUSTINO D A F Exames laboratoriais em Odontologia R APCD São Paulo v 42 n 2 p 143144 marabr 1988 KAWAMURA J Y Avaliação clínica radiográfica e imunohistoquímica da doença periodontal em pacientes portadores de diabetes mellitus do tipo 1 118f Dissertação Mestrado Faculdade de Odontologia Universidade de São Paulo São Paulo 2002 LAUDA P A SILVEIRA B L GUIMARäES M B Manejo odontológico do paciente diabético J Bras Odontol Clín Curitiba v 2 n 9 p 8187 maiojun 1998 MANSON J D ELEY B M Manual de periodontia 3 ed São Paulo Libraría Santos p 7374 1999 MC DERMOTT M T Segredos em Endocrinologia respostas necessárias ao diaadia em rounds na clínica em exames orais e escritos Porto Alegre Artes Médicas p 1642 1997 MOIMAZ S A S et al Estado de saúde bucal hábitos e conhecimentos de crianças e jovens diabéticos ROBRAC Goiânia v 9 n 27 p 5053 jun 2000 MONTEIRO A M D Doença periodontal e diabetes mellitus tipo 2 uma correlação em discussão 124f Dissertação Mestrado em Odontologia Faculdade de Odontologia Universidade Federal da Bahia Salvador 2001 MONTEIRO A M D ARAÚJO R P C GOMES FILHO I S Diabetes Mellitus tipo 2 e doença periodontal RGO Porto Alegre v 50 n 1 p 5054 janmar 2002 NOVAIS JÚNIOR A B et al Manifestações do Diabetes Mellitus insulinodependente no periodonto de jovens brasileiros J Periodont Indianápolis v 62 n 2 p 116122 Feb 1991 ORSO V PAGNONCELLI R M O perfil do paciente diabético e o tratamento odontológico R Odonto Ciênc Porto Alegre v 17 n 36 p 206213 abrjun 2002 PILATTI G L TOLEDO B E C EL GUINDY M M Diabetes mellitus e doença periodontal R ABO v 3 n 5 p 324327 outnov 1995 PRICHARD J F Diagnóstico e tratamento das doenças periodontais na prática odontológica geral São Paulo Medica Panamericana 1982 PUCCI F M Paradencio Patología y Tratamiento Montevidéu Médica J Garcia Morales p 190 1939 ROSA E L S SOUZA J G Abscesso dentofacial agudo em um paciente com Diabetes Mellitus RGO Porto Alegre v 44 n 2 p 9596 marabr 1996 SCHNEIDER M BERND G NURKIM N L Diabetes Mellitus e suas manifestações sobre o periodonto uma revisão bibliográfica R Odonto Ciênc Porto Alegre v 10 n 20 p 8998 dez 1995 SONIS S T FAZIO R C FANG L Princípios e prática de medicina oral 2ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1996 491p SOUZA L M A Estudo das alterações vasculares do periodonto de pacientes diabéticos 85 f Dissertação Mestrado Centro de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal 2001 TRAMONTINA R G et al Diabetes um fator de risco para doença periodontal Quando RGO Porto Alegre v 45 n 1 p 5054 janfev 1997 SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã Correspondência Renata Rolim de Sousa Rua Antonia Miguel Duarte 50 Bl 1 Apto 204 Bancários João PessoaPB CEP 58000000 Oii Obrigada por me escolher Tentei dar o meu melhor e espero que meu trabalho possa te ajudar Tenha uma ótima semana Artigo 1 O paciente odontológico portador de diabetes mellitus Uma revisão da literatura O artigo começa mostrando a quantidade de pessoas que normalmente são afetadas pela diabetes mellitus Nos é apresentado também a tríade de sintomas para diabetes entretanto não é em todo caso que os pacientes apresentam tais sintomas sendo elas poliúria polidpsia e polifagia seguido pela perca de peso Outra alteração conhecida pelos pacientes diabéticos é a diminuição da capacidade imunológica e aumento de infecções A hiperglicemia promove diferentes reações corporais como apresentada no artigo anormalidades microcirculatórias nefropatia retinopatia cegueira e neuropatia além de outras coisas como distúrbios vasculares dificuldade no processo de cicatrização e aterosclerose cerebrovascular Existem dois tipos de diabetes tipo 1 e tipo 2 A diabetes tipo 2 é mais comum de ser desenvolvida após os 40 anos enquanto a do tipo 1 é vista principalmente após os 25 anos O diagnostico de diabetes é realizada por um exame sanguíneo onde é analisado a glicemia num parâmetro superior ou igual a 200mgdL Ontologicamente falando é observado que em crianças vemos uma falta no cálcio danificando o esmalte dos dentes e consequentemente ajudando o aumento na quantidade de cáries Além disso o artigo nos apresenta outras mudanças na área bucal como ardor da língua problemas de gustação xerostomia diminuição da produção de saliva e glossodinia queimação eou formigamento da língua A hipoglicemia é quanto a glicemia do sangue cai abaixo de 45 mg e deve ser tratado com emergência ao notar seus primeiros sinais O tratamento de diabetes se baseia principalmente na prática de exercícios e dietas reguladas Também são oferecidas propostas de medicamentos se houver infecção normalmente a amoxicilina está como opção mas claro pode haver mudanças e tudo depende do quadro do paciente Artigo 4 Hormônio do crescimento humano e a perspectiva futura em odontologia O artigo apresenta a importância das reconstruções ósseas em cirurgias bucomaxilofaciais incluindo traumas de face patologias cirurgia ortognática e implantes dentários Os enxertos ósseos autógenos são considerados a melhor opção para reconstrução óssea nos maxilares devido às suas propriedades osteogênicas osteoindutoras e osteocondutoras Apesar da morbidade pósoperatória e da limitação quanto à quantidade de osso disponível esses enxertos se integram ao local receptor e permitem a instalação de implantes dentários Além dos enxertos autógenos são utilizados substitutos ósseos xenógenos e aloplásticos junto com o uso ou não de membranas absorvíveis para diversas finalidades como enxertos ósseos no seio maxilar preservação de alvéolo após extração dentária regeneração óssea guiada e preenchimento em implantes imediatos pósextração Quando se trata de reconstruções ósseas fatores de crescimento como o hormônio do crescimento GH surgem como uma alternativa interessante Ele desempenha um papel fundamental no crescimento ósseo pósnatal e no remodelamento ósseo estimulando a formação óssea e afetando órgãos e tecidos como fígado rins músculos e ossos Seus efeitos são mediados principalmente pelo fator de crescimento semelhante à insulina I IGFI O GH é capaz de estimular diretamente os condrócitos e os osteoblastos promovendo o crescimento ósseo a síntese de proteínas a remodelação e a mineralização óssea Sua deficiência em adultos está associada à perda óssea e ao aumento do risco de fraturas enquanto em pacientes com acromegalia excesso de GH observase um aumento da massa óssea e uma redução do risco de fraturas Mesmo que haja divergências nos estudos sobre o efeito do GH na formação óssea devido a diferentes métodos experimentais dosagens e espécies animais utilizadas é sugerida a importância desse hormônio no reparo de fraturas sendo seu papel no crescimento longitudinal do osso bem estabelecido em crianças e adolescentes O tratamento com GH é indicado para indivíduos com deficiência na produção desse hormônio pela hipófise independentemente da faixa etária O tratamento é realizado por meio de injeções diárias administradas subcutaneamente ou por inalador nasal e é bem tolerado quando indicado corretamente e sob orientação médica Em geral hormônios utilizados em níveis fisiológicos têm efeitos benéficos com poucos efeitos adversos No caso da suplementação com GH em doses altas e por longos períodos podem ocorrer efeitos adversos como acromegalia hipoglicemia disfunção hepática e aumento dos níveis de triglicerídeos No entanto esses efeitos não têm sido relatados nos estudos experimentais sobre o uso de GH em Odontologia Além disso na Odontologia a utilização do GH seria associada a um biomaterial em dose única e de aplicação local o que reduziria ainda mais o risco de efeitos adversos Diversas substâncias têm sido utilizadas para melhorar a resposta de reparo ósseo em enxertos ósseos e na osseointegração incluindo proteínas morfogenéticas fatores de crescimento e mais recentemente o GH Estudos demonstraram que o uso local de GH foi capaz de melhorar a resposta óssea em implantes colocados em tíbias de coelhos jovens alcançando resultados estatisticamente significativos Artigo 3 Disfunções da glândula tireoide e odontologia O artigo nos explica o que é tireoide e o que ela regula Além de ser explicado o que é o hipotireoidismo e o hipertireoidismo e suas implicações na cavidade oral e no tratamento odontológico A tireoide é uma glândula que produz os hormônios triiodotironina T3 e tiroxina T4 que são essenciais para o crescimento desenvolvimento e metabolismo celular No caso do hipotireoidismo ocorre uma falta na produção ou ausência dos hormônios tireoidianos circulantes Já o hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da função da glândula tireoide e dos seus hormônios resultando em um estado hipermetabólico Foram encontradas várias manifestações orais relacionadas ao hipertireoidismo como alterações nos tecidos ósseos da face osteoporose do osso alveolar desenvolvimento acelerado dos dentes e maxilares perda prematura dos dentes de leite erupção precoce dos dentes permanentes cáries dentárias e doença periodontal Já no hipotireoidismo as alterações bucais encontradas incluem hipoplasia condilar atresia maxilar ou mandibular prognatismo maxilar maloclusão hipoplasia de esmalte e dentina retardo na erupção dentária e no desenvolvimento radicular hipossalivação macroglossia demora na reparação dos tecidos e cicatrização de úlceras bucais O tratamento das disfunções geralmente envolve o uso de medicamentos Normalmente no hipotireoidismo é necessário repor os hormônios através do uso de levotiroxina No hipertireoidismo são utilizados medicamentos para inibir a síntese dos hormônios tireoidianos como a propiltiouracila Além disso os pacientes com hipertireoidismo tratados com propiltiouracila podem apresentar queixas de parotidite e úlceras bucais além de estarem mais propensos a desenvolver agranulocitose Os pacientes com hipertireoidismo não controlado são altamente sensíveis à adrenalina e portanto o uso de anestésicos locais contendo adrenalina é contraindicado devido ao risco de desencadear uma crise tireotóxica Artigo 2 A importância da vitamina D na sua saúde Uma revisão da literatura A vitamina D é diretamente responsável pela circulação do cálcio nos ossos e sangue Em casos em que a pessoa vai ter uma deficiência nessa vitamina o indivíduo poderá ter uma tendência a ter osteoporose e raquitismo além de fibromialgia hipertensão doenças cardiovasculares e intolerância a glicose entre muitas outras O artigo também nos mostra os alimentos nos quais se é encontrado a vitamina D mas além disso ressalta a importância de ser banhado de sol pelo menos 10 minutos por dia sem o uso do protetor solar Entretanto vemos que tudo em excesso faz mal e o mesmo funciona para vitamina D que for aderida em excesso poderá ser desenvolvido inflamações cardíacas e nos vasos sanguíneos Ontologicamente falando a falta de vitamina D acarreta problemas na fortificação do dente Pacientes que necessitam de da vitamina tendem a precisar de implantes dentários e sofrem de halitose Condição que deixa a boca com mau cheiro
5
Fisiologia Humana
USS
7
Fisiologia Humana
USS
1
Fisiologia Humana
USS
8
Fisiologia Humana
USS
Texto de pré-visualização
379 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 Hormônio do crescimento humano e a perspectiva futura em Odontologia Human growth hormone and the future perspective in Dentistry Rogério Miranda Pagnoncelli Alexandre da Silveira Gerzson Renata Stifelman Camilotti Juliana Jasper Fernanda Böing Professor Doutor dos cursos de Graduação em Odontologia Lato Sensu e Stricto Senso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Professor da Faculdade de Odontologia da Universidade Luterana do Brasil Ulbra Canoas RS Brasil doutorando em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF e mestranda em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF mestranda em Estomatologia Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil Mestra em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial CTBMF pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS Porto Alegre RS Brasil httpdxdoiorg105335rfov19i33613 tante contribuinte na evolução desse conceito Dessa forma pesquisas e testes de associação com outros bio materiais com características osteocondutoras são de grande interesse para a área da Odontologia Palavraschave Hormônio do crescimento Remodela ção óssea Fatores de crescimento Cirurgia maxilofa cial Biomateriais Introdução As reconstruções ósseas são frequentes na roti na de cirurgias bucomaxilofaciais podendo ser in dicadas em traumas de face patologias cirurgia or tognática e diversas situações em Implantodontia Os enxertos autógenos devido à sua capaci dade osteogênica osteoindutora e osteocondutora mesmo causando maior morbidade pósoperatória e apresentando limite quanto à quantidade de osso disponível ainda são a melhor alternativa para reconstruções ósseas nos maxilares sendo consi derados padrão ouro1 Apesar de perderem a sua vitalidade celular sofrem revascularização e incor poramse ao sítio receptor permitindo a instalação de implantes dentários2 Objetivo este trabalho busca demonstrar a partir de uma revisão da literatura as possibilidades de utiliza ção do hormônio de crescimento GH em tratamen tos e procedimentos na área das ciências da saúde e as perspectivas na Odontologia Revisão de literatura reconstruções ósseas são frequentes na rotina de cirur gias bucomaxilofaciais indicadas em traumas de face patologias cirurgia ortognática e implantodontia Bio materiais osteoindutores apresentam benefícios na rea lização de enxertos ósseos devido à menor morbidade à grande disponibilidade e à quantidade de materiais além de maior aceitação pelo paciente Os fatores de crescimento podem surgir como uma alternativa inte ressante na reconstrução de tecidos destacandose o GH o qual é um regulador do crescimento e responsá vel pelo remodelamento ósseo que tem um papel fun damental exercendo efeito sobre os condrócitos oste oclastos e osteoblastos Atua também como um fator de crescimento produzido localmente sendo secretado por diversos tipos de células Na literatura encontrou se o uso de GH relacionado a reparo de fraturas ósse as implantes dentários regeneração óssea guiada tra tamento de nanismo de mulibrey enxertos ósseos com biomateriais reparo de feridas preservação de alvéolo e em ATM Considerações finais os biomateriais estão presentes nas mais diversas reconstruções ósseas em Odontologia Substitutos ósseos de diferentes origens são utilizados em grande volume na prática cirúrgica O GH parece ser em um futuro próximo um impor RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 380 O uso de substitutos ósseos xenógenos e alo plásticos associados ao uso ou não de membranas absorvíveis com o objetivo de barreira em enxertos ósseos de seio maxilar preservação de alvéolo pós exodontia regeneração óssea guiada ROG e como materiais de preenchimento em implantes imedia tos pósexodontia estão bem documentados na li teratura com indicações e resultados previsíveis39 Um biomaterial osteoindutor seria de grande benefício para a realização de enxertos ósseos pois as vantagens inerentes a essa atividade estariam associadas à menor morbidade à disponibilidade de grandes quantidades de material e à maior acei tação pelo paciente Nesse contexto os fatores de crescimento podem surgir como uma alternativa in teressante na reconstrução de tecidos Moléculas osteoindutoras são caracterizadas por sua habilidade em promover a formação óssea As moléculas osteoindutoras em sua grande parte são citocinas as quais constituem proteínas extra celulares ou peptídeos que medeiam a sinalização de uma célula para outra As proteínas morfogené ticas ósseas e alguns fatores de crescimento e dife renciação celular são exemplos de citocinas osteoin dutoras10 Esta revisão de literatura tem por objetivo de monstrar as possibilidades de utilização do GH em tratamentos e em procedimentos na área das ciên cias da saúde e as perspectivas na Odontologia Revisão de literatura Dentre os fatores de crescimento GFs desta case o hormônio do crescimento growth hormone GH que é um regulador fundamental do cresci mento ósseo pósnatal e do remodelamento ósseo Na infância e na puberdade há um grande aumen to na massa óssea via formação óssea endocondral Observase ainda um aumento gradual na massa óssea até se atingir um pico em torno de 20 a 30 anos de idade11 Subsequentemente a massa óssea vai dimi nuindo de maneira acelerada nas mulheres após a menopausa O remodelamento ósseo é regulado pelo balanço entre a reabsorção e a formação óssea Nes se processo o GH tem um papel fundamental Esse hormônio exerce efeito sobre os osteoclastos e mais acentuadamente sobre os osteoblastos criando a base teórica para o seu possível efeito de anabolis mo no esqueleto1114 Dentre as principais ações metabólicas do GH destacamse o aumento do anabolismo de proteínas do catabolismo de ácidos graxos e a redução da utili zação de glicose como fonte de energia Assim esse hormônio é um poupador de aminoácidos No tecido ósseo observase que a sua ação promove a deposi ção aumentada de proteínas pelos condrócitos em osteoblastos15 O hormônio do crescimento GH é um peptídeo com 191 aminoácidos secretado pela glândula pitui tária anterior1619 que estimula o processo de cres cimento atuando como um regulador metabólico e mitogênico Esse hormônio afeta o desenvolvimento de vários órgãos e tecidos como o fígado os rins os músculos e os ossos13 Seus efeitos são mediados principalmente pelo fator de crescimento semelhan te à insulina I IGFI1625 um peptídeo de setenta aminoácidos que é sintetizado em quase todos os te cidos mas fundamentalmente no fígado e no tecido condral sob estimulação do GH O GH é uma das substâncias que regulam o crescimento e a remodelação óssea in vivo18 po dendo também atuar como um fator de crescimento produzido localmente sendo secretado por vários tipos de células exercendo efeitos endócrinos as sim como parácrinos e autócrinos1621 O GH é capaz de estimular o crescimento ósseo por meio da esti mulação direta dos condrócitos e dos osteoblastos tanto in vivo como in vitro1820 Tal hormônio é con siderado um dos principais reguladores sistêmicos do crescimento longitudinal do osso que aumenta também a síntese do IGFI e do IGFII que estimu la a proliferação e a diferenciação dos osteoblastos5 Consequentemente é capaz de estimular a síntese de proteínas aumentar a remodelação e a minera lização óssea18 22 O GH tem efeitos cruciais no cres cimento longitudinal de crianças e adolescentes e sua deficiência em adultos tem sido associada à perda óssea e ao aumento do risco de fraturas Ao contrário disso em pacientes com acromegalia um aumento da massa óssea e uma diminuição do risco de fraturas têm sido observados Em crianvad com retardo de crescimento prénatal diagnosticadas com nanismo de Mulibrey músculofígadocérebro olho observouse deficiência parcial de GH Um estudo comprovou que tratamento com GH nesses indivíduos foi seguro e melhorou o crescimento em curto prazo23 A hipotese que se tem é de que o GH deve apre sentar uma importância no reparo de fraturas Alguns estudos em animais têm demonstrado que esse hormônio estimula a formação óssea enquanto outros mostram que não existe tal resposta Essa discrepância é explicada pela variedade de métodos experimentais realizados pelas diferentes dosagens de GH e pelas várias espécies animais utilizadas26 Discussão Perspectivas da utilização do GH na Odontologia Em estudos passados foi observado que a ad ministração local do GH quando liberado a partir de um biomaterial carreador tipo fosfato é capaz de melhorar o processo de substituição do biomaterial por osso pela aceleração do processo de remodelação 381 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 óssea23 Avaliouse que a administração local do GH como uma dose única no momento cirúrgico do im plante pode acelerar o processo de osseointegação16 Realizouse um estudo em porcos avaliando o reparo de feridas administrandose o GH local mente o que revelou que há um maior aumento na produção do IGFI e de colágeno tipo 1 no grupo experimental quando comparado ao grupo controle sugerindo que o tratamento local com GH efetiva mente acelera o reparo22 Na área médica há uma linha que preconiza o uso de fatores de crescimento BMPs em fraturas de tíbia por exemplo Susten tase que esses fatores são uma alternativa ao uso de enxertos exceto o autógeno pois esses exerce riam a função de osteoindução nesses casos Sugere se o seu uso em reconstruções de grandes defeitos inclusive27 Nesse contexto podemos pensar que o GH possa ter uma ação interessante nas fraturas do complexo bucomaxilofacial principalmente em situações com perda de substância Pesquisas nessa área pode riam contribuir significativamente para um maior esclarecimento dessa questão Em um estudo em cães após avaliarem histolo gicamente o efeito do uso do GH ao redor de implan tes colocados imediatamente em alvéolos pósexo dontia concluíram que a densidade óssea foi maior e com uma melhor orientação das fibras colágenas no sítio em que o GH foi administrado28 Em situações de implante em alvéolo pósexo dontia os padrões de remodelação óssea e procedi mentos cirúrgicos reconstrutivos para a manuten ção dos níveis ósseos são bastante discutidos na literatura com indicações de preenchimento do gap entre implantealvéolo dentário7 ou preservação do alvéolo após a exodontia6 com substitutos ósseos e membranas de colágeno que são alternativas de tratamento frequentemente recomendadas A utili zação do GH poderia ser uma alternativa coadjuvan te em implantes dentários reconstruções de alvéolo e outros procedimentos reconstrutivos tais como en xertos em bloco de seio maxilar interposicionais e outras aplicações de regeneração óssea guiada Em estudo de 2009 autores mostraram que a aplicação tópica de 4UI de GH na superfície de im plantes apresentou um aumento na formação óssea Isso pode ser interpretado como um efeito direto do hormônio em células progenitoras mesenquimais es timulando linhagens de osteoblastos Sugerese que o efeito positivo se dá durante o processo de integração óssea precoce Assim a possibilidade de aplicação do GH no momento da inserção dos implantes poderia potencializar a previsibilidade do tratamento Ainda há a necessidade de avaliar no caso de GH o seu uso na presença de doença periodontal29 Outro trabalho evidenciou melhores resultados de defeitos ósseos críticos tratados com biomaterial associado ao GH Foram realizados defeitos ósseos em cães e o grupo do TCP biomaterial associado ao GH mostrou melhores resultados e estrutura na formação óssea sugerindo ser uma opção em casos de regeneração óssea guiada30 A ação do hormônio do crescimento tem sido es tudada em articulações e vem demonstrando bons resultados3133 Na ATM a aplicação intraarticular de fatores de crescimento demonstraram boa capaci dade de regeneração cartilaginosa dos espécimes34 porém não há relato da utilização de GH na arti culação temporomandibular em estudos clínicos O tratamento com GH está indicado em todo indivíduo que apresentar deficiência da produção de GH pela hipófise independentemente da faixa etária O médico endocrinologista pode utilizar o tratamento com o hormônio de forma benéfica em situações de deficiência de GH com início na infân cia nanismo hipofisário ou na vida adulta em con sequência de alguma alteração sistêmica ou após um tumor na hipófise por exemplo entre outras situações1314 O tratamento com GH é feito por meio de inje ções diárias aplicadas ao deitar por via subcutâ nea ou por inalador nasal Quando bem indicado e sob orientação médica é bem tolerado sem maiores complicações ou efeitos adversos13 Como uma consideração geral hormônios utili zados em níveis fisiológicos produzem efeitos bené ficos com poucos efeitos adversos Em casos de su plementação com HGH em altas doses e por longos períodos de tempo podese induzir à acromegalia à hipoglicemia baixa concentração de açúcar no san gue à disfunção hepática e à trigliceridemia aumen tada aumento do risco para doenças vasculares14 Mas em nenhum dos estudos experimentais para uso em Odontologia temse relatado tais efeitos Em Odontologia a utilização do GH seria asso ciado com um biomaterial em dose única e de apli cação local o que reduz ainda mais o risco de efeitos adversos Nos últimos anos várias substâncias têm sido usadas para melhorar a resposta do reparo ósseo em enxertos ósseos e na osseointegação Proteína morfogenética fatores de crescimento e mais re centemente hormônios tais como o GH Autores demonstraram que o uso local de GH foi capaz de melhorar a resposta óssea em implantes colocados em tíbias de coelho jovem em um nível estatistica mente significativo16 Considerações finais Os biomateriais estão presentes nas mais di versas reconstruções ósseas em Odontologia sen do aplicados com muita frequência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial e Implantodontia Substitutos ósseos de diferentes origens sintéticos ou naturais xenógenos ou homógenos membranas de colágeno para barreira e substitutos de tecidos moles são utilizados em grande volume na prática cirúrgica RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 382 Os fatores de crescimento e osteoindutores são os próximos a serem incorporados na rotina do ci rurgiãodentista e para isso é necessário um maior número de pesquisas a fim de sustentar protocolos clínicos Um biomaterial que além de ter atividade os teocondutora possa ser osteoindutor e de fácil apli cação seria de grande utilidade O GH parece ser em um futuro próximo um importante contribuinte na evolução desse conceito Dessa forma pesquisas e testes de associação com outros biomateriais com características osteocondutoras arcabouço são de grande interesse para a Odontologia Abstract Objective this study aims to demonstrate based on a literature review the possibilities of using GH in treat ments and procedures in the field of health sciences and perspectives in Dentistry Literature review bone reconstructions are common in oral and maxillofacial surgery routines indicated in facial trauma pathology orthognathic surgery and Implantology Osteoinduc tive biomaterials present benefits in the performance of bone grafts due to lower morbidity wide availabil ity and quantity of materials and greater patient ac ceptance Growth factors may emerge as an interesting alternative in the reconstruction of tissues highlighting the growth hormone GH a regulator of bone growth and remodeling which plays a key role affecting chon drocytes osteoclasts and osteoblasts It also acts as a growth factor locally produced and secreted by several cell types Literature showed the use of GH related to bone fractures repairing dental implants guided bone regeneration Mulibrey nanism treatment bone grafts with biomaterials wound repair socket preservation and in Temporomandibular Joint Final considerations biomaterials are present in several bone reconstructions in Dentistry Bone substitutes from different origins are extensively used in surgical practice The GH seems to be in the near future an important contributor to the evolution of this concept Thus research and testing of association with other biomaterials with osteoconduc tive features are of great interest in Dentistry Keywords Growth hormone Bone remodeling Growth factor Maxillofacial surgery Biomaterials Referências 1 Wheeler SL Holmes RE Calhoun CJ Sixyear clinical and histologic study of sinuslift grafts Int J Oral Maxillofac Im plants 1996 1112634 2 Paleckis LGP Picosse LR Vasconcelos LW Carvalho PSP Enxerto ósseo autógeno por que e como utilizálo Implant News 2005 2436974 3 Hämmerle CH Jung RE Bone augmentation by means of barrier membranes Periodontology 2000 2003 333653 4 Froum AJ Wallace SS Cho SC Elian N Tarnow D His tomorphometric comparison of a biphasic bone ceramic to anorganic bovine bone for sinus augmentation 6 to 8 month postsurgical assesment of vital bone formation A pilot study Int J Periodontics Restorative Dent 2008 28327381 5 Buser D 20 years of guided bone regeneration in implant dentistry 2010 2 ed New Malden Quintessence Publishing Co Ltd 2009 6 Mardas N Chadha V Donos N Alveolar ridge preservation with guided bone regeneration and a synthetic bone substi tute or a bovinederived xenograft a randomized controlled clinical trial Clin Oral Impl Res 2010 21768898 7 Araújo M Linder E Lindhe J BioOss Collagen in the buccal gap at immediate implants a 6month study in the dog Clin Oral Impl Res 2011 2218 8 Jensen T Schou S Stavropoulos A Terheyden H Holmstrup P Maxillary sinus floor augmentation with BioOss or Bio Oss mixed with autogenous bone as graft a systematic re view Int J Oral Maxillofac Surg 2012 41111420 9 Lindgren C Mordenfeld A Hallman M A prospective 1year clinical and radiographic study of implants placed after ma xillary sinus floor augmentation with synthetic biphasic cal cium phosphate or deproteinized bovine bone Clin Implant Dent Relat Res 2012 1414150 10 Yoon ST Boden SD Osteoinductive molecules in orthopae dics basic science and preclinical studies Clin Orthop Relat Res 2002 3953343 11 Guyton AC Hall JE Textbook of Medical Physilogy 11 ed Philadelphia Saunders 2006 12 Eriksen EF Kassen M Langdhl B Growth hormone insu linlike growth factors and bone remodeling Eur J Clin In vestig 1996 2622534 13 Varkey M Gittens SA Uludag H Growth factor delivery for bone tissue repair an update Expert Opin Drug Deliv 2004 111936 14 Simpson AH Mills L Noble B The role of growth factors and related agents in accelerating fracture healing J Bone Joint Surg Br 2006 88 67015 15 Kolbeck S Bail H Schmidmaier G Alquiza M RaunK Ka ppelgard A et al Homologous growth hormone accelerates bone healing a biomechanical and histological study Bone 2003 3362837 16 Tresguerres IF Blanco L Clemente C Tresguerres JA Effects of local administration of growth hormone in peri implant bone an experimental study with implants in rab bit tibiae Int J Oral Maxillofac Implants 2003 18680711 17 Kato Y Murakami Y Sohmiya M Nishiki M Regulation of human growth hormone secretion and its disorders Intern Med 2002 411713 18 Yang S Cao L Cai S Yuan J Wang J A systematic review of growth hormone for hip fractures Growth Horm IGF Res 2012 22397101 19 Litsas G Growth hormone therapy and craniofacial bones a comprehensive review Oral Dis 2013 19655967 20 Livne E Laufer D Blumenfeld I Comparison of in vitro res ponse to growth hormone by chondrocytes from mandibular condyle cartilage of young and old mice Calcif Tissue Int 1997 6116267 21 Hajjar D Santos MF Kimura ET Propulsive appliance sti mulates the synthesis of insulinlike growth factors I and II in the mandibular condylar cartilage of young rats Arch Oral Biol 2003 48963542 22 Kim SH Heo EJ Lee SW The effect of topically applied recombinant human growth hormone on wound healing in pigs Wounds periódico online 2009 Citado 2009 Jun 1 216 15863 Disponível em URL httpwwwwoundsrese 383 RFO Passo Fundo v 19 n 3 p 379383 setdez 2014 archcomfileswoundspdfsKimpA2W07Staffpdf Karl berg N Jalanko H LipsanenNyman M Growth and growth hormone therapy in subjects with mulibrey nanism Pedia trics 2007 1201e10311 23 Guicheux J Gauthier O Aguado E Pilet P Couillaud S Je gou D et al Human growth hormone locally released in bone sites by calciumphosphate bio material stimulates ceramic bone substitution without systemic effects a rabbit study J Bone Miner Res 1998 13473948 24 RamirezYañez GO Young WG Daley TJ Waters MJ In fluence of growth hormone on the mandibular condylar car tilage of rats Arch Oral Biol 2004 497585 25 Raschke M Rasmussen MH Govender S Segal D Suntum M Christiansen JS Effects of growth hormone in patients with tibial fracture a randomised doubleblind placebocon trolled clinical trial Eur J Endocrinol 2007 156334151 26 Giannoudis PV Dinopoulos HT Autologous bone graft when shall we add growth factors Orthop Clin North Am 2010 4118594 27 Hossam Eldein AM Elghamrawy SH Osman SM Elhak AR Histological evaluation of the effect of using growth hormo ne around immediate dental implants in fresh extraction so ckets an experimental study Implant Dent 2011 2014755 28 GomesMoreno G Cutando A Arana C Worf CV Guardia J Muñoz F et alPeña The effects of growth hormone on the ini tial bone formation around implants Int J Oral Maxillofac Implants 2009 246106873 29 Weng D Poehling S Pippig S Bell M Richter EJ Zuhr O et al The effects of recombinant human growthdifferentiation factor 5 RhGDF on bone regeneration around titanium dental implants in barrier membrane protected defects a pilot study in the mandibule of beagles dogs Int J Oral Ma xillofac Implants 2009 241317 30 Halbrecht J Carlstedt CA Parsons JR Grande DA The influence of growth hormone on the reversibility of articu lar cartilage degeneration in rabbits Clin Orthop Relat Res 1990 25924555 31 Bail H Klein P Kolbeck S Krummrey G Weiler Schmid maier AG et al Systemic application of growth hormone enhances the early healing phase of osteochondral defects a preliminary study in micropigs Bone 2003 325 45767 32 Man C Zhu S Zhang B Hu J Protection of articular car tilage from degeneration by injection of transforming gro wth factorbeta in temporomandibular joint osteoarthritis Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2009 103333540 33 Suzuki T Bessho K Fujimura K Okubo Y Segami N Iizuka T Regeneration of defects in the articular cartilage in rabbit temporomandibular joints by bone morphogenetic protein2 Br J Oral Maxillofac Surg 2002 4032016 34 Takafuji H Suzuki T Okubo Y Fujimura K Bessho K Re generation of articular cartilage defects in the temporoman dibular joint of rabbits by fibroblast growth factor2 a pilot study Int J Oral Maxillofac Surg 2007 361093437 Endereço para correspondência Rogério Miranda Pagnoncelli Av Ipiranga 6681 Bairro Partenon 90619900 Porto AlegreRS Fone 51 9964 6524 51 3337 1526 Email rogeriopagnoncellipucrsbr rogeriomirandacorreioscombr Recebido 10112013 Aceito 25112014 Categoria I 9 DISFUNÇÕES DA GLÂNDULA TIREOIDE E ODONTOLOGIA Orientador NARDI Anderson Pesquisadores PERONDI Tailine PEGORARO Gabriela BENEDETTI Maite GUARAGNI Natalia Schumann WERONKA Pâmela Sabrina Curso Odontologia Área do conhecimento Área das Ciências da Vida A glândula tireoide é responsável pela produção dos hormônios triiodotironina T3 e tiroxina T4 os quais são importantes ao crescimento desenvolvimento e metabolismo celular O hi potireoidismo é um estado clínico resultante de quantidades insuficientes ou ausência de hor mônios tireoidianos circulantes e o hipertireoidismo é um estado hipermetabólico causado pelo aumento da função da glândula tireoide e dos seus hormônios Os objetivos neste trabalho são descrever as alterações que as disfunções da tireoide provocam na cavidade oral e demonstrar as implicações na odontologia do tratamento medicamentoso do hipo e do hipertireoidismo O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PubMed SciELO e EBSCO e em livros de farmacologia e terapêutica Entre as manifestações orais mais comuns relacionadas ao hipertireoidismo estão alterações nos tecidos ósseos da face osteoporose do osso alveolar os dentes e maxilares se desenvolvem rapidamente perda prematura dos dentes decíduos erupção precoce dos dentes permanentes cáries dentárias e doença periodontal As alterações bucais encontradas no hipotireoidismo são hipoplasia condilar atresia maxilar ou mandibular prog natismo maxilar maloclusão hipoplasia de esmalte e dentina retardo na erupção dentária e no desenvolvimento radicular hipossalivação macroglossia demora maior na reparação dos teci dos e cicatrização de úlceras em boca Uma das abordagens terapêuticas mais utilizadas é por meio dos medicamentos sejam eles para repor hormônios no caso do hipotireoidismo levotiro xina ou para inibir a síntese deles no caso do hipertireoidismo propiltiouracila O cirurgião dentista deve atentar para os pacientes hipotireóideos que fazem reposição hormonal porque toleram menos os analgésicos opióides e para os pacientes com hipertireoidismo tratados com propiltiouracila porque podem se queixar de parotidites e úlceras bucais e apresentar quadros de agranulocitose Os pacientes com hipertireoidismo não controlado são altamente sensíveis à adrenalina e neles o emprego de anestésicos locais com adrenalina é formalmente contraindi cado com o risco de surgimento de crise tireotóxica Palavraschave Hipertireoidismo Hipotireoidismo Odontologia tailineperondihotmailcom andersonnardiunoescedubr COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 1 A IMPORTÂNCIA DA VITAMINA D NA SUA SAÚDE UMA REVISÃO DE LITERATURA THE IMPORTANCE OF VITAMIN D IN YOUR HEALTH A LITERATURE REVIEW Guilherme Vargas Gomes Almeida Russo Especialista em Ortodontia Associação Brasileira de odontologia ABORJ SEDE Thiago Spinelli Nobre Especialista em Implantodontia CLIVO Mônica Diuana Calasans Maia Professora de Cirurgia Bucal da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense Correspondência Rua General Artigas 331 apto 202 leblon Rio de Janeiro Tel 21 972737253 Email gvgarussogmailcom Palavras chaves Vitamina D Luz Solar Osseointegração Keyswords Vitamin D Sunlight Osseointegration RESUMO A vitamina D vem sendo uma das principais e mais estudadas substâncias do nosso organismo Vários estudos apontam para a sua importância não somente no metabolismo ósseo mas para sua correlação com os demais órgãos e tecidos e suas implicações em doenças nãoósseas Esse é um fato relevante visto que historicamente a indicação clássica do uso da vitamina D é para a prevenção de doenças ósseas como osteoporose osteopenia entre outras O confronto de pesquisas e estudos sobre a influência da vitamina D na odontologia vem a cada dia tomando mais força no mercado nacional e internacional principalmente sobre a relação de osseointegração e qualidade óssea associada a hipovitaminose ou a hipervitaminose Tais estudos levam a crer que a vitamina D é uma das mais importantes vitaminas para nosso corpo e participa ativamente no processo de reparo ósseo 1 INTRODUÇÃO COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 3 A importância das vitaminas já é conhecida há muito tempo a partir de diversos estudos e pesquisas Refletindo não somente na saúde geral do ser humano as vitaminas têm diversos aspectos que influenciam na saúde bucal No caso discutiremos mais informações sobre a vitamina D e sua relação com o reparo ósseo BINKLEY et al 2007 A vitamina D tem influência direta na fisiologia óssea influenciando na formação de osso no indivíduo Em geral é responsável pela regulação de cálcio no sangue a sua deficiência é capaz de causar doenças como osteoporose e raquitismo Sendo encontrada com maior frequência nas formas de vitamina D2 Ergocalciferol e D3 Colecalciferol de origem vegetal e animal respectivamente a vitamina D está presente em alimentos como gema do ovo salmão óleo de fígado de peixe sardinhas Shitake fresco ou seco produtos fortificados iogurte leite manteiga dentre outros Porém para se ter uma ideia de quanto se precisa para suprir a necessidade de vitamina D pela dieta é preciso comer peixe 3 ou 4 vezes na semana hoje sendo considerado que só 10 a 20 dos valores diários recomendados podem ser obtidos através dos alimentos PONCHON DELUCA 1969 A luz solar também participa no processo de sintetização da vitamina D pois este ativa e estimula sua função no organismo quando a pele é exposta a luz solar A exposição tendo 18 da pele sem protetor solar por 5 a 10 minutos 3 vezes na semana podem garantir a necessidade suficiente da vitamina D BISCHOFFFERRARI et al 2004 PENILDON 1980 Definida por ser essencial para a homeostase essa vitamina é responsável pela absorção de cálcio e também de fósforo na região do intestino grosso direcionada para os ossos e os rins principalmente Garante o funcionamento correto de músculos crescimento celular nervos utilização de energia coagulação sanguínea além também de ser importante na secreção de insulina na resposta imunológica e outros aspectos e funções corporais KAWAKAMI YAMAMOTO 2004 A carência da vitamina D em indivíduos normais pode estar contribuindo para a formação de doenças como Osteoporose Fibromialgia Hipertensão Doenças cardiovasculares Intolerância à glicose Diabetes Tipo I e II Correlação inversa entre Síndrome Metabólica e níveis adequados de Vitamina D Certas doenças infecciosas Tuberculose trato respiratório superior Doenças autoimunes Esclerose múltipla asma COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 4 artrite reumatoide Doença de Crohn Cânceres mais comuns Intestino mamas e próstata Alterações no desenvolvimento e funções cerebrais Esquizofrenia Carência de VD na gestação Autismo Déficit cognitivo Depressão Baixo nível sérico de VD e alto nível sérico de HPT Doença de Alzheimer Condições associadas à mortalidade infantil Nascimento de bebes com baixo peso Hiperparatireoidismo secundário e primário Urist et al 1983 A presença de Vitamina D em exagero no organismo também causa prejuízos Alguns estudos realizados em universidades dos Estados Unidos revelaram que tanto o seu excesso quanto a sua deficiência é capaz de aumentar o risco do indivíduo a inflamações cardíacas e nos vasos sanguíneos Sendo assim é preciso realmente observar a necessidade de suplementações vitamínicas não somente no caso da vitamina D sempre sendo indicado acompanhamento médico ABE et al 1981 O objetivo desta revisão é demonstrar o impacto negativo da deficiência de vitamina D e seu lado positivo na formação de osso cortical periimplantar Para ela no entanto ainda são necessárias muitas pesquisas incluindo investigações clínicas que possam elucidar melhor os mecanismos de ação da vitamina D nos processos de metabolismo ósseo e osseointegração Até que esse futuro se torne presente cabe a nós CirurgiõesDentistas atentos às tendências científicas mundiais fornecer compensações vantajosas aos nossos pacientes Dentro desse contexto a suplementação diária da vitamina D e do cálcio além da recomendação da exposição solar nos primeiros horários da manhã até às 10h e depois das 16h tornase de extrema importância para os pacientes que serão submetidos a implantes ou para aqueles pacientes que utilizam bifosfonatos alendronatos 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Deficiência de vitamina D também afeta saúde bucal A deficiência desta vitamina também pode acarretar problemas para a saúde bucal a vitamina D calciferol está intimamente ligada ao metabolismo ósseo a literatura científica aborda a má influência dos baixos níveis de vitamina D em pacientes submetidos à colocação de implantes dentários Os implantes de titânio cicatrizam no osso através de um processo de osseointegração traduzido pelo íntimo contato do osso com a superfície do implante em um processo totalmente COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 5 biocompatível Isso significa que na ausência da quantidade necessária de vitamina D no corpo o paciente submetido a um implante dentário tem prejuízo na integração do osso com a superfície do implante Reddi 1992 Outro prejuízo que podemos obter pela deficiência de vitamina D no corpo é a halitose A falta de vitamina D no organismo é responsável por descamar em excesso as células que estão presentes na mucosa bucal consequentemente há o acúmulo dessas células na boca e com o tempo o mau cheiro é liberado pelo apodrecimento das células descamadas e o consequente favorecimento do aumento da placa bacteriana Burwell 1969 Dentro desse contexto em muitos casos de tratamento odontológico envolvendo o controle de doenças bucais infecciosas eou procedimentos cirúrgicos com ou sem implantes é prudente investigar as deficiências vitamínicas e suplementar as vitaminas de forma racional e adequada Bab et al 1988 A eficácia do tratamento com implantes dentários é elevada girando em torno dos 98 mas que as falhas quando ocorrem denunciam sérios problemas muitas vezes provocados por fatores sistêmicos como a deficiência de estrógeno nas mulheres em menopausa a osteoporose o diabetes o tabagismo ou etilismo GARLAND et al 2007 3 DISCUSSÃO Os achados das pesquisas são compatíveis com o que se observa na prática clínica no Brasil Embora seja um país com abundância de dias ensolarados o sol é a principal fonte de vitamina D as características da vida moderna nas grandes cidades o sedentarismo o receio dos danos do sol à pele e o uso de protetor solar tem dificultado a correta exposição ao sol comprometendo a síntese adequada de vitamina D Em alguns grupos de pessoas afrodescendentes com insuficiência renal ou hepática idosos e obesos o risco para a deficiência é ainda maior do que na população em geral Arunabh et al 2003 Embora haja poucos estudos sobre a influência da deficiência de vitamina D na saúde bucal há algumas que apontam a associação entre a carência da vitamina e o prejuízo na cicatrização óssea de cirurgias periodontais e de fraturas Quando há carência leve de vitamina D o organismo pode reagir através da hipocalcemia leve COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 6 hiperparatireoidismo compensatório perda de osso trabecular e redução na absorção intestinal de fosfato gerando hipofosfatemia Se o quadro de carência da vitamina se prolongar e agravar para a deficiência de maneira que o organismo não consiga compensar a falta dela pode surgir hipocalcemia severa com prejuízos ósseos musculares imunológicos e metabólicos No caso de suspeita de deficiência de vitamina D convém aos profissionais da saúde encaminhar o paciente ao médico que analisará a existência real da hipovitaminose e a indicação de uma suplementação vitamínica mudanças de hábitos alimentares maior exposição ao sol entre outras abordagens ABE et al 1981 HOLICK 2003 Outros estudos apontam que a falta da vitamina D acarreta uma série de enfermidades não apenas relacionadas aos ossos mas também doenças autoimunes cardíacas artrite reumatoide entre outras O principal efeito da vitamina D é aumentar a absorção intestinal de cálcio e promover uma mineralização adequada dos ossos evitando baixa estatura nas crianças e osteoporose na terceira idade Além disso já estão bem conhecidas suas outras ações sobretudo na melhora do sistema imunológico na apropriada secreção de insulina pelo pâncreas na função muscular e na prevenção de tumores Nos idosos níveis adequados de vitamina D reduzem os riscos de fratura não apenas por melhorar a calcificação dos ossos mas também por contribuir com a força muscular e o equilíbrio Em homens estudos demonstram que a carência de vitamina D está relacionada a uma menor produção de testosterona podendo causar redução da libido e disfunção erétil ABE et al 1981 Estudo recente aponta uma prevalência em torno de 50 de deficiência de vitamina D na América Latina incluindo países como Brasil Chile México e Argentina o que representaria um problema de saúde pública A vitamina D está presente na gema de ovo manteiga óleo de fígado de bacalhau salmão e arenque Porém estas fontes alimentares além de escassas em nossa dieta habitual contêm quantidades insuficientes para preencher a necessidade diária do organismo Assim a nossa principal fonte de vitamina D é a produção pela pele estimulada pelos raios solares No Brasil a oferta de alimentos enriquecidos laticínios e cereais por exemplo com a vitamina D ainda é pequena diferentemente de outros países principalmente aqueles de clima mais frio e baixa incidência de sol BURCHARDT et al 1983 GARLAND et al 2007 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 7 Considerando essa escassez de vitamina D nos alimentos os perigos da recomendação de um aumento sistemático à exposição solar e ao mesmo tempo a alta prevalência da carência desta vitamina nas pessoas a recomendação feita com o endosso de diversas pesquisas para que se estabeleça uma dosagem anual de vitamina D sobretudo em pessoas com maior risco de deficiência Confirmado o diagnóstico de deficiência ou de insuficiência em crianças em fase de crescimento ou pessoas de risco para fraturas ou osteoporose está indicada sua suplementação diária com medicação contendo vitamina D Esta suplementação vitamínica feita por via oral é segura e não apresenta efeitos colaterais O ajuste da dose é feito por exames periódicos de sangue Após a normalização dos exames doses semanais ou mensais de manutenção podem ser indicadas A intoxicação por vitamina D é uma situação muito rara causada por doses excessivas com duração prolongada e sem os exames regulares para ajuste de dose ABE et al 1981 ARUNABH et al 2003 GARLAND et al 2007 4 CONCLUSÃO Concluímos que a vitamina D é uma fonte de equilíbrio de nutrientes e da distribuição dos mesmos pelo nosso corpo sendo tanto a sua deficiência como o seu excesso prejudiciais à saúde A avaliação da dosagem de Vitamina D deve ser solicitada pelo CirurgiãoDentista previamente à realização de um procedimento cirúrgico ósseo a fim de que uma deficiência prejudique o reparo ósseo 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BINKLEY et al Low Vitamin D Status despite Abundant Sun Exposure The Journal of Clinical Endocrinology Metabolism 92621305 2007 by The Endocrine Society doi 101210jc20062250 2 BISCHOFFFERRARI et al Higher 25hydroxyvitamin D concentrations are associated with better lowerextremity function in both active and inactive persons aged or 60 y Am J Clin Nutr 2004 Sep8037528 3 ABE E MIYAURA C SAKAGAMI H TAKEDA M KONNO K YAMAZAKI T et al Differentiation of mouse myeloid leukemia cells induced by 1alpha25 dihydroxyvitamin D3 Proc Natl Acad Sci USA 19817849904 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 8 4 ARUNABH S POLLACK S YEH J ALOIA JF Body fat content and 25 hydroxyvitamin D levels in healthy women J Clin Endocrinol Metab 200388115761 5 GARLAND et al Vitamin D and prevention of breast cancer pooled analysis J Steroid Biochem Mol Biol 2007 Mar1033570811 6 HOLICK M Vitamin D A Millenium Perspective Journal of Cellular Biochemistry 88296307 2003 7 KAWAKAMI M TAKANOYAMAMOTO T Local injection of 125dihydroxyvitamin D3 enhanced bone formation for tooth stabilization after experimental tooth movement in rats J Bone Miner Metab 2004 22541546 DOI 101007s0077400405213 8 COLLINS MK SINCLAIR PM The local use of vitamin D to increase the rate of orthodontic tooth movement Bedford and Dallas Texas Am J Orthod Dentofac Orthop October 1988 94427884 9 KALE S ANKARA I KOCADERELI TI ATILLA P ESIN AS Comparison of the effects of 125 dihydroxycholecalciferol and prostaglandin E2 on orthodontic tooth movement Am J Orthod Dentofacial Orthop 200412560714 10 URIST MR DELANGE RJ FINERMAN GAM Bone cell differentiation and growth factors Science 1983 22 680686 11 BURWELL RG The fate of bone graft In Recent advances in orthopaedics Baltimore 1969 12 BAB I PASSIEVEN L GAZIT D et al Osteogenesis in vivo diffusion chamber cultures of human marrow cells Bone Miner 1988 4 373386 13 REDDI AH Regulation of cartilage and bone differentiation by bone morphogenetic proteins Curr Opin Cell Biol 1992 4 850 14 BURCHARDT H The biology of bone graft repair Clin Orthop Rel Res 1983 174 4 2842 15 PENILDON S Farmacologia Ed Guanabara Koogan 1980 16 PONGRON G KENNAN AL DELUCA HF Activation of Vitamin D by the Liver From the Departments of Biochemistry and Obstetrics and Gynecology University of Wisconsin Madison Wisconsin 53706 The Journal of Clinical Investigation Volume 48 1969 COPYRIGHT 2016 INTERNATIONAL JOURNAL OF SCIENCE DENTISTRY AVAILABLE ONLINE httpwwwijosduffbr REVISTA FLUMINENSE DE ODONTOLOGIA ANO XXII N o 46 Julho Dezembro 2016 ISSN 14132966 D2316 9 17 PONCHON G DELUCA HF The Role of the Liver in the Metabolism of Vitamin DFrom the Department of Biochemistry University of Wisconsin Madison Wisconsin 53706 The Journal of Clinical Investigation Volume 48 1969 18 BAYLINK D STAUFFER M WERGEDAL J RIAU C Formation Mineralization and Resorption of Bone in Vitamin DDeficient Rats From the University of Washington School of Medicine and Veterans Administration Hospital Seattle Washington 98108 The Journal of Clinical Investigation Volume 49 1970 BUCCAL ATTENDANCE OF THE PATIENT WITH DIABETES MELLITUS A REVISION OF LITERATURE RESUMO ABSTRACT O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Uma Revisão da Literatura 71 Renata Rolim de SOUSA Ricardo Dias de CASTRO Cristine Hirsch MONTEIRO Severino Celestino da SILVA Adriana Bezerra NUNES Aluna da Graduação do curso de MedicinaUFPB Bolsista PIBICCNPqUFPB Aluno da Graduação do curso de OdontologiaUFPB Bolsista PIBICCNPqUFPB Mestre em Bioquímica e Imunologia Doutora em Bioquímica e Imunologia Professora Adjunta da Disciplina de Imunologia do Departamento de Fisiologia e Patologia CCSUFPB Especialista em Periodontia Mestre em Clínica Odontológica Doutor em Odontologia Preventiva e Social Professor Adjunto da Disciplina de Periodontia do Departamento de Clínica e Odontologia Social CCSUFPB Especialista em Endocrinologia Mestre em Genética Doutora em Endocrinologia Professora Adjunta da Disciplina de Endocrinologia do Departamento de Medicina Interna CCSUFPB O diabetes mellitus abrange um grupo de distúrbios metabólicos que podem levar à hiperglicemia Os principais sintomas são polidpsia poliúria polifagia e perda de peso Há insuficiência vascular periférica provocando distúrbios de cicatrização e alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica aumentando a susceptibilidade às infecções 3 a 4 dos pacientes adultos que se submetem a tratamento odontológico são diabéticos Dentre as alterações bucais desses pacientes estão a hipoplasia a hipocalcificação do esmalte diminuição do fluxo e aumento da acidez e da viscosidade salivar que são fatores de risco para cárie O maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e fatores irritantes nos tecidos Ocorre xerostomia glossodínia ardor na língua eritema e distúrbios de gustação A doença periodontal é a manifestação odontológica mais comum estando presente em 75 destes pacientes Além disso emergências como a hipoglicemia e a cetoacidose metabólica podem ocorrer durante o atendimento e o cirurgiãodentista deve estar atento para suspeitar previamente de um diabetes mellitus não diagnosticado O objetivo dessa revisão é esclarecer as principais correlações entre o diabetes mellitus e essas manifestações evidenciando as condutas indicadas a serem tomadas pelo cirurgião dentista e ressaltar a importância do diálogo mais efetivo entre odontologia e medicina elevando os índices de sucesso terapêutico DESCRITORES Odontologia Diabetes Mellitus Periodontia Diabetes mellitus encloses a group of metabolic riots that can lead to the hiperglicemia The main symptoms are intense headquarters urine and hunger and loss of weight It has peripheral vascularinsufficience provoking riots of healing and physiological alterations that diminish the imunological capacity increasing the easiness to have infections 3 or 4 of the adult patients whom will submit the odontological treatment are diabetic Amongst the buccal alterations of these patients there are the hipoplasia the hipocalcificação of the enamel reduction of the flow and increase of the salivas acidity and viscosity that are factors of risk for caries The biggest content of glucose and calcium in the saliva favors the irritating increase in the amount of calculations and factors in fabrics It occurs xerostomia glossalgia pain in the mouth and riots of gustation The periodontal illness is the more common odontological manifestation being present in 75 of these patients Moreover emergencies as the hipoglicemia and cetoacidose metabolic can occur during the attendance and the surgeon dentist must be intent to previously suspect of one diabetes mellitus not diagnosised The objective of this revision is to clarify the main correlations between diabetes mellitus and these manifestations being evidenced the indicated behaviors to be taken for the surgeondentist and to stand out the importance of the dialogue most effective between dentistry and medicine being raised the indices of therapeutical success DESCRIPTORS Dentistry Diabetes Mellitus Periodontics Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 72 INTRODUÇÃO O diabetes mellitus afeta 17 em cada 1000 pessoas entre os 25 e 44 anos e 79 indivíduos a cada 1000 em idade acima de 65 anos Assim aproximadamente 3 a 4 dos pacientes adultos que se submetem a tratamento odontológico são diabéticos SONIS FAZIO FANG 1996 Ele abrange um grupo de distúrbios metabólicos que compartilham o fenótipo da hiperglicemia aumento expressivo da concentração de glicose sanguínea Estes distúrbios podem incluir redução na secreção de insulina diminuição da utilização da glicose e aumento da produção de glicose HARRISON et al 2002 Algumas definições consideram a tríade de sintomas poliúria polidpsia e polifagia como sintomatologia obrigatória do diabetes Tais definições não são completamente corretas visto que muitos pacientes podem apresentar diagnóstico de diabetes mellitus e não apresentar o quadro clínico tradicional principalmente pacientes com alterações discretas do metabolismo Outras definições consideramno uma doença decorrente de deficiência absoluta ou parcial da insulina mas sabese que há pacientes com produção regular de insulina que desenvolvem resistência tecidual a este hormônio apresentando quadro clínico semelhante BARCELLOS et al 2000 CASTRO et al 2000 JUSTINO 1988 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ROSA SOUZA 1996 O paciente diabético apresenta muitas alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica e a resposta inflamatória aumentando a susceptibilidade às infecções BANDEIRA et al 2003 CASTILHO RESENDE 1999 Dentre as afecções sistêmicas que podem estar presentes nesses pacientes estão inúmeras alterações bucais sendo o objetivo dessa revisão esclarecer as principais correlações entre diabetes mellitus e essas manifestações evidenciando as condutas a serem tomadas pelo cirurgiãodentista frente a esta situação FISIOPATOLOGIA A insulina é um hormônio peptídico secretado pelas células pancreáticas necessário para o transporte transmembrana de glicose e aminoácidos para a formação de glicogênio no fígado e músculos esqueléticos e para promover a conversão da glicose em triglicerídios e a síntese de ácidos nucléicos e de proteínas processos estes que em sua maioria diminuem a concentração da glicose no sangue COTRAN COLLINS KUMAR 2000 Pacientes que apresentam resistência à ação da insulina têm a utilização da glicose diminuída o que facilita o desenvolvimento de hiperglicemias Um dos fatores que levam ao desenvolvimento dessa resistência é a obesidade Já o aumento da produção da glicose pode ocorrer como conseqüência da intolerância à insulina a partir do fígado e dos músculos onde inibiria a gliconeogênese resultando também em hiperglicemia BANDEIRA et al 2003 HARRISON et al 2002 No indivíduo normal a concentração de glicose no sangue é rigorosamente controlada estando entre 80 a 90mgdL de sangue no indivíduo em jejum Essa concentração aumenta para 120 a 140mgdL durante a primeira hora ou mais após uma refeição retornando aos níveis de controle habitualmente dentro de 2 horas GUYTON HALL 2002 O exame laboratorial utilizado com maior freqüência para obter a glicemia capilar é realizado colhendose uma gota de sangue resultante de um pique com estilete na extremidade interna do dedo indicador do paciente O sangue é colocado sobre uma fita reagente que é introduzida no glicosímetro onde será lido o valor da glicemia Se se suspeitar de diabetes deve ser feito um teste de glicemia em jejum PRICHARD 1982 Podese dosar também a glicemia dos pacientes após as refeições Pode ser solicitado o teste de tolerância à glicose oral em que é feita uma curva glicêmica após ser ingerida uma solução rica em glicose ao paciente e observase sua depuração A avaliação dos níveis de hemoglobina glicosilada pode indicar o grau de cronicidade de um estado de hiperglicemia BARCELLOS et al 2000 GREGORI COSTA CAMPOS 1999 Foram definidas duas formas de diabetes a partir da dependência de insulina pelo paciente Tipo 1 e Tipo 2 Dos pacientes com diabetes 90 possuem diabetes tipo 2 que normalmente se desenvolve a partir dos 40 anos O diabetes tipo 1 ocorre em 10 dos diabéticos que desenvolvem a doença antes de alcançar 25 anos de idade Essa classificação não determina quem precisa ou não utilizar insulina já que em pacientes com o tipo 2 que não conseguem compensar o metabolismo ou seja atingir os níveis aceitáveis de glicose utilizando medicação hipoglicemiante oral ou que apresentam diminuição da secreção endógena de insulina devido a um diabetes secundário a desordens autoimunes que possam afetar o pâncreas é necessário que se faça o uso de insulina SONIS FAZIO FANG 1996 DIAGÓSTICO E QUADRO CLÍNICO O diagnóstico do diabetes em adultos com exceção das gestantes baseiase na demonstração de uma glicemia ocasional igual ou superior a 200 mgdL ou glicemia de jejum em pelo menos duas ocasiões de SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 73 126mgdL ou mais O tratamento consiste em um programa de exercícios e dieta fixos uso de agentes hipoglicemiantes orais eou insulinoterapia MC DERMOTT 1997 Os principais sintomas são polidpsia poliúria polifagia e perda de peso Antes de ser iniciado o tratamento a incapacidade de reabsorção de todo o excesso de glicose pelos rins resulta em glicosúria que desencadeia diurese osmótica e poliúria A hiperglicemia resulta em anormalidades microcirculatórias nefropatia retinopatias a qual pode resultar em cegueira e neuropatias periféricas com perda sensorial importante que favorece a ocorrência de trauma acidental causando ulcerações ou alterações gangrenosas nos dedos mãos e pés Ocorrem ainda distúrbios no processo de cicatrização e aterosclerose cerebrovascular cardiovascular e de vasos periféricos CASTRO et al 2000 GREGORI COSTA CAMPOS 1999 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 MANSON ELEY 1999 SONIS FAZIO FANG 1996 Em 1993 a OMS incluiu a doença periodontal DP como sendo a 6ª complicação clássica do diabetes KAWAMURA 2002 ALTERAÇÕES PROVOCADAS PELA HIPERGLICEMIA Distúrbios da imunidade Existem alterações fisiológicas que diminuem a capacidade imunológica e a resposta inflamatória desses pacientes aumentando a susceptibilidade às infecções O controle glicêmico está envolvido na patogênese dessas alterações Há disfunções nos leucócitos com anormalidades na aderência quimiotaxia fagocitose e destruição intracelular Há diminuição também da ativação espontânea e da resposta neutrofílica quando comparados aos pacientes controles não diabéticos BANDEIRA et al 2003 Existem teorias de que a hiperglicemia ou a presença dos produtos finais da glicosilação levam a um estado de persistente ativação dos polimorfonucleares o que induz a ativação espontânea de cadeia oxidativa e liberação de mieloperoxidase elastase e outros componentes dos grânulos neutrofílicos causando danos em duas vias BANDEIRA et al 2003 CASTILHO RESENDE 1999 1 Pode tornar os polimorfonucleares tolerantes isto é com resposta menos efetiva quando estimulados por patógenos 2 Pode iniciar um processo patológico levando à injúria vascular O aumento da expressão das moléculas de adesão nos polimorfonucleares é importante na patogênese da aterosclerose A piora do controle glicêmico leva à inflamação e ruptura das placas ateromatosas Distúrbios vasculares Quanto às alterações vasculares do diabético podemos afirmar que BANDEIRA et al 2003 1 A diminuição da insulina e a hiperglicemia elevam os níveis de lipídeos potencialmente aterogênicos 2 Ocorre glicosilação de apoproteínas responsáveis pela captação desses lipídeos que permanecem na circulação 3 Aumenta a glicosilação do colágeno da parede dos vasos 4 Defeitos na agregação plaquetária que aumentam a agregação das plaquetas e a vasoconstricção levando a tromboembolismos e deficiência na circulação periférica 5 Proliferação de células musculares lisas da parede arterial que aumentam sua contração promovendo insuficiência vascular periférica ALTERAÇÕES BUCAIS DOS PACIENTES DIABÉTICOS Pucci 1939 afirmava que o diabetes especialmente em crianças estava associado à perda de cálcio pelo organismo podendo levar à descalcificação óssea alveolar Hoje sabese que além dessa descalcificação são muitas as afecções bucais que podem se manifestar nesses pacientes Segundo Sonis Fazio e Fang 1996 a hipoplasia e a hipocalcificação do esmalte podem estar associadas a uma grande quantidade de cáries Monteiro 2001 observou que há um aumento na excreção e conseqüentemente da concentração do íon cálcio na saliva de portadores de diabetes mellitus sem que haja modificações nas concentrações dos íons sódio e potássio Mudanças alimentares e a diminuição de açúcares na dieta junto com o maior conteúdo de glicose e cálcio na saliva favorece o aumento na quantidade de cálculos e de fatores irritantes nos tecidos enquanto a atrofia alveolar difusa está aumentada nesses pacientes SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Dentre as principais manifestações bucais e aspectos dentais dos pacientes com diabetes estão a xerostomia glossodínia ardor na língua eritema e distúrbios de gustação O diabetes mellitus leva a um aumento da acidez do meio bucal aumento da viscosidade e diminuição do fluxo salivar os quais são fatores de risco para cárie SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Apesar de terem restrições quanto ao uso de açúcar e da secreção deficiente de imunoglobulinas na saliva esses pacientes têm a mesma suscetibilidade à cárie e doenças relacionadas à placa dentária dos indivíduos normais MOIMAZ et al 2000 Um estudo realizado por Novaes Júnior 1991 mostrou que o índice de placa foi maior nos pacientes diabéticos que no grupo controle e que atingia mais SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 74 mulheres que homens diabéticos não havendo essa variação quanto ao gênero no grupo controle Manifestações menos freqüentes são a tumefação de glândula parótida candidíase oral e queilite angular resultantes de modificações na flora bucal aftas recidivantes e focos de infecções Pacientes com controle inadequado do diabetes têm significativamente mais sangramento gengival e gengivite do que aqueles com controle moderado e bom e do que pacientes que não apresentam a doença Os tecidos periodontais dos pacientes diabéticos tipo 2 quando comparados aos pacientes saudáveis apresentam maior grau de vascularização maior grau de espessamento de parede vascular obliteração total e parcial de luz vascular alterações vasculares nos tecidos gengivais e estas parecem estar relacionadas ao caráter hiperinflamatório desses pacientes BARCELLOS et al 2000 CASTRO et al 2000 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ROSA SOUZA 1996 SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 SOUZA 2001 A xerostomia além do desconforto pode provocar doenças bucais severas A saliva é importante pois dificulta o desenvolvimento de cáries e umedece o rebordo alveolar residual sobre o qual se apóiam as bases das próteses parciais removíveis e totais devendo por isso ser preservado ao longo do tempo para não sofrer traumas durante os processos mastigatórios BATISTA MOTTA NETO 1999 S ã o c o n t r a i n d i c a d o s o s i m p l a n t e s osseointegrados nesses pacientes pois a síntese de colágeno está prejudicada principalmente em pacientes com diabetes tipo 1 e descompensados do tipo 2 Existe um impasse sobre a utilização do implante em pacientes tipo 2 compensados Lauda Silveira e Guimarães 1998 afirmam que são contraindicados já que o problema do diabetes não está na fase reparacional ou cirúrgica e sim na formação e remodelação da interface A doença periodontal processo infeccioso que resulta em uma potente resposta inflamatória MONTEIRO ARAÚJO GOMES FILHO 2002 é a manifestação odontológica mais comum em pacientes diabéticos mal controlados Aproximadamente 75 destes pacientes possuem doença periodontal com aumento de reabsorção alveolar e alterações inflamatórias gengivais SONIS FAZIO FANG 1996 A profundidade de sondagem e o número de dentes perdidos em sextantes com bolsas profundas são maiores nos diabéticos Foram observadas modificações da microbiota em placas bacterianas flutuantes ou aderidas na base da bolsa periodontal devidas aos níveis elevados de glicose no fluido sulcular mas alguns estudos afirmam que não existe diferença da microbiota entre esses pacientes e o grupo controle Ocorre inflamação gengival desenvolvimento de bolsas periodontais ativas abscessos recorrentes perda óssea rápida e progressiva havendo também osteoporose trabecular e cicatrização lenta do tecido periodontal É observada menor queratinização epitelial retardos na biossíntese do colágeno e da velocidade de maturação do fibroblasto do ligamento periodontal que dificulta a reparação póstratamento embora Pilatti Toledo e El Guindy 1995 não tenham observado diferença na capacidade de reparação tecidual frente ao tratamento periodontal não cirúrgico Numa comparação entre irmãos diabéticos e não diabéticos a prevalência de doença periodontal é extremamente superior entre aqueles com o distúrbio metabólico e da mesma forma a maior duração do diabetes também é associada aos indivíduos com doença periodontal severa CASTRO et al 2000 LAUDA SILVEIRA GUIMARÃES 1998 ORSO PAGNONCELLI 2002 A progressão da doença periodontal é maior em diabéticos que apresentam a doença há muito tempo particularmente naqueles que demonstram complicações sistêmicas e diabéticos com doença periodontal avançada sofrem mais com complicações do tipo abscessos que pacientes que não apresentam a doença MANSON ELEY 1999 O grau de controle dos níveis glicêmicos a duração da doença alterações vasculares alteração no metabolismo do colágeno fatores genéticos HLA Complexo de Histocompatibilidade Humana e a idade dos pacientes são fatores aparentemente correlacionados de maneira positiva com a severidade e prevalência da doença periodontal independentemente do tipo de diabetes SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 TRAMONTINA et al 1997 A presença de infecções leva à estimulação da resposta inflamatória resultando em situação de estresse que aumenta a resistência dos tecidos à insulina piorando o controle do diabetes Observouse que a terapia periodontal reduziu as necessidades de administração de insulina pelo diabético Os procedimentos dentários cirúrgicos causam bacteremias em mais de 80 dos pacientes e o tratamento periodontal quando precedido da administração sistêmica de antibióticos melhora o controle metabólico dos pacientes De forma geral a necessidade ou não da medicação depende do controle metabólico do paciente mas a escolha da medicação dose e via de administração são usualmente as mesmas recomendadas para indivíduos não diabéticos Estes pacientes requerem vigilância particular durante o tratamento de infecções odontogênicas A amoxicilina é o antibiótico de escolha No caso de infecção dental aguda em pacientes diabéticos não controlados a utilização do antibiótico deverá se iniciar antes do SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 75 procedimento invasivo e continuar por vários dias após a drenagem e o controle primário Para os pacientes com bom controle metabólico os riscos são semelhantes àqueles que correm os pacientes normais e o antibiótico terá as mesmas indicações para ambos Contudo um enfoque terapêutico inicial deve ser direcionado para a prevenção do início da doença periodontal em pacientes diabéticos Os antibióticos não devem ser usados como rotina no tratamento periodontal de pacientes diabéticos mas podem ser administrados na presença de infecçöes e associados aos procedimentos periodontais invasivos com a finalidade de minimizar as complicações pósoperatórias O uso de cloredixina como agente antiplaca mostrouse efetivo como coadjuvante no tratamento periodontal de pacientes diabéticos CASTRO et al 2000 GREGHI et al 2002 PILATTI TOLEDO EL GUINDY 1995 A alta prevalência de uma ou mais doenças sistêmicas crônicas como o diabetes mellitus doenças coronarianas e osteoporose em pacientes idosos requer uma conduta terapêutica periodontal mais cuidadosa e multidisciplinar CUNHA MELO 2001 O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE DIABÉTICO Uma emergência comum durante o atendimento odontológico nesses pacientes é a hipoglicemia situação em que a glicemia no sangue cai abaixo de 45 mg acompanhado de sinais e sintomas que quando reconhecidos devem ser imediatamente tratados fazendose com que o paciente ingira açúcar puro água com açúcar balas chocolate etc Os sinais e sintomas podem ser de dois tipos básicos 1 Sintomas adrenérgicos semelhantes aos causados por sustos medo ou raiva como desmaio fraqueza palidez nervosismo suor frio irritabilidade fome palpitações e ansiedade 2 Sintomas neuroglicopênicos conseqüentes da deficiência no aporte de glicose ao cérebro visão turva diplopia sonolência dor de cabeça perda de concentração paralisia distúrbios da memória confusão mental incoordenação motora disfunção sensorial podendo também chegar à manifestação de convulsões e estados de coma No caso de perda de consciência a administração de 2cc de glicose a 20 IV geralmente reverte o quadro GREGORI COSTA CAMPOS 1999 Já paciente hiperglicêmicos com glicemias superiores a 400mg devem ser encaminhados para o médico O paciente pode revelar sinais e sintomas característicos de cetoacidose metabólica como a presença de hálito cetônico náuseas vômitos e respiração de Kussmaul BARCELLOS et al 2000 O cirurgiãodentista deve estar atento para suspeitar previamente de um diabetes mellitus não diagnosticado devendo a história dental incluir perguntas relativas à poliúria polifagia polidipsia e perda de peso Pacientes que apresentarem história positiva devem ser encaminhados a um laboratório de análise clínica ou ao médico para uma avaliação adicional antes de ser iniciado o tratamento dentário As células do epitélio bucal de pacientes diabéticos em estudo realizado por Alberti 2002 exibiram figuras de binucleaçäo e ocasionais cariorrexe em todas as camadas Tais resultados aliados à observação clínica sugerem que o diabetes mellitus é capaz de produzir alterações em células do epitélio bucal detectáveis pela microscopia e citomorfometria podendo ser utilizadas no diagnóstico desta doença O paciente que sabe ser portador de diabetes deve informar o tipo a terapia que está sendo empregada o nível de controle metabólico e a presença de complicações secundárias da doença Deve ser questionado especificamente sobre a duração da doença a ocorrência de hipoglicemias a história de hospitalização póscetoacidose e modificações no regime terapêutico SONIS FAZIO FANG 1996 A maioria dos autores afirma que pacientes diabéticos bem controlados podem ser tratados de maneira similar ao paciente não diabético na maioria dos procedimentos dentários de rotina Pacientes com bom controle metabólico respondem de forma favorável à terapia periodontal nãocirúrgica similarmente aos pacientes nãodiabéticos GREGHI et al 2002 SCHNEIDER BERND NURKIM 1995 Justino 1988 sugere uma conduta odontológica a ser tomada pelos profissionais diante de pacientes diabéticos Visando reduzir a tensão devem ser realizadas consultas curtas no início da manhã pois os níveis endógenos de corticosteróides neste período são geralmente altos e os procedimentos estressantes podem ser mais bem tolerados e técnicas de sedação auxiliar quando apropriadas Sobre a dieta do paciente aconselhase que o paciente continue a se alimentar normalmente antes do tratamento Em caso de consulta demorada especialmente se esta se prolongar pelo tempo da refeição normal interromper o trabalho para uma refeição ligeira Àqueles pacientes aos quais se prevê dificuldades na ingestão de alimentos sólidos depois do tratamento devese prescrever dieta de alimentos pastosos e líquidos Para diminuir os riscos de infecção devem ser realizados exames laboratoriais e indicase a SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 76 profilaxia antibiótica As infecções periodontais agudas devem ser tratadas energicamente O uso profilático de antibióticos no pósoperatório deve ser considerado O Quadro 1 ilustra a conduta recomendada de acordo com o grau de risco do paciente para os procedimentos nãocirúrgicos e cirúrgicos Quadro 1 Conduta do cirurgião dentista recomendada de acordo com o grau de risco do paciente diabético Paciente Procedimentos NãoCirúrgicos Procedimentos Cirúrgicos Pequeno risco Bom controle metabólico com regime médico estável ausência de história de cetoacidose ou hipoglicemia nenhuma complicação glicosúria mínima traços a 1 e glicemia em jejum inferior a 200 mgdl taxa de hemoglobina glicosilada de 7 Com precauções devidas Acrescidos de sedação auxiliar e adequação da dose de insulina Risco Moderado Controle metabólico razoável com regime médico estável ausência de história recente de cetoacidose ou hipoglicemia poucas complicações glicosúria entre 0 e 3 sem cetonas glicemia em jejum abaixo de 250 mgdl taxa de hemoglobina glicosilada entre 7 e 9 Com possível uso de sedação auxiliar Cirurgias menores ajuste da insulina e possibilidade de internação Grande risco Controle metabólico deficiente sintomas freqüentes problemas freqüentes com cetoacidose e hipoglicemia múltiplas complicações glicosúria significativa 4 ou cetonúria glicemia em jejum superior a 250 mgdl taxa de hemoglobin a glicosilada acima de 9 Tratamentos devem ser paliativos Deve se adiar o tratamento até as condições metabólicas se equilibrarem Controle enérgico das infecções bucais Fonte SONIS S T FAZIO R C FANG L 1996 Pacientes nãohospitalizados devem ser instruídos a tomar sua dosagem normal de hipoglicemiantes antes dos procedimentos dentários O médico deve ser consultado para informar sobre a gravidade e o grau de controle e ser envolvido nas decisões sobre a cobertura com insulina durante o tratamento dentário O uso de lidocaína como solução anestésica local não é a melhor escolha por ser considerado um anestésico de curta duração de ação Os anestésicos de longa duração também não são de melhor escolha porque têm influência no miocárdio A anestesia de bloqueio deve ser preferida evitandose o uso de soluções que contenham vasoconstrictor à base de adrenalina pois esta promove a quebra de glicogênio em glicose podendo determinar hiperglicemias BARCELLOS et al 2000 ROSA SOUZA 1996 CONCLUSÕES 1 O cirurgiãodentista deve conhecer as alterações bucais e sistêmicas dos pacientes diabéticos 2 No caso de suspeita de diabetes o cirurgião dentista deve solicitar exames laboratoriais para avaliar a glicemia dos pacientes encaminhandoo para o serviço médico caso estes se apresentem alterados 3 Pacientes já sabidamente diabéticos necessitam de cuidados especiais sendo importante o contato com o médico que o acompanha principalmente diante de procedimentos cirúrgicos mais complicados que exijam boas condições metabólicas desses pacientes 4 Está comprovada a relação entre a doença periodontal e o quadro clínico de diabetes sendo importante que o diagnóstico de diabetes seja cuidadosamente determinado ou descartado 5 Dentre os fatores que influenciam a progressão e agressividade a doença periodontal em pacientes diabéticos estão idade tempo de duração controle metabólico microbiota periodontal alterações vasculares alteração no metabolismo do colágeno fatores genéticos e alterações da resposta inflamatória 6 A posologia e tipos de medicamentos dentre eles antibióticos analgésicos e tranqüilizantes deverão ser prescritos de acordo com cada caso e principalmente a gravidade 7 Pacientes diabéticos bem controlados podem ser tratados como pacientes normais 8 É necessário que haja diálogo mais efetivo entre odontologia e medicina para que o paciente seja enfim visto como um todo elevando os índices de sucesso terapêutico nas duas profissões REFERÊNCIAS ALBERTI S Citologia esfoliativa da mucosa bucal em pacientes diabéticos tipo II morfologia e citomorfometria 81 f Dissertação Mestrado Faculdade de Odontologia de Bauru Universidade de São Paulo Bauru 2002 BANDEIRA F et al Endocrinologia e diabetes Rio de Janeiro Medsi 2003 1109p BARCELLOS I F et al Conduta odontológica em paciente diabético R Bras Odontol Rio de Janeiro v 57 n 6 p 407 410 novdez 2000 BATISTA A A MOTTA NETO J Manifestações da diabete na cavidade bucal em pacientes portadores de próteses J Bras Clin Estét Odontol Curitiba v 3 n 14 p 7072 1999 CASTILHO L S RESENDE V L S Profilaxia antibiótica quem necessita R do CROMG Belo Horizonte v 5 n 3 p 146150 setdez 1999 CASTRO M V M et al Atendimento clínico conjunto entre o periodontista e o médico Parte I diabetes e doenças isquêmicas ROBRAC Goiânia v 9 n 28 p 5558 dez 2000 COTRAN R S COLLINS T KUMAR V Robbins patologia estrutural e funcional 6 ed Rio de Janeiro Guanabara SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã 77 Koogan p 817829 2000 CUNHA MELO C F Periodontia na terceira idade 54f Monografia Especialização Faculdade de Odontologia Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2001 GREGHI et al Relação entre diabetes Mellitus e doença periodontal R APCD São Paulo v 56 n4 p 265 julago 2002 GREGORI C COSTA A A CAMPOS A C O paciente com diabetes melito RPG São Paulo v 6 n 2 p 166174 abrjun 1999 GUYTON A C HALL J E Tratado de fisiologia médica 10 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p 836 2002 HARRISON T R et al Medicina Interna 15 edRio de Janeiro Mc GrawHill v 1 2002 JUSTINO D A F Exames laboratoriais em Odontologia R APCD São Paulo v 42 n 2 p 143144 marabr 1988 KAWAMURA J Y Avaliação clínica radiográfica e imunohistoquímica da doença periodontal em pacientes portadores de diabetes mellitus do tipo 1 118f Dissertação Mestrado Faculdade de Odontologia Universidade de São Paulo São Paulo 2002 LAUDA P A SILVEIRA B L GUIMARäES M B Manejo odontológico do paciente diabético J Bras Odontol Clín Curitiba v 2 n 9 p 8187 maiojun 1998 MANSON J D ELEY B M Manual de periodontia 3 ed São Paulo Libraría Santos p 7374 1999 MC DERMOTT M T Segredos em Endocrinologia respostas necessárias ao diaadia em rounds na clínica em exames orais e escritos Porto Alegre Artes Médicas p 1642 1997 MOIMAZ S A S et al Estado de saúde bucal hábitos e conhecimentos de crianças e jovens diabéticos ROBRAC Goiânia v 9 n 27 p 5053 jun 2000 MONTEIRO A M D Doença periodontal e diabetes mellitus tipo 2 uma correlação em discussão 124f Dissertação Mestrado em Odontologia Faculdade de Odontologia Universidade Federal da Bahia Salvador 2001 MONTEIRO A M D ARAÚJO R P C GOMES FILHO I S Diabetes Mellitus tipo 2 e doença periodontal RGO Porto Alegre v 50 n 1 p 5054 janmar 2002 NOVAIS JÚNIOR A B et al Manifestações do Diabetes Mellitus insulinodependente no periodonto de jovens brasileiros J Periodont Indianápolis v 62 n 2 p 116122 Feb 1991 ORSO V PAGNONCELLI R M O perfil do paciente diabético e o tratamento odontológico R Odonto Ciênc Porto Alegre v 17 n 36 p 206213 abrjun 2002 PILATTI G L TOLEDO B E C EL GUINDY M M Diabetes mellitus e doença periodontal R ABO v 3 n 5 p 324327 outnov 1995 PRICHARD J F Diagnóstico e tratamento das doenças periodontais na prática odontológica geral São Paulo Medica Panamericana 1982 PUCCI F M Paradencio Patología y Tratamiento Montevidéu Médica J Garcia Morales p 190 1939 ROSA E L S SOUZA J G Abscesso dentofacial agudo em um paciente com Diabetes Mellitus RGO Porto Alegre v 44 n 2 p 9596 marabr 1996 SCHNEIDER M BERND G NURKIM N L Diabetes Mellitus e suas manifestações sobre o periodonto uma revisão bibliográfica R Odonto Ciênc Porto Alegre v 10 n 20 p 8998 dez 1995 SONIS S T FAZIO R C FANG L Princípios e prática de medicina oral 2ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1996 491p SOUZA L M A Estudo das alterações vasculares do periodonto de pacientes diabéticos 85 f Dissertação Mestrado Centro de Ciências da Saúde Departamento de Odontologia Universidade Federal do Rio Grande do Norte Natal 2001 TRAMONTINA R G et al Diabetes um fator de risco para doença periodontal Quando RGO Porto Alegre v 45 n 1 p 5054 janfev 1997 SOUSA et al O Paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus Pesq Bras Odontoped Clin Integr Jo o Pessoa v 3 n 2 p 7177 juldez 2003 ã Correspondência Renata Rolim de Sousa Rua Antonia Miguel Duarte 50 Bl 1 Apto 204 Bancários João PessoaPB CEP 58000000 Oii Obrigada por me escolher Tentei dar o meu melhor e espero que meu trabalho possa te ajudar Tenha uma ótima semana Artigo 1 O paciente odontológico portador de diabetes mellitus Uma revisão da literatura O artigo começa mostrando a quantidade de pessoas que normalmente são afetadas pela diabetes mellitus Nos é apresentado também a tríade de sintomas para diabetes entretanto não é em todo caso que os pacientes apresentam tais sintomas sendo elas poliúria polidpsia e polifagia seguido pela perca de peso Outra alteração conhecida pelos pacientes diabéticos é a diminuição da capacidade imunológica e aumento de infecções A hiperglicemia promove diferentes reações corporais como apresentada no artigo anormalidades microcirculatórias nefropatia retinopatia cegueira e neuropatia além de outras coisas como distúrbios vasculares dificuldade no processo de cicatrização e aterosclerose cerebrovascular Existem dois tipos de diabetes tipo 1 e tipo 2 A diabetes tipo 2 é mais comum de ser desenvolvida após os 40 anos enquanto a do tipo 1 é vista principalmente após os 25 anos O diagnostico de diabetes é realizada por um exame sanguíneo onde é analisado a glicemia num parâmetro superior ou igual a 200mgdL Ontologicamente falando é observado que em crianças vemos uma falta no cálcio danificando o esmalte dos dentes e consequentemente ajudando o aumento na quantidade de cáries Além disso o artigo nos apresenta outras mudanças na área bucal como ardor da língua problemas de gustação xerostomia diminuição da produção de saliva e glossodinia queimação eou formigamento da língua A hipoglicemia é quanto a glicemia do sangue cai abaixo de 45 mg e deve ser tratado com emergência ao notar seus primeiros sinais O tratamento de diabetes se baseia principalmente na prática de exercícios e dietas reguladas Também são oferecidas propostas de medicamentos se houver infecção normalmente a amoxicilina está como opção mas claro pode haver mudanças e tudo depende do quadro do paciente Artigo 4 Hormônio do crescimento humano e a perspectiva futura em odontologia O artigo apresenta a importância das reconstruções ósseas em cirurgias bucomaxilofaciais incluindo traumas de face patologias cirurgia ortognática e implantes dentários Os enxertos ósseos autógenos são considerados a melhor opção para reconstrução óssea nos maxilares devido às suas propriedades osteogênicas osteoindutoras e osteocondutoras Apesar da morbidade pósoperatória e da limitação quanto à quantidade de osso disponível esses enxertos se integram ao local receptor e permitem a instalação de implantes dentários Além dos enxertos autógenos são utilizados substitutos ósseos xenógenos e aloplásticos junto com o uso ou não de membranas absorvíveis para diversas finalidades como enxertos ósseos no seio maxilar preservação de alvéolo após extração dentária regeneração óssea guiada e preenchimento em implantes imediatos pósextração Quando se trata de reconstruções ósseas fatores de crescimento como o hormônio do crescimento GH surgem como uma alternativa interessante Ele desempenha um papel fundamental no crescimento ósseo pósnatal e no remodelamento ósseo estimulando a formação óssea e afetando órgãos e tecidos como fígado rins músculos e ossos Seus efeitos são mediados principalmente pelo fator de crescimento semelhante à insulina I IGFI O GH é capaz de estimular diretamente os condrócitos e os osteoblastos promovendo o crescimento ósseo a síntese de proteínas a remodelação e a mineralização óssea Sua deficiência em adultos está associada à perda óssea e ao aumento do risco de fraturas enquanto em pacientes com acromegalia excesso de GH observase um aumento da massa óssea e uma redução do risco de fraturas Mesmo que haja divergências nos estudos sobre o efeito do GH na formação óssea devido a diferentes métodos experimentais dosagens e espécies animais utilizadas é sugerida a importância desse hormônio no reparo de fraturas sendo seu papel no crescimento longitudinal do osso bem estabelecido em crianças e adolescentes O tratamento com GH é indicado para indivíduos com deficiência na produção desse hormônio pela hipófise independentemente da faixa etária O tratamento é realizado por meio de injeções diárias administradas subcutaneamente ou por inalador nasal e é bem tolerado quando indicado corretamente e sob orientação médica Em geral hormônios utilizados em níveis fisiológicos têm efeitos benéficos com poucos efeitos adversos No caso da suplementação com GH em doses altas e por longos períodos podem ocorrer efeitos adversos como acromegalia hipoglicemia disfunção hepática e aumento dos níveis de triglicerídeos No entanto esses efeitos não têm sido relatados nos estudos experimentais sobre o uso de GH em Odontologia Além disso na Odontologia a utilização do GH seria associada a um biomaterial em dose única e de aplicação local o que reduziria ainda mais o risco de efeitos adversos Diversas substâncias têm sido utilizadas para melhorar a resposta de reparo ósseo em enxertos ósseos e na osseointegração incluindo proteínas morfogenéticas fatores de crescimento e mais recentemente o GH Estudos demonstraram que o uso local de GH foi capaz de melhorar a resposta óssea em implantes colocados em tíbias de coelhos jovens alcançando resultados estatisticamente significativos Artigo 3 Disfunções da glândula tireoide e odontologia O artigo nos explica o que é tireoide e o que ela regula Além de ser explicado o que é o hipotireoidismo e o hipertireoidismo e suas implicações na cavidade oral e no tratamento odontológico A tireoide é uma glândula que produz os hormônios triiodotironina T3 e tiroxina T4 que são essenciais para o crescimento desenvolvimento e metabolismo celular No caso do hipotireoidismo ocorre uma falta na produção ou ausência dos hormônios tireoidianos circulantes Já o hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da função da glândula tireoide e dos seus hormônios resultando em um estado hipermetabólico Foram encontradas várias manifestações orais relacionadas ao hipertireoidismo como alterações nos tecidos ósseos da face osteoporose do osso alveolar desenvolvimento acelerado dos dentes e maxilares perda prematura dos dentes de leite erupção precoce dos dentes permanentes cáries dentárias e doença periodontal Já no hipotireoidismo as alterações bucais encontradas incluem hipoplasia condilar atresia maxilar ou mandibular prognatismo maxilar maloclusão hipoplasia de esmalte e dentina retardo na erupção dentária e no desenvolvimento radicular hipossalivação macroglossia demora na reparação dos tecidos e cicatrização de úlceras bucais O tratamento das disfunções geralmente envolve o uso de medicamentos Normalmente no hipotireoidismo é necessário repor os hormônios através do uso de levotiroxina No hipertireoidismo são utilizados medicamentos para inibir a síntese dos hormônios tireoidianos como a propiltiouracila Além disso os pacientes com hipertireoidismo tratados com propiltiouracila podem apresentar queixas de parotidite e úlceras bucais além de estarem mais propensos a desenvolver agranulocitose Os pacientes com hipertireoidismo não controlado são altamente sensíveis à adrenalina e portanto o uso de anestésicos locais contendo adrenalina é contraindicado devido ao risco de desencadear uma crise tireotóxica Artigo 2 A importância da vitamina D na sua saúde Uma revisão da literatura A vitamina D é diretamente responsável pela circulação do cálcio nos ossos e sangue Em casos em que a pessoa vai ter uma deficiência nessa vitamina o indivíduo poderá ter uma tendência a ter osteoporose e raquitismo além de fibromialgia hipertensão doenças cardiovasculares e intolerância a glicose entre muitas outras O artigo também nos mostra os alimentos nos quais se é encontrado a vitamina D mas além disso ressalta a importância de ser banhado de sol pelo menos 10 minutos por dia sem o uso do protetor solar Entretanto vemos que tudo em excesso faz mal e o mesmo funciona para vitamina D que for aderida em excesso poderá ser desenvolvido inflamações cardíacas e nos vasos sanguíneos Ontologicamente falando a falta de vitamina D acarreta problemas na fortificação do dente Pacientes que necessitam de da vitamina tendem a precisar de implantes dentários e sofrem de halitose Condição que deixa a boca com mau cheiro