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Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA UNIDADE 4 Reações de Precipitação Química Analítica I Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA SOLUBILIDADE Para cada temperatura existe uma quantidade limite de uma dada substância que se consegue dissolver num determinado volume de solvente A quantidade dessa substância nesse solvente é denominada solubilidade e é representada pela letra S Por exemplo é possível dissolver a 20C cerca de 36 g de sal de cozinha em 100 mL de água Imagem Chris 73 GNU Free Documentation License Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA O solvente é o componente cujo estado físico se preserva quando a mistura é preparada ou quando está presente em maior quantidade Os demais componentes da mistura são denominados solutos Uma vez misturados soluto e solvente formam uma mistura homogênea também chamada de solução Imagem BZiL Public Domain Imagem SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Veja alguns exemplos no quadro abaixo De acordo com nossa definição o cloreto de ferroso FeCl2 e o cloreto de sódio sal de cozinha NaCl são solúveis em água Já o sulfato de cálcio CaSO4 é moderadamente solúvel e o cloreto de prata AgCl insolúvel Bem mas isso só é verdade na temperatura especificada ou seja a 20C Em outras temperaturas esses valores se modificam Substância Solubilidade molL 20C Solubilidade g100g de H2O 20C FeCl2 505 64 NaCl 615 36 CaSO4 0047 02 AgCl 00000976 00014 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Na figura ao lado estão as curvas de solubilidade do nitrato de potássio KNO3 do cromato de potássio K2CrO4 do cloreto de sódio NaCl e do sulfato de cério Ce2SO43 A primeira diferença que observamos é que três são ascendentes e uma é descendente Curvas ascendentes representam as substâncias cuja dissolução é endotérmica Já as descendentes representam as substâncias cuja dissolução é exotérmica Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Em alguns casos as curvas podem apresentar inflexões que representam as substâncias que sofrem modificações em sua estrutura com a variação da temperatura O sulfato de sódio Na2SO4 ao lado até a temperatura de 324C apresenta em sua estrutura dez moléculas de água Na2SO410H2O Em temperatura acima de 324C o sulfato de sódio perde sua água de cristalização e a curva de solubilidade sofre uma inflexão indicando um comportamento diferente em termos de solubilidade em função da temperatura Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Vamos observar agora a curva de dissolução do KNO3 separadamente Podemos destacar três regiões distintas no gráfico A região abaixo da curva corresponde às soluções insaturadas Nos pontos da curva a solução está saturada A região acima da curva corresponde às soluções supersaturadas Abaixo da curva ainda é possível dissolver mais soluto Acima da curva a quantidade máxima de soluto que a princípio poderia ser dissolvida na temperatura dada foi ultrapassada e a solução está supersaturada Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Regras gerais de solubilidade para sais Tipo Compostos solúveis Exceção Solúvel Metais alcalinos Grupo IA Solúvel NH4 NO3 ClO4 ClO3 e CH3COO Solúvel Cl Br e I Ag Pb2 e Hg2 2 Solúvel SO4 2 Pb2 Ca2 Sr2 Hg2 2 e Ba2 Insolúvel OH Metais alcalinos Ca2 Sr2 e Ba2 Insolúvel PO4 3 CO3 2 SO3 2 e S2 Grupo IA NH4 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Equilíbrio de sais pouco solúveis Consideremos uma solução saturada de cloreto de prata AgCl Se continuarmos a adicionar AgCl a uma solução saturada ocorrerá formação de precipitado e passamos a ter uma solução heterogênea com uma fase líquida e uma fase sólida Nestas condições ocorre um equilíbrio entre estas duas fases representado por AgCls Ag aq Cl aq O momento em que a velocidade de dissolução igualase à velocidade de precipitação corresponde ao instante em que se estabelece o equilíbrio de solubilidade do sal em estudo Imagem ZooFari Public Domain Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE Quando se adiciona um sólido iônico do tipo AB pouco solúvel à água ou quando ele é formado em solução aquosa estabelecese o equilíbrio entre os íons em solução e o sólido que pode ser representado pela equação geral ABs Aaq Baq 𝐾𝑐 𝐴 𝐵 𝐴𝐵 𝐾𝑐 𝑥 𝐴𝐵 𝐴 𝐵 Como Kc e AB são constantes gera uma terceira constante o Kps 𝑲𝒑𝒔 𝑨 𝑩 Kps Constante do Produto de Solubilidade Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Para um sólido pouco solúvel do tipo AxBy com diferentes proporções estequiométricas temse AxBy s x Ayaq y Bxaq 𝑲𝒑𝒔 𝑨𝒚 𝒙 𝑩𝒙 𝒚 Exemplo 1 A solubilidade do cianeto de prata AgCN a 250C é 68x107 molL Calcular o seu produto de solubilidade Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 1 A solubilidade do cianeto de prata AgCN a 250C é 68x107 molL Calcular o seu produto de solubilidade 1 AgCNs 1 Agaq 1 CNaq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 𝐶𝑁 Ag S 68x107molL AgCN S 68x107molL CN S 68x107molL 𝐾𝑝𝑠 68𝑥107 68𝑥107 𝑲𝒑𝒔 𝟒 𝟔𝒙𝟏𝟎𝟏𝟑 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 2 O Kps do carbonato de cálcio a 250C é 34x109 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 2 O Kps do carbonato de cálcio a 250C é 34x109 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura 1 CaCO3 s 1 Ca2aq 1 CO3 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐶𝑎2 𝐶𝑂3 2 Ca2 S CaCO3 S CO3 2 S 34𝑥109 𝑆 𝑆 34𝑥109 𝑆 2 𝑆 34𝑥109 𝑺 𝟓 𝟖𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 3 O Kps do cromato de prata a 250C é 13x1012 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 3 O Kps do cromato de prata a 250C é 13x1012 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura 1 Ag2CrO4 s 2 Agaq 1 CrO4 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 Ag 2S Ag2CrO4 S CrO4 2 S 13𝑥1012 2𝑆 2 𝑆 1 13𝑥1012 4𝑆2 𝑆1 13𝑥1012 4𝑠3 𝑆 3 13𝑥1012 4 𝑺 𝟔 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA PRODUTO IÔNICO PI A constante do produto de solubilidade Kps pode ser usada como uma referência para prevermos se numa dada mistura de soluções haverá ou não formação de precipitado O problema consiste em calcular o produto das concentrações dos íons na mistura o produto iônico PI também é conhecido como Quociente da Reação Q e comparálo com o Kps AxBy s x Ayaq y Bxaq 𝑷𝑰 𝑨𝒚 𝒙 𝑩𝒙 𝒚 PI Kps a solução é saturada e está em equilíbrio PI Kps a solução não está em equilíbrio não haverá precipitação PI Kps a solução não está em equilíbrio haverá precipitação Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 4 Haverá formação de precipitado se misturarmos 100 mL de solução 0010 molL1 de nitrato de chumboII PbNO32 com 100 mL de solução 0100 molL1 de cloreto de sódio NaCl Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 4 Haverá formação de precipitado se misturarmos 100 mL de solução 0010 molL1 de nitrato de chumboII PbNO32 com 100 mL de solução 0100 molL1 de cloreto de sódio NaCl 1 PbCl2 1 Pb2 2 Cl Kps 16x105 A concentração de cada íon na mistura é dada por 𝑃𝑏2 0010 𝑚𝑜𝑙𝐿101 𝐿 02 𝐿 0005 𝑚𝑜𝑙 𝐿1 e 𝐶𝑙 0100 𝑚𝑜𝑙𝐿101 𝐿 02 𝐿 0050 𝑚𝑜𝑙 𝐿1 𝑃𝐼 𝑃𝑏2 1 𝐶𝑙 2 𝑃𝐼 5𝑥103 1 5𝑥102 2 𝑷𝑰 𝟏 𝟐𝟓𝒙𝟏𝟎𝟓 PI 125x105 Kps 16x105 podemos concluir que a solução não está saturada e não ocorrerá precipitação Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA SOLUBILIDADE E O EFEITO DO ÍON COMUM Quando aumentamos a concentração de um dos íons envolvidos no equilíbrio entre uma solução saturada e um sólido o equilíbrio se desloca como previsto pelo princípio de Le Chatelier de modo a reduzir a modificação imposta O resultado é a diminuição da solubilidade do precipitado O deslocamento do equilíbrio em sistemas desse tipo recebe o nome particular de efeito do íon comum Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 5 Calcular a solubilidade do cromato de prata Ag2CrO4 a uma temperatura T Dados Kps 20x1012 a em água b em uma solução de nitrato de prata AgNO3 0010 mol L1 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 5 Calcular a solubilidade do cromato de prata Ag2CrO4 a uma temperatura T Dados Kps 20x1012 a em água 1 Ag2CrO4 s 2 Agaq 1 CrO4 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 Ag 2S Ag2CrO4 S CrO4 2 S 20𝑥1012 2𝑆 2 𝑆 1 20𝑥1012 4𝑆2 𝑆1 20𝑥1012 4𝑆3 𝑆 3 20𝑥1012 4 𝑺 𝟕 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA b em uma solução de nitrato de prata AgNO3 0010 mol L1 Ag 2S 0010 Ag2CrO4 S CrO4 2 S Pelo Princípio de Le Chatelier a presença do íon comum desloca o equilíbrio no sentido de diminuir a solubilidade do precipitado Portanto a solubilidade do cromato de prata na presença desse íon deve ser menor do que 79x105 mol L1 que corresponde à solubilidade em água Logo fazendo uma aproximação teremos Ag 0010 mol L1 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 𝐾𝑝𝑠 00102 𝑆1 20𝑥1012 00102 𝑆1 𝑆 20𝑥1012 00102 𝑺 𝟐 𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎𝒐𝒍 𝑳𝟏 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Portanto confirmamos que a solubilidade do cromato de prata na presença de uma solução de nitrato de prata é menor do que a sua solubilidade em água Em água 𝑺 𝟕 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Em solução de nitrato de prata 𝑺 𝟐 𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎𝒐𝒍 𝑳𝟏
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Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA UNIDADE 4 Reações de Precipitação Química Analítica I Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA SOLUBILIDADE Para cada temperatura existe uma quantidade limite de uma dada substância que se consegue dissolver num determinado volume de solvente A quantidade dessa substância nesse solvente é denominada solubilidade e é representada pela letra S Por exemplo é possível dissolver a 20C cerca de 36 g de sal de cozinha em 100 mL de água Imagem Chris 73 GNU Free Documentation License Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA O solvente é o componente cujo estado físico se preserva quando a mistura é preparada ou quando está presente em maior quantidade Os demais componentes da mistura são denominados solutos Uma vez misturados soluto e solvente formam uma mistura homogênea também chamada de solução Imagem BZiL Public Domain Imagem SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Veja alguns exemplos no quadro abaixo De acordo com nossa definição o cloreto de ferroso FeCl2 e o cloreto de sódio sal de cozinha NaCl são solúveis em água Já o sulfato de cálcio CaSO4 é moderadamente solúvel e o cloreto de prata AgCl insolúvel Bem mas isso só é verdade na temperatura especificada ou seja a 20C Em outras temperaturas esses valores se modificam Substância Solubilidade molL 20C Solubilidade g100g de H2O 20C FeCl2 505 64 NaCl 615 36 CaSO4 0047 02 AgCl 00000976 00014 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Na figura ao lado estão as curvas de solubilidade do nitrato de potássio KNO3 do cromato de potássio K2CrO4 do cloreto de sódio NaCl e do sulfato de cério Ce2SO43 A primeira diferença que observamos é que três são ascendentes e uma é descendente Curvas ascendentes representam as substâncias cuja dissolução é endotérmica Já as descendentes representam as substâncias cuja dissolução é exotérmica Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Em alguns casos as curvas podem apresentar inflexões que representam as substâncias que sofrem modificações em sua estrutura com a variação da temperatura O sulfato de sódio Na2SO4 ao lado até a temperatura de 324C apresenta em sua estrutura dez moléculas de água Na2SO410H2O Em temperatura acima de 324C o sulfato de sódio perde sua água de cristalização e a curva de solubilidade sofre uma inflexão indicando um comportamento diferente em termos de solubilidade em função da temperatura Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Curva de solubilidade Vamos observar agora a curva de dissolução do KNO3 separadamente Podemos destacar três regiões distintas no gráfico A região abaixo da curva corresponde às soluções insaturadas Nos pontos da curva a solução está saturada A região acima da curva corresponde às soluções supersaturadas Abaixo da curva ainda é possível dissolver mais soluto Acima da curva a quantidade máxima de soluto que a princípio poderia ser dissolvida na temperatura dada foi ultrapassada e a solução está supersaturada Imagens SEEPE redesenhado a partir de ilustração de Autor Desconhecido Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Regras gerais de solubilidade para sais Tipo Compostos solúveis Exceção Solúvel Metais alcalinos Grupo IA Solúvel NH4 NO3 ClO4 ClO3 e CH3COO Solúvel Cl Br e I Ag Pb2 e Hg2 2 Solúvel SO4 2 Pb2 Ca2 Sr2 Hg2 2 e Ba2 Insolúvel OH Metais alcalinos Ca2 Sr2 e Ba2 Insolúvel PO4 3 CO3 2 SO3 2 e S2 Grupo IA NH4 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Equilíbrio de sais pouco solúveis Consideremos uma solução saturada de cloreto de prata AgCl Se continuarmos a adicionar AgCl a uma solução saturada ocorrerá formação de precipitado e passamos a ter uma solução heterogênea com uma fase líquida e uma fase sólida Nestas condições ocorre um equilíbrio entre estas duas fases representado por AgCls Ag aq Cl aq O momento em que a velocidade de dissolução igualase à velocidade de precipitação corresponde ao instante em que se estabelece o equilíbrio de solubilidade do sal em estudo Imagem ZooFari Public Domain Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE Quando se adiciona um sólido iônico do tipo AB pouco solúvel à água ou quando ele é formado em solução aquosa estabelecese o equilíbrio entre os íons em solução e o sólido que pode ser representado pela equação geral ABs Aaq Baq 𝐾𝑐 𝐴 𝐵 𝐴𝐵 𝐾𝑐 𝑥 𝐴𝐵 𝐴 𝐵 Como Kc e AB são constantes gera uma terceira constante o Kps 𝑲𝒑𝒔 𝑨 𝑩 Kps Constante do Produto de Solubilidade Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Para um sólido pouco solúvel do tipo AxBy com diferentes proporções estequiométricas temse AxBy s x Ayaq y Bxaq 𝑲𝒑𝒔 𝑨𝒚 𝒙 𝑩𝒙 𝒚 Exemplo 1 A solubilidade do cianeto de prata AgCN a 250C é 68x107 molL Calcular o seu produto de solubilidade Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 1 A solubilidade do cianeto de prata AgCN a 250C é 68x107 molL Calcular o seu produto de solubilidade 1 AgCNs 1 Agaq 1 CNaq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 𝐶𝑁 Ag S 68x107molL AgCN S 68x107molL CN S 68x107molL 𝐾𝑝𝑠 68𝑥107 68𝑥107 𝑲𝒑𝒔 𝟒 𝟔𝒙𝟏𝟎𝟏𝟑 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 2 O Kps do carbonato de cálcio a 250C é 34x109 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 2 O Kps do carbonato de cálcio a 250C é 34x109 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura 1 CaCO3 s 1 Ca2aq 1 CO3 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐶𝑎2 𝐶𝑂3 2 Ca2 S CaCO3 S CO3 2 S 34𝑥109 𝑆 𝑆 34𝑥109 𝑆 2 𝑆 34𝑥109 𝑺 𝟓 𝟖𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 3 O Kps do cromato de prata a 250C é 13x1012 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 3 O Kps do cromato de prata a 250C é 13x1012 molL Calcular a solubilidade deste sal nesta temperatura 1 Ag2CrO4 s 2 Agaq 1 CrO4 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 Ag 2S Ag2CrO4 S CrO4 2 S 13𝑥1012 2𝑆 2 𝑆 1 13𝑥1012 4𝑆2 𝑆1 13𝑥1012 4𝑠3 𝑆 3 13𝑥1012 4 𝑺 𝟔 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA PRODUTO IÔNICO PI A constante do produto de solubilidade Kps pode ser usada como uma referência para prevermos se numa dada mistura de soluções haverá ou não formação de precipitado O problema consiste em calcular o produto das concentrações dos íons na mistura o produto iônico PI também é conhecido como Quociente da Reação Q e comparálo com o Kps AxBy s x Ayaq y Bxaq 𝑷𝑰 𝑨𝒚 𝒙 𝑩𝒙 𝒚 PI Kps a solução é saturada e está em equilíbrio PI Kps a solução não está em equilíbrio não haverá precipitação PI Kps a solução não está em equilíbrio haverá precipitação Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 4 Haverá formação de precipitado se misturarmos 100 mL de solução 0010 molL1 de nitrato de chumboII PbNO32 com 100 mL de solução 0100 molL1 de cloreto de sódio NaCl Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 4 Haverá formação de precipitado se misturarmos 100 mL de solução 0010 molL1 de nitrato de chumboII PbNO32 com 100 mL de solução 0100 molL1 de cloreto de sódio NaCl 1 PbCl2 1 Pb2 2 Cl Kps 16x105 A concentração de cada íon na mistura é dada por 𝑃𝑏2 0010 𝑚𝑜𝑙𝐿101 𝐿 02 𝐿 0005 𝑚𝑜𝑙 𝐿1 e 𝐶𝑙 0100 𝑚𝑜𝑙𝐿101 𝐿 02 𝐿 0050 𝑚𝑜𝑙 𝐿1 𝑃𝐼 𝑃𝑏2 1 𝐶𝑙 2 𝑃𝐼 5𝑥103 1 5𝑥102 2 𝑷𝑰 𝟏 𝟐𝟓𝒙𝟏𝟎𝟓 PI 125x105 Kps 16x105 podemos concluir que a solução não está saturada e não ocorrerá precipitação Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA SOLUBILIDADE E O EFEITO DO ÍON COMUM Quando aumentamos a concentração de um dos íons envolvidos no equilíbrio entre uma solução saturada e um sólido o equilíbrio se desloca como previsto pelo princípio de Le Chatelier de modo a reduzir a modificação imposta O resultado é a diminuição da solubilidade do precipitado O deslocamento do equilíbrio em sistemas desse tipo recebe o nome particular de efeito do íon comum Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 5 Calcular a solubilidade do cromato de prata Ag2CrO4 a uma temperatura T Dados Kps 20x1012 a em água b em uma solução de nitrato de prata AgNO3 0010 mol L1 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Exemplo 5 Calcular a solubilidade do cromato de prata Ag2CrO4 a uma temperatura T Dados Kps 20x1012 a em água 1 Ag2CrO4 s 2 Agaq 1 CrO4 2aq 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 Ag 2S Ag2CrO4 S CrO4 2 S 20𝑥1012 2𝑆 2 𝑆 1 20𝑥1012 4𝑆2 𝑆1 20𝑥1012 4𝑆3 𝑆 3 20𝑥1012 4 𝑺 𝟕 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA b em uma solução de nitrato de prata AgNO3 0010 mol L1 Ag 2S 0010 Ag2CrO4 S CrO4 2 S Pelo Princípio de Le Chatelier a presença do íon comum desloca o equilíbrio no sentido de diminuir a solubilidade do precipitado Portanto a solubilidade do cromato de prata na presença desse íon deve ser menor do que 79x105 mol L1 que corresponde à solubilidade em água Logo fazendo uma aproximação teremos Ag 0010 mol L1 𝐾𝑝𝑠 𝐴𝑔 2 𝐶𝑟𝑂4 2 1 𝐾𝑝𝑠 00102 𝑆1 20𝑥1012 00102 𝑆1 𝑆 20𝑥1012 00102 𝑺 𝟐 𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎𝒐𝒍 𝑳𝟏 Escola de Ciência e Tecnologia Curso QUÍMICA Portanto confirmamos que a solubilidade do cromato de prata na presença de uma solução de nitrato de prata é menor do que a sua solubilidade em água Em água 𝑺 𝟕 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟓 𝐦𝐨𝐥𝐋 Em solução de nitrato de prata 𝑺 𝟐 𝟎𝒙𝟏𝟎𝟖 𝒎𝒐𝒍 𝑳𝟏