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MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILHAS 2ª EDIÇÃO CADERNOS DE VISITAÇÃO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 2 Jair Messias Bolsonaro Presidente Antonio Hamilton Martins Mourão VicePresidente Ministério do Meio Ambiente Ricardo Salles Ministro Secretaria de Ecoturismo André Pitaguari Germanos Secretário Diretoria de Fomento e Projetos DFP Gentil Venâncio Palmeira Filho Diretor CoordenaçãoGeral de Criação e Projetos CGCP Maria Mônica Guedes de Morae CoordenadoraGeral Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Homero de Giorge Cerqueira Presidente Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação DIMAN Marcos de Castro Simanovic Diretor Coordenação Geral de Uso Público e Negócios CGEUP Larissa Moura Diehl Coordenadora Geral Coordenação de Planejamento Estruturação da Visitação e do Ecoturismo COEST Thiago do Val Simardi Beraldo Souza Coordenador MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILHAS 2ª edição Brasília DF MMA 2019 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ministério do Meio Ambiente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 5 Comitê de redação Fabio França Silva Araujo Paulo Eduardo Pereira Faria Pedro de Castro da Cunha e Menezes Thiago do Val Simardi Beraldo Souza Revisão e nota para a Segunda Edição Bernardo Issa de Souza Carolina Pötter de Castro 2019 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio Permitida a reprodução sem fins lucrativos parcial ou total por qualquer meio se citados a fonte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ou sítio da Internet no qual pode ser encontrado o original em httpwwwicmbiogovbrportalpublicacoes Foto da capa Acervo ICMBio Projeto gráfico e diagramação Marília Ferreira Divisão de Comunicação DCOM CONTEÚDO APRESENTAÇÃO 7 CRÉDITOS 9 INTRODUÇÃO 11 TIPOS DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS 12 COMO SINALIZAR25 ANEXO I CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO DE TRILHAS42 REFERÊNCIAS49 NOTA DA SEGUNDA EDIÇÃO53 338486502504 Manual de sinalização de trilhas Organizado por Fabio França Araújo et al M294 2 ed Brasília ICMBIO IBAMA 2019 51 P il Cadernos de visitação Disponível em formato digital e em formato impresso ISBN versão impressa 9788573003987 ISBN versão digital 9788573003994 I Trilha ecológica 2 Sinalização visual III 1 Fabio França Silva Araújo 2 Paulo Eduardo Pereira Faria 3 Pedro de Castro da Cunha e Menezes 4 Thiago do Val Simardi Beraldo de Souza 7 APRESENTAÇÃO É com grande satisfação que a Secretaria de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente publica o Manual Oficial de Sinalização de Trilhas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio O Manual traz as principais recomendações pertinentes à sinalização de trilhas e percursos em Unidades de Conservação UCs federais O seu alto padrão técnico torna esta publicação referência para aqueles que pretendem sinalizar trilhas em outros ambientes protegidos No mundo todo as trilhas constituem uma relevante modalidade recreativa com o obje tivo de aproximar o turista do ambiente natural ou conduzilo a um atrativo específico possi bilitando seu entretenimento e educação ambiental mediante sinalizações interpretativas As trilhas são importantes canais de acesso externos e internos nas UCs federais seja como forma de chegar à Unidade nas atrações naturais ou nos pontos de recreação As trilhas guardam um notável potencial de atratividade e utilidade para a gestão e educação ambiental a partir da ressignificação dos atributos naturais e dos espaços protegidos Esta publicação visa propiciar a exemplo de outros países a integração de espaços naturais protegidos às atividades ecotu rísticas com foco em redes de trilhas de longo curso seguindo o grande sucesso que pode ser observado por exemplo no Sistema Europeu de Trilhas de Longo Curso na Europa continental National Trails no Reino Unido e a Appalachian Trail nos Estados Unidos a qual já atinge a marca de mais de 2000000 de visitantes ao ano Este Manual originalmente publicado em 2018 revestese de nova relevância a partir da oficialização da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas institu ída pela Portaria Conjunta n 407 publicada em 19 de outubro de 2019 e assinada pelo Ministério do Meio Ambiente MMA e Ministério do Turismo MTur com a finalidade de estabelecer uma rede interconectada de trilhas e caminhos de longo curso em todo o território nacional devi damente sinalizados de acordo com os parâmetros reconhecidos e geridos por suas respectivas instâncias locais de gestão A RedeTrilhas visa conferir maior densidade e significado às UCs e atua como instrumento de conservação da biodiversidade possibilitando a e conectividade de paisagens de interesse natural histórico e cultural protegendo as rotas pedestres e outros meios de viagem não motorizados Ao mesmo tempo a RedeTrilhas promove a integração dos espaços protegidos a outras áreas naturais vizinhas por intermédio das trilhas uniformemente sinalizadas com a logomarca constituída por pegadas em preto e amarelo Cabe destacar ainda que as orientações deste Manual permitem que a sinalização seja realizada de forma simples e com baixo custo tornando este padrão acessível tanto para UCs fe derais estaduais e municipais quanto para trilhas localizadas fora de espaços protegidos favo recendo a constituição de um sistema nacional integrado de trilhas uniformemente sinalizadas com uma identidade visual comum Esta iniciativa não seria possível sem a estreita parceria deste MMA com o ICMBio ressal tando o esforço e dedicação do Instituto na formulação do material aqui apresentado 9 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 8 Ao estimular a visitação de ambientes naturais a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso assim como o turismo de natureza em todas as suas formas promove o entendimento e defesa do meio ambiente e traz o tão necessário e desejado desenvolvimento socioeconômico a todas as regiões e biomas do Brasil em um círculo virtuoso onde os maiores ganhadores são a popu lação e o meio ambiente André Pitaguari Germanos Secretário de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente SISTEMA BRASILEIRO DE TRILHAS PEGADAS AMARELAS E PRETAS CONECTANDO AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO BRASIL CRÉDITOS Os métodos e referências apresentados no manual foram propostos a partir de experiên cias exitosas testadas e aprimoradas em diversas unidades de conservação e viabilizados por meio de projetos institucionais parceiros e voluntários Lideranças voluntárias brigadistas equipes de campo e organizações da sociedade civil como o Movimento Trilha Transcarioca a Conservação Internacional Brasil o Mosaico Carioca de Unidades de Conservação Ivan Amaral Jeremias Freitas e Richard Smith entre tantos outros também fazem parte dos responsáveis pelo êxito dos métodos aqui apresentados O Serviço Florestal dos Estados Unidos e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional USAID por meio do Projeto de Conservação da Biodiversidade na Amazônia foram parceiros centrais nos esforços de capacitação institucional em manejo de trilhas sinalização e interpretação ambiental com cerca de 200 oportunidades de treinamento no Brasil e no exterior e formação de instrutores institucionais hoje responsáveis pela multipli cação dos métodos de referência para comunitários e voluntários das unidades de conservação de todo o país Os aprendizados institucionais logrados a partir da execução de diversos projetos com destaque para a Trilha Transcarioca na cidade do Rio de Janeiro Caminhos da Serra do Mar com núcleo no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e sistemas de trilhas terrestres do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros entre outros chancelam a adoção das melhores práticas internacionais de sinalização de trilhas como o padrão apresentado neste manual Outras unidades de conservação e seus projetos se destacaram na consolidação das ba lizas técnicas aqui apresentadas Parques Nacionais de São Joaquim dos Aparados da Serra da Tijuca da Serra do Cipó do Caparaó das Araucárias da Amazônia de Itatiaia de Sete Cidades e de Brasília Florestas Nacionais de Brasília de Canela de Silvânia de São Francisco de Paula e do Tapajós UCs de outras categorias de manejo como a ARIE Serra das Abelhas APAs do Planalto Central de Petrópolis e da Serra da Mantiqueira e Resex Chico Mendes além de UCs de outras esferas estaduais ou municipais com destaque para os Parques Estaduais da Pedra Branca RJ de Tainhas RS do Itacolomi MG da Serra do Tabuleiro SC e tantos outros Diversas pessoas cederam gentilmente fotografias para ilustrar a publicação Este manual foi escrito a partir do engajamento e esforço de todos estes parceiros e insti tuições Muito obrigado 11 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 10 Fernandp Tatagiba INTRODUÇÃO Até o século 19 as trilhas eram o componente principal da infraestrutura de transporte terrestre dos povos do planeta Complementarmente rios e outros corpos dágua navegáveis possibilitavam o estabelecimento de um sistema natural de trilhas aquáticas Pelas trilhas se deslocavam pessoas cargas e animais domésticos Para os usuários des ses extensos sistemas de trilhas era essencial saber quando se estava no caminho correto qual distância faltava para um local de pouso que perigos havia à frente Portanto estratégias de si nalização eram uma peça fundamental do projeto dessas vias Os romanos por exemplo tinham marcas a cada milha de suas vias O marco zero de todas elas era o centro de Roma daí o ditado todos os caminhos levam a Roma No Brasil os caminhos bandeirantes eram marcados com cortes de facão em árvores ou em regiões onde não havia florestas marcos de pedra esculpida Seja como for desde tempos imemoriais sempre que houvesse possibilidade de dúvida quanto a direção a ser seguida ado touse algum tipo de sinalização Nos sistemas viários modernos existe uma profusão de formas de sinalização mas que partem das mesmas demandas básicas de informação compartilhadas entre motoristas pedes tres ciclistas cavaleiros dentre outros usuários de trilhas As estradas e ruas de hoje em dia têm sinalização direcional em formato de placas indi cando os destinos Por exemplo São Paulo Belo Horizonte Passa Quatro Laranjeiras Também têm sinalização confirmatória que objetiva tranquilizar o viajante dando alguma informação sobre a duração do caminho por exemplo BR 101 quilômetro 832 ou placas de sinalização in terpretativa por exemplo Ponte sobre o córrego de Lumiar Por fim as estradas do século XXI ainda têm sinalização educativa dirigir sem cinto de segurança mata ou mantenha a distância indutiva curva acentuada para a direita ou regulatória sob neblina use farol baixo Nas últimas décadas a sinalização rodoviária que serve de inspiração para a sinalização de trilhas tem sido uniformizada ao redor do mundo com a progressiva adoção de símbolos e cores padronizadas em todos os países Como na sinalização rodoviária buscase também na sinalização moderna de trilhas um consenso e uniformidade dos meios e das mensagens de forma que possam ser interpretadas da mesma forma em qualquer local do mundo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 13 12 TIPOS DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS SINALIZAÇÃO DE ENTRADA DE TRILHA Os pontos de entrada em uma trilha ou seja as extremidades início e fim da trilha e outros pontos da trilha que tenham acesso para veículos e que possam ser utilizados como pontos de entrada alternativos são comumente sinalizados com placas que trazem um con junto de informações mais denso para o usuário As placas de entrada de trilha devem ser bilingues português e inglês e seu objetivo é informar aos usuários de forma clara as características mais importantes da trilha como sua distância duração nível de exigência física atrativos ao longo do percurso e explicações sobre a sinalização adotada além informações regulatórias e de segurança para os usuários como uma lista de contatos de emergência Samu Bombeiros Polícia administração da unidade etc Sinalização de entrada de trilha APA do Planalto Central DF Foto Fabio Araujo Outra função importantíssima das placas de entrada de trilha é ser um meio oficial para ad vertir os usuários sobre os riscos associados ao percurso da trilha Na literatura técnica e nos trabalhos práticos são muito comuns outras nomenclaturas para a sinalização de entrada de trilha como placa mãe placa base ou placa de cabeça de trilha do inglês trailhead information board A identidade visual das placas de entrada de tri lha quando estiverem em local de fácil acesso na unida de de conservação deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do icmbio Detalhe da Sinalização de entrada de trilha APA do Planalto Central DF Foto Fabio Araujo Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países P N Table Mountain África do Sul Foto Paulo Farias Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países P N Aggletelec Hungria Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 14 15 SINALIZAÇÃO DE PERCURSO Esta é a classe de sinalização que auxilia e proporciona confiança ao visitante para que se mantenha no percurso escolhido A sinalização de percurso forma juntamente com a pla ca base da trilha o conjunto mínimo e essencial de sinalização de uma trilha Para garantir que esta sinalização esteja sempre presente para prover segurança aos visitantes ela deverá ser a mais simples possível de manter mesmo com poucos recursos financeiros e de pessoal Tradicionalmente no mundo inteiro este tipo de sinalização é pintado sobre rochas troncos de árvores ou outras superfícies duráveis encontradas na trilha Trilha Caminho de Cora Foto Thiago Beraldo Trilha Caminho das Araucárias Foto Pedro da Cunha e Menezes Trilha Transcarioca Foto Pedro Cunha e Menezes Trilha Transmantiqueira Foto Fabio Araujo A sinalização de percurso deverá estar presente ainda que existam outras formas mais comple xas de sinalização na mesma trilha tabuletas sinalização interpretativa etc Existem oito modalidades de sinalização de percurso a saber Direcional Confirmatória Tranquilizadora Indutiva Negativa Zebrada De saída De acesso à trilha principal SINALIZAÇÃO DIRECIONAL A sinalização direcional indica aos visitantes a direção e o sentido preferencial de um per curso evitando que se percam Este tipo de sinalização promove ainda a redução na criação de atalhos e desestimula o pisoteio de áreas sensíveis entre outros benefícios ambientais A sinalização direcional deverá estar presente na trilha sempre que houver possibilidade de dúvida bifurcações mudanças de direção da trilha mudanças de fitofisionomia trechos onde a trilha não estiver bem definida locais com incidência de neblina etc SINALIZAÇÃO CONFIRMATÓRIA Esta sinalização reafirma a informação direcional dando confiança ao visitante de que ele tomou uma decisão correta no percurso A sinalização confirmatória deve sempre ser colocada logo após uma sinalização direcional de forma que seja facilmente visível no sentido correto a seguir SINALIZAÇÃO TRANQUILIZADORA A sinalização tranquilizadora é aquela colocada com certa regularidade ao longo de toda trilha mesmo que não existam bifurcações ou mudanças de direção dando tranquilidade ao visitante de que ele está na trilha certa SINALIZAÇÃO INDUTIVA Esta sinalização busca alterar a atenção do visitante de forma que ele prossiga pelo caminho que interessa para a administração da unidade seja por questões de segurança do visitante ou necessidade de manejo da unidade Ela ocorre como um reforço da sinalização direcional com várias marcações bem vi síveis em sequência em especial quando a intenção da gestão da unidade é que o visitante vá na direção menos óbvia Sinalização indutiva na saída de passarela no Parque Estadual do Guartelá PR Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 16 17 SINALIZAÇÃO NEGATIVA Esta sinalização Indica um caminho que não deve ser seguido pelo visitante pois daria acesso a uma área de biodiversidade particularmente sensível um trecho de trilha fechado para manutenção ou recuperação um local que ofereça riscos uma área de acesso exclusivo à ad ministração da unidade ou qualquer outro motivo que o planejamento da trilha justifique uma restrição de acesso aos usuários comuns Este tipo de sinalização deve manter as cores amarelo e preto cores mais visíveis e reconheci das internacionalmente como cores de alerta independentemente das cores utilizadas para a sinali zação de percurso da trilha É uma forma de sinalização que deve ser utilizada com cuidado pois pode ter o efeito inverso uma vez que alguns usuários podem ser atraídos pela sensação de adrenalina de estar em um local proibido Em alguns casos é mais conveniente camuflar com galhos folhas pedras etc os primeiros metros de um caminho não autorizado aos visitantes que sinalizar negativa mente de forma ostensiva na entrada do trecho Sinalização negativa no Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Sinalização zebrada Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Jeremias Freitas Sinalização saída Trilha Transcarioca Parque Na cional da Tijuca RJ Foto Jeremias Freitas SINALIZAÇÃO ZEBRADA A sinalização zebrada é utilizada em pontos ao longo da trilha onde não existem antepa ros naturais rochas ou árvores de caule mais grosso ou artificiais paredes mourões etc que permitam a aplicação da sinalização de percurso escolhida para a trilha Por não indicar a dire ção preferencial do percurso esta sinalização deve ser utilizada com cuidado apenas onde for realmente a única opção SINALIZAÇÃO DE SAÍDA A sinalização de saída de uma trilha indica um ca minho alternativo que leva o usuário de forma mais rápida para uma via públi ca acessível para transporte motorizado convencional A convenção para este tipo de sinalização é o uso de uma seta de cor branca MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 18 19 SINALIZAÇÃO DE ACESSO À TRILHA PRINCIPAL A sinalização de acesso é utilizada para sinalizar um percurso secundário de pequena ex tensão que dê acesso a uma trilha principal a partir de um ponto de acesso via pública acessível para transporte motorizado convencional Sugerese para este tipo de sinalização um seta com as cores da trilha SINALIZAÇÃO DE DESTINO Um destino é um ponto notável ao longo da trilha que pode ser um atrativo um equi pamento de apoio aos visitantes ou uma feição topográfica que seja de passagem desejável ou obrigatória pelo visitante na trilha como um mirante uma cachoeira ou uma ponte por exemplo Estes pontos de referência também devem constar do mapa da trilha e ajudam o visitante a se localizar ao longo do caminho mesmo que não possua ou não tenha familiaridade com equipa mentos de navegação GPS mapas bússola etc Sinalização de acesso à trilha principal Trilha Transcarioca Parque Nacional da Tijuca RJ Foto Ivan Amaral Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Natural dos Açores em Portugal Foto Pedro Cunha e Menezes Para esse tipo de sinalização é comum o uso de placas e tabuletas A placa de destino deverá ser instalada em local bem visível conter a denominação do destino e se possível a sua altitude Sugerimos o padrão de tabuletas de 50 x 10 cm para as tabuletas de destino É importante ressaltar que este tipo de sinalização deverá ser fixado de forma reforçada pois é comum que os visitantes se apoiem nas placas de destino para tirar fotografias Importante Todos os pontos de referência indicados no mapa da placa base da trilha de verão ter placas de destino pois só assim o visitante será capaz de se localizar ao longo da trilha sem o uso de equipamentos de navegação SINALIZAÇÃO DE DISTÂNCIA PERCORRIDA Esta sinalização indica as distâncias entre o ponto sinalizado e um ou mais destinos ao longo do percurso da trilha Essa sinalização não é obrigatória mas desejável pois contribui para a sensação de segurança do visitante ao percorrer a trilha Caso se decida utilizar este tipo de si nalização ela deverá estar presente de forma bem visível e a intervalos regulares por exemplo a cada quilômetro pois esta será a expectativa do visitante Uma sinalização de distância coloca da de forma esporádica e irregular pode ter o efeito negativo de causar ansiedade e insegurança em quem está percorrendo a trilha Em alguns casos é conveniente informar além da distância de um trecho de trilha uma média do tempo que o visitante irá gastar para percorrelo Para a sinalização de distância percorrida sugerimos o uso de tabuletas com setas direcionais com dimensão de 60 x 10 cm Excepcionalmente as distâncias podem ser pintadas diretamente em superfícies naturais com o cuidado de garantir que chamem a devida atenção aos visitantes Tabuletas indicando as distâncias a diferentes destinos no Parque Nacional da Tijuca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas de distância Floresta Nacional de Brasília DF Foto Thiago Beraldo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 20 21 QUADRO RESUMO COM SINALIZAÇÃO BÁSICA EM TRILHAS SINALIZAÇÃO EDUCATIVAREGULATÓRIA Essa classe de sinalização busca estimular no visitante um determinado comportamento ou atitude informando um perigo induzindo uma conduta ou estabelecendo a proibição de certas ações Preferencialmente a informação educativa regulatória deverá ser passada com o uso de pictogramas padronizados de interpretação universal eou com frases curtas e diretas evitan dose textos longos Como muitas vezes esse tipo de sinalização é alvo de vandalismo especial cuidado deverá ser tomado com a sua fixação Sempre que este tipo de sinalização for utilizado em áreas de fácil acesso ou que permi tam alta intervenção no meio natural sua identidade visual deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do ICMBio Em locais de difícil acesso ou que não admitam alta intervenção no meio outras alternativas poderão ser utilizadas para esta sinalização Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Reserva Natural Steenbras África do Sul Foto Lucas Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 22 23 Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Nacional da Montanha da Mesa Africa do Sul Foto Pedro Cunha e Menezes Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Nacional Los Glaciares Argentina Foto Paulo Farias Placa regulatória na entrada da parte alta do Parque Nacional de ItatiaiaRJ Foto de Fabio Araujo SINALIZAÇÃO INTERPRETATIVA Tratase de uma classe de sinalização que tem como objetivo apresentar aspectos culturais ou naturais da unidade de conservação aos visitantes podendo ser utilizada em atividades com condução obrigatória ou facultativa Visa transmitir mensagens que provocam conexões emocio nais entre a natureza e o público Necessitam de um projeto interpretativo específico independen te do projeto de sinalização geral e das orientações previstas no manual geral de sinalização Podem fazer parte deste tipo de sinalização placas e outros meios de exposição contendo por exemplo desenhos eou fotografias da fauna e flora local mapas infográficos e croquis de sítios arqueológicos dentre outros conteúdos possíveis Sinalização interpretativa no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio Detalhe de sinalização interpretativa no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio 25 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 24 SINALIZAÇÃO EMERGENCIAL A sinalização emergencial é uma ação da gestão da unidade de conservação em resposta a um fato não previsto que interfira no manejo da trilha ou que tenha consequências para a se gurança dos visitantes São motivos para sinalização emergencial por exemplo um deslizamento de terra a queda de uma ponte uma enchente a presença de animais perigosos pex abelhas ou qualquer outro fato que obrigue a manutenção imediata da trilha seu fechamento ou alguma necessidade de informação especial para os visitantes Essa sinalização é essencial ainda para resguardar legalmente a administração da unidade e precisa ser realizada mesmo que de forma improvisada com os meios à disposição da administração no momento da emergência Sinalização emergencial em Papel plastificado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros GO Foto Pedro Cunha e Menezes COMO SINALIZAR SIMBOLOGIA A logomarca e outros símbolos utilizados na sinalização servem para dar identidade à trilha ou sistema de trilhas e facilitam sua identificação pelos usuários dando a estes a segurança de que estão no caminho que escolheram Os sistemas de sinalização de trilhas mais modernos incorporam logomarcas e símbolos que per mitem também passar informação aos usuários sobre o sentido preferencial e mudanças de direção ao longo do percurso da trilha Exemplos de sinalização em trilhas ao redor do mundo Simbologia utilizada em trilhas ao redor do Mundo Da esquerda para a direita de de cima para baixo Israel Montenegro Africa do Sul Eslováquia Coreia do Sul Africa do Sul Vários autores MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 26 27 A decisão sobre a escolha da logomarca deve ser feita nos momentos iniciais do planeja mento do trabalho na trilha mas após a definição dos modos de viagem projetados para a mesma Para trilhas com apenas um modo de viagem ou com um modo de viagem prioritário pode ser escolhida uma logomarca que além de dar identidade à trilha também represente este modo de viagem Um exemplo desta abordagem é a utilização de logomarcas de pegadas para trilhas de caminhada Uma pegada informa sobre o modo de viagem da trilha caminhada e ainda dá identidade à trilha pois pode ser desenhada com elementos gráficos que trazem identidade lo cal Em trilhas de uso múltiplo o ideal é definir uma logomarca por modo de viagem A logomarca da trilha pode servir também como sinalização direcional por exemplo com a escolha de uma logomarca que inclua uma seta como moldura ou como elemento gráfico da própria marca Esta abordagem trás o desafio adicional de se definir uma logomarca que além de dar identi dade à trilha também seja simples de reproduzir e fácil de aplicar em superfícies naturais como pe dras e troncos de árvore Uma outra abordagem seria utilizar a logomarca da trilha apenas em placas e outras superfícies de fácil aplicação e utilizar setas para sinalização direcional Em locais onde ainda não foi definida uma logomarca mas a sinalização é necessária suge rese o uso de setas direcionais simples como sinalização de percurso Assim uma logomarca pode ser definida posteriormente e aplicada apenas em pontos chaves da trilha acessos des tinos pontos de parada etc Importante Ao definir uma logomarca lembre que menos é mais Simplifique ao máximo o desenho sempre pensando que ele deverá ser aplicado em diferentes superfícies naturais ou não muitas vezes em situações adversas em campo Lembre que em especial com sinalização pintada a qualidade da aplicação deve passar uma imagem de trabalho cuidadoso Uma logomarca borrada com tinta escorrendo transmite uma imagem de desleixo no cuidado com a trilha O uso de logomarcas com pegadas das cores amarelo e preto bom contraste em vários ambientes para trilhas de caminhada ocorre já em diversas iniciativas de sinalização no Brasil Uso de estêncil para sinalização em tronco de árvore na Trilha Transmantiqueira Parque Nacional de Itatiaia RJ Foto Fabio Araujo Parque Nacional de Itatiaia RJ Parque Nacional de São Joaquim SC Floresta Nacional de Canela RS Reserva Extrativista Chico Mendes AC Parque Estadual dos Pirineus GO Floresta Nacional de Brasília DF Parque Nacional da Amazônia PA Parque Estadual da Pedra Branca RJ INTENSIDADE DE SINALIZAÇÃO A intensidade de sinalização da trilha está diretamente relacionada à sua classe aos mo dos de viagem manejados veja a seção Conceitos Básicos de Planejamento de Trilhas e à expe riência que se quer proporcionar aos usuários Trilhas projetadas para proporcionar experiências mais primitivas ou trilhas de uso secundário ou reduzido por exemplo trilhas de acesso a vias de escalada são sinalizadas menos intensamente que trilhas projetadas para uso mais intensivo pelo público em geral SINALIZAÇÃO E CLASSES DE TRILHA Mais informações sobre como são definidas as classes de trilha no Anexo I desse manual Trilha Classe 01 Mínima intervenção Sinalização direcional e confirmatória usualmente limitada a cruzamentos ou presentes quando a localização da trilha não é evidente Sinalização regulamentar infrequente e focada na prote ção de recursos Identificação de destino sinalização informativa e interpretativa a menos que exigido não está geralmente presente MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 28 29 Trilha classe 02 Muito baixa intervenção Sinalização direcional e confirmatória presentes em cruzamentos ou quando a localização da trilha não é evidente Sinalização de destino presente Presença eventual de sinalização tranquilizado ra após longos trechos de trilha sem sinalização direcional e confirmatória Sinalização de dis tâncias eventual Sinalização regulamentar infrequente Sinalização informativa e interpretativa incomuns Trilha Classe 03 Baixa intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença regular de sinalização tranquilizadora Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias comum Sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos pode ser comum Sinalização informativa e interpretativa podem estar presentes Trilha classe 04 Média intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença comum de sinalização tranquilizadora Sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos comum Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias presente Sinalização interpretativa e orientações podem ser comuns Trilha Classe 05 Alta intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença comum de sinalização tranquilizadora Presença comum de sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias presente Sinalização interpretativa e orientações comuns Estratégias de manejo podem indicar exceções a essa regra geral de forma temporária ou de longo prazo Por exemplo Uma trilha de classe 2 cujo leito ainda não esteja corretamente definido pode ser sinalizada mais intensamente para que o uso concentrado ajude no estabelecimento de um leito contínuo Após estabelecido o leito da trilha a intensidade de sinalização poderá ser progressivamente reduzida Uma trilha de classe 4 com o leito perfeitamente definido e com um percurso sem bifurca ções poderá dispensar sinalização tranquilizadora mantendo apenas a sinalização de distância e de destino Uma trilha em um local com forte incidência de neblina em campos áreas pedregosas ou descampados pode exigir uma sinalização a intervalos mais curtos de forma que de um ponto de sinalização seja sempre possível ver o seguinte SINALIZAÇÃO DE PERCURSOS SOBRE O MESMO LEITO No processo de estabelecimento de um sistema de trilhas é frequente o gestor deparar com trechos onde dois ou mais percursos de trilha precisam compartilhar o mesmo leito Seja pela necessidade de diversificar a oferta de oportunidades para públicos diferenciados circuitos mais curtos para famílias e idosos e circuitos mais longos para esportistas seja para acomo dar diferentes modos de viagem trilhas que ao mesmo tempo servem a pedestres e ciclistas a sinalização de percursos sobre o mesmo leito exigirá cuidados adicionais Existem algumas alternativas ao sinalizar percursos sobre o mesmo leito cada uma com suas vantagens e desvantagens USO DE CORES PARA DIFERENCIAR PERCURSOS Se um sistema de trilhas utiliza cores para diferenciar os percursos a sinalização de per cursos sobre o mesmo leito pode ser feita com a pintura da logomarca da trilha na cor principal percurso mais longo seguida por pontos setas quadrados triângulos ou outro símbolo com as cores dos outros percursos superpostos Convencionalmente as cores são pintadas na ordem decrescente da distância que os percursos correm sobre o mesmo leito cores de percursos mais longos mais próximos da logomarca da trilha Sinalização de percursos sobre o mesmo leito com diferenciação por cores Floresta Nacional de Brasília DF Foto Thiago Beraldo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 30 31 Se por exemplo quatro percursos correrem sobre o mesmo leito onde o percurso principal mais longo for sinalizado de cor amarela e a primeira bifurcação for para a trilha laranja a segunda para a trilha azul e a terceira para a trilha vermelha a sinalização da trilha no trecho onde os quatro percursos estarão superpostos será composta da logomarca da trilha em cor amarela seguido de um retângulo vermelho outro retângulo azul e um retângulo laranja por último No trecho onde s trilhas amarela vermelha e azul estiverem correndo pelo mesmo leito a sinalização da triha será composta da logomarca da trilha em cor amarela seguido de um retângulo vermelho e um retângulo azul por último A principal desvantagem do uso das cores é que existe um número limitado de cores que per mitem um bom contraste boa visibilidade à distância com as superfícies mais comuns em trilhas Assim o uso de cores se limita a sinalização de sistemas de trilhas de pouca complexidade No caso da unidade de conservação federal decidir utilizar a diferenciação de trilhas por co res se ainda não existir um padrão definido localmente recomendase que A sinalização das trilhas de longo curso seja realizada com as cores amarela e preta Quando não houver trilha de longo curso na unidade a trilha mais longa deverá usar as cores amarela e preta USO DE SÍMBOLOS OU LOGOMARCAS ESPECÍFICAS PARA CADA PERCURSO Com o uso de logomarcas para cada percurso pode ser utilizada uma cor única para todo o sistema de trilhas Em trechos onde os percursos estão superpostos a sinalização trará as logomar cas destes percursos Convencionalmente a logomarca da trilha mais longa deverá ter um destaque sendo pintada acima se organizada verticalmente ou no sentido preferencial do percurso se orga nizada horizontalmente em relação às outras logomarcas seguindo a mesma lógica utilizada com a organização por cor Sinalização de percursos sobre o mesmo leito utilizando diferenciação por cores O desafio do uso de logomarcas está no trabalho adicional de sinalização pintura ou pla cas mais complexas com várias logomarcas e na eventual dificuldade de se encontrar superfí cies sinalizáveis que tenham espaço para os vários logotipos representando cada trajeto Em trilhas de longo curso que atravessem espaços com várias formas de governança áreas privadas unidades de conservação de várias esferas de governo é importante que se chegue a um con senso sobre uma logomarca que dê uma identidade única à trilha de longo curso No entanto como na maioria dos casos as trilhas de longo curso utilizam trechos de trilhas já existentes é importante que a identidade local da trilha seja também preservada Nesses casos a logomarca da trilha de longo curso deve estar presente nas entradas de trilha e nos locais onde a trilha cruza vias com acesso motorizado podendo ainda ser utilizada ao lado da logomarca da trilha local em alguns pontos da trilha USO DE CÓDIGOS COM LETRAS E NÚMEROS O uso de códigos com números e letras para designar trilhas é comum na Europa tanto para sinalizar as grandes rotas européias Enn quanto as rotas nacionais por exemplo as GR grandes Rotas da França Portugal Espanha e demais países europeus Neste caso se utiliza para sinalizar uma logomarca padrão associada ao modo de viagem Por exemplo uma pegada para percursos de caminhada seguida dos códigos dos percursos que comparti lham o trecho de trilha em questão Vale aqui a mesma regra de precedência indicada nas alternativas anteriores com destaque para o percurso mais longo Com o uso de códigos é possível a sinalização de circuitos de elevada complexidade O uso de códigos tem a desvantagem de não ser tão intuitivo para o visitante como o uso de cores ou logomarcas exigindo deste um maior esforço de memorização do código do percurso escolhido SINALIZAÇÃO DE TRILHAS DE USO MÚLTIPLO Uma mesma trilha pode admitir diversos usos ou modos de viagem No caso de trilhas ter restres no Brasil existem três modos de viagem mais comuns em trilhas caminhada ciclismo e cavalgada Não há impedimento para que praticantes destas atividades compartilhem a mesma No exemplo acima A sinalização indica um trecho de uma trilha principal Trilha 01 código T01 onde o leito é com partilhado com duas trilhas secundárias T 02 e T03 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 32 33 Sinalização de trilha de uso múltiplo na Floresta Nacional de Ipanema SP Foto Thiago Beraldo trilha No entanto a multiplicidade de atividades exigirá cuidados especiais com a sinalização Nos casos de trilhas de uso múltiplo a sinalização dever ser pensada para atender as necessi dades de cada grupo de usuários e depois integrada em um sistema de sinalização harmônico Como regra geral recomendase que a sinalização de percurso da trilha utilize uma logo marca relacionada com o modo de viagem para qual a trilha foi projetada A informação a respei to dos outros modos de viagem manejados na trilha deverá estar presente nas placas de entrada de trilha e eventualmente na sinalização educativa ao longo do caminho No entanto em algumas situações pode ser necessário realizar a sinalização de percurso para mais de um modo de viagem na mesma trilha para facilitar a visualização da sinalização por cada grupo de usuários Por exemplo recomendase que a sinalização para caminhantes seja feita a uma altura média de 170 metros Como os ciclistas em geral percorrem a trilha em maior velocidade a sinalização de percurso para ciclistas deve ser de maiores dimensões e mais fáceis de visualizar à distância e em uma altura que seja visível sem que o ciclista precise levantar a cabeça em torno de 15 metros de altura Por outro lado cavaleiros precisam de sinalização de percurso em uma altura maior que a de pedestres já que a altura dos olhos de uma pessoa montada é da ordem de 25 me tros de altura Trilhas de uso múltiplo exigem ainda informação regulatória sobre precedência de uso da trilha A ordem de precedência mais usual é que cavaleiros têm precedência sobre pedestres e ciclistas e pedestres tem precedência sobre ciclistas Etiqueta para bom convívio em trilhas de uso múltiplo Pedestres e Ciclistas param e abrem espaço para Cavaleiros passarem Ciclistas reduzem velocidade desmontam e aguardam o melhor momento para ultra passar pedestres na trilha Pedestres evitam parar no leito da trilha impedindo a passagem de outros usuários indo para o lado da trilha quando precisarem parar por qualquer motivo Quadro exemplo de simbologia para sinalização de trilhas de ciclismo usando um rastro de pneu como logomarca da trilha MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 34 35 TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO SINALIZAÇÃO PINTADA A sinalização pintada é a principal forma utilizada em todo o mundo para se sinalizar trilhas Ela pode ser aplicada com sucesso em diversas superfícies como pedras troncos de árvores mourões postes muros paredes etc A aplicação da sinalização pintada é rápida não compromete permanentemente a superfície a ação da luz solar e da umidade com o tempo degradam a tinta apagando a sinalização e permite com facilidade a manutenção e ajustes posteriores Quanto à dimensão a logomarca da trilha ou seta direcional deverá ter um tamanho míni mo de 10 x 10 cm para facilitar a visualização à distância por pedestres No caso de sinalização para ciclismo recomendase o dobro deste tamanho 20x20cm Dimensões sugeridas para logomarcas de sinali zação de trilhas pedestres A logomarca escolhida para a trilha ver seção sobre simbologia deverá ser pintada apenas em duas posições Vertical quando for para o usuário seguir em frente na direção indicada pela sinalização Horizontal para a direita ou esquerda quando a sinaliza ção indicar uma mudança de direção A logomarca nunca deverá ser pintada na diagonal pois a experiência demonstrou que ela assim não ajuda a boa inter pretação da sinalização pelos usuários As pegadas pretas e amarelas são o padrão e devem ser utilizadas nas trilhas que integram a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso ver nota da segunda edição Convencionouse que a sinalização de percurso seja realizada preferencialmente à direita da trilha a não ser em alguns casos especiais por exemplo em encruzilhadas e bifurcações ou onde não houver superfícies sinalizáveis neste lado da trilha Em encruzilhadas e bifurcações a sinalização deve ser aplicada sempre do lado para o qual o usuário deve seguir Ou seja se a indicação é para que o usuário tome a opção da direita a sinalização deverá ser pintada à direita da trilha e vice e versa A sinalização para pedestres e cavaleiros deve ser visível a pelos menos 20 metros de distância No caso de ciclistas a sinalização deverá estar visível a pelo menos 50 metros de dis tância se possível ou ser duplicada em intervalos menores Quando a trilha atravessar estradas ou cruzar córregos sem ponte a sinalização deverá ser aplicada em ambos os lados nos locais exatos que definem a travessia de forma que a direção correta da travessia que pode ser transversal à estrada ou córrego possa ser percebida pelos usuários Se possível recomendase no caso de travessia de córregos a colocação de grandes pedras no leito para orientar a travessia Caso contrário com as frequentes mudanças do fluxo da vazão dos rios os caminhantes vão sempre procurar o melhor ponto para cruzar sem molha rem os pés Isso tem impacto na vegetação de galeria causando sério alargamento da trilha nos cruzamentos de córregos PREPARAÇÃO E APLICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO PINTADA EM DIFERENTES SUPERFÍCIES Pedras Em trechos com pedras a sinalização deve ser pintada sempre que possível no espelho parte lateral das pedras Escove o local a ser pintado para retirar terra musgo e outros materiais soltos Evite pintar em superfícies que podem ser pisadas ou que recebam luz direta do sol pois essa sinalização vai se apagar muito rapidamente Troncos de árvore Para pintar árvores devese escovar superficialmente a casca para reti rar o material solto e regularizar a superfície antes da pintura da logomarca ou seta Quando não houver árvores ou outras superfícies com área suficiente para a pintura da logomarca padrão da trilha mas ocorrerem arbustos de pequeno porte devese utilizar a sinalização zebrada Apesar de não permitir uma indicação direcional a sinalização zebrada é uma boa solução de compromisso já que a alternativa seria transportar para o local um objeto artificial para aplicar a sinalização Sinalização Zebrada Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 36 37 Muros e outras estruturas artificiais Sempre que houver um objeto não natural pinte a sinalização nele independente da altura ou do lado da trilha em que estiver Objetos não na turais postes cercas muros paredes estruturas em ruínas por não serem comuns à trilha já atraem naturalmente atenção Além disso ao pintar neles a sinalização evitase pintar em uma árvore ou pedra reduzindo a poluição visual do ambiente natural A instalação de estruturas artificiais específicas para a sinalização direcional totens mourões etc deve ser avaliada com muito cuidado devido aos custos e dificuldades logísticas envolvidas no transporte dos mate riais e posterior manutenção Lembrese jamais sinalize uma ruína histórica Escolha de Cores Não existe uma grande gama de cores compatível com a sinalização pintada Poucas cores têm bom contraste quando pintadas sobre superfícies naturais que geralmente ocorrem em tonalidades de marrom cinza verde e preto Diferenças de tonalidade podem ser rapidamente reduzidas quando a tinta sofre os efeitos da luz solar e da umidade Assim as cores que melhor se adequam à sinalização são o amarelo o vermelho o laranja e o azul Recomendase sempre fazer uma moldura na cor preta um pouco maior que a logomarca ou seta para reforçar o con traste e facilitar a visualização da sinalização pintada No ICMBio recomendase para o para todas as trilhas de longo curso ou a trilha mais lon ga de cada unidade de conservação federal o uso das cores amarela e preta que são as mesmas usadas de forma padronizada em sistemas viários mais complexos como estradas e rodovias Nas trilhas secundárias que conduzem a saídas para locais com acesso a automóveis ou a socorro utilizar sempre setas brancas independente da trilha principal ser para caminhadas bicicletas ou cavalos COM QUE TINTA SINALIZAR No momento da elaboração deste manual o uso de tinta spray é a maneira mais prática e rápida de realizar a sinalização No entanto alguns tipos de sprays ou tinta em aerosol possuem melhores resultados na aplicação da sinalização Sprays próprios para grafiteiros usualmente possuem válvula e bico que proporcionam um bom controle de fluxo e pressão do spray além de uma tinta mais viscosa e de secagem rápida com menor chance de escorrer Além disso estas tintas geralmente apresentam melhor qualidade nos pigmentos oferecendo maior durabilidade da cor Os resultados acabam sendo melhores pois a tinta escorre menos no processo de aplicação e são necessários menos retoques Caso sprays ou tinta em aerosol de melhor qualidade não estejam disponíveis na sua região ou não caibam no orçamento do seu projeto de sinalização orientase testar antes da execução do projeto de sinalização os sprays de tinta acrílica que estiverem à disposição a fim de buscar os melhores resultados Na indisponibilidade de quaisquer sprays ou tinta em aerosol outras tintas solúveis em água ou em óleo podem ser utilizadas na aplicação da sinalização com pincel ou esponja PLAQUETAS E BALIZAS Uma alternativa de sinalização de percurso também encontrada em trilhas ao redor do mundo é o uso de plaquetas fixadas em anteparos naturais e balizas fixadas no solo Esta alternativa de sinaliza ção exige a fabricação e impressão com antecedência das plaquetas ou balizas além do planejamento logístico necessário ao transporte dos materiais e sua fixação em campo O principal inconveniente desta alternativa de sinalização é a sua vulnerabilidade ao vandalismo e a colecionadores de lembran ças exigindo reposições frequentes das plaquetas e balizas PLACAS E TABULETAS Placas e tabuletas são utilizadas quando se quer passar aos usuários mais informação do que é possível com a pintura direta sobre anteparos naturais Tabuletas são utilizadas para passar informação básica como o nome e a distância a um destino Recomendase que as tabuletas sejam convencionadas em dois formatos Tabuleta de destino em formato retangular com 50 x 10cm para indicar o nome e a altitude de destinos e atrativos ao longo da trilha sinalização de destino Tabuleta Direcional em formato de seta com 60x10cm contendo o nome do destino e a distância até o mesmo sinalização de distância percorrida Idealmente as tabuletas direcionais devem estar presentes sempre que a trilha cruzar uma via e em todas as bifurcações com outras trilhas Se necessário mais de uma tabuleta pode ser utilizada no mesmo ponto para indicar a distância a dois ou mais destinos As tabuletas podem ser confeccionadas com madeira metal ou materiais sintéticos conforme a disponibilidade A informação deve ser pintada na tabuleta com letras amarelas ou da cor escolhida para sinalizar a trilha MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 38 39 Recomendase que as tabuletas sejam fixadas diretamente em árvores a cerca de 25 me tros do chão É uma altura que facilita a visualização mas torna o vandalismo mais difícil Para fixar a tabuleta devem ser utilizados dois pregos para evitar que a tabuleta gire Mastros devem ser utilizados como suporte das tabuletas quando não houver árvores disponíveis Neste caso é importante fixar o mastro em uma base de concreto para aumentar sua vida útil É recomendável que sejam sempre produzidas tabuletas extras de reserva para que seja pos sível a substituição rápida em casos de vandalismo Importante A instalação de tabuletas é complementar e não substitui a sinalização pintada As tabuletas são muito mais vulneráveis ao vandalismo que a sinalização pintada e são mais di fíceis de repor Tabuleta de madeira APA do Planalto Central DF Foto Thiago Beraldo Tabuleta impressa em chapa de PVC Parque Nacional da Tijuca RJ RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas de reserva para substituição em caso de vandalismo Parque Nacional de Aparados da Serra RS Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas direcionais em plástico reciclado Parque Nacional de Itatiaia RJ Foto Fabio Araujo Placas são utilizadas na sinalização de entrada de trilha e para passar informação de conteúdo educativo regulatório informativo e interpretativo podendo ter dimensões variadas conforme o conteúdo de informação que se quer passar Além da informação é conveniente que a placa traga a logomarca da trilha da área prote gida da agência responsável e de eventuais reconhecimentos internacionais Sítio do Patrimônio Mundial Natural Reserva da biosfera Sítio Ramsar etc PLACA DE ENTRADA DE TRILHA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO Os textos da placa de entrada de trilha deverão ser bilíngues português e inglês e incluir outras línguas se o perfil do visitante internacional da área protegida assim o indicar Em geral é regra básica que a placa traga também um mapa da trilha com a localização da placa você está aqui Devese considerar que quando o visitante chega ao início da trilha estará ansioso para iniciar a atividade e não terá muita paciência para ler textos longos Por isso devese utilizar ao máximo recursos pictográficos símbolos convencionais para transmitir as informações Exemplo de sinalização em outros países P N Table Mountain África do Sul Foto Paulo Faria MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 40 41 As placas devem ser confeccionadas com os materiais que estiverem disponíveis podendo ser de madeira metal ou material sintético A informação pode ser pintada adesivada ou entalhada na placa No caso de contratação de serviços comerciais para a confecção de placas é importante obter garantia que a tinta ou adesivos utilizados sejam resistentes à água e à radiação solar Para aumentar sua durabilidade sempre que possível instale a placa em local abrigado do sol e da chuva e evite colocar a placa voltada para o poente Quando estiverem em local de fácil acesso na unidade de conservação A identidade visual das placas de entrada de trilha deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do ICMBio Importante Como as placas atraem vandalismo é importante que seja estabelecida uma estratégia de reposição no caso de inutilização ou roubo das mesmas Exemplo de construção e organização da informação em uma placa de entrada de trilha Frente Verso A Telhado protegendo a placa B Moldura reforçada em madeira ou metal C Postes de fixação concretados no local 1 Mapa da trilha e da unidade de conservação Na legenda do mapa deve rão estar indicados minimamente a escala gráfica uma rosa dos ventos e o QR code para Donwload da versão digital do mapa se disponível 2 Informações gerais sobre a trilha distância tempo estimado do percurso grau de dificuldade Perfil altimétrico etc 3 Regras e demais orientações aos visitantes por exemplo levar água levar casaco levar chapéu levar protetor solar usar calçado dequado não levar cachorros não fazer fogueiras não consumir bebidas alcóolicas não levar armas caminhar em grupos de no mínimo três pessoas trecho com escalaminhada precipícios cobras não alimentar os animais etc 4 Telefones de emergência polícia bombeiros administração da área protegida etc 5 Termo de conhecimento de risco 6 logomarcas do órgão gestor da área protegida e da trilha quando houver Logomarcas de reconhecimento internacional Reserva da Biosfera Sítio do Patrimônio Sítio Ramsar 7 Um parágrafo sobre a área protegida em que a trilha está contida e seu órgão gestor trilíngue e igual em todas as placas 8 Fotos ou ilustrações relativas ao texto 9 Texto de um a dois parágrafos sobre algum assunto relativo à respectiva trilha bilíngue o que vai ser encontrado pelo caminho cachoeiras vistas ruínas etc também bilíngue 10 Telefones de hotéis restaurantes pousadas centrais de táxi próximos à trilhaUC Telefones dos clubes de excursionismo da região quando houver 11 Parte inferior centro Mapa das estradasruas e arredores próximos à placa de preferência identificando a localização de hotéis pousadas restaurantes supermerca dos pontos de ônibus e de táxi hospitais e polícia quando houver 12 Parte inferior direita Resumo explicativo de como funciona a sinalização na trilha ver seção Tipos de Sinalização Sinalização de Percurso 13 logomarcas do órgão gestor da área protegida e da trilha quando houver Lo gomarcas de reconhecimento internacional Reserva da Biosfera Sítio do Patrimônio Sítio Ramsar O PROJETO DE SINALIZAÇÃO O projeto de sinalização é o documento que orienta a sinalização de uma trilha ou trecho de trilha É ao mesmo tempo um documento operacional para ser seguido por quem vai a campo sinalizar como um documento de comunicação que descreve e justifica as escolhas do gestor ao sinalizar O projeto de sinalização sempre que possível deve ser elaborado em conjunto com parceiros envolvidos no uso e manutenção de trilhas na unidade de conservação e no seu entorno É importante destacar que o projeto não dever ser uma camisa de força mas um documento dinâmico que serve também para registrar a evolução da sinalização ao longo do tempo O projeto de sinalização não precisa ser um documento complexo podendo mesmo ser elaborado a partir de um formulário padrão Minimamente o projeto de sinalização deverá conter O nome da unidade de conservação onde a trilha está inserida O nome da trilha a ser sinalizada O nome das trilhas de longo curso que eventualmente utilizem o percurso da trilha a ser sinalizada A extensão total do trecho em quilômetros A indicação se existe pernoite no trecho O modo de viagem para o qual a trilha foi projetada Os modos de viagem manejados na trilha A classe da trilha A intensidade de sinalização projetada Os nomes dos pontos de acesso à trilha suas coordenadas geográficas e seu endereço caso exista Um resumo dos trechos do plano de manejo da unidade que tratam da trilha A logomarca a ser utilizada na sinalização Uma legenda explicativa da sinalização utilizada Uma tabela registrando todos os pontos relevantes para a sinalização com placas e tabuletas com um registro de nome altitude coordenadas geográficas distâncias e outras informações neces sárias à sinalização Um mapa ou croqui da trilha indicando os principais pontos relevantes para a sinaliza ção com placas e tabuletas MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 43 42 ANEXO I CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO DE TRILHAS Ao redor do globo as trilhas são reconhecidas por usuários e gestores de áreas protegidas como o mais básico equipamento de apoio a visitação muitas vezes estando presentes quando nenhuma outra estrutura de suporte está disponível no local O uso deste manual é direcionado para a sinalização de trilhas já existentes nas unidades de conservação e para ser utilizado como auxílio ao planejamento de novas trilhas O planejamento manejo e estabelecimento de trilhas é uma atividade técnica exigindo treinamento especializado e acesso a conhecimentos específicos que estão fora do escopo deste manual No entanto consideramos que é importante que quem sinaliza trilhas tenha acesso a alguns conceitos básicos de planejamento para que o trabalho de sinalização possa ser compa tibilizado com o que foi planejado para a trilha em questão Para os fins desse documento uma trilha deve ser entendida como um percurso intencio nalmente concebido e manejado em ambiente natural ou rural com grau limitado de interven ção para servir como atrativo turístico equipamento recreativo ou como uma infraestrutura de transporte para modos de viagem não motorizados Assim por exemplo uma trilha se diferencia de uma picada aberta clandestinamente por caçadores ou um carreiro de animais pois es tes não possuem nem intenção de manejo nem execução planejada condições necessárias para caracterizar uma trilha É importante também levar em conta que muitas vezes as trilhas precedem a criação das unidades de conservação onde se encontram É comum encontramos trilhas com centenas de anos de existência partes do sistema de transporte oficial da época do Império ou mesmo da co lônia cujo traçado e intervenções demonstram o cuidadoso processo de planejamento utilizado e trabalho intenso despendido em sua construção muitas vezes com mão de obra escrava Se re cuperadas e sinalizadas estas trilhas podem enriquecer com elementos históricos a experiência de contato com a natureza proporcionada aos visitantes Ladeira do Império Parque Nacional da Chapada Diamantina BA Foto Paulo Farias CLASSIFICAÇÃO DE TRILHAS QUANTO SEU FORMATO E EXTENSÃO Trilhas podem existir em diferentes formatos e extensões Os princípios gerais de sinaliza ção se aplicam tanto para pequenas trilhas de poucas centenas de metros e pouca complexidade quanto para sistemas complexos de longa distância com milhares de quilômetros de extensão Para os fins deste manual entendese por Ponto de acesso Ponto da trilha com acesso a transporte rodoviário ou fluvial que pode ser utilizado para iniciar ou finalizar uma atividade na trilha São os pontos que deverão ser sina lizados com placas de entrada de trilha e onde poderão ser oferecidas facilidades aos usuários como estacionamento e banheiros Travessias Trilhas que cruzam uma determinada região ou unidade de conservação entre dois pontos de acesso servidos por transporte motorizado Trilhas lineares Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto permitindo acesso a um destino mas exigindo que o visitante retorne pelo mesmo percurso de ida Também conhecidas como trilhas bate e volta Trilhas circulares Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso passando por um ou mais destinos com um percurso que não se repete Trilhas em oito Trilhas que como as circulares também iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso seguindo um percurso sem repetição de caminho mas possuem um ponto de cruzamento central permitindo que sejam realizados dois percursos pelos visitantes um mais curto e outro mais longo Circuitos Redes de trilhas em uma determinada unidade de conservação ou região com um ou mais pontos de acesso e que possibilitam diversas opções de percurso Trilhas com pernoite Trilhas com tal extensão que não possa ser realizada em apenas um dia de caminhada exigindo que o visitante realize pelo menos um pernoite na trilha Como regra geral considerase que uma distância entre 15 e 20 km é razoável para um dia de caminhada No entanto em áreas de montanha e outros locais de relevo muito acidentado recomendase planejar para um dia de caminhada uma extensão de trilha da ordem de 10km Trilhas de longo curso Trilhas com mais de 100 km de extensão cruzando e conectando unidades de conservação de diferentes categorias e esferas de governança Geralmente exigem mais de 5 dias corridos para que sejam completadas com diversos pernoites intermediários MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 44 45 Trilha de travessia Trilha linear ou bate e volta Trilha em oito Circuito de trilhas Trilha circular Desenhos esquemáticos de trilhas quanto ao formato e extensão FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO DE TRILHAS O ICMBio adota para intervenções de planejamento e manejo de trilhas os princípios de planejamento de trilhas desenvolvidos pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos e também uti lizados por várias agências ambientais em todo o mundo Segundo esta metodologia adaptada pelo ICMBio à realidade nacional alguns conceitos são utilizados para caracterizar uma determi nada trilha ou segmento de trilha a saber Tipo da trilha Classe da trilha Uso manejado Usos projetados e Parâmetros de projeto Com o uso destes conceitos é possível registrar de maneira consistente e comunicar com clare za a intenção de manejo pretendido para a trilha bem como as diretrizes para orientar o seu projeto construção e manutenção Tipo de trilha Corresponde à superfície predominante da trilha No caso das unidades de conservação brasileiras há duas possibilidades de tipo de trilha Trilha terrestre Uma trilha cuja superfície é constituída predominantemente de solo e ou substrato rochoso e que é projetada e manejada para atividades sobre essas superfícies Trilha aquática Uma trilha cuja superfície é constituída predominantemente de água mas pode incluir trechos terrestres e que é projetada e manejada para acomodar a utilização nessa superfície Roteiros subaquáticos utilizados em atividades de mergulho também chama dos de trilhas subaquáticas se enquadram neste tipo de trilha É importante destacar porém que não são consideradas trilhas estruturas construídas para apoio a visitação cuja superfície predominante seja artificial e isolada do solo por exem plo longas passarelas e circuitos de arvorismo Classe de trilha Representa o grau de desenvolvimento para uma trilha ou segmento de trilha dentro de uma escala que vai da classe mais selvagem àquela com maiores níveis de intervenção ou mais desenvolvida O gradiente de desenvolvimento sugerido pelas classes de trilha tem correspon dência à experiência que se deseja proporcionar aos visitantes aos limites de intervenção pos síveis e a eventuais normas de manejo Há cinco classes de trilha Trilha classe 1 Mínima intervenção Trilha classe2 Muito baixa intervenção MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 46 47 Usos em trilhas terrestres Caminhada Corrida em trilhas Ciclismo Cavalgada Patinação Usos em trilhas aquáticas Canoagem Flutuação Stand up paddle Bóiacross Rafting Trilha classe 3 Baixa intervenção Trilha classe 4 Média intervenção Trilha classe 5 Alta intervenção A definição da classe de trilha deve ser utilizada como base fundamental para definir os pa râmetros de projeto e pode orientar inferências ou avaliações sobre os custos necessários à imple mentação eou manejo da trilha e a complexidade dos projetos via de regra quanto maior a classe da trilha maior o seu custo de implementação excetuando desta lógica as despesas logísticas como o transporte de materiais para locais de trilhas remotas Usos possíveis Os usos ou modos de viagem possíveis de uma trilha estão diretamente relacionados ao tipo e à classe da trilha Os usos permitidos em uma trilha são um subconjunto dos usos possíveis São exemplos de usos possíveis em trilhas Usos manejados Correspondem aos usos viabilizados pelo projeto da trilha ou seja correspondem a todos aqueles usos para os quais a trilha foi ativamente proposta Os usos manejados para uma trilha são geralmente um subconjunto de todos os usos permitidos na trilha Uso projetado O uso identificado em uma trilha ou segmento de trilha que demanda pro jeto e parâmetros de construção mais exigentes e restritivos corresponde ao uso projetado Em conjunto com a classe de trilha identificada o uso projetado vai definir quais serão os parâme tros de projeto que serão utilizados para a execução dos esforços de construção ou manutenção da trilha Apenas um uso projetado é definido por trilha ou segmento de trilha Apesar de uma trilha ou segmento de trilha poder ter vários usos manejados apenas um uso projetado é iden tificado como base para o projeto de trilha Parâmetros de projeto Correspondem às diretrizes técnicas para o projeto construção e manutenção de trilhas Com base no Uso Projetado e Classe da Trilha os parâmetros de projetos estabelecem de forma objetiva os critérios físicos principais para a construção da trilha São eles A largura do piso da trilha O tamanho e frequência dos obstáculos presentes A declividade da trilha declividade média e declividade máxima A inclinação lateral máxima O menor raio de curvatura admissível A largura e a altura do corredor da trilha Classificação de dificuldade de trilhas A classificação de dificuldade de atividades em trilhas é tema que levanta calorosos de bates entre gestores e usuários Existem milhares de sistemas de classificação de dificuldade no mundo Estes sistemas são na maior parte das vezes incompatíveis entre si pois cada sistema foi concebido para atender a um determinado contexto local A complexidade aumenta ainda decorrente do fato de que a dificuldade está associada tanto a trilha quanto à atividade desen volvida Uma mesma trilha por exemplo pode ter dificuldades diferentes segundo o ponto de vista de um pedestre um ciclista ou um cavaleiro No Brasil se buscou construir um consenso para a classificação de percursos de caminhada em tri lhas sem pernoite ofertados como produtos turísticos O esforço culminou com a publicação da norma técnica NBR 155052 A NBR 155052 estabelece uma classificação baseada em quatro critérios a severidade do meio referese aos perigos e outras dificuldades decorrentes do meio natural como temperatura pluviosidade riscos de quedas facilidade de resgate entre outros que podem ser encontrados ao longo do percurso b orientação no percurso referese ao grau de dificuldade para orientação como presen ça de sinalização trilhas bem marcadas presença de pontos de referência entre outros para completar o percurso c condições do terreno referese aos aspectos encontrados no percurso em relação ao piso e às condições para percorrêlo como tipos de pisos trechos com obstáculos trechos com pedras soltas entre outros d intensidade de esforço físico referese à quantidade de esforço físico requerido para cum prir o percurso levando em conta extensão e desníveis subidas e descidas considerando um clien te comum Considerase cliente comum uma pessoa adulta nãoesportista e com bagagem leve Apesar de ser capaz de classificar com precisão as trilhas segundo critérios técnicos a proposta da norma para comunicação dos resultados de classificação é bem complexa sendo de difícil interpretação por um usuário leigo conforme observamos no exemplo à seguir MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 48 49 Sugerese que além da apresentação da classificação técnica segundo a NBR e infor mações objetivas como o perfil altimétrico da trilha seja também apresentado um sistema de classificação mais simples que faça sentido regionalmente e seja de rápida interpretação pelo visitante por exemplo classificando as trilhas em fáceis de dificuldade moderada difíceis mui to difíceis e extremamente difíceis Como são comuns situações onde visitantes leigos supe restimam suas habilidades recomendase por precaução exagerar para mais as dificuldades apresentadas Exemplo de aplicação de comunicação de classificação de percursos anexo C da norma NBR 155052 REFERÊNCIAS Cunha e Meneses Pedro da Sinalização de trilhas Guia Prático Edição digital Rio de Janeiro 2013 httpsinalizetrilhaswikiparquesorg European Ramblers Association ERA Waymarking in Europe Praga 2017 httpwwweraewvferpcomfileadminuseruploaddokumenterWalkinginEuropeWaymarkingin EuropeENGWAYMARKING201701pdf USDA Forest Service Recreation Heritage and Volunteer 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Trilhas Trilha Bibbulmun Histórico funcionamento e Situação Atual compilação de documentos Rio de Janeiro 1998 Putney Allen coord The Grand Ruta Inca PreFeasibility Study For a Network of Protected Areas Associa ted With The Gran Ruta Inca UICN World Commission on Protected Areas Lima 2002 Queensland Parks and Wildlife Service Newsletter Issue 21 Brisbane Queensland Parks and Wildlife Ser vice 2003 Riter Jan e Riter Mike Manual del Taller de Construcción de Senderos Internacional Mountain Bicycling Association 1999 Rogers Carla Myall Lakes National Park Little Broughton Island and Stormpetrel Nature Reserve Draft Plan of Management Sydney New South Wales National Parks and Wildlife Service 2001 Settlement Planning Services Hoerikwaggo Trail Record of Planning Processs Assessment of Overnight Sites Cidade do Cabo 2005 Sloan C Anne coord DNR Lands Strategic Plan for Recreation and Conservation Maryland Department of Natural Resources 1995 Sprung Gary ed Trail Development Construction for 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Parks and Wildlife Service 2002 Thomas Mandy Moving Landscapes National Parks the Vietnamese Experience Sydney New South Wales National Parks and Wildlife Service Pluto Press Australia 2002 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 52 53 Thorsel Jim coord Parks in the Borderline Experience in Transfrontier ConservationGland UICN 1990 Uluru Kata Tjuta Board of Management Uluru Kata Tjuta National Park Plan of Management Camberra Uluru Kata Tjuta Board of Managemente Parks Australia 2000 Vachowski Brian Geosynthetics for Trails in Wet Areas Missoula Montana USDA Forest Service Techno logy and Development Department 1995 Valentine Peter series editor Evaluating Effectiveness A Framework for Assessing Management Efective ness of Protected Areas 2ª ed Gland UICN 2006 Waterman Laura and Guy Wilderness Ethics 2ª ed Woodstock Vermont The Countryman Press 1995 Yomans Richard coord Bushland Activities 19982003 Willlowghby City Council Chatswwod NSW 2004 NOTA DA SEGUNDA EDIÇÃO Após o lançamento da primeira edição do Manual de Sinalização de Trilhas em maio de 2018 foi editada a Portaria Conjunta No 407 de 19 de outubro de 2018 pelos Ministros de Estado do Meio Ambiente e do Turismo e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que instituiu a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade Rede Trilhas Conforme a Portaria dentre os critérios que deverão ser definidos em regulamentação incluise a apresentação de uma identidade visual para a RedeTrilhas levando em consideração o Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio PORTARIA CONJUNTA No 407 DE 19 DE OUTUBRO DE 2018 Institui a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas dá outras providências OS MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DO TURISMO E O PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE no uso das atribuições que lhes confere o art 87 parágrafo único incisos II e IV da Constituição Federal e o art 24 do Anexo I do Decreto no 8974 de 24 de janeiro de 2017 resolvem Art 1o Fica instituída a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas composta por trilhas reconhecidas pela sua relevância nacional para a conectivida de de paisagens e ecossistemas a recreação em contato com a natureza e o turismo 1o As trilhas participantes da RedeTrilhas deverão ser estabelecidas de forma que pos sam ser percorridas pelos usuários a pé ou utilizando outros modos de viagem não motorizados 2o A RedeTrilhas visa contribuir com os objetivos do Programa Nacional de Conectividade de Paisagens CONECTA instituído pela Portaria MMA no75 de 26 de março de 2018 Art 2o A RedeTrilhas tem por objetivos I promover as trilhas de longo curso como instrumento de conservação da biodiversida de e conectividade de paisagens II reconhecer e proteger as rotas pedestres e de outros meios de viagem não motorizados de interesse natural histórico e cultural III sensibilizar a sociedade sobre a importância da conexão de paisagens naturais e ecossistemas promovendo sua participação ativa na implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC IV valorizar o trabalho voluntário no estabelecimento de tri lhas de longo curso e V ampliar e diversificar a oferta turística de modo a estimular o turismo em áreas naturais Art 3o Ato conjunto dos instituidores da RedeTrilhas definirá critérios para I avaliação de propostas de adesão à RedeTrilhas e reconhecimento de trilhas de longo curso assim como o procedimento para a saída de trilhas da RedeTrilhas MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 54 55 II elaboração anual de um Plano e Relatório de Implementação das trilhas de longo curso e conectividade a ser apresentado no primeiro trimestre que deverá conter a informações sobre as trilhas de longo curso já reconhecidas e a situação de implemen tação de cada uma incluindo mapas e registros fotográficos entre outros e b previsão para os próximos dois anos de expansão e inclusão de trilhas III apresentação de uma identidade visual para a RedeTrilhas devendo ser flexível para também preservar a identidade local de cada trecho de trilha levando em consideração o Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio Art 4o Trilhas de longo curso nacionais e regionais integra rão a RedeTrilhas por ato de reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente com base na aná lise de propostas encaminhadas por entidades governamentais ou da sociedade civil organizada 1o As Unidades de Conservação federal serão áreas núcleos das trilhas de longo curso reconhecidas 2o As Unidades de Conservação estaduais e municipais poderão também ser reconheci das como áreas núcleo em cada trilha se houver anuência dos respectivos órgãos gestores 3o O traçado da trilha de longo curso poderá passar por áreas particulares se houver anuência dos respectivos proprietários 4o As Unidades de Conservação que integraram trilhas reconhecidas pela RedeTrilhas de verão estar cadastradas e validadas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação CNUC 5o O traçado das trilhas poderá ser objeto de ajustes e melhorias a qualquer tempo vi sando maximizar a passagem da trilha por áreas naturais de relevante beleza cênica de interesse turístico sítio natural sagrado e de importância para a conectividade e conservação da natureza 6o O estabelecimento a manutenção e a gestão de cada trecho das trilhas de longo curso são de inteira responsabilidade da instância pública ou privada que detiver a jurisdição sobre o trecho 7O O reconhecimento das trilhas de longo curso como parte da RedeTrilhas não garante acesso a recursos de qualquer natureza para o seu estabelecimento e manutenção e gestão Art 5o As propostas de trilha de longo curso nacional ou regional deverão I indicar a instância de governança própria para a trilha de longo curso aproveitan do as estruturas de governanças já existentes para as Reservas da Biosfera Mosaicos de Áreas Protegidas Sítios do Patrimônio Corredores Ecológicos Regiões Turísticas do Programa de Regionalização do Turismo entre outros espaços de participação sempre que possível II ter participação paritária do Governo e de entidades da sociedade civil em sua instan cia de governança e III indicar as áreas núcleo da trilha e seu traçado considerando a passagem por Unidades de Conservação áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade conectividade de pai sagens recuperação de ecossistemas degradados Reservas da Biosfera Sítios Ramsar e frag mentos florestais bem como o Mapa do Turismo Brasileiro Art 6o Esta Portaria entra em vi gor na data de sua publicação EDSON DUARTE Ministro de Estado do Meio Ambiente VINICIUS LUMMERTZ Ministro de Estado do Turismo PAULO HENRIQUE MAROSTEGAN E CARNEIRO Presidente do Instituto MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 56 57 Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 58 59 Exemplo de stêncil para a pintura da logomarca Exemplo de stêncil para a pintura da logomarca
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Texto de pré-visualização
MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILHAS 2ª EDIÇÃO CADERNOS DE VISITAÇÃO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 2 Jair Messias Bolsonaro Presidente Antonio Hamilton Martins Mourão VicePresidente Ministério do Meio Ambiente Ricardo Salles Ministro Secretaria de Ecoturismo André Pitaguari Germanos Secretário Diretoria de Fomento e Projetos DFP Gentil Venâncio Palmeira Filho Diretor CoordenaçãoGeral de Criação e Projetos CGCP Maria Mônica Guedes de Morae CoordenadoraGeral Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Homero de Giorge Cerqueira Presidente Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação DIMAN Marcos de Castro Simanovic Diretor Coordenação Geral de Uso Público e Negócios CGEUP Larissa Moura Diehl Coordenadora Geral Coordenação de Planejamento Estruturação da Visitação e do Ecoturismo COEST Thiago do Val Simardi Beraldo Souza Coordenador MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILHAS 2ª edição Brasília DF MMA 2019 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Ministério do Meio Ambiente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 5 Comitê de redação Fabio França Silva Araujo Paulo Eduardo Pereira Faria Pedro de Castro da Cunha e Menezes Thiago do Val Simardi Beraldo Souza Revisão e nota para a Segunda Edição Bernardo Issa de Souza Carolina Pötter de Castro 2019 Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio Permitida a reprodução sem fins lucrativos parcial ou total por qualquer meio se citados a fonte do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ou sítio da Internet no qual pode ser encontrado o original em httpwwwicmbiogovbrportalpublicacoes Foto da capa Acervo ICMBio Projeto gráfico e diagramação Marília Ferreira Divisão de Comunicação DCOM CONTEÚDO APRESENTAÇÃO 7 CRÉDITOS 9 INTRODUÇÃO 11 TIPOS DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS 12 COMO SINALIZAR25 ANEXO I CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO DE TRILHAS42 REFERÊNCIAS49 NOTA DA SEGUNDA EDIÇÃO53 338486502504 Manual de sinalização de trilhas Organizado por Fabio França Araújo et al M294 2 ed Brasília ICMBIO IBAMA 2019 51 P il Cadernos de visitação Disponível em formato digital e em formato impresso ISBN versão impressa 9788573003987 ISBN versão digital 9788573003994 I Trilha ecológica 2 Sinalização visual III 1 Fabio França Silva Araújo 2 Paulo Eduardo Pereira Faria 3 Pedro de Castro da Cunha e Menezes 4 Thiago do Val Simardi Beraldo de Souza 7 APRESENTAÇÃO É com grande satisfação que a Secretaria de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente publica o Manual Oficial de Sinalização de Trilhas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICMBio O Manual traz as principais recomendações pertinentes à sinalização de trilhas e percursos em Unidades de Conservação UCs federais O seu alto padrão técnico torna esta publicação referência para aqueles que pretendem sinalizar trilhas em outros ambientes protegidos No mundo todo as trilhas constituem uma relevante modalidade recreativa com o obje tivo de aproximar o turista do ambiente natural ou conduzilo a um atrativo específico possi bilitando seu entretenimento e educação ambiental mediante sinalizações interpretativas As trilhas são importantes canais de acesso externos e internos nas UCs federais seja como forma de chegar à Unidade nas atrações naturais ou nos pontos de recreação As trilhas guardam um notável potencial de atratividade e utilidade para a gestão e educação ambiental a partir da ressignificação dos atributos naturais e dos espaços protegidos Esta publicação visa propiciar a exemplo de outros países a integração de espaços naturais protegidos às atividades ecotu rísticas com foco em redes de trilhas de longo curso seguindo o grande sucesso que pode ser observado por exemplo no Sistema Europeu de Trilhas de Longo Curso na Europa continental National Trails no Reino Unido e a Appalachian Trail nos Estados Unidos a qual já atinge a marca de mais de 2000000 de visitantes ao ano Este Manual originalmente publicado em 2018 revestese de nova relevância a partir da oficialização da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas institu ída pela Portaria Conjunta n 407 publicada em 19 de outubro de 2019 e assinada pelo Ministério do Meio Ambiente MMA e Ministério do Turismo MTur com a finalidade de estabelecer uma rede interconectada de trilhas e caminhos de longo curso em todo o território nacional devi damente sinalizados de acordo com os parâmetros reconhecidos e geridos por suas respectivas instâncias locais de gestão A RedeTrilhas visa conferir maior densidade e significado às UCs e atua como instrumento de conservação da biodiversidade possibilitando a e conectividade de paisagens de interesse natural histórico e cultural protegendo as rotas pedestres e outros meios de viagem não motorizados Ao mesmo tempo a RedeTrilhas promove a integração dos espaços protegidos a outras áreas naturais vizinhas por intermédio das trilhas uniformemente sinalizadas com a logomarca constituída por pegadas em preto e amarelo Cabe destacar ainda que as orientações deste Manual permitem que a sinalização seja realizada de forma simples e com baixo custo tornando este padrão acessível tanto para UCs fe derais estaduais e municipais quanto para trilhas localizadas fora de espaços protegidos favo recendo a constituição de um sistema nacional integrado de trilhas uniformemente sinalizadas com uma identidade visual comum Esta iniciativa não seria possível sem a estreita parceria deste MMA com o ICMBio ressal tando o esforço e dedicação do Instituto na formulação do material aqui apresentado 9 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 8 Ao estimular a visitação de ambientes naturais a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso assim como o turismo de natureza em todas as suas formas promove o entendimento e defesa do meio ambiente e traz o tão necessário e desejado desenvolvimento socioeconômico a todas as regiões e biomas do Brasil em um círculo virtuoso onde os maiores ganhadores são a popu lação e o meio ambiente André Pitaguari Germanos Secretário de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente SISTEMA BRASILEIRO DE TRILHAS PEGADAS AMARELAS E PRETAS CONECTANDO AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO BRASIL CRÉDITOS Os métodos e referências apresentados no manual foram propostos a partir de experiên cias exitosas testadas e aprimoradas em diversas unidades de conservação e viabilizados por meio de projetos institucionais parceiros e voluntários Lideranças voluntárias brigadistas equipes de campo e organizações da sociedade civil como o Movimento Trilha Transcarioca a Conservação Internacional Brasil o Mosaico Carioca de Unidades de Conservação Ivan Amaral Jeremias Freitas e Richard Smith entre tantos outros também fazem parte dos responsáveis pelo êxito dos métodos aqui apresentados O Serviço Florestal dos Estados Unidos e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional USAID por meio do Projeto de Conservação da Biodiversidade na Amazônia foram parceiros centrais nos esforços de capacitação institucional em manejo de trilhas sinalização e interpretação ambiental com cerca de 200 oportunidades de treinamento no Brasil e no exterior e formação de instrutores institucionais hoje responsáveis pela multipli cação dos métodos de referência para comunitários e voluntários das unidades de conservação de todo o país Os aprendizados institucionais logrados a partir da execução de diversos projetos com destaque para a Trilha Transcarioca na cidade do Rio de Janeiro Caminhos da Serra do Mar com núcleo no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e sistemas de trilhas terrestres do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros entre outros chancelam a adoção das melhores práticas internacionais de sinalização de trilhas como o padrão apresentado neste manual Outras unidades de conservação e seus projetos se destacaram na consolidação das ba lizas técnicas aqui apresentadas Parques Nacionais de São Joaquim dos Aparados da Serra da Tijuca da Serra do Cipó do Caparaó das Araucárias da Amazônia de Itatiaia de Sete Cidades e de Brasília Florestas Nacionais de Brasília de Canela de Silvânia de São Francisco de Paula e do Tapajós UCs de outras categorias de manejo como a ARIE Serra das Abelhas APAs do Planalto Central de Petrópolis e da Serra da Mantiqueira e Resex Chico Mendes além de UCs de outras esferas estaduais ou municipais com destaque para os Parques Estaduais da Pedra Branca RJ de Tainhas RS do Itacolomi MG da Serra do Tabuleiro SC e tantos outros Diversas pessoas cederam gentilmente fotografias para ilustrar a publicação Este manual foi escrito a partir do engajamento e esforço de todos estes parceiros e insti tuições Muito obrigado 11 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 10 Fernandp Tatagiba INTRODUÇÃO Até o século 19 as trilhas eram o componente principal da infraestrutura de transporte terrestre dos povos do planeta Complementarmente rios e outros corpos dágua navegáveis possibilitavam o estabelecimento de um sistema natural de trilhas aquáticas Pelas trilhas se deslocavam pessoas cargas e animais domésticos Para os usuários des ses extensos sistemas de trilhas era essencial saber quando se estava no caminho correto qual distância faltava para um local de pouso que perigos havia à frente Portanto estratégias de si nalização eram uma peça fundamental do projeto dessas vias Os romanos por exemplo tinham marcas a cada milha de suas vias O marco zero de todas elas era o centro de Roma daí o ditado todos os caminhos levam a Roma No Brasil os caminhos bandeirantes eram marcados com cortes de facão em árvores ou em regiões onde não havia florestas marcos de pedra esculpida Seja como for desde tempos imemoriais sempre que houvesse possibilidade de dúvida quanto a direção a ser seguida ado touse algum tipo de sinalização Nos sistemas viários modernos existe uma profusão de formas de sinalização mas que partem das mesmas demandas básicas de informação compartilhadas entre motoristas pedes tres ciclistas cavaleiros dentre outros usuários de trilhas As estradas e ruas de hoje em dia têm sinalização direcional em formato de placas indi cando os destinos Por exemplo São Paulo Belo Horizonte Passa Quatro Laranjeiras Também têm sinalização confirmatória que objetiva tranquilizar o viajante dando alguma informação sobre a duração do caminho por exemplo BR 101 quilômetro 832 ou placas de sinalização in terpretativa por exemplo Ponte sobre o córrego de Lumiar Por fim as estradas do século XXI ainda têm sinalização educativa dirigir sem cinto de segurança mata ou mantenha a distância indutiva curva acentuada para a direita ou regulatória sob neblina use farol baixo Nas últimas décadas a sinalização rodoviária que serve de inspiração para a sinalização de trilhas tem sido uniformizada ao redor do mundo com a progressiva adoção de símbolos e cores padronizadas em todos os países Como na sinalização rodoviária buscase também na sinalização moderna de trilhas um consenso e uniformidade dos meios e das mensagens de forma que possam ser interpretadas da mesma forma em qualquer local do mundo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 13 12 TIPOS DE SINALIZAÇÃO EM TRILHAS SINALIZAÇÃO DE ENTRADA DE TRILHA Os pontos de entrada em uma trilha ou seja as extremidades início e fim da trilha e outros pontos da trilha que tenham acesso para veículos e que possam ser utilizados como pontos de entrada alternativos são comumente sinalizados com placas que trazem um con junto de informações mais denso para o usuário As placas de entrada de trilha devem ser bilingues português e inglês e seu objetivo é informar aos usuários de forma clara as características mais importantes da trilha como sua distância duração nível de exigência física atrativos ao longo do percurso e explicações sobre a sinalização adotada além informações regulatórias e de segurança para os usuários como uma lista de contatos de emergência Samu Bombeiros Polícia administração da unidade etc Sinalização de entrada de trilha APA do Planalto Central DF Foto Fabio Araujo Outra função importantíssima das placas de entrada de trilha é ser um meio oficial para ad vertir os usuários sobre os riscos associados ao percurso da trilha Na literatura técnica e nos trabalhos práticos são muito comuns outras nomenclaturas para a sinalização de entrada de trilha como placa mãe placa base ou placa de cabeça de trilha do inglês trailhead information board A identidade visual das placas de entrada de tri lha quando estiverem em local de fácil acesso na unida de de conservação deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do icmbio Detalhe da Sinalização de entrada de trilha APA do Planalto Central DF Foto Fabio Araujo Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países P N Table Mountain África do Sul Foto Paulo Farias Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países P N Aggletelec Hungria Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 14 15 SINALIZAÇÃO DE PERCURSO Esta é a classe de sinalização que auxilia e proporciona confiança ao visitante para que se mantenha no percurso escolhido A sinalização de percurso forma juntamente com a pla ca base da trilha o conjunto mínimo e essencial de sinalização de uma trilha Para garantir que esta sinalização esteja sempre presente para prover segurança aos visitantes ela deverá ser a mais simples possível de manter mesmo com poucos recursos financeiros e de pessoal Tradicionalmente no mundo inteiro este tipo de sinalização é pintado sobre rochas troncos de árvores ou outras superfícies duráveis encontradas na trilha Trilha Caminho de Cora Foto Thiago Beraldo Trilha Caminho das Araucárias Foto Pedro da Cunha e Menezes Trilha Transcarioca Foto Pedro Cunha e Menezes Trilha Transmantiqueira Foto Fabio Araujo A sinalização de percurso deverá estar presente ainda que existam outras formas mais comple xas de sinalização na mesma trilha tabuletas sinalização interpretativa etc Existem oito modalidades de sinalização de percurso a saber Direcional Confirmatória Tranquilizadora Indutiva Negativa Zebrada De saída De acesso à trilha principal SINALIZAÇÃO DIRECIONAL A sinalização direcional indica aos visitantes a direção e o sentido preferencial de um per curso evitando que se percam Este tipo de sinalização promove ainda a redução na criação de atalhos e desestimula o pisoteio de áreas sensíveis entre outros benefícios ambientais A sinalização direcional deverá estar presente na trilha sempre que houver possibilidade de dúvida bifurcações mudanças de direção da trilha mudanças de fitofisionomia trechos onde a trilha não estiver bem definida locais com incidência de neblina etc SINALIZAÇÃO CONFIRMATÓRIA Esta sinalização reafirma a informação direcional dando confiança ao visitante de que ele tomou uma decisão correta no percurso A sinalização confirmatória deve sempre ser colocada logo após uma sinalização direcional de forma que seja facilmente visível no sentido correto a seguir SINALIZAÇÃO TRANQUILIZADORA A sinalização tranquilizadora é aquela colocada com certa regularidade ao longo de toda trilha mesmo que não existam bifurcações ou mudanças de direção dando tranquilidade ao visitante de que ele está na trilha certa SINALIZAÇÃO INDUTIVA Esta sinalização busca alterar a atenção do visitante de forma que ele prossiga pelo caminho que interessa para a administração da unidade seja por questões de segurança do visitante ou necessidade de manejo da unidade Ela ocorre como um reforço da sinalização direcional com várias marcações bem vi síveis em sequência em especial quando a intenção da gestão da unidade é que o visitante vá na direção menos óbvia Sinalização indutiva na saída de passarela no Parque Estadual do Guartelá PR Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 16 17 SINALIZAÇÃO NEGATIVA Esta sinalização Indica um caminho que não deve ser seguido pelo visitante pois daria acesso a uma área de biodiversidade particularmente sensível um trecho de trilha fechado para manutenção ou recuperação um local que ofereça riscos uma área de acesso exclusivo à ad ministração da unidade ou qualquer outro motivo que o planejamento da trilha justifique uma restrição de acesso aos usuários comuns Este tipo de sinalização deve manter as cores amarelo e preto cores mais visíveis e reconheci das internacionalmente como cores de alerta independentemente das cores utilizadas para a sinali zação de percurso da trilha É uma forma de sinalização que deve ser utilizada com cuidado pois pode ter o efeito inverso uma vez que alguns usuários podem ser atraídos pela sensação de adrenalina de estar em um local proibido Em alguns casos é mais conveniente camuflar com galhos folhas pedras etc os primeiros metros de um caminho não autorizado aos visitantes que sinalizar negativa mente de forma ostensiva na entrada do trecho Sinalização negativa no Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Sinalização zebrada Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Jeremias Freitas Sinalização saída Trilha Transcarioca Parque Na cional da Tijuca RJ Foto Jeremias Freitas SINALIZAÇÃO ZEBRADA A sinalização zebrada é utilizada em pontos ao longo da trilha onde não existem antepa ros naturais rochas ou árvores de caule mais grosso ou artificiais paredes mourões etc que permitam a aplicação da sinalização de percurso escolhida para a trilha Por não indicar a dire ção preferencial do percurso esta sinalização deve ser utilizada com cuidado apenas onde for realmente a única opção SINALIZAÇÃO DE SAÍDA A sinalização de saída de uma trilha indica um ca minho alternativo que leva o usuário de forma mais rápida para uma via públi ca acessível para transporte motorizado convencional A convenção para este tipo de sinalização é o uso de uma seta de cor branca MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 18 19 SINALIZAÇÃO DE ACESSO À TRILHA PRINCIPAL A sinalização de acesso é utilizada para sinalizar um percurso secundário de pequena ex tensão que dê acesso a uma trilha principal a partir de um ponto de acesso via pública acessível para transporte motorizado convencional Sugerese para este tipo de sinalização um seta com as cores da trilha SINALIZAÇÃO DE DESTINO Um destino é um ponto notável ao longo da trilha que pode ser um atrativo um equi pamento de apoio aos visitantes ou uma feição topográfica que seja de passagem desejável ou obrigatória pelo visitante na trilha como um mirante uma cachoeira ou uma ponte por exemplo Estes pontos de referência também devem constar do mapa da trilha e ajudam o visitante a se localizar ao longo do caminho mesmo que não possua ou não tenha familiaridade com equipa mentos de navegação GPS mapas bússola etc Sinalização de acesso à trilha principal Trilha Transcarioca Parque Nacional da Tijuca RJ Foto Ivan Amaral Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Natural dos Açores em Portugal Foto Pedro Cunha e Menezes Para esse tipo de sinalização é comum o uso de placas e tabuletas A placa de destino deverá ser instalada em local bem visível conter a denominação do destino e se possível a sua altitude Sugerimos o padrão de tabuletas de 50 x 10 cm para as tabuletas de destino É importante ressaltar que este tipo de sinalização deverá ser fixado de forma reforçada pois é comum que os visitantes se apoiem nas placas de destino para tirar fotografias Importante Todos os pontos de referência indicados no mapa da placa base da trilha de verão ter placas de destino pois só assim o visitante será capaz de se localizar ao longo da trilha sem o uso de equipamentos de navegação SINALIZAÇÃO DE DISTÂNCIA PERCORRIDA Esta sinalização indica as distâncias entre o ponto sinalizado e um ou mais destinos ao longo do percurso da trilha Essa sinalização não é obrigatória mas desejável pois contribui para a sensação de segurança do visitante ao percorrer a trilha Caso se decida utilizar este tipo de si nalização ela deverá estar presente de forma bem visível e a intervalos regulares por exemplo a cada quilômetro pois esta será a expectativa do visitante Uma sinalização de distância coloca da de forma esporádica e irregular pode ter o efeito negativo de causar ansiedade e insegurança em quem está percorrendo a trilha Em alguns casos é conveniente informar além da distância de um trecho de trilha uma média do tempo que o visitante irá gastar para percorrelo Para a sinalização de distância percorrida sugerimos o uso de tabuletas com setas direcionais com dimensão de 60 x 10 cm Excepcionalmente as distâncias podem ser pintadas diretamente em superfícies naturais com o cuidado de garantir que chamem a devida atenção aos visitantes Tabuletas indicando as distâncias a diferentes destinos no Parque Nacional da Tijuca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas de distância Floresta Nacional de Brasília DF Foto Thiago Beraldo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 20 21 QUADRO RESUMO COM SINALIZAÇÃO BÁSICA EM TRILHAS SINALIZAÇÃO EDUCATIVAREGULATÓRIA Essa classe de sinalização busca estimular no visitante um determinado comportamento ou atitude informando um perigo induzindo uma conduta ou estabelecendo a proibição de certas ações Preferencialmente a informação educativa regulatória deverá ser passada com o uso de pictogramas padronizados de interpretação universal eou com frases curtas e diretas evitan dose textos longos Como muitas vezes esse tipo de sinalização é alvo de vandalismo especial cuidado deverá ser tomado com a sua fixação Sempre que este tipo de sinalização for utilizado em áreas de fácil acesso ou que permi tam alta intervenção no meio natural sua identidade visual deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do ICMBio Em locais de difícil acesso ou que não admitam alta intervenção no meio outras alternativas poderão ser utilizadas para esta sinalização Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Reserva Natural Steenbras África do Sul Foto Lucas Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 22 23 Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Nacional da Montanha da Mesa Africa do Sul Foto Pedro Cunha e Menezes Exemplo de placas de entrada de trilha em outros países Parque Nacional Los Glaciares Argentina Foto Paulo Farias Placa regulatória na entrada da parte alta do Parque Nacional de ItatiaiaRJ Foto de Fabio Araujo SINALIZAÇÃO INTERPRETATIVA Tratase de uma classe de sinalização que tem como objetivo apresentar aspectos culturais ou naturais da unidade de conservação aos visitantes podendo ser utilizada em atividades com condução obrigatória ou facultativa Visa transmitir mensagens que provocam conexões emocio nais entre a natureza e o público Necessitam de um projeto interpretativo específico independen te do projeto de sinalização geral e das orientações previstas no manual geral de sinalização Podem fazer parte deste tipo de sinalização placas e outros meios de exposição contendo por exemplo desenhos eou fotografias da fauna e flora local mapas infográficos e croquis de sítios arqueológicos dentre outros conteúdos possíveis Sinalização interpretativa no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio Detalhe de sinalização interpretativa no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio 25 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 24 SINALIZAÇÃO EMERGENCIAL A sinalização emergencial é uma ação da gestão da unidade de conservação em resposta a um fato não previsto que interfira no manejo da trilha ou que tenha consequências para a se gurança dos visitantes São motivos para sinalização emergencial por exemplo um deslizamento de terra a queda de uma ponte uma enchente a presença de animais perigosos pex abelhas ou qualquer outro fato que obrigue a manutenção imediata da trilha seu fechamento ou alguma necessidade de informação especial para os visitantes Essa sinalização é essencial ainda para resguardar legalmente a administração da unidade e precisa ser realizada mesmo que de forma improvisada com os meios à disposição da administração no momento da emergência Sinalização emergencial em Papel plastificado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros GO Foto Pedro Cunha e Menezes COMO SINALIZAR SIMBOLOGIA A logomarca e outros símbolos utilizados na sinalização servem para dar identidade à trilha ou sistema de trilhas e facilitam sua identificação pelos usuários dando a estes a segurança de que estão no caminho que escolheram Os sistemas de sinalização de trilhas mais modernos incorporam logomarcas e símbolos que per mitem também passar informação aos usuários sobre o sentido preferencial e mudanças de direção ao longo do percurso da trilha Exemplos de sinalização em trilhas ao redor do mundo Simbologia utilizada em trilhas ao redor do Mundo Da esquerda para a direita de de cima para baixo Israel Montenegro Africa do Sul Eslováquia Coreia do Sul Africa do Sul Vários autores MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 26 27 A decisão sobre a escolha da logomarca deve ser feita nos momentos iniciais do planeja mento do trabalho na trilha mas após a definição dos modos de viagem projetados para a mesma Para trilhas com apenas um modo de viagem ou com um modo de viagem prioritário pode ser escolhida uma logomarca que além de dar identidade à trilha também represente este modo de viagem Um exemplo desta abordagem é a utilização de logomarcas de pegadas para trilhas de caminhada Uma pegada informa sobre o modo de viagem da trilha caminhada e ainda dá identidade à trilha pois pode ser desenhada com elementos gráficos que trazem identidade lo cal Em trilhas de uso múltiplo o ideal é definir uma logomarca por modo de viagem A logomarca da trilha pode servir também como sinalização direcional por exemplo com a escolha de uma logomarca que inclua uma seta como moldura ou como elemento gráfico da própria marca Esta abordagem trás o desafio adicional de se definir uma logomarca que além de dar identi dade à trilha também seja simples de reproduzir e fácil de aplicar em superfícies naturais como pe dras e troncos de árvore Uma outra abordagem seria utilizar a logomarca da trilha apenas em placas e outras superfícies de fácil aplicação e utilizar setas para sinalização direcional Em locais onde ainda não foi definida uma logomarca mas a sinalização é necessária suge rese o uso de setas direcionais simples como sinalização de percurso Assim uma logomarca pode ser definida posteriormente e aplicada apenas em pontos chaves da trilha acessos des tinos pontos de parada etc Importante Ao definir uma logomarca lembre que menos é mais Simplifique ao máximo o desenho sempre pensando que ele deverá ser aplicado em diferentes superfícies naturais ou não muitas vezes em situações adversas em campo Lembre que em especial com sinalização pintada a qualidade da aplicação deve passar uma imagem de trabalho cuidadoso Uma logomarca borrada com tinta escorrendo transmite uma imagem de desleixo no cuidado com a trilha O uso de logomarcas com pegadas das cores amarelo e preto bom contraste em vários ambientes para trilhas de caminhada ocorre já em diversas iniciativas de sinalização no Brasil Uso de estêncil para sinalização em tronco de árvore na Trilha Transmantiqueira Parque Nacional de Itatiaia RJ Foto Fabio Araujo Parque Nacional de Itatiaia RJ Parque Nacional de São Joaquim SC Floresta Nacional de Canela RS Reserva Extrativista Chico Mendes AC Parque Estadual dos Pirineus GO Floresta Nacional de Brasília DF Parque Nacional da Amazônia PA Parque Estadual da Pedra Branca RJ INTENSIDADE DE SINALIZAÇÃO A intensidade de sinalização da trilha está diretamente relacionada à sua classe aos mo dos de viagem manejados veja a seção Conceitos Básicos de Planejamento de Trilhas e à expe riência que se quer proporcionar aos usuários Trilhas projetadas para proporcionar experiências mais primitivas ou trilhas de uso secundário ou reduzido por exemplo trilhas de acesso a vias de escalada são sinalizadas menos intensamente que trilhas projetadas para uso mais intensivo pelo público em geral SINALIZAÇÃO E CLASSES DE TRILHA Mais informações sobre como são definidas as classes de trilha no Anexo I desse manual Trilha Classe 01 Mínima intervenção Sinalização direcional e confirmatória usualmente limitada a cruzamentos ou presentes quando a localização da trilha não é evidente Sinalização regulamentar infrequente e focada na prote ção de recursos Identificação de destino sinalização informativa e interpretativa a menos que exigido não está geralmente presente MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 28 29 Trilha classe 02 Muito baixa intervenção Sinalização direcional e confirmatória presentes em cruzamentos ou quando a localização da trilha não é evidente Sinalização de destino presente Presença eventual de sinalização tranquilizado ra após longos trechos de trilha sem sinalização direcional e confirmatória Sinalização de dis tâncias eventual Sinalização regulamentar infrequente Sinalização informativa e interpretativa incomuns Trilha Classe 03 Baixa intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença regular de sinalização tranquilizadora Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias comum Sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos pode ser comum Sinalização informativa e interpretativa podem estar presentes Trilha classe 04 Média intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença comum de sinalização tranquilizadora Sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos comum Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias presente Sinalização interpretativa e orientações podem ser comuns Trilha Classe 05 Alta intervenção Sinalização direcional e confirmatória em cruzamentos e conforme necessário para segurança e orientação do usuário Presença comum de sinalização tranquilizadora Presença comum de sinalização de natureza regulamentar e de proteção de recursos Sinalização de destino presente Sinalização de distâncias presente Sinalização interpretativa e orientações comuns Estratégias de manejo podem indicar exceções a essa regra geral de forma temporária ou de longo prazo Por exemplo Uma trilha de classe 2 cujo leito ainda não esteja corretamente definido pode ser sinalizada mais intensamente para que o uso concentrado ajude no estabelecimento de um leito contínuo Após estabelecido o leito da trilha a intensidade de sinalização poderá ser progressivamente reduzida Uma trilha de classe 4 com o leito perfeitamente definido e com um percurso sem bifurca ções poderá dispensar sinalização tranquilizadora mantendo apenas a sinalização de distância e de destino Uma trilha em um local com forte incidência de neblina em campos áreas pedregosas ou descampados pode exigir uma sinalização a intervalos mais curtos de forma que de um ponto de sinalização seja sempre possível ver o seguinte SINALIZAÇÃO DE PERCURSOS SOBRE O MESMO LEITO No processo de estabelecimento de um sistema de trilhas é frequente o gestor deparar com trechos onde dois ou mais percursos de trilha precisam compartilhar o mesmo leito Seja pela necessidade de diversificar a oferta de oportunidades para públicos diferenciados circuitos mais curtos para famílias e idosos e circuitos mais longos para esportistas seja para acomo dar diferentes modos de viagem trilhas que ao mesmo tempo servem a pedestres e ciclistas a sinalização de percursos sobre o mesmo leito exigirá cuidados adicionais Existem algumas alternativas ao sinalizar percursos sobre o mesmo leito cada uma com suas vantagens e desvantagens USO DE CORES PARA DIFERENCIAR PERCURSOS Se um sistema de trilhas utiliza cores para diferenciar os percursos a sinalização de per cursos sobre o mesmo leito pode ser feita com a pintura da logomarca da trilha na cor principal percurso mais longo seguida por pontos setas quadrados triângulos ou outro símbolo com as cores dos outros percursos superpostos Convencionalmente as cores são pintadas na ordem decrescente da distância que os percursos correm sobre o mesmo leito cores de percursos mais longos mais próximos da logomarca da trilha Sinalização de percursos sobre o mesmo leito com diferenciação por cores Floresta Nacional de Brasília DF Foto Thiago Beraldo MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 30 31 Se por exemplo quatro percursos correrem sobre o mesmo leito onde o percurso principal mais longo for sinalizado de cor amarela e a primeira bifurcação for para a trilha laranja a segunda para a trilha azul e a terceira para a trilha vermelha a sinalização da trilha no trecho onde os quatro percursos estarão superpostos será composta da logomarca da trilha em cor amarela seguido de um retângulo vermelho outro retângulo azul e um retângulo laranja por último No trecho onde s trilhas amarela vermelha e azul estiverem correndo pelo mesmo leito a sinalização da triha será composta da logomarca da trilha em cor amarela seguido de um retângulo vermelho e um retângulo azul por último A principal desvantagem do uso das cores é que existe um número limitado de cores que per mitem um bom contraste boa visibilidade à distância com as superfícies mais comuns em trilhas Assim o uso de cores se limita a sinalização de sistemas de trilhas de pouca complexidade No caso da unidade de conservação federal decidir utilizar a diferenciação de trilhas por co res se ainda não existir um padrão definido localmente recomendase que A sinalização das trilhas de longo curso seja realizada com as cores amarela e preta Quando não houver trilha de longo curso na unidade a trilha mais longa deverá usar as cores amarela e preta USO DE SÍMBOLOS OU LOGOMARCAS ESPECÍFICAS PARA CADA PERCURSO Com o uso de logomarcas para cada percurso pode ser utilizada uma cor única para todo o sistema de trilhas Em trechos onde os percursos estão superpostos a sinalização trará as logomar cas destes percursos Convencionalmente a logomarca da trilha mais longa deverá ter um destaque sendo pintada acima se organizada verticalmente ou no sentido preferencial do percurso se orga nizada horizontalmente em relação às outras logomarcas seguindo a mesma lógica utilizada com a organização por cor Sinalização de percursos sobre o mesmo leito utilizando diferenciação por cores O desafio do uso de logomarcas está no trabalho adicional de sinalização pintura ou pla cas mais complexas com várias logomarcas e na eventual dificuldade de se encontrar superfí cies sinalizáveis que tenham espaço para os vários logotipos representando cada trajeto Em trilhas de longo curso que atravessem espaços com várias formas de governança áreas privadas unidades de conservação de várias esferas de governo é importante que se chegue a um con senso sobre uma logomarca que dê uma identidade única à trilha de longo curso No entanto como na maioria dos casos as trilhas de longo curso utilizam trechos de trilhas já existentes é importante que a identidade local da trilha seja também preservada Nesses casos a logomarca da trilha de longo curso deve estar presente nas entradas de trilha e nos locais onde a trilha cruza vias com acesso motorizado podendo ainda ser utilizada ao lado da logomarca da trilha local em alguns pontos da trilha USO DE CÓDIGOS COM LETRAS E NÚMEROS O uso de códigos com números e letras para designar trilhas é comum na Europa tanto para sinalizar as grandes rotas européias Enn quanto as rotas nacionais por exemplo as GR grandes Rotas da França Portugal Espanha e demais países europeus Neste caso se utiliza para sinalizar uma logomarca padrão associada ao modo de viagem Por exemplo uma pegada para percursos de caminhada seguida dos códigos dos percursos que comparti lham o trecho de trilha em questão Vale aqui a mesma regra de precedência indicada nas alternativas anteriores com destaque para o percurso mais longo Com o uso de códigos é possível a sinalização de circuitos de elevada complexidade O uso de códigos tem a desvantagem de não ser tão intuitivo para o visitante como o uso de cores ou logomarcas exigindo deste um maior esforço de memorização do código do percurso escolhido SINALIZAÇÃO DE TRILHAS DE USO MÚLTIPLO Uma mesma trilha pode admitir diversos usos ou modos de viagem No caso de trilhas ter restres no Brasil existem três modos de viagem mais comuns em trilhas caminhada ciclismo e cavalgada Não há impedimento para que praticantes destas atividades compartilhem a mesma No exemplo acima A sinalização indica um trecho de uma trilha principal Trilha 01 código T01 onde o leito é com partilhado com duas trilhas secundárias T 02 e T03 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 32 33 Sinalização de trilha de uso múltiplo na Floresta Nacional de Ipanema SP Foto Thiago Beraldo trilha No entanto a multiplicidade de atividades exigirá cuidados especiais com a sinalização Nos casos de trilhas de uso múltiplo a sinalização dever ser pensada para atender as necessi dades de cada grupo de usuários e depois integrada em um sistema de sinalização harmônico Como regra geral recomendase que a sinalização de percurso da trilha utilize uma logo marca relacionada com o modo de viagem para qual a trilha foi projetada A informação a respei to dos outros modos de viagem manejados na trilha deverá estar presente nas placas de entrada de trilha e eventualmente na sinalização educativa ao longo do caminho No entanto em algumas situações pode ser necessário realizar a sinalização de percurso para mais de um modo de viagem na mesma trilha para facilitar a visualização da sinalização por cada grupo de usuários Por exemplo recomendase que a sinalização para caminhantes seja feita a uma altura média de 170 metros Como os ciclistas em geral percorrem a trilha em maior velocidade a sinalização de percurso para ciclistas deve ser de maiores dimensões e mais fáceis de visualizar à distância e em uma altura que seja visível sem que o ciclista precise levantar a cabeça em torno de 15 metros de altura Por outro lado cavaleiros precisam de sinalização de percurso em uma altura maior que a de pedestres já que a altura dos olhos de uma pessoa montada é da ordem de 25 me tros de altura Trilhas de uso múltiplo exigem ainda informação regulatória sobre precedência de uso da trilha A ordem de precedência mais usual é que cavaleiros têm precedência sobre pedestres e ciclistas e pedestres tem precedência sobre ciclistas Etiqueta para bom convívio em trilhas de uso múltiplo Pedestres e Ciclistas param e abrem espaço para Cavaleiros passarem Ciclistas reduzem velocidade desmontam e aguardam o melhor momento para ultra passar pedestres na trilha Pedestres evitam parar no leito da trilha impedindo a passagem de outros usuários indo para o lado da trilha quando precisarem parar por qualquer motivo Quadro exemplo de simbologia para sinalização de trilhas de ciclismo usando um rastro de pneu como logomarca da trilha MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 34 35 TÉCNICAS PARA APLICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO SINALIZAÇÃO PINTADA A sinalização pintada é a principal forma utilizada em todo o mundo para se sinalizar trilhas Ela pode ser aplicada com sucesso em diversas superfícies como pedras troncos de árvores mourões postes muros paredes etc A aplicação da sinalização pintada é rápida não compromete permanentemente a superfície a ação da luz solar e da umidade com o tempo degradam a tinta apagando a sinalização e permite com facilidade a manutenção e ajustes posteriores Quanto à dimensão a logomarca da trilha ou seta direcional deverá ter um tamanho míni mo de 10 x 10 cm para facilitar a visualização à distância por pedestres No caso de sinalização para ciclismo recomendase o dobro deste tamanho 20x20cm Dimensões sugeridas para logomarcas de sinali zação de trilhas pedestres A logomarca escolhida para a trilha ver seção sobre simbologia deverá ser pintada apenas em duas posições Vertical quando for para o usuário seguir em frente na direção indicada pela sinalização Horizontal para a direita ou esquerda quando a sinaliza ção indicar uma mudança de direção A logomarca nunca deverá ser pintada na diagonal pois a experiência demonstrou que ela assim não ajuda a boa inter pretação da sinalização pelos usuários As pegadas pretas e amarelas são o padrão e devem ser utilizadas nas trilhas que integram a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso ver nota da segunda edição Convencionouse que a sinalização de percurso seja realizada preferencialmente à direita da trilha a não ser em alguns casos especiais por exemplo em encruzilhadas e bifurcações ou onde não houver superfícies sinalizáveis neste lado da trilha Em encruzilhadas e bifurcações a sinalização deve ser aplicada sempre do lado para o qual o usuário deve seguir Ou seja se a indicação é para que o usuário tome a opção da direita a sinalização deverá ser pintada à direita da trilha e vice e versa A sinalização para pedestres e cavaleiros deve ser visível a pelos menos 20 metros de distância No caso de ciclistas a sinalização deverá estar visível a pelo menos 50 metros de dis tância se possível ou ser duplicada em intervalos menores Quando a trilha atravessar estradas ou cruzar córregos sem ponte a sinalização deverá ser aplicada em ambos os lados nos locais exatos que definem a travessia de forma que a direção correta da travessia que pode ser transversal à estrada ou córrego possa ser percebida pelos usuários Se possível recomendase no caso de travessia de córregos a colocação de grandes pedras no leito para orientar a travessia Caso contrário com as frequentes mudanças do fluxo da vazão dos rios os caminhantes vão sempre procurar o melhor ponto para cruzar sem molha rem os pés Isso tem impacto na vegetação de galeria causando sério alargamento da trilha nos cruzamentos de córregos PREPARAÇÃO E APLICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO PINTADA EM DIFERENTES SUPERFÍCIES Pedras Em trechos com pedras a sinalização deve ser pintada sempre que possível no espelho parte lateral das pedras Escove o local a ser pintado para retirar terra musgo e outros materiais soltos Evite pintar em superfícies que podem ser pisadas ou que recebam luz direta do sol pois essa sinalização vai se apagar muito rapidamente Troncos de árvore Para pintar árvores devese escovar superficialmente a casca para reti rar o material solto e regularizar a superfície antes da pintura da logomarca ou seta Quando não houver árvores ou outras superfícies com área suficiente para a pintura da logomarca padrão da trilha mas ocorrerem arbustos de pequeno porte devese utilizar a sinalização zebrada Apesar de não permitir uma indicação direcional a sinalização zebrada é uma boa solução de compromisso já que a alternativa seria transportar para o local um objeto artificial para aplicar a sinalização Sinalização Zebrada Parque Estadual da Pedra Branca RJ Foto Pedro Cunha e Menezes MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 36 37 Muros e outras estruturas artificiais Sempre que houver um objeto não natural pinte a sinalização nele independente da altura ou do lado da trilha em que estiver Objetos não na turais postes cercas muros paredes estruturas em ruínas por não serem comuns à trilha já atraem naturalmente atenção Além disso ao pintar neles a sinalização evitase pintar em uma árvore ou pedra reduzindo a poluição visual do ambiente natural A instalação de estruturas artificiais específicas para a sinalização direcional totens mourões etc deve ser avaliada com muito cuidado devido aos custos e dificuldades logísticas envolvidas no transporte dos mate riais e posterior manutenção Lembrese jamais sinalize uma ruína histórica Escolha de Cores Não existe uma grande gama de cores compatível com a sinalização pintada Poucas cores têm bom contraste quando pintadas sobre superfícies naturais que geralmente ocorrem em tonalidades de marrom cinza verde e preto Diferenças de tonalidade podem ser rapidamente reduzidas quando a tinta sofre os efeitos da luz solar e da umidade Assim as cores que melhor se adequam à sinalização são o amarelo o vermelho o laranja e o azul Recomendase sempre fazer uma moldura na cor preta um pouco maior que a logomarca ou seta para reforçar o con traste e facilitar a visualização da sinalização pintada No ICMBio recomendase para o para todas as trilhas de longo curso ou a trilha mais lon ga de cada unidade de conservação federal o uso das cores amarela e preta que são as mesmas usadas de forma padronizada em sistemas viários mais complexos como estradas e rodovias Nas trilhas secundárias que conduzem a saídas para locais com acesso a automóveis ou a socorro utilizar sempre setas brancas independente da trilha principal ser para caminhadas bicicletas ou cavalos COM QUE TINTA SINALIZAR No momento da elaboração deste manual o uso de tinta spray é a maneira mais prática e rápida de realizar a sinalização No entanto alguns tipos de sprays ou tinta em aerosol possuem melhores resultados na aplicação da sinalização Sprays próprios para grafiteiros usualmente possuem válvula e bico que proporcionam um bom controle de fluxo e pressão do spray além de uma tinta mais viscosa e de secagem rápida com menor chance de escorrer Além disso estas tintas geralmente apresentam melhor qualidade nos pigmentos oferecendo maior durabilidade da cor Os resultados acabam sendo melhores pois a tinta escorre menos no processo de aplicação e são necessários menos retoques Caso sprays ou tinta em aerosol de melhor qualidade não estejam disponíveis na sua região ou não caibam no orçamento do seu projeto de sinalização orientase testar antes da execução do projeto de sinalização os sprays de tinta acrílica que estiverem à disposição a fim de buscar os melhores resultados Na indisponibilidade de quaisquer sprays ou tinta em aerosol outras tintas solúveis em água ou em óleo podem ser utilizadas na aplicação da sinalização com pincel ou esponja PLAQUETAS E BALIZAS Uma alternativa de sinalização de percurso também encontrada em trilhas ao redor do mundo é o uso de plaquetas fixadas em anteparos naturais e balizas fixadas no solo Esta alternativa de sinaliza ção exige a fabricação e impressão com antecedência das plaquetas ou balizas além do planejamento logístico necessário ao transporte dos materiais e sua fixação em campo O principal inconveniente desta alternativa de sinalização é a sua vulnerabilidade ao vandalismo e a colecionadores de lembran ças exigindo reposições frequentes das plaquetas e balizas PLACAS E TABULETAS Placas e tabuletas são utilizadas quando se quer passar aos usuários mais informação do que é possível com a pintura direta sobre anteparos naturais Tabuletas são utilizadas para passar informação básica como o nome e a distância a um destino Recomendase que as tabuletas sejam convencionadas em dois formatos Tabuleta de destino em formato retangular com 50 x 10cm para indicar o nome e a altitude de destinos e atrativos ao longo da trilha sinalização de destino Tabuleta Direcional em formato de seta com 60x10cm contendo o nome do destino e a distância até o mesmo sinalização de distância percorrida Idealmente as tabuletas direcionais devem estar presentes sempre que a trilha cruzar uma via e em todas as bifurcações com outras trilhas Se necessário mais de uma tabuleta pode ser utilizada no mesmo ponto para indicar a distância a dois ou mais destinos As tabuletas podem ser confeccionadas com madeira metal ou materiais sintéticos conforme a disponibilidade A informação deve ser pintada na tabuleta com letras amarelas ou da cor escolhida para sinalizar a trilha MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 38 39 Recomendase que as tabuletas sejam fixadas diretamente em árvores a cerca de 25 me tros do chão É uma altura que facilita a visualização mas torna o vandalismo mais difícil Para fixar a tabuleta devem ser utilizados dois pregos para evitar que a tabuleta gire Mastros devem ser utilizados como suporte das tabuletas quando não houver árvores disponíveis Neste caso é importante fixar o mastro em uma base de concreto para aumentar sua vida útil É recomendável que sejam sempre produzidas tabuletas extras de reserva para que seja pos sível a substituição rápida em casos de vandalismo Importante A instalação de tabuletas é complementar e não substitui a sinalização pintada As tabuletas são muito mais vulneráveis ao vandalismo que a sinalização pintada e são mais di fíceis de repor Tabuleta de madeira APA do Planalto Central DF Foto Thiago Beraldo Tabuleta impressa em chapa de PVC Parque Nacional da Tijuca RJ RJ Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas de reserva para substituição em caso de vandalismo Parque Nacional de Aparados da Serra RS Foto Pedro Cunha e Menezes Tabuletas direcionais em plástico reciclado Parque Nacional de Itatiaia RJ Foto Fabio Araujo Placas são utilizadas na sinalização de entrada de trilha e para passar informação de conteúdo educativo regulatório informativo e interpretativo podendo ter dimensões variadas conforme o conteúdo de informação que se quer passar Além da informação é conveniente que a placa traga a logomarca da trilha da área prote gida da agência responsável e de eventuais reconhecimentos internacionais Sítio do Patrimônio Mundial Natural Reserva da biosfera Sítio Ramsar etc PLACA DE ENTRADA DE TRILHA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO Os textos da placa de entrada de trilha deverão ser bilíngues português e inglês e incluir outras línguas se o perfil do visitante internacional da área protegida assim o indicar Em geral é regra básica que a placa traga também um mapa da trilha com a localização da placa você está aqui Devese considerar que quando o visitante chega ao início da trilha estará ansioso para iniciar a atividade e não terá muita paciência para ler textos longos Por isso devese utilizar ao máximo recursos pictográficos símbolos convencionais para transmitir as informações Exemplo de sinalização em outros países P N Table Mountain África do Sul Foto Paulo Faria MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 40 41 As placas devem ser confeccionadas com os materiais que estiverem disponíveis podendo ser de madeira metal ou material sintético A informação pode ser pintada adesivada ou entalhada na placa No caso de contratação de serviços comerciais para a confecção de placas é importante obter garantia que a tinta ou adesivos utilizados sejam resistentes à água e à radiação solar Para aumentar sua durabilidade sempre que possível instale a placa em local abrigado do sol e da chuva e evite colocar a placa voltada para o poente Quando estiverem em local de fácil acesso na unidade de conservação A identidade visual das placas de entrada de trilha deverá seguir o previsto no manual geral de sinalização do ICMBio Importante Como as placas atraem vandalismo é importante que seja estabelecida uma estratégia de reposição no caso de inutilização ou roubo das mesmas Exemplo de construção e organização da informação em uma placa de entrada de trilha Frente Verso A Telhado protegendo a placa B Moldura reforçada em madeira ou metal C Postes de fixação concretados no local 1 Mapa da trilha e da unidade de conservação Na legenda do mapa deve rão estar indicados minimamente a escala gráfica uma rosa dos ventos e o QR code para Donwload da versão digital do mapa se disponível 2 Informações gerais sobre a trilha distância tempo estimado do percurso grau de dificuldade Perfil altimétrico etc 3 Regras e demais orientações aos visitantes por exemplo levar água levar casaco levar chapéu levar protetor solar usar calçado dequado não levar cachorros não fazer fogueiras não consumir bebidas alcóolicas não levar armas caminhar em grupos de no mínimo três pessoas trecho com escalaminhada precipícios cobras não alimentar os animais etc 4 Telefones de emergência polícia bombeiros administração da área protegida etc 5 Termo de conhecimento de risco 6 logomarcas do órgão gestor da área protegida e da trilha quando houver Logomarcas de reconhecimento internacional Reserva da Biosfera Sítio do Patrimônio Sítio Ramsar 7 Um parágrafo sobre a área protegida em que a trilha está contida e seu órgão gestor trilíngue e igual em todas as placas 8 Fotos ou ilustrações relativas ao texto 9 Texto de um a dois parágrafos sobre algum assunto relativo à respectiva trilha bilíngue o que vai ser encontrado pelo caminho cachoeiras vistas ruínas etc também bilíngue 10 Telefones de hotéis restaurantes pousadas centrais de táxi próximos à trilhaUC Telefones dos clubes de excursionismo da região quando houver 11 Parte inferior centro Mapa das estradasruas e arredores próximos à placa de preferência identificando a localização de hotéis pousadas restaurantes supermerca dos pontos de ônibus e de táxi hospitais e polícia quando houver 12 Parte inferior direita Resumo explicativo de como funciona a sinalização na trilha ver seção Tipos de Sinalização Sinalização de Percurso 13 logomarcas do órgão gestor da área protegida e da trilha quando houver Lo gomarcas de reconhecimento internacional Reserva da Biosfera Sítio do Patrimônio Sítio Ramsar O PROJETO DE SINALIZAÇÃO O projeto de sinalização é o documento que orienta a sinalização de uma trilha ou trecho de trilha É ao mesmo tempo um documento operacional para ser seguido por quem vai a campo sinalizar como um documento de comunicação que descreve e justifica as escolhas do gestor ao sinalizar O projeto de sinalização sempre que possível deve ser elaborado em conjunto com parceiros envolvidos no uso e manutenção de trilhas na unidade de conservação e no seu entorno É importante destacar que o projeto não dever ser uma camisa de força mas um documento dinâmico que serve também para registrar a evolução da sinalização ao longo do tempo O projeto de sinalização não precisa ser um documento complexo podendo mesmo ser elaborado a partir de um formulário padrão Minimamente o projeto de sinalização deverá conter O nome da unidade de conservação onde a trilha está inserida O nome da trilha a ser sinalizada O nome das trilhas de longo curso que eventualmente utilizem o percurso da trilha a ser sinalizada A extensão total do trecho em quilômetros A indicação se existe pernoite no trecho O modo de viagem para o qual a trilha foi projetada Os modos de viagem manejados na trilha A classe da trilha A intensidade de sinalização projetada Os nomes dos pontos de acesso à trilha suas coordenadas geográficas e seu endereço caso exista Um resumo dos trechos do plano de manejo da unidade que tratam da trilha A logomarca a ser utilizada na sinalização Uma legenda explicativa da sinalização utilizada Uma tabela registrando todos os pontos relevantes para a sinalização com placas e tabuletas com um registro de nome altitude coordenadas geográficas distâncias e outras informações neces sárias à sinalização Um mapa ou croqui da trilha indicando os principais pontos relevantes para a sinaliza ção com placas e tabuletas MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 43 42 ANEXO I CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO DE TRILHAS Ao redor do globo as trilhas são reconhecidas por usuários e gestores de áreas protegidas como o mais básico equipamento de apoio a visitação muitas vezes estando presentes quando nenhuma outra estrutura de suporte está disponível no local O uso deste manual é direcionado para a sinalização de trilhas já existentes nas unidades de conservação e para ser utilizado como auxílio ao planejamento de novas trilhas O planejamento manejo e estabelecimento de trilhas é uma atividade técnica exigindo treinamento especializado e acesso a conhecimentos específicos que estão fora do escopo deste manual No entanto consideramos que é importante que quem sinaliza trilhas tenha acesso a alguns conceitos básicos de planejamento para que o trabalho de sinalização possa ser compa tibilizado com o que foi planejado para a trilha em questão Para os fins desse documento uma trilha deve ser entendida como um percurso intencio nalmente concebido e manejado em ambiente natural ou rural com grau limitado de interven ção para servir como atrativo turístico equipamento recreativo ou como uma infraestrutura de transporte para modos de viagem não motorizados Assim por exemplo uma trilha se diferencia de uma picada aberta clandestinamente por caçadores ou um carreiro de animais pois es tes não possuem nem intenção de manejo nem execução planejada condições necessárias para caracterizar uma trilha É importante também levar em conta que muitas vezes as trilhas precedem a criação das unidades de conservação onde se encontram É comum encontramos trilhas com centenas de anos de existência partes do sistema de transporte oficial da época do Império ou mesmo da co lônia cujo traçado e intervenções demonstram o cuidadoso processo de planejamento utilizado e trabalho intenso despendido em sua construção muitas vezes com mão de obra escrava Se re cuperadas e sinalizadas estas trilhas podem enriquecer com elementos históricos a experiência de contato com a natureza proporcionada aos visitantes Ladeira do Império Parque Nacional da Chapada Diamantina BA Foto Paulo Farias CLASSIFICAÇÃO DE TRILHAS QUANTO SEU FORMATO E EXTENSÃO Trilhas podem existir em diferentes formatos e extensões Os princípios gerais de sinaliza ção se aplicam tanto para pequenas trilhas de poucas centenas de metros e pouca complexidade quanto para sistemas complexos de longa distância com milhares de quilômetros de extensão Para os fins deste manual entendese por Ponto de acesso Ponto da trilha com acesso a transporte rodoviário ou fluvial que pode ser utilizado para iniciar ou finalizar uma atividade na trilha São os pontos que deverão ser sina lizados com placas de entrada de trilha e onde poderão ser oferecidas facilidades aos usuários como estacionamento e banheiros Travessias Trilhas que cruzam uma determinada região ou unidade de conservação entre dois pontos de acesso servidos por transporte motorizado Trilhas lineares Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto permitindo acesso a um destino mas exigindo que o visitante retorne pelo mesmo percurso de ida Também conhecidas como trilhas bate e volta Trilhas circulares Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso passando por um ou mais destinos com um percurso que não se repete Trilhas em oito Trilhas que como as circulares também iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso seguindo um percurso sem repetição de caminho mas possuem um ponto de cruzamento central permitindo que sejam realizados dois percursos pelos visitantes um mais curto e outro mais longo Circuitos Redes de trilhas em uma determinada unidade de conservação ou região com um ou mais pontos de acesso e que possibilitam diversas opções de percurso Trilhas com pernoite Trilhas com tal extensão que não possa ser realizada em apenas um dia de caminhada exigindo que o visitante realize pelo menos um pernoite na trilha Como regra geral considerase que uma distância entre 15 e 20 km é razoável para um dia de caminhada No entanto em áreas de montanha e outros locais de relevo muito acidentado recomendase planejar para um dia de caminhada uma extensão de trilha da ordem de 10km Trilhas de longo curso Trilhas com mais de 100 km de extensão cruzando e conectando unidades de conservação de diferentes categorias e esferas de governança Geralmente exigem mais de 5 dias corridos para que sejam completadas com diversos pernoites intermediários MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 44 45 Trilha de travessia Trilha linear ou bate e volta Trilha em oito Circuito de trilhas Trilha circular Desenhos esquemáticos de trilhas quanto ao formato e extensão FUNDAMENTOS DO PLANEJAMENTO DE TRILHAS O ICMBio adota para intervenções de planejamento e manejo de trilhas os princípios de planejamento de trilhas desenvolvidos pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos e também uti lizados por várias agências ambientais em todo o mundo Segundo esta metodologia adaptada pelo ICMBio à realidade nacional alguns conceitos são utilizados para caracterizar uma determi nada trilha ou segmento de trilha a saber Tipo da trilha Classe da trilha Uso manejado Usos projetados e Parâmetros de projeto Com o uso destes conceitos é possível registrar de maneira consistente e comunicar com clare za a intenção de manejo pretendido para a trilha bem como as diretrizes para orientar o seu projeto construção e manutenção Tipo de trilha Corresponde à superfície predominante da trilha No caso das unidades de conservação brasileiras há duas possibilidades de tipo de trilha Trilha terrestre Uma trilha cuja superfície é constituída predominantemente de solo e ou substrato rochoso e que é projetada e manejada para atividades sobre essas superfícies Trilha aquática Uma trilha cuja superfície é constituída predominantemente de água mas pode incluir trechos terrestres e que é projetada e manejada para acomodar a utilização nessa superfície Roteiros subaquáticos utilizados em atividades de mergulho também chama dos de trilhas subaquáticas se enquadram neste tipo de trilha É importante destacar porém que não são consideradas trilhas estruturas construídas para apoio a visitação cuja superfície predominante seja artificial e isolada do solo por exem plo longas passarelas e circuitos de arvorismo Classe de trilha Representa o grau de desenvolvimento para uma trilha ou segmento de trilha dentro de uma escala que vai da classe mais selvagem àquela com maiores níveis de intervenção ou mais desenvolvida O gradiente de desenvolvimento sugerido pelas classes de trilha tem correspon dência à experiência que se deseja proporcionar aos visitantes aos limites de intervenção pos síveis e a eventuais normas de manejo Há cinco classes de trilha Trilha classe 1 Mínima intervenção Trilha classe2 Muito baixa intervenção MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 46 47 Usos em trilhas terrestres Caminhada Corrida em trilhas Ciclismo Cavalgada Patinação Usos em trilhas aquáticas Canoagem Flutuação Stand up paddle Bóiacross Rafting Trilha classe 3 Baixa intervenção Trilha classe 4 Média intervenção Trilha classe 5 Alta intervenção A definição da classe de trilha deve ser utilizada como base fundamental para definir os pa râmetros de projeto e pode orientar inferências ou avaliações sobre os custos necessários à imple mentação eou manejo da trilha e a complexidade dos projetos via de regra quanto maior a classe da trilha maior o seu custo de implementação excetuando desta lógica as despesas logísticas como o transporte de materiais para locais de trilhas remotas Usos possíveis Os usos ou modos de viagem possíveis de uma trilha estão diretamente relacionados ao tipo e à classe da trilha Os usos permitidos em uma trilha são um subconjunto dos usos possíveis São exemplos de usos possíveis em trilhas Usos manejados Correspondem aos usos viabilizados pelo projeto da trilha ou seja correspondem a todos aqueles usos para os quais a trilha foi ativamente proposta Os usos manejados para uma trilha são geralmente um subconjunto de todos os usos permitidos na trilha Uso projetado O uso identificado em uma trilha ou segmento de trilha que demanda pro jeto e parâmetros de construção mais exigentes e restritivos corresponde ao uso projetado Em conjunto com a classe de trilha identificada o uso projetado vai definir quais serão os parâme tros de projeto que serão utilizados para a execução dos esforços de construção ou manutenção da trilha Apenas um uso projetado é definido por trilha ou segmento de trilha Apesar de uma trilha ou segmento de trilha poder ter vários usos manejados apenas um uso projetado é iden tificado como base para o projeto de trilha Parâmetros de projeto Correspondem às diretrizes técnicas para o projeto construção e manutenção de trilhas Com base no Uso Projetado e Classe da Trilha os parâmetros de projetos estabelecem de forma objetiva os critérios físicos principais para a construção da trilha São eles A largura do piso da trilha O tamanho e frequência dos obstáculos presentes A declividade da trilha declividade média e declividade máxima A inclinação lateral máxima O menor raio de curvatura admissível A largura e a altura do corredor da trilha Classificação de dificuldade de trilhas A classificação de dificuldade de atividades em trilhas é tema que levanta calorosos de bates entre gestores e usuários Existem milhares de sistemas de classificação de dificuldade no mundo Estes sistemas são na maior parte das vezes incompatíveis entre si pois cada sistema foi concebido para atender a um determinado contexto local A complexidade aumenta ainda decorrente do fato de que a dificuldade está associada tanto a trilha quanto à atividade desen volvida Uma mesma trilha por exemplo pode ter dificuldades diferentes segundo o ponto de vista de um pedestre um ciclista ou um cavaleiro No Brasil se buscou construir um consenso para a classificação de percursos de caminhada em tri lhas sem pernoite ofertados como produtos turísticos O esforço culminou com a publicação da norma técnica NBR 155052 A NBR 155052 estabelece uma classificação baseada em quatro critérios a severidade do meio referese aos perigos e outras dificuldades decorrentes do meio natural como temperatura pluviosidade riscos de quedas facilidade de resgate entre outros que podem ser encontrados ao longo do percurso b orientação no percurso referese ao grau de dificuldade para orientação como presen ça de sinalização trilhas bem marcadas presença de pontos de referência entre outros para completar o percurso c condições do terreno referese aos aspectos encontrados no percurso em relação ao piso e às condições para percorrêlo como tipos de pisos trechos com obstáculos trechos com pedras soltas entre outros d intensidade de esforço físico referese à quantidade de esforço físico requerido para cum prir o percurso levando em conta extensão e desníveis subidas e descidas considerando um clien te comum Considerase cliente comum uma pessoa adulta nãoesportista e com bagagem leve Apesar de ser capaz de classificar com precisão as trilhas segundo critérios técnicos a proposta da norma para comunicação dos resultados de classificação é bem complexa sendo de difícil interpretação por um usuário leigo conforme observamos no exemplo à seguir MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 48 49 Sugerese que além da apresentação da classificação técnica segundo a NBR e infor mações objetivas como o perfil altimétrico da trilha seja também apresentado um sistema de classificação mais simples que faça sentido regionalmente e seja de rápida interpretação pelo visitante por exemplo classificando as trilhas em fáceis de dificuldade moderada difíceis mui to difíceis e extremamente difíceis Como são comuns situações onde visitantes leigos supe restimam suas habilidades recomendase por precaução exagerar para mais as dificuldades apresentadas Exemplo de aplicação de comunicação de classificação de percursos anexo C da norma NBR 155052 REFERÊNCIAS Cunha e Meneses Pedro da Sinalização de trilhas Guia Prático Edição digital Rio de Janeiro 2013 httpsinalizetrilhaswikiparquesorg European Ramblers Association ERA Waymarking in Europe Praga 2017 httpwwweraewvferpcomfileadminuseruploaddokumenterWalkinginEuropeWaymarkingin EuropeENGWAYMARKING201701pdf USDA Forest Service Recreation Heritage and Volunteer Resources Trail Fundamentals and Trail Manage ment Objectives Washington 2016 httpswwwfsfedusrecreationprogramstrailmanagementdocumentstrailfundamentals16233801 TrailFdmlTMOSec508111416150dpipdf Allcock Alison Jones Barbara Lane Susan e Grant Jill National Ecotourism Strategy Canberra Com monwealth Department of Tourism 1994 Appalachian Trail Project Office Appalachian Trail Comprehensive Plan Harpers Ferry National Parks Ser vice 1987 Araújo Fábio França Silva e Rodrigues Camila Oliveira et alli Diretrizes para Visitaçao em Unidades de Conserva ção Áreas Protegidas do Brasil Brasília Ibama 2006 Birchard Jr William e Proudman Robert Appalachian Trail Design Construction and Maintenance 2ª ed Harpers Ferry Appalacuian Trail Conference 2000 Birkby Robert C Lightly on The Land The SCA Trail Bulding and Maintenance Manual Seattle The Moun taineers 1996 Carbone Giulia coord Forging Links Between protected Areas and The Tourism Sector How Tourism can Benefit Conservation Paris PNUMA 2005 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Trilhas Trilha Bibbulmun Histórico funcionamento e Situação Atual compilação de documentos Rio de Janeiro 1998 Putney Allen coord The Grand Ruta Inca PreFeasibility Study For a Network of Protected Areas Associa ted With The Gran Ruta Inca UICN World Commission on Protected Areas Lima 2002 Queensland Parks and Wildlife Service Newsletter Issue 21 Brisbane Queensland Parks and Wildlife Ser vice 2003 Riter Jan e Riter Mike Manual del Taller de Construcción de Senderos Internacional Mountain Bicycling Association 1999 Rogers Carla Myall Lakes National Park Little Broughton Island and Stormpetrel Nature Reserve Draft Plan of Management Sydney New South Wales National Parks and Wildlife Service 2001 Settlement Planning Services Hoerikwaggo Trail Record of Planning Processs Assessment of Overnight Sites Cidade do Cabo 2005 Sloan C Anne coord DNR Lands Strategic Plan for Recreation and Conservation Maryland Department of Natural Resources 1995 Sprung Gary ed Trail Development Construction for 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Parks and Wildlife Service 2002 Thomas Mandy Moving Landscapes National Parks the Vietnamese Experience Sydney New South Wales National Parks and Wildlife Service Pluto Press Australia 2002 MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 52 53 Thorsel Jim coord Parks in the Borderline Experience in Transfrontier ConservationGland UICN 1990 Uluru Kata Tjuta Board of Management Uluru Kata Tjuta National Park Plan of Management Camberra Uluru Kata Tjuta Board of Managemente Parks Australia 2000 Vachowski Brian Geosynthetics for Trails in Wet Areas Missoula Montana USDA Forest Service Techno logy and Development Department 1995 Valentine Peter series editor Evaluating Effectiveness A Framework for Assessing Management Efective ness of Protected Areas 2ª ed Gland UICN 2006 Waterman Laura and Guy Wilderness Ethics 2ª ed Woodstock Vermont The Countryman Press 1995 Yomans Richard coord Bushland Activities 19982003 Willlowghby City Council Chatswwod NSW 2004 NOTA DA SEGUNDA EDIÇÃO Após o lançamento da primeira edição do Manual de Sinalização de Trilhas em maio de 2018 foi editada a Portaria Conjunta No 407 de 19 de outubro de 2018 pelos Ministros de Estado do Meio Ambiente e do Turismo e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que instituiu a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade Rede Trilhas Conforme a Portaria dentre os critérios que deverão ser definidos em regulamentação incluise a apresentação de uma identidade visual para a RedeTrilhas levando em consideração o Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio PORTARIA CONJUNTA No 407 DE 19 DE OUTUBRO DE 2018 Institui a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas dá outras providências OS MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DO TURISMO E O PRESIDENTE DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE no uso das atribuições que lhes confere o art 87 parágrafo único incisos II e IV da Constituição Federal e o art 24 do Anexo I do Decreto no 8974 de 24 de janeiro de 2017 resolvem Art 1o Fica instituída a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade RedeTrilhas composta por trilhas reconhecidas pela sua relevância nacional para a conectivida de de paisagens e ecossistemas a recreação em contato com a natureza e o turismo 1o As trilhas participantes da RedeTrilhas deverão ser estabelecidas de forma que pos sam ser percorridas pelos usuários a pé ou utilizando outros modos de viagem não motorizados 2o A RedeTrilhas visa contribuir com os objetivos do Programa Nacional de Conectividade de Paisagens CONECTA instituído pela Portaria MMA no75 de 26 de março de 2018 Art 2o A RedeTrilhas tem por objetivos I promover as trilhas de longo curso como instrumento de conservação da biodiversida de e conectividade de paisagens II reconhecer e proteger as rotas pedestres e de outros meios de viagem não motorizados de interesse natural histórico e cultural III sensibilizar a sociedade sobre a importância da conexão de paisagens naturais e ecossistemas promovendo sua participação ativa na implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC IV valorizar o trabalho voluntário no estabelecimento de tri lhas de longo curso e V ampliar e diversificar a oferta turística de modo a estimular o turismo em áreas naturais Art 3o Ato conjunto dos instituidores da RedeTrilhas definirá critérios para I avaliação de propostas de adesão à RedeTrilhas e reconhecimento de trilhas de longo curso assim como o procedimento para a saída de trilhas da RedeTrilhas MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 54 55 II elaboração anual de um Plano e Relatório de Implementação das trilhas de longo curso e conectividade a ser apresentado no primeiro trimestre que deverá conter a informações sobre as trilhas de longo curso já reconhecidas e a situação de implemen tação de cada uma incluindo mapas e registros fotográficos entre outros e b previsão para os próximos dois anos de expansão e inclusão de trilhas III apresentação de uma identidade visual para a RedeTrilhas devendo ser flexível para também preservar a identidade local de cada trecho de trilha levando em consideração o Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio Art 4o Trilhas de longo curso nacionais e regionais integra rão a RedeTrilhas por ato de reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente com base na aná lise de propostas encaminhadas por entidades governamentais ou da sociedade civil organizada 1o As Unidades de Conservação federal serão áreas núcleos das trilhas de longo curso reconhecidas 2o As Unidades de Conservação estaduais e municipais poderão também ser reconheci das como áreas núcleo em cada trilha se houver anuência dos respectivos órgãos gestores 3o O traçado da trilha de longo curso poderá passar por áreas particulares se houver anuência dos respectivos proprietários 4o As Unidades de Conservação que integraram trilhas reconhecidas pela RedeTrilhas de verão estar cadastradas e validadas no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação CNUC 5o O traçado das trilhas poderá ser objeto de ajustes e melhorias a qualquer tempo vi sando maximizar a passagem da trilha por áreas naturais de relevante beleza cênica de interesse turístico sítio natural sagrado e de importância para a conectividade e conservação da natureza 6o O estabelecimento a manutenção e a gestão de cada trecho das trilhas de longo curso são de inteira responsabilidade da instância pública ou privada que detiver a jurisdição sobre o trecho 7O O reconhecimento das trilhas de longo curso como parte da RedeTrilhas não garante acesso a recursos de qualquer natureza para o seu estabelecimento e manutenção e gestão Art 5o As propostas de trilha de longo curso nacional ou regional deverão I indicar a instância de governança própria para a trilha de longo curso aproveitan do as estruturas de governanças já existentes para as Reservas da Biosfera Mosaicos de Áreas Protegidas Sítios do Patrimônio Corredores Ecológicos Regiões Turísticas do Programa de Regionalização do Turismo entre outros espaços de participação sempre que possível II ter participação paritária do Governo e de entidades da sociedade civil em sua instan cia de governança e III indicar as áreas núcleo da trilha e seu traçado considerando a passagem por Unidades de Conservação áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade conectividade de pai sagens recuperação de ecossistemas degradados Reservas da Biosfera Sítios Ramsar e frag mentos florestais bem como o Mapa do Turismo Brasileiro Art 6o Esta Portaria entra em vi gor na data de sua publicação EDSON DUARTE Ministro de Estado do Meio Ambiente VINICIUS LUMMERTZ Ministro de Estado do Turismo PAULO HENRIQUE MAROSTEGAN E CARNEIRO Presidente do Instituto MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 56 57 Parque Nacional Cavernas do Peruaçu MG Foto Acervo ICMBio MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO MANUAL DE SINALIZAÇÃO DE TRILJHAS 2ª EDIÇÃO 58 59 Exemplo de stêncil para a pintura da logomarca Exemplo de stêncil para a pintura da logomarca