·

Biologia ·

Outros

Envie sua pergunta para a IA e receba a resposta na hora

Fazer Pergunta

Texto de pré-visualização

Notas sobre a experiéncia e o saber de experiencia Jorge Larrosa Bonola Universidade de Barcelona Espanha Traducao de Joao Wanderley Gerald Universidade Estadual de Campinas Departamento de LingUistica No combate entre vocé e 0 mundo prefira o mundo diversas tecnologias pedagégicas produzidas pelos cientistas pelos técnicos e pelos especialistas na se Franz Kafka gunda alternativa estas mesmas pessoas aparecem como sujeitos criticos que armados de distintas estra Costumase pensar a educagao do ponto de vista a tégias reflexivas se comprometem com maior ou da relacao entre a ciéncia e a técnica ou as vezes do a menor éxito com praticas educativas concebidas na ponto de vista da relagdo entre teoria e pratica Se o i oe oe maioria das vezes sob uma perspectiva politica Tudo par ciénciatécnica remete a uma perspectiva positiva to a isso é suficientemente conhecido posto que nas Uulti e retificadora 0 par teoriapratica remete sobretudo a oo ne ne mas décadas 0 campo pedagégico tem estado separa uma perspectiva politica e critica De fato somente i a x do entre os chamados técnicos e os chamados criti nesta Ultima perspectiva tem sentido a palavra refle oo ao ss ne gs cg cos entre os partiddrios da educagao como ciéncia xdo e expressdes como reflexdo critica reflexao oo eae ge aplicada e os partiddrios da educagéo como praxis sobre pratica ou nao pratica reflexao emancipado oe a 4 politica e nao vou retomar a discussao ra etc Se na primeira alternativa as pessoas que tra O que vou lhes propor aqui que exploremos balham em educagao so concebidas como sujeitos oo juntos outra possibilidade digamos que mais existen técnicos que aplicam com maior ou menor eficacia as i cial sem ser existencialista e mais estética sem ser Conferéncia proferida no I Seminario Internacional de esteticista a saber pensar a educagao a partir do par Educagao de Campinas traduzida e publicada em julho de 2001 experiénciasentido O que vou fazer em seguida por Leituras SME Textossubsidios ao trabalho pedagégico das sugerir certo significado para estas duas palavras em unidades da Rede Municipal de Educaciio de CampinasFUMEC distintos contextos e depois vocés me dirao como isto A Comissao Editorial agradece Corinta Grisolia Geraldi respon lhes soa O que vou fazer é simplesmente explorar savel por Leituras SME a autorizacao para sua publicagdo na Re algumas palavras e tratar de compartilhalas vista Brasileira de Educagdo E isto a partir da convicao de que as palavras 20 JanFevMarAbr 2002 N2 19 Notas sobre a experiéncia e o saber de experiéncia produzem sentido criam realidades e as vezes fun quer outro lugar como técnica aplicada como praxis cionam como potentes mecanismos de subjetivagao reflexiva ou como experiéncia dotada de sentido nao Eu creio no poder das palavras na forga das palavras é somente uma questao terminolégica As palavras creio que fazemos coisas com as palavras e também com que nomeamos o que somos o que fazemos o que as palavras fazem coisas conosco As palavras que pensamos 0 que percebemos ou o que sentimos determinam nosso pensamento porque nao pensamos sao mais do que simplesmente palavras E por isso com pensamentos mas com palavras nado pensamosa as lutas pelas palavras pelo significado e pelo contro partir de uma suposta genialidade ou inteligéncia mas le das palavras pela imposi4o de certas palavras e a partir de nossas palavras E pensar nao é somente pelo silenciamento ou desativacao de outras palavras raciocinar ou calcular ou argumentar como nos sao lutas em que se joga algo mais do que simples tem sido ensinado algumas vezes mas sobretudo dar mente palavras algo mais que somente palavras sentido ao que somos e ao que nos acontece E isto 0 sentido ou o semsentido é algo que tem a ver com as 1 Comegarei com a palavra experiéncia Pode palavras E portanto também tem a ver com as pala riamos dizer de inicio que a experiéncia é em espa vras 0 modo como nos colocamos diante de nds mes nhol o que nos passa Em portugués se diria que a mos diante dos outros e diante do mundo em que vi experiéncia é o que nos acontece em francés a ex vemos E 0 modo como agimos em relacg4o a tudo isso periéncia seria ce que nous arrive em italiano Todo mundo sabe que Aristételes definiu 0 homem quello che nos succede ou quello che nos accade como zéon légon échon A tradugao desta expressio em inglés that what is happening to us em alemao porém é muito mais vivente dotado de palavra do was mir passiert que animal dotado de razao ou animal racional A experiéncia é 0 que nos passa 0 que nos acon Se ha uma traduc4o que realmente trai no pior sentido tece 0 que nos toca Nao o que se passa nao o que da palavra é justamente essa de traduzir Jogos por acontece ou o que toca A cada dia se passam muitas ratio E a transformagao de zéon viventeem animal coisas porém ao mesmo tempo quase nada nos acon O homem é um vivente com palavra E isto nao signi tece Dirseia que tudo 0 que se passa esta organizado fica que o homem tenha a palavraoualinguagemcomo para que nada nos aconteca Walter Benjamin em um uma coisa ou uma faculdade ou uma ferramentamas texto célebre j4 observava a pobreza de experiéncias que o homem é palavra que o homem é enquanto pa que caracteriza 0 nosso mundo Nunca se passaram lavra que todo humano tem a ver com a palavra se da tantas coisas mas a experiéncia é cada vez mais rara em palavra esta tecido de palavras que o modo de Em primeiro lugar pelo excesso de informacao viver proprio desse vivente que 60 homem se dana A informagao nao é experiéncia E mais a informagao palavra e como palavra Por isso atividades comocon nao deixa lugar para a experiéncia ela quase 0 con siderar as palavras criticar as palavras eleger as pala trario da experiéncia quase uma antiexperiéncia Por vras cuidar das palavras inventar palavras jogarcom isso a énfase contemporanea na informacao em estar as palavras impor palavras proibir palavras transfor informados e toda a retérica destinada a constituir mar palavras etc nao sao atividades ocas ou vazias nos como sujeitos informantes e informados a infor nao sao mero palavroério Quando fazemos coisascom macao nao faz outra coisa que cancelar nossas possi as palavras do que se trata é de como damos sentido ao que somos e ao que nos acontece de como Em espanhol o autor faz um jogo de palavras impossivel correlacionamos as palavras as coisas de como no no portugués Se diria que todo lo que pasa esta organizado para meamos 0 que vemos ou 0 que sentimos e de como que nada nos pase exceto se optassemos por uma tradugdo como vemos ou sentimos 0 que nomeamos Dirseia que tudo que se passa esta organizado para que nada se Nomear 0 que fazemos em educagao ouem qual nos passe Nota do tradutor Revista Brasileira de Educagao 21 Jorge Larrosa Bondia bilidades de experiéncia O sujeito da informag4o sabe da informa4o é uma sociedade na qual a experiéncia muitas coisas passa seu tempo buscando informagao é impossivel 0 que mais o preocupa é n4o ter bastante informacao Em segundo lugar a experiéncia é cada vez mais cada vez sabe mais cada vez esta melhor informado rara por excesso de opiniao O sujeito moderno é um porém com essa obsessiio pela informaciio e pelo sa sujeito informado que além disso opina E alguém ber mas saber nao no sentido de sabedoria mas no que tem uma opiniao supostamente pessoal e supos sentido de estar informado o que consegue que tamente propria e As vezes supostamente critica so nada lhe aconteca A primeira coisa que gostaria de bre tudo o que se passa sobre tudo aquilo de que tem dizer sobre a experiéncia é que necessdrio separalainformagaAo Para nds a opiniao como a informacao da informacao E 0 que gostaria de dizer sobre 0 saber converteuse em um imperativo Em nossa arrogan de experiéncia que necessario separalo de saber cia passamos a vida opinando sobre qualquer coisa coisas tal como se sabe quando se tem informaao sobre que nos sentimos informados E se alguém nao sobre as coisas quando se esta informado Ea lingua tem opinido se nao tem uma posicao prépria sobre o mesma que nos da essa possibilidade Depois de assis que se passa se nado tem um julgamento preparado tir a uma aula ou a uma conferéncia depois de ter lido sobre qualquer coisa que se lhe apresente sentese em um livro ou uma informagafo depois de ter feito uma falso como se lhe faltasse algo essencial E pensa que viagem ou de ter visitado uma escola podemos dizer tem de ter uma opiniao Depois da informagao vem a que sabemos coisas que antes nao sabiamos que te opiniao No entanto a obsessao pela opiniaéo também mos mais informa4o sobre alguma coisa mas ao anula nossas possibilidades de experiéncia também mesmo tempo podemos dizer também que nada nos faz com que nada nos acontega aconteceu que nada nos tocou que com tudo o que Benjamin dizia que o periodismo é 0 grande dis aprendemos nada nos sucedeu ou nos aconteceu positivo moderno para a destruigao generalizada da Além disso seguramente todos j4 ouvimos que experiéncia O periodismo destr6i a experiéncia so vivemos numa sociedade de informacgao E j4 nos bre isso nao ha dtivida e o periodismo nao é outra demos conta de que esta estranha expressdo funciona coisa que a alianga perversa entre informagdo e opi as vezes como sin6nima de sociedade do conhecimen niao O periodismo é a fabricag4o da informagao e a to ou até mesmo de sociedade de aprendizagem fabrica4o da opiniao E quando a informagio e a opi Nao deixa de ser curiosa a troca a intercambialidade niao se sacralizam quando ocupam todo 0 espago do entre os termos informagao conhecimento e acontecer ento o sujeito individual nao é outra coisa aprendizagem Como se o conhecimento se desse sob que 0 suporte informado da opiniao individual e o a forma de informacao e como se aprender nao fosse sujeito coletivo esse que teria de fazer a historia se outra coisa que nao adquirir e processar informagao gundo os velhos marxistas nao é outra coisa que o E nao deixa de ser interessante também que as velhas suporte informado da opiniao ptiblica Quer dizer um metaforas organicistas do social que tantos jogos per sujeito fabricado e manipulado pelos aparatos da in mitiram aos totalitarismos do século passado estejam formacado e da opiniao um sujeito incapaz de expe sendo substituidas por metdaforas cognitivistas segu riéncia E 0 fato de o periodismo destruir a experién ramente também totalitarias ainda que revestidas agora cia algo mais profundo e mais geral do que aquilo de um look liberal democratico Independentemente de que derivaria do efeito dos meios de comunicagao de que seja urgente problematizar esse discurso que se massas sobre a conformagao de nossas consciéncias esta instalando sem critica a cada dia mais profunda O par informacaoopiniao é muito geral e permeia mente e que pensa a sociedade como um mecanismo de processamento de informacao 0 que eu quero apon Benjamin problematiza 0 periodismo em varias de suas tar aqui é que uma sociedade constituida sob 0 signo obras ver por exemplo Benjamim 1991 p 111 ess 22 JanFevMarAbr 2002 N2 19 Notas sobre a experiéncia e o saber de experiéncia também por exemplo nossa idéia de aprendizagem impenitente eternamente insatisfeito Quer estar per inclusive do que os pedagogos e psicopedagogos cha manentemente excitado e ja se tornou incapaz de si mam de aprendizagem significativa Desde peque léncio Ao sujeito do estimulo da vivéncia pontual nos até a universidade ao largo de toda nossa traves tudo o atravessa tudo o excita tudo o agita tudo o sia pelos aparatos educacionais estamos submetidos choca mas nada lhe acontece Por isso a velocidade a um dispositivo que funciona da seguinte maneira e o que ela provoca a falta de siléncio e de meméria primeiro é preciso informarse e depois ha de opi sao também inimigas mortais da experiéncia nar ha que dar uma opiniao obviamente propria criti Nessa ldgica de destruigéo generalizada da expe cae pessoal sobre 0 que quer que seja A opiniao seria riéncia estou cada vez mais convencido de que os apa como a dimensao significativa da assim chamada ratos educacionais também funcionam cada vez mais aprendizagem significativa A informagao seria o no sentido de tornar impossivel que alguma coisa nos objetivo a opiniao seria o subjetivo ela seria nossa acontega Nao somente como ja disse pelo funciona reagao subjetiva ao objetivo Além disso como rea mento perverso e generalizado do par informacao cao subjetiva é uma reacdo que se tornou para nds opinao mas também pela velocidade Cada vez esta automatica quase reflexa informados sobre qualquer mos mais tempo na escola e a universidade e os cur coisa nds opinamos Esse opinar se reduz namaio sos de formacao do professorado sao parte da escola ria das ocasi6es em estar a favor ou contra Com isso mas cada vez temos menos tempo Esse sujeito da for nos convertemos em sujeitos competentes para res macga4o permanente e acelerada da constante atualiza ponder como Deus manda as perguntas dos professo 4o da reciclagem sem fim é um sujeito que usa o res que cada vez mais se assemelham a comprova tempo como um valor ou como uma mercadoria um Oes de informagées e a pesquisas de opiniao Digame sujeito que nao pode perder tempo que tem sempre de 0 que vocé sabe digame com que informacdo conta aproveitar o tempo que nfo pode protelar qualquer e exponha em continuacao a sua opiniao esse 0 dis coisa que tem de seguir 0 passo veloz do que se passa positivo periodistico do saber e da aprendizagem 0 que nao pode ficar para tras por isso mesmo por essa dispositivo que torna impossivel a experiéncia obsessao por seguir 0 curso acelerado do tempo este Em terceiro lugar a experiéncia é cada vez mais sujeito j4 nao tem tempo E na escola o curriculo se rara por falta de tempo Tudo o que se passa passa organiza em pacotes cada vez mais numerosos e cada demasiadamente depressa cada vez mais depressa EE vez mais curtos Com isso também em educagao esta com isso se reduz 0 estimulo fugaz e instantaneo ime mos sempre acelerados e nada nos acontece diatamente substituido por outro estimulo ou por ou Em quarto lugar a experiéncia é cada vez mais tra excitacao igualmente fugaz e efémera O aconteci rara por excesso de trabalho Esse ponto me parece mento nos é dado na forma de choque do estimulo importante porque as vezes se confunde experiéncia da sensa4o pura na forma da vivéncia instantanea com trabalho Existe um cliché segundo o qual nos li pontual e fragmentada A velocidade com que nos séo vros e nos centros de ensino se aprende a teoria 0 sa dados os acontecimentos e a obsessao pela novidade ber que vem dos livros e das palavras e no trabalho se pelo novo que caracteriza o mundo moderno impe adquire a experiéncia o saber que vem do fazer ou da dem a conexao significativa entre acontecimentos pratica como se diz atualmente Quando se redige o Impedem também a meméoria j4 que cada aconteci curriculo distinguese formacgaéo académica e expe mento é imediatamente substituido por outro queigual riéncia de trabalho Tenho ouvido falar de certa ten mente nos excita por um momento mas sem deixar déncia aparentemente progressista no campo educa qualquer vestigio O sujeito moderno nao s6 estéin cional que depois de criticar o modo como nossa formado e opina mas também é um consumidor vo sociedade privilegia as aprendizagens académicas pre raz e insaciavel de noticias de novidades um curioso tende implantar e homologar formas de contagem de Revista Brasileira de Educagao 23 Jorge Larrosa Bondia créditos para a experiéncia e para o saber de experién acontecga ou nos toque requer um gesto de interrup cia adquirido no trabalho Por isso estou muito inte 4o um gesto que é quase impossivel nos tempos que ressado em distinguir entre experiéncia e trabalho e correm requer parar para pensar parar para olhar além disso em criticar qualquer contagem de créditos parar para escutar pensar mais devagar olhar mais para a experiéncia qualquer conversdo da experiéncia devagar e escutar mais devagar parar para sentir sen em créditos em mercadoria em valor de troca Minha tir mais devagar demorarse nos detalhes suspender tese nao é somente porque a experiéncia nado tem nada a opiniao suspender o juizo suspender a vontade a ver com 0 trabalho mas ainda mais fortemente que suspender 0 automatismo da acao cultivar a aten4o o trabalho essa modalidade de relagéo com as pes e a delicadeza abrir os olhos e os ouvidos falar sobre soas com as palavras e com as coisas que chamamos 0 que nos acontece aprender a lentidao escutar aos trabalho é também inimiga mortal da experiéncia outros cultivar a arte do encontro calar muito ter O sujeito moderno além de ser um sujeito infor paciéncia e darse tempo e espaco mado que opina além de estar permanentemente agi tado e em movimento é um ser que trabalha quer di 2 Até aqui a experiéncia e a destruiao da expe zer que pretende conformar 0 mundo tantoo mundo riéncia Vamos agora ao sujeito da experiéncia Esse natural quanto o mundo social e humano tanto sujeito que nao é 0 sujeito da informagao da opiniao a natureza externa quanto a natureza interna se do trabalho que nao é 0 sujeito do saber do julgar do gundo seu saber seu poder e sua vontade O trabalho fazer do poder do querer Se escutamos em espanhol é esta atividade que deriva desta pretensdo O sujeito nessa lingua em que a experiéncia é o que nos pas moderno é animado por portentosa mescla de otimis sa o sujeito da experiéncia seria algo como um terri mo de progressismo e de agressividade cré que pode tério de passagem algo como uma superficie sensivel fazer tudo o que se prop6e e se hoje nao pode algum que aquilo que acontece afeta de algum modo produz dia podera e para isso nao duvida em destruir tudoo alguns afetos inscreve algumas marcas deixa alguns que percebe como um obstaculo a sua onipoténciaO vestigios alguns efeitos Se escutamos em francés em sujeito moderno se relaciona com 0 acontecimento do que a experiéncia é ce que nous arrive 0 sujeito da ponto de vista da acdo Tudo é pretexto para sua ativi experiéncia é um ponto de chegada um lugar a que dade Sempre esta a se perguntar sobre 0 que pode chegam as coisas como um lugar que recebe o que fazer Sempre esta desejando fazer algo produzir algo chega e que ao receber lhe da lugar E em portugués regular algo Independentemente de este desejo estar emitalianoe em inglés em que a experiéncia soa como motivado por uma boa vontade ou uma ma vontadeo aquilo que nos acontece nos sucede ou happen to sujeito moderno esta atravessado por um afa de mu us 0 sujeito da experiéncia é sobretudo um espaco dar as coisas E nisso coincidem os engenheiros os onde tém lugar os acontecimentos politicos os industrialistas os médicos os arquitetos Em qualquer caso seja como territorio de passa os sindicalistas os jornalistas os cientistas os peda gem seja como lugar de chegada ou como espao do gogos e todos aqueles que poem no fazer coisas asua acontecer 0 sujeito da experiéncia se define nao por existéncia Nos somos sujeitos ultrainformados trans sua atividade mas por sua passividade por sua recep bordantes de opinides e superestimulados mas tam tividade por sua disponibilidade por sua abertura bém sujeitos cheios de vontade e hiperativos E por Tratase porém de uma passividade anterior 4 oposi issO porque sempre estamos querendo 0 que nao é ao entre ativo e passivo de uma passividade feita de porque estamos sempre em atividade porque estamos paix4o de padecimento de paciéncia de aten4o sempre mobilizados nado podemos parar E por nio como uma receptividade primeira como uma disponi podermos parar nada nos acontece bilidade fundamental como uma abertura essencial A experiéncia a possibilidade de que algo nos O sujeito da experiéncia é um sujeito expos 24 JanFevMarAbr 2002 N2 19 Notas sobre a experiéncia e o saber de experiéncia to Do ponto de vista da experiéncia 0 importante gefcihrden por em perigo Tanto nas linguas germani nao nem a posicao nossa maneira de pormos nem cas como nas latinas a palavra experiéncia contém a oposicao nossa maneira de opormos nemaim inseparavelmente a dimensdo de travessia e perigo posi4o nossa maneira de impormos nem a pro posiao nossa maneira de propormos mas a ex 4Em Heidegger 1987 encontramos uma defi posicao nossa maneira de expormos com tudoo niao de experiéncia em que soam muito bem essa que isso tem de vulnerabilidade e de risco Por issoé exposicao essa receptividade essa abertura assim incapaz de experiéncia aquele que se pde ou se opde como essas duas dimens6es de travessia e perigo que ou se impée ou se propée mas nao se expde E acabamos de destacar incapaz de experiéncia aquele a quem nada lhe passa a quem nada lhe acontece a quem nada lhe sucede a fazer uma experiéncia com algo significa que algo quem nada o toca nada lhe chega nada 0 afeta a quem nos acontece nos alcanga que se apodera de nds que nos nada o ameaa a quem nada ocotre tomba e nos transforma Quando falamos em fazer uma experiéncia isso nao significa precisamente que nos a fa 3 Vamos agora ao que nos ensina a propria pala amos acontecer fazer significa aqui sofrer padecer to vra experiéncia A palavra experiéncia vem do latim mar 0 que nos alcanga receptivamente aceitar 4 medida experiri provar experimentar A experiéncia é em que nos submetemos a algo Fazer uma experiéncia quer primeiro lugar um encontro ou uma relagao com algo dizer portanto deixarnos abordar em nés pr6prios pelo que se experimenta que se prova O radical é periri que nos interpela entrando e submetendonos a isso Pode que se encontra também em periculum perigo A raiz mos ser assim transformados por tais experiéncias de um indoeuropéia é per com a qual se relaciona antes de dia para o outro ou no transcurso do tempo p 143 tudo a idéia de travessia e secundariamente a idéia de prova Em grego ha numerosos derivados dessa raiz O sujeito da experiéncia se repassarmos pelos que marcam a travessia o percorrido a passagem verbos que Heidegger usa neste paragrafo é um su peiro atravessar pera mais além perad passar atra jeito alcancgado tombado derrubado Nao um sujeito vés peraind ir até o fim peras limite Em nossas que permanece sempre em pé ereto erguido e seguro linguas ha uma bela palavra que tem esse per grego de si mesmo nao um sujeito que alcana aquilo que de travessia a palavra peiratés pirata O sujeito da se propde ou que se apodera daquilo que quer nao experiéncia tem algo desse ser fascinante que se ex um sujeito definido por seus sucessos ou por seus po pe atravessando um espaco indeterminado e perigo deres mas um sujeito que perde seus poderes precisa so pondose nele a prova e buscando nele sua oportu mente porque aquilo de que faz experiéncia dele se nidade sua ocasiao A palavra experiéncia tem 0 ex apodera Em contrapartida 0 sujeito da experiéncia é de exterior de estrangeiro de exilio de estranho e também um sujeito sofredor padecente receptivo também o ex de existéncia A experiéncia é a passa aceitante interpelado submetido Seu contrario 0 su gem da existéncia a passagem de um ser que néo tem jeito incapaz de experiéncia seria um sujeito firme esséncia ou razao ou fundamento mas que simples forte impavido inatingivel erguido anestesiado apa mente existe de uma forma sempre singular finita tico autodeterminado definido por seu saber por seu imanente contingente Em alemao experiéncia poder e por sua vontade Erfahrung que contém o fahren de viajar E do antigo Nas duas ultimas linhas do paragrafo Podemos altoalemao fara também deriva Gefahr perigo e ser assim transformados por tais experiéncias de um dia para o outro ou no transcurso do tempo pode ler Em espanhol escrevese extranjero Nota do tradutor se outro componente fundamental da experiéncia sua Em espanhol extraito Nota do tradutor capacidade de forma4o ou de transformagao E ex Revista Brasileira de Educagao 25 Jorge Larrosa Bondia periéncia aquilo que nos passa ou que nos toca ou cer desejo pura tensdo insatisfeita pura orientagao que nos acontece e ao nos passar nos forma e nos para um objeto sempre inatingivel Na paixdo o su transforma Somente o sujeito da experiéncia esta jeito apaixonado nao possui o objeto amado mas é portanto aberto a sua propria transformacao possuido por ele Por isso 0 sujeito apaixonado nao esta em si proprio na posse de si mesmo no autodo 5 Se a experiéncia é 0 que nos acontecee seo minio mas esta fora de si dominado pelo outro cati sujeito da experiéncia é um territério de passagem vado pelo alheio alienado alucinado entao a experiéncia uma paixao Nao se pode captar Na paixao se da uma tensao entre liberdade e es a experiéncia a partir de uma l6gica da acao a partir cravidao no sentido de que o que quer o sujeito é de uma reflexao do sujeito sobre si mesmo enquanto precisamente permanecer cativo viver seu cativeiro sujeito agente a partir de uma teoria das condigdes de sua dependéncia daquele por quem esta apaixonado possibilidade da agao mas a partir de uma logica da Ocorre também uma tensao entre prazer e dor entre paixao uma reflexao do sujeito sobre si mesmo en felicidade e sofrimento no sentido de que 0 sujeito apai quanto sujeito passional E a palavra paixdo pode re xonado encontra sua felicidade ou ao menos o ferirse a varias coisas cumprimento de seu destino no padecimento que sua Primeiro a um sofrimento ou um padecimento paixa4o lhe proporciona O que o sujeito ama é preci No padecer nao se é ativo porém tampouco se ésim samente sua propria paixéo Mas ainda o sujeito plesmente passivo O sujeito passional nao é agente apaixonado no é outra coisa e nao quer ser outra coi mas paciente mas ha na paixaéo um assumir os pade sa que n4o a paixAo Dai talvez a tensaio que a paixao cimentos como um viver Ou experimentar ou supor extrema suporta entre vida e morte A paix4o tem uma tar ou aceitar ou assumir o padecer que nao tem nada relacao intrinseca com a morte ela se desenvolve no que ver com a mera passividade como se 0 sujeito horizonte da morte mas de uma morte que é querida e passional fizesse algo ao assumir sua paixdo As ve desejada como verdadeira vida como a tinica coisa zes inclusive algo ptblico ou politico ou social que vale a pena viver e As vezes como condiao de como um testemunho publico de algo ou uma prova possibilidade de todo renascimento publica de algo ou um martirio piblico em nome de algo ainda que esse ptiblico se dé na mais estrita 6 Até aqui vimos algumas exploragdes sobre o solidao no mais completo anonimato que poderia ser a experiéncia e 0 sujeito da experién Paixao pode referirse também a certa hetero cia Algo que vimos sob 0 ponto de vista da travessia nomia ou a certa responsabilidade em relagéo como e do perigo da abertura e da exposicao da receptivi outro que no entanto nado é incompativel coma liber dade e da transformacao e da paix4o Vamos agora ao dade ou a autonomia Ainda que se trate naturalmen saber da experiéncia Definir 0 sujeito da experiéncia te de outra liberdade e de outra autonomia diferente como sujeito passional nado significa pensalo como daquela do sujeito que se determina por simesmo A incapaz de conhecimento de compromisso ou acao paixao funda sobretudo uma liberdade dependente A experiéncia funda também uma ordem epistemol6 determinada vinculada obrigada inclusa fundadanaéo gica e uma ordem ética O sujeito passional tem tam nela mesma mas numa aceitagao primeira de algo que bém sua propria forga e essa forga se expressa produ esta fora de mim de algo que nao sou eu e que por tivamente em forma de saber e em forma de praxis O isso justamente é capaz de me apaixonar que ocorre é que se trata de um saber distinto do saber E paixao pode referirse por fim aumaexpe cientifico e do saber da informacao e de uma praxis riéncia do amor 0 amorpaix4o ocidental cortesio distinta daquela da técnica e do trabalho cavalheiresco cristao pensado como posse e feito de O saber de experiéncia se da na relagAo entre o um desejo que permanece desejo e que quer permane conhecimento e a vida humana De fato a experién 26 JanFevMarAbr 2002 N2 19 Notas sobre a experiéncia e o saber de experiéncia cia é uma espécie de mediacio entre ambos Eimpor sentido ao acontecer do que nos acontece No saber da tante porém ter presente que do ponto de vista da experiéncia nfo se trata da verdade do que sAo as coi experiéncia nem conhecimento nem vida signi sas mas do sentido ou do semsentido do que nos acon ficam 0 que significam habitualmente tece E esse saber da experiéncia tem algumas Atualmente 0 conhecimento essencialmente a caracterfsticas essenciais que 0 opdem ponto por pon ciéncia e a tecnologia algo essencialmente infinito to ao que entendemos como conhecimento que somente pode crescer algo universal e objetivo Se a experiéncia 0 que nos acontece e se o saber de alguma forma impessoal algo que esta af forade da experiéncia tem a ver com a elaboracfo do sentido nds como algo de que podemos nos apropriar e que ou do semsentido do que nos acontece tratase de um podemos utilizar e algo que tem que ver fundamen saber finito ligado a existéncia de um individuo ou de talmente com o Util no seu sentido mais estreitamente uma comunidade humana particular ou de um modo pragmatico num sentido estritamente instrumentalO ainda mais explicito tratase de um saber que revela conhecimento é basicamente mercadoriae estritamen ao homem concreto e singular entendido individual te dinheiro tao neutro e intercambiavel tao sujeito a ou coletivamente 0 sentido ou o semsentido de sua rentabilidade e a circulagao acelerada como o dinhei prdpria existéncia de sua propria finitude Por isso 0 ro Recordemse as teorias do capital humano ou es saber da experiéncia é um saber particular subjetivo sas retdricas contemporaneas sobre a sociedade do relativo contingente pessoal Se a experiéncia nao é o conhecimento a sociedade da aprendizagem ou aso que acontece mas 0 que nos acontece duas pessoas ciedade da informacgao ainda que enfrentem o mesmo acontecimento nao fa Em contrapartida a vida se reduz 4 suadimen zem a mesma experiéncia O acontecimento é comum sao bioldgica a satisfagao das necessidades geral mas a experiéncia é para cada qual sua singular e de mente induzidas sempre incrementadas pela logica alguma maneira impossivel de ser repetida O saber da do consumo a sobrevivéncia dos individuos e da so experiéncia é um saber que nao pode separarse do in ciedade Pensese no que significa para nds qualida dividuo concreto em quem encarna Nao esta como o de de vida ou nivel de vida nada mais que a posse conhecimento cientifico fora de nds mas somente tem de uma série de cacarecos para uso e desfrute sentido no modo como configura uma personalidade Nestas condigées é claro que a mediagéo entreo um carater uma sensibilidade ou em definitivo uma conhecimento e a vida nao é outra coisa que a apro forma humana singular de estar no mundo que é por priaao utilitaria a utilidade que se nos apresentacomo sua vez uma ética um modo de conduzirse e uma conhecimento para as necessidades que se nos dao estética um estilo Por isso também o saber da expe como vida e que sao completamente indistintas das riéncia nao pode beneficiarse de qualquer alforria necessidades do Capital e do Estado quer dizer ninguém pode aprender da experiéncia de Para entender 0 que seja a experiéncia necess4 outro a menos que essa experiéncia seja de algum rio remontar aos tempos anteriores 4 ciéncia moderna modo revivida e tornada propria com sua especifica definigao do conhecimento obje A primeira nota sobre 0 saber da experiéncia su tivo e a sociedade capitalista na qual se constituiua blinha entéo sua qualidade existencial isto é sua definigaéo moderna de vida como vida burguesa Du relagao com a existéncia com a vida singular e con rante séculos o saber humano havia sido entendido creta de um existente singular e concreto A experién como um pdthei mdthos como uma aprendizagem no cia e 0 saber que dela deriva sAo 0 que nos permite e pelo padecer no e por aquilo que nos acontece Este apropriarnos de nossa propria vida Ter uma vida pr6 é o saber da experiéncia 0 que se adquire no modo pria pessoal como dizia Rainer Maria Rilke em Los como alguém vai respondendo ao que vai Ihe aconte Cuadernos de Malthe é algo cada vez mais raro qua cendo ao longo da vida e no modo como vamos dando se tao raro quanto uma morte prépria Se chamamos Revista Brasileira de Educagao 27 Jorge Larrosa Bondia existéncia a esta vida propria contingente e finita a A segunda nota sobre o saber da experiéncia pre essa vida que nao esta determinada por nenhuma es tende evitar a confusao de experiéncia com experi séncia nem por nenhum destino a essa vida que nado s mento ou se se quiser limpar a palavra experiéncia tem nenhuma razao nem nenhum fundamento fora de suas contaminacg6es empiricas e experimentais de dela mesma a essa vida cujo sentido se vai construin suas conotagdes metodolégicas e metodologizantes do e destruindo no viver mesmo podemos pensar que Se 0 experimento é genérico a experiéncia é singular tudo o que faz impossivel a experiéncia faz também Se a ldgica do experimento produz acordo consenso impossivel a existéncia ou homogeneidade entre os sujeitos a logica da expe ta soe riéncia produz diferencga heterogeneidade e plurali 7 A ciéncia moderna a que se inicia em Bacon e dade Por isso no compartir a experiéncia tratase alcanga sua formulaao mais elaborada em Descartes tA A mais de uma heterologia do que de uma homologia desconfia da experiéncia E trata de convertéla em g q gia wa ou melhor tratase mais de uma dialogia que funcio um elemento do método isto é do caminho seguro da ee ta te wg na heterologicamente do que uma dialogia que fun ciéncia A experiéncia ja nao o meio desse saber que ciona homologicamente Se o experimento é repetivel forma e transforma a vida dos homens em sua singu Z ta pe ae a experiéncia é irrepetivel sempre ha algo como a laridade mas o método da ciéncia objetiva da ciéncia P P P 8 Z on ae primeira vez Se 0 experimento é preditivel e previsi que se da como tarefa a apropriacgao e o dominio do wes ae vel a experiéncia tem sempre uma dimensdo de in mundo Aparece assim a idéia de uma ciéncia experi a certeza que nao pode ser reduzida Além disso posto mental Mas ai a experiéncia converteuse em experi tag que nao se pode antecipar o resultado a experiéncia mento isto é em uma etapa no caminho seguro e pre oe ee tae ee nao é o caminho até um objetivo previsto até uma visivel da ciéncia A experiéncia j4 nao é o que nos oe meta que se conhece de antemao mas é uma abertura acontece e o modo como lhe atribuimos ou nao um para o desconhecido para 0 que nao se pode anteci sentido mas o modo como o mundo nos mostra sua a ar nem préver nem prédizer cara legivel a série de regularidades a partir das quais P P P podemos conhecer a verdade do que sfo as coisas 7 teow JORGE LARROSA BONDIA é doutor em pedagogia pela dominalas A partir dai o conhecimento ja nao é um peaagogta P Universidade de Barcelona Espanha onde atualmente é profes pdthei mdthos uma aprendizagem na prova e pela sor titular de filosofia da educacao Publicou diversos artigos em prova com toda a incerteza que isso implica mas um a a periddicos brasileiros e tem dois livros traduzidos para o portu mathema uma acumulaao progressiva de verdades gués Imagens do outro Vozes 1998 e Pedagogia profana Au objetivas que no entanto permanecerao externas a0 J que P téntica 1999 homem Uma vez vencido e abandonado o saber da experiéncia e uma vez separado o conhecimento da existéncia humana temos uma situacdo paradoxal Referéncias Bibliograficas Uma enorme inflagéo de conhecimentos objetivos uma enorme abundancia de artefatos técnicos e uma HEIDEGGER Martin 1987 La esencia del habla In enorme pobreza dessas formas de conhecimento que De camino al habla Barcelona Edicionaes del Serbal atuavam na vida humana nela inserindose e trans formandoa A vida humana se fez pobre e necessita BENJAMIN Walter 1991 El narrador In Para uma cri da e o conhecimento moderno ja nao é o saber ativo tica de la violencia y otros ensaios Madrid Taurus p 111 e ss que alimentava iluminava e guiava a existéncia dos Ou na edigo brasileira 1994 Magia e técnica arte e homens mas algo que flutua no ar estéril e desligado politica ensaios sobre literatura e hist6ria da cultura Jn dessa vida em que ja nao pode encarnarse Obras escolhidas 7 ed So Paulo Brasiliense vol I Recebido em novembro de 2001 Aprovado em janeiro de 2002 28 JanFevMarAbr 2002 N2 19 ResumosAbstracts sociological community This article periéncia e sentido Quanto a primei Angela Xavier de Brito intends first of all to state the ra critica 0 excesso de informacio e a Rei morto rei posto As lutas pela struggles in the academic field that obrigatoriedade de ter opiniao postu sucesso de Pierre Bourdieu no have followed this event In order to ras que estao na base da aprendiza campo académico francés show the processes by which the gem significativa Critica também o A morte de Bourdieu que todos consi transmission of his inheritance has excesso de trabalho que nado permite a deravam 0 maior socidlogo da lingua been carried out we must distinguish experiéncia e a propria relacao traba francesa deixou um grande vazio inte he institutional assets which could be lhoexperiéncia Quanto ao sentido lectual dificil de ser preenchido bequeathed by Bourdieu himself to his explorao a partir do sujeito da experi Neste artigo em um primeiro momen followers from the intellectual éncia definido nao por sua atividade to a autora situa para fins analiticos positions The chances to aspire to mas pela abertura para ser transforma os processos pelos quais a transmis this main inheritance seem to be do pela experiéncia territ6rio de pas so de sua heranca tem sido feita na divided between three candidates sagem submetido a uma ldégica da pai esfera institucional e as posigdes in Bernard Lahire JeanClaude xfo Afirma que o saber da telectuais de seus principais seguido Kayfinann and Giséle Sapiro experiéncia se da na relaco entre o res nela presentes As oportunidades authors who are at different stages of conhecimento e a vida humana singu de aspirar a esta heranga parecem es their careers They seem to be the only lar e concreta tar divididas entre tres candidatos ones to make a respectful critique of Palavraschave experiéncia saber de Bernard Lahere JeanClaude Bourdieus theory and to propose its experiéncia experiénciasentido Kaufmann e Gisele Sapiro autores que fyi extension The first two authors estao em diferentes etapas de suas cat pegin from the concept of habitus the Notes on experience and the Teiras Os Unicos a oferecer uma criti last one from that of field Last but knowledge of experience ca respeitosa da teoria de Bourdieue a gy least I intend to make some The text proposes to think education propor sua extensao Os primeiros dois Cgmments on how Bourdieus theory taking the pair experiencesense as autores partem do conceito de habitus can nourish the Brazilian academic its starting point in opposition to ea ultima de campo Conclui comen debate in this domain that way of thinking education as a tando como 0 desdobramento do pen Keywords Pierre Bourdieu relation between science and samento de Bourdieu sobre a educagao educational sociology french technology or between theory and pode contribuir para o debate académi academic field practice To this end it explores the co brasileiro nessa area meaning of the words experience and Palavraschave Pierre Bourdieu sense With respect to the first it sociologia da educacao campo Jorge Larrosa Bondia criticises the excess of information educacional francés Notas sobre a experiéncia e o saber and the obligation of having an de experiéncia opinion postures which are at the The King is dead long live the Prop6e pensarse a educagao a partir base of significant learning It also King The struggle to inherit Pierre 40 par experiénciasentido contrapon criticises the excess of work which Bourdieus position in the French dose ao modo de pensar a educagio does not allow experience and the very academic field como relagao entre ciéncia e técnica relation workexperience With relation Bourdieus death has left a great ou entre teoria pratica Para tanto to sense this is explored on the basis of intellectual void in the French explora 0 significado das palavras ex the subject of the experience defined 168 JanFevMarAbr 2002 N219 ResumosAbstracts not by hisher activity but by the me in Brazil as a simple continuation ram examinadas as publicagdes do readiness to be transformed by of the monarchic period due to the Banco Mundial da CEPAL do experience a human passageway fragility of its implantation Critics of PREAL do BID do IIPEUNESCO e submitted to a logic of passion It the tradition of the creation of a da OREALCUNESCO desde 1998 affirms that the knowledge of strong monopoly state in the country até 2001 experience is acquired in the are equally commonplace and accord Palavraschave reforma educacional relationship between knowledge and tones of fatality to the idea of the América Latina organismos human singular concrete life historical formation of an inexorably internacionais Keywords experience knowledge of passive type of definitively experience experiencesense anthropological citizen setting rigid The sustainability of the educational limits to the democratisation of reform in question the position of Brazilian society The impossibility of the international organisations Lilian do Valle the public school forming citizens This article discusses the themes and Bases antropolégicas da cidadania would thus be proven all the questions dealt with in the productions brasileira sobre escola piiblica e arguments to the contrary consisting of international organisations from cidadania na Primeira Republica only of reeditions of the old myth of 1998 onwards with relation to Devido as fragilidades de sua implan the educational demiurge By different dimensions of the tagao nao sao POUCOS no Brasil a tra attempting to unite elements capable sustainability of the educational tarem 0 regime republicano como uma of analysing these anthropological reforms in Latin America which offer simp les continuagao do perfodo mo constructions which form the base of interesting signs of those aspects narquico Igualmente correntes as cri the experience of Brazilian which have and will continue to ticas a tradigdo de constituiao no citizenship this article brings into receive technical and financial pais de um Estado forte e perspective what is without a doubt investments from such organisations monopolizador concedem cores de the first and most central of At least three dimensions concern the fatalidade a idéia da formagao hist6ri democratic requirements the international organisations the ca de um cidadao inexoravelmente unconditional and unconditionable political the financial and the passivo tipo antropologico definitivo affirmation of the political equality of technical dimensions This analysis is a marcar os rigidos limites 4 democra citizens based on an examination of tizagao da sociedade brasileira Seria Keywords Public school 1 publications by the World Bank assim cabal a impossibilidade de a Republic citizenship CEPAL PREAL BID IIPE UNESCO escola publica formar cidadios to and OREALCUNESCO from 1998 to dos os argumentos em contrario con nn Y 7 sistindo apenas em novas reedig6es Nora Krawezyk Keywords educational reform Latin do velho mito da demiurgia educacio A sustentabilidade da reforma America international oreanisations 8 nal Ao tentar reunir os elementos educacional em questao a posicao para andlise das construg6es antropo dos organismos internacionais TTS ldgicas que estaéo na base da experién O artigo discute temas e questdes Victor Vincent Valla cia de cidadania brasileira esse artigo abordados pelas produgées dos orga Pobreza emocao e satide uma coloca em perspectiva aquela que sem nismos internacionais a partir de 1998 discussAo sobre pentecostalismo e duvida é a primeira e a mais central das como diferentes dimensGes de susten sade no Brasil exigéncias democraticas a afirmaco tabilidade das reformas educacionais No campo de educagfo e satide tem incondicional e incondicionada da na América Latina que oferecem inte surgido um debate sobre a origem dos igualdade politica dos cidadaos ressantes indicios dos aspectos que re problemas de satide o qual propde Palavraschave escola publica ceberam e continuarao recebendo in que a origem desses problemas esta Primeira Reptiblica cidadania vestimentos técnicos e financeiros basicamente relacionado com as emo desses organismos Pelo menos trés di des mais do que com bactérias ou vi Anthropological bases of Brazilian menses preocupam bastante os orga tus A teoria do apoio social sugere citizenship on the public school and nismos internacionais a dimensdo po que se as emocgoes sao relacionadas citizenship in the 1 Republic litica a dimensao financeira e a ao surgimento das doengas as solu Many critics treat the republican regi dimensdo técnica Para sua andlise fo des também estao relacionadas com Revista Brasileira de Educagao 169