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Engenharia de Transporte e Logística ·

Geografia

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Universidade Federal de Santa MariaCachoeira do Sul Coordenadoria Acadêmica Engenharia de Transportes e Logística Disciplina Geologia de Engenharia CSETL 4079 Profa Dra Thaís Aquino dos Santos Erosão e Movimentos de Massa Universidade Federal de Santa MariaCachoeira do Sul Coordenadoria Acadêmica Engenharia de Transportes e Logística Erosão Introdução Relembrando Goleiras Degelo Escoamento Superficial Infiltração EvapoTranspiração Precipitação Evaporação Mar Infiltração Recarga Fluxo Base Rio Água Subterrânea Descarga Fraturas na Rocha Fluxo Água Subterrânea Introdução Relembrando Ciclo Hidrológico Água Subterrânea Água Superficial Infiltração Escoamento Superficial Reservas Subterrâneas Aquíferos Cursos dágua Introdução O escoamento superficial das precipitações atmosféricas se opera tanto em forma de finos filetes quanto em forma de caudalosas correntes e torrentes Erosão é definido como o desgaste progressivo do solo em que partículas que o compõe são desprendidas e transportadas por agentes erosivos A erosão pluvial é aquela exercida pela água da chuva que escorre sobre o solo Erosão Pluvial Introdução Em solos cobertos pela vegetação sua ação é pequena Porém mesmo em áreas revestidas de gramíneas com o passar do tempo a erosão laminar é sentida Finos filetes cuja espessa rede de ramificações cobre as encostas Erosão Uniforme e Suave Introdução Em áreas desprovidas de vegetação como nas lavouras em início de plantação estradas escavações não recobertas e desertos a erosão pluvial é intensa tendendo a formação de sulcos ravinas e voçorocas e destruindo o solo propriamente dito ou as obras de engenharia Taludes estradas sem revestimentos abertura de valas para tubulação entre outros Erosão Linear Erosão Linear Sulcos As definições de sulcos e ravinas variam de autor para autor porém consideramse sulcos erosões de até 50 cm de profundidade Erosão Linear Ravinas As ravinas são as incisões com profundidades acima de 50 cm Erosão Linear Voçorocas As voçorocas apresentam o estágio mais avançado da erosão sendo caracterizadas pelo avanço das ravinas em profundidade até estas atingirem o lençol freático ou o nível dágua do terreno Aqui o agente erosivo além da água da chuva é também a água subterrânea Erosão Linear Voçorocas Condicionantes do Processo Erosivo Segundo Guerra e Mendonça 2004 o processo erosivo possui diversos condicionantes como Clima Relevo Cobertura Vegetal Ação Antrópica Natureza do Solo Material com comportamento complexo Condicionantes do Processo Erosivo Clima O clima é considerado o controlador do desenvolvimento de processos erosivos Precipitação pluviométrica frequência duração e intensidade da chuva e temperatura De acordo com Fendrich et al 1991 locais de climas úmidos temperado e tropical quente com verão chuvoso e inverno seco são mais favoráveis a serem afetados pelos processos erosivos Condicionantes do Processo Erosivo Relevo Em relação ao relevo a declividade do terreno as formas de relevo a regularidade e extensão do declive o comprimento de rampa entre outros têm influência direta na erosão do solo declividade e comprimento da rampa ocorre o da velocidade de escoamento superficial e como consequência seu poder de destacamento e transporte das partículas é maior Erosão menor nos terrenos mais planos e maiores nos terrenos com maiores comprimentos de rampa Condicionantes do Processo Erosivo Cobertura Vegetal A cobertura vegetal é a principal defesa natural de um terreno contra a erosão amortecendo o impacto das gotas de chuva diminuindo seu potencial de destacamento e transporte das partículas do solo Também assume um papel fundamental pois atua no sentido de diminuir a velocidade e facilitar a infiltração da água Condicionantes do Processo Erosivo Ação Antrópica EVITAR DESMATAMENTO mudança do escoamento superficial e subterrâneo e falha na proteção superficial do solo Ocupação urbana uso e manejo do solo agricultura praticada de forma incorreta Obras de engenharia taludes de corte sem a devida proteção exploração de áreas para a retirada de materiais de empréstimos execução de loteamentos Acelera o processo erosivo Condicionantes do Processo Erosivo Natureza do Solo Características do solo Aptidão global do solo superficial de ser atacado pelos agentes de erosão Suscetibilidade do solo de sofrer erosão ERODIBILIDADE Erodibilidade Erosão Erodibilidade Depende mais do clima relevo cobertura vegetal e manejo do que das propriedades do solo em si Depende muito mais da natureza do solo o que justificaria o porquê se alguns solos erodirem mais facilmente do que outros mesmo quando o declive a chuva a cobertura e o manejo são os mesmos Apenas um dos fatores que influenciam a erosão Erodibilidade De acordo com Carvalho et al 2006 as seguintes características geológicogeotécnicas do solo influem na erodibilidade dos solos Textura Solos de caráter arenoso são mais vulneráveis ao processo erosivo pois não possuem coesão Estrutura dispersa maior erodibilidade X floculada Mineralogia esmectitas sofrem maior erosão do que as caulinitas Sucção parcela de resistência dos solos não saturados Teor de matéria orgânica MO A MO retém água aumentando a infiltração e reduzindo a erosão Erodibilidade A erodibilidade pode ser avaliada por meio de ensaios geotécnicos de maneira direta como o ensaio de Inderbitzen eou indireta Ensaios de caracterização física perda de massa por imersão e infiltrabilidade da metodologia MCT e ensaio de desagregação são considerados ensaios da avaliação indireta de erodibilidade Erodibilidade Avaliação Indireta Caracterização Física Análise da Granulometria X Erodibilidade Limites de Atterberg exceção solos lateríticos IP erodível é o solo Solos lateríticos apresentam óxido de ferro em sua composição gerando maior estabilidade e resistência mesmo com IP baixos erodibilidade é baixa Erodibilidade Avaliação Indireta Metodologia MCT Ensaio de perda de massa por imersão coeficiente pi Ensaio de infiltrabilidade coeficiente de sorção s Perda de massa por imersão Se a relação for 52 Solos erodíveis Erodibilidade Avaliação Indireta Ensaio de desagregação Slaking Test Amostra indeformada imersa em água Prever comportamento do solo quando inundado por água capacidade de desagregação Análise visual 25 horas de ensaio Ensaio de Desagregação Erodibilidade Avaliação Indireta Ensaio de cisalhamento direto Correlação Parâmetros de resistência coesão e ângulo de atrito Quanto menores esses valores maior a erodibilidade Erodibilidade Avaliação Direta Ensaio de Inderbitzen Erosômetro Simulação aproximada do efeito do escoamento superficial sobre o solo Permite a variação de vazão de fluxo tempo de atuação declividade da rampa e propriedades do solo densidade e umidade Universidade Federal de Santa MariaCachoeira do Sul Coordenadoria Acadêmica Engenharia de Transportes e Logística Movimentos de Massa Introdução O que é um talude São maciços terrosos rochosos ou terrosos e rochosos com superfície inclinada em relação à horizontal Podem ser naturais formado pela natureza pela ação geológica ou pela ação das intempéries ou construídos pelo homem cortes aterros Introdução Forças que atuam nos taludes Rodovias Ferrovias Todo solo eou rocha apresentam resistência ao cisalhamento que depende basicamente das características do material coesão e ângulo de atrito Todo talude está sujeito a forças externas e ao peso próprio que geram tensões cisalhantes que se opõem à resistência ao cisalhamento do solo Tipos de Movimentos A maneira como o movimento se distribui através da massa rompida não é apenas um dos principais critérios de classificação mas também ajuda a definir a intervenção adequada para estabilização DESLIZAMENTO TOMBAMENTO ROLAMENTO Tipos de Movimentos Quedas de Blocos Uma queda se inicia com o desprendimento de um bloco de solo ou rocha da face de um talude sem superfície de ruptura definida O movimento é rápido e em decorrência da ação da gravidade A ocorrência destes processos está condicionada à presença de afloramentos rochosos em encostas íngremes sendo potencializadas pela variação de temperatura e descontinuidades das rochas Deslizamento Tombamento Rolamento Tipos de Movimentos Quedas de Blocos Tombamento Deslizamento Topográfica é favorável para o deslizamento baixa inclinação Ocorre o desprendimento do bloco e o mesmo sofre uma rotação Tipos de Movimentos Quedas de Blocos Rolamento Blocos isolados que se desprendem e rolam Tipos de Movimentos Escoamento Deformação contínua sem superfície de ruptura bem definida podendo englobar grandes áreas Pode eventualmente ser observado em superfície mudando a verticalidade de árvores postes etc Rastejo Corrida Tipos de Movimentos Escoamento Rastejos Creep Processo mais ou menos contínuo sem limites definidos entre a massa em movimentação e a massa estacionária Velocidade de movimentação baixa 1 a 5 cmano Causas Ação da gravidade associada a efeitos causados pela variação de temperatura e umidade Rastejo Sazonal ocorre em certas épocas do ano período de chuva Movimentações tectônicas Rastejo Profundo Tipos de Movimentos Escoamento Rastejos Creep Sinais que evidenciam a presença de rastejo Tipos de Movimentos Escoamento Corridas Rapid Flow É um fluxo rápido de mistura de sedimentos e água sendo impulsionado pela gravidade Este processo é muitas vezes iniciado por um escorregamento local ou efeito de vibração Velocidade alta 10 a 20 kmh ou mais Efeitos catastróficos Corridas de terra argilas Corridas de areias e siltes liquefação Corrida de lama ação de lavagem Avalanche de detritos grandes massas de solos e ou rocha Processo geralmente originado com a adição de água ao meio Tipos de Movimentos Escoamento Corridas Rapid Flow Em planta as corridas se assemelham a uma língua Causas Perda de resistência em virtude da presença de água fluidificação Tipos de Movimentos Escorregamento Slide Movimentação rápida com volume de solo bem definido cujo centro de gravidade se desloca para baixo Duração relativamente curta Muitas vezes o movimento aumenta a partir de uma pequena ruptura local velocidade crescente de 0 a 30 cmhora Rotacional Translacional Tipos de Movimentos Escorregamento Rotacional Tipo de escorregamento bastante comum onde a superfície de ruptura pode ser circular ou não circular bem definida São comuns em materiais homogêneos como por exemplo os aterros e barragens de terra Tipos de Movimentos Escorregamento Translacional São movimentos em que a massa se desloca sobre uma superfície de ruptura plana deslizando para fora do terreno natural Movimentação de curta duração atingindo elevadas velocidades Geralmente ocorrem em solos residuais O plano de movimentação é condicionado pelas zonas de fraqueza falhas contato solorocha estratificação Ilha GrandeRJ Tipos de Movimentos Escorregamento Translacional VÍDEO Foto mostrando inúmeros deslizamentos translacionais rasos ocorrido em 1985 nas encostas do Vale do Rio Mogi Tipos de Movimentos Complexo Subsidência São deslocamentos verticais causados pela presença de cavidades em solo ou rocha calcária CajamarSP Causas dos Movimentos Causas Internas São aquelas que atuam reduzindo a resistência ao cisalhamento do solo Exemplos Mudança do fluxo de água subterrâneo Aumento da pressão neutra Erosão interna Piping Intemperismo solos residuais Causas dos Movimentos Causas Externas Devidas às ações externas que alteram o estado de tensões atuantes sobre o maciço Provocam um aumento das tensões cisalhantes Exemplos Vibrações terremotos explosões tráfego etc Mudanças na geometria cortes e aterros aumento da inclinação e altura Deposição de material ao longo da crista do talude sobrecargas Estabilização dos Maciços Considerandose os movimentos mais comuns vamos analisar algumas das obras que podem ser utilizadas visando à proteção ou contenção adequada e segura das encostas cortes e aterros Essas obras são agrupadas em dois grupos Obras sem estrutura de contenção Obras com estrutura de contenção Estabilização dos Maciços Obras sem estrutura de contenção Retaludamento Drenagem superficial e profunda Proteção Superficial Estabilização dos Maciços Obras com estrutura de contenção Estruturas de contenção ou de arrimo são obras civis construídas com a finalidade de prover estabilidade contra a ruptura de maciços de terra ou rocha Finalidade Suportar os empuxos de terra Muro de concreto Muro de gabiões Muro de terra armada Parede Diafragma Cortina Atirantada Exercícios 1 A erosão pluvial pode ocorrer de uma forma laminar ou concentrada em sulcos O que se entende por uma e outra 2 O que são ravinas e voçorocas 3 Quais os fatores que condicionam o processo de erosão Explique com suas palavras 4 Cite a diferença entre erosão e erodibilidade 5 Quais as características do solo que influenciam na erodibilidade Descreva 6 Explique os ensaios geotécnicos mais utilizados para os estudos de erodibilidade 7 Quais os tipos de movimentos de massa que podem ocorrer devido à instabilidade de taludes em corte Explique com suas palavras Exercícios 8 Em Cajamar SP houve o fenômeno de colapso do solo Como se explica esse fenômeno 9 Descreva as principais causas internas e externas dos movimentos de massa 10 No que consiste o retaludamento Quais condições necessárias para a sua implantação 11 Pesquise sobre os diferentes tipos de estruturas com contenção Referências utilizadas na aula MACIEL FILHO Carlos Leite NUMMER Andréa Valli Introdução à geologia de engenharia 5 Ed Santa Maria Editora da UFSM 2014 Atividade 4 Métodos de Controle Pesquisar os métodos de controle de ravinas e voçorocas Elaborar um resumo de até 10 páginas Individual SERÁ COBRADA A APRESENTAÇÃO SEGUNDO AS NORMAS TÉCNICAS MDTUFSM Entrega 260123 Via Moodle pdf UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CAMPUS CACHOEIRA DO SUL GEOGRAFIA Bernardo Tavares RESUMO MÉTODOS DE CONTROLE DE RAVINAS E VOÇOROCAS Santa Maria RS 2023 1 INTRODUÇÃO A erosão é definida pela literatura como um processo de degradação ambiental onde a superfície seja ela composta de solo ou rocha é desintegrada por ação química física ou biológica a qual é acelerada pela ação antrópica e ocasiona impactos ambientais e socioeconômicos de grande relevância Estando entre os principais processos erosivos as ravinas que se definem como mecanismos de erosão ligados a movimentos de massa os quais representam pequenos deslizamentos e voçorocas que se constituem como feições de maior magnitude e impacto ambiental Em decorrência dos impactos supramencionados buscouse elaborar processos voltados ao controle da aceleração de processos erosivos os quais intervém diretamente sobre alguns recursos naturais Desse modo o presente resumo objetiva trazer as características inerentes aos principais métodos de controle de ravinas e voçorocas a fim de que se tenha conhecimento dos meios próprios para a prevenção e controle das problemáticas ligadas aos processos de erosão 2 MÉTODOS DE CONTROLE DE RAVINAS E VOÇOROCAS Para realizar o controle da erosão é necessário que se analise e caracterize fatores e mecanismos inerentes ao desenvolvimento dos processos erosivos desse modo a compreensão acerca dos lugares em que há maior concentração de erosões lineares que se caracterizam por serem um processo natural dado que nesses locais ocorrem zonas de convergência de fluxos superficiais e subterrâneos Isto posto passase a análise dos métodos voltados para a prevenção e controle de ravinas e voçorocas 21 REVEGETAÇÃO Para Pereira 2010 a revegetação deve ser encarada como a principal estratégia de conservação do solo sendo fundamental para melhorar os atributos físicos e químicos deste bem como a responsável por fornecer uma cobertura vegetal e gerando a proteção necessária para a diminuição das perdas de sedimentos ocasionadas pela erosão Nesse contexto Ferreira 2015 leciona que nesse método de controle de erosão as espécies de flora sugeridas para o plantio são Capim gordura Melinis minutiflora feijão de porco Canavalia ensisformis milheto Pennisetum americanum feijão guandu Cajanus cajan aveia preta Avena strigosa e nabo forrageiro Raphanus sativus Devendo essas serem plantadas nos interiores e bordas das ravinas ou voçorocas Importante salientar que a utilização dessas espécies deve respeitar a proporcionalidade do ambiente levando em conta a finalidade e utilidade para a fauna bem como o comportamento ecológico do local em que se pretende aplicar o método de revegetação Ademais Streck et al 2008 aduz que é recomendado que nos solos degradados apliquese o corretivo antes da adoção do sistema de plantio direto bem como prefira o plantio de plantas protetoras e recuperadoras do solo intercaladamente no inverno e o cultivo intercalado no verão de culturas ou pastagens 22 PALIÇADAS As denominadas paliçadas são estruturas de arrimo constituídas por estacas sequenciais sendo uma técnica bastante utilizada no controle de ravinas ou voçorocas Segundo Menezes 2002 leciona que esse método é indicado para as ocasiões em que se vise implementar uma contenção em solo instável relativamente a fim de se construir uma segurança a partir da segurança Acerca das paliçadas Ferreira 2015 entende que elas representam boa alternativa voltada a solucionar a problemática das ravinas e voçorocas no que concerne aos aspectos econômicos e técnicos já que esse método atinge o objetivo de estabilizar as encostas do terreno bem como oferecem resistência e possuem custo acessível 23 OBRAS DE DRENO As marcações do terreno quando acompanhadas de curvas de nível em um tipo de canal necessitam que se tenha a drenagem da água forçando a infiltração e desvio dos fluxos de água da erosão Assim Teixeira e Guimarães 2012 lecionam que as obras de dreno são caracterizadas por serem empreendimentos voltados ao desvio dos fluxos de superfície gerando a redução do escoamento superficial da água e facilitam a infiltração da água Nesse contexto importante comentar que se utiliza de alguns tipos de drenos sendo eles o denominado de cego constituído de uma valeta revestida de material filtrante e um segmento de tubo perfurado dreno com material sintético geotêxtil composto de um revestimento de uma vala com manta geotêxtil de preenchimento com material filtrante de enchimento e dreno de bambu o qual é produzido através de bambus amarrados em feixes Visando complementar as informações acerca dos tipos de dreno utilizase a figura 1 Figura 1 Exemplos de drenos usados para disciplinamento de água no lençol Fonte Filizola et al 2011 24 RETALUDAMENTO Ferreira 2009 leciona que o retaludamento é um método de controle voltado para a realização de obras de movimentação de terra que objetiva diminuir a inclinação das encostas de ravinas e voçorocas de forma que se aumente a estabilidade de taludes e evitar o avanço da erosão no solo Nesse contexto esse método visa impedir a evolução dessas ravinas ou voçorocas Sendo esta exemplificado através da figura 2 Figura 2 Esquema de retaludamento Fonte Vieira Verdun Caneppele 2016 Em complementação ao exposto Carvalho 1991 leciona que apesar de haver uma condição geométrica de talude oferecendo estabilidade ao maciço em certos casos não há espaço suficiente para se alcançar o retaludamento 25 TERRACEAMENTO O terraceamento é definido por Galeti 1987 como uma técnica de construção de terraços sendo formado por um canal e um camalhão feito ao nível ou gradiente objetivando o controle da erosão Nesse contexto Bertoni e Lombardi Neto 1999 lecionam que esse método quando é planejado e construído eficazmente reduz as perdas de solo ocasionados pela erosão apresentandose como um dos mais eficientes para o controle de processos erosivos Os autores ainda mencionam que esse método é realizado em vários meios de terraços sendo eles o Magnum o misto o de drenagem o de retenção o de Nichols o de base larga o de base média e o de base estreita No que concerne o Magnum este é definido por serem construídos por dois lados do terreno produzindo uma movimentação de terra de baixo para cima e vice versa Os de drenagem o qual apresenta o canal com declive objetivando que ocorra a condução da água para fora da área protegida Já os de retenção voltado para a construção de um canal ao nível e extremidades bloqueadas cuja finalidade é reter a água pluvial e infiltrála no perfil do solo mitos os quais são constituídos de um canal em pequeno declive e uma zona de acúmulo de água onde há um tubo que de modo vagaroso elimina o excesso do fluido que não é infiltrado no solo Os terrenos do tipo Nichols são definidos por àqueles com base triangular os quais se constroem por camalhão com movimentação de terra que ocorre em decorrência da abertura do canal depositada abaixo desse camalhão Já os que possuem base larga média ou estreita definidos em decorrência da variação de largura 26 OBRAS DE ATERRAMENTO Também há a literatura a menção das obras de aterramento como métodos de controle de formação de ravinas sendo estas segundo Souza 2001 uma solução voltada para o aterramento do local erodido Em decorrência do custo operacional utilizase esse método apenas quando o valor do terreno justifique o custo do aterro necessário para o preenchimento das ravinas ou voçorocas Magalhães 2001 explica que o reaterro visa evitar novas erosões e repor o solo através da instalação de dreno de fundo aterramento do solo erodido Kertzman et al 1995 no que lhe concerne adverte que o insucesso dessas obras está ligado a desconsideração da água subsuperficial no processo de aterramento desses terrenos erodidos 27 CONTROLE DE RAVINAS E VOÇOROCAS EM ÁREA RURAL Almeida e Ridente Júnior 2001 lecionam que há três processos de controle de ravinas e voçorocas principalmente no que concerne a áreas predominantemente rurais Sendo eles o cercamento da área em torno da voçoroca a drenagem da água subterrânea e o controle do escoamento superficial concentrado da baixa de captação No que concerne ao processo de cercamento a área este é realizado com a finalidade de impedir o acesso ao gado e o trânsito de maquinário e de pessoas no local afetado pela erosão No segundo processo realizase a drenagem a fim de aflorar o fundo e as laterais da voçoroca podendo este ser realizado através do dreno cego dreno de bambu ou dreno com material sintético sendo todos recomendados para o processo citado O último processo visa controlar o escoamento superficial de modo que se evite novos processos erosivos lineares que podem evoluir para ravinas e voçorocas podendo esse controle ser realizado de forma mecânica ou seja através de um sistema de terraços voltados a redução da velocidade e divergência da água pluvial ou vegetativa Sob esse controle Dias et al 2000 dispõe que a utilização dessas medidas são fundamentais para o manejo e conservação de solos de forma que elas se apresentam como as melhores formas de controle de captação 28 ADUBAÇÃO VERDE Conhecida como uma prática vegetativa a adubação verde é definida como uma incorporação ao solo de plantas especialmente cultivadas para adubar o solo sendo utilizado como controle de erosão para a proteção do solo contra a ação direta da água pluvial e a melhoria das condições físicas do terreno pelo aumento da matéria orgânica no local Filizola et al 2011 p 04 lecionam que as espécies de flora mais utilizadas nesse método são leguminosas pois além de matéria orgânica incorporam também o nitrogênio ao solo 29 VALETEAMENTO O valeteamento é constituído como um método conservador utilizado especificamente em pastagens o qual é implementado com à prática de abertura de sulcos com cerca de 50 a 60 cm de largura e profundidade estando entre as suas principais vantagens a praticidade e o baixo custo Ademais importante mencionar que esse método aumenta consideravelmente a ocorrência de ervas daninhas bem como possuem como desvantagem a dificuldade de animais e maquinários se locomover entre as valetas 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente resumo trouxe em seu corpo informações ligadas aos principais métodos de controle e ravinas e voçorocas a fim de realizar uma sintetização das mesmas a fim de contribuir para o conhecimento da temática Desse modo salienta se que os métodos mencionados são mencionados pela literatura como os principais ligados ao tema razão pela qual não se deve excluir demais técnicas que venham a ser descobertas ou já estejam sendo utilizadas para controlar a erosão do solo REFERÊNCIAS ALMEIDA G S RIDENTE JÚNIOR J L Diagnóstico prognóstico e controle de erosão Goiânia sn Apostila de curso ministrado no VII Simpósio Nacional de Controle de Erosão 2001 BERTONI J LOMBARDI NETO F Conservação do Solo 4ª Edição 355p Editora Ícone São Paulo SP 1999 CARVALHO P A S Manual de geotecnia Taludes de rodovias orientação para diagnóstico e soluções de seus problemas São Paulo Departamento de Estradas e Rodagens do Estado de São Paulo Instituto de Pesquisa Tecnológicas 1991 388 p Publicação IPT n1843 Disponível em httpwwwderspgovbrwebsiteDocumentosmanuaistaludeaspx Acesso em 20 jan 2023 DIAS P F et al Produção e valor nutritivo de gramíneas forrageiras tropicais avaliadas no período das águas sob diferentes doses de nitrogênio Ciência e Agrotecnologia Lavras v 24 n1 p 260271 2000 FERREIRA R R M Recuperação de Voçorocas de Grande Porte 2015 Disponível em httpsbitly31Wpi6z Acesso em 20 jan 2023 FERREIRA VM FERREIRA RRM Apostila Técnica de Estabilização de Voçorocas Nazareno Centro Regional Integrado de Desenvolvimento Sustentável 2009 FILIZOLA H F et al Controle de processos erosivos em áreas de afloramento do Aquífero Guarani no Brasil In GOMES M A F Ed Uso agrícola das áreas de afloramento do Aquífero Guarani no Brasil implicações para a água subterrânea e propostas de gestão com enfoque agroambiental Jaguariúna Embrapa Meio Ambiente 2008 GALETI Paulo Anestar Conservação do Solo Florestamento Clima Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agrícola 1987 KERTZMAN F et al Dique drenante como solução para combate a boçoroca urbanIn In 5º Simpósio Nacional de Controle de Erosão ABGEUNESP Bauru SP 1995 MAGALHÃES R A Erosão definições tipos e formas de controle In VII Simpósio Nacional de Controle de Erosão ABGE Anais GoiâniaGO 2001 MENEZES S M Geotecnia aplicada a projetos estrutura de contenção em taludes Lavras UFLA FAEPE 2002 PEREIRA J S et al O processo de revegetação como alternativa para recuperação de paisagens características de áreas degradadas inseridas no domínio dos cerrados In VIII SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA 12 a 16 de setembro de 2010 RecifePE Anais Recife 2010 SOUZA M L Proposta de um Sistema de Classificação de Feições Erosivas voltados à Estudos de Procedimentos de Análises de Decisões quanto a Medidas Corretivas Mitigadoras e Preventivas Aplicação no Município de Umuarama PR Tese de Doutorado UNESP Rio Claro SP 2001 STRECK E V et al Solos do Rio Grande do Sul Porto Alegre EmaterRSAscar 2008