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Revista de Economia Política, vol. 21, n° 3 (84), julho-setembro/2001\n\nResenhas\n\nIndústria Cultural, Informação e Capitalismo\nCésar Bolaño\nSão Paulo: Hucitec/Pólis, 2000\n\nNo âmbito da tradição crítica ligada à economia política da cultura e da comunicação, o autor se propõe a estudar as indústrias culturais no capitalismo monopolista. É preciso ressaltar, primeiramente, a importância crescente das atividades ligadas à cultura, à comunicação e à informação; tal desenvolvimento caracteriza o capitalismo contemporâneo. Por outro lado, conforme apontam boa parte dos relatórios oficiais, esses setores se tornaram setores-chaves no que diz respeito ao crescimento.\n\nAssim, não é mais possível limitar a análise da cultura e das produções intelectuais ao nível da superestrutura, ou seja, considerar, apenas, a dimensão ligada aos aspectos ideológicos, como o faz a sociologia até a metade dos anos 70. A cultura e a comunicação apresentam, assim, uma tripla dimensão: i) como produções simbólicas, elas se relacionam com as dimensões superiores ligadas à Estética e à ideologia; ii) como setor econômico no qual os capitalistas investem, possuem um infra-estrutura ligada às especificidades desta economia; iii) finalmente, o sistema cultural e comunicacional cumpre funções sociológicas e econômicas, no seio do sistema global.\n\nÉ a partir dessas três dimensões que o autor vai analisar as indústrias culturais no capitalismo. Tal abordagem implica em elaborar uma reflexão a respeito do método de o objeto de ciência econômica: no âmbito de uma abordagem histórica e marxista, o autor parte do princípio segundo o qual, contrariamente a análise do mainstream, o mercado não pode ser conhecido como uma instância abstrata, sem fundamentos históricos, sociológicos e simbólicos. A reprodução do sistema, nas suas diferentes fases, implica na sua reprodução material e simbólica; nesta perspectiva, seriam analisadas as indústrias culturais.\n\nA démarche geral adotada por César Bolaño é a seguinte: ele deriva as formas que a informação pode adquirir no capitalismo monopolista: a forma propaganda, que se relaciona diretamente com as funções ideológicas da cultura e com a constituição do Estado Moderno, que simplesmente respondeu que porque esse fato, não se faz, senão existem as verdadeiras distinções dentre as duas perspectivas: uma ligada às suas funções ideológicas e a outra à sua dimensão econômica. Por esta razão, a abordagem é interdisciplinar; não obstante, a problemática não deixa de ser econômica, quer em relação às funções macroeconômicas assumidas por essas indústrias, que não se diz respeito às especificidades da economia deste setor. Por outro lado, esta interdisciplinaridade se justifica pelo fato, que reconhecido pela maior parte dos trabalhos de an. tropologia, história e sociologia econômica, de que o funcionamento concreto dos mercados depende diretamente de certas mediações simbólicas sem as quais ele não existe. É justamente esta função de mediação que a indústria cultural está cumprindo.\n\nNum segundo momento, Bolaño faz uma revisão bibliográfica crítica dos diferentes trabalhos realizados em termos de economia política da cultura e da comunicação: uma atenção particular é dada à escola francesa, e às teses de autores como Maigé, Salauin, Filchy, Beaud, Zallo e Herscovici, assemelhadas estudadas. Três temas relevantes, características das especificidades desta economia da cultura e da comunicação, são aqui discutidos com profundidade: i) as especificidades econômicas que permitem explicar por que a valorização dos produtos culturais é, intrinsicamente, aleatória; ii) as modalidades particulares de inserção do trabalho artístico/intelectual nos processos de produção sócio-industrializados dos produtos e serviços culturais; iii) as diferentes formas de subsunção do trabalho ao capital.\n\nEsta análise ressalta as dificuldades de explicar o economista deste tipo de produção páginas dos instrumentos constitutivos do função de uma produção industrial; a este respeito, lembrou a posição de Adam Smith no que conhecemos sobre os bens não reprodutivos. O produto artístico caracteriza-se pelo fato de que as receitas que gera não têm relação nenhuma com a quantidade de trabalho necessária à sua produção. Em função da teoria marxista do valor, duas questões são colocadas:\n\ni) em que medida, para este tipo de produção, está havendo um processo de redução do trabalho concreto em trabalho abstrato, ou seja,socialmente necessário? Isto ressalta o fato de que o capitalismo contemporâneo caracteriza-se por um duplo movimento: se, por um lado, existe uma tendência à homogeneização (abstração) do trabalho intelectual, por outro, há também uma diferenciação (concretização) do trabalho utilizado nos processos industriais, no âmbito de uma \"economia do signo\";\nii) a partir dessas particularidades, como é possível explicar a alocação da valorização econômica dessas produções? esta se dá na esfe Os autores apresentaram muito pesquisa técnica e rica internacional. No entanto, a apresentação da realidade brasileira é muito curta, o que é possível seguir num dos livros em detrimento do outro. O que existe, e é isto que procuramos destacar, são algumas opções que podem agradar um leitor e/ou pesquisador de acordo com o enfoque ou assunto que este julgar relevante. A escolha por um dos livros depende desta opção. Os erros que podem ter surgido foram pequenos no conjunto valioso das obras. Espero que esta resenha tenha ajudado a apresentar estas duas novas opções. Boa leitura.\n\nPaulo Roberto Avrate\nEscola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas/São Paulo, Pontifícia Universidade Católica/São Paulo Mas o autor de uma resenha não pode apenas demonstrar o orgulho de seus votos para silverios produzindo uma obra de félogo. Ele tem o dever de expor também a sus letras e o que incomodou em sua leitura. Evidentemente, isso não retira em absoluto o mérito do trabalho.\n\nEm primeiro lugar, os autores teriam todas as condições de ter maior originalidade ao livro. Eles fazem tudo certinho, igual a qualquer manual. Estão lá os pequenos tópicos, os quadros com balancetes estilizados, os boxes, as representações gráficas, as formulações, o resumo final, os temas-chaves, as questões para discussão, a bibliografia comentada, tudo isso se tornou convencionado em manuais. Aparentemente, só faltou a lista de endereços para pesquisa na Internet...\n\nA gente vai lendo-e-o reconhecendo tudo. É tudo muito conhecido. E, afinal de contas, muito semelhando aos outros. A gente vai buscando o posicionamento pessoal, na verdade, nas polêmicas expostas, mas não encontra nada além da elegância acadêmica. Aparentemente com o objeto que se trata, uma assessoria das ideologias. Para que, segundo eles, todos os autores antagônicos têm razão! Ninguém recebe uma crítica contundente. Todos vão tendo suas teorias expostas, sem nenhuma discussão subjetiva importante, com total neutralidade.\n\nPode-se argumentar que plausível o desejo de ser inteiramente tolerante com as posições adversárias, não fazendo nenhuma restrição. Não creio. Apresentar com rigor a necessidade intelectual teorias que voc ê não adota não significa menos de críticas abertas. Mesmo porque não são somente \"teorias científicas\" imponentes na realidade. São sustentáculos de uma política econômica que atinge muitas vidas, afeta a sociedade. A NCS utiliza um dos dois capítulos para destacar a importância da moeda. Basicamente uma parte do que se rever normalmente num livro de Economia Monetária. Se ou seu assunto for exclusivamente Contas Nacionais, o sexto capítulo (\"O sistema monetário\"), onde este assunto é tratado, seria plenamente impressionável.\n\nNúmeros-indicadores na CS é um capítulo com discussão muito abrangente (no tema do capítulo idêntico ao assunto). Na NCS, este é um assunto tratado rapidamente no apêndice do capítulo terceiro. Acho necessário em Contabilidade Social uma boa discussão a respeito do assunto.\n\nDa leitura mais apurada que temos nos livros, os autores aparentemente têm uma rica interrogação nacional. Mas fica faltando, no livro, a apresentação da realidade brasileira e a sua relação com o sistema financeiro brasileiro. O que ainda que, e gize-se, fica incompreensível para diferentes formas que se existem para discutir a desnecessidade também brasileira. A impressão que fica é que este manual poderia ser perfeitamente traduzido para o inglês em maiores adaptações, a não ser que os autores colocassem coisas referentes ao nosso \"externo econômico\". Os autores estão perfeitamente a remeter como objeto teórico externo. Entretanto, não posicionam em debates relevantes na esfera nacional, por exemplo, quando a independência do Banco Central do Brasil, foi mencionada na citação a ser... Contabilidade Social, o Novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil\nCarmen Aparecida Feijó et al.\nRio de Janeiro: Editora Campus, 2001\n\nA Nova Contabilidade Social\nMarcio Braga e Leda Paulani\nSão Paulo: Editora Saraiva, 2001\n\nA Nova Contabilidade Social entre dois livros\nNuma resenha apresenta-se normalmente apenas a exposição e avaliação de um livro. Ocorre que professores e pesquisadores de Contabilidade Social sentiram-se motivados a oferecer novos livros-texto frente a nova metodologia de sistematização apresentada pelas Nações Unidas em 1993 e adotada pelo IBGE a partir do mesmo momento. Dois livros se encaixaram dentro desta visão, motivando assim uma revisão conjunta: Contabilidade Social, o Novo Sistema de Contas Nacionais do Brasil (CS), de Feijó, Ramos, Young, Lima e Galvão, da Editora Campus, e A Nova Contabilidade Social (NCS), de Braga e Paulani, da Editora Saraiva.\n\nPara não realizarmos um trabalho isolado de avaliação de cada livro dentro desta resenha e ajudarmos na escolha de dois livros para dos usuários segundo seus objetivos, estabelecemos uma visão comparativa dos mesmos, permitindo apresentarmos um comentário sobre as similaridades e diferenças gerais de ambos os livros para depois encerrarmos nos capítulos, dentro da mesma linha.\n\nA divisão entre os dois capítulos não apresenta muita diferença em ambos os livros. Ressalta-se apenas a busca constante de ambos em facilitar a aprendizagem sobre o assunto a ser tratado. A sinceridade é a seguinte: exposição do assunto, destacando para conhecimentos-chave, questões para sedimentar o conhecimento e referência bibliográfica para os que desejam expandir o seu conhecimento sobre o que foi abordado.\n\nDiferenças gerais existem e devem ser mencionadas. No CS, em termos similares aos apresentados no NCS, a profundidade do desenvolvimento é maior, embora, em certos momentos, o conjunto de de USAções - as restrições contábeis - diminui aquela leitura pela forma escolhida na exposição. Deixou-se antes do capítulo 1 uma lista de definições das variáveis utilizadas para cada capítulo, diga-se de passagem, um número excessivo, que entre a ed a vinda do capítulo para a lista de va-\n\nriáveis trunca a sequência de leitura. Talvez, se as definições fossem apresentadas no próprio capítulo, este problema desviaria de existir. Este recurso didático, embora com a intenção de ajudar, trunca a leitura dado o excessivo número de definições. Outra diferença importante entre os livros é que ao final de cada capítulo da NCS existe um conjunto de endereços eletrônicos que ajudam o leitor na busca de dados disponíveis pela internet.\n\nMuito bom para quem deseja ampliar sua pesquisa, principalmente na parte empírica. Em alguns dos sites existe a possibilidade de se baixar a base de dados para aproximar o aprendizado de experiências reais, com que todo pesquisador, cedo ou tarde, acaba se defrontando.
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A cultura e a comunicação apresentam, assim, uma tripla dimensão: i) como produções simbólicas, elas se relacionam com as dimensões superiores ligadas à Estética e à ideologia; ii) como setor econômico no qual os capitalistas investem, possuem um infra-estrutura ligada às especificidades desta economia; iii) finalmente, o sistema cultural e comunicacional cumpre funções sociológicas e econômicas, no seio do sistema global.\n\nÉ a partir dessas três dimensões que o autor vai analisar as indústrias culturais no capitalismo. Tal abordagem implica em elaborar uma reflexão a respeito do método de o objeto de ciência econômica: no âmbito de uma abordagem histórica e marxista, o autor parte do princípio segundo o qual, contrariamente a análise do mainstream, o mercado não pode ser conhecido como uma instância abstrata, sem fundamentos históricos, sociológicos e simbólicos. A reprodução do sistema, nas suas diferentes fases, implica na sua reprodução material e simbólica; nesta perspectiva, seriam analisadas as indústrias culturais.\n\nA démarche geral adotada por César Bolaño é a seguinte: ele deriva as formas que a informação pode adquirir no capitalismo monopolista: a forma propaganda, que se relaciona diretamente com as funções ideológicas da cultura e com a constituição do Estado Moderno, que simplesmente respondeu que porque esse fato, não se faz, senão existem as verdadeiras distinções dentre as duas perspectivas: uma ligada às suas funções ideológicas e a outra à sua dimensão econômica. Por esta razão, a abordagem é interdisciplinar; não obstante, a problemática não deixa de ser econômica, quer em relação às funções macroeconômicas assumidas por essas indústrias, que não se diz respeito às especificidades da economia deste setor. 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