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Trabalho II Desenhar manualmente em papel no formato A3 1 Larguras prescritas para as margens esquerda e direita norma 10068 da ABNT que são respectivamente 25 e 7 mm 2 Legenda para facilitar a leitura e interpretação das informações com 178 mm para formato A3 sendo a altura da legenda variável mas geralmente não deve ocupar mais de 20 da altura da folha 3 Peça em corte hachurada disponível no eBook da disciplina Márcio Fontana Catapan Christian Scapulatempo Strobel Fábio Evangelista Santana Desenho técnico no contexto das engenharias 1º Edição São José dos Pinhais BRAZILIAN JOURNALS PUBLICAÇÕES DE PERIÓDICOS E EDITORA 2020 BrJ Desenho técnico no contexto das engenharias Brazilian Journals Editora 2020 1 Edição 2020 by Brazilian Journals Editora Copyright Brazilian Journals Editora Copyright do Texto 2020 Os Autores Copyright da Edição 2020 Brazilian Journals Editora Editora Executiva Barbara Luzia Sartor Bonfim Diagramação Sabrina Binotti Edição de Arte Sabrina Binotti Revisão Os Autores O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores mas sem a possibilidade de alterála de nenhuma forma ou utilizála para fins comerciais Autores Márcio Fontana Catapan Christian Scapulatempo Strobel Fábio Evangelista Santana Brazilian Journals Editora São José dos Pinhais Paraná Brasil wwwbrazilianjournalscombr editorabrazilianjournalscombr APRESENTAÇÃO A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do desenho técnico é tão importante quanto à execução de uma tarefa Esse fato é devido que o desenho tem a necessidade de fornecer todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peçaproduto Visando abordar a maioria dos assuntos relativos ao desenho técnico de forma sucinta porém completa em uma disciplina de cursos de graduação compostas de 45 a 60 horas esta apostila foi elaborada A experiência de 20 anos nesta área tanto atuando como profissional do ramo de engenharia mecânica como professor universitário capacitaram os autores a construir um material que propiciasse tal dinâmica de aprendizagem Para isso esta apostila foi dividida no conteúdo de introdução ao Desenho Técnico e Desenho onde abordará os conceitos básicos para o seu entendimento Na primeira parte dentro do escopo do curso e respeitando as limitações de tempo disponível para o ensino de desenho técnico num curso de graduação praticamente todos os conhecimentos básicos necessários para a realização de um desenho serão abordados Na segunda parte da apostila os conhecimentos adquiridos na primeira são aplicados para a realização de desenhos bidimensionais e tridimensionais com instrumentos Essa parte consiste basicamente no aprendizado do uso de instrumentos para aplicação dos conhecimentos de desenho técnico da primeira parte do curso Se você trabalhar com dedicação conseguirá atingir todos os objetivos propostos em ambas as partes Bom trabalho Prof Márcio F Catapan Dr Eng SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 01 CAPÍTULO 2 NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO ABNTDIN 07 CAPÍTULO 3 FORMATOS PADRÕES DE FOLHAS 09 CAPÍTULO 4 ESCALAS 21 CAPÍTULO 5 VISTAS ORTOGRÁFICAS 25 CAPÍTULO 6 DIEDROS 27 CAPÍTULO 7 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO NBR 10126 62 CAPÍTULO 8 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS 79 CAPÍTULO 9 PERSPECTIVAS 84 CAPÍTULO 10 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS CIRCULARES E ARREDONDADOS 98 CAPÍTULO 11 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS DIVERSOS 100 CAPÍTULO 12 VISTAS AUXILIARES 107 CAPÍTULO 13 CORTE 115 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 138 SOBRE OS AUTORES 139 DOI 1035587brjed000057 SUMÁRIO 1 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 11 ETIMOLOGIA O português desenho é um substantivo deverbal do verbo desenhar que remonta ao latim designare marcar notar traçar desenhar indicar designar dispor ordenar regular imaginar étimo do italiano desegnare O português desenhar e desenho é modernamente só traçar e traçado com linhas e afins Desenho é qualquer representação gráfica colorida ou não de formas Desenho é a expressão gráfica da forma não se pode desenhar sem conhecer as formas a serem representadas HIERÓGLIFOS DESENHO PRIMITIVO ARTE MODERNA PLANTA BAIXA PERSPECTIVA EXATA DESENHO TÉCNICO 2 Catapan Strobel e Santana 2020 O desenho é a forma de comunicação mais importante depois da palavra o desenho serve à propaganda ao humorismo à arquitetura à expressão gráfica da palavra etc É um erro se considerar o desenho como uma cópia de formas pois ele pode representar a imaginação de uma forma não existente ficção científica afinal podese considerar desenho tudo aquilo que a mão humana traduz quando quer exprimir uma idéia mesmo que não o consiga Desenho Industrial tradução da expressão inglesa industrial design significa tradicionalmente o desenho o projeto de objetos ou de sistemas de objetos industrializados normalmente fruídos na existência cotidiana no lar no trabalho no lazer do relógio de pulso aos talheres da bicicleta ao automóvel do trem ao avião dos eletrodomésticos aos instrumentos de escritório dos móveis aos barcos das ferramentas manuais à máquinas operatrizes Todos esses objetos estão fundamentados num momento projetivo de desenho criador e num momento iterativo de produção em série e mecanizada Assim Desenho Técnico Mecânico é o projeto da forma de objetos destinados à fabricação de objetos em série O Projetista Mecânico Mechanical Designer é responsável pela forma dos produtos da sua empresa e sociedade por isso deve considerar no seu trabalho a complexidade de relações entre produto máquinasequipamentos e ambiente produto e usuário isto é fatores tecnológicos econômicos sociais e culturais do ambiente 112 CONCEITO O que é Desenho Técnico O desenho técnico como citado anteriormente é uma linguagem gráfica utilizada na indústria Para que esta linguagem seja entendida no mundo inteiro existe uma série de regras internacionais que compõem as normas gerais de desenho técnico cuja regulamentação no Brasil é feita pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas É derivado da Geometria descritiva que é a ciência que tem por objetivo representar no plano folha de desenho quadro etc os objetos tridimensionais permitindo desta forma a resolução de infinitos problemas envolvendo qualquer tipo de poliedro no plano do papel O desenho técnico é um desenho operativo ou seja após sua confecção seguese uma operação de fabricação eou montagem Desta forma para 3 Catapan Strobel e Santana 2020 fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de equipamento ou construção civil em todas as áreas da indústria sempre precisaremos de um desenho técnico 12 FINALIDADE Ao iniciar o estudo de Desenho Técnico você está empreendendo uma experiência educacional gratificante que terá real valor em sua futura profissão Quando você tiver se tornado perito nesse estudo terá a seu dispor um método de comunicação usado em todas as áreas da indústria técnica uma linguagem sem igual para a descrição acurada de objetos sólidos O desenho técnico é um dos mais importantes ramos de estudo em uma escola técnica porque é à base de todos os projetos e subseqüentes fabricações Todo estudante técnico deve saber fazer e ler desenhos O desenho é essencial em todos os tipos de engenharia prática e deve ser compreendido por aqueles relacionados com ou interessados na indústria técnica Todos os projetos e instruções para fabricação são preparados por desenhistas escritores profissionais da linguagem mas mesmo alguém que nunca tenha feito projetos deve ser capaz de lêlos e entendêlos ou será profissionalmente um leigo A nossa finalidade é estudar a linguagem do desenho técnico de tal maneira que se possa escrevêla de uma maneira clara a alguém que familiarizado com este assunto possa lêla prontamente quando escrita por outro alguém para tanto é preciso conhecer sua teoria e composição básica e ficar a par das abreviaturas e convenções adotadas A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa no plano das formas do mundo material e portanto tridimensional de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas Essa representação de formas constitui o campo do chamado desenho projetivo o Desenho Técnico também abrange a representação gráfica de cálculos leis e dados estatísticos por meio de diagramas ábacos e nomogramas que pertencem ao campo do desenho não projetivo Por serem seus princípios fundamentalmente os mesmos em todo o mundo alguém treinado nestas práticas em uma nação pode prontamente adaptarse às de uma outra nação qualquer Esta linguagem é completamente gráfica e escrita e é interpretada pela aquisição de um conhecimento visual do objeto representado O êxito de um aluno 4 Catapan Strobel e Santana 2020 nesta matéria será indicado não somente pela sua habilidade na execução mas também pela sua capacidade de interpretar linhas e símbolos e visualizálos claramente no espaço 13 IMPORTÂNCIA O Desenho Técnico constituise no único meio conciso exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos daí a sua importância na tecnologia face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma apesar a riqueza de outras informações que essa linguagem possa veicular Diante da complexidade dos problemas relativos aos projetos de Engenharia e Arquitetura poderia parecer excessiva a importância atribuída à forma e à sua representação Ocorre que a forma não é um acessório nos problemas de tecnologia mas faz parte intrínseca dos mesmos O Desenho Técnico ao permitir o tratamento e a elaboração da forma de modo fácil econômico participa decisivamente das três fases da solução daqueles problemas Essas três fases são 1º A busca de conceitos e idéias que pareçam contribuir para a solução 2º O exame e análise crítica desses conceitos quando alguns são escolhidos e outros rejeitados 3º O desenvolvimento dos conceitos escolhidos seu aperfeiçoamento final e comunicação Portanto as aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação dos projetos de Engenharia e Arquitetura mas ainda cumpre destacar sua contribuição fundamental nas fases anteriores de criação e de análise dos mesmos Adicionalmente face à dificuldade em concebermos estruturas mecanismos e movimentos tridimensionais o Desenho Técnico permite estudálos e solucioná los eficazmente porque permite a sua representação 14 MODALIDADES DE EXECUÇÃO É comum associarse o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos régua compasso esquadros etc mas ele pode também ser executado à mão livre ou por meio de computadores Cada uma dessas 5 Catapan Strobel e Santana 2020 modalidades difere apenas quanto à maneira de execução sendo idênticos os seus princípios fundamentais Enquanto o desenho instrumental é utilizado em desenhos finais de apresentação de cálculos gráficos de nomogramas de diagramas etc o esboço à mão livre é por excelência o desenho do Engenheiro e do Arquiteto pois possui a rapidez e a agilidade que permitem acompanhar e implementar a evolução do processo mental A presente apostila tem a finalidade de estudar os elementos básicos do Desenho Técnico Projetivo com enfoque na sua execução à mão livre Os exercícios propostos visam não apenas treinar o aluno na execução do esboço à mão livre mas objetivam primordialmente desenvolver a sua capacidade de visualização tridimensional e de representação da forma 15 COMO É ELABORADO UM DESENHO TÉCNICO Às vezes a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de vários profissionais O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista Primeiro ele imagina como a peça deve ser e depois representa suas idéias por meio de um esboço isto é um desenho técnico à mão livre O esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto que ainda pode sofrer alterações Depois de aprovado o desenho que corresponde à solução final do projeto será executado pelo desenhista técnico O desenho técnico definitivo também chamado de desenho para execução contém todos os elementos necessários à sua compreensão O desenho para execução que tanto pode ser feito na prancheta como no computador deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai executar a peça Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa executar a peça Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho técnico ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça antes mesmo de executála Para tanto é necessário conhecer as normas 6 Catapan Strobel e Santana 2020 técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva EXERCÍCIOS 1 O que é Desenho Técnico 2 Qual é a finalidade do Desenho Técnico 3 Qual é a importância do Desenho Técnico 4 Quais são as modalidades de execução de Desenho Técnico 7 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 2 NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO ABNTDIN 21 ENTIDADES NORMALIZADORAS A seguir temos uma lista das principais entidades de normalização ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ASME Sociedade Americana de Engenharia Mecânica American Society of Mechanical Engeering ASTM Sociedade Americana para Testes e Materiais American Society for Testing and Materials BS Normas Britânicas British Standards DIN Instituto Alemão para Normalização Deutsches Institut für Normung ISO Organização Internacional para Normalização International Organization for Standardization JIS Normas da Indústria Japonesa Japan Industry Standards SAE Sociedade de Engenharia Automotiva Society of Automotive Engeering 22 PRINCIPAIS NORMAS NBR 10067 princípios gerais de representação em desenho técnico A NBR 10067 ABNT 1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico Normaliza o método de projeção ortográfica que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro a denominação das vistas a escolha das vistas vistas especiais cortes e seções e generalidades Em relação aos aspectos geométricos a NBR 1064789 define Desenho Projetivo Desenhos resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho Vistas Ortográficas figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto sobre planos convenientemente escolhidos de modo a representar com exatidão a forma do mesmo com seus detalhes Perspectivas figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto 8 Catapan Strobel e Santana 2020 Outras normas NBR são NBR 10068 Folha de desenho Layout e dimensões objetiva padronizar as dimensões das folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu layout com suas respectivas margens e legenda NBR 10582 apresentação da folha para desenho técnico normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho definindo a área para texto o espaço para desenho etc NBR 13142 desenho técnico dobramento de cópias Fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação em pastas NBR 8402 execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos NBR 8403 aplicação de linhas em desenhos tipos de linhas larguras das linhas NBR 8196 desenho técnico emprego de escalas NBR 12298 representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico NBR 10126 contagem em desenho técnico NBR 8404 indicação do estado de superfície em desenhos técnicos NBR 6158 sistema de tolerâncias e ajustes NBR 8993 representação convencional de partes roscadas em desenho técnico NBR 6402 Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas 23 GRAU DE ELABORAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS Esboço Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto podendo entretanto servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras Desenho preliminar Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto Croqui Desenho não obrigatoriamente em escala confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade Desenho definitivo Desenho integrante da solução final do projeto contendo os elementos necessários à sua compreensão 9 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 3 FORMATOS PADRÕES DE FOLHAS 31 TAMANHOS DE FOLHAS PADRONIZADAS PELA ISSO O primeiro tamanho é o formato A0 com dimensões de 841 X 1189 mm equivalente a 1 m2 de área sendo que os demais formatos originamse da bipartição sucessiva deste conforme figura a seguir FORMATO DIMENSÕES MARGEM COMPRIMENTO DA LEGENDA ESPESSURA LINHAS DAS MARGENS ESQUERDA OUTRAS A0 841 X 1189 25 10 175 14 A1 594 X 841 25 10 175 10 A2 420 X 594 25 10 178 07 A3 297 X 420 25 10 178 05 A4 210 X 297 25 5 178 05 10 Catapan Strobel e Santana 2020 Quando da necessidade de utilização de formatos fora dos padrões estabelecidos recomendase a escolha destes de tal forma que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão 32 QUADROS Nas dimensões das folhas deve haver um excesso de papel de 10 mm nos quatro lados e as margens ficam limitadas pelo contorno externo da folha e pelo quadro O quadro tem a finalidade de limitar o espaço para o desenho conforme figura abaixo As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro O quadro limita o espaço para o desenho Figura abaixo 11 Catapan Strobel e Santana 2020 33 LAYOUT DA FOLHA 34 ESPAÇO PARA DESENHO Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical a vista principal é inserida acima e à esquerda na área para desenho 35 ESPAÇO PARA TEXTO Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocadas no espaço para texto o espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de desenho quando o espaço para texto é colocado na margem inferior a altura varia conforme a natureza do serviço a largura do espaço de texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm o espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possível leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho conforme padrão A4 as seguintes informações devem conter no espaço para texto explanação identificação dos símbolos empregados no desenho instrução informações necessárias à execução do desenho referência a outros desenhos ou documentos que se façam necessários tábua de revisão histórico da elaboração do desenho com identificaçãoassinatura do responsável pela revisão data etc 36 LEGENDAS A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A0 A1 A2 A3 ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4 As legendas nos desenhos industriais as informações na legenda podem ser diferentes de uma empresa para outra em função das necessidades de cada uma Este é o espaço destinado à informações complementares ao desenho como identificação número de registro título origem escala datas assinaturas de execução verificação e aprovação número de peças quantidades denominação material e dimensão em bruto etc 12 Catapan Strobel e Santana 2020 Toda folha de desenho deve possuir no canto inferior direito um quadro destinado à legenda Este quadro deve conter o título do projetodesenho nome da empresa escalas unidades em que são expressas as informações número da folha caso o projeto tenha mais de uma folha e outras informações necessárias para sua interpretação Figura Exemplo de legenda Título Data DisciplinaTurma 2NA Escala Unidade Alunoa DisciplinaTurma 201XMA UFPR 11 Acima da legenda é construído o quadro de especificações ou NOTAS contendo quantidade denominação do objeto material acabamento superficial entre outros que se julgar necessário A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2 A3 e A4 e 175 mm nos formatos A0 e A1 37 DOBRAGEM DE FOLHAS Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta que EMPRESA X 13 Catapan Strobel e Santana 2020 possa ser consultada com facilidade sem necessidade de retirála da pasta e que a legenda estaja visível com o desenho dobrado As ilustrações a seguir mostram a ordem das dobras Primeiro dobrase na horizontal em sanfona depois na vertical para trás terminando a dobra com a parte da legenda na frente A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira possibilitando desdobrar o desenho sem retirar do arquivo Figura Dobragem de alguns formatos 14 Catapan Strobel e Santana 2020 38 LETRAS E ALGARISMOS A NBR 8402 ABNT 1994 normaliza as condições para a escrita usada em Desenhos Técnicos e documentos semelhantes Visa à uniformidade a legibilidade e a adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança Não é pois uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual SILVA 1987 A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras A pressão deve ser firme mas não deve criar sulcos no papel Segundo Silva 1987 a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 13 do comprimento do lápis aproximadamente Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente com lápis H bem apontado ou lapiseira 03mm com grafite H Estas pautas são constituídas de quatro linhas conforme Figura 12 As distâncias entre estas linhas e entre as letras são apresentadas na Figura 13 e tabela 04 a seguir 39 CALIGRAFIA TÉCNICA EXEMPLO DE PAUTAS PARA ESCRITA EM DESENHO TÉCNICO Figura características da forma de escrita Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Tabela Proporções e dimensões de símbolos gráficos NBR 8402 ABNT 1994 Características Relação Dimensões mm Altura das Letras Maiúsculas h 1010h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das Letras Minúsculas c 710h 25 35 5 7 10 14 15 Catapan Strobel e Santana 2020 Distância Mínima entre Caracteres a 210h 05 07 1 14 2 28 4 Distância Mínima entre Linhas de Base b 1410h 35 5 7 10 14 20 28 Distância Mínima entre Palavras e 610h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da Linha d 110h 025 035 05 07 1 14 2 A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical Figura 1 Forma da escrita vertical Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Figura 2 Forma da escrita inclinada Fonte NBR 8402 ABNT 1994 16 Catapan Strobel e Santana 2020 310 TIPOS DE LINHAS E SUAS APLICAÇÕES A NBR 8403 ABNT 1984 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes Tabela 05 e Figura 16 A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2 As larguras devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão escala e densidade de linhas do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200mm As larguras de traço 013 e 018 mm são utilizadas para originais em que a sua reprodução se faz em escala natural Figura Demonstração de alguns tipos de linhas 17 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Demonstração de alguns tipos de linhas Fonte NBR 8403 ABNT 1984 18 Catapan Strobel e Santana 2020 LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL Contínua larga A1 Contornos Visíveis A2 Arestas Visíveis Contínua estreita B1 Linhas de interseção imaginárias B2 Linhas de cotas B3 Linhas auxiliares B4 Linhas de chamada B5 Hachuras B6 Contornos de seções rebatidas na própria vista B7 Linhas de centro curtas Contínua estreita a mão livre 1 C1 Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se os limites não coincidir com linhas traço ponto Contínua estreita em ziguezague 1 D1 Esta linha destinase a desenho confeccionados por máquinas Tracejada larga 1 E1 Contornos não visíveis E2 Arestas não visíveis Tracejada estreita 1 F1 Contornos não visíveis F2 Arestas não visíveis G Traço e ponto estreita 1 G1 Linhas de centro G2 Linhas de simetrias G3 Trajetória Traço e ponto estreito larga nas extremidades e na mudança de direção H1 Planos de corte Traço e ponto larga J1 Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K Traço e dois pontos estreita K1 Contornos de peças adjacentes K2 Posição limite de peças móveis K3 Linhas de centro de gravidade K4 Cantos antes de formação K5 Detalhes situados antes do plano do corte Se existem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção 19 Catapan Strobel e Santana 2020 Em muitas situações ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo Nestas situações a representação pode ser tornada clara utilizandose algumas convenções que embora não normalizadas podem ser bastante úteis em particular para a realização e compreensão de esboços Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 128201996 mas os programas de CAD normalmente não as utilizam As convenções para a interseção de linhas são apresentadas na Tabela abaixo SILVA et al 2006 Tabela Interseção de linhas Descrição Correto Incorreto Quando uma aresta invisível termina perpendicularmente ou angularmente em relação a uma aresta visível toca a aresta visível Se existir uma aresta visível no prolongamento de uma aresta invisível então a aresta invisível não toca a aresta visível Quando duas ou mais arestas invisíveis terminam num ponto devem tocarse Quando uma aresta invisível cruza outra aresta visível ou invisível não deve tocála Quando duas linhas de eixo se interceptam devem tocarse Fonte Silva et al 2006 20 Catapan Strobel e Santana 2020 EXEMPLOS 21 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 4 ESCALAS Devese sempre que possível procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça para transmitir uma idéia melhor de sua grandeza Para componentes que são demasiadamente pequenos precisamos fazer ampliações que permitam a representação de todos os detalhes conforme norma No caso inverso isto é para peças de grande tamanho o desenho deve ter proporções menores sendo possível assim a sua execução dentro dos formatos padronizados A Norma NBR 8196 OUT 1983 define que a designação completa de uma escala deve consistir da palavra ESCALA seguida da indicação da relação como segue Escala é uma relação que se estabelece entre as dimensões de um objeto em verdadeira grandeza e aquelas que ele possui em um desenho 22 Catapan Strobel e Santana 2020 Observações independente do uso de escalas reduzidas ou ampliadas a cotagem sempre é feita com as medidas reais da peça A escala utilizada sempre deve ser escrita na legenda A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto a ser representado e da finalidade da representação Em todos os casos a escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada A escala e o tamanho do objeto em questão deverão decidir o formato da folha Figura Exemplos de peças em escala 23 Catapan Strobel e Santana 2020 A designação completa de uma escala deve consistir na palavra ESCALA seguida da indicação da relação a ESCALA 11 para escala natural b ESCALA X1 para escala de ampliação X 1 c ESCALA 1X para escala de redução X 1 41 INSTRUMENTOS DE DESENHO Pranchetas mesas para desenho construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado comumente verde por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos Régua paralela instrumento adaptável à prancheta funcionando através de um sistema de roldanas Tecnígrafo instrumento adaptável à prancheta reunindo num só mecanismo esquadro transferidor régua paralela e escala Régua T utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas horizontais ou em ângulo servindo ainda como base para manuseio dos esquadros Esquadros utilizados para traçar linhas normalmente fornecidos em pares um de 30º60º e um de 45º Transferidor instrumento destinado a medir ângulos Normalmente são fabricados modelos de 180º e 360º Escalímetro utilizada unicamente para medir não para traçar Compasso utilizado para o traçado de circunferências possuindo vários modelos cada qual com a sua função alguns possuindo acessórios como tira linhas e alongador para círculos maiores Curva francesa gabarito destinado ao traçado de curvas irregulares Gabaritos fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas círculos elipses específicos para desenhos de engenharia civil elétrica etc Lápis ou lapiseira atualmente as mais utilizadas são as lapiseiras com grafite de 05mm e 07mm de diâmetro Observações Para a disciplina de Desenho Técnico são necessários os instrumentos destacados em negrito Ou seja Esquadros um de 30º60º e um de 45º sem escala e de acrílico transparente recomendase tamanho de 200mm Transferidor simples Escalímetro régua boa Compasso muito bom evitar os de plástico simples Duas Lapiseiras 1ª com grafite 07 para o traçado dos 24 Catapan Strobel e Santana 2020 contornos da peça e a 2ª com grafite 05 para o traçado linhas auxiliares e de cotas Borracha branca e macia 42 MATERIAIS COMPLEMENTARES Flanela escova para limpeza fita adesiva borrachas e grafites para a reposição 43 GRAU DE DUREZA DOS GRAFITES A graduação dos grafites está mostrada na Tabela 1 Tabela 01 Grau de dureza dos grafites 9H a 4H 3H 2H e H F e HB B e 2B 3B 4B 5B e 6B extremamente duros duros médios macios macios a extremamente macios CAPÍTULO 5 25 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 5 VISTAS ORTOGRÁFICAS Utilizando o sistema de projeções cilíndricas ortogonais o matemático francês Gaspard Monge criou a Geometria Descritiva que serviu de base para o Desenho Técnico Utilizando dois planos perpendiculares um horizontal e outro vertical ele dividiu o espaço em quatro partes denominados diedros Um objeto colocado em qualquer diedro terá as suas projeções horizontal e vertical Figura 51 Como o objetivo é visualizar o objeto num só plano o desenho é denominado épura ou planificação do diedro que consiste na rotação do plano horizontal de modo que a parte anterior do coincida com a parte inferior de enquanto o plano vertical permanece imóvel figura 52 A linha determinada pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de Terra LT Figura 51 Representação das projeções de um objeto no 1º e 3º diedros 26 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 42 Representação das épuras dos objetos da figura anterior Podese citar algumas diferenças entre a Geometria Descritiva e o Desenho Técnico Na Geometria Descritiva duas projeções são suficientes para representar um objeto recorrendo raramente ao plano de perfil isto se deve ao fato de utilizarmos letras na identificação dos vértices e arestas dos objetos representados Já no Desenho Técnico esta identificação tornase impraticável utilizandose normalmente uma terceira projeção para definir de modo inequívoco a forma dos objetos A segunda distinção é encontrada no posicionamento do objeto Em Desenho Técnico o objeto é colocado com suas faces principais paralelas aos planos de projeção de modo a obtêlas em verdadeira grandeza VG na projeção em que seja paralela O mesmo não ocorre com a Geometria Descritiva onde se resolvem problemas de representação com objetos colocados em qualquer posição relativa aos planos de referência Define a Norma Técnica Brasileira NBR ISO 102092 2005 que o termo Representação ortográfica significa projeções ortogonais de um objeto posicionado normalmente com suas faces principais paralelas aos planos coordenados sobre um ou mais planos de projeção coincidentes ou paralelos aos planos coordenados Estes planos de projeção são convenientemente rebatidos sobre a folha de desenho de modo que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si As vistas de um objeto habitualmente são obtidas sobre três planos perpendiculares entre si um vertical um horizontal e outro de perfil que definem um triedro triretângulo como sistema de referência 27 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 6 DIEDROS Atualmente a maioria dos países que utilizam o método de representação por diedros adotam a projeção ortogonal no 1º diedro No Brasil a ABNT recomenda a representação no 1º diedro Entretanto alguns países como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá representam seus desenhos técnicos no 3º diedro No 1º Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção No 3º Diedro o plano de projeção se situa entre o objeto e o observador Esses símbolos aparecem no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos dentro da Legenda A seguir serão mostradas as diferenças de representações de desenhos em 1º e 3º diedro 1º Diedro 3º Diedro 61 REPRESENTAÇÃO NO 1º DIEDRO No 1º diedro o objeto está entre o observador e o plano de projeção Na Figura 61 podemos verificar três vistas ortográficas de um mesmo objeto que está disposto de modo a satisfazer a condição de paralelismo de duas faces com os três planos do triedro Essas três vistas ortográficas habituais que garantem a univocidade da representação do objeto são denominadas vista frontal VF vista superior VS e vista lateral esquerda VLE Planificase esta representação rebatendo o plano horizontal e o de perfil sobre o plano vertical O sistema de projeção no 1º diedro é conhecido como Método Alemão ou Método Europeu É adotado pela norma alemã DIN Deutsches Institut für Normung e também pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 28 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 61 Projeção de um objeto no 1º diedro Em casos muito esporádicos de peças complicadas pode recorrerse a mais planos de projeção para representar mais vistas além das habituais VF VS VL correspondendo a envolver a peça em um paralelepípedo de referência triedro triretângulo fechado que é posteriormente aberto e rebatido Obtêmse assim seis vistas do objeto Figura 62 Figura 62 Projeção no 1º diedro 29 Catapan Strobel e Santana 2020 A projeção de um objeto no primeiro diedro corresponde à representação ortográfica compreendendo o arranjo em torno da vista principal de um objeto de algumas ou de todas as outras cinco vistas desse objeto Com relação à vista principal vista frontal as demais vistas são organizadas da seguinte maneira a vista superior VS fica abaixo a vista inferior VI fica acima a vista lateral esquerda VLE fica à direita a vista lateral direita VLD fica à esquerda e a vista posterior VP fica à direita ou à esquerda conforme conveniência Figura 63 Figura 63 Exemplo das seis vistas ortográficas possíveis de uma peça no 1º diedro A projeção horizontal VS ou VI fornece a largura e a profundidade a vertical VF ou VP fornece a largura e a altura e a de perfil VLD ou VLE fornece a profundidade e a altura 30 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 64 Forma de Projeção no 1º Diedro das vistas principais Figura 65 Como definir as vistas em uma perspectiva isométrica 31 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 66 Como projetar as vistas através de uma perspectiva isométrica Quando a vista oposta a uma habitual for idêntica a esta ou totalmente desprovida de detalhes não é necessária a sua representação bastando a vista habitual No caso de sólidos assimétricos é necessário apresentar as vistas opostas às habituais ou recorrer a outro tipo de representação convencional como cortes seções ou vistas auxiliares Se o objeto possuir faces inclinadas em relação aos planos do paralelepípedo de referência e é necessário representar a verdadeira grandeza dessas faces deverão ser utilizados planos de projeção auxiliares paralelos àquelas faces e rebatidos sobre os planos habituais de referência 62 REPRESENTAÇÃO NO 3º DIEDRO No 3º diedro o plano de projeção está situado entre o observador e o objeto O sistema de projeção no 3º diedro Figura 67 é conhecido como Método Americano e é adotado pela norma americana ANSI American National Standards Institute 32 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 67 Projeção de um objeto no 3º diedro Com relação à vista principal a vista frontal as demais vistas são organizadas da seguinte maneira a vista superior fica acima a vista inferior fica abaixo a vista lateral esquerda fica à esquerda a vista lateral direita fica à direita e a vista posterior fica à direita ou à esquerda conforme conveniência Figura 68 Figura 68 Projeção no 3º diedro A diferença fundamental entre os dois métodos está na posição das vistas Figura 69 sendo a vista frontal a principal A vista de frente também é chamada de elevação e a superior de planta 33 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 69 Exemplo das vistas ortográficas no sistema europeu e no sistema americano 63 OBTENÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS O objeto é colocado no interior do triedro triretângulo para obter suas vistas A vista de frente deve ser a principal Esta vista comanda a posição das demais É conveniente que se faça uma análise do objeto com o objetivo de escolher a melhor posição para a vista de frente A escolha da vista de frente deve ser a Aquela que mostre a forma mais característica do objeto b A que indique a posição de trabalho do objeto ou seja como ele é encontrado isoladamente ou num conjunto c Se os critérios anteriores forem insuficientes escolhese a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor número de linhas invisíveis nas outras vistas Em Desenho Técnico não se representam nem a linha de terra nem o traço do plano de perfil Porém devem ser obedecidas as regras de posicionamento relativo das vistas decorrentes da teoria de dupla projeção ortogonal e do rebatimento dos planos de referência Para obter as vistas de um objeto inicialmente são comparadas as dimensões de largura altura e profundidade para a escolha da posição vertical ou 34 Catapan Strobel e Santana 2020 horizontal do papel Efetuase então a representação das vistas necessárias do objeto de acordo com suas dimensões Figura 610 Figura 610 Vistas ortográficas de um objeto no 1º diedro O objeto representado na Figura 610 possui uma face que não é paralela a nenhum dos planos de referência e portanto nas suas vistas não aparece a verdadeira grandeza da mesma Os objetos agora estarão sendo representados apenas no 1º diedro Em Geometria Descritiva constroemse as figuras ponto por ponto em função das respectivas coordenadas abscissa afastamento e cota referidas aos planos de projeção Em Desenho Técnico devido à regularidade dos objetos habitualmente representados utilizamse para construir as vistas suas próprias dimensões tomadas paralelamente aos planos de projeção e tendo como referência as faces ou eixos de simetria do próprio objeto Figura 611 35 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 611 Vistas ortográficas de um objeto em Desenho Técnico no 1º diedro Na obtenção das vistas os contornos e arestas visíveis são desenhados com linha contínua larga As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo observador por estarem ocultos pelas partes que ficam à frente são representados por linhas tracejadas largas ou estreitas Com a utilização de linhas tracejadas para aresta invisíveis evitase normalmente com essa convenção a necessidade de representação de duas vistas opostas de um mesmo contorno quando o objeto não for simétrico Figura 612 As linhas de centro são eixos de simetria que posicionam o centro de furos ou detalhes com simetria radial elas são representadas pelo tipo de linha de traço e ponto estreita Figura 612 Vistas de um objeto onde na lateral esquerda há uma aresta invisível no 1º diedro 36 Catapan Strobel e Santana 2020 A representação da vista oposta a uma vista habitual é necessária quando a quantidade e a complexidade dos detalhes invisíveis e sua coincidência parcial com linhas visíveis impedem uma fácil identificação dos mesmos 64 EVITAR VISTAS REDUNDANTES 37 Catapan Strobel e Santana 2020 65 ANÁLISE DA FORMA DOS OBJETOS Todos os objetos podem ser considerados como compostos de sólidos geométricos elementares tais como prismas cilindros cones etc utilizados de maneira positiva adicionados ou negativa subtraídos Figuras 613 e 614 Antes de representar um objeto por meio de suas vistas ortográficas devese analisar quais os sólidos geométricos elementares que adicionados ou subtraídos levam à sua obtenção As vistas ortográficas desse objeto serão desenhadas obedecendo aquela sequência de operações de montagem ou corte 38 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 613 Objeto composto de maneira positiva Figura 614 Objeto composto de maneira negativa 66 LEITURA DE VISTAS ORTOGRÁFICAS A representação de um objeto no sistema de vistas ortográficas somente será compreendida de modo inequívoco se cada vista for interpretada em conjunto e coordenadamente com as outras A leitura das vistas ortográficas é muito auxiliada pela aplicação de três regras fundamentais 1ª Regra do alinhamento as projeções de um mesmo elemento do objeto nas vistas adjacentes estão sobre o mesmo alinhamento isto é sobre a mesma linha de chamada Figura 615 2ª Regra das figuras contíguas as figuras contíguas de uma mesma vista correspondem a faces do objeto que não podem estar situadas no mesmo plano Figura 616 3ª Regra da configuração uma face plana do objeto projetase com a sua configuração ou como um segmento de reta No primeiro caso a face é inclinada ou paralela ao plano de projeção e no segundo caso é perpendicular a ele Figura 617 39 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 615 Regra do alinhamento das vistas ortográficas de um objeto Figura 616 Regra das figuras contíguas das vistas ortográficas de um objeto Figura 617 Regra da configuração das projeções de uma face de um objeto Além dessas três regras básicas é útil saber que usando as projeções no 1º diedro qualquer detalhe voltado para o observador numa determinada vista aparecerá mais afastados dela em uma vista adjacente Se as projeções forem executadas no 3º diedro o mesmo detalhe estará mais próximo 40 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE VISTAS ORTOGRÁFICAS 1 Numere as projeções ortogonais correspondentes a cada perspectiva 41 Catapan Strobel e Santana 2020 42 Catapan Strobel e Santana 2020 2 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 43 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 44 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 45 Catapan Strobel e Santana 2020 5 Escreva nos modelos representados em perspectiva isométrica as letras dos desenhos técnicos que correspondem às suas faces 46 Catapan Strobel e Santana 2020 6 Escreva nas projeções ortográficas as letras que correspondem as letras dadas na Perspectiva Isométrica ao lado 47 Catapan Strobel e Santana 2020 7 Para cada peça em projeção há quatro perspectivas porém só uma é correta Assinale com X a perspectiva que corresponde à peça 48 Catapan Strobel e Santana 2020 49 Catapan Strobel e Santana 2020 8 Procure entre as projeções abaixo as vistas frontal e superior que se relacionam entre si e anote os números correspondentes No exemplo abaixo encontrase a perspectiva da peça representada pelas projeções 1 e 15 50 Catapan Strobel e Santana 2020 9 Procure entre as projeções abaixo as vistas frontal e lateral esquerda que se relacionam entre si e anote os números correspondentes Nos exemplos abaixo encontrase a perspectiva da peça representada pelas projeções 1 e 14 1 14 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 51 Catapan Strobel e Santana 2020 10 Qual vista frontal representa corretamente a perspectiva dada 52 Catapan Strobel e Santana 2020 11 Qual vista superior representa corretamente o objeto 53 Catapan Strobel e Santana 2020 12 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLE a b c 54 Catapan Strobel e Santana 2020 d d e f 55 Catapan Strobel e Santana 2020 g h i j 56 Catapan Strobel e Santana 2020 k l m n 57 Catapan Strobel e Santana 2020 13 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLD a b c d 58 Catapan Strobel e Santana 2020 14 Analisando as projeções completar o que falta nas vistas ortográficas a b e f 59 Catapan Strobel e Santana 2020 15 Desenhar mais uma vista de cada objeto 60 Catapan Strobel e Santana 2020 61 Catapan Strobel e Santana 2020 16 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLE a b 1 2 3 1 2 3 62 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 7 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO NBR 10126 A NBR 10126 ABNT 1987 Versão Corrigida 1998 tem como objetivo fixar os princípios gerais de cotagem através de linhas símbolos notas e valor numérico numa unidade de medida As recomendações na aplicação de cotas são Cotagem completa para descrever de forma clara e concisa o objeto Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as cotas sem o emprego do símbolo Evitar a duplicação de cotas cotar o estritamente necessário Sempre que possível evitar o cruzamento de linhas auxiliares com linhas de cotas e com linhas do desenho A cotagem deve se dar na vista ou corte que represente mais claramente o elemento Os elementos gráficos para a representação da cota são Figura 71 Linha de cota Linha auxiliar Limite da linha de cota seta ou traço oblíquo Valor numérico da cota Figura 71 Elementos de cotagem 63 Catapan Strobel e Santana 2020 As linhas auxiliares e de cotas devem ser desenhadas como linhas estreitas contínuas A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar Quando houver espaço disponível as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota Quando o espaço for limitado as setas podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota Figura 72 Figura 72 Elementos de cotagem 71 EXEMPLOS DE COTAGEM A linha auxiliar deve ser perpendicular ao elemento dimensionado mas se necessário poderá ser desenhada obliquamente a este aprox 60º porém paralelas entre si Figura 73 Linha auxiliar oblíqua ao elemento dimensionado Fonte NBR 10126 ABNT 1987 64 Catapan Strobel e Santana 2020 A linha de cota não deve ser interrompida mesmo que o elemento o seja Figura 74 Cotagem em elemento interrompido A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos Somente uma indicação deve ser usada num mesmo desenho entretanto se o espaço for pequeno outra forma pode ser utilizada As indicações são as seguintes a seta é desenha com linhas curtas formando ângulos de 15 A seta pode ser aberta ou fechada preenchida o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45 Figura 75 Indicações dos limites de linha de cota Eixos linhas de centro arestas e contornos de objetos não devem ser usados como linha de cota exceção aos desenhos esquemáticos Figura 76 Cotagem de diâmetro de circunferência 65 Catapan Strobel e Santana 2020 As cotas de cordas arcos e ângulos devem ser como mostra a Figura 77 Figura 77 Cotagem de cordas arcos e ângulos Em grandes raios onde o centro esteja fora dos limites disponíveis para cotagem a linha de cota deve ser quebrada Figura 78 Cotagem de raios de arcos de circunferência A linha de centro e a linha de contorno não devem ser usadas como linha de cota porém podem ser usadas como linha auxiliar A linha de centro quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto 66 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 79 Linha de centro usada como linha auxiliar São utilizados símbolos para identificação de elementos geométricos tais como diâmetro raio R quadrado Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente identificada As cotas devem ser localizadas de tal modo que não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho Método 1 as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada conforme mostra a Figura a seuir As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base eou lado direito do desenho Figura 710 Localização das cotas no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura 711 67 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 712 Localização das cotas em linhas de cotas inclinadas no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na figura 713 Figura 713 Cotagem angular no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Método 2 as cotas devem ser lidas da base da folha de papel As linhas de cotas devem ser interrompidas preferivelmente no meio para inscrição da cota Figura 714 Localização das cotas no método 2 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 68 Catapan Strobel e Santana 2020 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na Figura 715 Figura 715 Cotagem angular no método 2 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Observação Em Desenho Técnico Mecânico o método mais utilizado é o 1 salvo situações com cotagem de chapas metálicas Ou seja o que será utilizado em nossos desenhos sempre será este método mostrado abaixo Outro método de cotagem será considerado errado em nossa disciplina Figura 716 Cotagem Representado em Desenho Técnico Mecânico 72 MAIS EXEMPLOS DE COTAGEM 69 Catapan Strobel e Santana 2020 73 COTAGEM EM SÉRIE O próprio nome já diz utilizase um vértice como referência geralmente no canto inferior esquerdo para iniciar a cotagem e as novas cotas são inseridas a partir das cotas já existentes Conforme mostrado na figura a seguir O problema é que pode gerar uma sequência de pequenos erros somando se um erro fora do previsto no projeto 70 Catapan Strobel e Santana 2020 74 COTAGEM UTILIZANDO FACES DE REFERÊNCIA 75 SEQÜENCIA DE COTAGEM 71 Catapan Strobel e Santana 2020 Observação É importante salientar que sempre se deve evitar a cotagem de linhas tracejadas ou seja de arestas não visíveis Nesse caso deve ser representado em alguma projeção da vista Conforme visto acima 72 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS 2 Observe as perspectivas isométricas e escreva as cotas nas projeções ortográficas a 73 Catapan Strobel e Santana 2020 b c 74 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Desenhe à mão livre as projeções da peça abaixo VF VLE e VS colocando eixos de simetria quando necessário e fazendo a cotagem 75 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Com o auxílio dos instrumentos represente as três vistas ortográficas dos objetos VF VS e VLE a Escala 51 b Escala 21 76 Catapan Strobel e Santana 2020 c Escala 11 d Escala 11 e Escala 11 77 Catapan Strobel e Santana 2020 f Escala 101 g Escala 101 h Escala 11 78 Catapan Strobel e Santana 2020 i Escala 11 apenas a Vista Frontal e Superior 79 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 8 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS Os sólidos geométricos têm três dimensões comprimento largura e altura Embora existam infinitos sólidos geométricos apenas alguns que aprestam determinadas propriedades são estudados pela geometria Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por superfícies que os limitam E essas superfícies podem ser planas ou curvas Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas temos os prismas o cubo e as pirâmides Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies curvas temos o cilindro o cone e a esfera que são também chamados de sólidos de revolução É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque por mais complicada que seja a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes 81 PRISMA O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos Ele é constituído de vários elementos Para quem lida com desenho técnico é muito importante conhecê los bem Vejam quais são eles nesta ilustração 80 Catapan Strobel e Santana 2020 82 PIRÂMIDES A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos Outra maneira de imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um polígono qualquer a um ponto P do esboço 83 SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO São chamados sólidos de revolução os sólidos geométricos formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo O cilindro o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução 84 CILINDRO É o sólido geométrico formado pela revolução de um retângulo em torno de um de seus lados 85 CONE 81 Catapan Strobel e Santana 2020 Cone é o sólido gerado pela revolução de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos que se confunde com o eixo 86 ESFERA É o sólido limitado por superfície curva cujos pontos são eqüidistantes de um ponto inferior chamado centro O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos 82 Catapan Strobel e Santana 2020 87 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS TRUNCADOS Quando um sólido geométrico é cortado por um plano resultam novas figuras geométricas os sólidos geométricos truncados Veja alguns exemplos de sólidos truncados com seus respectivos nomes 88 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS VAZADOS Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométricos vazados 89 TERMOS TÉCNICOS O uso de termos técnicos dentro da área mecânica mais especificamente dentro do desenho técnico é muito importante pois exprime situações de usinagem e montagem de conjuntos mecânicos Os mais comuns são 83 Catapan Strobel e Santana 2020 84 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 9 PERSPECTIVAS Quando olhamos para um objeto temos a sensação de profundidade e relevo As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano pois transmite a idéia de três dimensões comprimento largura e altura O desenho para transmitir essa mesma idéia precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica a perspectiva Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo Existem diferentes tipos de perspectiva Veja como fica a representação de um cubo em três tipos diferentes de perspectiva Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito Comparando as três formas de representação você pode notar que a perspectiva isométrica È a que dá idéia menos deformada do objeto Isso quer dizer mesma métrica quer dizer medida A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento da largura e da altura do objeto representado Além disso o traçado da perspectiva isométrica é relativamente simples Por essas razões neste curso você estudará esse tipo de perspectiva 91 PERSPECTIVAS CÔNICA É um sistema perspectivo fundamentado na projeção cônica do objeto sobre um quadro transparente Corresponderia a desenhar sobre a lâmina de vidro a imagem do objeto mantendo o olho imóvel num ponto ponto de vista 85 Catapan Strobel e Santana 2020 Conforme o cubo tiver nenhuma uma ou duas das suas três direções fundamentais paralelas ao quadro a respectiva projeção cônica terá três dois ou apenas um ponto de fuga Este sistema implica em construções geométricas bastante complexas exigindo normalmente o uso de desenho instrumental em conseqüência a transformação das medidas do espaço para as medidas do plano e viceversa não pode ser feita de modo simples e imediato Por isso em Desenho Técnico e especialmente no esboço à mão livre é utilizada com mais freqüência os sistemas de perspectivas paralelas que não apresentam os inconvenientes mencionados acima Como o nome indica esses sistemas que serão tratados à seguir fundamentamse nas projeções paralelas cilíndricas em que todas as linhas do feixe projetante são paralelas Exemplo de Imagem com dois pontos de fuga 86 Catapan Strobel e Santana 2020 92 PERSPECTIVAS CAVALEIRA É o sistema perspectivo obtido quando o feixe paralelo cilíndrico de projetantes é oblíquo em relação ao quadro sendo colocada paralelamente ao mesmo a face mais importante do objeto No desenho sobre a lâmina de vidro é obtida uma projeção oblíqua quando o olho é movido ao mesmo tempo em que a ponta do lápis de maneira a que as visuais que unem cada ponto do objeto ao correspondente ponto do desenho e ao olho sejam sempre paralelas entre si e a uma direção oblíqua em relação ao vidro Na realidade as faces do cubo paralelas ao quadro permanecem em verdadeira grandeza enquanto as arestas perpendiculares ao quadro se projetam inclinadas sofrendo uma certa deformação TIPOS Coeficiente de Redução das Escalas dos Eixos Largura Altura Profundidade Cavaleira 30o 1 1 2 3 Cavaleira 45o 1 1 1 2 Cavaleira 60o 1 1 1 3 93 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA 931 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA Em quase todos os usos práticos do sistema isométrico não se considera a redução que sofrem as linhas marcandose sobre os eixos seus comprimentos reais Assim teremos uma figura com uma forma exatamente igual mas um pouco maior na proporção de 1 para 23 linear e seu volume de 100m3 para 123m3 figura a seguir 87 Catapan Strobel e Santana 2020 932 TRAÇADO DA PERSPERCTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA EIXOS ISOMÉTRICOS O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi retas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120 Essas semiretas assim dispostas recebem o nome de eixos isométricos Cada uma das semiretas é um eixo isométrico Os eixos isométricos podem ser representados em posições variadas mas sempre formando entre si ângulos de 120 Neste curso os eixos isométricos serão representados sempre na posição indicada na figura anterior O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos 88 Catapan Strobel e Santana 2020 933 LINHA ISOMÉTRICA Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica Observe a figura a seguir 934 TRAÇANDO A PERSPECTIVA ISOMÉTRICA Dadas as vistas principais de um objeto partese de um ponto que representa o vértice O do sólido envolvente e traçamse os três eixos que farão entre si ângulos de 120º Em seguida constróise o paralelepípedo envolvente do sólido com as maiores dimensões de largura altura e profundidade segundo a visibilidade desejada para os três planos Analisando as vistas ortográficas fazemse cortes no sólido envolvente de acordo com as formas e dimensões dadas nas referidas vistas adaptando separadamente cada vista no seu plano até que se tenha o objeto desejado Figura abaixo As linhas ocultas não são habitualmente representadas em perspectiva 89 Catapan Strobel e Santana 2020 Construção da perspectiva isométrica simplificada de um objeto 94 TRAÇANDO A PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE UM PRISMA PASSO APASSO O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresentadas separadamente Na prática porém elas são traçadas em um mesmo desenho Em cada nova fase você deve repetir todos os procedimentos anteriores 1 fase Trace levemente os eixos isométricos e indique o comprimento a largura e a altura sobre cada eixo tomando como base as medidas aproximadas do prisma representado na figura anterior 2 fase A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a altura trace duas linhas isométricas que se cruzam Assim ficará determinada a face da frente do modelo 90 Catapan Strobel e Santana 2020 3 fase Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a largura Assim ficará determinada a face superior do modelo 4 fase E finalmente você encontrará a face lateral do modelo Para tanto basta traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a largura e a altura 5 fase conclusão Apague os excessos das linhas de construção Depois é só reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do prisma retangular 95 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS PARALELOS A forma do prisma com elementos paralelos deriva do prisma retangular Por isso o traçado da perspectiva do prisma com elementos paralelos parte da perspectiva do prisma retangular ou prisma auxiliar O traçado das cinco fases será baseado no modelo prismático indicado a seguir 91 Catapan Strobel e Santana 2020 1 fase Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizando as medidas aproximadas do comprimento largura e altura do prisma com rebaixo 2 fase Na face da frente marque o comprimento e a profundidade do rebaixo e trace as linhas isométricas que o determinam 3 fase Trace as linhas isométricas que determinam a largura do rebaixo Note que a largura do rebaixo coincide com a largura do modelo 4 fase Complete o traçado do rebaixo 5 fase conclusão Finalmente apague as linhas de construção e reforce os contornos do modelo 96 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS OBLÍQUOS Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos Observe os elementos dos modelos abaixo 92 Catapan Strobel e Santana 2020 Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos eixos isométricos Nas figuras anteriores os segmentos de reta AB CD EF GH IJ LM NO PQ e RS são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos O traçado da perspectiva isométrica de modelos prismáticos com elementos oblíquos também será demonstrado em cinco fases O modelo a seguir servir de base para a demonstração do traçado O elemento oblíquo deste modelo chamase chanfro 1 fase Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizando as medidas aproximadas do comprimento largura e altura do prisma chanfrado 2 fase Marque as medidas do chanfro na face da frente e trace a linha não isométrica que determina o elemento 93 Catapan Strobel e Santana 2020 3 fase Trace as linhas isométricas que determinam a largura do chanfro 4 fase Complete o traçado do elemento 5 fase Agora é só apagar as linhas de construção e reforçar as linhas de contorno do modelo 97 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DO CÍRCULO Um círculo visto de frente tem sempre a forma redonda Entretanto quando giramos o círculo Imprimimos um movimento de rotação ao círculo ele aparentemente muda pois assume a forma de uma elipse Para obter a perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferências utilizamos a chamada elipse isométrica Uma circunferência pode ser inscrita num quadrado e esse ao ser perspectivado transformase num losango que terá uma elipse inscrita Para executar o desenho isométrico das circunferências são executadas as seguintes etapas 94 Catapan Strobel e Santana 2020 1 Desenhase o quadrado ABCD que circunscreve a circunferência Traçamse os eixos isométricos e marcamse os lados do quadrado nos eixos Temse agora o losango ABCD Figura abaixo Figura Etapa 1 da construção da perspectiva isométrica de uma circunferência 2 Marque os pontos médios nas arestas conforme a figura a seguir a entre A e B gerando o ponto E b entre B e C gerando o ponto F c entre C e D gerando o ponto G d entre B e A gerando o ponto H Figura Etapa 2 da construção dos pontos médios da PI de uma circunferência 3 Através dos vértices de maior ângulo 120º trace uma reta até os pontos opostos a do ponto A até o ponto F b do ponto A até o ponto G c do ponto C até o ponto H d do ponto C até o ponto E 95 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Etapa 2 da construção da perspectiva isométrica de uma circunferência 4 Com a ponta seca do compasso nos vértices de maior ângulo 120º neste caso no C e A traçamse os arcos HE e GF respectivamente Figura Etapa 3 da construção dos arcos maiores de uma circunferência em PI 5 Após o passo anterior são gerados os pontos I e J que são os cruzamentos das retas feitas na etapa 3 Com centro pontaseca nos pontos I e J traçamse os arcos EF e HG completando a elipse isométrica 96 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Etapa 5 da construção dos arcos menores de uma circunferência em PI Obs O que é importante salientar antes de iniciar esses passos devese achar o centro do furo e desenhar o quadrado isométrico O procedimento é o mesmo qualquer que seja o plano utilizado Notem na figura abaixo os sentidos das elípses Figura Representação da perspectiva isométrica de circunferências 97 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIO Represente o desenho em perspectiva isométrica em Escala 11 Lembrese que para fazer o furo em perspectiva é necessário antes fazer o quadrado isométrico com as arestas do tamanho do diâmetro do furo 98 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 10 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS CIRCULARES E ARREDONDADOS Os modelos prismáticos com elementos circulares e arredondados também podem ser considerados como derivados do prisma O traçado da perspectiva isométrica desses modelos também parte dos eixos isométricos e da representação de um prisma auxiliar que servirá como elemento de construção O tamanho desse prisma depende do comprimento da largura e da altura do modelo a ser representado em perspectiva isométrica Mais uma vez o traçado será demonstrado em cinco fases Acompanhe atentamente cada uma delas e aproveite para praticar no reticulado da direita Observe o modelo utilizado para ilustrar as fases Os elementos arredondados que aparecem no modelo têm forma de semicírculo Para traçar a perspectiva isométrica de semicírculos você precisa apenas da metade do quadrado auxiliar 99 Catapan Strobel e Santana 2020 1 fase Trace o prisma auxiliar respeitando o comprimento a largura e a altura aproximados do prisma com elementos arredondados 2 fase Marque na face anterior e na face posterior os semiquadrados que auxiliam o traçado dos semicírculos 3 fase Trace os semicírculos que determinam os elementos arredondados na face anterior e na face posterior do modelo 4 fase Complete o traçado das faces laterais 5 fase Apague as linhas de construção e reforce o contorno do traçado 100 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 11 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS DIVERSOS Na prática você encontrará peças e objetos que reúnem elementos diversos em um mesmo modelo Veja alguns exemplos Os modelos acima apresentam chanfros rebaixos furos e rasgos Com os conhecimentos que você já adquiriu sobre o traçado de perspectiva isométrica é possível representar qualquer modelo prismático com elementos variados Isso ocorre porque a perspectiva isométrica desses modelos parte sempre de um prisma auxiliar e obedece à seqüência de fases do traçado que você já conhece VISUALIZAÇÃO DOS OBJETOS Os eixos isométricos poderão ocupar várias posições de modo a representar o objeto de qualquer ângulo Figura a seguir Figura Posição dos eixos isométricos 101 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura em forma de projeção ortogonal Não uma regra que determina quais eixos deve estar correlacionada para formar vista perspectiva isométrica Por conveniência usase a vista posicionamento que demonstra o maior número de detalhes da peça A seguir mostra como se deve iniciar qualquer desenho em Perspectiva Isométrica 102 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA 1 Construir a Perspectiva Isométrica das peças dadas a Escala 21 b Escala 21 c Escala 21 103 Catapan Strobel e Santana 2020 d Escala 11 e Esacala 21 d Escala 21 104 Catapan Strobel e Santana 2020 e Escala 21 f Escala 21 g Escala 21 105 Catapan Strobel e Santana 2020 h Escala 21 i Escala 11 j Escala 11 106 Catapan Strobel e Santana 2020 k Escala 11 l Escala 11 m Escala 21 107 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 12 VISTAS AUXILIARES A Figura 121 mostra as três vistas principais de um objeto com superfície inclinada podese observar que em nenhuma das três vistas aparece em verdadeira grandeza a parte inclinada do objeto Figura 121 Vistas ortográficas de um objeto com superfície inclinada Fonte httpwwweeluspbr A representação da verdadeira grandeza de uma superfície inclinada só será possível fazendo a sua projeção ortogonal em um plano paralelo à parte inclinada como mostra a Figura 122 108 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 122 Projeção ortogonal de um objeto num plano paralelo à superfície inclinada Fonte httpwwweeluspbr A Figura 123 mostra um exemplo de uma peça que possui uma superfície inclinada e onde foi acrescentado um plano de projeção paralelo a essa face de modo a representála em verdadeira grandeza Figura 123 Vista auxiliar de um objeto para identificar a VG de sua superfície inclinada Como o desenho técnico tem como objetivo representar com clareza as formas espaciais dos objetos não tem sentido prático desenhar as partes das vistas que aparecem com dimensões fora das suas verdadeiras grandezas Desta forma a ABNT recomenda a utilização de vistas parciais limitadas por linhas de rupturas 109 Catapan Strobel e Santana 2020 que representam somente as partes que aparecem as formas verdadeiras dos objetos conforme mostram as Figuras 123 e 124 Figura 124 Utilização de vistas parciais em vistas auxiliares Fonte httpwwweeluspbr As vistas auxiliares como são localizadas em posições diferentes das posições resultantes das vistas principais devem ter o sentido de observação indicado por uma seta designada por uma letra que será usada para identificar a vista resultante daquela direção A Figura 125 mostra que as vistas auxiliares além de representarem a forma do objeto com maior clareza permitem que as cotas sejam referenciadas em verdadeiras grandezas nas dimensões cotadas Figura 125 Cotagem em vistas auxiliares Fonte httpwwweeluspbr 110 Catapan Strobel e Santana 2020 Na Figura 126 são mostradas duas representações Na primeira Figura 126a o objeto está representado por meio de suas vistas frontal superior lateral esquerda e lateral direita não sendo possível representar a verdadeira grandeza de alguns detalhes da peça E na segunda Figura 126b são utilizados planos auxiliares de projeção paralelos a estes detalhes de modo a representálos em sua verdadeira grandeza Portanto a maneira correta de representar o objeto da Figura 126 é utilizando a segunda forma Figura 126 Representação desaconselhável esquerda e correta direita fazendo uso de planos auxiliares de projeção vistas auxiliares EXERCÍCIOS DE VISTAS AUXILIARES 1 Representar o objeto por meio da vista frontal VF da vista superior parcial VSP e da vista auxiliar VA do detalhe inclinado 111 Catapan Strobel e Santana 2020 2 Representar o objeto por meio da vista frontal VF e de vistas auxiliares 1 e 2 VA1 e VA2 dos detalhes inclinados 3 Representar o objeto por meio da vista frontal VF vista superior VS e de uma vista auxiliar dos detalhes inclinados a 112 Catapan Strobel e Santana 2020 b 113 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Representar o objeto por meio da vista frontal VF vista superior VS e de vistas auxiliares 1 e 2 VA1 e VA2 dos detalhes inclinados a 114 Catapan Strobel e Santana 2020 b 115 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 13 CORTE Significa divisão separação Em desenho técnico o corte de uma peça é sempre imaginário Ele permite ver as partes internas da peça 131 HACHURA Na posição em corte a superfície imaginada cortada é preenchida com hachuras Elas são linhas estreitas que além de representarem a superfície imaginada cortada mostram também os tipos de materiais Figura 131 Maneira mais apropriada de representar hachura 116 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 132 Hachuras para diferentes materiais NBR 12298 Segundo a NBR 12298 as Hachuras são formadas por linhas inclinadas a 45º em relação às linhas principais do contorno ou eixos de simetria Figura 133 Representação da hachura a 45º Contudo deverá ser evitada a aplicação de uma direção paralela à de alguma aresta contida na envolvente da seção Figura 134 Exemplos de hachura diferente de 45º 117 Catapan Strobel e Santana 2020 Em caso de peças montadas onde é necessário a diferenciação das hachuras para a identificação de peças essas devem figurar com hachuras diferindo pela direção angulação ou pelo espaçamento Figura 135 Exemplos de hachura em peças montadas É importante destacar que as linhas que representam as arestas não visíveis não precisam ser representadas nas vistas de cortes em alguns casos principalmente se essas estão na mesma área onde das hachuras Figura 136 Exemplos de representações de linhas não visíveis em vistas de corte 118 Catapan Strobel e Santana 2020 QUANDO DEVEMOS USAR 132 EXEMPLOS DE CORTES As Figuras 137 138 e 139 apresentam cortes nas vistas frontal superior e lateral esquerda respectivamente A disposição dos cortes segue a mesma disposição das vistas ortográficas Figura 137 Corte realizado na vista frontal Fonte Rosado V O G 2005 119 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 138 Corte realizado na vista superior Fonte Rosado V O G 2005 Figura 139 Corte realizado na vista lateral esquerda Fonte Rosado V O G 2005 120 Catapan Strobel e Santana 2020 Na Figura 1310 se observa duas das vistas principais que foram substituídas pelos cortes Figura 1310 Cortes realizados nas vistas frontal e lateral esquerda Fonte Rosado V O G 2005 133 TIPOS DE CORTES Corte pleno ou total O objeto é cortado em toda a sua extensão Normalmente o plano passa pelo eixo principal Figura 1311a Meiocorte É utilizado no desenho de peças simétricas onde metade aparece em corte e a outra metade aparece em vista externa Figura 1311b Figura 1311 Tipos de cortes a Corte pleno ou total b Meiocorte 121 Catapan Strobel e Santana 2020 Corte em desvio Quando o plano muda de direção para mostrar detalhes fora do eixo principal Figura 1312a Corte parcial Representado sobre parte de uma vista para mostrar algum detalhe interno da peça Figura 1312b Figura 1312 Tipos de cortes a Corte em desvio b Corte parcial Corte rebatido Quando o objeto possui detalhes simétricos que não passam pelo plano de corte Figura 1312 corte rebatido 122 Catapan Strobel e Santana 2020 É importante destacar que em cortes no sentido longitudinal não são hachurados quando esses passarem por nervuras dentes de engrenagem parafusos porcas eixos arruelas entre outros elementos mecânicos Alguns exeplos serão demonstrados a seguir Figura 1313 Corte em polia onde não é hachurado o braço da polia Figura 1314 Corte em peça com nervura Figura 1315 Corte em parafuso 1315a pinos 1315b e rebites 1315c 123 Catapan Strobel e Santana 2020 134 CORTES E SEÇÕES Basicamente a diferença que o Corte no desenho técnio se registra tanto a interseção do plano secante como a projeção da parte visível desta situada além deste plano Figura 1316a e a Seção é representado tão somente a interseção do plano secante com o objeto Figura 1316b Figura 1316 Corte em peça com nervura Nas vistas de seções pode ser representado não apenas como projeção da vista base mas sim normal da região seccionada conforme exposto na Figura 1317 Figura 1316 Corte em peça com nervura 124 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS Exerício 1 Complete os desenhos técnicos fazendo as hachuras nas partes maciças atingidas pelo corte 125 Catapan Strobel e Santana 2020 Exerício 2 Analise o desenho técnico e escreva V para verdadeiro ou F para a alternativa falsa O corte composto reuniu quatro cortes em apenas um O corte composto está representado na vista superior elevação A perscpectiva em corte correspondente ao desenho técnico é a que está abaixo 126 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE CORTES 1 Os desenhos abaixo estão sendo representados no lado esquerdo pela vista frontal e sob ela a vista superior Do lado direto está sendo representado apenas a vista superior com indicação de corte e sobre ela o espaço onde a vista de corte deve ser representada Representar os cortes indicado nos objetos dados a b 127 Catapan Strobel e Santana 2020 c d 128 Catapan Strobel e Santana 2020 2 A Coluna A são as peças representadas em perspectiva Na Coluna B represente o sombreado das partes atingidas pelo corte Na Coluna C represente a hachura da região cortada 129 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Indique as linhas de corte nas projeções adequadas nos desenhos abaixo 130 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Representar o corte pleno e o meio corte das peças dadas de acordo com o exemplo dado Exemplo a b c 131 Catapan Strobel e Santana 2020 5 Nos desenhos abaixo complete as vistas em corte e coloque as cotas 132 Catapan Strobel e Santana 2020 6 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte no meio da peça que passe sobre a linha de simetria longitudinal a peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 133 Catapan Strobel e Santana 2020 7 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte COMPOSTO sobre a vista superior que demonstre o maior número de detalhes da peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 134 Catapan Strobel e Santana 2020 8 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte no meio da peça que passe sobre a linha de simetria longitudinal a peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 135 Catapan Strobel e Santana 2020 9 O desenho abaixo mostra uma perspectiva isométrica de um objeto utilizado para separar dois eixos na vertical Para resistir a movimentações desses eixos é necessária uma nervura entre os furos Com base nestas informações siga a Conclua o desenho da vista superior caso necessário b Indique uma linha de corte na vista superior sabendo que esta deve ser um corte total que passa pelo eixo de simetria da peça e nos centros dos furos longitudinal a nervura c Represente a Vista de Corte AA acima da vista superior Observação Os furos de ø13 mm e ø10mm são passantes ou seja possuem comprimentos de 44 mm e 34 mm respectivamente d Insira as cotas no desenho 136 Catapan Strobel e Santana 2020 10 Representar as vistas da peça abaixo e substituir as vistas frontal pelo Corte AA sabendo esse corte é aplicado na vista superior e deve passar pelos centros dos furos de ø20mm Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 137 Catapan Strobel e Santana 2020 11 Sabendo que a peça não é cortada e que a representação em Perspectiva Isométrica é apenas para facilitar o entendimento da peça desenhe a vista superior do objeto Aplique o meio corte semelhante ao corte que está representado abaixo Represente a vista de corte meio corte substituindo a vista frontal 138 Catapan Strobel e Santana 2020 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINHO OSWALDO LUIZ DOS SANTOS ANTONIO CARLOS LIRANI JOÃO Tolerâncias ajustes desvios e análise de dimensões 7ed São Paulo Blücher 2001 OLIVEIRA A P Desenho Técnico Apostila do Instituto Técnico 2007 PROVENZA F P PROTEC Desenhista de Máquinas São Paulo Escola PROTEC 4 Ed 1991 PROVENZA F P PROTEC Projetista de Máquinas São Paulo Escola PROTEC 4 Ed 1996 SANTANA F E Desenho Técnico Apostila da Faculdade de Tecnologia em São Carlos FATESC Rev 00 2005 SENAIES Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Vitória SenaiES 1996 SOCIESC DES Desenho Técnico Apostila da Escola Técnica Tupy Rev 00 Joinville SC 2004 139 Catapan Strobel e Santana 2020 SOBRE OS AUTORES Márcio Fontana Catapan Doutor em Engenharia Mecânica pela UFPR 2014 mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC 2006 e graduado em Engenharia Mecânica pela UP 2002 Experiência profissional como engenheiro de produtos e coordenador na área de projetos por mais de 10 anos atuando em empresas como CNHi Electrolux entre outras Professor com experiência de 15 anos na área de projetos mecânicos em diversas universidades Atualmente é Professor adjunto na Universidade Federal do Paraná UFPR desde 2011 com atuação na graduação e pósgraduação Experiência e vivência na área de desenho técnico há 20 anos Christian Scapulatempo Strobel Doutor em Engenharia Mecânica 2012 mestre em Engenharia Mecânica 2007 e graduado em Engenharia Mecânica 2004 com todas as titulações na pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR Experiência profissional como engenheiro de produtos e serviços na Electrolux e Trane Ingersoll Rand professor em diversas universidades como PUCPR UP FAE Atualmente é Professor adjunto na Universidade Federal do Paraná UFPR desde 2012 Experiência e vivência na área de desenho técnico há 20 anos Escritor de livros na área da engenharia mecânica Fábio Evangelista Santana Doutor em Engenharia de Produção 2017 pela UFSC com sanduíche no Instituto para Tecnologia e Trabalho da Universidade Tecnológica de Kaiserslautern Alemanha mestre em Engenharia Mecânica 2005 pela UFSC graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela USP 2002 e técnico Mecânica de Precisão pela escola SENAI Suíçobrasileira 1997 Experiência profissional como Engenheiro de Produto na Bosch Rexroth e na Embraco SC Desde 2009 é professor com dedicação exclusiva do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina IFSC câmpus Araranguá SC onde atua diretamente com a disciplina de desenho técnico Experiência e vivência na área de desenho técnico há 25 anos Autor de outros livros na área de Desenho Assistido por Computador Agência Brasileira ISBN ISBN 9786581028060 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA CURSO ENGENHARIA MECÂNICA AUTOR EDER WILLIAM GAMA DOS SANTOS DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO DATA 03092025 ESCALA 11 CONTEÚDO VISTAS ORTOGRÁFICAS FOLHA 11 VISTA FRONTAL VISTA LATERAL ESQUERDA VISTA SUPERIOR

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Trabalho II Desenhar manualmente em papel no formato A3 1 Larguras prescritas para as margens esquerda e direita norma 10068 da ABNT que são respectivamente 25 e 7 mm 2 Legenda para facilitar a leitura e interpretação das informações com 178 mm para formato A3 sendo a altura da legenda variável mas geralmente não deve ocupar mais de 20 da altura da folha 3 Peça em corte hachurada disponível no eBook da disciplina Márcio Fontana Catapan Christian Scapulatempo Strobel Fábio Evangelista Santana Desenho técnico no contexto das engenharias 1º Edição São José dos Pinhais BRAZILIAN JOURNALS PUBLICAÇÕES DE PERIÓDICOS E EDITORA 2020 BrJ Desenho técnico no contexto das engenharias Brazilian Journals Editora 2020 1 Edição 2020 by Brazilian Journals Editora Copyright Brazilian Journals Editora Copyright do Texto 2020 Os Autores Copyright da Edição 2020 Brazilian Journals Editora Editora Executiva Barbara Luzia Sartor Bonfim Diagramação Sabrina Binotti Edição de Arte Sabrina Binotti Revisão Os Autores O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores mas sem a possibilidade de alterála de nenhuma forma ou utilizála para fins comerciais Autores Márcio Fontana Catapan Christian Scapulatempo Strobel Fábio Evangelista Santana Brazilian Journals Editora São José dos Pinhais Paraná Brasil wwwbrazilianjournalscombr editorabrazilianjournalscombr APRESENTAÇÃO A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do desenho técnico é tão importante quanto à execução de uma tarefa Esse fato é devido que o desenho tem a necessidade de fornecer todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peçaproduto Visando abordar a maioria dos assuntos relativos ao desenho técnico de forma sucinta porém completa em uma disciplina de cursos de graduação compostas de 45 a 60 horas esta apostila foi elaborada A experiência de 20 anos nesta área tanto atuando como profissional do ramo de engenharia mecânica como professor universitário capacitaram os autores a construir um material que propiciasse tal dinâmica de aprendizagem Para isso esta apostila foi dividida no conteúdo de introdução ao Desenho Técnico e Desenho onde abordará os conceitos básicos para o seu entendimento Na primeira parte dentro do escopo do curso e respeitando as limitações de tempo disponível para o ensino de desenho técnico num curso de graduação praticamente todos os conhecimentos básicos necessários para a realização de um desenho serão abordados Na segunda parte da apostila os conhecimentos adquiridos na primeira são aplicados para a realização de desenhos bidimensionais e tridimensionais com instrumentos Essa parte consiste basicamente no aprendizado do uso de instrumentos para aplicação dos conhecimentos de desenho técnico da primeira parte do curso Se você trabalhar com dedicação conseguirá atingir todos os objetivos propostos em ambas as partes Bom trabalho Prof Márcio F Catapan Dr Eng SUMÁRIO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 01 CAPÍTULO 2 NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO ABNTDIN 07 CAPÍTULO 3 FORMATOS PADRÕES DE FOLHAS 09 CAPÍTULO 4 ESCALAS 21 CAPÍTULO 5 VISTAS ORTOGRÁFICAS 25 CAPÍTULO 6 DIEDROS 27 CAPÍTULO 7 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO NBR 10126 62 CAPÍTULO 8 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS 79 CAPÍTULO 9 PERSPECTIVAS 84 CAPÍTULO 10 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS CIRCULARES E ARREDONDADOS 98 CAPÍTULO 11 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS DIVERSOS 100 CAPÍTULO 12 VISTAS AUXILIARES 107 CAPÍTULO 13 CORTE 115 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 138 SOBRE OS AUTORES 139 DOI 1035587brjed000057 SUMÁRIO 1 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 11 ETIMOLOGIA O português desenho é um substantivo deverbal do verbo desenhar que remonta ao latim designare marcar notar traçar desenhar indicar designar dispor ordenar regular imaginar étimo do italiano desegnare O português desenhar e desenho é modernamente só traçar e traçado com linhas e afins Desenho é qualquer representação gráfica colorida ou não de formas Desenho é a expressão gráfica da forma não se pode desenhar sem conhecer as formas a serem representadas HIERÓGLIFOS DESENHO PRIMITIVO ARTE MODERNA PLANTA BAIXA PERSPECTIVA EXATA DESENHO TÉCNICO 2 Catapan Strobel e Santana 2020 O desenho é a forma de comunicação mais importante depois da palavra o desenho serve à propaganda ao humorismo à arquitetura à expressão gráfica da palavra etc É um erro se considerar o desenho como uma cópia de formas pois ele pode representar a imaginação de uma forma não existente ficção científica afinal podese considerar desenho tudo aquilo que a mão humana traduz quando quer exprimir uma idéia mesmo que não o consiga Desenho Industrial tradução da expressão inglesa industrial design significa tradicionalmente o desenho o projeto de objetos ou de sistemas de objetos industrializados normalmente fruídos na existência cotidiana no lar no trabalho no lazer do relógio de pulso aos talheres da bicicleta ao automóvel do trem ao avião dos eletrodomésticos aos instrumentos de escritório dos móveis aos barcos das ferramentas manuais à máquinas operatrizes Todos esses objetos estão fundamentados num momento projetivo de desenho criador e num momento iterativo de produção em série e mecanizada Assim Desenho Técnico Mecânico é o projeto da forma de objetos destinados à fabricação de objetos em série O Projetista Mecânico Mechanical Designer é responsável pela forma dos produtos da sua empresa e sociedade por isso deve considerar no seu trabalho a complexidade de relações entre produto máquinasequipamentos e ambiente produto e usuário isto é fatores tecnológicos econômicos sociais e culturais do ambiente 112 CONCEITO O que é Desenho Técnico O desenho técnico como citado anteriormente é uma linguagem gráfica utilizada na indústria Para que esta linguagem seja entendida no mundo inteiro existe uma série de regras internacionais que compõem as normas gerais de desenho técnico cuja regulamentação no Brasil é feita pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas É derivado da Geometria descritiva que é a ciência que tem por objetivo representar no plano folha de desenho quadro etc os objetos tridimensionais permitindo desta forma a resolução de infinitos problemas envolvendo qualquer tipo de poliedro no plano do papel O desenho técnico é um desenho operativo ou seja após sua confecção seguese uma operação de fabricação eou montagem Desta forma para 3 Catapan Strobel e Santana 2020 fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de equipamento ou construção civil em todas as áreas da indústria sempre precisaremos de um desenho técnico 12 FINALIDADE Ao iniciar o estudo de Desenho Técnico você está empreendendo uma experiência educacional gratificante que terá real valor em sua futura profissão Quando você tiver se tornado perito nesse estudo terá a seu dispor um método de comunicação usado em todas as áreas da indústria técnica uma linguagem sem igual para a descrição acurada de objetos sólidos O desenho técnico é um dos mais importantes ramos de estudo em uma escola técnica porque é à base de todos os projetos e subseqüentes fabricações Todo estudante técnico deve saber fazer e ler desenhos O desenho é essencial em todos os tipos de engenharia prática e deve ser compreendido por aqueles relacionados com ou interessados na indústria técnica Todos os projetos e instruções para fabricação são preparados por desenhistas escritores profissionais da linguagem mas mesmo alguém que nunca tenha feito projetos deve ser capaz de lêlos e entendêlos ou será profissionalmente um leigo A nossa finalidade é estudar a linguagem do desenho técnico de tal maneira que se possa escrevêla de uma maneira clara a alguém que familiarizado com este assunto possa lêla prontamente quando escrita por outro alguém para tanto é preciso conhecer sua teoria e composição básica e ficar a par das abreviaturas e convenções adotadas A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa no plano das formas do mundo material e portanto tridimensional de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas Essa representação de formas constitui o campo do chamado desenho projetivo o Desenho Técnico também abrange a representação gráfica de cálculos leis e dados estatísticos por meio de diagramas ábacos e nomogramas que pertencem ao campo do desenho não projetivo Por serem seus princípios fundamentalmente os mesmos em todo o mundo alguém treinado nestas práticas em uma nação pode prontamente adaptarse às de uma outra nação qualquer Esta linguagem é completamente gráfica e escrita e é interpretada pela aquisição de um conhecimento visual do objeto representado O êxito de um aluno 4 Catapan Strobel e Santana 2020 nesta matéria será indicado não somente pela sua habilidade na execução mas também pela sua capacidade de interpretar linhas e símbolos e visualizálos claramente no espaço 13 IMPORTÂNCIA O Desenho Técnico constituise no único meio conciso exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos daí a sua importância na tecnologia face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma apesar a riqueza de outras informações que essa linguagem possa veicular Diante da complexidade dos problemas relativos aos projetos de Engenharia e Arquitetura poderia parecer excessiva a importância atribuída à forma e à sua representação Ocorre que a forma não é um acessório nos problemas de tecnologia mas faz parte intrínseca dos mesmos O Desenho Técnico ao permitir o tratamento e a elaboração da forma de modo fácil econômico participa decisivamente das três fases da solução daqueles problemas Essas três fases são 1º A busca de conceitos e idéias que pareçam contribuir para a solução 2º O exame e análise crítica desses conceitos quando alguns são escolhidos e outros rejeitados 3º O desenvolvimento dos conceitos escolhidos seu aperfeiçoamento final e comunicação Portanto as aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação dos projetos de Engenharia e Arquitetura mas ainda cumpre destacar sua contribuição fundamental nas fases anteriores de criação e de análise dos mesmos Adicionalmente face à dificuldade em concebermos estruturas mecanismos e movimentos tridimensionais o Desenho Técnico permite estudálos e solucioná los eficazmente porque permite a sua representação 14 MODALIDADES DE EXECUÇÃO É comum associarse o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos régua compasso esquadros etc mas ele pode também ser executado à mão livre ou por meio de computadores Cada uma dessas 5 Catapan Strobel e Santana 2020 modalidades difere apenas quanto à maneira de execução sendo idênticos os seus princípios fundamentais Enquanto o desenho instrumental é utilizado em desenhos finais de apresentação de cálculos gráficos de nomogramas de diagramas etc o esboço à mão livre é por excelência o desenho do Engenheiro e do Arquiteto pois possui a rapidez e a agilidade que permitem acompanhar e implementar a evolução do processo mental A presente apostila tem a finalidade de estudar os elementos básicos do Desenho Técnico Projetivo com enfoque na sua execução à mão livre Os exercícios propostos visam não apenas treinar o aluno na execução do esboço à mão livre mas objetivam primordialmente desenvolver a sua capacidade de visualização tridimensional e de representação da forma 15 COMO É ELABORADO UM DESENHO TÉCNICO Às vezes a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de vários profissionais O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista Primeiro ele imagina como a peça deve ser e depois representa suas idéias por meio de um esboço isto é um desenho técnico à mão livre O esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto que ainda pode sofrer alterações Depois de aprovado o desenho que corresponde à solução final do projeto será executado pelo desenhista técnico O desenho técnico definitivo também chamado de desenho para execução contém todos os elementos necessários à sua compreensão O desenho para execução que tanto pode ser feito na prancheta como no computador deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai executar a peça Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa executar a peça Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho técnico ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça antes mesmo de executála Para tanto é necessário conhecer as normas 6 Catapan Strobel e Santana 2020 técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva EXERCÍCIOS 1 O que é Desenho Técnico 2 Qual é a finalidade do Desenho Técnico 3 Qual é a importância do Desenho Técnico 4 Quais são as modalidades de execução de Desenho Técnico 7 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 2 NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO ABNTDIN 21 ENTIDADES NORMALIZADORAS A seguir temos uma lista das principais entidades de normalização ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ASME Sociedade Americana de Engenharia Mecânica American Society of Mechanical Engeering ASTM Sociedade Americana para Testes e Materiais American Society for Testing and Materials BS Normas Britânicas British Standards DIN Instituto Alemão para Normalização Deutsches Institut für Normung ISO Organização Internacional para Normalização International Organization for Standardization JIS Normas da Indústria Japonesa Japan Industry Standards SAE Sociedade de Engenharia Automotiva Society of Automotive Engeering 22 PRINCIPAIS NORMAS NBR 10067 princípios gerais de representação em desenho técnico A NBR 10067 ABNT 1995 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico Normaliza o método de projeção ortográfica que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro a denominação das vistas a escolha das vistas vistas especiais cortes e seções e generalidades Em relação aos aspectos geométricos a NBR 1064789 define Desenho Projetivo Desenhos resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho Vistas Ortográficas figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto sobre planos convenientemente escolhidos de modo a representar com exatidão a forma do mesmo com seus detalhes Perspectivas figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto 8 Catapan Strobel e Santana 2020 Outras normas NBR são NBR 10068 Folha de desenho Layout e dimensões objetiva padronizar as dimensões das folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu layout com suas respectivas margens e legenda NBR 10582 apresentação da folha para desenho técnico normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho definindo a área para texto o espaço para desenho etc NBR 13142 desenho técnico dobramento de cópias Fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação em pastas NBR 8402 execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos NBR 8403 aplicação de linhas em desenhos tipos de linhas larguras das linhas NBR 8196 desenho técnico emprego de escalas NBR 12298 representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico NBR 10126 contagem em desenho técnico NBR 8404 indicação do estado de superfície em desenhos técnicos NBR 6158 sistema de tolerâncias e ajustes NBR 8993 representação convencional de partes roscadas em desenho técnico NBR 6402 Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas 23 GRAU DE ELABORAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS Esboço Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de um projeto podendo entretanto servir ainda à representação de elementos existentes ou à execução de obras Desenho preliminar Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto Croqui Desenho não obrigatoriamente em escala confeccionado normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade Desenho definitivo Desenho integrante da solução final do projeto contendo os elementos necessários à sua compreensão 9 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 3 FORMATOS PADRÕES DE FOLHAS 31 TAMANHOS DE FOLHAS PADRONIZADAS PELA ISSO O primeiro tamanho é o formato A0 com dimensões de 841 X 1189 mm equivalente a 1 m2 de área sendo que os demais formatos originamse da bipartição sucessiva deste conforme figura a seguir FORMATO DIMENSÕES MARGEM COMPRIMENTO DA LEGENDA ESPESSURA LINHAS DAS MARGENS ESQUERDA OUTRAS A0 841 X 1189 25 10 175 14 A1 594 X 841 25 10 175 10 A2 420 X 594 25 10 178 07 A3 297 X 420 25 10 178 05 A4 210 X 297 25 5 178 05 10 Catapan Strobel e Santana 2020 Quando da necessidade de utilização de formatos fora dos padrões estabelecidos recomendase a escolha destes de tal forma que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão 32 QUADROS Nas dimensões das folhas deve haver um excesso de papel de 10 mm nos quatro lados e as margens ficam limitadas pelo contorno externo da folha e pelo quadro O quadro tem a finalidade de limitar o espaço para o desenho conforme figura abaixo As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e o quadro O quadro limita o espaço para o desenho Figura abaixo 11 Catapan Strobel e Santana 2020 33 LAYOUT DA FOLHA 34 ESPAÇO PARA DESENHO Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical a vista principal é inserida acima e à esquerda na área para desenho 35 ESPAÇO PARA TEXTO Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocadas no espaço para texto o espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de desenho quando o espaço para texto é colocado na margem inferior a altura varia conforme a natureza do serviço a largura do espaço de texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm o espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possível leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho conforme padrão A4 as seguintes informações devem conter no espaço para texto explanação identificação dos símbolos empregados no desenho instrução informações necessárias à execução do desenho referência a outros desenhos ou documentos que se façam necessários tábua de revisão histórico da elaboração do desenho com identificaçãoassinatura do responsável pela revisão data etc 36 LEGENDAS A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A0 A1 A2 A3 ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4 As legendas nos desenhos industriais as informações na legenda podem ser diferentes de uma empresa para outra em função das necessidades de cada uma Este é o espaço destinado à informações complementares ao desenho como identificação número de registro título origem escala datas assinaturas de execução verificação e aprovação número de peças quantidades denominação material e dimensão em bruto etc 12 Catapan Strobel e Santana 2020 Toda folha de desenho deve possuir no canto inferior direito um quadro destinado à legenda Este quadro deve conter o título do projetodesenho nome da empresa escalas unidades em que são expressas as informações número da folha caso o projeto tenha mais de uma folha e outras informações necessárias para sua interpretação Figura Exemplo de legenda Título Data DisciplinaTurma 2NA Escala Unidade Alunoa DisciplinaTurma 201XMA UFPR 11 Acima da legenda é construído o quadro de especificações ou NOTAS contendo quantidade denominação do objeto material acabamento superficial entre outros que se julgar necessário A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2 A3 e A4 e 175 mm nos formatos A0 e A1 37 DOBRAGEM DE FOLHAS Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta que EMPRESA X 13 Catapan Strobel e Santana 2020 possa ser consultada com facilidade sem necessidade de retirála da pasta e que a legenda estaja visível com o desenho dobrado As ilustrações a seguir mostram a ordem das dobras Primeiro dobrase na horizontal em sanfona depois na vertical para trás terminando a dobra com a parte da legenda na frente A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira possibilitando desdobrar o desenho sem retirar do arquivo Figura Dobragem de alguns formatos 14 Catapan Strobel e Santana 2020 38 LETRAS E ALGARISMOS A NBR 8402 ABNT 1994 normaliza as condições para a escrita usada em Desenhos Técnicos e documentos semelhantes Visa à uniformidade a legibilidade e a adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução A habilidade no traçado das letras só é obtida pela prática contínua e com perseverança Não é pois uma questão de talento artístico ou mesmo de destreza manual SILVA 1987 A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras A pressão deve ser firme mas não deve criar sulcos no papel Segundo Silva 1987 a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 13 do comprimento do lápis aproximadamente Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente com lápis H bem apontado ou lapiseira 03mm com grafite H Estas pautas são constituídas de quatro linhas conforme Figura 12 As distâncias entre estas linhas e entre as letras são apresentadas na Figura 13 e tabela 04 a seguir 39 CALIGRAFIA TÉCNICA EXEMPLO DE PAUTAS PARA ESCRITA EM DESENHO TÉCNICO Figura características da forma de escrita Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Tabela Proporções e dimensões de símbolos gráficos NBR 8402 ABNT 1994 Características Relação Dimensões mm Altura das Letras Maiúsculas h 1010h 25 35 5 7 10 14 20 Altura das Letras Minúsculas c 710h 25 35 5 7 10 14 15 Catapan Strobel e Santana 2020 Distância Mínima entre Caracteres a 210h 05 07 1 14 2 28 4 Distância Mínima entre Linhas de Base b 1410h 35 5 7 10 14 20 28 Distância Mínima entre Palavras e 610h 15 21 3 42 6 84 12 Largura da Linha d 110h 025 035 05 07 1 14 2 A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical Figura 1 Forma da escrita vertical Fonte NBR 8402 ABNT 1994 Figura 2 Forma da escrita inclinada Fonte NBR 8402 ABNT 1994 16 Catapan Strobel e Santana 2020 310 TIPOS DE LINHAS E SUAS APLICAÇÕES A NBR 8403 ABNT 1984 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes Tabela 05 e Figura 16 A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2 As larguras devem ser escolhidas conforme o tipo dimensão escala e densidade de linhas do desenho de acordo com o seguinte escalonamento 013 018 025 035 050 070 100 140 e 200mm As larguras de traço 013 e 018 mm são utilizadas para originais em que a sua reprodução se faz em escala natural Figura Demonstração de alguns tipos de linhas 17 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Demonstração de alguns tipos de linhas Fonte NBR 8403 ABNT 1984 18 Catapan Strobel e Santana 2020 LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL Contínua larga A1 Contornos Visíveis A2 Arestas Visíveis Contínua estreita B1 Linhas de interseção imaginárias B2 Linhas de cotas B3 Linhas auxiliares B4 Linhas de chamada B5 Hachuras B6 Contornos de seções rebatidas na própria vista B7 Linhas de centro curtas Contínua estreita a mão livre 1 C1 Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se os limites não coincidir com linhas traço ponto Contínua estreita em ziguezague 1 D1 Esta linha destinase a desenho confeccionados por máquinas Tracejada larga 1 E1 Contornos não visíveis E2 Arestas não visíveis Tracejada estreita 1 F1 Contornos não visíveis F2 Arestas não visíveis G Traço e ponto estreita 1 G1 Linhas de centro G2 Linhas de simetrias G3 Trajetória Traço e ponto estreito larga nas extremidades e na mudança de direção H1 Planos de corte Traço e ponto larga J1 Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial K Traço e dois pontos estreita K1 Contornos de peças adjacentes K2 Posição limite de peças móveis K3 Linhas de centro de gravidade K4 Cantos antes de formação K5 Detalhes situados antes do plano do corte Se existem duas alternativas em um mesmo desenho só deve ser aplicada uma opção 19 Catapan Strobel e Santana 2020 Em muitas situações ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo Nestas situações a representação pode ser tornada clara utilizandose algumas convenções que embora não normalizadas podem ser bastante úteis em particular para a realização e compreensão de esboços Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 128201996 mas os programas de CAD normalmente não as utilizam As convenções para a interseção de linhas são apresentadas na Tabela abaixo SILVA et al 2006 Tabela Interseção de linhas Descrição Correto Incorreto Quando uma aresta invisível termina perpendicularmente ou angularmente em relação a uma aresta visível toca a aresta visível Se existir uma aresta visível no prolongamento de uma aresta invisível então a aresta invisível não toca a aresta visível Quando duas ou mais arestas invisíveis terminam num ponto devem tocarse Quando uma aresta invisível cruza outra aresta visível ou invisível não deve tocála Quando duas linhas de eixo se interceptam devem tocarse Fonte Silva et al 2006 20 Catapan Strobel e Santana 2020 EXEMPLOS 21 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 4 ESCALAS Devese sempre que possível procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça para transmitir uma idéia melhor de sua grandeza Para componentes que são demasiadamente pequenos precisamos fazer ampliações que permitam a representação de todos os detalhes conforme norma No caso inverso isto é para peças de grande tamanho o desenho deve ter proporções menores sendo possível assim a sua execução dentro dos formatos padronizados A Norma NBR 8196 OUT 1983 define que a designação completa de uma escala deve consistir da palavra ESCALA seguida da indicação da relação como segue Escala é uma relação que se estabelece entre as dimensões de um objeto em verdadeira grandeza e aquelas que ele possui em um desenho 22 Catapan Strobel e Santana 2020 Observações independente do uso de escalas reduzidas ou ampliadas a cotagem sempre é feita com as medidas reais da peça A escala utilizada sempre deve ser escrita na legenda A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto a ser representado e da finalidade da representação Em todos os casos a escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada A escala e o tamanho do objeto em questão deverão decidir o formato da folha Figura Exemplos de peças em escala 23 Catapan Strobel e Santana 2020 A designação completa de uma escala deve consistir na palavra ESCALA seguida da indicação da relação a ESCALA 11 para escala natural b ESCALA X1 para escala de ampliação X 1 c ESCALA 1X para escala de redução X 1 41 INSTRUMENTOS DE DESENHO Pranchetas mesas para desenho construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado comumente verde por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos Régua paralela instrumento adaptável à prancheta funcionando através de um sistema de roldanas Tecnígrafo instrumento adaptável à prancheta reunindo num só mecanismo esquadro transferidor régua paralela e escala Régua T utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas horizontais ou em ângulo servindo ainda como base para manuseio dos esquadros Esquadros utilizados para traçar linhas normalmente fornecidos em pares um de 30º60º e um de 45º Transferidor instrumento destinado a medir ângulos Normalmente são fabricados modelos de 180º e 360º Escalímetro utilizada unicamente para medir não para traçar Compasso utilizado para o traçado de circunferências possuindo vários modelos cada qual com a sua função alguns possuindo acessórios como tira linhas e alongador para círculos maiores Curva francesa gabarito destinado ao traçado de curvas irregulares Gabaritos fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas círculos elipses específicos para desenhos de engenharia civil elétrica etc Lápis ou lapiseira atualmente as mais utilizadas são as lapiseiras com grafite de 05mm e 07mm de diâmetro Observações Para a disciplina de Desenho Técnico são necessários os instrumentos destacados em negrito Ou seja Esquadros um de 30º60º e um de 45º sem escala e de acrílico transparente recomendase tamanho de 200mm Transferidor simples Escalímetro régua boa Compasso muito bom evitar os de plástico simples Duas Lapiseiras 1ª com grafite 07 para o traçado dos 24 Catapan Strobel e Santana 2020 contornos da peça e a 2ª com grafite 05 para o traçado linhas auxiliares e de cotas Borracha branca e macia 42 MATERIAIS COMPLEMENTARES Flanela escova para limpeza fita adesiva borrachas e grafites para a reposição 43 GRAU DE DUREZA DOS GRAFITES A graduação dos grafites está mostrada na Tabela 1 Tabela 01 Grau de dureza dos grafites 9H a 4H 3H 2H e H F e HB B e 2B 3B 4B 5B e 6B extremamente duros duros médios macios macios a extremamente macios CAPÍTULO 5 25 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 5 VISTAS ORTOGRÁFICAS Utilizando o sistema de projeções cilíndricas ortogonais o matemático francês Gaspard Monge criou a Geometria Descritiva que serviu de base para o Desenho Técnico Utilizando dois planos perpendiculares um horizontal e outro vertical ele dividiu o espaço em quatro partes denominados diedros Um objeto colocado em qualquer diedro terá as suas projeções horizontal e vertical Figura 51 Como o objetivo é visualizar o objeto num só plano o desenho é denominado épura ou planificação do diedro que consiste na rotação do plano horizontal de modo que a parte anterior do coincida com a parte inferior de enquanto o plano vertical permanece imóvel figura 52 A linha determinada pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de Terra LT Figura 51 Representação das projeções de um objeto no 1º e 3º diedros 26 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 42 Representação das épuras dos objetos da figura anterior Podese citar algumas diferenças entre a Geometria Descritiva e o Desenho Técnico Na Geometria Descritiva duas projeções são suficientes para representar um objeto recorrendo raramente ao plano de perfil isto se deve ao fato de utilizarmos letras na identificação dos vértices e arestas dos objetos representados Já no Desenho Técnico esta identificação tornase impraticável utilizandose normalmente uma terceira projeção para definir de modo inequívoco a forma dos objetos A segunda distinção é encontrada no posicionamento do objeto Em Desenho Técnico o objeto é colocado com suas faces principais paralelas aos planos de projeção de modo a obtêlas em verdadeira grandeza VG na projeção em que seja paralela O mesmo não ocorre com a Geometria Descritiva onde se resolvem problemas de representação com objetos colocados em qualquer posição relativa aos planos de referência Define a Norma Técnica Brasileira NBR ISO 102092 2005 que o termo Representação ortográfica significa projeções ortogonais de um objeto posicionado normalmente com suas faces principais paralelas aos planos coordenados sobre um ou mais planos de projeção coincidentes ou paralelos aos planos coordenados Estes planos de projeção são convenientemente rebatidos sobre a folha de desenho de modo que as posições das vistas do objeto sejam relacionadas entre si As vistas de um objeto habitualmente são obtidas sobre três planos perpendiculares entre si um vertical um horizontal e outro de perfil que definem um triedro triretângulo como sistema de referência 27 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 6 DIEDROS Atualmente a maioria dos países que utilizam o método de representação por diedros adotam a projeção ortogonal no 1º diedro No Brasil a ABNT recomenda a representação no 1º diedro Entretanto alguns países como por exemplo os Estados Unidos e o Canadá representam seus desenhos técnicos no 3º diedro No 1º Diedro o objeto se situa entre o observador e o plano de projeção No 3º Diedro o plano de projeção se situa entre o objeto e o observador Esses símbolos aparecem no canto inferior direito da folha de papel dos desenhos técnicos dentro da Legenda A seguir serão mostradas as diferenças de representações de desenhos em 1º e 3º diedro 1º Diedro 3º Diedro 61 REPRESENTAÇÃO NO 1º DIEDRO No 1º diedro o objeto está entre o observador e o plano de projeção Na Figura 61 podemos verificar três vistas ortográficas de um mesmo objeto que está disposto de modo a satisfazer a condição de paralelismo de duas faces com os três planos do triedro Essas três vistas ortográficas habituais que garantem a univocidade da representação do objeto são denominadas vista frontal VF vista superior VS e vista lateral esquerda VLE Planificase esta representação rebatendo o plano horizontal e o de perfil sobre o plano vertical O sistema de projeção no 1º diedro é conhecido como Método Alemão ou Método Europeu É adotado pela norma alemã DIN Deutsches Institut für Normung e também pela ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 28 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 61 Projeção de um objeto no 1º diedro Em casos muito esporádicos de peças complicadas pode recorrerse a mais planos de projeção para representar mais vistas além das habituais VF VS VL correspondendo a envolver a peça em um paralelepípedo de referência triedro triretângulo fechado que é posteriormente aberto e rebatido Obtêmse assim seis vistas do objeto Figura 62 Figura 62 Projeção no 1º diedro 29 Catapan Strobel e Santana 2020 A projeção de um objeto no primeiro diedro corresponde à representação ortográfica compreendendo o arranjo em torno da vista principal de um objeto de algumas ou de todas as outras cinco vistas desse objeto Com relação à vista principal vista frontal as demais vistas são organizadas da seguinte maneira a vista superior VS fica abaixo a vista inferior VI fica acima a vista lateral esquerda VLE fica à direita a vista lateral direita VLD fica à esquerda e a vista posterior VP fica à direita ou à esquerda conforme conveniência Figura 63 Figura 63 Exemplo das seis vistas ortográficas possíveis de uma peça no 1º diedro A projeção horizontal VS ou VI fornece a largura e a profundidade a vertical VF ou VP fornece a largura e a altura e a de perfil VLD ou VLE fornece a profundidade e a altura 30 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 64 Forma de Projeção no 1º Diedro das vistas principais Figura 65 Como definir as vistas em uma perspectiva isométrica 31 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 66 Como projetar as vistas através de uma perspectiva isométrica Quando a vista oposta a uma habitual for idêntica a esta ou totalmente desprovida de detalhes não é necessária a sua representação bastando a vista habitual No caso de sólidos assimétricos é necessário apresentar as vistas opostas às habituais ou recorrer a outro tipo de representação convencional como cortes seções ou vistas auxiliares Se o objeto possuir faces inclinadas em relação aos planos do paralelepípedo de referência e é necessário representar a verdadeira grandeza dessas faces deverão ser utilizados planos de projeção auxiliares paralelos àquelas faces e rebatidos sobre os planos habituais de referência 62 REPRESENTAÇÃO NO 3º DIEDRO No 3º diedro o plano de projeção está situado entre o observador e o objeto O sistema de projeção no 3º diedro Figura 67 é conhecido como Método Americano e é adotado pela norma americana ANSI American National Standards Institute 32 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 67 Projeção de um objeto no 3º diedro Com relação à vista principal a vista frontal as demais vistas são organizadas da seguinte maneira a vista superior fica acima a vista inferior fica abaixo a vista lateral esquerda fica à esquerda a vista lateral direita fica à direita e a vista posterior fica à direita ou à esquerda conforme conveniência Figura 68 Figura 68 Projeção no 3º diedro A diferença fundamental entre os dois métodos está na posição das vistas Figura 69 sendo a vista frontal a principal A vista de frente também é chamada de elevação e a superior de planta 33 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 69 Exemplo das vistas ortográficas no sistema europeu e no sistema americano 63 OBTENÇÃO DAS VISTAS ORTOGRÁFICAS O objeto é colocado no interior do triedro triretângulo para obter suas vistas A vista de frente deve ser a principal Esta vista comanda a posição das demais É conveniente que se faça uma análise do objeto com o objetivo de escolher a melhor posição para a vista de frente A escolha da vista de frente deve ser a Aquela que mostre a forma mais característica do objeto b A que indique a posição de trabalho do objeto ou seja como ele é encontrado isoladamente ou num conjunto c Se os critérios anteriores forem insuficientes escolhese a posição que mostre a maior dimensão do objeto e possibilite o menor número de linhas invisíveis nas outras vistas Em Desenho Técnico não se representam nem a linha de terra nem o traço do plano de perfil Porém devem ser obedecidas as regras de posicionamento relativo das vistas decorrentes da teoria de dupla projeção ortogonal e do rebatimento dos planos de referência Para obter as vistas de um objeto inicialmente são comparadas as dimensões de largura altura e profundidade para a escolha da posição vertical ou 34 Catapan Strobel e Santana 2020 horizontal do papel Efetuase então a representação das vistas necessárias do objeto de acordo com suas dimensões Figura 610 Figura 610 Vistas ortográficas de um objeto no 1º diedro O objeto representado na Figura 610 possui uma face que não é paralela a nenhum dos planos de referência e portanto nas suas vistas não aparece a verdadeira grandeza da mesma Os objetos agora estarão sendo representados apenas no 1º diedro Em Geometria Descritiva constroemse as figuras ponto por ponto em função das respectivas coordenadas abscissa afastamento e cota referidas aos planos de projeção Em Desenho Técnico devido à regularidade dos objetos habitualmente representados utilizamse para construir as vistas suas próprias dimensões tomadas paralelamente aos planos de projeção e tendo como referência as faces ou eixos de simetria do próprio objeto Figura 611 35 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 611 Vistas ortográficas de um objeto em Desenho Técnico no 1º diedro Na obtenção das vistas os contornos e arestas visíveis são desenhados com linha contínua larga As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo observador por estarem ocultos pelas partes que ficam à frente são representados por linhas tracejadas largas ou estreitas Com a utilização de linhas tracejadas para aresta invisíveis evitase normalmente com essa convenção a necessidade de representação de duas vistas opostas de um mesmo contorno quando o objeto não for simétrico Figura 612 As linhas de centro são eixos de simetria que posicionam o centro de furos ou detalhes com simetria radial elas são representadas pelo tipo de linha de traço e ponto estreita Figura 612 Vistas de um objeto onde na lateral esquerda há uma aresta invisível no 1º diedro 36 Catapan Strobel e Santana 2020 A representação da vista oposta a uma vista habitual é necessária quando a quantidade e a complexidade dos detalhes invisíveis e sua coincidência parcial com linhas visíveis impedem uma fácil identificação dos mesmos 64 EVITAR VISTAS REDUNDANTES 37 Catapan Strobel e Santana 2020 65 ANÁLISE DA FORMA DOS OBJETOS Todos os objetos podem ser considerados como compostos de sólidos geométricos elementares tais como prismas cilindros cones etc utilizados de maneira positiva adicionados ou negativa subtraídos Figuras 613 e 614 Antes de representar um objeto por meio de suas vistas ortográficas devese analisar quais os sólidos geométricos elementares que adicionados ou subtraídos levam à sua obtenção As vistas ortográficas desse objeto serão desenhadas obedecendo aquela sequência de operações de montagem ou corte 38 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 613 Objeto composto de maneira positiva Figura 614 Objeto composto de maneira negativa 66 LEITURA DE VISTAS ORTOGRÁFICAS A representação de um objeto no sistema de vistas ortográficas somente será compreendida de modo inequívoco se cada vista for interpretada em conjunto e coordenadamente com as outras A leitura das vistas ortográficas é muito auxiliada pela aplicação de três regras fundamentais 1ª Regra do alinhamento as projeções de um mesmo elemento do objeto nas vistas adjacentes estão sobre o mesmo alinhamento isto é sobre a mesma linha de chamada Figura 615 2ª Regra das figuras contíguas as figuras contíguas de uma mesma vista correspondem a faces do objeto que não podem estar situadas no mesmo plano Figura 616 3ª Regra da configuração uma face plana do objeto projetase com a sua configuração ou como um segmento de reta No primeiro caso a face é inclinada ou paralela ao plano de projeção e no segundo caso é perpendicular a ele Figura 617 39 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 615 Regra do alinhamento das vistas ortográficas de um objeto Figura 616 Regra das figuras contíguas das vistas ortográficas de um objeto Figura 617 Regra da configuração das projeções de uma face de um objeto Além dessas três regras básicas é útil saber que usando as projeções no 1º diedro qualquer detalhe voltado para o observador numa determinada vista aparecerá mais afastados dela em uma vista adjacente Se as projeções forem executadas no 3º diedro o mesmo detalhe estará mais próximo 40 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE VISTAS ORTOGRÁFICAS 1 Numere as projeções ortogonais correspondentes a cada perspectiva 41 Catapan Strobel e Santana 2020 42 Catapan Strobel e Santana 2020 2 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 43 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 44 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Identifique a Vista de Frente a Vista Superior a Vista Lateral Esquerda e a Vista Lateral Direita nas projeções dadas 45 Catapan Strobel e Santana 2020 5 Escreva nos modelos representados em perspectiva isométrica as letras dos desenhos técnicos que correspondem às suas faces 46 Catapan Strobel e Santana 2020 6 Escreva nas projeções ortográficas as letras que correspondem as letras dadas na Perspectiva Isométrica ao lado 47 Catapan Strobel e Santana 2020 7 Para cada peça em projeção há quatro perspectivas porém só uma é correta Assinale com X a perspectiva que corresponde à peça 48 Catapan Strobel e Santana 2020 49 Catapan Strobel e Santana 2020 8 Procure entre as projeções abaixo as vistas frontal e superior que se relacionam entre si e anote os números correspondentes No exemplo abaixo encontrase a perspectiva da peça representada pelas projeções 1 e 15 50 Catapan Strobel e Santana 2020 9 Procure entre as projeções abaixo as vistas frontal e lateral esquerda que se relacionam entre si e anote os números correspondentes Nos exemplos abaixo encontrase a perspectiva da peça representada pelas projeções 1 e 14 1 14 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 51 Catapan Strobel e Santana 2020 10 Qual vista frontal representa corretamente a perspectiva dada 52 Catapan Strobel e Santana 2020 11 Qual vista superior representa corretamente o objeto 53 Catapan Strobel e Santana 2020 12 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLE a b c 54 Catapan Strobel e Santana 2020 d d e f 55 Catapan Strobel e Santana 2020 g h i j 56 Catapan Strobel e Santana 2020 k l m n 57 Catapan Strobel e Santana 2020 13 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLD a b c d 58 Catapan Strobel e Santana 2020 14 Analisando as projeções completar o que falta nas vistas ortográficas a b e f 59 Catapan Strobel e Santana 2020 15 Desenhar mais uma vista de cada objeto 60 Catapan Strobel e Santana 2020 61 Catapan Strobel e Santana 2020 16 Desenhar as vistas ortográficas VF VS e VLE a b 1 2 3 1 2 3 62 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 7 COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO NBR 10126 A NBR 10126 ABNT 1987 Versão Corrigida 1998 tem como objetivo fixar os princípios gerais de cotagem através de linhas símbolos notas e valor numérico numa unidade de medida As recomendações na aplicação de cotas são Cotagem completa para descrever de forma clara e concisa o objeto Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as cotas sem o emprego do símbolo Evitar a duplicação de cotas cotar o estritamente necessário Sempre que possível evitar o cruzamento de linhas auxiliares com linhas de cotas e com linhas do desenho A cotagem deve se dar na vista ou corte que represente mais claramente o elemento Os elementos gráficos para a representação da cota são Figura 71 Linha de cota Linha auxiliar Limite da linha de cota seta ou traço oblíquo Valor numérico da cota Figura 71 Elementos de cotagem 63 Catapan Strobel e Santana 2020 As linhas auxiliares e de cotas devem ser desenhadas como linhas estreitas contínuas A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a linha auxiliar Quando houver espaço disponível as setas de limitação da linha de cota devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota Quando o espaço for limitado as setas podem ser apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota Figura 72 Figura 72 Elementos de cotagem 71 EXEMPLOS DE COTAGEM A linha auxiliar deve ser perpendicular ao elemento dimensionado mas se necessário poderá ser desenhada obliquamente a este aprox 60º porém paralelas entre si Figura 73 Linha auxiliar oblíqua ao elemento dimensionado Fonte NBR 10126 ABNT 1987 64 Catapan Strobel e Santana 2020 A linha de cota não deve ser interrompida mesmo que o elemento o seja Figura 74 Cotagem em elemento interrompido A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos Somente uma indicação deve ser usada num mesmo desenho entretanto se o espaço for pequeno outra forma pode ser utilizada As indicações são as seguintes a seta é desenha com linhas curtas formando ângulos de 15 A seta pode ser aberta ou fechada preenchida o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45 Figura 75 Indicações dos limites de linha de cota Eixos linhas de centro arestas e contornos de objetos não devem ser usados como linha de cota exceção aos desenhos esquemáticos Figura 76 Cotagem de diâmetro de circunferência 65 Catapan Strobel e Santana 2020 As cotas de cordas arcos e ângulos devem ser como mostra a Figura 77 Figura 77 Cotagem de cordas arcos e ângulos Em grandes raios onde o centro esteja fora dos limites disponíveis para cotagem a linha de cota deve ser quebrada Figura 78 Cotagem de raios de arcos de circunferência A linha de centro e a linha de contorno não devem ser usadas como linha de cota porém podem ser usadas como linha auxiliar A linha de centro quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto 66 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 79 Linha de centro usada como linha auxiliar São utilizados símbolos para identificação de elementos geométricos tais como diâmetro raio R quadrado Os símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente identificada As cotas devem ser localizadas de tal modo que não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho Método 1 as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada conforme mostra a Figura a seuir As cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base eou lado direito do desenho Figura 710 Localização das cotas no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura 711 67 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 712 Localização das cotas em linhas de cotas inclinadas no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na figura 713 Figura 713 Cotagem angular no método 1 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Método 2 as cotas devem ser lidas da base da folha de papel As linhas de cotas devem ser interrompidas preferivelmente no meio para inscrição da cota Figura 714 Localização das cotas no método 2 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 68 Catapan Strobel e Santana 2020 Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na Figura 715 Figura 715 Cotagem angular no método 2 Fonte NBR 10126 ABNT 1987 Observação Em Desenho Técnico Mecânico o método mais utilizado é o 1 salvo situações com cotagem de chapas metálicas Ou seja o que será utilizado em nossos desenhos sempre será este método mostrado abaixo Outro método de cotagem será considerado errado em nossa disciplina Figura 716 Cotagem Representado em Desenho Técnico Mecânico 72 MAIS EXEMPLOS DE COTAGEM 69 Catapan Strobel e Santana 2020 73 COTAGEM EM SÉRIE O próprio nome já diz utilizase um vértice como referência geralmente no canto inferior esquerdo para iniciar a cotagem e as novas cotas são inseridas a partir das cotas já existentes Conforme mostrado na figura a seguir O problema é que pode gerar uma sequência de pequenos erros somando se um erro fora do previsto no projeto 70 Catapan Strobel e Santana 2020 74 COTAGEM UTILIZANDO FACES DE REFERÊNCIA 75 SEQÜENCIA DE COTAGEM 71 Catapan Strobel e Santana 2020 Observação É importante salientar que sempre se deve evitar a cotagem de linhas tracejadas ou seja de arestas não visíveis Nesse caso deve ser representado em alguma projeção da vista Conforme visto acima 72 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS 2 Observe as perspectivas isométricas e escreva as cotas nas projeções ortográficas a 73 Catapan Strobel e Santana 2020 b c 74 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Desenhe à mão livre as projeções da peça abaixo VF VLE e VS colocando eixos de simetria quando necessário e fazendo a cotagem 75 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Com o auxílio dos instrumentos represente as três vistas ortográficas dos objetos VF VS e VLE a Escala 51 b Escala 21 76 Catapan Strobel e Santana 2020 c Escala 11 d Escala 11 e Escala 11 77 Catapan Strobel e Santana 2020 f Escala 101 g Escala 101 h Escala 11 78 Catapan Strobel e Santana 2020 i Escala 11 apenas a Vista Frontal e Superior 79 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 8 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS Os sólidos geométricos têm três dimensões comprimento largura e altura Embora existam infinitos sólidos geométricos apenas alguns que aprestam determinadas propriedades são estudados pela geometria Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por superfícies que os limitam E essas superfícies podem ser planas ou curvas Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas temos os prismas o cubo e as pirâmides Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies curvas temos o cilindro o cone e a esfera que são também chamados de sólidos de revolução É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque por mais complicada que seja a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes 81 PRISMA O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos Ele é constituído de vários elementos Para quem lida com desenho técnico é muito importante conhecê los bem Vejam quais são eles nesta ilustração 80 Catapan Strobel e Santana 2020 82 PIRÂMIDES A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos Outra maneira de imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um polígono qualquer a um ponto P do esboço 83 SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO São chamados sólidos de revolução os sólidos geométricos formados pela rotação de figuras planas em torno de um eixo O cilindro o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução 84 CILINDRO É o sólido geométrico formado pela revolução de um retângulo em torno de um de seus lados 85 CONE 81 Catapan Strobel e Santana 2020 Cone é o sólido gerado pela revolução de um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos que se confunde com o eixo 86 ESFERA É o sólido limitado por superfície curva cujos pontos são eqüidistantes de um ponto inferior chamado centro O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de seus pontos 82 Catapan Strobel e Santana 2020 87 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS TRUNCADOS Quando um sólido geométrico é cortado por um plano resultam novas figuras geométricas os sólidos geométricos truncados Veja alguns exemplos de sólidos truncados com seus respectivos nomes 88 SÓLIDOS GEOMÉTRICOS VAZADOS Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométricos vazados 89 TERMOS TÉCNICOS O uso de termos técnicos dentro da área mecânica mais especificamente dentro do desenho técnico é muito importante pois exprime situações de usinagem e montagem de conjuntos mecânicos Os mais comuns são 83 Catapan Strobel e Santana 2020 84 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 9 PERSPECTIVAS Quando olhamos para um objeto temos a sensação de profundidade e relevo As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais distantes aparentam ser menores A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto pelo olho humano pois transmite a idéia de três dimensões comprimento largura e altura O desenho para transmitir essa mesma idéia precisa recorrer a um modo especial de representação gráfica a perspectiva Ela representa graficamente as três dimensões de um objeto em um único plano de maneira a transmitir a idéia de profundidade e relevo Existem diferentes tipos de perspectiva Veja como fica a representação de um cubo em três tipos diferentes de perspectiva Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito Comparando as três formas de representação você pode notar que a perspectiva isométrica È a que dá idéia menos deformada do objeto Isso quer dizer mesma métrica quer dizer medida A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento da largura e da altura do objeto representado Além disso o traçado da perspectiva isométrica é relativamente simples Por essas razões neste curso você estudará esse tipo de perspectiva 91 PERSPECTIVAS CÔNICA É um sistema perspectivo fundamentado na projeção cônica do objeto sobre um quadro transparente Corresponderia a desenhar sobre a lâmina de vidro a imagem do objeto mantendo o olho imóvel num ponto ponto de vista 85 Catapan Strobel e Santana 2020 Conforme o cubo tiver nenhuma uma ou duas das suas três direções fundamentais paralelas ao quadro a respectiva projeção cônica terá três dois ou apenas um ponto de fuga Este sistema implica em construções geométricas bastante complexas exigindo normalmente o uso de desenho instrumental em conseqüência a transformação das medidas do espaço para as medidas do plano e viceversa não pode ser feita de modo simples e imediato Por isso em Desenho Técnico e especialmente no esboço à mão livre é utilizada com mais freqüência os sistemas de perspectivas paralelas que não apresentam os inconvenientes mencionados acima Como o nome indica esses sistemas que serão tratados à seguir fundamentamse nas projeções paralelas cilíndricas em que todas as linhas do feixe projetante são paralelas Exemplo de Imagem com dois pontos de fuga 86 Catapan Strobel e Santana 2020 92 PERSPECTIVAS CAVALEIRA É o sistema perspectivo obtido quando o feixe paralelo cilíndrico de projetantes é oblíquo em relação ao quadro sendo colocada paralelamente ao mesmo a face mais importante do objeto No desenho sobre a lâmina de vidro é obtida uma projeção oblíqua quando o olho é movido ao mesmo tempo em que a ponta do lápis de maneira a que as visuais que unem cada ponto do objeto ao correspondente ponto do desenho e ao olho sejam sempre paralelas entre si e a uma direção oblíqua em relação ao vidro Na realidade as faces do cubo paralelas ao quadro permanecem em verdadeira grandeza enquanto as arestas perpendiculares ao quadro se projetam inclinadas sofrendo uma certa deformação TIPOS Coeficiente de Redução das Escalas dos Eixos Largura Altura Profundidade Cavaleira 30o 1 1 2 3 Cavaleira 45o 1 1 1 2 Cavaleira 60o 1 1 1 3 93 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA 931 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA Em quase todos os usos práticos do sistema isométrico não se considera a redução que sofrem as linhas marcandose sobre os eixos seus comprimentos reais Assim teremos uma figura com uma forma exatamente igual mas um pouco maior na proporção de 1 para 23 linear e seu volume de 100m3 para 123m3 figura a seguir 87 Catapan Strobel e Santana 2020 932 TRAÇADO DA PERSPERCTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA EIXOS ISOMÉTRICOS O desenho da perspectiva isométrica é baseado num sistema de três semi retas que têm o mesmo ponto de origem e formam entre si três ângulos de 120 Essas semiretas assim dispostas recebem o nome de eixos isométricos Cada uma das semiretas é um eixo isométrico Os eixos isométricos podem ser representados em posições variadas mas sempre formando entre si ângulos de 120 Neste curso os eixos isométricos serão representados sempre na posição indicada na figura anterior O traçado de qualquer perspectiva isométrica parte sempre dos eixos isométricos 88 Catapan Strobel e Santana 2020 933 LINHA ISOMÉTRICA Qualquer reta paralela a um eixo isométrico é chamada linha isométrica Observe a figura a seguir 934 TRAÇANDO A PERSPECTIVA ISOMÉTRICA Dadas as vistas principais de um objeto partese de um ponto que representa o vértice O do sólido envolvente e traçamse os três eixos que farão entre si ângulos de 120º Em seguida constróise o paralelepípedo envolvente do sólido com as maiores dimensões de largura altura e profundidade segundo a visibilidade desejada para os três planos Analisando as vistas ortográficas fazemse cortes no sólido envolvente de acordo com as formas e dimensões dadas nas referidas vistas adaptando separadamente cada vista no seu plano até que se tenha o objeto desejado Figura abaixo As linhas ocultas não são habitualmente representadas em perspectiva 89 Catapan Strobel e Santana 2020 Construção da perspectiva isométrica simplificada de um objeto 94 TRAÇANDO A PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE UM PRISMA PASSO APASSO O traçado da perspectiva será demonstrado em cinco fases apresentadas separadamente Na prática porém elas são traçadas em um mesmo desenho Em cada nova fase você deve repetir todos os procedimentos anteriores 1 fase Trace levemente os eixos isométricos e indique o comprimento a largura e a altura sobre cada eixo tomando como base as medidas aproximadas do prisma representado na figura anterior 2 fase A partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a altura trace duas linhas isométricas que se cruzam Assim ficará determinada a face da frente do modelo 90 Catapan Strobel e Santana 2020 3 fase Trace agora duas linhas isométricas que se cruzam a partir dos pontos onde você marcou o comprimento e a largura Assim ficará determinada a face superior do modelo 4 fase E finalmente você encontrará a face lateral do modelo Para tanto basta traçar duas linhas isométricas a partir dos pontos onde você indicou a largura e a altura 5 fase conclusão Apague os excessos das linhas de construção Depois é só reforçar os contornos da figura e está concluído o traçado da perspectiva isométrica do prisma retangular 95 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS PARALELOS A forma do prisma com elementos paralelos deriva do prisma retangular Por isso o traçado da perspectiva do prisma com elementos paralelos parte da perspectiva do prisma retangular ou prisma auxiliar O traçado das cinco fases será baseado no modelo prismático indicado a seguir 91 Catapan Strobel e Santana 2020 1 fase Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizando as medidas aproximadas do comprimento largura e altura do prisma com rebaixo 2 fase Na face da frente marque o comprimento e a profundidade do rebaixo e trace as linhas isométricas que o determinam 3 fase Trace as linhas isométricas que determinam a largura do rebaixo Note que a largura do rebaixo coincide com a largura do modelo 4 fase Complete o traçado do rebaixo 5 fase conclusão Finalmente apague as linhas de construção e reforce os contornos do modelo 96 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE ELEMENTOS OBLÍQUOS Os modelos prismáticos também podem apresentar elementos oblíquos Observe os elementos dos modelos abaixo 92 Catapan Strobel e Santana 2020 Esses elementos são oblíquos porque têm linhas que não são paralelas aos eixos isométricos Nas figuras anteriores os segmentos de reta AB CD EF GH IJ LM NO PQ e RS são linhas não isométricas que formam os elementos oblíquos O traçado da perspectiva isométrica de modelos prismáticos com elementos oblíquos também será demonstrado em cinco fases O modelo a seguir servir de base para a demonstração do traçado O elemento oblíquo deste modelo chamase chanfro 1 fase Esboce a perspectiva isométrica do prisma auxiliar utilizando as medidas aproximadas do comprimento largura e altura do prisma chanfrado 2 fase Marque as medidas do chanfro na face da frente e trace a linha não isométrica que determina o elemento 93 Catapan Strobel e Santana 2020 3 fase Trace as linhas isométricas que determinam a largura do chanfro 4 fase Complete o traçado do elemento 5 fase Agora é só apagar as linhas de construção e reforçar as linhas de contorno do modelo 97 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DO CÍRCULO Um círculo visto de frente tem sempre a forma redonda Entretanto quando giramos o círculo Imprimimos um movimento de rotação ao círculo ele aparentemente muda pois assume a forma de uma elipse Para obter a perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferências utilizamos a chamada elipse isométrica Uma circunferência pode ser inscrita num quadrado e esse ao ser perspectivado transformase num losango que terá uma elipse inscrita Para executar o desenho isométrico das circunferências são executadas as seguintes etapas 94 Catapan Strobel e Santana 2020 1 Desenhase o quadrado ABCD que circunscreve a circunferência Traçamse os eixos isométricos e marcamse os lados do quadrado nos eixos Temse agora o losango ABCD Figura abaixo Figura Etapa 1 da construção da perspectiva isométrica de uma circunferência 2 Marque os pontos médios nas arestas conforme a figura a seguir a entre A e B gerando o ponto E b entre B e C gerando o ponto F c entre C e D gerando o ponto G d entre B e A gerando o ponto H Figura Etapa 2 da construção dos pontos médios da PI de uma circunferência 3 Através dos vértices de maior ângulo 120º trace uma reta até os pontos opostos a do ponto A até o ponto F b do ponto A até o ponto G c do ponto C até o ponto H d do ponto C até o ponto E 95 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Etapa 2 da construção da perspectiva isométrica de uma circunferência 4 Com a ponta seca do compasso nos vértices de maior ângulo 120º neste caso no C e A traçamse os arcos HE e GF respectivamente Figura Etapa 3 da construção dos arcos maiores de uma circunferência em PI 5 Após o passo anterior são gerados os pontos I e J que são os cruzamentos das retas feitas na etapa 3 Com centro pontaseca nos pontos I e J traçamse os arcos EF e HG completando a elipse isométrica 96 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura Etapa 5 da construção dos arcos menores de uma circunferência em PI Obs O que é importante salientar antes de iniciar esses passos devese achar o centro do furo e desenhar o quadrado isométrico O procedimento é o mesmo qualquer que seja o plano utilizado Notem na figura abaixo os sentidos das elípses Figura Representação da perspectiva isométrica de circunferências 97 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIO Represente o desenho em perspectiva isométrica em Escala 11 Lembrese que para fazer o furo em perspectiva é necessário antes fazer o quadrado isométrico com as arestas do tamanho do diâmetro do furo 98 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 10 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS CIRCULARES E ARREDONDADOS Os modelos prismáticos com elementos circulares e arredondados também podem ser considerados como derivados do prisma O traçado da perspectiva isométrica desses modelos também parte dos eixos isométricos e da representação de um prisma auxiliar que servirá como elemento de construção O tamanho desse prisma depende do comprimento da largura e da altura do modelo a ser representado em perspectiva isométrica Mais uma vez o traçado será demonstrado em cinco fases Acompanhe atentamente cada uma delas e aproveite para praticar no reticulado da direita Observe o modelo utilizado para ilustrar as fases Os elementos arredondados que aparecem no modelo têm forma de semicírculo Para traçar a perspectiva isométrica de semicírculos você precisa apenas da metade do quadrado auxiliar 99 Catapan Strobel e Santana 2020 1 fase Trace o prisma auxiliar respeitando o comprimento a largura e a altura aproximados do prisma com elementos arredondados 2 fase Marque na face anterior e na face posterior os semiquadrados que auxiliam o traçado dos semicírculos 3 fase Trace os semicírculos que determinam os elementos arredondados na face anterior e na face posterior do modelo 4 fase Complete o traçado das faces laterais 5 fase Apague as linhas de construção e reforce o contorno do traçado 100 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 11 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA DE MODELOS COM ELEMENTOS DIVERSOS Na prática você encontrará peças e objetos que reúnem elementos diversos em um mesmo modelo Veja alguns exemplos Os modelos acima apresentam chanfros rebaixos furos e rasgos Com os conhecimentos que você já adquiriu sobre o traçado de perspectiva isométrica é possível representar qualquer modelo prismático com elementos variados Isso ocorre porque a perspectiva isométrica desses modelos parte sempre de um prisma auxiliar e obedece à seqüência de fases do traçado que você já conhece VISUALIZAÇÃO DOS OBJETOS Os eixos isométricos poderão ocupar várias posições de modo a representar o objeto de qualquer ângulo Figura a seguir Figura Posição dos eixos isométricos 101 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura em forma de projeção ortogonal Não uma regra que determina quais eixos deve estar correlacionada para formar vista perspectiva isométrica Por conveniência usase a vista posicionamento que demonstra o maior número de detalhes da peça A seguir mostra como se deve iniciar qualquer desenho em Perspectiva Isométrica 102 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE PERSPECTIVA ISOMÉTRICA SIMPLIFICADA 1 Construir a Perspectiva Isométrica das peças dadas a Escala 21 b Escala 21 c Escala 21 103 Catapan Strobel e Santana 2020 d Escala 11 e Esacala 21 d Escala 21 104 Catapan Strobel e Santana 2020 e Escala 21 f Escala 21 g Escala 21 105 Catapan Strobel e Santana 2020 h Escala 21 i Escala 11 j Escala 11 106 Catapan Strobel e Santana 2020 k Escala 11 l Escala 11 m Escala 21 107 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 12 VISTAS AUXILIARES A Figura 121 mostra as três vistas principais de um objeto com superfície inclinada podese observar que em nenhuma das três vistas aparece em verdadeira grandeza a parte inclinada do objeto Figura 121 Vistas ortográficas de um objeto com superfície inclinada Fonte httpwwweeluspbr A representação da verdadeira grandeza de uma superfície inclinada só será possível fazendo a sua projeção ortogonal em um plano paralelo à parte inclinada como mostra a Figura 122 108 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 122 Projeção ortogonal de um objeto num plano paralelo à superfície inclinada Fonte httpwwweeluspbr A Figura 123 mostra um exemplo de uma peça que possui uma superfície inclinada e onde foi acrescentado um plano de projeção paralelo a essa face de modo a representála em verdadeira grandeza Figura 123 Vista auxiliar de um objeto para identificar a VG de sua superfície inclinada Como o desenho técnico tem como objetivo representar com clareza as formas espaciais dos objetos não tem sentido prático desenhar as partes das vistas que aparecem com dimensões fora das suas verdadeiras grandezas Desta forma a ABNT recomenda a utilização de vistas parciais limitadas por linhas de rupturas 109 Catapan Strobel e Santana 2020 que representam somente as partes que aparecem as formas verdadeiras dos objetos conforme mostram as Figuras 123 e 124 Figura 124 Utilização de vistas parciais em vistas auxiliares Fonte httpwwweeluspbr As vistas auxiliares como são localizadas em posições diferentes das posições resultantes das vistas principais devem ter o sentido de observação indicado por uma seta designada por uma letra que será usada para identificar a vista resultante daquela direção A Figura 125 mostra que as vistas auxiliares além de representarem a forma do objeto com maior clareza permitem que as cotas sejam referenciadas em verdadeiras grandezas nas dimensões cotadas Figura 125 Cotagem em vistas auxiliares Fonte httpwwweeluspbr 110 Catapan Strobel e Santana 2020 Na Figura 126 são mostradas duas representações Na primeira Figura 126a o objeto está representado por meio de suas vistas frontal superior lateral esquerda e lateral direita não sendo possível representar a verdadeira grandeza de alguns detalhes da peça E na segunda Figura 126b são utilizados planos auxiliares de projeção paralelos a estes detalhes de modo a representálos em sua verdadeira grandeza Portanto a maneira correta de representar o objeto da Figura 126 é utilizando a segunda forma Figura 126 Representação desaconselhável esquerda e correta direita fazendo uso de planos auxiliares de projeção vistas auxiliares EXERCÍCIOS DE VISTAS AUXILIARES 1 Representar o objeto por meio da vista frontal VF da vista superior parcial VSP e da vista auxiliar VA do detalhe inclinado 111 Catapan Strobel e Santana 2020 2 Representar o objeto por meio da vista frontal VF e de vistas auxiliares 1 e 2 VA1 e VA2 dos detalhes inclinados 3 Representar o objeto por meio da vista frontal VF vista superior VS e de uma vista auxiliar dos detalhes inclinados a 112 Catapan Strobel e Santana 2020 b 113 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Representar o objeto por meio da vista frontal VF vista superior VS e de vistas auxiliares 1 e 2 VA1 e VA2 dos detalhes inclinados a 114 Catapan Strobel e Santana 2020 b 115 Catapan Strobel e Santana 2020 CAPÍTULO 13 CORTE Significa divisão separação Em desenho técnico o corte de uma peça é sempre imaginário Ele permite ver as partes internas da peça 131 HACHURA Na posição em corte a superfície imaginada cortada é preenchida com hachuras Elas são linhas estreitas que além de representarem a superfície imaginada cortada mostram também os tipos de materiais Figura 131 Maneira mais apropriada de representar hachura 116 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 132 Hachuras para diferentes materiais NBR 12298 Segundo a NBR 12298 as Hachuras são formadas por linhas inclinadas a 45º em relação às linhas principais do contorno ou eixos de simetria Figura 133 Representação da hachura a 45º Contudo deverá ser evitada a aplicação de uma direção paralela à de alguma aresta contida na envolvente da seção Figura 134 Exemplos de hachura diferente de 45º 117 Catapan Strobel e Santana 2020 Em caso de peças montadas onde é necessário a diferenciação das hachuras para a identificação de peças essas devem figurar com hachuras diferindo pela direção angulação ou pelo espaçamento Figura 135 Exemplos de hachura em peças montadas É importante destacar que as linhas que representam as arestas não visíveis não precisam ser representadas nas vistas de cortes em alguns casos principalmente se essas estão na mesma área onde das hachuras Figura 136 Exemplos de representações de linhas não visíveis em vistas de corte 118 Catapan Strobel e Santana 2020 QUANDO DEVEMOS USAR 132 EXEMPLOS DE CORTES As Figuras 137 138 e 139 apresentam cortes nas vistas frontal superior e lateral esquerda respectivamente A disposição dos cortes segue a mesma disposição das vistas ortográficas Figura 137 Corte realizado na vista frontal Fonte Rosado V O G 2005 119 Catapan Strobel e Santana 2020 Figura 138 Corte realizado na vista superior Fonte Rosado V O G 2005 Figura 139 Corte realizado na vista lateral esquerda Fonte Rosado V O G 2005 120 Catapan Strobel e Santana 2020 Na Figura 1310 se observa duas das vistas principais que foram substituídas pelos cortes Figura 1310 Cortes realizados nas vistas frontal e lateral esquerda Fonte Rosado V O G 2005 133 TIPOS DE CORTES Corte pleno ou total O objeto é cortado em toda a sua extensão Normalmente o plano passa pelo eixo principal Figura 1311a Meiocorte É utilizado no desenho de peças simétricas onde metade aparece em corte e a outra metade aparece em vista externa Figura 1311b Figura 1311 Tipos de cortes a Corte pleno ou total b Meiocorte 121 Catapan Strobel e Santana 2020 Corte em desvio Quando o plano muda de direção para mostrar detalhes fora do eixo principal Figura 1312a Corte parcial Representado sobre parte de uma vista para mostrar algum detalhe interno da peça Figura 1312b Figura 1312 Tipos de cortes a Corte em desvio b Corte parcial Corte rebatido Quando o objeto possui detalhes simétricos que não passam pelo plano de corte Figura 1312 corte rebatido 122 Catapan Strobel e Santana 2020 É importante destacar que em cortes no sentido longitudinal não são hachurados quando esses passarem por nervuras dentes de engrenagem parafusos porcas eixos arruelas entre outros elementos mecânicos Alguns exeplos serão demonstrados a seguir Figura 1313 Corte em polia onde não é hachurado o braço da polia Figura 1314 Corte em peça com nervura Figura 1315 Corte em parafuso 1315a pinos 1315b e rebites 1315c 123 Catapan Strobel e Santana 2020 134 CORTES E SEÇÕES Basicamente a diferença que o Corte no desenho técnio se registra tanto a interseção do plano secante como a projeção da parte visível desta situada além deste plano Figura 1316a e a Seção é representado tão somente a interseção do plano secante com o objeto Figura 1316b Figura 1316 Corte em peça com nervura Nas vistas de seções pode ser representado não apenas como projeção da vista base mas sim normal da região seccionada conforme exposto na Figura 1317 Figura 1316 Corte em peça com nervura 124 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS Exerício 1 Complete os desenhos técnicos fazendo as hachuras nas partes maciças atingidas pelo corte 125 Catapan Strobel e Santana 2020 Exerício 2 Analise o desenho técnico e escreva V para verdadeiro ou F para a alternativa falsa O corte composto reuniu quatro cortes em apenas um O corte composto está representado na vista superior elevação A perscpectiva em corte correspondente ao desenho técnico é a que está abaixo 126 Catapan Strobel e Santana 2020 EXERCÍCIOS DE CORTES 1 Os desenhos abaixo estão sendo representados no lado esquerdo pela vista frontal e sob ela a vista superior Do lado direto está sendo representado apenas a vista superior com indicação de corte e sobre ela o espaço onde a vista de corte deve ser representada Representar os cortes indicado nos objetos dados a b 127 Catapan Strobel e Santana 2020 c d 128 Catapan Strobel e Santana 2020 2 A Coluna A são as peças representadas em perspectiva Na Coluna B represente o sombreado das partes atingidas pelo corte Na Coluna C represente a hachura da região cortada 129 Catapan Strobel e Santana 2020 3 Indique as linhas de corte nas projeções adequadas nos desenhos abaixo 130 Catapan Strobel e Santana 2020 4 Representar o corte pleno e o meio corte das peças dadas de acordo com o exemplo dado Exemplo a b c 131 Catapan Strobel e Santana 2020 5 Nos desenhos abaixo complete as vistas em corte e coloque as cotas 132 Catapan Strobel e Santana 2020 6 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte no meio da peça que passe sobre a linha de simetria longitudinal a peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 133 Catapan Strobel e Santana 2020 7 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte COMPOSTO sobre a vista superior que demonstre o maior número de detalhes da peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 134 Catapan Strobel e Santana 2020 8 Representar a vista superior da peça abaixo Trace uma linha de corte no meio da peça que passe sobre a linha de simetria longitudinal a peça Represente a vista de corte substituindo a vista frontal Escala 11 Faça a cotagem nas vistas Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 135 Catapan Strobel e Santana 2020 9 O desenho abaixo mostra uma perspectiva isométrica de um objeto utilizado para separar dois eixos na vertical Para resistir a movimentações desses eixos é necessária uma nervura entre os furos Com base nestas informações siga a Conclua o desenho da vista superior caso necessário b Indique uma linha de corte na vista superior sabendo que esta deve ser um corte total que passa pelo eixo de simetria da peça e nos centros dos furos longitudinal a nervura c Represente a Vista de Corte AA acima da vista superior Observação Os furos de ø13 mm e ø10mm são passantes ou seja possuem comprimentos de 44 mm e 34 mm respectivamente d Insira as cotas no desenho 136 Catapan Strobel e Santana 2020 10 Representar as vistas da peça abaixo e substituir as vistas frontal pelo Corte AA sabendo esse corte é aplicado na vista superior e deve passar pelos centros dos furos de ø20mm Aplicar a Hachura de acordo com as Normas da ABNT 137 Catapan Strobel e Santana 2020 11 Sabendo que a peça não é cortada e que a representação em Perspectiva Isométrica é apenas para facilitar o entendimento da peça desenhe a vista superior do objeto Aplique o meio corte semelhante ao corte que está representado abaixo Represente a vista de corte meio corte substituindo a vista frontal 138 Catapan Strobel e Santana 2020 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGOSTINHO OSWALDO LUIZ DOS SANTOS ANTONIO CARLOS LIRANI JOÃO Tolerâncias ajustes desvios e análise de dimensões 7ed São Paulo Blücher 2001 OLIVEIRA A P Desenho Técnico Apostila do Instituto Técnico 2007 PROVENZA F P PROTEC Desenhista de Máquinas São Paulo Escola PROTEC 4 Ed 1991 PROVENZA F P PROTEC Projetista de Máquinas São Paulo Escola PROTEC 4 Ed 1996 SANTANA F E Desenho Técnico Apostila da Faculdade de Tecnologia em São Carlos FATESC Rev 00 2005 SENAIES Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico Vitória SenaiES 1996 SOCIESC DES Desenho Técnico Apostila da Escola Técnica Tupy Rev 00 Joinville SC 2004 139 Catapan Strobel e Santana 2020 SOBRE OS AUTORES Márcio Fontana Catapan Doutor em Engenharia Mecânica pela UFPR 2014 mestre em Engenharia Mecânica pela UFSC 2006 e graduado em Engenharia Mecânica pela UP 2002 Experiência profissional como engenheiro de produtos e coordenador na área de projetos por mais de 10 anos atuando em empresas como CNHi Electrolux entre outras Professor com experiência de 15 anos na área de projetos mecânicos em diversas universidades Atualmente é Professor adjunto na Universidade Federal do Paraná UFPR desde 2011 com atuação na graduação e pósgraduação Experiência e vivência na área de desenho técnico há 20 anos Christian Scapulatempo Strobel Doutor em Engenharia Mecânica 2012 mestre em Engenharia Mecânica 2007 e graduado em Engenharia Mecânica 2004 com todas as titulações na pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUCPR Experiência profissional como engenheiro de produtos e serviços na Electrolux e Trane Ingersoll Rand professor em diversas universidades como PUCPR UP FAE Atualmente é Professor adjunto na Universidade Federal do Paraná UFPR desde 2012 Experiência e vivência na área de desenho técnico há 20 anos Escritor de livros na área da engenharia mecânica Fábio Evangelista Santana Doutor em Engenharia de Produção 2017 pela UFSC com sanduíche no Instituto para Tecnologia e Trabalho da Universidade Tecnológica de Kaiserslautern Alemanha mestre em Engenharia Mecânica 2005 pela UFSC graduado em Engenharia de Produção Mecânica pela USP 2002 e técnico Mecânica de Precisão pela escola SENAI Suíçobrasileira 1997 Experiência profissional como Engenheiro de Produto na Bosch Rexroth e na Embraco SC Desde 2009 é professor com dedicação exclusiva do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Santa Catarina IFSC câmpus Araranguá SC onde atua diretamente com a disciplina de desenho técnico Experiência e vivência na área de desenho técnico há 25 anos Autor de outros livros na área de Desenho Assistido por Computador Agência Brasileira ISBN ISBN 9786581028060 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA CURSO ENGENHARIA MECÂNICA AUTOR EDER WILLIAM GAMA DOS SANTOS DISCIPLINA DESENHO TÉCNICO DATA 03092025 ESCALA 11 CONTEÚDO VISTAS ORTOGRÁFICAS FOLHA 11 VISTA FRONTAL VISTA LATERAL ESQUERDA VISTA SUPERIOR

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