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CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS, ABSORÇÃO DE NUTRIENTES E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MILHO (Zea mays L.) EM FUNÇÃO DO NÍVEL DE POTÁSSIO E ESTRESSE HÍDRICO1\n\nElizabeth Ferreira\nEscola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia, GO.\nLeonardo Teodoro Büll\nDepartamento de Ciência do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP - Botucatu, SP\n\n1 RESUMO\n\nFoi conduzido um experimento em vasos, em casa de vegetação telada, com o objetivo de avaliar o efeito de variações nas doses de potássio e nos níveis de estresse hídrico sobre as características fisiológicas, absorção de nutrientes e desenvolvimento de plantas de milho. Da análise geral dos resultados obtidos pode-se inferir que: as plantas de milho, quando se encontravam sob déficit hídrico, apresentaram baixos valores de potencial água na folha (Ψ) e teor relativo de água na folha (TRA) e alta resistência estomática (Rs). O potássio possibilitou a manutenção de maior potencial hídrico e melhor controle estomático, mas não influenciou o TRA; o estresse hídrico somente influenciou a concentração foliar de potássio na dose intermediária da adubação potássica. O teor foliar dos demais nutrientes não sofreu influência da deficiência hídrica; os níveis de estresse hídrico utilizados não afetaram a área foliar, nem a produção de matéria seca; os tratamentos que receberam a maior dose de potássio produziram maior quantidade de raízes, sugerindo que plantas sob esta condição utilizariam melhor a água do solo; a eficiência do uso da água não sofreu influência do estresse hídrico, entretanto aumentou com a elevação da adubação potássica.\n\nUNITERMOS: estresse hídrico, potássio, milho FERREIRA, E., BÜLL, L. T.\nHidric stress and potassium level acting on physiological characteristics, nutrient uptake and development of corn plants (Zea mays, L.)\n\n2 ABSTRACT\n\nA pot experiment was carried out, in screened greenhouse, with the aim to evaluate the effect of the variation of potassium levels and water stress levels on physiological characteristics, nutrient uptake and development of corn. From the general analysis of the obtained results, the following could be inferred: corn plants under water deficit, presented low values of water potential in leaves (Ψ), and relative water content of leaves (CWR), and high stomatal resistence (Rs). Potassium permitted maintenence of higher water potential and better stomatal control, however without influence on CWR; water stress only influenced leaf concentration of potassium in the intermediate potassium levels. Other nutrients in leaves were not influenced by the water deficiency; water stress level neither affected leaf area, nor the production of dry matter; treatments with received the higher potassium level produced more roots, suggesting that plants under these conditions better utilized soil water; water utilization efficiency was not influenced by water stress, nevertheless it increased with the intensification of potassium levels.\n\nKEYWORDS: water stress, potassium, maize O estudo consistiu na instalação de um ensaio, com plantas de milho cv. Braskalb XL678, em casa de vegetação telada, em vasos plástico contendo 8 Kg de TSA (peneira 4mm). O solo utilizado no enchimento dos vasos foi classificado como Latossolo Roxo álico, textura argilosa (Carvalho et al., 1983), contendo 151, 329 e 504 g.kg-1, respectivamente, de areia, silte e argila, e densidade aparente de 1,42 g.cm-3.\n\nO delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial, com três repetições. Os tratamentos consistiram da aplicação de três doses de potássio na forma de KCl (0, 90 e 180 mg.dm-3, respectivamente, Ko, K1 e K2) e três condições de estresse hídrico, sendo plantas sem estresse (S0), plantas que sofreram 1 estresse hídrico aos 48 dias após a emergência (S1) e plantas que sofreram 2 estresses hídricos, aos 48 e 73 DAE (S2). A avaliação dos estádios de desenvolvimento da planta foi feita seguindo metodologia de Gomes & Karazawa (1982), sendo que as épocas 48 e 73 DAE corresponderam, respectivamente, aos estádios E2.5 (plantas apresentavam 9 a 10 folhas desenvolvidas) e E4 (início do pendonamento). A coleta das plantas foi feita em épocas distintas sendo: S0 aos 48, 52, 73 e 90 DAE, S1 aos 52, 73 e 90 DAE e S2 aos 73 e 90 DAE.\n\nO solo foi incubado com 4,77 tha-1 (19g.vaso-1) de calcário dolomítico DAE correspondendo a um dosi resisives de pHndaemonato). A coleta das plantas foi feita em épocas distintas sendo: S0 aos 48, 52, 73 e 90 DAE, S1 aos 52, 73 e 90 DAE e S2 aos 73 e 90 DAE. vaso foi suplementado com 200 mg.kg-1 (20,4 g/vaso) de superfosfato simples. A adubação nitrogenada de plantio foi feita na dose de 40 mg.kg-1 (1,6 g SA/vaso) e as seis adubações nitrogenadas de cobertura, somaram 240 mg.kg-1 de SA. A aplicação de micronutrientes (Waugh & Fitts, 1966), na forma de solução aquosa, foi feita aos 20, 30, 38, 54, 65 e 74 dias após a emergência. As análises químicas iniciais e após calagem e adubação do solo estão expressas na Tabela 1.\nNo dia 17/09/1991 foram semeadas 5 sementes de milho por vaso, e a emergência (100%) ocorreu depois de seis dias. O desbaste, deixando-se uma planta por vaso foi feito 10 dias após a emergência, quando a planta apresentava 5 folhas totalmente desenvolvidas.\nO controle do teor de água no solo por vaso foi feito pelo método gravimétrico. Todos os vasos foram irrigados a potências máximas de água no solo de -0,012 MPa até o estádio em que foi aplicado o estresse hídrico. Durante o estresse hídrico, a água no solo atingiram valores inferiores a -1,5 MPa, conforme a curva característica de água no solo. A superfície dos vasos foi coberta com um filme plástico para evitar evaporação. Semanalmente, a partir do desbaste, foi feito o controle do peso de cada vaso, em razão do ganho aproximado de matéria fresca por parte das plantas.\nAs determinações fisiológicas foram feitas em folhas fisiologicamente maduras, entre 8 e 10 horas da manhã, em uma mesma posição relativa ao ponto de crescimento, eliminando possíveis alterações na resistência à difusão devido à idade. A resistência foi determinada por um porômetro de equilíbrio constante DELTA T-Services AP-3. Imediatamente após as leituras de Rs foi avaliado o potencial água do xilema (Ψ) na folha de -1,51 e -1,81 MPa, respectivamente, significativamente maiores que as demais médias. É importante lembrar que estes valores de potencial água foram resultado de períodos de déficits hídricos aplicados, estando, portanto, as plantas nesta fase murchas e com potenciais água no solo diferente dos demais tratamentos. Valores semelhantes a estes foram encontrados por Westgate & Grant (1989), quando plantas de milho foram submetidas ao estresse hídrico, após quatro dias sem rega alcançaram potenciais água na folha de -1,5 MPa, quando este ocorreu na antecedência e -1,6 MPa no enchimento de grãos, levando estes autores a concluírem que déficits de água durante estes estádios produzem efeitos marcantes no desenvolvimento reprodutivo do milho. O estudo mostrou que na antec e o potencial água no ovário é afetado diretamente por déficit de água na planta, revelando que o enchimento de grãos este não varia, independente do estádio de água na planta. No presente trabalho, esta característica não foi medida, mas pode-se deduzir que quando a planta sofreu dois estresses (S2), desenvolveu potenciais mais negativos, garantindo assim o fluxo de água para o ovário.\nA influência do potencial exerce sobre os componentes do potencial água na planta tem sido estudada por muitos pesquisadores (Armek,1981; Maurya & Gupta, 1984; Pier & Berkowitz, 1987; Lindhauer, 1989). Nota-se, pela Tabela 3, que apesar de não ter sido registrada a condição dos outros tratamentos, independente dos níveis de estresse utilizados, o potencial água na folha foi maior (nenhos negativos) nas plantas que não receberam adubação potássica (Ko) e diferiu das doses 90 e 180 mg.dm-3 (K1 e K2).\nQuando as plantas foram irrigadas durante todo o ciclo (S0), houve uma tendência do potencial água na folha ser influenciada pela adubação potássica nos coletas 1 e 3, conferindo valores mais altos para Ko, diferentes de K1 e K2. Não houve diferença no potencial água na folha nas coletas 2 e 4 para os três níveis de potássio aplicados. A coleta 2 foi realizada em dia nublado, com baixa demanda evaporativa, conduzindo, provavelmente, a valores semelhantes ao potencial água, independente do nível de potássio aplicado. O exposto também é válido para a tabela 2, com plantas sob estresse hídrico.\nA coleta 4 foi feita em dia ensolarado, e as condições de umidade do solo foram semelhantes para todos os tratamentos. Nota-se que o potencial água na folha sofreu alguma influência da adubação potássica utilizada somente quando as plantas tinham sido submetidas a dois estresses hídricos, proporcionando valores maiores de Ψ nas plantas deficientes em potássio, significativamente diferentes de K1 e K2.\nO teor relativo de água na folha (TRA) foi afetado pelos níveis de estresses hídricos aplicados, sendo as médias diferentes entre si, porém, as doses de potássio não acarretaram diferenças nesta característica. As plantas de milho somente tiveram seus valores de TRA alterados quando estas estavam sob déficit hídrico imposto, ou seja, os níveis de coleta C2S1 e C2S2 foram significativamente diferentes entre si, apresentando valores de 70,76% e 62,74% quando as plantas encontravam-se. Independente da dose de potássio utilizada, nota-se que quando as plantas se encontravam sob um (C2S1) ou dois (C2S2) estresses hídricos, apresentaram médias de potencial água na folha de -1,51 e -1,81 MPa, respectivamente, significativamente maiores que as demais médias. É importante lembrar que estes valores de potencial água foram resultado de períodos de déficits hídricos aplicados, estando portanto, as plantas nestes estádios produzindo com potenciais água no solo diferente dos demais tratamentos. Valores semelhantes a estes foram encontrados por Westgate & Grant (1989), quando plantas de milho foram submetidas ao estresse hídrico, após quatro dias sem rega alcançaram potenciais água na folha de -1,5 MPa, quando este ocorreu na antecedência e -1,6 MPa no enchimento de grãos, levando estes autores a concluírem que déficits de água durante estes estádios produzem efeitos marcantes no desenvolvimento reprodutivo do milho. O estudo mostrou que na antec e o potencial água no ovário é afetado diretamente por déficit de água na planta, revelando que o enchimento de grãos este não varia, independente do estádio de água na planta. No presente trabalho, esta característica não foi medida, mas pode-se deduzir que quando a planta sofreu dois estresses (S2), desenvolveu potenciais mais negativos, garantindo assim o fluxo de água para o ovário.\nA influência do potencial água na folha sobre os componentes do potencial água na planta tem sido estudada por muitos pesquisadores (Armek, 1981; Maurya & Gupta, 1984; Pier & Berkowitz, 1987; Lindhauer, 1989). Nota-se, pela Tabela 3, que apesar de não ter sido registrada a condição dos outros tratamentos, independente dos níveis de estresse utilizados, o potencial água na folha foi maior (menos negativos) nas plantas que não receberam adubação potássica (Ko) e diferiu das doses 90 e 180 mg.dm-3 (K1 e K2).\nQuando as plantas foram irrigadas durante todo o ciclo (S0), houve uma tendência do potencial água na folha ser influenciada pela adubação potássica nas coletas 1 e 3, conferindo valores mais altos para Ko, diferentes de K1 e K2. Não houve diferença no potencial água na folha nas coletas 2 e 4 para os três níveis de potássio aplicados. A coleta 2 foi realizada em dia nublado, com baixa demanda evaporativa, conduzindo, provavelmente, a valores semelhantes ao potencial água, independente do nível de potássio aplicado. O exposto também é válido para a tabela 2, com plantas sob estresse hídrico.\nA coleta 4 foi feita em dia ensolarado, e as condições de umidade do solo foram semelhantes para todos os tratamentos. Nota-se que o potencial água na folha sofreu alguma influência da adubação potássica utilizada somente quando as plantas tinham sido submetidas a dois estresses hídricos, proporcionando valores maiores de Ψ nas plantas deficientes em potássio, significativamente diferentes de K1 e K2.\nO teor relativo de água na folha (TRA) foi afetado pelos níveis de estresses hídricos aplicados, sendo as médias diferentes entre si, porém, as doses de potássio não acarretaram diferenças nesta característica. As plantas de milho somente tiveram seus valores de TRA alterados quando estas estavam sob déficit hídrico imposto, ou seja, os níveis de coleta C2S1 e C2S2 foram significativamente diferentes entre si, apresentando valores de 70,76% e 62,74% quando as plantas encontravam-se. = 55% quando estavam 8 dias sob déficit hídrico. Quando as plantas foram novamente irrigadas ambos os valores mudaram rapidamente, mas, em dois dias não tinham atingido seus níveis originais. No presente trabalho, as plantas que sofreram um estresse hídrico apresentaram valores de -1,51 MPa e 70,76% para Ψ e TRA, respectivamente, e de -1,81 e 62,74% quando submetidas a dois estresses. Quando as plantas foram irrigadas observou-se visualmente que dentro de três horas as folhas estavam novamente turgidas, não foi realizada a medição das características fisiológicas. É importante lembrar que as plantas que sofreram déficits hídricos sucessivos apresentaram valores semelhantes aos dos encontrados pelos autores citados, quando as plantas foram submetidas a oito dias de déficit hídrico.\nAs doses de potássio aplicadas não alteraram os valores de TRA encontrados na folha, sendo estes estatisticamente iguais. Estes resultados diferem dos de Andersen et al. (1992b), que encontraram boa correlação entre o teor de água na parte aérea e a concentração de potássio na matéria seca, quando níveis de 50, 125 e 250 kg.ha-1 foram aplicados em plantas de cevada. Esta correlação não foi encontrada no presente trabalho.\nObserva-se ainda pela Tabela 2 que, quando dois níveis de estresse (S2) foram aplicados, a resistência difusiva ao vapor d'água (Rs) foi significativamente diferente dos níveis S0 e S1. Cabe ressaltar, porém, que no S2 não houve coleta de plantas estressadas (C2), devido ao tempo nublado na época das medições, portanto, as médias de S0 e S1 se igualaram. Sanchez-Diaz & Kramer (1971), encontraram valores de Rs aos 90 dias após emergência quando as plantas encontravam-se irrigadas. Nota-se que apenas as plantas que não receberam potássio (Ko) apresentaram altos valores de Rs, significativamente diferentes de K1 e K2. Esta medição final confirma que as plantas deficientes em potássio não possuem um controle estomático eficiente. 5.2. Absorção de nutrientes\n\nApós a avaliação estatística dos tratamentos, verificou-se que quando não se aplicou potássio no solo, o teor foliar deste nutriente não sofreu influência dos níveis de estresse hídrico e foi estatisticamente igual em todas as coletas.\n\nO efeito que o estresse hídrico exerceu sobre os teores foliares de K das plantas que receberam suplementação potássica está representado nas Figuras 2 a (e b). Verifica-se pela Figura 2a que quando as plantas foram constantemente irrigadas, a aplicação de 90mg.dm-3 de K no solo acarretou numa maior concentração deste nutriente na folha, comparado aos teores observados nas plantas que sofreram um dos dois déficits hídricos que foram estatisticamente iguais entre si e diferentes significativamente de S0. Estes resultados confirmam a influência que a umidade do solo exerce sobre a absorção de potássio, afetando as taxas de difusão deste nutriente no solo e são comparáveis aos de Mackay & Barber (1985).\n\nAinda pela Figura 2a verifica-se que os níveis de estresse hídrico não exerceram efeito sobre a absorção de potássio pela planta quando 180 mg.dm-3 de K foi aplicado ao solo. Observa-se que esta maior dosagem de potássio no solo garantiu um teor de potássio na folha nos tratamentos que sofreram déficit, semelhante ao tratamento irrigado, e foram estatisticamente iguais entre si. Com 180 mg.dm-3 de K, a deficiência hídrica não influenciou a absorção de K em função da concentração ser mais elevada, suplantando os efeitos negativos da falta de água, ou seja, a alteração no processo de difusão pela falta de água foi compensada pela dose mais elevada. Esta avaliação coincide, em parte, com observações feitas por Almeida et al. (1985), que recomendaram altos potenciais de água no solo, por propiciar maior absorção de nutrientes em plantas de milho até 42 DAE, e esta condição foi mantida no presente trabalho. Porém, discorda de Bassi (1990) que encontrou uma diferença bem acentuada nas concentrações de K entre tratamentos irrigados e não irrigados, aos 49 DAE, quando se iniciou um período de menor disponibilidade de água no solo, em condições de campo.\n\nA avaliação exposta acima pode também ser observada na Figura 2a, quando as plantas contavam 90 dias após emergência. Apesar dos níveis de estresse não se diferenciarem estatisticamente em qualquer dose de K, percebe-se que a tendência dos resultados foi semelhante àquelas obtidas aos 73 DAE, valendo lembrar que as análises foram feitas em plantas diferentes.\n\nAs plantas submetidas ao estresse hídrico enrolaram as folhas, mecanizandoSud Prece e que resultado em pequenas perdas de superfície de perda de água, nos tratamentos adubados com potássio. Observações semelhantes foram feitas por Bataglia et al. (1985) em plantas bem nutridas em N, quando comparadas as deficientes. As folhas das plantas deficientes em K não se enrolaram, mas estas apresentaram sintomas evidentes de estresse como o murchamento dos colmos.\n\nOs tratamentos de potássio aplicados condicionaram teores diferentes estatisticamente entre si: 0,23; 0,74 e 1,42 g.100g-1 de K para K0, K1 e K2, respectivamente, sendo estes níveis considerados críticos, principalmente, para K0 e K1, adequado para K2, quando comparado às concentrações críticas de 1,1 a 1,5 g.100g-1, encontrados por Peaslee & Moss (1966), em condições de vasa. Aos 48 DAE as plantas deficientes em potássio (K0) eram menores em comprimento e diâmetro de colmo, mas não apresentaram clorose marginal. A clorose marginal apareceu aos 53 DAE nos tratamentos deficientes em potássio e observação não é comentada por outros autores. Aos 76 DAE todas as plantas dos tratamentos que não tinham recebido potássio (irrigadas ou que sofreram estresse hídrico) apresentavam-se visualmente deficientes em K e foram tutoradas para impedir o acamamento. A clorose marginal também foi observada aos 70 DAE nas folhas inferiores da planta que receberam 90 mg.dm-3 potássio, e nos tratamentos que receberam 180 mg.dm-3 de K não foi detectada deficiência visual.\n\nO estresse hídrico não afetou a absorção de nitrogênio pelas plantas de milho e estes resultados são comparáveis aos de Jenne et al. (1958). Independentemente dos níveis de coleta ou estresse hídrico utilizados, os tratamentos K0, K1 e K2 apresentaram concentrações foliares de N, respectivamente, de 2,48; 2,07 e 2,13 g.100g-1. Pode-se observar que a concentração foliar de nitrogênio das plantas deficientes em potássio (K0) foi maior e significativamente diferente dos tratamentos K1 e K2. Esse fato deve ter ocorrido devido ao menor tamanho da plantas deficientes em potássio, elevando-se o teor de N no tecido foliar.\n\nO teor foliar de cálcio não sofreu influência do estresse hídrico quando não houve suplementação potássica (K0), sendo estatisticamente igual em todas as coletas. Quando se aplicou potássio no solo, 90 ou 180 mg.dm-3, houve diferença na concentração foliar de cálcio nas coletas, mas o estresse hídrico não influenciou este valor.\n\nAlmeida et al. (1985) também não observaram diferenças significativas sobre este tratamento nos teores de potássio e, exceto da dose de 50 kg/ha de K0.\n\nA absorção de magnésio não foi afetada pelos tratamentos de estresse hídrico e estes resultados são comparáveis aos encontrados por Jenne et al. (1985).\n\nAs aplicações das doses de 0, 90 e 180 mg.dm-3 de K condicionaram teores médios de magnésio na folha de 0,87; 0,54 e 0,38 g.100g-1, respectivamente, significativamente diferentes entre si, independente do estresse hídrico. A concentração foliar de magnésio sempre apresentou-se haurir com o aumento da dose de K no solo, exceto na terceira coleta onde as plantas irrigadas constantemente apresentaram valores de 0,74; 0,57 e 0,45 para K0, K1 e K2, respectivamente. Os valores encontrados estiveram sempre acima do nível crítico, que, segundo Peaslee & Moss (1966), está em torno de 0,15 g.100g-1. A variação da concentração de magnésio na folha foi semelhante à de cálcio, aumentando a absorção quando não se utiliza potássio no solo e diminuindo quando o nutriente é utilizado. Tal observação é confirmada por Alves et al. (1988), Lindhauer et al. (1989) e Krumin et al. (1990).\n\nA concentração de fósforo não sofreu influência dos estresses hídricos aplicados, quando as plantas não receberam potássio, onde houve diminuição do teor de fósforo na folha na aplicação do estresse hídrico. Bassioli (1990) também não encontrou diferenças na absorção de fósforo pelas plantas de milho nos tratamentos irrigados e não As plantas que receberam potássio (90 ou 180 mg.dm-3 de K) tiveram teores de fósforo na folha significativamente menores do que as que não receberam potássio no solo (K0). Assim, a exemplo do N, a maior concentração de fósforo nas folhas das plantas deficientes em potássio deve ter ocorrido devido ao menor tamanho destas plantas. A concentração média de 0,18 g.100g-1, para as plantas adubadas com potássio, foi semelhante às encontradas por Jenne et al. (1958) e Almeida et al. (1985).\n\nQuando não se usou potássio a concentração média de enxofre na folha foi de 0,23 g.100g-1, sendo maior e significativamente diferente dos teores encontrados quando 90 mg.dm-3 (0,17 g.100g-1) ou 180 mg.dm-3 (0,15 g.100g-1) de K foi utilizado, que se igualaram estatisticamente. Os valores encontrados neste experimento são menores que os encontrados por Andrade et al. (1975), porém assemelham aos resultados encontrados por Basso et al. (1990).\n\nBassioli (1990) verificou que a acumulação de S pela parte aérea do milho foi influenciada pela irrigação a partir de 59 DAE, o que discorda dos resultados encontrados neste trabalho, onde o déficit hídrico, dentro de uma mesma coleta não influenciou a absorção de S pela planta.\n\n5.3. Características biométricas.\n\nPode-se verificar pela Tabela 4 que o estresse hídrico não afetou a área foliar da cultura do milho. Aos 90 dias após emergência as plantas apresentavam 19 folhas desenvolvidas e a área foliar neste estado de desenvolvimento foi em média 25% menor do que a encontrada por Machado et al. (1982), em condições de campo. Apesar do déficit hídrico ter sido intenso este não foi suficiente para causar reduções na área foliar da cultura e a discrepância entre este trabalho e outros deve-se provavelmente, à intensidade de estresse ou a fatores intrínsecos da variedade.\n\nAinda pela Tabela 4, observa-se que as plantas que não receberam potássio apresentaram área foliar 42,3 %, em média, menor e significativamente diferente de K1 e K2, que se igualaram.\n\nA matéria seca total, determinada pelo somatório da matéria seca de raízes, colmos, folhas, espigas e inflorescências, não sofreu influência dos estresses hídricos aplicados. Como já foi comentado para a área foliar, pode-se observar pela Tabela 4 que os tratamentos de estresse hídrico não causaram reduções na produção e estes resultados foram observados por outros autores (Classen & Shaw, 1970; Lewis et al., 1974).\n\nAinda pela Tabela 4 pode-se observar que as plantas que não foram adubadas com potássio apresentaram a produção de matéria seca 171% menor que os tratamentos K1 ou K2, que foram estatisticamente iguais entre si.\n\nA Tabela 5 mostra que a matéria seca das várias partes da planta não foi afetada pelo estresse hídrico. No entanto, todas as partes da planta sofreram influências das dose de K aplicadas, exceto, as inflorescências. Pode-se verificar, ainda, que as doses de K aplicadas, 90 ou 180 g.dm-3, estimularam a produção semelhante de matéria seca, sendo estatisticamente iguais entre si e maiores que K0, estimula maior produção de raízes. É importante ressaltar que, em média, as raízes foram responsáveis por aproximadamente 36 % da matéria seca, as folhas por 27%, os colmos por 19% e as espigas por 15%. Considerando apenas a parte aérea os colmos contribuíram com 43%, as folhas com 30% e as espigas com 23% da matéria seca e estes resultados são comparáveis aos de Machado et al. (1982).\n5.4. Eficiência do uso da água\nPela Tabela 4 pode-se verificar que o potássio aplicado exerceu influência sobre a eficiência do uso da água da cultura e esta aumento significativamente quando foi aumentada a dose de aplicação do potássio. Estes resultados estão de acordo com Andersen et al. (1992a).\nA eficiência do uso da água não sofreu influência significativa dos tratamentos de estresse hídrico pois estes não causaram redução no tamanho das plantas, apesar do consumo de água ter diminuído significativamente quando dois estresses foram aplicados (Tabela 4). Estas observações não coincidem com as de Robins & Domingos (1953) e COSTA et al. (1988), no entanto estes autores encontraram diferenças significativas no tamanho das plantas quando se limitou o fornecimento de água. Conforme citado, no presente trabalho o estresse hídrico não afetou a produção de matéria seca das plantas.\n6 CONCLUSÕES\nOs níveis de estresse hídrico utilizados não afetaram a área foliar, nem a matéria seca, deduzindo-se que a cultivar estudada suportaria estresses hídricos de maior intensidade e/ou duração.\nA produção de matéria seca das várias partes da planta foi igual para os tratamentos que receberam potássio, exceto para as raízes, que apresentaram maior produção com a elevação da dose de potássio aplicada, sugerindo que estas plantas utilizariam melhor a água do solo, o que ajudaria a diminuir o efeito do estresse hídrico por ocasião dos veranicos.\nA eficiência do uso da água não sofreu influência do estresse hídrico, entretanto aumentou com a elevação da adubação potássica.\nTabela 1. Caracterização química do solo.\nTratamento pH em (H+Al) K Ca cmolc. dm³ Mg V (%)\nH2O 4,8 6,57 0,03 0,16 0,04 0,23 6,80 3,4\nT 5,5 4,16 0,05 2,10 1,47 3,62 7,78 47 IRRIGA - Botucatu, Vol. 2, Número 1 1997\nCont.\nK1 5,5 4,16 0,26 2,10 1,47 3,83 7,79 48\nK2 5,5 4,16 0,52 2,10 1,47 4,09 8,25 50\nT= Testemunha, solo original; K0= solo que recebeu calagem; K1= solo que recebeu calagem e 90 mg.dm³ de K; K2= solo que recebeu calagem e 180 mg.dm³ de K.\nTabela 2. Valores de potencial água (Ψ), teor relativo de água (TRA) e resistência difusiva ao vapor d'água (Rs) encontrados nas folhas de plantas de milho, durante o experimento.\nTratamento Ψ (-MPa) TRA (%) Rs (s/cm)\nC1S0 1,05 bc 91,15 a 1,49 d\nC2S0 0,67 c 89,60 a -\nC3S0 0,95 bc 93,63 a 3,59 b\nC4S0 0,84 bc 93,01 a 3,51 bc\nC1S1 1,51 ab 70,76 b -\nC2S1 1,01 bc 93,48 a 3,04 e\nC3S1 0,82 bc 94,97 a 3,16 c\nC4S1 1,81 a 62,74 c 11,91 a\nC5S2 0,83 bc 92,86 a 3,83 b\nd.m.s. 0,73 7,90 0,65\nTabela 3. Potencial água na folha (-MPa), encontrados na folha de plantas de milho, em função dos níveis de potássio, durante o experimento.\nColetas © K0 K1 K2\nC1S0 0,85 1,11 1,19\nC2S0 0,62 0,55 0,83\nC3S0 0,50 1,16 1,19\nC4S0 0,71 0,84 0,95\nC5S1 1,41 1,55 1,57\nC6S1 0,66 1,23 1,13\nC7S0 0,92 0,83 0,71\nC8S2 1,52 1,95 1,98\nC9S3 0,72 0,89 1,07\nMédia de K 0,86 1,12 1,18\nd.m.s. K=0,94 Tabela 4. Água consumida, matéria seca total, eficiência do uso da água e área foliar da cultura do milho, aos 90 DAE, calculada com a média de 3 repetições.\nTratamento Água consumi- da (dm³) MS Total (g) EUA (g.dm²) A Foliar (cm²)\nK0S0 18,72 71,1 4,12 4575\nK0S1 19,27 84,3 4,34 4611\nK0S2 16,10 79,8 4,70 5012\nMédia de K0 18,33 b (1) 80,4 b 4,40 c 4377 b\nK1S0 27,74 223,2 8,02 6479\nK1S1 27,32 202,0 7,39 5968\nK1S2 25,66 204,7 7,98 6216\nMédia de K1 26,91 a 209,7 a 7,80 b 6221 a\nK2S0 27,58 220,0 7,98 6064\nK2S1 27,08 238,0 8,79 6307\nK2S2 25,73 220,7 8,58 6333\nMédia de K2 26,79 a 226,2 a 8,32 a 6215\nMédia 24,01 172,1 6,88 5729\nd.m.s. 1,29 27,1 0,31 484\nTabela 5. Produção de matéria seca de: raízes (MSR), folhas (MSF), colmos (MSC), espigas (MSE) e inflorescências (MSI) da plantas de milho aos 90 DAE, expressa em gramas.\nTratamento MSR MSF MSC MSE MSI\nK0S0 21,07 27,61 22,43 2,01 4,00\nK0S1 25,24 29,64 22,56 3,51 3,34\nK0S2 24,24 27,91 19,74 5,14 3,16\nMédia de K0 23,52 a (1) 28,39 b 21,58 b 3,55 b 3,50\nK1S0 75,74 38,97 46,16 38,19 5,82\nK1S1 67,51 34,93 57,25 38,74 6,40\nK1S2 76,10 35,52 53,52 33,77 6,07\nMédia de K1 73,12 b 36,47 a 36,77 a 5,50\nK2S0 80,84 34,83 58,47 38,47 5,50\nK2S1 96,16 36,03 66,82 33,44 5,98 IRRIGA - Botucatu, Vol. 2, Número 1 1997 Cont. K2S1 91,19 34,72 57,45 34,24 3,37 Média de K2 89,40 35,04 60,91 a 36,34 a 4,91 Média de S0 59,22 33,65 48,35 27,18 5,07 Média de S1 62,97 33,53 48,88 25,10 4,64 Média de S2 63,84 32,72 43,57 24,38 4,20 Média 62,01 33,30 46,93 25,55 4,64 d.m.s. 7,92 2,89 2,89 9,27 (1) Médias seguidas de letras minúsculas diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADETORO, R. Water use, transpiration coefficient and water use efficiency of maize and soybeans as affected by increase rates of potassium. Potash Rev., n.2, p., 1990. ALMEIDA E. C. et al. Efeito de faixas de potencial matricial sobre o crescimento do milho em casa de vegetação. Rev. Bras. Cienc. Solo, v.9, p.272-6, 1985. ALVES, A.C. et al. Exigências nutricionais em potássio, cálcio e magnésio do sorgo sacarino. Pesqui. Agropecu. Bras., v.23, p.529-36, 1988. ANDERSEN, M.N. et al. 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CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS, ABSORÇÃO DE NUTRIENTES E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MILHO (Zea mays L.) EM FUNÇÃO DO NÍVEL DE POTÁSSIO E ESTRESSE HÍDRICO1\n\nElizabeth Ferreira\nEscola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás - UFG - Goiânia, GO.\nLeonardo Teodoro Büll\nDepartamento de Ciência do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP - Botucatu, SP\n\n1 RESUMO\n\nFoi conduzido um experimento em vasos, em casa de vegetação telada, com o objetivo de avaliar o efeito de variações nas doses de potássio e nos níveis de estresse hídrico sobre as características fisiológicas, absorção de nutrientes e desenvolvimento de plantas de milho. Da análise geral dos resultados obtidos pode-se inferir que: as plantas de milho, quando se encontravam sob déficit hídrico, apresentaram baixos valores de potencial água na folha (Ψ) e teor relativo de água na folha (TRA) e alta resistência estomática (Rs). O potássio possibilitou a manutenção de maior potencial hídrico e melhor controle estomático, mas não influenciou o TRA; o estresse hídrico somente influenciou a concentração foliar de potássio na dose intermediária da adubação potássica. O teor foliar dos demais nutrientes não sofreu influência da deficiência hídrica; os níveis de estresse hídrico utilizados não afetaram a área foliar, nem a produção de matéria seca; os tratamentos que receberam a maior dose de potássio produziram maior quantidade de raízes, sugerindo que plantas sob esta condição utilizariam melhor a água do solo; a eficiência do uso da água não sofreu influência do estresse hídrico, entretanto aumentou com a elevação da adubação potássica.\n\nUNITERMOS: estresse hídrico, potássio, milho FERREIRA, E., BÜLL, L. T.\nHidric stress and potassium level acting on physiological characteristics, nutrient uptake and development of corn plants (Zea mays, L.)\n\n2 ABSTRACT\n\nA pot experiment was carried out, in screened greenhouse, with the aim to evaluate the effect of the variation of potassium levels and water stress levels on physiological characteristics, nutrient uptake and development of corn. From the general analysis of the obtained results, the following could be inferred: corn plants under water deficit, presented low values of water potential in leaves (Ψ), and relative water content of leaves (CWR), and high stomatal resistence (Rs). Potassium permitted maintenence of higher water potential and better stomatal control, however without influence on CWR; water stress only influenced leaf concentration of potassium in the intermediate potassium levels. Other nutrients in leaves were not influenced by the water deficiency; water stress level neither affected leaf area, nor the production of dry matter; treatments with received the higher potassium level produced more roots, suggesting that plants under these conditions better utilized soil water; water utilization efficiency was not influenced by water stress, nevertheless it increased with the intensification of potassium levels.\n\nKEYWORDS: water stress, potassium, maize O estudo consistiu na instalação de um ensaio, com plantas de milho cv. Braskalb XL678, em casa de vegetação telada, em vasos plástico contendo 8 Kg de TSA (peneira 4mm). O solo utilizado no enchimento dos vasos foi classificado como Latossolo Roxo álico, textura argilosa (Carvalho et al., 1983), contendo 151, 329 e 504 g.kg-1, respectivamente, de areia, silte e argila, e densidade aparente de 1,42 g.cm-3.\n\nO delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, em esquema fatorial, com três repetições. Os tratamentos consistiram da aplicação de três doses de potássio na forma de KCl (0, 90 e 180 mg.dm-3, respectivamente, Ko, K1 e K2) e três condições de estresse hídrico, sendo plantas sem estresse (S0), plantas que sofreram 1 estresse hídrico aos 48 dias após a emergência (S1) e plantas que sofreram 2 estresses hídricos, aos 48 e 73 DAE (S2). A avaliação dos estádios de desenvolvimento da planta foi feita seguindo metodologia de Gomes & Karazawa (1982), sendo que as épocas 48 e 73 DAE corresponderam, respectivamente, aos estádios E2.5 (plantas apresentavam 9 a 10 folhas desenvolvidas) e E4 (início do pendonamento). A coleta das plantas foi feita em épocas distintas sendo: S0 aos 48, 52, 73 e 90 DAE, S1 aos 52, 73 e 90 DAE e S2 aos 73 e 90 DAE.\n\nO solo foi incubado com 4,77 tha-1 (19g.vaso-1) de calcário dolomítico DAE correspondendo a um dosi resisives de pHndaemonato). A coleta das plantas foi feita em épocas distintas sendo: S0 aos 48, 52, 73 e 90 DAE, S1 aos 52, 73 e 90 DAE e S2 aos 73 e 90 DAE. vaso foi suplementado com 200 mg.kg-1 (20,4 g/vaso) de superfosfato simples. A adubação nitrogenada de plantio foi feita na dose de 40 mg.kg-1 (1,6 g SA/vaso) e as seis adubações nitrogenadas de cobertura, somaram 240 mg.kg-1 de SA. A aplicação de micronutrientes (Waugh & Fitts, 1966), na forma de solução aquosa, foi feita aos 20, 30, 38, 54, 65 e 74 dias após a emergência. As análises químicas iniciais e após calagem e adubação do solo estão expressas na Tabela 1.\nNo dia 17/09/1991 foram semeadas 5 sementes de milho por vaso, e a emergência (100%) ocorreu depois de seis dias. O desbaste, deixando-se uma planta por vaso foi feito 10 dias após a emergência, quando a planta apresentava 5 folhas totalmente desenvolvidas.\nO controle do teor de água no solo por vaso foi feito pelo método gravimétrico. Todos os vasos foram irrigados a potências máximas de água no solo de -0,012 MPa até o estádio em que foi aplicado o estresse hídrico. Durante o estresse hídrico, a água no solo atingiram valores inferiores a -1,5 MPa, conforme a curva característica de água no solo. A superfície dos vasos foi coberta com um filme plástico para evitar evaporação. Semanalmente, a partir do desbaste, foi feito o controle do peso de cada vaso, em razão do ganho aproximado de matéria fresca por parte das plantas.\nAs determinações fisiológicas foram feitas em folhas fisiologicamente maduras, entre 8 e 10 horas da manhã, em uma mesma posição relativa ao ponto de crescimento, eliminando possíveis alterações na resistência à difusão devido à idade. A resistência foi determinada por um porômetro de equilíbrio constante DELTA T-Services AP-3. Imediatamente após as leituras de Rs foi avaliado o potencial água do xilema (Ψ) na folha de -1,51 e -1,81 MPa, respectivamente, significativamente maiores que as demais médias. É importante lembrar que estes valores de potencial água foram resultado de períodos de déficits hídricos aplicados, estando, portanto, as plantas nesta fase murchas e com potenciais água no solo diferente dos demais tratamentos. Valores semelhantes a estes foram encontrados por Westgate & Grant (1989), quando plantas de milho foram submetidas ao estresse hídrico, após quatro dias sem rega alcançaram potenciais água na folha de -1,5 MPa, quando este ocorreu na antecedência e -1,6 MPa no enchimento de grãos, levando estes autores a concluírem que déficits de água durante estes estádios produzem efeitos marcantes no desenvolvimento reprodutivo do milho. O estudo mostrou que na antec e o potencial água no ovário é afetado diretamente por déficit de água na planta, revelando que o enchimento de grãos este não varia, independente do estádio de água na planta. No presente trabalho, esta característica não foi medida, mas pode-se deduzir que quando a planta sofreu dois estresses (S2), desenvolveu potenciais mais negativos, garantindo assim o fluxo de água para o ovário.\nA influência do potencial exerce sobre os componentes do potencial água na planta tem sido estudada por muitos pesquisadores (Armek,1981; Maurya & Gupta, 1984; Pier & Berkowitz, 1987; Lindhauer, 1989). Nota-se, pela Tabela 3, que apesar de não ter sido registrada a condição dos outros tratamentos, independente dos níveis de estresse utilizados, o potencial água na folha foi maior (nenhos negativos) nas plantas que não receberam adubação potássica (Ko) e diferiu das doses 90 e 180 mg.dm-3 (K1 e K2).\nQuando as plantas foram irrigadas durante todo o ciclo (S0), houve uma tendência do potencial água na folha ser influenciada pela adubação potássica nos coletas 1 e 3, conferindo valores mais altos para Ko, diferentes de K1 e K2. Não houve diferença no potencial água na folha nas coletas 2 e 4 para os três níveis de potássio aplicados. A coleta 2 foi realizada em dia nublado, com baixa demanda evaporativa, conduzindo, provavelmente, a valores semelhantes ao potencial água, independente do nível de potássio aplicado. O exposto também é válido para a tabela 2, com plantas sob estresse hídrico.\nA coleta 4 foi feita em dia ensolarado, e as condições de umidade do solo foram semelhantes para todos os tratamentos. Nota-se que o potencial água na folha sofreu alguma influência da adubação potássica utilizada somente quando as plantas tinham sido submetidas a dois estresses hídricos, proporcionando valores maiores de Ψ nas plantas deficientes em potássio, significativamente diferentes de K1 e K2.\nO teor relativo de água na folha (TRA) foi afetado pelos níveis de estresses hídricos aplicados, sendo as médias diferentes entre si, porém, as doses de potássio não acarretaram diferenças nesta característica. As plantas de milho somente tiveram seus valores de TRA alterados quando estas estavam sob déficit hídrico imposto, ou seja, os níveis de coleta C2S1 e C2S2 foram significativamente diferentes entre si, apresentando valores de 70,76% e 62,74% quando as plantas encontravam-se. Independente da dose de potássio utilizada, nota-se que quando as plantas se encontravam sob um (C2S1) ou dois (C2S2) estresses hídricos, apresentaram médias de potencial água na folha de -1,51 e -1,81 MPa, respectivamente, significativamente maiores que as demais médias. É importante lembrar que estes valores de potencial água foram resultado de períodos de déficits hídricos aplicados, estando portanto, as plantas nestes estádios produzindo com potenciais água no solo diferente dos demais tratamentos. Valores semelhantes a estes foram encontrados por Westgate & Grant (1989), quando plantas de milho foram submetidas ao estresse hídrico, após quatro dias sem rega alcançaram potenciais água na folha de -1,5 MPa, quando este ocorreu na antecedência e -1,6 MPa no enchimento de grãos, levando estes autores a concluírem que déficits de água durante estes estádios produzem efeitos marcantes no desenvolvimento reprodutivo do milho. O estudo mostrou que na antec e o potencial água no ovário é afetado diretamente por déficit de água na planta, revelando que o enchimento de grãos este não varia, independente do estádio de água na planta. No presente trabalho, esta característica não foi medida, mas pode-se deduzir que quando a planta sofreu dois estresses (S2), desenvolveu potenciais mais negativos, garantindo assim o fluxo de água para o ovário.\nA influência do potencial água na folha sobre os componentes do potencial água na planta tem sido estudada por muitos pesquisadores (Armek, 1981; Maurya & Gupta, 1984; Pier & Berkowitz, 1987; Lindhauer, 1989). Nota-se, pela Tabela 3, que apesar de não ter sido registrada a condição dos outros tratamentos, independente dos níveis de estresse utilizados, o potencial água na folha foi maior (menos negativos) nas plantas que não receberam adubação potássica (Ko) e diferiu das doses 90 e 180 mg.dm-3 (K1 e K2).\nQuando as plantas foram irrigadas durante todo o ciclo (S0), houve uma tendência do potencial água na folha ser influenciada pela adubação potássica nas coletas 1 e 3, conferindo valores mais altos para Ko, diferentes de K1 e K2. Não houve diferença no potencial água na folha nas coletas 2 e 4 para os três níveis de potássio aplicados. A coleta 2 foi realizada em dia nublado, com baixa demanda evaporativa, conduzindo, provavelmente, a valores semelhantes ao potencial água, independente do nível de potássio aplicado. O exposto também é válido para a tabela 2, com plantas sob estresse hídrico.\nA coleta 4 foi feita em dia ensolarado, e as condições de umidade do solo foram semelhantes para todos os tratamentos. Nota-se que o potencial água na folha sofreu alguma influência da adubação potássica utilizada somente quando as plantas tinham sido submetidas a dois estresses hídricos, proporcionando valores maiores de Ψ nas plantas deficientes em potássio, significativamente diferentes de K1 e K2.\nO teor relativo de água na folha (TRA) foi afetado pelos níveis de estresses hídricos aplicados, sendo as médias diferentes entre si, porém, as doses de potássio não acarretaram diferenças nesta característica. As plantas de milho somente tiveram seus valores de TRA alterados quando estas estavam sob déficit hídrico imposto, ou seja, os níveis de coleta C2S1 e C2S2 foram significativamente diferentes entre si, apresentando valores de 70,76% e 62,74% quando as plantas encontravam-se. = 55% quando estavam 8 dias sob déficit hídrico. Quando as plantas foram novamente irrigadas ambos os valores mudaram rapidamente, mas, em dois dias não tinham atingido seus níveis originais. No presente trabalho, as plantas que sofreram um estresse hídrico apresentaram valores de -1,51 MPa e 70,76% para Ψ e TRA, respectivamente, e de -1,81 e 62,74% quando submetidas a dois estresses. Quando as plantas foram irrigadas observou-se visualmente que dentro de três horas as folhas estavam novamente turgidas, não foi realizada a medição das características fisiológicas. É importante lembrar que as plantas que sofreram déficits hídricos sucessivos apresentaram valores semelhantes aos dos encontrados pelos autores citados, quando as plantas foram submetidas a oito dias de déficit hídrico.\nAs doses de potássio aplicadas não alteraram os valores de TRA encontrados na folha, sendo estes estatisticamente iguais. Estes resultados diferem dos de Andersen et al. (1992b), que encontraram boa correlação entre o teor de água na parte aérea e a concentração de potássio na matéria seca, quando níveis de 50, 125 e 250 kg.ha-1 foram aplicados em plantas de cevada. Esta correlação não foi encontrada no presente trabalho.\nObserva-se ainda pela Tabela 2 que, quando dois níveis de estresse (S2) foram aplicados, a resistência difusiva ao vapor d'água (Rs) foi significativamente diferente dos níveis S0 e S1. Cabe ressaltar, porém, que no S2 não houve coleta de plantas estressadas (C2), devido ao tempo nublado na época das medições, portanto, as médias de S0 e S1 se igualaram. Sanchez-Diaz & Kramer (1971), encontraram valores de Rs aos 90 dias após emergência quando as plantas encontravam-se irrigadas. Nota-se que apenas as plantas que não receberam potássio (Ko) apresentaram altos valores de Rs, significativamente diferentes de K1 e K2. Esta medição final confirma que as plantas deficientes em potássio não possuem um controle estomático eficiente. 5.2. Absorção de nutrientes\n\nApós a avaliação estatística dos tratamentos, verificou-se que quando não se aplicou potássio no solo, o teor foliar deste nutriente não sofreu influência dos níveis de estresse hídrico e foi estatisticamente igual em todas as coletas.\n\nO efeito que o estresse hídrico exerceu sobre os teores foliares de K das plantas que receberam suplementação potássica está representado nas Figuras 2 a (e b). Verifica-se pela Figura 2a que quando as plantas foram constantemente irrigadas, a aplicação de 90mg.dm-3 de K no solo acarretou numa maior concentração deste nutriente na folha, comparado aos teores observados nas plantas que sofreram um dos dois déficits hídricos que foram estatisticamente iguais entre si e diferentes significativamente de S0. Estes resultados confirmam a influência que a umidade do solo exerce sobre a absorção de potássio, afetando as taxas de difusão deste nutriente no solo e são comparáveis aos de Mackay & Barber (1985).\n\nAinda pela Figura 2a verifica-se que os níveis de estresse hídrico não exerceram efeito sobre a absorção de potássio pela planta quando 180 mg.dm-3 de K foi aplicado ao solo. Observa-se que esta maior dosagem de potássio no solo garantiu um teor de potássio na folha nos tratamentos que sofreram déficit, semelhante ao tratamento irrigado, e foram estatisticamente iguais entre si. Com 180 mg.dm-3 de K, a deficiência hídrica não influenciou a absorção de K em função da concentração ser mais elevada, suplantando os efeitos negativos da falta de água, ou seja, a alteração no processo de difusão pela falta de água foi compensada pela dose mais elevada. Esta avaliação coincide, em parte, com observações feitas por Almeida et al. (1985), que recomendaram altos potenciais de água no solo, por propiciar maior absorção de nutrientes em plantas de milho até 42 DAE, e esta condição foi mantida no presente trabalho. Porém, discorda de Bassi (1990) que encontrou uma diferença bem acentuada nas concentrações de K entre tratamentos irrigados e não irrigados, aos 49 DAE, quando se iniciou um período de menor disponibilidade de água no solo, em condições de campo.\n\nA avaliação exposta acima pode também ser observada na Figura 2a, quando as plantas contavam 90 dias após emergência. Apesar dos níveis de estresse não se diferenciarem estatisticamente em qualquer dose de K, percebe-se que a tendência dos resultados foi semelhante àquelas obtidas aos 73 DAE, valendo lembrar que as análises foram feitas em plantas diferentes.\n\nAs plantas submetidas ao estresse hídrico enrolaram as folhas, mecanizandoSud Prece e que resultado em pequenas perdas de superfície de perda de água, nos tratamentos adubados com potássio. Observações semelhantes foram feitas por Bataglia et al. (1985) em plantas bem nutridas em N, quando comparadas as deficientes. As folhas das plantas deficientes em K não se enrolaram, mas estas apresentaram sintomas evidentes de estresse como o murchamento dos colmos.\n\nOs tratamentos de potássio aplicados condicionaram teores diferentes estatisticamente entre si: 0,23; 0,74 e 1,42 g.100g-1 de K para K0, K1 e K2, respectivamente, sendo estes níveis considerados críticos, principalmente, para K0 e K1, adequado para K2, quando comparado às concentrações críticas de 1,1 a 1,5 g.100g-1, encontrados por Peaslee & Moss (1966), em condições de vasa. Aos 48 DAE as plantas deficientes em potássio (K0) eram menores em comprimento e diâmetro de colmo, mas não apresentaram clorose marginal. A clorose marginal apareceu aos 53 DAE nos tratamentos deficientes em potássio e observação não é comentada por outros autores. Aos 76 DAE todas as plantas dos tratamentos que não tinham recebido potássio (irrigadas ou que sofreram estresse hídrico) apresentavam-se visualmente deficientes em K e foram tutoradas para impedir o acamamento. A clorose marginal também foi observada aos 70 DAE nas folhas inferiores da planta que receberam 90 mg.dm-3 potássio, e nos tratamentos que receberam 180 mg.dm-3 de K não foi detectada deficiência visual.\n\nO estresse hídrico não afetou a absorção de nitrogênio pelas plantas de milho e estes resultados são comparáveis aos de Jenne et al. (1958). Independentemente dos níveis de coleta ou estresse hídrico utilizados, os tratamentos K0, K1 e K2 apresentaram concentrações foliares de N, respectivamente, de 2,48; 2,07 e 2,13 g.100g-1. Pode-se observar que a concentração foliar de nitrogênio das plantas deficientes em potássio (K0) foi maior e significativamente diferente dos tratamentos K1 e K2. Esse fato deve ter ocorrido devido ao menor tamanho da plantas deficientes em potássio, elevando-se o teor de N no tecido foliar.\n\nO teor foliar de cálcio não sofreu influência do estresse hídrico quando não houve suplementação potássica (K0), sendo estatisticamente igual em todas as coletas. Quando se aplicou potássio no solo, 90 ou 180 mg.dm-3, houve diferença na concentração foliar de cálcio nas coletas, mas o estresse hídrico não influenciou este valor.\n\nAlmeida et al. (1985) também não observaram diferenças significativas sobre este tratamento nos teores de potássio e, exceto da dose de 50 kg/ha de K0.\n\nA absorção de magnésio não foi afetada pelos tratamentos de estresse hídrico e estes resultados são comparáveis aos encontrados por Jenne et al. (1985).\n\nAs aplicações das doses de 0, 90 e 180 mg.dm-3 de K condicionaram teores médios de magnésio na folha de 0,87; 0,54 e 0,38 g.100g-1, respectivamente, significativamente diferentes entre si, independente do estresse hídrico. A concentração foliar de magnésio sempre apresentou-se haurir com o aumento da dose de K no solo, exceto na terceira coleta onde as plantas irrigadas constantemente apresentaram valores de 0,74; 0,57 e 0,45 para K0, K1 e K2, respectivamente. Os valores encontrados estiveram sempre acima do nível crítico, que, segundo Peaslee & Moss (1966), está em torno de 0,15 g.100g-1. A variação da concentração de magnésio na folha foi semelhante à de cálcio, aumentando a absorção quando não se utiliza potássio no solo e diminuindo quando o nutriente é utilizado. Tal observação é confirmada por Alves et al. (1988), Lindhauer et al. (1989) e Krumin et al. (1990).\n\nA concentração de fósforo não sofreu influência dos estresses hídricos aplicados, quando as plantas não receberam potássio, onde houve diminuição do teor de fósforo na folha na aplicação do estresse hídrico. Bassioli (1990) também não encontrou diferenças na absorção de fósforo pelas plantas de milho nos tratamentos irrigados e não As plantas que receberam potássio (90 ou 180 mg.dm-3 de K) tiveram teores de fósforo na folha significativamente menores do que as que não receberam potássio no solo (K0). Assim, a exemplo do N, a maior concentração de fósforo nas folhas das plantas deficientes em potássio deve ter ocorrido devido ao menor tamanho destas plantas. A concentração média de 0,18 g.100g-1, para as plantas adubadas com potássio, foi semelhante às encontradas por Jenne et al. (1958) e Almeida et al. (1985).\n\nQuando não se usou potássio a concentração média de enxofre na folha foi de 0,23 g.100g-1, sendo maior e significativamente diferente dos teores encontrados quando 90 mg.dm-3 (0,17 g.100g-1) ou 180 mg.dm-3 (0,15 g.100g-1) de K foi utilizado, que se igualaram estatisticamente. Os valores encontrados neste experimento são menores que os encontrados por Andrade et al. (1975), porém assemelham aos resultados encontrados por Basso et al. (1990).\n\nBassioli (1990) verificou que a acumulação de S pela parte aérea do milho foi influenciada pela irrigação a partir de 59 DAE, o que discorda dos resultados encontrados neste trabalho, onde o déficit hídrico, dentro de uma mesma coleta não influenciou a absorção de S pela planta.\n\n5.3. Características biométricas.\n\nPode-se verificar pela Tabela 4 que o estresse hídrico não afetou a área foliar da cultura do milho. Aos 90 dias após emergência as plantas apresentavam 19 folhas desenvolvidas e a área foliar neste estado de desenvolvimento foi em média 25% menor do que a encontrada por Machado et al. (1982), em condições de campo. Apesar do déficit hídrico ter sido intenso este não foi suficiente para causar reduções na área foliar da cultura e a discrepância entre este trabalho e outros deve-se provavelmente, à intensidade de estresse ou a fatores intrínsecos da variedade.\n\nAinda pela Tabela 4, observa-se que as plantas que não receberam potássio apresentaram área foliar 42,3 %, em média, menor e significativamente diferente de K1 e K2, que se igualaram.\n\nA matéria seca total, determinada pelo somatório da matéria seca de raízes, colmos, folhas, espigas e inflorescências, não sofreu influência dos estresses hídricos aplicados. Como já foi comentado para a área foliar, pode-se observar pela Tabela 4 que os tratamentos de estresse hídrico não causaram reduções na produção e estes resultados foram observados por outros autores (Classen & Shaw, 1970; Lewis et al., 1974).\n\nAinda pela Tabela 4 pode-se observar que as plantas que não foram adubadas com potássio apresentaram a produção de matéria seca 171% menor que os tratamentos K1 ou K2, que foram estatisticamente iguais entre si.\n\nA Tabela 5 mostra que a matéria seca das várias partes da planta não foi afetada pelo estresse hídrico. No entanto, todas as partes da planta sofreram influências das dose de K aplicadas, exceto, as inflorescências. Pode-se verificar, ainda, que as doses de K aplicadas, 90 ou 180 g.dm-3, estimularam a produção semelhante de matéria seca, sendo estatisticamente iguais entre si e maiores que K0, estimula maior produção de raízes. É importante ressaltar que, em média, as raízes foram responsáveis por aproximadamente 36 % da matéria seca, as folhas por 27%, os colmos por 19% e as espigas por 15%. Considerando apenas a parte aérea os colmos contribuíram com 43%, as folhas com 30% e as espigas com 23% da matéria seca e estes resultados são comparáveis aos de Machado et al. (1982).\n5.4. Eficiência do uso da água\nPela Tabela 4 pode-se verificar que o potássio aplicado exerceu influência sobre a eficiência do uso da água da cultura e esta aumento significativamente quando foi aumentada a dose de aplicação do potássio. Estes resultados estão de acordo com Andersen et al. (1992a).\nA eficiência do uso da água não sofreu influência significativa dos tratamentos de estresse hídrico pois estes não causaram redução no tamanho das plantas, apesar do consumo de água ter diminuído significativamente quando dois estresses foram aplicados (Tabela 4). Estas observações não coincidem com as de Robins & Domingos (1953) e COSTA et al. (1988), no entanto estes autores encontraram diferenças significativas no tamanho das plantas quando se limitou o fornecimento de água. Conforme citado, no presente trabalho o estresse hídrico não afetou a produção de matéria seca das plantas.\n6 CONCLUSÕES\nOs níveis de estresse hídrico utilizados não afetaram a área foliar, nem a matéria seca, deduzindo-se que a cultivar estudada suportaria estresses hídricos de maior intensidade e/ou duração.\nA produção de matéria seca das várias partes da planta foi igual para os tratamentos que receberam potássio, exceto para as raízes, que apresentaram maior produção com a elevação da dose de potássio aplicada, sugerindo que estas plantas utilizariam melhor a água do solo, o que ajudaria a diminuir o efeito do estresse hídrico por ocasião dos veranicos.\nA eficiência do uso da água não sofreu influência do estresse hídrico, entretanto aumentou com a elevação da adubação potássica.\nTabela 1. Caracterização química do solo.\nTratamento pH em (H+Al) K Ca cmolc. dm³ Mg V (%)\nH2O 4,8 6,57 0,03 0,16 0,04 0,23 6,80 3,4\nT 5,5 4,16 0,05 2,10 1,47 3,62 7,78 47 IRRIGA - Botucatu, Vol. 2, Número 1 1997\nCont.\nK1 5,5 4,16 0,26 2,10 1,47 3,83 7,79 48\nK2 5,5 4,16 0,52 2,10 1,47 4,09 8,25 50\nT= Testemunha, solo original; K0= solo que recebeu calagem; K1= solo que recebeu calagem e 90 mg.dm³ de K; K2= solo que recebeu calagem e 180 mg.dm³ de K.\nTabela 2. Valores de potencial água (Ψ), teor relativo de água (TRA) e resistência difusiva ao vapor d'água (Rs) encontrados nas folhas de plantas de milho, durante o experimento.\nTratamento Ψ (-MPa) TRA (%) Rs (s/cm)\nC1S0 1,05 bc 91,15 a 1,49 d\nC2S0 0,67 c 89,60 a -\nC3S0 0,95 bc 93,63 a 3,59 b\nC4S0 0,84 bc 93,01 a 3,51 bc\nC1S1 1,51 ab 70,76 b -\nC2S1 1,01 bc 93,48 a 3,04 e\nC3S1 0,82 bc 94,97 a 3,16 c\nC4S1 1,81 a 62,74 c 11,91 a\nC5S2 0,83 bc 92,86 a 3,83 b\nd.m.s. 0,73 7,90 0,65\nTabela 3. Potencial água na folha (-MPa), encontrados na folha de plantas de milho, em função dos níveis de potássio, durante o experimento.\nColetas © K0 K1 K2\nC1S0 0,85 1,11 1,19\nC2S0 0,62 0,55 0,83\nC3S0 0,50 1,16 1,19\nC4S0 0,71 0,84 0,95\nC5S1 1,41 1,55 1,57\nC6S1 0,66 1,23 1,13\nC7S0 0,92 0,83 0,71\nC8S2 1,52 1,95 1,98\nC9S3 0,72 0,89 1,07\nMédia de K 0,86 1,12 1,18\nd.m.s. K=0,94 Tabela 4. Água consumida, matéria seca total, eficiência do uso da água e área foliar da cultura do milho, aos 90 DAE, calculada com a média de 3 repetições.\nTratamento Água consumi- da (dm³) MS Total (g) EUA (g.dm²) A Foliar (cm²)\nK0S0 18,72 71,1 4,12 4575\nK0S1 19,27 84,3 4,34 4611\nK0S2 16,10 79,8 4,70 5012\nMédia de K0 18,33 b (1) 80,4 b 4,40 c 4377 b\nK1S0 27,74 223,2 8,02 6479\nK1S1 27,32 202,0 7,39 5968\nK1S2 25,66 204,7 7,98 6216\nMédia de K1 26,91 a 209,7 a 7,80 b 6221 a\nK2S0 27,58 220,0 7,98 6064\nK2S1 27,08 238,0 8,79 6307\nK2S2 25,73 220,7 8,58 6333\nMédia de K2 26,79 a 226,2 a 8,32 a 6215\nMédia 24,01 172,1 6,88 5729\nd.m.s. 1,29 27,1 0,31 484\nTabela 5. Produção de matéria seca de: raízes (MSR), folhas (MSF), colmos (MSC), espigas (MSE) e inflorescências (MSI) da plantas de milho aos 90 DAE, expressa em gramas.\nTratamento MSR MSF MSC MSE MSI\nK0S0 21,07 27,61 22,43 2,01 4,00\nK0S1 25,24 29,64 22,56 3,51 3,34\nK0S2 24,24 27,91 19,74 5,14 3,16\nMédia de K0 23,52 a (1) 28,39 b 21,58 b 3,55 b 3,50\nK1S0 75,74 38,97 46,16 38,19 5,82\nK1S1 67,51 34,93 57,25 38,74 6,40\nK1S2 76,10 35,52 53,52 33,77 6,07\nMédia de K1 73,12 b 36,47 a 36,77 a 5,50\nK2S0 80,84 34,83 58,47 38,47 5,50\nK2S1 96,16 36,03 66,82 33,44 5,98 IRRIGA - Botucatu, Vol. 2, Número 1 1997 Cont. K2S1 91,19 34,72 57,45 34,24 3,37 Média de K2 89,40 35,04 60,91 a 36,34 a 4,91 Média de S0 59,22 33,65 48,35 27,18 5,07 Média de S1 62,97 33,53 48,88 25,10 4,64 Média de S2 63,84 32,72 43,57 24,38 4,20 Média 62,01 33,30 46,93 25,55 4,64 d.m.s. 7,92 2,89 2,89 9,27 (1) Médias seguidas de letras minúsculas diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADETORO, R. Water use, transpiration coefficient and water use efficiency of maize and soybeans as affected by increase rates of potassium. Potash Rev., n.2, p., 1990. ALMEIDA E. C. et al. Efeito de faixas de potencial matricial sobre o crescimento do milho em casa de vegetação. Rev. Bras. Cienc. Solo, v.9, p.272-6, 1985. ALVES, A.C. et al. Exigências nutricionais em potássio, cálcio e magnésio do sorgo sacarino. Pesqui. Agropecu. Bras., v.23, p.529-36, 1988. ANDERSEN, M.N. et al. 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